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TQSN

NOTA
EWS Ano IX - Nº 20
Janeiro de 2005

do artigo “Honorários de Referência de


Projetos de Estruturas”, elaborado pelo

Statura, São Paulo, SP


DO EDITOR Grupo de Trabalho sobre Honorários da
ABECE. Este grupo, depois de muita pes-
quisa e participação de inúmeras empre-
sas de projeto estrutural de SP, elaborou
um texto explicativo e uma nova apresen-
tação para o cálculo da remuneração dos
projetos estruturais. Por obséquio, leiam o
trabalho apresentado e procurem aplicá-
lo aos seus projetos.

Destaques
Entrevista
Eng. Nelson Covas Eng. Luiz Cholfe discorre sobre o
mercado de projetos atual, e a
Finalmente, depois de mais de dois anos Complementando os trabalhos de de- necessidade de o projetista estrutural
de árduo trabalho, conseguimos terminar senvolvimento dos sistemas, durante o atuar com dignidade e respeitabilidade.
a adaptação dos sistemas CAD/TQS à ano de 2004, proferimos, por todo o Página 3
nova NBR 6118:2003. Posso dizer que, país, 24 cursos sobre os sistemas
com o apoio e colaboração de inúmeros CAD/TQS e a nova Norma. Mais de 700 Espaço Virtual
usuários, tivemos pleno êxito nessa adap- engenheiros compareceram a estes cur- Comentários técnicos de diversos colegas
tação, pois até pontos polêmicos que se- sos o que foi para nós motivo de grande engenheiros estruturais de todo o país
riam postergados, como o cálculo de satisfação e realização profissional. através da comunidadeTQS e calculistas-ba.
pilar-parede em seção transversal qual-
Mas a equipe de desenvolvimento da Página 8
quer, foram realizados.
TQS não pára na elaboração de novos
No final de 2004, liberamos a última ver- projetos. Agora já estamos finalizando o Desenvolvimento
são dos sistemas com as modificações desenvolvimento de um sistema para o
Últimas adaptações nos sistemas TQS
devidas à Norma. Evidentemente que a projeto (análise, dimensionamento e de- para atendimento a NBR 6118:2003.
manutenção dos sistemas, quase que talhamento) de escadas, rampas, vigas Novo sistema de escadas, rampas, vigas
diária e constante, continua e continua- inclinadas etc. Maiores detalhes estão inclinadas, etc.
rá a existir. Na seção Desenvolvimento, descritos na seção Desenvolvimento.
relato o que foi recentemente implemen- Página 18
Destaco também nesta edição, uma nova
tado. Destaques:
- Efeito localizado em pilar-parede de
seção denominada “Espaço Virtual”, com Ética na Engenharia
inúmeras novidades e assuntos de inte-
seção qualquer de forma automática; Dr. A. C. Vasconcelos discorre sobre a
resse dos engenheiros estruturais que importância da “Ética” na engenharia civil.
- Incorporação dos procedimentos foram divulgados nas comunidades da in-
apresentados no ENECE/2004 para o ternet: comunidadeTQS e calculistas-ba. Página 30
cálculo de pilares;
Outra seção de grande interesse nesta Propaganda Enganosa
- Nova apresentação do resultado do edição é a entrevista realizada com o en-
cálculo de flechas (ELS) em pavimen- genheiro Luiz Cholfe. O eng. Cholfe é um Artigo do engenheiro Enio Padilha sobre
tos compostos por lajes e vigas por os cuidados que devem ser tomados na
profissional de sucesso com elevada
grelha não-linear física; compra e operação de softwares para
competência técnica, professor universi- engenharia.
- Relatório técnico condensado com tário há décadas e um dos nossos cole-
todas as informações relevantes do gas que mais sabe valorizar a profissão, Página 33
projeto: Resumo Estrutural; tanto do ponto de vista técnico como
- Novas representações da planta de lo- comercial, com a dignidade, respeitabili- Tabela de Honorários ABECE
cação dos pilares nas fundações. dade e realização profissional que todos A nova modalidade para determinação
desejariam. Não deixem de ler. dos “Honorários de Referência de
Para os clientes que já adquiriram os
Projetos de Estruturas”. Princípios
sistemas CAD/TQS na versão da Esta edição também contém um encarte básicos, aplicabilidade e objetivos.
Norma, versão nº 11, estamos encami- com um trabalho de grande interesse a
nhando esta nova versão gratuitamente. todos os engenheiros estruturais. Trata-se Encarte

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REPRESENTANTES TQSNEWS
Rio Grande do Sul Salvador Rio de Janeiro
Eng. Luiz Otavio Baggio Livi Eng. Fernando Diniz Marcondes CAD Projetos Estruturais Ltda.
Rua João Abott, 503, Conj. 503 Av. Tancredo Neves, 1.160, apto. 503 Eng. Eduardo Nunes Fernandes
90460-150 • Porto Alegre, RS 41820-020 • Salvador, BA R. Almirante Barroso, 63, Sl. 809
Fone: (51) 9968-4216 Fone: (71) 272-6669 20031-003 • Rio de Janeiro, RJ
(51) 3332-8845 / 3029-4216 (71) 9161-0327 Fone: (21) 2240-3678
E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] (21) 2262-7427
E-mail: [email protected]
Paraná [email protected]
Eng. Yassunori Hayashi Eng. Livio R. L. Rios
Av. Mateus Leme, 1.077 Av. das Américas, 8.445, Sl. 916,
80530-010 • Curitiba, PR Barra da Tijuca
Fone: (41) 9975-5842 22793-081 • Rio de Janeiro, RJ
(41) 353-3593 Fone: (21) 8115-0099
E-mail: [email protected] (21) 2429-5171
E-mail: [email protected]

CAD/TQS - EPP Plus


O CAD/TQS - EPP Plus está disponível para a elabora- EPP são: lançamento gráfico da estrutura através do
ção de projetos estruturais de edificações de pequeno modelador estrutural, fácil utilização, geração e edi-
porte, mas com maior capacidade de elementos/an- ção de plantas de formas, editor gráfico completo, aná-
dares e melhor relação custo x benefício. Ela vem para lise estrutural, dimensionamento, detalhamento, dese-
preencher uma lacuna existente na comercialização dos nho, plotagem, quantitativos de materiais e memorial de
Sistemas CAD/TQS, entre a versão EPP e a UNIPRO. cálculo para edifícios com lajes maciças, nervuradas,
pré-fabricadas e treliçadas, pilares, vigas, vigas baldra-
As principais características técnicas dessa versão, além me, sapatas e blocos, além das considerações do efei-
do aumento de sua capacidade em relação à Versão to de vento através do pórtico espacial.
Knijnik Engenharia, Porto Alegre, RS

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ENTREVISTA TQSNEWS

Caminho das pedras

Luiz Cholfe diz que o papel do segurança. E em caso de falência


projetista mudou e só a união da das estruturas, o engenheiro
classe poderá garantir a valorização calculista é cobrado pela
profissional responsabilidade civil”, destaca.
O engenheiro Luiz Cholfe é um dos
mais renomados calculistas
brasileiros. Sua empresa, Statura
Engenharia e Projetos Ltda., com Qual a principal característica
dos projetos estruturais hoje?
mais de 1500 projetos
desenvolvidos ao longo de mais de Atualmente os projetos se caracte-
30 anos no mercado, respondeu rizam pela integração de diversas
também pelo projeto de soluções em um mesmo empreen-
dimento. É comum haver ao mesmo
recuperação das estruturas do
tempo a aplicação de estruturas
Estádio do Morumbi. Cholfe é um moldadas no local, pré-fabricadas e
dos militantes da união da classe metálicas. Por isso, a precisão no Eng. Luiz Cholfe
participando de várias gestões da detalhamento no projeto é funda-
Abece (Associação Brasileira de mental para a qualidade da obra.
Engenharia e Consultoria Estrutural) Hoje os escritórios de cálculo estru-
sendo hoje um de seus tural precisam ter essa visão multi-
objetivo é a redução dos preços e o
conselheiros. Ele é um dos disciplinar da profissão e, mais que
estabelecimento de metas e prê-
principais porta-vozes do setor e isso, uma visão global de mundo,
mios de performance que envol-
alerta contra a desvalorização uma cultura geral. O profissional
vem os fornecedores, parceiros,
não pode se dar ao luxo de traba-
profissional, refletida na baixa sub-empreiteiros e a própria con-
lhar só com um material, seja con-
remuneração dos projetos. tratante. Os engenheiros de obra
creto-armado, estrutura metálica,
passaram a ser administradores de
Pior do que isso, a seu ver, é a pré-fabricados, ou elementos de fa-
contrato, com metas apertadas
própria responsabilidade de chada. Às vezes, em um mesmo
projeto estão presentes todos para cumprir, chamada de enge-
segmentos desinformados que nharia de valores. A pressão é total
esses sistemas.
aderem a tal atitude predatória, sobre os fornecedores e os primei-
reduzindo preços a ponto de Qual o perfil das grandes ros da lista são justamente os pro-
comprometer a saúde financeira das construtoras contratantes? jetistas. As modificações nos proje-
empresas. O custo desse tos para redução de custos partem
A competição entre as construto- dos próprios fornecedores pressio-
comportamento pode ser alto para a
ras criou um regime especial de nados pelos departamentos de en-
sociedade: “Poderão surgir projetos contratação das obras, o PMG genharia das construtoras, criando
de má qualidade, com riscos de (Preço Máximo Garantido), onde o uma “guerra” sem controle.

