1º Estudo de Caso - Civil e Processo Civil
1º Estudo de Caso - Civil e Processo Civil
1º Estudo de Caso - Civil e Processo Civil
As ações podem ser de dos tipos: ações declarativas e ações executivas, como
decorre do art.10º/1 do CPC. As ações executivas possibilitam o credor de
exigir o cumprimento coercivo de uma dívida vencida (ou não). Mas, para poder
propor uma ação executiva, o credor tem de estar munido, obrigatoriamente de
um título executivo como refere o art. 10º/5.
Quanto ao fim, as ações executivas podem ser de três tipos: para pagamento
de quantia certa, para prestação de facto, ou ainda para entrega de coisa certa
– art.10º/6 CPC. No caso em apreço estamos perante uma ação executiva para
pagamento de quantia certa, uma vez que o Banco D pretende cobrar o valor
do mutuado em falta.
Quanto à forma, estamos perante processo comum na medida em que a nossa
situação não se enquadra nos casos expressamente previstos na lei que
revestem a forma do processo especial- art.546 CPC-. Visto que estamos
perante forma comum para o pagamento de quantia certa, é nos exigível saber
também se o processo segue a forma sumária ou ordinária- art.550º CPC- À
luz do enunciado, entendemos que o Banco D exige o cumprimento baseado
em DPA ( título extrajudicial) de uma obrigação pecuniária vencida, e a sua
posição encontra-se garantida através de hipoteca, assim sendo não restam
dúvidas, a nossa situação enquadra-se na alínea c), do nº2, do art. 550º CPC,
estamos assim perante a forma de processo Sumária.
Desta forma, o banco poderia intentar uma ação executiva, para pagamento de
quantia certa, forma processo comum, sumária.
5. Assumindo que “A” e “B” não têm o seu direito registado, nem têm ainda
qualquer ação judicial pendente contra a “C, Lda”, como poderia o
agente de execução identificar a existência desses credores e como
deveria reagir quando se apercebesse da posição de “A” e “B”?
A penhora de bens imóveis consiste na comunicação eletrónica efetuada pelo
AE ao serviço da conservatória. Uma vez registada a penhora, a conservatória
deve remeter ao AE a certidão de ónus e encargos, o que permitirá a este
detetar a existência de eventuais direitos reais que tenham o bem penhorado,
designadamente para efeitos dos credores para reclamação dos respetivos
créditos. (755/1 e 2 e 786/1/b) CPC).
7. Imagine que o “Banco D” entende que há um conluio entre “C, Lda”, por
um lado, e “A” e “B”, por outro, no sentido de prejudicarem a posição do
banco. Como poderá banco fazer valer esse ponto de vista?
8. “A” e “B” podem pretender adquirir a fração? De que modo poderão fazê
lo?
Assumindo que A e B conseguiram reclamar validamente o respetivo crédito,
podem pretender adquirir a fração formulando pedido de adjudicação nos
termos dos arts 799º ss CPC. O credor requerente da adjudicação deve indicar
o preço que oferece, o qual não pode ser inferior ao que seria o valor a
anunciar9 do art. 816º/2 CPC.
Assim sendo, o valor base seria de 140.000 euros, o que significa que o valor a
anunciar seria de 119.000 euros (art.816º/2 CPC).