Jornal TQS20
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NOTA
EWS Ano IX - Nº 20
Janeiro de 2005
Destaques
Entrevista
Eng. Nelson Covas Eng. Luiz Cholfe discorre sobre o
mercado de projetos atual, e a
Finalmente, depois de mais de dois anos Complementando os trabalhos de de- necessidade de o projetista estrutural
de árduo trabalho, conseguimos terminar senvolvimento dos sistemas, durante o atuar com dignidade e respeitabilidade.
a adaptação dos sistemas CAD/TQS à ano de 2004, proferimos, por todo o Página 3
nova NBR 6118:2003. Posso dizer que, país, 24 cursos sobre os sistemas
com o apoio e colaboração de inúmeros CAD/TQS e a nova Norma. Mais de 700 Espaço Virtual
usuários, tivemos pleno êxito nessa adap- engenheiros compareceram a estes cur- Comentários técnicos de diversos colegas
tação, pois até pontos polêmicos que se- sos o que foi para nós motivo de grande engenheiros estruturais de todo o país
riam postergados, como o cálculo de satisfação e realização profissional. através da comunidadeTQS e calculistas-ba.
pilar-parede em seção transversal qual-
Mas a equipe de desenvolvimento da Página 8
quer, foram realizados.
TQS não pára na elaboração de novos
No final de 2004, liberamos a última ver- projetos. Agora já estamos finalizando o Desenvolvimento
são dos sistemas com as modificações desenvolvimento de um sistema para o
Últimas adaptações nos sistemas TQS
devidas à Norma. Evidentemente que a projeto (análise, dimensionamento e de- para atendimento a NBR 6118:2003.
manutenção dos sistemas, quase que talhamento) de escadas, rampas, vigas Novo sistema de escadas, rampas, vigas
diária e constante, continua e continua- inclinadas etc. Maiores detalhes estão inclinadas, etc.
rá a existir. Na seção Desenvolvimento, descritos na seção Desenvolvimento.
relato o que foi recentemente implemen- Página 18
Destaco também nesta edição, uma nova
tado. Destaques:
- Efeito localizado em pilar-parede de
seção denominada “Espaço Virtual”, com Ética na Engenharia
inúmeras novidades e assuntos de inte-
seção qualquer de forma automática; Dr. A. C. Vasconcelos discorre sobre a
resse dos engenheiros estruturais que importância da “Ética” na engenharia civil.
- Incorporação dos procedimentos foram divulgados nas comunidades da in-
apresentados no ENECE/2004 para o ternet: comunidadeTQS e calculistas-ba. Página 30
cálculo de pilares;
Outra seção de grande interesse nesta Propaganda Enganosa
- Nova apresentação do resultado do edição é a entrevista realizada com o en-
cálculo de flechas (ELS) em pavimen- genheiro Luiz Cholfe. O eng. Cholfe é um Artigo do engenheiro Enio Padilha sobre
tos compostos por lajes e vigas por os cuidados que devem ser tomados na
profissional de sucesso com elevada
grelha não-linear física; compra e operação de softwares para
competência técnica, professor universi- engenharia.
- Relatório técnico condensado com tário há décadas e um dos nossos cole-
todas as informações relevantes do gas que mais sabe valorizar a profissão, Página 33
projeto: Resumo Estrutural; tanto do ponto de vista técnico como
- Novas representações da planta de lo- comercial, com a dignidade, respeitabili- Tabela de Honorários ABECE
cação dos pilares nas fundações. dade e realização profissional que todos A nova modalidade para determinação
desejariam. Não deixem de ler. dos “Honorários de Referência de
Para os clientes que já adquiriram os
Projetos de Estruturas”. Princípios
sistemas CAD/TQS na versão da Esta edição também contém um encarte básicos, aplicabilidade e objetivos.
Norma, versão nº 11, estamos encami- com um trabalho de grande interesse a
nhando esta nova versão gratuitamente. todos os engenheiros estruturais. Trata-se Encarte
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ENTREVISTA TQSNEWS
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ser validado pelos projetistas. Aqui cisa se enquadrar e se adaptar à Como o engenheiro pode
na Statura nós trabalhamos muito realidade atual. manter sua integridade diante
nesse campo. Validar significa anali- desta pressão predatória, que
sar as hipóteses de carregamento, E o que é preciso fazer para se reduz sua remuneração e
verificar as deformações previstas e inserir nesse processo, no caso, amplia o riscos?
contemplar as interfaces entre os por exemplo, de um jovem Só existe pressão predatória quan-
diversos sistemas construtivos. Ou engenheiro? do os prejudicados a aceitam. Os
seja, o papel do projetista de cálcu-
Em primeiro lugar, precisa adquirir engenheiros de projeto têm de
lo mudou muito em comparação ao
uma cultura geral. O engenheiro saber e conhecer o seu valor, têm
que ocorria no passado.
hoje precisa ter uma visão global de marcar sua posição. Uma obra
de sua atividade. Ele não pode en- não pode dispensar o projetista. Se
Mas a responsabilidade do tender só de concreto. Ele tem de é assim, é preciso reconhecer o seu
projetista não foi reduzida? compreender todos os sistemas valor. Mas quem tem de definir esse
construtivos existentes. O projeto é valor é o próprio profissional, que
Pelo contrário, continua. Algo pode
composto de diversos itens, inclu- não pode se submeter a algo im-
dar errado, sim, e o projetista tam-
sive na área dos prédios residen- posto de cima para baixo. Quando
bém é responsável. Ele é um verifi-
ciais. Neles se encontram atual- ele não aceita isso, automaticamen-
cador co-responsável. Nós atuamos
mente componentes como banhei- te ele valoriza no mercado.
nessa linha há pelo menos 10 anos
ros, fachadas e caixilhos prontos
e sabemos que a atividade de verifi-
para instalação na obra.
car não representa menor trabalho Para uma construtora,
ou responsabilidade.
R$ 20 mil a mais ou a
Os engenheiros de projeto
menos, não representam
O engenheiro que só faz têm de saber e conhecer o
muito. Mas ela não vai
um tipo de trabalho, que seu valor, têm de marcar
pagar a mais, se puder
não tem essa visão global, sua posição.
pagar a menos.
acaba ficando à margem do
mercado. Ele precisa se O projetista precisa estar antena-
do, pesquisar, conhecer esses ma- Essa pressão reverte-se no valor
enquadrar e se adaptar à dos honorários e interfere na quali-
teriais e já ir se inteirando de suas
realidade atual. possibilidades, antes mesmo de dade do trabalho. Para uma cons-
utilizá-los. A estrutura deve ser trutora, R$ 20 mil a mais ou a
pensada para receber tais compo- menos, não representam muito.
O mercado está ficando restrito nentes e a oferta e diversidade Mas ela não vai pagar a mais, se
para o engenheiro que atua de deles vai aumentando, com as puder pagar a menos. Se na cota-
modo tradicional? novas tecnologias que surgem. ção do projeto, o preço médio for
Eu acho que sim. O engenheiro que Este é um processo irreversível e R$ 150 mil, ela pagará tal valor.
só faz um tipo de trabalho, que não se o profissional não tiver essa ca- Mas se surgir uma proposta de R$
tem essa visão global, acaba fican- pacitação, fica para trás. 80 mil, ela buscará o menor preço.
do à margem do mercado. Ele pre- É o projetista que permite a redu-
ção dos seus honorários.
RUA OLYMPIO DE CARVALHO, 83 - CEP 33400-000 - LAGOA SANTA/MG . DDG: 0800-993611 - TEL. (31) 3681-3611 - FAX: (31) 3681-3622
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todos os projetistas se unissem e Os engenheiros mais jovens são Pode-se abrir um novo mercado
cobrassem o preço justo dentro da mais vulneráveis a tal processo? aos projetistas brasileiros?
atividade, haveria uma melhoria sig- Com certeza. Eles entram em um Claro, assim como pode abrir o
nificativa da classe. mercado desfavorável e pensam mercado brasileiro para profissio-
que isso é normal. Não têm a visão nais estrangeiros. Isso já está acon-
Se todos os projetistas global do projeto que o engenheiro tecendo. É inevitável. É o resultado
se unissem e cobrassem experiente já possui, uma vez que da evolução das comunicações. Por
vivenciou diversas situações. Só isso os profissionais têm de se pre-
o preço justo dentro essa vivência antecipa situações de parar para interagir com todas
da atividade, haveria riscos. O ideal é buscar o equilíbrio essas mudanças.
uma melhoria significativa entre custo e qualidade e defender
da classe. essa postura para o cliente. Um
bom projeto agrega valores de se- A dignidade profissional está
gurança, desempenho e qualidade vinculada a uma nova
A busca desenfreada pela ao empreendedor. relação de parceria com os
redução dos custos é um contratantes, contra a antiga
caminho perigoso? Um bom projeto agrega posição de “fornecedor” de
A otimização deve atender limites valores de segurança, projetos.
de qualidade, de segurança e de- desempenho e qualidade ao
sempenho. Esses limites nem sem-
pre são levados em conta. A ten-
empreendedor. Qual o futuro dos escritórios de
dência da engenharia é colocar a projetos estruturais?
redução dos custos em primeiro
Como o engenheiro pode utilizar Considerando-se todos esses as-
lugar. Mas o custo é uma decorrên-
a tecnologia da informatização pectos, a garantia do sucesso pro-
cia da melhor solução adotada.
em seu benefício próprio? fissional dos escritórios de projetos
Quando se busca uma otimização estruturais dependerá de uma
visando apenas a racionalização Nossa empresa, por exemplo, está conscientização geral. E ações que
dos custos, automaticamente se executando projetos de clientes visem a proteção da nossa ativida-
elevam os riscos. É preciso buscar que estão na Alemanha, o que só é de dentro das regras existentes no
uma condição de equilíbrio, sem possível graças ao avanço da tec- mercado brasileiro. A dignidade
comprometer a qualidade e o de- nologia. Os ambientes colaborati- profissional está vinculada a uma
sempenho da estrutura. E a posi- vos “on line” permitem a comuni- nova relação de parceria com os
ção do engenheiro é problemática cação entre diversos fornecedores, contratantes, contra a antiga posi-
porque ele responde por eventuais em diferentes locais. Mas exige um ção de “fornecedor” de projetos. É
falhas do edifício. controle muito grande. Em nosso fundamental ainda o investimento
escritório, há profissionais que se em tecnologia e no treinamento
dedicam somente a isso, pois qual- dos profissionais, a fim de incorpo-
quer alteração tem de ser colocada rar o caráter multidisciplinar dos
para todos os demais componen- projetos modernos.
tes do grupo.