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Há ainda as gerenciadoras? Hoje o mercado conta com o Mas o que se vê são obras
fornecedor de soluções. Como entregues em prazos cada vez
O gerenciamento não deveria ser
ficam os projetistas nesse cenário? menores?
apenas outro instrumento de pres-
são. No entanto, exerce esse papel Esse também é um caminho sem É o caso dos supermercados, por
e conta com poder sobre o bloqueio volta. Os fornecedores de sistemas exemplo, que são construídos em
de pagamentos e redução dos ho- prontos são muito competitivos por- 100 dias. Como isso é possível?
norários. O gerenciamento deveria que embutem os custos de projeto, Porque se trata de obra multidisci-
propor caminhos alternativos de aparentemente gerando uma econo- plinar na qual se aplicam pré-fabri-
melhor qualidade e não necessaria- mia no valor global do empreendi- cados, estruturas moldadas no
mente de menor custo, buscando o mento. Mas é preciso destacar o se- local, estruturas metálicas e com-
equilíbrio entre as soluções de me- guinte: o contratante não pode deixar plementos. A construção é feita em
lhor custo e benefício. Temos de es- toda a responsabilidade por conta do paralelo, com várias empresas
tabelecer um canal de comunicação fornecedor. É preciso que o projetista atuando ao mesmo tempo. Na ver-
com as gerenciadoras e defender do empreendimento avalie e valide as dade, trata-se de um processo de
esse ponto de vista. informações desse fornecedor. montagem. Mesmo assim precisa
Statura, São Paulo, SP

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ser validado pelos projetistas. Aqui cisa se enquadrar e se adaptar à Como o engenheiro pode
na Statura nós trabalhamos muito realidade atual. manter sua integridade diante
nesse campo. Validar significa anali- desta pressão predatória, que
sar as hipóteses de carregamento, E o que é preciso fazer para se reduz sua remuneração e
verificar as deformações previstas e inserir nesse processo, no caso, amplia o riscos?
contemplar as interfaces entre os por exemplo, de um jovem Só existe pressão predatória quan-
diversos sistemas construtivos. Ou engenheiro? do os prejudicados a aceitam. Os
seja, o papel do projetista de cálcu-
Em primeiro lugar, precisa adquirir engenheiros de projeto têm de
lo mudou muito em comparação ao
uma cultura geral. O engenheiro saber e conhecer o seu valor, têm
que ocorria no passado.
hoje precisa ter uma visão global de marcar sua posição. Uma obra
de sua atividade. Ele não pode en- não pode dispensar o projetista. Se
Mas a responsabilidade do tender só de concreto. Ele tem de é assim, é preciso reconhecer o seu
projetista não foi reduzida? compreender todos os sistemas valor. Mas quem tem de definir esse
construtivos existentes. O projeto é valor é o próprio profissional, que
Pelo contrário, continua. Algo pode
composto de diversos itens, inclu- não pode se submeter a algo im-
dar errado, sim, e o projetista tam-
sive na área dos prédios residen- posto de cima para baixo. Quando
bém é responsável. Ele é um verifi-
ciais. Neles se encontram atual- ele não aceita isso, automaticamen-
cador co-responsável. Nós atuamos
mente componentes como banhei- te ele valoriza no mercado.
nessa linha há pelo menos 10 anos
ros, fachadas e caixilhos prontos
e sabemos que a atividade de verifi-
para instalação na obra.
car não representa menor trabalho Para uma construtora,
ou responsabilidade.
R$ 20 mil a mais ou a
Os engenheiros de projeto
menos, não representam
O engenheiro que só faz têm de saber e conhecer o
muito. Mas ela não vai
um tipo de trabalho, que seu valor, têm de marcar
pagar a mais, se puder
não tem essa visão global, sua posição.
pagar a menos.
acaba ficando à margem do
mercado. Ele precisa se O projetista precisa estar antena-
do, pesquisar, conhecer esses ma- Essa pressão reverte-se no valor
enquadrar e se adaptar à dos honorários e interfere na quali-
teriais e já ir se inteirando de suas
realidade atual. possibilidades, antes mesmo de dade do trabalho. Para uma cons-
utilizá-los. A estrutura deve ser trutora, R$ 20 mil a mais ou a
pensada para receber tais compo- menos, não representam muito.
O mercado está ficando restrito nentes e a oferta e diversidade Mas ela não vai pagar a mais, se
para o engenheiro que atua de deles vai aumentando, com as puder pagar a menos. Se na cota-
modo tradicional? novas tecnologias que surgem. ção do projeto, o preço médio for
Eu acho que sim. O engenheiro que Este é um processo irreversível e R$ 150 mil, ela pagará tal valor.
só faz um tipo de trabalho, que não se o profissional não tiver essa ca- Mas se surgir uma proposta de R$
tem essa visão global, acaba fican- pacitação, fica para trás. 80 mil, ela buscará o menor preço.
do à margem do mercado. Ele pre- É o projetista que permite a redu-
ção dos seus honorários.

RUA OLYMPIO DE CARVALHO, 83 - CEP 33400-000 - LAGOA SANTA/MG . DDG: 0800-993611 - TEL. (31) 3681-3611 - FAX: (31) 3681-3622
e-mail: [email protected] - http://www.atex.com.br

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Escritórios estão sendo Há alguma solução possível? nal. Mas os resultados ainda não
fechados? foram alcançados por culpa dos
A solução é simples. Os escritórios
Não chegam a fechar, mas reduzem próprios engenheiros. Se não hou-
precisam de uma reserva técnica e
seu tamanho. E vão ficando em pior ver uma mudança de mentalidade
uma reserva financeira, um capital
condição, sem capacidade para em toda a classe, não haverá me-
de giro para manter a saúde da em-
atender a um grande projeto. lhoria. O engenheiro de estruturas
presa. Mas acontece justamente o
Mesmo para um grande escritório, o representa uma elite intelectual
contrário. Ao invés disso, estão
custo do projeto chega a ser maior dentro do setor da construção. Ele
tendo prejuízo.
do que os honorários. E para manter precisa investir em atualização
a estrutura em funcionamento, é constantemente. Por isso a base fi-
Só a união resolve?
preciso conquistar novos projetos nanceira precisa melhorar para
para cobrir os deficitários. É um cír- A Abece está fazendo um trabalho todos. Se esse comportamento for
culo vicioso que só traz malefícios nesse sentido há tempos, a partir homogêneo, os contratantes tam-
para a empresa. do Grupo de Valorização Profissio- bém aceitarão, normalmente. Se
Statura, São Paulo, SP

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todos os projetistas se unissem e Os engenheiros mais jovens são Pode-se abrir um novo mercado
cobrassem o preço justo dentro da mais vulneráveis a tal processo? aos projetistas brasileiros?
atividade, haveria uma melhoria sig- Com certeza. Eles entram em um Claro, assim como pode abrir o
nificativa da classe. mercado desfavorável e pensam mercado brasileiro para profissio-
que isso é normal. Não têm a visão nais estrangeiros. Isso já está acon-
Se todos os projetistas global do projeto que o engenheiro tecendo. É inevitável. É o resultado
se unissem e cobrassem experiente já possui, uma vez que da evolução das comunicações. Por
vivenciou diversas situações. Só isso os profissionais têm de se pre-
o preço justo dentro essa vivência antecipa situações de parar para interagir com todas
da atividade, haveria riscos. O ideal é buscar o equilíbrio essas mudanças.
uma melhoria significativa entre custo e qualidade e defender
da classe. essa postura para o cliente. Um
bom projeto agrega valores de se- A dignidade profissional está
gurança, desempenho e qualidade vinculada a uma nova
A busca desenfreada pela ao empreendedor. relação de parceria com os
redução dos custos é um contratantes, contra a antiga
caminho perigoso? Um bom projeto agrega posição de “fornecedor” de
A otimização deve atender limites valores de segurança, projetos.
de qualidade, de segurança e de- desempenho e qualidade ao
sempenho. Esses limites nem sem-
pre são levados em conta. A ten-
empreendedor. Qual o futuro dos escritórios de
dência da engenharia é colocar a projetos estruturais?
redução dos custos em primeiro
Como o engenheiro pode utilizar Considerando-se todos esses as-
lugar. Mas o custo é uma decorrên-
a tecnologia da informatização pectos, a garantia do sucesso pro-
cia da melhor solução adotada.
em seu benefício próprio? fissional dos escritórios de projetos
Quando se busca uma otimização estruturais dependerá de uma
visando apenas a racionalização Nossa empresa, por exemplo, está conscientização geral. E ações que
dos custos, automaticamente se executando projetos de clientes visem a proteção da nossa ativida-
elevam os riscos. É preciso buscar que estão na Alemanha, o que só é de dentro das regras existentes no
uma condição de equilíbrio, sem possível graças ao avanço da tec- mercado brasileiro. A dignidade
comprometer a qualidade e o de- nologia. Os ambientes colaborati- profissional está vinculada a uma
sempenho da estrutura. E a posi- vos “on line” permitem a comuni- nova relação de parceria com os
ção do engenheiro é problemática cação entre diversos fornecedores, contratantes, contra a antiga posi-
porque ele responde por eventuais em diferentes locais. Mas exige um ção de “fornecedor” de projetos. É
falhas do edifício. controle muito grande. Em nosso fundamental ainda o investimento
escritório, há profissionais que se em tecnologia e no treinamento
dedicam somente a isso, pois qual- dos profissionais, a fim de incorpo-
quer alteração tem de ser colocada rar o caráter multidisciplinar dos
para todos os demais componen- projetos modernos.
tes do grupo.

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ESPAÇO VIRTUAL TQSNEWS
Caros colegas, esta é a mais nova seção do TQS News, Para efetuar sua inscrição e fazer parte dos grupos,
onde serão publicadas mensagens que se destacaram basta acessar http://br.groups.yahoo.com/, criar um ID
no grupo Comunidade TQS e Calculistas-Ba ao longo no Yahoo, utilizar o mecanismo de busca com as
dos últimos meses. Acreditamos que esse será um dos palavras “Calculistas-ba” e “ComunidadeTQS”
espaços mais importantes do jornal, um local onde solicitando sua inscrição nos mesmos.
poderemos aprender sobre os mais diversos assuntos,
relatados por engenheiros estruturais de todo o Brasil.

Por que caem os edifícios? Projeto alterado


Colegas, Caros colegas,
Por que caem os edifícios? Essa é uma pergunta que Há pouco recebi uma ligação de um amigo calculista
vem sendo repetida e vale a pena respondê-la, para es- que me deixou estarrecido.
clarecer equívocos.
Dizia-me ele que, em um projeto de sua autoria de 3
Os edifícios caem pela mesma razão que caem os blocos com 13 pavimentos cada, os detalhes dos pila-
aviões, que afundam os transatlânticos e explodem as res foram deliberadamente alterados durante a cons-
espaçonaves. A razão está na aleatoriedade de todos os trução. O primeiro bloco está concluído. O segundo
fenômenos físicos, cujos múltiplos fatores de influência esta concretado até a 11ª laje e o terceiro apenas até
podem assumir conjugações extremamente desfavorá- a 1ª laje.
veis, capazes de conduzir os edifícios, os aviões, os
transatlânticos ou as espaçonaves aos colapsos indese- Em visita à obra, hoje à tarde, descobriu-se o nome do
jados, acima referidos. calculista que alterou o detalhamento (certamente a pe-
dido da construtora).
Imaginar que projetos corretamente elaborados, cons-
truções primorosamente executadas e utilizações irreto- Algumas alterações notadas:
cáveis serão capazes de evitar inteiramente o risco de 1. Comprimento de trespasse de ferros com bitolas de
ocorrência desses colapsos é desconhecer sua natureza 20 mm foram reduzidos para 25 cm.
aleatória. Sobreviver é superar riscos! 2. Seções que continham 20 barras passam a conter 16
Todas as pessoas, ao embarcarem nos aviões, por barras.
exemplo, implicitamente sabem que, não importa o 3. Em alguns pilares do térreo foram utilizadas barras de
modelo, o projeto e a empresa aérea, elas estarão a 8 mm.
correr riscos de acidentes fatais. Existem aqueles que Apesar das alterações, não foi anotado outro projeto
se recusam a aceitar esses riscos e não embarcam substituindo o atual perante o CREA/GO.
nos aviões. Mas, existirão sempre situações em que o
benefício a ser auferido parece compensar os riscos a Este meu amigo pretende fazer uma denúncia formal ao
serem assumidos. CREA, mas me perguntou que outra medida legal é ca-
bível nestes casos. Como não tenho experiência nesta
Não há como garantir a certeza de que um avião não área jurídica, pergunto aos meus colegas desta nobre
venha a cair ou que um edifício, mesmo com alguns comunidade, que outras medidas poderiam ser tomadas
anos de construído, não tenha risco de entrar em co- em casos como este.
lapso. De fato, segurança não significa certeza mas
sim confiança. Os riscos não podem ser inteiramente Desde já, agradeço a todos.
eliminados, mas podem ser limitados a níveis de pro- Um cordial abraço
babilidade aceitáveis pela sociedade. Se os aviões
Eng. André Leyser, Goiânia, GO
caem ou os edifícios desabam, a sociedade reclama e
a Engenharia revê seus procedimentos.
Os engenheiros devem convencer-se pois da realidade Caro André,
de que nenhuma construção, por melhor projetada, A Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o
construída e mantida estará a salvo de infortúnios, por- exercício da profissão de engenheiro, estabelece no art.
que sua probabilidade de ocorrência, apesar de bem pe- 18 que “As alterações do projeto ou plano original só po-
quena, não será nula jamais! A sociedade necessita tam- derão ser feitas pelo profissional que o tenha elaborado”.
bém convencer-se de que o risco está associado a todas
Parágrafo único. “Estando impedido ou recusando-se o
as atividades humanas, inclusive a de habitar um edifí-
autor do projeto ou plano original a prestar sua colabo-
cio. Entendo, pois, que a Engenharia de Estruturas age
ração profissional, comprovada a solicitação, as altera-
equivocadamente quando, através de seus representan-
ções ou modificações deles poderão ser feitas por outro
tes autorizados, passa à sociedade a convicção de que
profissional habilitado, a quem caberá a responsabilida-
os colapsos podem ser inteiramente evitados pela com-
de pelo projeto ou plano modificado”.
petência profissional e que, por esse motivo, sua ocor-
rência é inaceitável. Assim, se houve modificação orientada por um profissio-
nal, este agiu em desacordo com a lei, bem como quem
Abraços,
o contratou.
Eng. Antonio Carlos Reis Laranjeiras, Salvador, BA

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De agora em diante, cabe ao seu colega contratar um caro. Por favor, não pechinche. Ah! E cara feia na hora
advogado para propor ações cabíveis. de assinar o cheque não diminui o que você precisa
Ultimamente tenho inserido nos meus contratos de pres- pagar. Se não fazia questão de qualidade nem de segu-
tação de serviços uma cláusula com este item, no qual rança ou queria mais barato, deveria ter procurado um
não só a construtora como seus sucessores ficam obri- mestre de obra. O combinado não é caro.
gados a entrar em contato comigo, quando forem fazer 4. ENGENHEIRO precisa de dinheiro.
qualquer alteração no projeto original. Isto é muito
comum em coberturas de prédios residenciais. Por essa você não esperava, né? É surpreendente, mas
engenheiro também paga impostos, se alimenta, conso-
Espero ter ajudado um pouco, me combustível, se veste, adoece, etc. E uma coisa bi-
Abraços a todos, zarra: os livros, o escritório, o carro e as coisas que ele
tem não chegaram até ele gratuitamente. Impressionan-
Eng. Jorge Bittar, Juiz de Fora, MG te, não? Entendeu agora o motivo de ele cobrar por seus
trabalhos?
5. Ler e estudar é trabalho. É trabalho sério. Pode parar
de rir. Não é piada.
Manual do engenheiro
6. Não é possível examinar projetos, acompanhar obras
Manual básico de como se relacionar com um nem fazer orçamentos pelo telefone. Isso nem precisa
engenheiro comentar.
Coisas que o cliente precisa saber 7. De uma vez por todas, para reforçar: engenheiro não
é vidente. Ele precisa examinar o projeto, conhecer o ter-
1. ENGENHEIRO dorme. reno, fazer cálculos e orçamentos. Isso demanda tempo
Pode parecer mentira, mas engenheiro precisa dormir e tem custos. Se quer milagre, tente uma macumba e
como qualquer outra pessoa. Não o acorde sem neces- deixe o engenheiro em paz.
sidade! Esqueça que ele tem telefone em casa e ligue 8. Em reuniões de amigos ou festas de família, o enge-
para o escritório. nheiro deixa de ser engenheiro, vira amigo ou parente.
2. ENGENHEIRO come. Não comece conversas sobre como ajeitar sua sala, re-
formar a cozinha, fazer um puxado ou discutir que cor
Inacreditável, não? Mas é verdade. Engenheiro tam- combina com os móveis do seu quarto. Para isso ele
bém se alimenta e tem hora para isso. É fácil descobrir precisa refletir, se concentrar, ou seja, precisa trabalhar.
qual é: basta comparar com a sua própria hora de se
alimentar. 9. Não existe apenas um desenho. Desenho é projeto,
projeto tem que ser pensado, planejado, estudado, cal-
3. ENGENHEIRO tem família. culado e, por sua vez, cobrado. Diante desses tópicos
Essa é a mais incrível de todas: mesmo sendo um enge- inconcebíveis a uma boa parte da população, algumas
nheiro a pessoa precisa descansar no final de semana e dicas para tornar a vida do engenheiro mais suportável:
precisa de um tempo com a família e os amigos, sem - celular: é uma ferramenta de trabalho. Por favor, ligue
pensar ou falar sobre obras e projetos. apenas quando necessário. Fora do horário de expe-
Pergunta: Nas situações acima o engenheiro atende? diente, mesmo que você ainda não tenha acreditado, o
engenheiro pode estar fazendo alguma daquelas coi-
Resposta: Sim. Pode atender, desde que seja pago por sas que você pensou que ele não fazia, como dormir
isso e seja imprescindível, mas saiba que custa mais ou namorar, por exemplo.

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- preliminares: Por favor, marque hora. Se não marcar, amigos do cunhado e seus vizinhos com os respecti-
não insista, não pressione e seja breve. Ninguém tem vos filhos nas casas deles.
culpa da sua idiotice. Ah! E não espere que o engenhei- - questionamento: não fique bombardeando o engenhei-
ro vá colocá-lo no horário de quem já marcou, cance- ro com milhares de perguntas durante o atendimento.
lando um compromisso. Se houver tarefas agendadas, Isso tira a concentração, além de torrar a paciência.
conforme-se em ficar para depois. Na próxima vez Evite perguntas que não tenham relação com a obra ou
ligue antes. Só o procure sem marcar em caso de ur- o projeto.
gência, por favor, mas saiba que a sua urgência nunca
- visitas: visitas à obras não são passeios. Elas não se
é tão emergencial como você julgou que fosse.
assemelham à visitas sociais. São trabalhos que de-
- repetição: repetir a mesma pergunta mais de cinco mandam tempo, inclusive o de traslado, e têm que ser
vezes não vai mudar a resposta. Por favor, repita so- bem aproveitadas.
mente se não tiver entendido a resposta. O engenheiro
não está sob investigação policial. - indecisão: discuta em casa com seus parentes e defina
o que você quer e precisa, antes de procurar o enge-
- horários: quando se diz que o horário de atendimento
nheiro. Ele não é pago para resolver pendências, gostos
é até meio dia, não significa que você pode procurá-lo
e discussões familiares. Além disso o atendimento não
às 11:55. Se chegar, volte depois do almoço. O mesmo
vale na hora do fim do expediente. é uma visita nem um bate-papo entre amigos.
- emergências: é claro que existem e o engenheiro aten- - objetividade: infelizmente, a cada atendimento, o en-
de, mas pense bem e saiba que raramente elas acon- genheiro só poderá tratar de uma obra. Lamentamos
tecem. Lembre-se de que as suas emergências nunca informar, mas sua outra obra ou projeto também terá
são tão emergenciais quanto você imagina. Se mesmo que passar por consulta e você também terá que
assim não funcionar, saiba que emergências geralmen- pagar por ela.
te custam caro. - custos: lembre-se de que não é o engenheiro quem
- pagamento: pague em dia: o que você paga não é ape- fixa preços de materiais. Se o seu gosto é apurado e
nas do engenheiro, mas cobre despesas e é distribuí- a obra custa caro, a culpa não é do engenheiro. Para
do para mão-de-obra, materiais, impostos, etc. Só a ter controle, sobre os custos, construa de acordo
menor parte é do engenheiro. com o seu poder aquisitivo e não dê ouvidos aos pal-
pites da sogra, dos filhos e dos amigos e nem tente
- trabalho: por mais que a sua obra seja a realização de superar os vizinhos.
um sonho pessoal, o engenheiro é um profissional e
para ele a sua obra é um trabalho. - filantropia: o engenheiro não deixará de cobrar o aten-
dimento só porque você já gastou demais na obra.
- exclusividade: lembre-se de que você não é único e nem
paga para ter exclusividade. Exclusividade custa caro, - responsabilidade: não foram os engenheiros que in-
mas até para isso há limites para serem respeitados. ventaram o ditado “O barato sai caro”, e não esqueça
que quem fez o projeto foi seu Arquiteto, o engenheiro
- atendimento: na hora do atendimento, se for preciso,
só o executa.
bastam alguns membros da família para o acompanhar
e trocar idéias com o engenheiro. Por favor, deixe os Enviada pelo eng. Otávio Passos Geimba, Porto Alegre, RS
E. T. J. M. Coelho F. E C. dos Santos, Santos, SP