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De agora em diante, cabe ao seu colega contratar um caro. Por favor, não pechinche. Ah! E cara feia na hora
advogado para propor ações cabíveis. de assinar o cheque não diminui o que você precisa
Ultimamente tenho inserido nos meus contratos de pres- pagar. Se não fazia questão de qualidade nem de segu-
tação de serviços uma cláusula com este item, no qual rança ou queria mais barato, deveria ter procurado um
não só a construtora como seus sucessores ficam obri- mestre de obra. O combinado não é caro.
gados a entrar em contato comigo, quando forem fazer 4. ENGENHEIRO precisa de dinheiro.
qualquer alteração no projeto original. Isto é muito
comum em coberturas de prédios residenciais. Por essa você não esperava, né? É surpreendente, mas
engenheiro também paga impostos, se alimenta, conso-
Espero ter ajudado um pouco, me combustível, se veste, adoece, etc. E uma coisa bi-
Abraços a todos, zarra: os livros, o escritório, o carro e as coisas que ele
tem não chegaram até ele gratuitamente. Impressionan-
Eng. Jorge Bittar, Juiz de Fora, MG te, não? Entendeu agora o motivo de ele cobrar por seus
trabalhos?
5. Ler e estudar é trabalho. É trabalho sério. Pode parar
de rir. Não é piada.
Manual do engenheiro
6. Não é possível examinar projetos, acompanhar obras
Manual básico de como se relacionar com um nem fazer orçamentos pelo telefone. Isso nem precisa
engenheiro comentar.
Coisas que o cliente precisa saber 7. De uma vez por todas, para reforçar: engenheiro não
é vidente. Ele precisa examinar o projeto, conhecer o ter-
1. ENGENHEIRO dorme. reno, fazer cálculos e orçamentos. Isso demanda tempo
Pode parecer mentira, mas engenheiro precisa dormir e tem custos. Se quer milagre, tente uma macumba e
como qualquer outra pessoa. Não o acorde sem neces- deixe o engenheiro em paz.
sidade! Esqueça que ele tem telefone em casa e ligue 8. Em reuniões de amigos ou festas de família, o enge-
para o escritório. nheiro deixa de ser engenheiro, vira amigo ou parente.
2. ENGENHEIRO come. Não comece conversas sobre como ajeitar sua sala, re-
formar a cozinha, fazer um puxado ou discutir que cor
Inacreditável, não? Mas é verdade. Engenheiro tam- combina com os móveis do seu quarto. Para isso ele
bém se alimenta e tem hora para isso. É fácil descobrir precisa refletir, se concentrar, ou seja, precisa trabalhar.
qual é: basta comparar com a sua própria hora de se
alimentar. 9. Não existe apenas um desenho. Desenho é projeto,
projeto tem que ser pensado, planejado, estudado, cal-
3. ENGENHEIRO tem família. culado e, por sua vez, cobrado. Diante desses tópicos
Essa é a mais incrível de todas: mesmo sendo um enge- inconcebíveis a uma boa parte da população, algumas
nheiro a pessoa precisa descansar no final de semana e dicas para tornar a vida do engenheiro mais suportável:
precisa de um tempo com a família e os amigos, sem - celular: é uma ferramenta de trabalho. Por favor, ligue
pensar ou falar sobre obras e projetos. apenas quando necessário. Fora do horário de expe-
Pergunta: Nas situações acima o engenheiro atende? diente, mesmo que você ainda não tenha acreditado, o
engenheiro pode estar fazendo alguma daquelas coi-
Resposta: Sim. Pode atender, desde que seja pago por sas que você pensou que ele não fazia, como dormir
isso e seja imprescindível, mas saiba que custa mais ou namorar, por exemplo.
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Estribos em pilares Mas o que o mercado sabe sobre os preços?
Colegas, Artigo de autoria de Luís Alberto F. Lobrigatti, consultor
de Orientação Empresarial do Sebrae-SP (publicado no
Continuando a discussão sobre o assunto... no item
jornal Diário de São Paulo de 1/8/2004).
18.2.4 da NBR 6118:2003 está escrito:
Sempre que houver possibilidade de flambagem das bar- Preço competitivo. Essa foi uma das conseqüências do
ras da armadura, situadas junto à superfície do elemento fim da inflação alta, da abertura de mercado com a globa-
estrutural, devem ser tomadas precauções para evitá-la.” lização e também da redução do poder aquisitivo. Acir-
rou-se a competência e incluiu-se aí a questão do preço
Nos casos em que os esforços solicitantes no pilar foram dos produtos e serviço. E essa preocupação tem mesmo
pequenos e a armadura no pilar corresponder à mínima, de estar na mira da artilharia da gestão em empresas.
podemos abrir mão da colocação de grampos e aumen-
tar o espaçamento entre estribos? No caso dos pilares, É uma preocupação nova. Em passado recente, a regra
quando não haveria possibilidade de flambagem? era “ter preços ajustados à inflação, comprar a prazo e
vender à vista”. Nos períodos de alta inflação, era possí-
Marcos Pereira Pinto, Salvador, BA
vel ter valores diferentes em um mesmo dia e também
ocorria de mercadorias ficarem em estoque esperando
Colegas, definição de reajustes para remarcação.
Acrescento sobre esse assunto de estribos na ligação A queda da inflação trouxe estabilidade e, com ela, de-
vigas-pilar algumas informações a esse respeito conti- senvolvemos uma memória de preços. A partir daí, tor-
das na publicação do ACI 352R-91 “Recomendações nou-se necessário calcular corretamente o preço de
para projeto de nós viga-pilar em estruturas de concreto venda para que seu negócio continue rentável e possa
armado monolíticas”. praticar os mesmos preços que a concorrência.
Para efeito dessa Recomendação, “nó viga-pilar” é o es- “O mercado dita o preço” . O que é mercado? Compos-
paço no pilar compreendido por toda a altura da(s) to por fornecedores clientes e concorrentes. Pode-se
viga(s), incluindo a laje. dizer que tem uma dinâmica perfeita e quando se afirma
que ele dita os preços, refere-se ao mecanismo da con-
No nó viga-pilar devem existir estribos no pilar, situados corrência, produtos e clientes comuns às empresas do
entre as armaduras longitudinais superior e inferior das setor. A disputa pelos nichos de mercado.
vigas, no número mínimo de dois, respeitados os espaça-
mentos máximos de 15 cm, se o pilar faz parte da subestru- Sendo assim, se os seus concorrentes estão corretos no
tura resistente às forças horizontais, ou de 30 cm, no caso cálculo dos preços de venda eles podem ser segura-
contrário. As funções primárias desses estribos são a de ga- mente copiados? Creio que não.
rantir a retilineidade das barras contra flambagem das mes- Ainda que sejam de um mesmo segmento, as empresas
mas e oferecer certo confinamento ao concreto nos nós. são completamente diferentes entre si. Têm estruturas
Esses estribos são dispensáveis quando existem vigas físicas, financeiras, operacionais, societárias, etc., dos
que concorrem ao pilar em todas as suas quatro faces, modelos mais diversos. Também divergem em relação
desde que a largura das vigas seja pelo menos 3/4 da aos desejos de lucro e recuperação do capital investido
largura do pilar e não deixe mais do que 10 cm livres na - mesmo que sejam definidos por meio de planejamento
largura do pilar, de cada lado da viga. técnico são bastante variados. Vantagens competitivas,
conhecimentos sobre o produto ou serviço e mesmo a
Abraços, pessoa da gestão de negócio colocam o preço de venda
Antonio Carlos Reis Laranjeiras, Salvador, BA em posição individual.
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As normas de aço (NBR 8800) adotam as cargas de cálcu- A minha grande curiosidade é como as normas euro-
lo como as normas de concreto. Entretanto os “coeficien- péias irão tratar tecnicamente, de forma lógica, as nor-
tes de segurança” para resistências nas normas de aço mas de estruturas de aço, de concreto, de estruturas
são menores que 1 ( na NBR 6118 são maiores que 1). Isto mistas e de fundações. Os franceses e alemães são gru-
significa que eles mudam de lugar na fração. Para uma pos extremamente lógicos e deverão acertar tudo logi-
norma o coeficiente fica em cima e na outra, em baixo. camente nas suas normas (espero eu).
Além disso, seguindo a tendência americana, existe um
O professor Péricles Brasiliense Fusco da USP tentou
“coeficiente de resistência” menor que 1 diferente para
manter uma certa lógica entre as normas de estruturas
cada tipo de dimensionamento (momento fletor, compres-
em geral, tendo sido o mentor da norma geral de segu-
são, tração, força cortante, corte de parafuso, pressão de
rança brasileira NBR 8681. Conseguiu talvez no que se
contacto, etc). Esses coeficientes traduzem uma maior ou
refere às ações.
menor dispersão na utilização das regras de dimensiona-
mento, além da usual dispersão da resistência do material. Atenciosamente
Esse tipo de “coeficiente de segurança” não existe nas re- B. Ernani Diaz, Rio de Janeiro, RJ
gras européias de estruturas de concreto armado, adota-
das na NBR 6118. Além disso, esse coeficiente leva em
consideração a dispersão da resistência do material assim
com a dispersão da regra de dimensionamento (dispersão
da relação entre os resultados calculados e os medidos Marketing é...
em experiência). Na flexão, por exemplo, o “coeficiente de
resistência” é 0,9, ou seja, um coeficiente praticamente so- Marketing é uma filosofia gerencial integrada que con-
mente para o material de 1,11 (1/0,9), já que na flexão as siste em atender o mercado e atender as suas necessi-
regras de dimensionamento são praticamente bem ade- dades, os seus anseios e seus desejos, considerando as
quadas. O coeficiente de resistência à tração de parafusos suas disponibilidades.
de alta resistência é 0,75. Marketing é uma atividade integrada. Ações isoladas,
A “salada lógica” normativa fica uma “calamidade” (nada por mais brilhantes que sejam, não têm grandes efeitos
a comentar sobre os resultados finais dos dimensiona- positivos no mercado.
mentos) quando se trata de dimensionamento de vigas Mentir sobre um produto ou serviço para torná-lo mais
mistas (que os estruturistas de aço consideram que interessante não é Marketing (é mentira).
sejam do domínio deles. Por sinal, houve uma discussão
recentemente sobre esta responsabilidade.). Os coefi- Omitir informações relevantes, mas que pesam contra a
cientes adotados na norma de aço são “acertados” a decisão de compra do cliente não é Marketing (é deso-
duras penas para obter resultados corretos. Nas normas nestidade).
européias, existe uma norma específica para estruturas Enganar o cliente não é Marketing (é trapaça).
mistas, EuroCode 4 (EN 1994), diferente da norma de aço
(EN 1993), o que no meu entender é muito mais correto. Marketing é explorar argumentos de forma inteligente e
criativa.
Aqui deve-se comentar que este “coeficiente de resis-
tência” da NBR 8800 existe na norma americana de es- Marketing é evidenciar as Características, as Vantagens
truturas de concreto da American Concrete Institute. e os Benefícios de um produto (mercadoria ou serviço).
Nada a criticar sobre a adoção do “coeficiente de resis- Investir em Propaganda e Publicidade sem se preocu-
tência” que considero um passo a frente na teoria de se- par com a qualidade do produto, o seu preço, a distri-
gurança das estruturas. buição no mercado, as pessoas e os processos envol-
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Marketing é pesquisar e estudar o mercado. Planejar as taram grandes anomalias. Na terça feira, dia 12/10, parte
estratégias. Agir com determinação e competência. da região do subsolo apareceu alagada e também surgi-
ram trincas a 45 graus na parede da caixa d’água que
Marketing não é só Teoria. É Ação! O melhor plano de
fica entre o subsolo e térreo - junto de um determinado
marketing não vale nada se não for concretizado. Não
pilar. Por este pilar passa uma viga que apresentou duas
existe marketing se não existem ações concretas.
trincas a 45 graus, uma de cada lado do pilar e inverti-
Marketing não é coisa de empresa grande. É uma neces- das. Era um indício inequívoco de que o pilar havia sofri-
sidade de qualquer pessoa ou organização, de qualquer do um recalque.
tamanho, em qualquer área de atuação.
Na quarta-feira, dia 13/10 o engenheiro projetista foi vis-
Marketing é agilidade na percepção do problema. Agili- toriar a obra e notou as trincas, mas não viu outros sinais
dade na tomada de decisão. Agilidade na Ação. maiores de danos estruturais e sugeriu a recuperação
Marketing não é qualquer coisa que qualquer um chame destes pontos problemáticos.
de Marketing!!! De quarta para quinta-feira, o síndico disse ter ouvido
Eng. Ênio Padilha (www.eniopadilha.com.br) barulhos como se fossem elementos metálicos se cho-
cando, encontra outros moradores que também ouvi-
ram tal ruído e que sentiram o edifício balançar. Nesta
evolução do problema, uma parede de alvenaria foi es-
magada o que alarmou mais ainda os moradores.
Simpósio sobre o desabamento do Foram acionados novamente o projetista estrutura e,
Areia Branca também, a defesa civil. Nesta oportunidade o síndico
pediu que todos descessem. O projetista recomendou
Prezados Colegas, imediatamente uma empresa de recuperação de estru-
Comparecemos ontem no evento promovido pelo Ibra- turas habituada a este tipo de pronto-socorro estrutural.
con, Abece e Ibape/SP denominado “LIÇÕES DE AREIA Os moradores saíram do edifício.
BRANCA, Acidentes, Responsabilidades e Segurança Na quinta-feira cedo o pessoal de recuperação de estru-
das Obras Civis”. turas juntamente com a defesa civil e o projetista esta-
Um dos temas em questão foi a palestra proferida pelo vam no edifício. Pela urgência dos serviços foi feita uma
carta de intenções para autorizar o início da obra imedia-
eng. prof. Romilde A. de Oliveira da UNICAP (Universida-
tamente, isto ocorreu por volta de 14 horas. O pessoal e
de Católica de Pernambuco) e membro da Comissão de
o material para o trabalho da empresa de recuperação
Diagnósticos do Areia Branca sobre a investigação das
chegou na obra entre 15 e 16 horas. Primeira providên-
causas do desabamento do edifício. Este foi o tema mais
cia: escavar a base do pilar suspeito de recalque. Foi re-
esperado e aguardado do evento.
tirada a laje de contra-piso até chegar ao baldrame (altu-
Nas minhas viagens pelo Brasil afora, todos perguntam ra de 1,5 m). O topo da sapata estava 1,40m abaixo do
se eu sei de algo sobre o acidente com o edifício Areia subsolo. Notou-se então que o pilar estava rompido com
Branca. Por esta razão, vou reproduzir aqui o que foi dito a armadura flambada a 80 cm abaixo do subsolo. Até
pelo eng. Romilde, procurando ser o mais fiel possível. então, o pilar próximo não tinha nenhuma anomalia.
Evidentemente que este é apenas um relato superficial Para recuperar o pilar rompido foi solicitado material
do que assisti ontem, não tem nenhum valor legal e pode para resolver o problema, “graute” etc. Este tipo de re-
conter alguma falha de interpretação. forço já tinha sido realizado em outras oportunidades,
Foi formada uma comissão de engenheiros pelo CREA- com sucesso, pela mesma empresa. Foi relatado um
PE para investigar o ocorrido com o Areia Branca. Ou- caso, em Belém, onde diversos pilares estavam rompi-
tros grupos também foram formados com o mesmo ob- dos e a recuperação aconteceu normalmente. Não deu
jetivo, grupos estes ligados a empresa seguradora e aos para fechar o vazio, foi lançado apenas o primeiro
próprios moradores. balde de graute.
A documentação existente do edifício é a seguinte: pro- A caixa d’água no subsolo estava construída junto a
jeto arquitetônico, sondagens e recolhimento da ART. O dois pilares, um deles com o problema inicial. O piso
projeto estrutural não está mais disponível. O edifício foi não apresentava nenhum problema de afundamento,
executado aproximadamente há 28 anos. Tinha um existia uma junta fria entre o piso e os pilares e caixa
sub-solo semi-enterrado, um térreo, 12 pavimentos, co- d’água. No subsolo foi o local onde as alvenarias apa-
bertura, caixa d’água superior etc. A estrutura era com- receram rompidas. A trinca na caixa d’água do subsolo
posta por vigas e pilares e lajes de concreto armado era a 45 graus o que demonstrava o recalque dos pila-
com as lajes do tipo pré-moldadas de vigota e cerâmi- res. Outros pilares fora da região da caixa d’água não
ca, tipo “Volterrana”. apresentavam problemas. Às 17 horas apareceram trin-
cas significativas numa viga de contorno que passava
O acidente ocorreu numa quinta-feira, dia 14/10/04 por por pilares próximos.
volta de 20:30 hs. Tudo aconteceu em uma semana.
Foram exibidas fotos de vigas tiradas no dia do aciden- Por volta das 20:20 hs um morador que estava acom-
te, as 10:30 horas, mostrando trincas a 45 graus. panhando os trabalhos de recuperação viu que outro
pilar próximo da caixa d’água, começou a sofrer o pro-
No dia 10/10/04, domingo, ocorreu um estrondo no edi- cesso de ruptura. O morador disse que começaram a
fício, à noite. Os moradores se assustaram, mas não no- sair lascas de concreto do pilar e os ferros a ficaram re-
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da fundação. O edifício não teve aumentos significati- a) Existia um vazamento da caixa d’água anterior ao aci-
vos de cargas, portanto, a qualidade do concreto é a dente e vazamento de tubulação de esgoto?
maior suspeita. Deve-se lembrar que não se tem con- Resposta: O vazamento da caixa d’água foi decorrente
clusões finais firmadas. da trinca aparecida pelo recalque dos pilares. Após o es-
Outras considerações: Foi mostrado um quadro compa- trondo do domingo iniciou o processo de fissuras e trin-
rativo das normas NB1-60 e NBR 6118:1978 e NBR cas e, na terça-feira, o vazamento ocorreu com intensi-
6118:2003 considerando o Fck, cobrimento, durabilida- dade. A caixa d’água é apoiada em 5 pilares com carga
de, armaduras de pilares, modelos estruturais emprega- para cada um de, aproximadamente, 20 tf.
dos e meio ambiente. A grande diferença entre a NB1-60 b) Havia indícios de recalques nas fundações e/ou pro-
e a NBR 6118:2003 foi a questão da durabilidade. As ar- blemas nas fundações?
maduras nos pilares também aumentaram.
R: Pelo exame da fundação que está lá presente e pelo
Foi dito então que todas as obras projetadas com a solo, não se encontra, até a data atual, nenhum indício
NB1-60, antes de 1980, com as características de Fck de recalque ou ruptura nas fundações. As sapatas estão
baixo, alto fator de água/cimento, baixa vibração, cobri- totalmente íntegras.
mento de 1.5cm, atualmente são suspeitas da ocorrên-
cia de um acidente a menos que se prove o contrário. c) Foi noticiado que na região do prédio havia uma área
Daí a necessidade de uma manutenção preventiva e cor- inundada, inclusive uma árvore em frente ao prédio mor-
retiva. Sugeriu-se que para obras com idade superior a reu. Um biólogo relatou que este tipo de árvore morre
10 anos fosse feita uma inspeção a cada 5 anos e a res- devido à saturação de água.
pectiva manutenção. A primeira inspeção inicial de 5 R:. Não se tem informações seguras por isto. Segundo ou-
anos ficaria a cargo da construtora. tros biólogos a resina que foi detectada na árvore indica a
morte por envenenamento e não por saturação do solo.
Normas para inspeção e manutenção:
NBR 5674:99 - Manutenção de Edifícios - Procedimentos d) Porque a caixa d’água superior foi bruscamente esva-
NBR 14037:98 - Manual de operação, uso e manutenção ziada e para onde foi esta água?
de edifícios, conteúdo e recomendações para elabora- R: A caixa d’água superior foi esvaziada para aliviar car-
ção e apresentação gas e foi solicitada pelos bombeiros e, ao que se sabe,
NBR 13752:96 - Perícias de engenharia na construção civil a água escoou pela canalização normal.
IBAPE/SP - Norma de inspeção predial do IBAPE/SP - 2001. e) O site do CREA/PE não mais atualiza as páginas da In-
Itens necessários numa lei de manutenção: ternet. Por quê?