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TQSNEWS
Estribos em pilares Mas o que o mercado sabe sobre os preços?
Colegas, Artigo de autoria de Luís Alberto F. Lobrigatti, consultor
de Orientação Empresarial do Sebrae-SP (publicado no
Continuando a discussão sobre o assunto... no item
jornal Diário de São Paulo de 1/8/2004).
18.2.4 da NBR 6118:2003 está escrito:
Sempre que houver possibilidade de flambagem das bar- Preço competitivo. Essa foi uma das conseqüências do
ras da armadura, situadas junto à superfície do elemento fim da inflação alta, da abertura de mercado com a globa-
estrutural, devem ser tomadas precauções para evitá-la.” lização e também da redução do poder aquisitivo. Acir-
rou-se a competência e incluiu-se aí a questão do preço
Nos casos em que os esforços solicitantes no pilar foram dos produtos e serviço. E essa preocupação tem mesmo
pequenos e a armadura no pilar corresponder à mínima, de estar na mira da artilharia da gestão em empresas.
podemos abrir mão da colocação de grampos e aumen-
tar o espaçamento entre estribos? No caso dos pilares, É uma preocupação nova. Em passado recente, a regra
quando não haveria possibilidade de flambagem? era “ter preços ajustados à inflação, comprar a prazo e
vender à vista”. Nos períodos de alta inflação, era possí-
Marcos Pereira Pinto, Salvador, BA
vel ter valores diferentes em um mesmo dia e também
ocorria de mercadorias ficarem em estoque esperando
Colegas, definição de reajustes para remarcação.
Acrescento sobre esse assunto de estribos na ligação A queda da inflação trouxe estabilidade e, com ela, de-
vigas-pilar algumas informações a esse respeito conti- senvolvemos uma memória de preços. A partir daí, tor-
das na publicação do ACI 352R-91 “Recomendações nou-se necessário calcular corretamente o preço de
para projeto de nós viga-pilar em estruturas de concreto venda para que seu negócio continue rentável e possa
armado monolíticas”. praticar os mesmos preços que a concorrência.
Para efeito dessa Recomendação, “nó viga-pilar” é o es- “O mercado dita o preço” . O que é mercado? Compos-
paço no pilar compreendido por toda a altura da(s) to por fornecedores clientes e concorrentes. Pode-se
viga(s), incluindo a laje. dizer que tem uma dinâmica perfeita e quando se afirma
que ele dita os preços, refere-se ao mecanismo da con-
No nó viga-pilar devem existir estribos no pilar, situados corrência, produtos e clientes comuns às empresas do
entre as armaduras longitudinais superior e inferior das setor. A disputa pelos nichos de mercado.
vigas, no número mínimo de dois, respeitados os espaça-
mentos máximos de 15 cm, se o pilar faz parte da subestru- Sendo assim, se os seus concorrentes estão corretos no
tura resistente às forças horizontais, ou de 30 cm, no caso cálculo dos preços de venda eles podem ser segura-
contrário. As funções primárias desses estribos são a de ga- mente copiados? Creio que não.
rantir a retilineidade das barras contra flambagem das mes- Ainda que sejam de um mesmo segmento, as empresas
mas e oferecer certo confinamento ao concreto nos nós. são completamente diferentes entre si. Têm estruturas
Esses estribos são dispensáveis quando existem vigas físicas, financeiras, operacionais, societárias, etc., dos
que concorrem ao pilar em todas as suas quatro faces, modelos mais diversos. Também divergem em relação
desde que a largura das vigas seja pelo menos 3/4 da aos desejos de lucro e recuperação do capital investido
largura do pilar e não deixe mais do que 10 cm livres na - mesmo que sejam definidos por meio de planejamento
largura do pilar, de cada lado da viga. técnico são bastante variados. Vantagens competitivas,
conhecimentos sobre o produto ou serviço e mesmo a
Abraços, pessoa da gestão de negócio colocam o preço de venda
Antonio Carlos Reis Laranjeiras, Salvador, BA em posição individual.

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TQSNEWS
Temos acompanhado bem de perto esta questão e fre- A falta de uniformidade de linguagem em
qüentemente verificamos este dilema: empresários sur- normas de estruturas
presos com a condição do concorrente de praticar este
ou aquele preço, algumas vezes quase o valor de custo Colegas
dos mesmos artigos que ele tem em loja. Às vezes não
dá para entender; não é?Antes do desespero, é preciso Já que se falou alguma coisa sobre coeficientes de se-
pesquisar se os empresários concorrentes estão levando gurança, gostaria de comentar um problema sério no
em consideração - quando estabelecem o preço mínimo - Brasil. Trata-se da falta de unificação lógica dos princí-
fatores de custos essenciais à sobrevivência do negócio, pios das normas de estruturas brasileiras. Atualmente o
tais como 13º salário e demais encargos trabalhistas, o problema é uma “salada russa”. Analisemos um pouco
total da carga tributária relativa ao valor da venda, perfei- os problemas.
ta legalização do negócio, custos de instalação, carga tri- As normas de concreto armado e de protendido brasilei-
butária relativa ao preço de venda, depreciação dos ati- ras seguem a escola européia.
vos permanentes (máquinas, veículos, equipamentos,
móveis etc), valor do custo das vendas a prazo, pró labo- As de estruturas de aço, as normas americanas da AISC
re e salários, capacitação de mão-de-obra, inclusive dos (American Institute Steel Construction).
próprios empresários, marketing em geral. Questões As de chapas finas de aço, as normas americanas do
essas relacionadas apenas à sobrevivência do negócio. AISI (American Iron Steel Institute).
O preço de venda praticado, sem essas considerações, As de fundação, realmente não seguem os princípios ge-
equivale a um atleta cujo esforço físico é elevado e que rais das normas de estruturas brasileiras. Falam ainda de
não se alimenta adequadamente. tensões admissíveis, etc. O projetista tem que usar a sua
Em algum momento, o corpo não suporta o esforço dema- imaginação para poder passar os esforços determina-
siado. Em empresas o efeito é o mesmo. Preços de com- dos de uma norma para a norma de fundações. Neste
posição inadequados e valor incompleto quebram a em- caso creio que, somente com o advento da norma de
presa, arruínam o segmento e acostumam mal os clientes. fundações européia, os conceitos semi-probabilísticos
sejam aceitos e adotados na norma de fundações inte-
O outro elemento importante que compõe o mercado gralmente de forma lógica.
são os clientes. Adoram e brigam por preços cada vez
menores. A cada compra repetida, acostuma-se na me- As de barragens seguem as normas do Bureau of Recla-
mória do último valor e não se admite preço maior, ainda mation dos EUA.
que claramente ele seja justo. Adotar a estratégia de se- As estruturas offshore seguem as normas americanas (Ame-
guir os preços de Mercado é válido, desde que a aten- rican Petroleum Institute), etc. Se forem de concreto, se-
ção esteja também voltada ao preço essencial para as guem as normas da DNV (Det Norske Veritas) norueguesa.
empresas sobreviverem e prosperarem. O preço de mer-
cado é justo quando o investimento está preservado e a Já a norma brasileira de ventos adota valores de veloci-
responsabilidade social está considerada (impostos, sa- dade de vento em função da importância da estrutura.
lários dos funcionários, prevenção ao meio ambiente, le- Isto equivale a dizer que existem classes de cargas de
galidade dos negócios etc). Bons negócios. vento para as estruturas (aproximadamente como em
pontes, com a diferença de que não existe placa de si-
Amigos, resolvi publicar o artigo acima na nossa comuni- nalização para as cargas de vento).
dade por considerar que o mesmo acaba esclarecendo a
longa polêmica, sempre recorrente no nosso meio profis- Tratemos somente das normas de concreto armado e de
sional, da questão dos preços dos nossos projetos. aço. Realmente não se consegue padronizar os conceitos
entre as duas normas. A desculpa é que os resultados
Abraços, ficam praticamente os mesmos. A comissão de redação
Ricardo Rausse, Rausse e Benvenga Engenharia e Proje- das duas normas não fala a mesma língua. A norma de aço
tos, São Paulo, SP adota um “dialeto” sui generis normativo (uma mistura de
PS: Os grifos são meus. uma linguagem normativa americana com a européia).

Dificilmente haverá alguma coisa que alguém


não possa fazer pior e cobrar um pouco menos.
As pessoas que só consideram preço são suas
merecidas vítimas!
Autor anônimo
Enviada pelo eng. Dácio Carvalho, Fortaleza, CE.

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As normas de aço (NBR 8800) adotam as cargas de cálcu- A minha grande curiosidade é como as normas euro-
lo como as normas de concreto. Entretanto os “coeficien- péias irão tratar tecnicamente, de forma lógica, as nor-
tes de segurança” para resistências nas normas de aço mas de estruturas de aço, de concreto, de estruturas
são menores que 1 ( na NBR 6118 são maiores que 1). Isto mistas e de fundações. Os franceses e alemães são gru-
significa que eles mudam de lugar na fração. Para uma pos extremamente lógicos e deverão acertar tudo logi-
norma o coeficiente fica em cima e na outra, em baixo. camente nas suas normas (espero eu).
Além disso, seguindo a tendência americana, existe um
O professor Péricles Brasiliense Fusco da USP tentou
“coeficiente de resistência” menor que 1 diferente para
manter uma certa lógica entre as normas de estruturas
cada tipo de dimensionamento (momento fletor, compres-
em geral, tendo sido o mentor da norma geral de segu-
são, tração, força cortante, corte de parafuso, pressão de
rança brasileira NBR 8681. Conseguiu talvez no que se
contacto, etc). Esses coeficientes traduzem uma maior ou
refere às ações.
menor dispersão na utilização das regras de dimensiona-
mento, além da usual dispersão da resistência do material. Atenciosamente
Esse tipo de “coeficiente de segurança” não existe nas re- B. Ernani Diaz, Rio de Janeiro, RJ
gras européias de estruturas de concreto armado, adota-
das na NBR 6118. Além disso, esse coeficiente leva em
consideração a dispersão da resistência do material assim
com a dispersão da regra de dimensionamento (dispersão
da relação entre os resultados calculados e os medidos Marketing é...
em experiência). Na flexão, por exemplo, o “coeficiente de
resistência” é 0,9, ou seja, um coeficiente praticamente so- Marketing é uma filosofia gerencial integrada que con-
mente para o material de 1,11 (1/0,9), já que na flexão as siste em atender o mercado e atender as suas necessi-
regras de dimensionamento são praticamente bem ade- dades, os seus anseios e seus desejos, considerando as
quadas. O coeficiente de resistência à tração de parafusos suas disponibilidades.
de alta resistência é 0,75. Marketing é uma atividade integrada. Ações isoladas,
A “salada lógica” normativa fica uma “calamidade” (nada por mais brilhantes que sejam, não têm grandes efeitos
a comentar sobre os resultados finais dos dimensiona- positivos no mercado.
mentos) quando se trata de dimensionamento de vigas Mentir sobre um produto ou serviço para torná-lo mais
mistas (que os estruturistas de aço consideram que interessante não é Marketing (é mentira).
sejam do domínio deles. Por sinal, houve uma discussão
recentemente sobre esta responsabilidade.). Os coefi- Omitir informações relevantes, mas que pesam contra a
cientes adotados na norma de aço são “acertados” a decisão de compra do cliente não é Marketing (é deso-
duras penas para obter resultados corretos. Nas normas nestidade).
européias, existe uma norma específica para estruturas Enganar o cliente não é Marketing (é trapaça).
mistas, EuroCode 4 (EN 1994), diferente da norma de aço
(EN 1993), o que no meu entender é muito mais correto. Marketing é explorar argumentos de forma inteligente e
criativa.
Aqui deve-se comentar que este “coeficiente de resis-
tência” da NBR 8800 existe na norma americana de es- Marketing é evidenciar as Características, as Vantagens
truturas de concreto da American Concrete Institute. e os Benefícios de um produto (mercadoria ou serviço).
Nada a criticar sobre a adoção do “coeficiente de resis- Investir em Propaganda e Publicidade sem se preocu-
tência” que considero um passo a frente na teoria de se- par com a qualidade do produto, o seu preço, a distri-
gurança das estruturas. buição no mercado, as pessoas e os processos envol-