- Periodicidade R: Talvez por problemas administrativos e burocráticos.
- Tratamento especial para obras públicas Todas as informações que se tem notícia estão ampla-
mente divulgadas e aqui relatadas. Será feito uma solici-
- Aplicação diferenciada para edificações de baixa renda tação para que a página da internet seja prontamente
- Procedimentos para evitar a indústria de laudos atualizada.
- Organismo responsável deve ter poder coercitivo
f) Há notícias de que os edifícios vizinhos do Areia Bran-
- Atendimento as normas ABNT ca estão inclinados e com desaprumos de até 40 cm.
Apresentou-se também a lei de Sitter, com a evolução Este fato é verdadeiro?
dos custos X manutenção, comparando as fases de pro- Obs.: Neste caso, infelizmente, não houve mais tempo
jeto, execução, manutenção preventiva e manutenção para resposta às perguntas.
corretiva.
Para finalizar, o eng. Romilde, que fez uma bela apresen-
Foi tomada uma iniciativa para a criação de leis especí- tação, comentou que, até a data atual, não se tem con-
ficas para o problema através da reativação do projeto clusões finais. Tudo o que foi dito foi mais um relato da
de lei da vereadora Luciana Azevedo e projeto de lei n. situação ocorrida e dados que se obteve. A comissão
802/2004 do deputado Augusto Coutinho. formada pelo CREA/PE é constituída por dois engenhei-
O assunto do Areia Branca / manutenção de edificações ros estruturais, dois engenheiros de mecânica dos solos
está em debates públicos nos seguintes órgãos: e um de materiais.
- Câmara Municipal de Recife O IBRACON ficou de disponibilizar o conteúdo das pales-
- Assembléia Legislativa de Pernambuco tras em seu “site”. Assim, será possível ter acesso às fotos
apresentadas da edificação com amostras do que restou
- Fórum Pernambuco do Século XXI
dos pilares, trincas em vigas, parede da caixa d’água, al-
No final das apresentações, espaço destinado a pergun- venaria rompida, sapatas e outros itens apresentados.
tas, o colega eng. Marcos Carnaúba fez os seguintes
Saudações
questionamentos (coloco logo abaixo de cada pergunta
a respectiva resposta): Nelson Covas - TQS - São Paulo
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TQSNEWS
Verificação da precisão da análise de esforços (gre- Os efeitos localizados passaram a ser considerados no
lha e pórtico espacial) através da comparação da rea- dimensionamento automático para qualquer tipo de
ção de apoio total com a somatória de cargas externas pilar-parede (em L, em U, seção qualquer). As faixas
aplicadas. das lâminas com suas respectivas vinculações são auto-
maticamente detectadas e verificadas.
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TQSNEWS
Até a versão anterior, quando a viga tinha torção em um Nova opção para representação de estribos a torção.
vão, eram detalhados também ferros da armadura late- (nos critérios de desenho do sistema CAD/Vigas → item
ral para todos os demais vãos. Agora o detalhamento <Estribos> → botão <K54 - Imposição de desenho de
somente ocorre no vão em questão. estribos à torção>)
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TQSNEWS
Novo relatório em formato html, chamado Resumo es- Visualização de elementos de uma subestrutura na entra-
trutural, que contém diversas informações relevantes do da gráfica de alvenaria estrutural (menu <Subestruturas>).
processamento de um edifício incorporadas num único
documento, tais como: parâmetros de durabilidade,
dados do modelo estrutural, ações, estabilidade global,
verificações de flechas e vibrações, parâmetros qualita-
tivos e quantitativos, índices de consumo de concreto e
aço (menu <Visualizar> do gerenciador).
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TQSNEWS
carga de elementos inclinados vindos de cima só podem Conhecido o espaço reservado ao lance de escada, é
ser processadas após as grelhas com estes elementos. possível pedir ao sistema para sugerir a melhor relação
Por isto, a ordem de processamento das plantas no pro- passo / espelho para atender a chamada “Equação do
cessamento global é de cima para baixo. conforto” (60 <= s + 2e <= 64):
Completando o modelo de pórtico, a posição real dos
CGs das barras horizontais passou a ser considerado
através de offsets rígidos.
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CLIENTES V.11 TQSNEWS
É com muita satisfação que anunciamos os 100 primei-
ros clientes que atualizaram suas cópias dos Sistemas
CAD/TQS, para a Versão 11:
Luiz Carlos Spengler Filho (Campo Grande, MS) Vantec - Estruturas Ltda. (Porto Alegre, RS)
L.R.Almeida & Cia. Ltda. (Cuiabá, MT) Projescon Projetos Est. e Cons. S/C Ltda. (Fortaleza, CE)
Neotec Projetos e Assessoria S/C (Blumenau, SC) Eng. Rui Yoshio Watanabe (Mogi das Cruzes, SP)
Pasquali e Assoc. Eng.de Estruturas Ltda (Porto Alegre, RS) Indústria da Construcão Ltda. (Goiânia, GO)
Ferrari Engenharia S/C Ltda. (Sorocaba, SP) Simetria Engenharia de Projetos S/C Ltda. (Brasília, DF)
Eng. Ilacir Ferreira (Brasília, DF) CSP Projetos e Consultoria S/C (Niterói, RJ)
Eng. Fernando Wordell (Passo Fundo, RS) Leão e Associados - Eng. de Estruturas (São Paulo, SP)
Alleoni Engenharia e Projetos S/C Ltda. (São Paulo, SP) V&N Engenheiros Associados Ltda. (Salvador, BA)
Axial Engenharia Ltda. (Novo Hamburgo, RS) Eng. Raul Gerônimo M. Garcia (Americana, SP)
Concreto Eng. de Proj. Ltda. (São José de Ribamar, MA) Eng. Nilo Edgard de Faria (Goiânia, GO)
C.Rolim Engenharia Estrutural Ltda. (João Pessoa, PB) MAC Engenharia de Projetos Ltda. (São Paulo, SP)
Ayres de Lima Alves S/C Ltda. (Uberlândia, MG) Companhia Paulista de Obras e Serviços (São Paulo, SP)
Quattor Engenharia S/C Ltda. (Brasília, DF) Xavier Pires Engenheiros Ltda. (Cachoeirinha, RS)
Eng. Sydnei Augusto dos Santos (Santos, SP) Simon Engenharia Ltda. (Porto Alegre, RS)
Dácio Carvalho Proj.Estruturais S/C Ltda (Fortaleza, CE) Navarro Adler Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)
Esc. Tec. José Mandacaru Guerra Ltda. (São Paulo, SP) E.M.Uchôa Engenharia (Maceió, AL)
Eng. Djalma Francisco da Silva (Uberlândia, MG) Eng. Ronílson Shimabuku (Santos, SP)
Eng. José Alberto Jucá de Loyola (Brasília, DF) Premo Engenharia Ind. e Com. Ltda. (Belo Horizonte, MG)
Azevedo Engenharia Ltda. (São Luís, MA) Arque-Cal Projetos Estruturais Ltda. (São Paulo, SP)
Engeprem Eng. de Premoldados Ltda. (Jaboticabal, SP) Plancton Eng. Consultores S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Carlos Henrique Linhares Feijão (Brasília, DF) Flexcon Engenharia Ltda. (Curitiba, PR)
Eng. Ede Mashayuki Yoshito (São Paulo, SP) Planear Engenharia S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. André Fernandez da Cruz (Porto Alegre, RS) Esc Tec César Pereira Lopes S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Fabrício Batista Pereira (Guará II, DF) Morais-Jaeger Proj. Estruturais S/C Ltda. (Porto Alegre, RS)
Eng. Paulo Roberto do Rio de A. Braga (Salvador, BA) Monteiro Linardi Engenharia S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Pizzetti Engenheiros Associados (Bento Gonçalves, RS) Empr.Bras.de Infra-Estrut. Aeroportuária (Brasília, DF)
Mac Cunha Engenharia Ltda. (Porto Alegre, RS) Projest Cons. e Projetos S/C Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Antonio César Capuruço (Belo Horizonte, MG) J R Medeiros Engenheiros Associados Ltda. (Fortaleza, CE)
Eng. Candido José F. de Magalhães (Rio de Janeiro, RJ) Enga. Neiva Terezinha Pelissari (Cuiabá, MT)
R.S. Engenharia S/C Ltda. (Porto Alegre, RS) Engest Engenharia S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Coluna Engenharia de Projetos Ltda. (Belo Horizonte, MG) Bortolon Bissoli Engenharia Ltda. (Vitória, ES)
Eng. João Campolina Ferreira Lima (Timóteo, MG) Pedreira de Freitas S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Newton Elmor Padão (Rio de Janeiro, RJ) Enga. Maria Helena Colaço Catão (João Pessoa, PB)
Statura Engenharia de Projetos S/C Ltda. (São Paulo, SP) Scale Projetos e Construção Civil Ltda. (Castro, PR)
Eng. Edson Bispo Ferreira (São Paulo, SP) Eng. André Luís Martins Mourão Dias (Fortaleza, CE)
Eng. Paulo Rizzo (São José dos Campos, SP) MC Técnica Estrutural Ltda. (Belo Horizonte, MG)
Justino Vieira Monica Aguiar Proj. Est. (Rio de Janeiro, RJ) Nassar Engenharia Estrutural S/C Ltda. (Recife, PE)
E.T.J.M.Coelho Fº e C. dos Santos SC Ltda. (Santos, SP) Aeolus Engenharia e Consultoria S/C Ltda (São Carlos, SP)
Eng. Henrique Pizetta (Gramado, RS) Knijnik Engenharia S/C Ltda. (Porto Alegre, RS)
Eng. Romilde Almeida de Oliveira (Recife, PE) C.G.Engenharia Ltda. (Blumenau, SC)
NG Engenharia Estrutural S/C Ltda. (São Paulo, SP) Eng. Jorge Luiz Bittar (Juiz de Fora, MG)
Eng. Augusto Dias de Araújo (Natal, RN) Pre-Fabricar Construções Ltda. (Ibirama, SC)
Basalto Engenharia Ltda. (Xanxere, SC) Modus Engenharia de Estruturas S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Tavares Eng. Associados S/C Ltda. (Porto Alegre, RS) Racional Proj.Estrut.e Consult.S/C Ltda. (Campinas, SP)
Ruy Bentes Eng. de Estruturas S/C Ltda. (São Paulo, SP) Sistema Estrutura S/C Ltda. (Curitiba, PR)
Eng. Ricardo Simões (Itatiba, SP) Tecncon - Tec. do Concreto e Eng. Ltda. (João Pessoa, PB)
C.E.C. Cia de Engenharia Civil S/C Ltda (São Paulo, SP) Eng. Michel Henrique da Silveira (Goiânia, GO)
Enga. Roberta Leopoldo e Silva (São Paulo, SP) Furnas Centrais Elétricas S.A. (Rio de Janeiro, RJ)
Exen Engenharia e Comércio Ltda. (Pelotas, RS) Estecal - Esc. Tec.Yasuo Yamamoto S/C Ltda. (S. Paulo, SP)
Eng. Jorge Martins Sarkis (Santa Maria, RS) Colméia Construtora Ltda. (Aparecida de Goiânia, GO)
A. J. L. Engenharia Ltda. (Belém, PA)
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Eng. Romilde Almeida de Oliveira (Recife, PE) Eng. Mauro Rocha Ferrer (Cascavel, PR)
Eng. Enio Fernando R. de Magalhaes (Limeira, SP) Osmar Guimarães Neto (Santos, SP)
Eng. Fernando Antonio de Aguiar (Montes Claros, MG) Engos Engenharia e Projetos Ltda. (Santos, SP)
Eng. Francisco das Chagas da Costa (Natal, RN) Eng. Antonio da Silva Madeira Jr.
Eng. Estacio Reis de Melo (Natal, RN) Eng. Jair Pereira de Souza (São Paulo, SP)
Eng. Jose Augusto Magalhaes Marinho (Sao Paulo, SP) Eng. Marcelo Poli (Jundiai, SP)
Eng. Paulo Cesar de Alvarenga Lucci (Piracicaba, SP) Eng. Francisco Garcia Perez (Jundiai, SP)
Eng. Marcio Augusto Vieira (Tatuí, SP) Eng. Mario Silvio Jakiemin Martins (Ponta Grossa, PR)
Eng. Giulio Peterlevitz Frigerio (Sao Carlos, SP) Eng. Wando Roberto Trentin (Sto. Antonio de Posse, SP)
Eng. Rogerio Pavan (Vinhedo, SP) C Comercial de Ferros Canoense Ltda. (Canoas, RS)
Eng. Helio Cesar Fontes Coelho (Lavras, MG) AF Fortaleza Ferro e Aço Ltda. (S. José do Rio Preto, SP)
Eng. Sergio Marcio dos Reis (Belo Horizonte, MG) Estel Engenharia e Repres. Ltda. (Itajaí, SC)
Eng. Sérgio Luiz do Amaral Lozovey
Eng. Jose Maria Villela Araújo (São Paulo, SP)
Comercial Litorânea de Ferro e Aço Ltda. (Guarujá, SP)
Eng. Ricardo Henrique Dias (Curitiba, PR) Sr. Roberto Pereira da Silva
Eng. Bruno Sarcinelli (Vitoria, ES) Eng. André Lannes Bianchi (Curitiba, PR)
Epro Eng. de Proj. e Cons. S/C Ltda. (Belo Horizonte, MG) Eng. Giuliano Gustavo Reboli (Curitiba, PR)
Engª Rosana de Oliveira da Costa Lyra
Eng. Roberto T. Okada (Curitiba, PR)
Eng. Luiz Eduardo Lourenconi (Campo Grande, MS)
Anaja Engenharia Ltda. (Colombo, PR)
EAS Engenharia (Porto Alegre, RS) Eng, Jaime Mendes Rodrigues
Eng. Edison Artur Schlinker
Pavimenti Blocos e Lajotas Ltda. (Palmas, PR)
JCE Construtora Ltda. (Sao Paulo, SP) Eng. Eduardo Gemelli
Eng. Setsuo Segui
Eng. Michel Chalfun (Belo Horizonte, MG)
Assoc. dos Func. Publ. do Est. de S. Paulo (S. Paulo, SP)
Eng. Rogerio Romanek Aço S. Carlos Com. de Ferro e Aço Ltda. (S. Carlos, SP)
Eng. Osmar Trevizan
MGS Com. de Ferro e Aço Ltda. (Caraguatatuba, SP)
Sr. Izaltino Fernando Silva Souza Eng. Paulo H. Simabukuro (Praia Grande, SP)
Lubrascorte Ferro e Aço para Constr. (São Paulo, SP) Dionísio Ari Weber e Cia. Ltda. (Getúlio Vargas, RS)
Sr. Daniel Vieira Martire Eng. Mauro Kohlrausch
CPA Central Paulista Distr. de Aço Ltda. (Bauru, SP) CCB-P Engenharia e Projetos Ltda. (Ribeirão Preto, SP)
Sr. Nestor de Souza Zuccaro Eng. Mario Alberto Acrani
IPE Consultoria e Projetos Ltda. (Betim, MG) Eng. Robson Rocha Campos (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Joao Antonio de Almeida Junior Eng. Eugenio Isao Ono (Cabreúva, SP)
Ética na engenharia
Por eng. A. C. Vasconcelos
Revolto-me todas as vezes que leio Não interessa explicar o que é a ética
nos jornais ou vejo, na televisão, ex- profissional, o que significa o ethos de
plicações finais sobre um desaba- Platão. Qualquer divagação filosófica
mento, sobre um acidente ou sobre só tende a obscurecer o problema. O
um defeito divulgado pela imprensa. essencial é explicar o que está acon-
Tais julgamentos são feitos sem qual- tecendo em nosso dia-a-dia com
quer contato com os autores ou par- exemplos típicos. Naturalmente, local,
ticipantes da obra, sem conhecimen- data, nomes, devem ser modificados
to prévio do que está sendo visto para evitar identificação. Quem se en-
pela primeira vez. É dada a interpreta- quadrar que vista a carapuça.
ção imediata, num passe de mágica,
mostrando conhecimento absoluto Faço freqüentemente a pergunta: o
da matéria e criticando quem fez. Crí- que custa fazer um elogio? Isso vai zado, o crítico conseguiu evitar o de-
ticas de engenheiros especializados diminuir o valor de quem o faz? sastre (sem precisar se enaltecer!), a
em outros assuntos, sem conheci- Um elogio sincero constitui um sociedade ganhou com o procedi-
mento técnico específico, que toma- apoio a quem despendeu enormes mento ético. É o que todos querem!!!
ram conhecimento do ocorrido na- esforços para sua realização. Ao Todos nós, sem exceção, tendemos
quele instante, e já cientes de tudo: invés de um elogio, ouve-se: pare- a amenizar as falhas dos amigos e
projeto, materiais, resistência, cau- ce-me que já vi algo semelhante a exagerar os erros dos inimigos. Fa-
sas.... A imprensa não quer saber o isso em algum lugar.... (somente zemos isso inconscientemente. Os
que aconteceu. Quer que alguém in- para minimizar o valor do que foi erros dos outros poderiam ter sido
vente na hora qualquer história que apresentado). Isto constitui uma de- evitados se houvesse mais cuida-
possa interessar ao grande público.... preciação do trabalho. E se for ver- dos, mas os nossos erros foram ca-
dade, para que serve a citação? suais, aconteceram...
Nunca ouvi um elogio, Como proceder diante de um fato re-
somente críticas destrutivas. provável, sem ofender a quem come- Faço freqüentemente a
teu a falha? Deve-se silenciar a respei-
O ciúme impera sobre a razão to e deixar que algo aconteça? E se
pergunta: o que custa fazer
nada acontecer, com que desculpas V. um elogio? Isso vai diminuir
É lastimável que colegas nossos, com vai explicar que estava errado ou inter- o valor de quem o faz?
os mesmos direitos profissionais, so- pretou diferentemente o problema?
mente com o objetivo de aparecerem Não teria sido melhor ficar calado? É preferível mostrar fatos reais do
nos meios de divulgação, se prestem que filosofar a respeito de casos
a um procedimento tão mesquinho. imaginados.
No currículo das escolas de
É comum nas obras ouvir críticas de engenharia, deveria existir O Prof. Héctor Gallegos da UPC
um profissional subalterno, por (Universidade Peruana de Ciências
exemplo, um assentador de azulejos, uma matéria de ensino do
comportamento ético. Aplicadas, de Lima) publicou, em
ao serviço feito por um colega. Nunca 1999, um livro maravilhoso, que todo
ouvi um elogio, somente críticas des- engenheiro deveria ler: La Ingeniería
trutivas. O ciúme impera sobre a É obrigação do engenheiro evitar ÉTICA. Ele menciona vários casos de
razão. Sem conhecer o motivo da im- que aconteçam desastres? O as- desastres que poderiam ter sido evi-
perfeição (falta do material adequa- sunto deve ficar somente entre tados se houvesse divulgação, por
do, pressa, imposição do superior), o quem critica e o autor, ou ser divul- parte de engenheiros colaboradores,
serviço é logo criticado como incom- gado para todo mundo? de defeitos que poderiam ser corrigi-
petência, negligência, falta de inte-
Quanto menos aquele que critica dos a tempo. Para não ferir susceti-
resse. Não existe aprovação para o
aparecer, melhor. O importante é evi- bilidades, ficaram omissos. Pergun-
que tenha sido feito por outro.
tar que algo de ruim aconteça. Ao ta-se: Esse engenheiro feriu a ética
Com os engenheiros, está aconte- invés de tentar justificar o que foi profissional, por ter silenciado diante
cendo atualmente, exatamente o feito errado, o autor vai tentar con- do comportamento de seu superior,
mesmo. Estamos nos nivelando a sertar o que fez, sem divulgar quem que o advertiu para ficar calado e
uma classe mais baixa em relação chamou a atenção para o problema e não levantar suspeitas? Ele deveria
ao comportamento frente a outros o mais rápido possível. Surge ime- ter “posto a boca no trombone” e ser
profissionais de nível social inferior, diatamente com a frase: Analisando penalizado por tal comportamento?
com aprendizado fora das escolas. mais detalhadamente o problema,
Isso nunca poderia acontecer. No Julgo oportuno aqui reproduzir os
julguei que funcionará melhor casos levantados por Gallegos, dei-
currículo das escolas de engenha- assim.... Com tal procedimento, tudo
ria, deveria existir uma matéria de xando a interpretação a cargo de
ficará bem: o autor não será penali- cada um por si mesmo.
ensino do comportamento ético.