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vidos ou a pós-venda...não é Marketing (é simplesmen- Fazer chantagem (de qualquer espécie) não é marketing
te, propaganda!). (é estupidez!).
Exagerar ao descrever vantagens e benefícios não é Marketing não é fazer pressão emocional ou psicológica
Marketing (é um caminho para a perda da credibilidade). sobre os clientes.
Oferecer propina para obter vantagem competitiva não é Marketing é Criatividade.
Marketing (é corrupção, da grossa!).
Marketing é Bom Humor.
Marketing é despertar interesses adormecidos.
Marketing é Assunto Sério! Exige muito talento, estudo e
Explorar sem piedade uma desgraça ocorrida com o experiência profissional.
concorrente não é Marketing (é manifestação de mau
Marketing é respeitar a dignidade das pessoas e não usar
caráter!).
a raça, o sexo, a origem étnica ou qualquer outra carac-
Falar mal dos concorrentes (mesmo quando se trata da terística natural como motivo de chacota ou agressão.
mais pura verdade) não é Marketing (é tolice!).
Marketing é o que pode fazer a diferença entre dois pro-
Marketing é dominar as tecnologias de informação. Não dutos (mercadorias ou serviços) aparentemente iguais.
é apenas conhecer o vocabulário.
Marketing é tudo o que se faz para colocar o produto
Marketing é conhecer o mercado em que se pretende certo, no lugar certo e na hora certa.
atuar. Conhecer o mercado significa conhecer os clien-
Marketing não é o que faz o produto ser vendido. É o
tes, conhecer os fornecedores e, fundamentalmente, co- que faz o produto ser comprado.
nhecer os concorrentes.
Arrogância não é Marketing (é desvio de comportamento).
Marketing é análise do mercado.
Marketing é sinceridade.
Marketing é Pesquisa de Prospecção de Mercado, Pes-
quisa de Comportamento do Consumidor, Pesquisa de Fazer qualquer coisa para obter lucro a qualquer preço
Satisfação do Cliente, Pesquisa, Pesquisa, Pesquisa... não é marketing (é mesquinharia!).
ACS Engenharia, São Paulo, SP

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TQSNEWS
Marketing é pesquisar e estudar o mercado. Planejar as taram grandes anomalias. Na terça feira, dia 12/10, parte
estratégias. Agir com determinação e competência. da região do subsolo apareceu alagada e também surgi-
ram trincas a 45 graus na parede da caixa d’água que
Marketing não é só Teoria. É Ação! O melhor plano de
fica entre o subsolo e térreo - junto de um determinado
marketing não vale nada se não for concretizado. Não
pilar. Por este pilar passa uma viga que apresentou duas
existe marketing se não existem ações concretas.
trincas a 45 graus, uma de cada lado do pilar e inverti-
Marketing não é coisa de empresa grande. É uma neces- das. Era um indício inequívoco de que o pilar havia sofri-
sidade de qualquer pessoa ou organização, de qualquer do um recalque.
tamanho, em qualquer área de atuação.
Na quarta-feira, dia 13/10 o engenheiro projetista foi vis-
Marketing é agilidade na percepção do problema. Agili- toriar a obra e notou as trincas, mas não viu outros sinais
dade na tomada de decisão. Agilidade na Ação. maiores de danos estruturais e sugeriu a recuperação
Marketing não é qualquer coisa que qualquer um chame destes pontos problemáticos.
de Marketing!!! De quarta para quinta-feira, o síndico disse ter ouvido
Eng. Ênio Padilha (www.eniopadilha.com.br) barulhos como se fossem elementos metálicos se cho-
cando, encontra outros moradores que também ouvi-
ram tal ruído e que sentiram o edifício balançar. Nesta
evolução do problema, uma parede de alvenaria foi es-
magada o que alarmou mais ainda os moradores.
Simpósio sobre o desabamento do Foram acionados novamente o projetista estrutura e,
Areia Branca também, a defesa civil. Nesta oportunidade o síndico
pediu que todos descessem. O projetista recomendou
Prezados Colegas, imediatamente uma empresa de recuperação de estru-
Comparecemos ontem no evento promovido pelo Ibra- turas habituada a este tipo de pronto-socorro estrutural.
con, Abece e Ibape/SP denominado “LIÇÕES DE AREIA Os moradores saíram do edifício.
BRANCA, Acidentes, Responsabilidades e Segurança Na quinta-feira cedo o pessoal de recuperação de estru-
das Obras Civis”. turas juntamente com a defesa civil e o projetista esta-
Um dos temas em questão foi a palestra proferida pelo vam no edifício. Pela urgência dos serviços foi feita uma
carta de intenções para autorizar o início da obra imedia-
eng. prof. Romilde A. de Oliveira da UNICAP (Universida-
tamente, isto ocorreu por volta de 14 horas. O pessoal e
de Católica de Pernambuco) e membro da Comissão de
o material para o trabalho da empresa de recuperação
Diagnósticos do Areia Branca sobre a investigação das
chegou na obra entre 15 e 16 horas. Primeira providên-
causas do desabamento do edifício. Este foi o tema mais
cia: escavar a base do pilar suspeito de recalque. Foi re-
esperado e aguardado do evento.
tirada a laje de contra-piso até chegar ao baldrame (altu-
Nas minhas viagens pelo Brasil afora, todos perguntam ra de 1,5 m). O topo da sapata estava 1,40m abaixo do
se eu sei de algo sobre o acidente com o edifício Areia subsolo. Notou-se então que o pilar estava rompido com
Branca. Por esta razão, vou reproduzir aqui o que foi dito a armadura flambada a 80 cm abaixo do subsolo. Até
pelo eng. Romilde, procurando ser o mais fiel possível. então, o pilar próximo não tinha nenhuma anomalia.
Evidentemente que este é apenas um relato superficial Para recuperar o pilar rompido foi solicitado material
do que assisti ontem, não tem nenhum valor legal e pode para resolver o problema, “graute” etc. Este tipo de re-
conter alguma falha de interpretação. forço já tinha sido realizado em outras oportunidades,
Foi formada uma comissão de engenheiros pelo CREA- com sucesso, pela mesma empresa. Foi relatado um
PE para investigar o ocorrido com o Areia Branca. Ou- caso, em Belém, onde diversos pilares estavam rompi-
tros grupos também foram formados com o mesmo ob- dos e a recuperação aconteceu normalmente. Não deu
jetivo, grupos estes ligados a empresa seguradora e aos para fechar o vazio, foi lançado apenas o primeiro
próprios moradores. balde de graute.
A documentação existente do edifício é a seguinte: pro- A caixa d’água no subsolo estava construída junto a
jeto arquitetônico, sondagens e recolhimento da ART. O dois pilares, um deles com o problema inicial. O piso
projeto estrutural não está mais disponível. O edifício foi não apresentava nenhum problema de afundamento,
executado aproximadamente há 28 anos. Tinha um existia uma junta fria entre o piso e os pilares e caixa
sub-solo semi-enterrado, um térreo, 12 pavimentos, co- d’água. No subsolo foi o local onde as alvenarias apa-
bertura, caixa d’água superior etc. A estrutura era com- receram rompidas. A trinca na caixa d’água do subsolo
posta por vigas e pilares e lajes de concreto armado era a 45 graus o que demonstrava o recalque dos pila-
com as lajes do tipo pré-moldadas de vigota e cerâmi- res. Outros pilares fora da região da caixa d’água não
ca, tipo “Volterrana”. apresentavam problemas. Às 17 horas apareceram trin-
cas significativas numa viga de contorno que passava
O acidente ocorreu numa quinta-feira, dia 14/10/04 por por pilares próximos.
volta de 20:30 hs. Tudo aconteceu em uma semana.
Foram exibidas fotos de vigas tiradas no dia do aciden- Por volta das 20:20 hs um morador que estava acom-
te, as 10:30 horas, mostrando trincas a 45 graus. panhando os trabalhos de recuperação viu que outro
pilar próximo da caixa d’água, começou a sofrer o pro-
No dia 10/10/04, domingo, ocorreu um estrondo no edi- cesso de ruptura. O morador disse que começaram a
fício, à noite. Os moradores se assustaram, mas não no- sair lascas de concreto do pilar e os ferros a ficaram re-

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torcidos e um novo estrondo como se fosse um tiro brimento era de 1.5 cm e as armaduras longitudinais
abafado, uma explosão. Todos saíram correndo e ocor- praticamente se soltaram do concreto do pilar sem rom-
reram mais estrondos sucessivos e o edifício começou per o concreto. Ficou uma calha lisa no concreto onde
a descer. Alguns operários e empregados não conse- existia cada barra longitudinal e notou-se muitas bolhas
guiram sair a tempo embora estivessem acostumados no concreto junto as armaduras. As britas também
a este tipo de trabalho. quando soltas deixaram marcas lisas. Estes fatos, pro-
vavelmente, foram provocados por concreto de baixa re-
O edifício desceu até chegar ao 6º pavimento, deu uma sistência, fator água/cimento alto, baixa vibração. Ainda
parada, girou e desmoronou completamente. Deduziu- não se tem a confirmação da resistência real do concre-
se então que o estrondo do domingo foi a ruptura do pri- to. Estão sendo feitos inúmeros ensaios de materiais
meiro pilar. (concreto, aço, solo), inclusive com reconstituição de
O edifício vizinho, denominado Solar da Piedade, sofreu traço. Não se tem resultados destes ensaios também.
também danos consideráveis. Foram retirados os escombros até as sapatas. Estas
Examinando os escombros, notou-se que os mesmos estão íntegras, sem sinais de ruptura e também não
estavam muito pulverizados. Nas seções de pilares re- existem sinais de ruptura do solo.Portanto, ainda não
manescentes, os estribos são muito finos (4.2 mm), pois existem indícios que a ruína tenha sido originada pelas
a NB1-60 permitia, as armaduras apresentavam alguma fundações, com maior probabilidade de estar relaciona-
corrosão (este ponto ficou um pouco em dúvida), o co- do a ruptura do concreto nos pilares nas proximidades
Werebe Mordo, São Paulo, SP