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TQSNEWS
1º caso: Boisjoly não perdeu o emprego mas tentes de partes defeituosas da
A explosão do foguete Challenger foi afastado do projeto. No final de usina ocasionaram em 25 de abril
em 26 de janeiro de 1986. julho de 1986, um mês após o térmi- de 1986. Engenheiros operadores
no da comissão presidencial, Boisjoly da fábrica tentavam uma experiên-
Todos os jornais do mundo noticia-
ram o acidente ocorrido 73 segun- renunciou ao seu emprego na Morton. cia mal sucedida. Apagaram todos
dos depois da decolagem do fogue- os sistemas de regulagem e emer-
O desenrolar dos fatos sugere diver-
te tripulado, de Cabo Kennedy, na gência e retiraram todas as varinhas
sas perguntas relacionadas com a
Flórida. Se o foguete tivesse supor- de controle do núcleo energético.
ética da engenharia. Eis algumas
tado mais 47 segundos, teria se li- Isso possibilitou que a central con-
delas: Qual o papel correto de um
vrado de sua parte impulsora, e, já tinuasse trabalhando com 10% de
engenheiro diante de problemas de
descarregado de combustível, teria sua capacidade. Nas primeiras
segurança? Deve um engenheiro horas do dia seguinte, 26 de abril, a
navegado tranqüilamente pelo es- aceitar prazos para resolver um pro-
paço e retornado à Terra. operação estava fora de controle.
blema? Quem deve decidir uma Ocorreram então várias explosões
Morreram 7 astronautas, dentre os ação final, a engenharia ou a admi- que destruíram os contendores de
quais a primeira astronauta mulher e nistração da empresa? É correto aço e concreto armado do reator.
o programa espacial americano para um engenheiro, em situações Enormes quantidades de substân-
atrasou-se 5 anos na averiguação críticas, divulgar informações reser- cias radioativas entraram na atmos-
das causas do acidente. O acidente vadas da empresa? fera, provocando em 27 de abril a
aconteceu depois de 4 lançamentos evacuação dos 30.000 habitantes
com êxito, diante da pressão políti- 2º caso:
de Prypyat. O governo russo tentou
ca na competição com a Rússia, O automóvel Pinto encobrir o ocorrido mas, em 28 de
acelerando o programa. Em 10 de agosto de 1978, ocorreu abril, os monitores suecos acusa-
O que se pode constatar foi que o um desastre numa rodovia de India- ram índices anormais de radiação
lançamento foi feito num ambiente na, USA, onde morreram duas jo- no vento. Por pressão da Suécia, o
que registrou a mais baixa tempera- vens dentro de um automóvel com- governo russo foi obrigado a admi-
tura, abaixo de 0ºC, diferentemente pacto, inovador, da Ford. O carro se tir o desastre.
dos 4 lançamentos anteriores. A ori- incendiou depois de um abalroa- Devido à contaminação morreram
gem da falha foi identificada como a mento por outro carro em sua tra- logo 32 pessoas. E centenas de mi-
perda de flexibilidade do selante seira. Durante os 7 anos da introdu- lhares contraíram doenças. Destas
anelar em baixa temperatura, deixan- ção do produto no mercado, ocorre- pessoas, dezenas de milhares mor-
do de cumprir sua função de evitar o ram cerca de 50 casos com deman- reram e o restante contraiu câncer.
vazamento. O combustível sólido, ao das judiciais e pagamento de Nos anos seguintes, nasceram
se esquentar, causou a dilatação do danos. No primeiro caso, entretan- vacas com sérias deformações.
cilindro de aço que o continha, não to, houve a morte de duas pessoas. Árvores também foram contamina-
acompanhada pelas partes frias. A Ford perdeu a causa e vários en- das. A radioatividade atingiu até
genheiros pertencentes à equipe França e Itália.
responsável pelo projeto deveriam
A solução aumentava o ser presos. Durante o julgamento As perguntas pertinentes ao caso
custo do carro; atrasava o ficou patente que os engenheiros são: Pode-se exercer a engenharia
início da fabricação e conheciam a vulnerabilidade do veí- sem a competência tecnológica e a
culo por choques traseiros. A solu- necessária experiência? Qual a res-
prejudicava o ritmo de ponsabilidade da engenharia na
produção. Isto iria contra o ção proposta por eles foi recusada
pela empresa com as seguintes ale- manutenção dos objetos que
alvo da empresa: derrotar os gações: a solução aumentava o criou? Qual a atitude da engenharia
competidores. custo do carro; atrasava o início da ao descobrir que os objetos cria-
fabricação e prejudicava o ritmo de dos são potencialmente perigo-
produção. Isto iria contra o alvo da sos? Qual a responsabilidade da
A empresa particular encarregada da engenharia no bem-estar humano,
fabricação dos impulsores de com- empresa: derrotar os competidores.
atual e futuro?
bustível sólido foi a Morton Thiokol, As perguntas éticas neste caso são:
que possuía o engenheiro chefe Bob a responsabilidade de um engenhei- 4º caso: Césio 137 em Goiânia.
Lund. Um dos engenheiros de Bob ro em relação à sociedade deve ser
Lund era Roger Boisjoly, que havia subordinada à sua responsabilidade No Brasil ocorreu um caso inadmis-
lutado durante o projeto para resol- diante de seu empregador? Pode sível de contaminação num ferro-
ver o problema material do selante. um engenheiro submeter sua inde- velho, com uma cápsula de césio
Não tempo tido tempo de resolver o pendência à empresa? Qual deve 137 que lá foi deixada por descuido.
problema dentro do prazo político ser sua atitude no processo judicial? Várias pessoas morreram e muitas
estipulado, advertiu seu chefe, sem contraíram doenças ficando impos-
ser levado a sério pela Morton e pela 3º caso: sibilitadas de trabalhar. Ninguém foi
administração da NASA. Um dos ge- Central nuclear de Chernobyl julgado como causador do desas-
rentes principais da Morton ridiculari- tre... É ou não é um problema de
zou-o em público: “Tire o seu capa- Perto da cidade Prypyat, na Ucrâ- ética profissional? Os responsáveis
cete de engenheiro e coloque na ca- nia, ocorreu o maior acidente nu- pelos equipamentos médicos po-
beça o da Morton!” clear da história. Manejos incompe- diam deixar cápsulas de material
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ARTIGO TQSNEWS
Propaganda enganosa e
tiro pela culatra
Por Enio Padilha - engenheiro, escritor e palestrante
www.eniopadilha.com.br
Um breve relato histórico. A Stabile lobby junto aos clientes, recebia-se o Com relação a novos crescimentos,
Engenharia é uma empresa, projetista comentário: “mas vocês deveriam com- estamos, febrilmente, desenvolvendo
de estruturas metálicas, com 28 anos de partilhar essa ferramenta com os cole- nosso módulo em 3D (em agosto lan-
atuação, sediada em Porto Alegre/RS. gas”. Pensando em se criar uma alter- çaremos o programa para cálculo de
No início de nossa caminhada, em mea- nativa de faturamento, começou-se a treliças espaciais, cujo ambiente apre-
dos da década de 1970, desenvolvemos oferecer nosso programa de detalha- senta-se abaixo), o módulo de verifi-
nossos procedimentos de cálculo ba- mento. Esse foi o divisor de águas do cação de ligações - soldadas e para-
seados em calculadoras programáveis, nosso desenvolvimento: antes o pro- fusadas - e o módulo de vigas mistas.
como todos os escritórios faziam. Pos- grama estava feito para o nosso uso -
teriormente, com o surgimento da série com a “nossa cara” - e a partir desse
HP9800, automatizamos a análise e o momento, com os comentários, críticas
dimensionamento de estruturas simples. e sugestões dos colegas, o programa
Foi um grande avanço e nos rendeu um tendeu a universalizar-se. Enquanto
razoável ganho de produtividade. Com o isso, nosso programa de cálculo não
surgimento de computadores tipo PC e era comercializado. Em meados do ano
de programas tipo CAD, os desenhos 2000, recebeu-se um incentivo do Eng.
começaram a ser feitos com o auxílio do Livi (representante TQS no Rio Grande
computador. Mas isso não representou do Sul) que usou o convincente argu-
ganho algum, já que é sabido que se mento: “o que os engenheiros procuram
gasta mais tempo desenhando no com- é uma ferramenta completa - cálculo e
putador, do que o tempo gasto por um detalhamento- integrados”.
bom projetista de prancheta, para obter Ambiente do mCalc 3D com uma treliça
Teve início a migração desse progra-
o mesmo desenho. espacial de ~7100 barras
ma para a plataforma Windows,
Em março de 1990, numa visita a um acrescentando-se um editor gráfico
colega (Hugolino Prá, de saudosa me- que foi complementado por outros re-
mória), nos foi apresentado o Sistema cursos sugeridos por vários colegas: Uma pergunta que não foi respondi-
TQS, que integrava a concepção es- novos perfis, com diversas composi- da. Muitos dos leitores do TQS_News
trutural, análise, dimensionamento e o ções, novos elementos implementa- devem estar se perguntando: mas afinal,
detalhamento de estruturas de con- dos (terças e grelhas), tópicos espe- o que é que um “metaleiro” está fazendo
creto armado. Uma ponta de inveja ciais, melhorias e facilidades de uso. num espaço exclusivo de “concretei-
pairou no ar: temos que conseguir um ros”? A vivência profissional tem mos-
Estágio atual dos programas. Os trado que boa parte dos engenheiros
sistema parecido como este, só que dois programas continuam indepen-
orientado para estruturas metálicas. que só projetam estruturas de concreto
dentes um do outro, mas são integra- armado, não diversificaram, ainda, por
Mas ora, no Brasil um sistema como dos entre si: pode-se gerar, analisar e
esse não existia e os programas es- que não tinham o apoio de ferramentas
dimensionar uma estrutura com o pro- confiáveis para o desenvolvimento de
trangeiros eram absurdamente caros grama de cálculo e exportar dados -
e não adequados à estrutura metálica seus trabalhos. Não tinham! Agora já
geometria e perfis adotados - para o tem. Essa é a razão de nossa presença
que se fazia aqui no País. programa de detalhamento. Este pro- aqui: dizer para todos que já se desen-
Desenvolvimento das ferramentas. grama de detalhamento também é in-
volve, no País, um sistema para automa-
Durante alguns anos procurou-se um tegrado a outros programas de cálculo
ção de projetos de estruturas metálicas,
“sistema TQS para estruturas metálicas” usados no mercado brasileiro: SAP®,
STRAP®, Metalicas3D® e WMix®. Cal- que é adequado à realidade da Constru-
sem encontrá-lo. Restou-nos a difícil ta- ção Metálica nacional, e que a proposta
refa de desenvolvê-lo. Já se tinha um cula-se a estrutura, com um desses
programas, e exportam-se geometria e da empresa desenvolvedora é oferecer
programa de cálculo, desenvolvido na ferramentas confiáveis, desmistificar o
plataforma DOS, que gerava, analisava perfis adotados para o detalhamento.
projeto de estruturas metálicas e cola-
e dimensionava estruturas reticulares de No módulo Pavimentos, do programa borar com o crescimento da engenharia
aço. Mas o desenho, que é a grande de cálculo, essa integração mostra estrutural brasileira.
deficiência de todos os escritórios de todo o seu brilho, já que por caracterís-
projetos, ainda estava longe de ser au- ticas dos programas, em minutos, par-
tomatizado. Iniciou-se o desenvolvi- tindo-se da planta baixa arquitetônica
mento do programa de detalhamento de um pavimento, obtém-se o projeto Para conhecer o sistema ST_mCalc
catalogando e classificando os blocos estrutural desse pavimento e detalha- rodando e avaliar todo o seu potencial,
que se tinha, desenhando-se perfis, ge- mento das vigas, com lista de material basta entrar em contato conosco
rando desenho parametrizados de treli- e de corte dos perfis. Isso significa que [email protected] ou pelo telefone
ças etc. Posteriormente, desenvolveu- já estamos atingindo nosso objetivo: (51) 334 70 78 marcando entrevista.
se a rotina de detalhamento de treliças, desenvolver, para estruturas metálicas, Teremos muito prazer e um grande
de vigas e os módulos de projeto de co- uma ferramenta integrada - modela- orgulho em apresentar nossa tecnologia
berturas. Nessa época, toda a vez que gem, cálculo, projeto e detalhamento - de ponta, que vai revolucionar o mercado
se mostrava-se o programa, fazendo a exemplo do Sistema TQS. de projetos de estruturas metálicas.
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NOTÍCIAS TQSNEWS
Feicon 2005 46° Congresso Brasileiro do Concreto
08 a 12 de Março, Anhembi, São Paulo 14 a 18 de Agosto de 2004, Florianópolis
Estaremos mais uma vez presentes na Feira Internacio- Participamos, mais uma vez, do Congresso Anual do
nal da Indústria da Construção - FEICON demonstrando Instituto Brasileiro do Concreto - IBRACON, realizado
os sistemas, apresentando as novidades da nova versão em Florianópolis.
dos Sistemas CAD/TQS, elucidando dúvidas e trocando Como sempre, o Congresso foi ótimo. Tivemos a opor-
idéias com nossos clientes e amigos sobre os futuros tunidade de encontrar inúmeros clientes, amigos e po-
desenvolvimentos e o mercado em geral. tenciais clientes TQS. Pudemos trocar idéias sobre a
Para maiores informações, acesse: http://www.feicon.com.br nova norma NBR 6118:2003, esclarecer dúvidas, de-
monstrar os sistemas, anotar sugestões etc. A grande
Compareçam. Não percam as promoções comerciais
discussão técnica sobre a nova norma foi o assunto da
para a aquisição dos sistemas.
imperfeição geométrica local em pilares. Todos ainda es-
tavam com muitas dúvidas.
Stand TQS - Construsul 2004 - Engenheiros Herbert Maezano Stand TQS - Engenheiros Luiz Carlos G. Cabral, Dácio
e Luiz O. Baggio Livi Carvalho e A.C.Vasconcelos
FEHAB 2004
21 a 25 de setembro, São Paulo
Participamos mais uma vez da Feira Internacional da Indús-
tria da Construção - FEHAB. Apesar de o movimento ter
sido menor do que o esperado, o evento foi um sucesso e
recebemos em nosso stand inúmeros amigos, clientes e
colegas interessados na aquisição dos Sistemas CAD/TQS.
Foram realizadas várias demonstrações, com muitos co-
legas querendo saber um pouco mais sobre a Versão 11
do CAD/TQS.
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TQSNEWS
VII ENECE
Outubro de 2004, São Paulo
No dia 20/10/2004 foi realizado em São Paulo o 7º.En- palestra poderia ser intitulada: desmitificando os mis-
contro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutu- térios da punção.
ral, o já tradicional encontro anual promovido pela As- Posteriormente a professora Lídia Shehata e o professor
sociação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estru- Justino Vieira do Rio de Janeiro apresentaram uma pa-
tural - ABECE. lestra sobre o tema: Nova NBR 6118:2003, o que muda
A ABECE está comemorando, neste ano, 10 anos de na minha obra? Foram enviados questionários a diversas
fundação. O organizador, coordenador técnico e mode- empresas do Rio de Janeiro e Niterói e também a diver-
rador dos debates foi o eng. José Roberto Braguim, sas concreteiras, contendo perguntas sobre o impacto
nosso colega e participante da comunidade. da nova NBR 6118:2003 e o que estão empregando
atualmente nos projetos e obras. Os dados foram cole-
O tema principal do ENECE deste ano foi: Tendências da tados, compilados e os resultados apresentados. É um
Engenharia Estrutural Pós NBR 6118:2003. trabalho também muito construtivo que merece ser visto
O comparecimento de engenheiros estruturais ao com carinho.
ENECE foi significativo. Vieram colegas do interior de Por fim, o eng. Fernando Rebouças Stucchi apresentou
São Paulo e de diversas cidades de outros estados. Do o tema: Tendências da Engenharia Estrutural Pós NBR
meu conhecimento posso citar algumas cidades: Jun- 6118:2003. Foi uma ótima palestra, como sempre ocor-
diaí, Campinas, São Carlos, São José do Rio Preto, Ma- re em suas apresentações. Ele colocou de forma muito
rília, Santos, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Fortaleza, apropriada o problema da pesquisa no Brasil, pesquisa
Cuiabá, Brasília, Goiânia, Curitiba, Florianópolis, Porto acadêmica e pesquisa aplicada a engenharia. Também
Alegre, Santa Maria, etc. discorreu sobre a estratégia para deixar a nossa Norma
Muitas personalidades também comparecerem ao even- válida e consolidada. À primeira vista, parece que o tra-
to, mostrando a força e a representatividade da ABECE. balho de elaboração da norma terminou mas o eng.
Estavam presentes: professor doutor Paulo Helene, pre- Stucchi e um grupo de colegas continuam trabalhando
sidente do Ibracon, engenheiro Eduardo Lafraia, presi- para complementar a norma com os itens relativos a in-
dente do Instituto de Engenharia, deputado Arnaldo Jar- cêndio e sismo e, assim, ter condições de registrar
dim, representante do Crea, professor doutor João Cyro nossa norma como norma internacional.
André, representando a EPUSP, engenheiro Wagner O ENECE foi também o palco para a posse da nova di-
Lopes presidente da ABESC, engenheiro Renato Giusti, retoria da ABECE válida para os anos de 2005 e 2006:
presidente da ABCP e diversos outros.
Valdir Silva da Cruz, presidente
Logo na abertura, o engenheiro Júlio Timerman leu um José Roberto Braguim, vice-presidente
manifesto da ABECE sobre os recentes acontecimentos
desagradáveis registrados na construção civil. Fernando de Moraes Mihalik, diretor administrativo-fi-
nanceiro
O eng. Francisco Paulo Graziano proferiu uma palestra Alberto Naccache, diretor
muito interessante sobre alterações no consumo de aço
Augusto Guimarães Pedreira de Freitas, diretor
no dimensionamento de pilares empregando-se a norma
NBR 6118:2003. Marcos Monteiro, diretor
Roberto Dias Leme, diretor
Quanto ao professor José Paulo Castelli, mestre em
economia pela EPGE/FGV-RJ, proferiu palestra sobre Sérgio de Faria Linardi, diretor
negociações comerciais e contrataçao de serviços de Suely Bacchereti Bueno, diretor
engenharia. Foi um palestra interessante, principalmen- Wagner Edson Gasparetto, diretor
te para o nosso meio técnico, que não se aprofunda
muito no assunto e acha que nosso mercado é singular.
Foi apresentada uma equação esclarecedora sobre o
conceito de “valor” dos nossos serviços, onde entram
as parcelas “confiança” e “segurança”, itens fundamen-
tais dos nossos serviços.
Por sua vez, o eng. Joaquim Eduardo Mota de Fortale-
za ministrou palestra sobre o tema: Comparação dos
resultados do dimensionamento à punção segundo a
NBR 6118:2003 e NBR 6118:78. Foi uma palestra de
elevado nível técnico e muito bem apresentada. O eng.
Joaquim consegui explicar de forma muito didática e
ricamente ilustrada com gráficos, de forma concisa e
clara, a metodologia de cálculo da punção segundo as
duas normas. Digo, francamente, que este foi o melhor
trabalho sobre punção de que já tomei conhecimento.
A exemplo do artigo do professor Vasconcelos, esta Enece 2004 - Mesa de Abertura do Evento
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II Prêmio Talento Engenharia Estrutural 2004
Outubro de 2004, São Paulo
Durante o ENECE 2004, foi anunciado o grande vence- Escritórios da Vivo
dor do prêmio Talento da Engenharia Estrutural 2004, Local: São Paulo
uma realização conjunta da ABECE e da GERDAU, com Autor: João Alberto Vendramini
apoio da TÉCHNE, visando a valorização da classe. Ponte JK
O vencedor ganhou uma viagem a Las Vegas com esta- Local: Brasília
dia paga, para acompanhar a próxima edição da World Autores: Mário Vila Verde (in memoriam) e Filemon Botto de
of Concrete, uma das principais feiras internacionais do Barros (Projconsult)
setor da construção, em janeiro de 2005.
Neste ano, concorreram ao prêmio 25 projetos de todo
o Brasil, um aumento significativo em relação ao ano
passado quando participaram do prêmio 9 projetos.