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da fundação. O edifício não teve aumentos significati- a) Existia um vazamento da caixa d’água anterior ao aci-
vos de cargas, portanto, a qualidade do concreto é a dente e vazamento de tubulação de esgoto?
maior suspeita. Deve-se lembrar que não se tem con- Resposta: O vazamento da caixa d’água foi decorrente
clusões finais firmadas. da trinca aparecida pelo recalque dos pilares. Após o es-
Outras considerações: Foi mostrado um quadro compa- trondo do domingo iniciou o processo de fissuras e trin-
rativo das normas NB1-60 e NBR 6118:1978 e NBR cas e, na terça-feira, o vazamento ocorreu com intensi-
6118:2003 considerando o Fck, cobrimento, durabilida- dade. A caixa d’água é apoiada em 5 pilares com carga
de, armaduras de pilares, modelos estruturais emprega- para cada um de, aproximadamente, 20 tf.
dos e meio ambiente. A grande diferença entre a NB1-60 b) Havia indícios de recalques nas fundações e/ou pro-
e a NBR 6118:2003 foi a questão da durabilidade. As ar- blemas nas fundações?
maduras nos pilares também aumentaram.
R: Pelo exame da fundação que está lá presente e pelo
Foi dito então que todas as obras projetadas com a solo, não se encontra, até a data atual, nenhum indício
NB1-60, antes de 1980, com as características de Fck de recalque ou ruptura nas fundações. As sapatas estão
baixo, alto fator de água/cimento, baixa vibração, cobri- totalmente íntegras.
mento de 1.5cm, atualmente são suspeitas da ocorrên-
cia de um acidente a menos que se prove o contrário. c) Foi noticiado que na região do prédio havia uma área
Daí a necessidade de uma manutenção preventiva e cor- inundada, inclusive uma árvore em frente ao prédio mor-
retiva. Sugeriu-se que para obras com idade superior a reu. Um biólogo relatou que este tipo de árvore morre
10 anos fosse feita uma inspeção a cada 5 anos e a res- devido à saturação de água.
pectiva manutenção. A primeira inspeção inicial de 5 R:. Não se tem informações seguras por isto. Segundo ou-
anos ficaria a cargo da construtora. tros biólogos a resina que foi detectada na árvore indica a
morte por envenenamento e não por saturação do solo.
Normas para inspeção e manutenção:
NBR 5674:99 - Manutenção de Edifícios - Procedimentos d) Porque a caixa d’água superior foi bruscamente esva-
NBR 14037:98 - Manual de operação, uso e manutenção ziada e para onde foi esta água?
de edifícios, conteúdo e recomendações para elabora- R: A caixa d’água superior foi esvaziada para aliviar car-
ção e apresentação gas e foi solicitada pelos bombeiros e, ao que se sabe,
NBR 13752:96 - Perícias de engenharia na construção civil a água escoou pela canalização normal.
IBAPE/SP - Norma de inspeção predial do IBAPE/SP - 2001. e) O site do CREA/PE não mais atualiza as páginas da In-
Itens necessários numa lei de manutenção: ternet. Por quê?
- Periodicidade R: Talvez por problemas administrativos e burocráticos.
- Tratamento especial para obras públicas Todas as informações que se tem notícia estão ampla-
mente divulgadas e aqui relatadas. Será feito uma solici-
- Aplicação diferenciada para edificações de baixa renda tação para que a página da internet seja prontamente
- Procedimentos para evitar a indústria de laudos atualizada.
- Organismo responsável deve ter poder coercitivo
f) Há notícias de que os edifícios vizinhos do Areia Bran-
- Atendimento as normas ABNT ca estão inclinados e com desaprumos de até 40 cm.
Apresentou-se também a lei de Sitter, com a evolução Este fato é verdadeiro?
dos custos X manutenção, comparando as fases de pro- Obs.: Neste caso, infelizmente, não houve mais tempo
jeto, execução, manutenção preventiva e manutenção para resposta às perguntas.
corretiva.
Para finalizar, o eng. Romilde, que fez uma bela apresen-
Foi tomada uma iniciativa para a criação de leis especí- tação, comentou que, até a data atual, não se tem con-
ficas para o problema através da reativação do projeto clusões finais. Tudo o que foi dito foi mais um relato da
de lei da vereadora Luciana Azevedo e projeto de lei n. situação ocorrida e dados que se obteve. A comissão
802/2004 do deputado Augusto Coutinho. formada pelo CREA/PE é constituída por dois engenhei-
O assunto do Areia Branca / manutenção de edificações ros estruturais, dois engenheiros de mecânica dos solos
está em debates públicos nos seguintes órgãos: e um de materiais.
- Câmara Municipal de Recife O IBRACON ficou de disponibilizar o conteúdo das pales-
- Assembléia Legislativa de Pernambuco tras em seu “site”. Assim, será possível ter acesso às fotos
apresentadas da edificação com amostras do que restou
- Fórum Pernambuco do Século XXI
dos pilares, trincas em vigas, parede da caixa d’água, al-
No final das apresentações, espaço destinado a pergun- venaria rompida, sapatas e outros itens apresentados.
tas, o colega eng. Marcos Carnaúba fez os seguintes
Saudações
questionamentos (coloco logo abaixo de cada pergunta
a respectiva resposta): Nelson Covas - TQS - São Paulo

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DESENVOLVIMENTO TQSNEWS

Sistemas CAD/TQS - Versão 11


Diversas melhorias e inovações foram incorporadas na Nas lajes com mini-painel treliçado, a mesa colaboran-
revisão 11.4 dos sistemas CAD/TQS. Toda a equipe de te inferior definida pela sapata de concreto passou a ser
desenvolvimento trabalhou intensamente na criação de considerada tanto na análise de esforços como no di-
novos comandos e na otimização de cálculos, objetivan- mensionamento.
do disponibilizar recursos que tornem a elaboração de
projetos estruturais mais eficiente. A seguir, as principais
novidades são apresentadas de forma resumida.
Definição da diferença entre os cobrimentos principal
e secundário em lajes maciças, tanto para armadura in-
ferior como a superior (na janela de dados do edifício → Novo atributo de viga que define se ela trava ou não pila-
item <Cobrimentos>). res. (no Modelador Estrutural → menu <Vigas> → <Dados
atuais p/ próxima inserção> → item <Detalhamento>)

Possibilidade de ativação da análise dinâmica em pór-


tico espacial diretamente na edição de dados do edifí-
cio. (item <Modelo> → botão <Análise dinâmica>) Novo critério que define o comprimento máximo de
uma barra de viga no modelo da grelha. Facilita a visua-
lização de deslocamentos em vigas que não recebem
nenhuma laje.

Novos comandos para criação automática de eixos de


locação foram introduzidos no Modelador Estrutural.
(menu <Acabamento>)

Geração e processamento automático default de pórtico


espacial via análise P-∆ para verificação em serviço (ELS)
considerando os efeitos globais de 2ª ordem no edifício.
(nos critérios gerais de pórtico espacial → item <ELS> →
botão <Calcular o modelo ELS usando o P-Delta>)
Novo parâmetro de visualização que permite a identifica-
ção gráfica das lâminas de pilares-parede. (no Mode-
lador Estrutural → menu <Modelo> → <Parâmetros de
visualização>)

Novo divisor a flexão exclusivo para vigas-faixa, per-


mitindo a prévia simulação de seu enrijecimento devido
a protensão antes mesmo do cálculo do hiperestático
Incluída a definição da capa inferior em laje nervurada
(nos critérios gerais do Pórtico-TQS → item <Vigas> →
retangular, que será considerada tanto na análise de es-
botão <Redutor de inércia à torção para vigas-faixa>).
forços como no dimensionamento.

Janeiro/2005 - nº 20
19
TQSNEWS
Verificação da precisão da análise de esforços (gre- Os efeitos localizados passaram a ser considerados no
lha e pórtico espacial) através da comparação da rea- dimensionamento automático para qualquer tipo de
ção de apoio total com a somatória de cargas externas pilar-parede (em L, em U, seção qualquer). As faixas
aplicadas. das lâminas com suas respectivas vinculações são auto-
maticamente detectadas e verificadas.

Novo comando para verificação da armadura transver-


Implementada a transferência de esforços de protensão sal em pilares-parede dentro do editor de geometria,
das vigas-faixa para o pórtico espacial. Agora toda a esforços e armaduras. (menu <Cálculo>)
influência da protensão das lajes e vigas-faixa existentes
nos pavimentos pode ser analisada globalmente no pór-
tico espacial.
Geração automática da planta de carga nas funda-
ções. (no Gerenciador → sistema Pórtico-TQS → menu
<Processar>)

Nova opção default para a aplicação do momento míni-


mo de 1ª ordem (M1d, min), que torna o dimensiona-
mento de pilares mais a favor da segurança. (nos crité-
rios de projeto do sistema CAD/Pilar → item <Dim. de
Armaduras> → botão <Excentricidade geométrica> →
botão <K132 - Opções para aplicação de M1d, mín>)

Otimização de tempo e memória no cálculo dos efeitos


locais e localizados de 2ª ordem em pilares pelo mé-
todo geral, bem como do método do pilar-padrão aco-
plado a diagramas N, M, 1/r.
Novos índices de esbeltez limites foram introduzidos para
um maior controle no dimensionamento de pilares. (nos cri-
Nova opção default para consideração do comprimen-
térios de projeto do sistema CAD/Pilar → item <Dim. de Ar-
to “le” utilizado no dimensionamento de pilares. (nos cri-
maduras> → botão <Índices de esbeltez limites>)
térios de projeto do sistema CAD/Pilar → item <Dim. de
Armaduras> → botão <Índices de esbeltez limites> →
botão <K131 - Cálculo do comprimento equivalente LE>)

Introdução da formulação direta do método do pilar-pa-


drão com rigidez κ aproximada, evitando o processo
iterativo.

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20
TQSNEWS
Melhorias no relatório de montagem de carregamentos Novas tarjas de aviso aparecem diretamente sobre o
utilizados no dimensionamento de pilares. desenho de pilar quando da necessidade da verificação
dos efeitos localizados em pilares-parede.

Foi incluída a verificação da instabilidade lateral de


vigas segundo o item 15.10 da NBR 6118:2003. São
consideradas também as vigas invertidas.

Reorganização do relatório de dimensionamento e sele-


ção de bitolas.

Foram feitas alterações no relatório geral de vigas. Foi


incluída também a impressão dos valores de x/d real, x/d
máximo, momento mínimo, etc.

No relatório geral de pilares, foram identificados os


lances dos pilares onde os efeitos localizados foram ve-
rificados.

As dobras das armaduras são sempre limitadas à altu-


ra da viga (exceto o cobrimento e uma tolerância)
mesmo nos casos de vigas em balanço. Caso haja ne-
cessidade de um comprimento vertical maior do que a
altura da viga, reduzimos este comprimento e aumenta-
mos a quantidade de armaduras.

Melhorias na calculadora de diagrama N, M, 1/r, agora


com a possibilidade da visualização da curva de intera-
ção e da verificação de ruptura em uma seção. (no visua-
lizador de efeitos locais de 2ª ordem → menu <Caso> →
<Não-linearidade física...> → botão <Calculadora>)
Quando o pilar onde a viga se apoia “morre”, agora é
feita obrigatoriamente uma dobra vertical nas armadu-
ras negativas para evitar que estas se desprendam do
concreto, caso não seja detalhado o grampo vertical no
pilar. Estas dobras são realizadas tanto para os ferros
principais como para os porta-estribos.

Janeiro/2005 - nº 20
21
TQSNEWS
Até a versão anterior, quando a viga tinha torção em um Nova opção para representação de estribos a torção.
vão, eram detalhados também ferros da armadura late- (nos critérios de desenho do sistema CAD/Vigas → item
ral para todos os demais vãos. Agora o detalhamento <Estribos> → botão <K54 - Imposição de desenho de
somente ocorre no vão em questão. estribos à torção>)

Quando o vão de uma viga tem dimensões reduzidas,


o resumo das armaduras negativas no gabarito da
viga é realizado apenas uma vez, evitando superposi-
ção de textos.

Pré-cálculo automático de bitola e/ou espaçamento


numa faixa de estribos. (na edição rápida de armaduras
→ menu <Estribos> → Editar)

A norma NBR 6118:2003 prescreve que a armadura mí-


nima a flexão seja calculada como sendo uma porcenta-
gem da seção transversal incluindo a seção T. Habilitamos
um critério, K72=0, que permite o cálculo desta armadura
mínima considerando apenas a seção retangular da viga,
tanto para a armadura mínima como para o momento mí-
nimo. (nos critérios de projeto do CAD/Vigas → item <Fle-
xão> → botão <Momentos e armaduras mínimas> → Novas tarjas de aviso aparecem diretamente sobre o
botão <K72 - Armadura mínima da viga - Seção T>) desenho das vigas que não foram dimensionadas.

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TQSNEWS
Verificação automática das condições de dutilidade no As cargas lineares sobre as lajes de um pavimento lan-
dimensionamento das lajes. (nos critérios de projeto do çadas no modelador estrutural passam a ser automati-
sistema CAD/lajes → item <Flexão> → botão <Redistri- camente extraídas no visualizador de grelha não-linear
buição de M (-) e Dutilidade>) para posterior análise das flechas após a construção
das alvenarias. (menu <Flechas> → <Alvenarias> →
<Importar do CAD/Formas (modelo estrutural)>)

Melhoria na formulação do cálculo do fendilhamento


em blocos sobre 1 estaca. Novas opções de detalha-
mento de armadura foram disponibilizadas. (no progra-
ma de edição de dados de blocos → menu <Dados> → Visualização de isovalores dos deslocamentos imedia-
Armaduras) tos e após a construção de alvenarias. (no visualizador
de Grelha Não-linear → menu <Flechas> → <Parâmetros
de análise...>)

Melhoria no relatório de dimensionamento de blocos


sobre estacas.
Otimização do tempo de processamento em rede do
grelha não-linear.
Consideração automática do detalhamento real das ar-
maduras no cálculo das aberturas de fissuras (w), dei-
xando de utilizar a armadura com a bitola fictícia.
Eng. Mauro Rocha, Cascavel, PR

Janeiro/2005 - nº 20
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TQSNEWS
Novo relatório em formato html, chamado Resumo es- Visualização de elementos de uma subestrutura na entra-
trutural, que contém diversas informações relevantes do da gráfica de alvenaria estrutural (menu <Subestruturas>).
processamento de um edifício incorporadas num único
documento, tais como: parâmetros de durabilidade,
dados do modelo estrutural, ações, estabilidade global,
verificações de flechas e vibrações, parâmetros qualita-
tivos e quantitativos, índices de consumo de concreto e
aço (menu <Visualizar> do gerenciador).

Apontamento gráfico de erro quando da existência de


cercas de subestruturas sobrepostas.
Melhoria no relatório de cargas por parede de alvenaria.

O novo resumo estrutural contém todo o quantitativo de


concreto, fôrma e aço; e substitui por completo o anti-
go relatório de índices.

Impressão da escala do desenho junto ao cabeçalho de


identificação.
MDL Engenharia e Projetos, Santo André, SP

Visualização de elementos de uma parede na entrada


gráfica de alvenaria estrutural (menu <Paredes>).
ACS Engenharia, São Paulo, SP

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TQSNEWS

Sistemas CAD/TQS - Versão 12


A primeira liberação da versão 11, com a adaptação à Lajes inclinadas são definidas por apoios na planta su-
NBR-6118:2003, já completa quase um ano e está con- perior, apoios inclinados e apoios em uma planta inferior
solidada. Nossa equipe de desenvolvimento está traba- qualquer. Para permitir bordos livres inclinados, foram
lhando em novas idéias e atendendo a antigas solicita- criadas linhas de fechamento de bordo inclinado. Como
ções tais como a modelagem de elementos inclinados todo o contorno é formado por poligonais, existe uma li-
que farão parte da versão 12. berdade considerável na criação destas lajes.
Lajes e vigas inclinadas
A introdução de elementos inclinados no sistema exigiu
reformulação na estrutura de dados, orientada inicial-
mente para tratar de planos de lajes independentes liga-
dos por pilares. Poderemos agora lançar vigas com múl-
tiplos apoios ligando quaisquer duas plantas do projeto.

Os pavimentos com elementos inclinados tem o modelo


de grelha de 6 graus de liberdade. Neste modelo são
criadas condições de contorno aproximadas nos apoios
de vigas e lajes no pavimento inferior.

Os pilares que sustentam estas vigas podem ter a face


de topo rebaixada em relação ao nível do pavimento.
Para facilitar a definição de patamares para escadas e vigas
sobrepostas em planos diferentes em uma mesma planta
de formas, foram criados pisos auxiliares associados a uma
planta. Vigas inclinadas, isostáticas ou contínuas, podem
partir ou chegar de qualquer planta ou piso auxiliar.

A reação de apoio da grelha da laje inclinada no piso in-


ferior é lançada tanto na grelha inferior quanto no pórti-
co espacial. Isto significa que as grelhas que recebem

Janeiro/2005 - nº 20
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TQSNEWS
carga de elementos inclinados vindos de cima só podem Conhecido o espaço reservado ao lance de escada, é
ser processadas após as grelhas com estes elementos. possível pedir ao sistema para sugerir a melhor relação
Por isto, a ordem de processamento das plantas no pro- passo / espelho para atender a chamada “Equação do
cessamento global é de cima para baixo. conforto” (60 <= s + 2e <= 64):
Completando o modelo de pórtico, a posição real dos
CGs das barras horizontais passou a ser considerado
através de offsets rígidos.

Escadas são definidas por lajes, e estas podem ter bor-


dos livres ou se apoiar em outras vigas, lajes ou pilares.

Elementos inclinados são solicitados por flexão com-


posta. Este efeito é geralmente desprezível nas lajes mas
importante nas vigas, onde será considerado, inclusive
para as vigas contínuas.
Escadas
Embora geralmente não contribuam significativamente
no modelo espacial, as escadas podem ser modeladas
de maneira integrada no sistema através de patamares
(lajes planas) e lances (lajes inclinadas). Um lance de es-
cada é definido no sistema como uma laje inclinada com
algumas propriedades adicionais.
Tanto a geometria das escadas geradas no Modelador
quanto os esforços máximos atuantes obtidos no pro-
cessamento de grelha serão usados pelo aplicativo de
dimensionamento, detalhamento e desenho de escadas
para a obtenção do desenho de formas e armação final.
Novos recursos do gerenciador
Estamos estendendo o gerenciador para se tornar um vi-
sualizador geral de desenhos e listagens. Inicialmente, o
painel direito passou a reconhecer e visualizar além dos
DWGs, arquivos tipo DXF, PLT, JPG e BMP. Estes tipos
de desenho são convertidos, de maneira transparente,
em um DWG que pode ser visualizado e editado direta-
mente sem nenhum comando adicional de conversão.
Estamos também aumentando o número de itens na ár-
vore do edifício (painel esquerdo), de maneira que se
torna possível fazer quase todos os processamentos, vi-
sualizações e edição de dados, critérios e listagens do
edifício através de seleção de itens desta árvore e de
menus de contexto (com o botão direito do mouse).

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TQSNEWS
Cada ramo da árvore de um edifício (incluindo os pavi-
mentos e as pastas de vigas) pode ter até quatro ramos
filhos adicionais: Desenhos, Listagens, Dados e Crité-
rios. Estes ramos são gerados dinamicamente pelo ge-
renciador e têm os principais arquivos usados no proje-
to. No exemplo anterior, ao expandir o ramo “Desenhos”
sob a pasta “Espacial”, poderemos observar todos os
desenhos de formato conhecido sob esta pasta:

Assim não é mais necessário escolher o contexto de edição


de um arquivo de critérios: ele está implícito nas pasta onde
o arquivo foi selecionado. Arquivos de critérios, listagens,
dados e desenhos são editados diretamente com um duplo
clique sobre o nome do arquivo. Os menus de contexto,
chamados com o botão direito do mouse, fornecem os co-
mandos mais usados conforme a pasta escolhida:
Da mesma maneira, expandindo “Listagens” sob o
“Espacial”, teremos acesso a todas as listagens, inclu-
sive em formato HTML. A novidade é que o painel di-
reito do gerenciador é capaz de fazer a visualização
destas listagens.

Outra novidade é que a seleção de um arquivo de crité-


rio na árvore do edifício faz com que os critérios sejam
imediatamente listados no painel direito, sem necessida-
de de edição.
Em suma, temos agora mais uma alternativa para aces-
so rápido a todos os desenhos, dados, critérios e lista-
gens de um projeto, apenas com o clique do mouse
sobre a árvore de edifícios.
Visualizador de projeto
Os arquivos expandidos sob uma determinada pasta
estão sempre no contexto desta pasta. Por exemplo, A versão 12 também deverá receber um visualizador de
ao expandir o ramo de “Dados” sob a pasta “4PAV” e projeto que poderá ser distribuído pelo projetista com os
selecionar “Casos de carregamento”, estaremos listan- sistemas CAD/TQS para seu cliente em CD, e que per-
do os carregamentos de grelha do pavimento 4PAV no mitirá a este cliente visualizar arquivos selecionados
painel direito: com interface bastante semelhante ao gerenciador TQS.
Neotec, Blumenau, SC