O grande vencedor foi o projeto da Pista descendente
da Rodovia dos Imigrantes, de autoria do engenheiro
Roberto de Oliveira Alves da Figueiredo Ferraz Consulto-
ria e Engenharia de Projeto Ltda.
Cursos TQS
Aplicando a NBR 6118:2003 com os Sistemas CAD/TQS-V11
Terminamos o ano de 2004 realizando o curso Aplican- Recife, Salvador, São Carlos, São Luis e São Paulo. Pre-
do a NBR 6118:2003 com os Sistemas CAD/TQS - V11 tendemos, em 2005, visitar as cidades de João Pessoa,
nas seguintes cidades: Belém, Campinas, Campo Gran- Maceió, Manaus, Uberlândia e Vitória.
de, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Londrina, Natal,
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Construir 2004 6º Seminário Tecnologia das Estruturas
2 a 6 de novembro, Rio de Janeiro 25 e 26 de novembro, Centro Britânico,
São Paulo
Estivemos presentes mais uma vez na Feira Internacio-
nal da Construção, Engenharia e Arquitetura - Construir, Nos dias 25 e 26 de Novembro de 2004, foi realizado no
que se realizou de 02 a 06 de novembro de 2004, no Rio Centro Britânico o 6º Seminário Tecnologia das Estrutu-
Centro, no Rio de Janeiro. Compareceram ao nosso ras, do qual participaram vários membros da diretoria,
stand muitos amigos e clientes, além, é claro, de muito conselho e associados da Abece. Também alguns pales-
interessados em conhecer melhor os Sistemas trantes da Abece estiveram presentes como: Sérgio Viei-
CAD/TQS. ra, Francisco Graziano e Ricardo França, sendo que este
último fez um comparativo sobre custo de projeto (onde
pode-se aplicar mais horas técnicas com honorário
maior) e o custo da estrutura. Conclui-se que quanto
mais se investir em projeto, o custo da estrutura será
menor. As demais palestras também foram de bom nível.
As palestras estão disponíveis no site do Sinduscon - SP
(www.sindusconsp.com.br)
Fonte: Abece News, edição n° 27, ano I
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Dia do Engenheiro Construética
13 de dezembro, Instituto de Engenharia,
A ABECE, que vem sendo representada pelos engenhei-
São Paulo ros Marcos Velletri e José Roberto Braguim, está partici-
Foi realizada no Instituto de Engenharia de São Paulo a pando das atividades do Construética. Trata-se de um
movimento, idealizado e coordenado pelo Instituto de En-
cerimônia de comemoração do Dia do Engenheiro. O en-
genharia de São Paulo, que conta com a participação de
genheiro Vahan Agopyan foi homenageado com o título
praticamente todas as entidades de classe da construção
de Eminente Engenheiro do Ano. civil, cujo objetivo é o de estabelecer procedimentos e re-
A divisão de estruturas foi mais uma vez premiada como gras de conduta entre os vários elos da cadeia produtiva.
a mais atuante. Queremos aqui parabenizar os engenhei- Por se tratar de assunto de extrema importância e de difí-
ros Natan Levental e Lúcio Laginha pelo empenho e pelas cil trato, os debates iniciais estão se dando com bastante
belas palestras que nos propiciaram ao longo deste ano. critério, com base nas seguintes linhas mestras:
- ética entre os profissionais;
- ética na relação com o cliente - mão dupla;
- ética na relação com os funcionários e colaboradores;
- ética em relação à sociedade como um todo.
Na medida do possível, a ABECE distribuirá notas infor-
mativas a respeito do andamento dos trabalhos.
Para maiores informações, acesse: http://www.abece.com.br
Fonte: Abece News, edição n° 27, ano I
Dissertações e teses
MAGGI, Patricia Lizi de Oliveira
Comportamento de pavimentos de concreto
estruturalmente armados sob carregamentos
estáticos e repetidos
Tese de doutorado
Orientador: Libânio M. Pinheiro
Defesa: 5/5/2004
Apresenta-se um trabalho numérico e experimental, auxílio do modelo numérico, validado a partir dos resul-
com o objetivo de estudar o comportamento dos pavi- tados experimentais, estuda-se a influência de alguns
mentos de concreto estruturalmente armados, quando parâmetros importantes para o dimensionamento dos
submetidos a forças verticais estáticas e repetidas. pavimentos, tais como: capacidade de suporte da fun-
Avalia-se a contribuição da armadura de flexão, na re- dação, espessura das placas, área de aço, dimensões
sistência de placas de concreto apoiadas sobre meio das placas em planta, posição de aplicação da força e
elástico. Verifica-se experimentalmente o modo de presença de juntas de transferência de deslocamento.
ruína de placas submetidas a carregamento monotôni- Os resultados experimentais mostram uma significativa
co e a carregamento repetido, com e sem armadura, e contribuição da armadura positiva na resistência de
acompanha-se o desenvolvimento das fissuras no con- placas isoladas sob forças verticais centradas. Verifi-
creto e das deformações no aço. Comparam-se os re- cou-se que as forças repetidas provocam fadiga do
sultados obtidos, com as recomendações da NBR aço e que o número de ciclos depende da deformação
6118:2003, para o dimensionamento de estruturas sub- provocada na armadura. A partir dos resultados são
metidas à fadiga. É desenvolvido modelo numérico traçadas diretrizes para o dimensionamento, no qual
capaz de representar a interface do solo com a placa devem ser considerados os momentos positivos e os
do pavimento, a fissuração do concreto, a contribuição negativos, e deve ser feita a verificação da fadiga do
da armadura e o comportamento pós-fissuração. Com concreto e da armadura.
MDL Engenharia e Projetos, Santo André, SP
ACS Engenharia, São Paulo, SP
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Desenho realizado com os sistemas CAD/TQS
C. Rolim Engenharia Estrutural Ltda. (João Pessoa, PB)
PRODUTOS
CAD/TQS - Plena CAD/AGC & DP Lajes Protendidas
A solução definitiva para edificações Linguagem de desenho paramétrico Realiza o lançamento estrutural, cál-
de Concreto Armando e Protendido. e editor gráfico para desenho de ar- culo de solicitações (modelo de gre-
Premiada e aprovada pelos mais re- mação genérica em concreto arma- lha), deslocamentos, dimensiona-
nomados projetistas do país, total- do aplicado a estruturas especiais mento (ELU), detalhamento e dese-
mente adaptada à nova norma NBR (pontes, barragens, silos, escadas, nho das armaduras (cabos e verga-
6118:2003. Análise de esforços atra- galerias, pré-moldados, muros, fun- lhões) para lajes convencionais,
vés de Pórtico Espacial, Grelha e Ele- dações especiais etc.). lisas (sem vigas) e nervuradas com
mentos Finitos de Placas, cálculo de ou sem capitéis. Formato genérico
CAD/Alvest
Estabilidade Global. Dimensionamen- da laje e quaisquer disposição de
to, detalhamento e desenho de Vigas, Cálculo de esforços solicitantes, di- pilares. Calcula perdas nos cabos,
Pilares, Lajes, Blocos e Sapatas. mensionamento (cálculo de ƒp), de- hiperestático de protensão em gre-
talhamento e desenho de edifícios lha e verifica tensões (ELS). Adapta-
CAD/TQS - Unipro de alvenaria estrutural. do a cabos de cordoalhas aderentes
A versão ideal para edificações de CAD/Alvest - Light e/ou não aderentes.
até 20 pisos. Possui todos os recur- Cálculo de esforços solicitantes, di-
sos disponíveis na versão Plena. Telas Soldadas
mensionamento (cálculo de ƒp), de-
Adaptada à nova NBR 6118:2003. talhamento e desenho de edifícios de Análise, dimensionamento, deta-
alvenaria estrutural de até 5 pisos. lhamento e desenho de Telas Sol-
CAD/TQS - EPP Plus dadas, para lajes de concreto ar-
Versão intermediária entre a EPP e a CAD/Fundações mado e/ou protendido. Integrado
Unipro, para edificações de até 8 Dimensionamento, Detalhamento e ao CAD/Lajes, as telas são sele-
pisos. Incorpora os mais atualiza- Desenho de Blocos e Sapatas de cionadas em função das armadu-
dos recursos de cálculo presentes Concreto Armado. Agora totalmente ras efetivamente calculadas em
na Versão Plena. Adaptada à nova integrado nas Versões Plena, Uni- cada ponto da laje. Armaduras
NBR 6118:2003. pro, EPP, EPP Plus e Universidade. convencionais complementares
também podem ser detalhadas.
CAD/TQS - EPP ProUni
Uma ótima solução para edificações Análise e verificação de elementos G-Bar
de pequeno porte de até 5 pisos. In- estruturais pré-moldados protendi- Armazenamento de “posições”,
corpora os mais atualizados recursos dos (vigas, lajes com vigotas, ter- otimização de corte e gerencia-
de cálculo presentes na Versão Plena. ças, lajes alveoladas etc), acresci- mento de dados para a organiza-
Adaptada à nova NBR 6118:2003. dos ou não de concretagem local. ção e racionalização do planeja-
Lajes Treliçadas mento, corte, dobra e transporte
CAD/TQS - Universidade das barras de aço empregadas na
Análise, dimensionamento, detalha-
Versão ampliada e remodelada para construção civil. Emissão de rela-
mento e desenho de Lajes Treliça-
universidades, baseada em todas tórios gerenciais e etiquetas em
das. Cálculo de lajes unidirecionais
as facilidades e inovações já incor- e bidirecionais, análise do pavimen- impressora térmica.
poradas na Versão EPP. Adaptada à to por grelha, verificação “exata” de
nova NBR 6118:2003. flechas, incluindo a consideração da
fissuração do concreto e a deforma-
CAD/TQS - Projetista ção lenta. Emite desenhos de fabri-
Ideal para uso em conjunto com as cação e montagem de vigotas e
versões Plena e Unipro, contém quantitativo de materiais. Indicada
todos os recursos de edição gráfica para Projetistas Estruturais e Fabri-
para Armaduras e Formas. cantes de Lajes Treliçadas. Monteiro Linardi, São Paulo, SP
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DIRETORIA IMPRESSÃO Fone: (11) 3083-2722
Eng. Nelson Covas Neoband Soluções Gráficas Fax: (11) 3083-2798
Eng. Abram Belk E-mail: [email protected]
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