Janeiro/2005 - nº 20
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CLIENTES V.11 TQSNEWS
É com muita satisfação que anunciamos os 100 primei-
ros clientes que atualizaram suas cópias dos Sistemas
CAD/TQS, para a Versão 11:
Luiz Carlos Spengler Filho (Campo Grande, MS) Vantec - Estruturas Ltda. (Porto Alegre, RS)
L.R.Almeida & Cia. Ltda. (Cuiabá, MT) Projescon Projetos Est. e Cons. S/C Ltda. (Fortaleza, CE)
Neotec Projetos e Assessoria S/C (Blumenau, SC) Eng. Rui Yoshio Watanabe (Mogi das Cruzes, SP)
Pasquali e Assoc. Eng.de Estruturas Ltda (Porto Alegre, RS) Indústria da Construcão Ltda. (Goiânia, GO)
Ferrari Engenharia S/C Ltda. (Sorocaba, SP) Simetria Engenharia de Projetos S/C Ltda. (Brasília, DF)
Eng. Ilacir Ferreira (Brasília, DF) CSP Projetos e Consultoria S/C (Niterói, RJ)
Eng. Fernando Wordell (Passo Fundo, RS) Leão e Associados - Eng. de Estruturas (São Paulo, SP)
Alleoni Engenharia e Projetos S/C Ltda. (São Paulo, SP) V&N Engenheiros Associados Ltda. (Salvador, BA)
Axial Engenharia Ltda. (Novo Hamburgo, RS) Eng. Raul Gerônimo M. Garcia (Americana, SP)
Concreto Eng. de Proj. Ltda. (São José de Ribamar, MA) Eng. Nilo Edgard de Faria (Goiânia, GO)
C.Rolim Engenharia Estrutural Ltda. (João Pessoa, PB) MAC Engenharia de Projetos Ltda. (São Paulo, SP)
Ayres de Lima Alves S/C Ltda. (Uberlândia, MG) Companhia Paulista de Obras e Serviços (São Paulo, SP)
Quattor Engenharia S/C Ltda. (Brasília, DF) Xavier Pires Engenheiros Ltda. (Cachoeirinha, RS)
Eng. Sydnei Augusto dos Santos (Santos, SP) Simon Engenharia Ltda. (Porto Alegre, RS)
Dácio Carvalho Proj.Estruturais S/C Ltda (Fortaleza, CE) Navarro Adler Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)
Esc. Tec. José Mandacaru Guerra Ltda. (São Paulo, SP) E.M.Uchôa Engenharia (Maceió, AL)
Eng. Djalma Francisco da Silva (Uberlândia, MG) Eng. Ronílson Shimabuku (Santos, SP)
Eng. José Alberto Jucá de Loyola (Brasília, DF) Premo Engenharia Ind. e Com. Ltda. (Belo Horizonte, MG)
Azevedo Engenharia Ltda. (São Luís, MA) Arque-Cal Projetos Estruturais Ltda. (São Paulo, SP)
Engeprem Eng. de Premoldados Ltda. (Jaboticabal, SP) Plancton Eng. Consultores S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Carlos Henrique Linhares Feijão (Brasília, DF) Flexcon Engenharia Ltda. (Curitiba, PR)
Eng. Ede Mashayuki Yoshito (São Paulo, SP) Planear Engenharia S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. André Fernandez da Cruz (Porto Alegre, RS) Esc Tec César Pereira Lopes S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Fabrício Batista Pereira (Guará II, DF) Morais-Jaeger Proj. Estruturais S/C Ltda. (Porto Alegre, RS)
Eng. Paulo Roberto do Rio de A. Braga (Salvador, BA) Monteiro Linardi Engenharia S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Pizzetti Engenheiros Associados (Bento Gonçalves, RS) Empr.Bras.de Infra-Estrut. Aeroportuária (Brasília, DF)
Mac Cunha Engenharia Ltda. (Porto Alegre, RS) Projest Cons. e Projetos S/C Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Antonio César Capuruço (Belo Horizonte, MG) J R Medeiros Engenheiros Associados Ltda. (Fortaleza, CE)
Eng. Candido José F. de Magalhães (Rio de Janeiro, RJ) Enga. Neiva Terezinha Pelissari (Cuiabá, MT)
R.S. Engenharia S/C Ltda. (Porto Alegre, RS) Engest Engenharia S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Coluna Engenharia de Projetos Ltda. (Belo Horizonte, MG) Bortolon Bissoli Engenharia Ltda. (Vitória, ES)
Eng. João Campolina Ferreira Lima (Timóteo, MG) Pedreira de Freitas S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Newton Elmor Padão (Rio de Janeiro, RJ) Enga. Maria Helena Colaço Catão (João Pessoa, PB)
Statura Engenharia de Projetos S/C Ltda. (São Paulo, SP) Scale Projetos e Construção Civil Ltda. (Castro, PR)
Eng. Edson Bispo Ferreira (São Paulo, SP) Eng. André Luís Martins Mourão Dias (Fortaleza, CE)
Eng. Paulo Rizzo (São José dos Campos, SP) MC Técnica Estrutural Ltda. (Belo Horizonte, MG)
Justino Vieira Monica Aguiar Proj. Est. (Rio de Janeiro, RJ) Nassar Engenharia Estrutural S/C Ltda. (Recife, PE)
E.T.J.M.Coelho Fº e C. dos Santos SC Ltda. (Santos, SP) Aeolus Engenharia e Consultoria S/C Ltda (São Carlos, SP)
Eng. Henrique Pizetta (Gramado, RS) Knijnik Engenharia S/C Ltda. (Porto Alegre, RS)
Eng. Romilde Almeida de Oliveira (Recife, PE) C.G.Engenharia Ltda. (Blumenau, SC)
NG Engenharia Estrutural S/C Ltda. (São Paulo, SP) Eng. Jorge Luiz Bittar (Juiz de Fora, MG)
Eng. Augusto Dias de Araújo (Natal, RN) Pre-Fabricar Construções Ltda. (Ibirama, SC)
Basalto Engenharia Ltda. (Xanxere, SC) Modus Engenharia de Estruturas S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Tavares Eng. Associados S/C Ltda. (Porto Alegre, RS) Racional Proj.Estrut.e Consult.S/C Ltda. (Campinas, SP)
Ruy Bentes Eng. de Estruturas S/C Ltda. (São Paulo, SP) Sistema Estrutura S/C Ltda. (Curitiba, PR)
Eng. Ricardo Simões (Itatiba, SP) Tecncon - Tec. do Concreto e Eng. Ltda. (João Pessoa, PB)
C.E.C. Cia de Engenharia Civil S/C Ltda (São Paulo, SP) Eng. Michel Henrique da Silveira (Goiânia, GO)
Enga. Roberta Leopoldo e Silva (São Paulo, SP) Furnas Centrais Elétricas S.A. (Rio de Janeiro, RJ)
Exen Engenharia e Comércio Ltda. (Pelotas, RS) Estecal - Esc. Tec.Yasuo Yamamoto S/C Ltda. (S. Paulo, SP)
Eng. Jorge Martins Sarkis (Santa Maria, RS) Colméia Construtora Ltda. (Aparecida de Goiânia, GO)
A. J. L. Engenharia Ltda. (Belém, PA)

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NOVOS CLIENTES TQSNEWS
É com muita satisfação que anunciamos a adesão de
importantes empresas de projeto estrutural aos sistemas
CAD/TQS. Nos últimos meses, destacaram-se:
Stabile - Ass. Cons. e Proj. de Estr. Ltda. (Florianopolis, SC) Eng. João Carlos Catossi (Viçosa, MG)
Eng. Tuing Ching Chang Eng. Francisco Jose Soares Fernandes (Teresina, PI)
Murilo Miranda Eng. e Arq. Assoc. S/C (Salvador, BA) Eng. João Batista Candido da Silva (Uberlândia, MG)
Eng. Murilo Alves Miranda
Eng. Julio Cesar Pereira da Silva (Uberlândia, MG)
Technip Engenharia S/A (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Antonio Luiz Cunha Assoc. Pro Ensino Sup. (Novo Hamburgo, RS)
Clodoaldo Freitas Proj. Estruturais Ltda. (Salvador, BA) Inst. Paulista Adv. de Ed. e Ass. Social (São Paulo, SP)
Eng. Clodoaldo Pereira Freitas Eng. Adolfo dos Reis Filho
LGB Proj., Arq. e Eng. Integrada S/C Ltda. (S. Paulo, SP) Favale e Assoc. Eng. e Arq. S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Luiz Gustavo Bellucci Eng. Fausto Favale
Eng. Evandro Cavalcante Cerqueira (Florianópolis, SC) Escritorio Tecnico Guanabara Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Joao Bosco Cavalcanti
Eng. Jose Volpe (São Paulo, SP)
Eng. Inacio Pontes Batista Junior (Fortaleza, CE)
Eng. Moacir de Oliveira Junior (Blumenau, SC)
Eng. Augusto Cesar Motta (São Paulo, SP)
Eng. Wallen Xavier Damasceno (Belo Horizonte, MG)
Eng. Marcos Aurelio Pessoni (Sorocaba, SP)
Eng. Gustavo Antonio Benites Beling (Joinville, SC)
Sociedade Mineira de Engenheiros (Belo Horizonte, MG)
Eng. Antonio Sergio Lopes de Oliveira (Sorocaba, SP) Eng. Sidon Etrusco
Basalto Engenharia Ltda. (Xanxere, SC) Eng. Fabio Markus (Santa Cruz do Sul, RS)
Eng. Victor Hugo Lodi
Eng. Gerson de Mattos Duarte (Gravataí, RS)
Eng. Zildemar Jose Pinheiro da Costa (Ananindeua, PA)
Eng. Fernando Martins P. da Silva (Porto Alegre, RS)
Eng Rui Nunes Rego Filho (Natal, RN)
Eng. Marco Aurelio de Fleytas (Porto Alegre, RS)
Eng. Rodrigo de Almeida Cunha (Luziania, GO)
Eng. Dilson Edgard Thome (Caçador, SC)
Eng. Telecio Barbosa Neto (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Fabio Andre Frutuoso Lopes (Recife, PE)
Eng. Leonardo Bittencourt Queiroz (Salvador, BA)
Fund. Euclides da Cunha de Apoio Inst. Uff (Niterói, RJ)
Eng. Daniel Weiand (Sapucaia do Sul, RS) Prof. Placido Barbosa
RGK Engenharia S/C Ltda. (São Paulo, SP) Sociedade Goiania de Cultura / Ucg (Goiânia, GO)
Eng. Rodolfo Kalandjian Prof. Jose Alves de Freitas
Eng. Adriano Augusto Perfeito (Brasília, DF) AEC Domus Assess. em Eng. S/C (São Paulo, SP)
Eng. Jose Francisco Gonçalves Ferreira (Maceió, AL) Eng. Nei Marques Girardi
Sistemas Estruturas Ltda. (Belo Horizonte, MG) Engª Maria Ap. Gozzi Siqueira Costa (Vitória, ES)
Engª Juliana de Matos Safar Arqta. Debora Gazaniga (Balneario Camboriu, SC)

Já está em vigor, desde 30/12/2004,


a Norma Brasileira NBR 15200:2004 -
Projeto de estruturas
de concreto em situação de incêndio.
Esta norma vem complementar a
NBR 14432:2001 - Exigências de resistência
ao fogo de elementos construtivos de
edificações - Procedimento.

Janeiro/2005 - nº 20
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TQSNEWS

Eng. Romilde Almeida de Oliveira (Recife, PE) Eng. Mauro Rocha Ferrer (Cascavel, PR)
Eng. Enio Fernando R. de Magalhaes (Limeira, SP) Osmar Guimarães Neto (Santos, SP)
Eng. Fernando Antonio de Aguiar (Montes Claros, MG) Engos Engenharia e Projetos Ltda. (Santos, SP)
Eng. Francisco das Chagas da Costa (Natal, RN) Eng. Antonio da Silva Madeira Jr.
Eng. Estacio Reis de Melo (Natal, RN) Eng. Jair Pereira de Souza (São Paulo, SP)
Eng. Jose Augusto Magalhaes Marinho (Sao Paulo, SP) Eng. Marcelo Poli (Jundiai, SP)
Eng. Paulo Cesar de Alvarenga Lucci (Piracicaba, SP) Eng. Francisco Garcia Perez (Jundiai, SP)
Eng. Marcio Augusto Vieira (Tatuí, SP) Eng. Mario Silvio Jakiemin Martins (Ponta Grossa, PR)
Eng. Giulio Peterlevitz Frigerio (Sao Carlos, SP) Eng. Wando Roberto Trentin (Sto. Antonio de Posse, SP)
Eng. Rogerio Pavan (Vinhedo, SP) C Comercial de Ferros Canoense Ltda. (Canoas, RS)
Eng. Helio Cesar Fontes Coelho (Lavras, MG) AF Fortaleza Ferro e Aço Ltda. (S. José do Rio Preto, SP)
Eng. Sergio Marcio dos Reis (Belo Horizonte, MG) Estel Engenharia e Repres. Ltda. (Itajaí, SC)
Eng. Sérgio Luiz do Amaral Lozovey
Eng. Jose Maria Villela Araújo (São Paulo, SP)
Comercial Litorânea de Ferro e Aço Ltda. (Guarujá, SP)
Eng. Ricardo Henrique Dias (Curitiba, PR) Sr. Roberto Pereira da Silva
Eng. Bruno Sarcinelli (Vitoria, ES) Eng. André Lannes Bianchi (Curitiba, PR)
Epro Eng. de Proj. e Cons. S/C Ltda. (Belo Horizonte, MG) Eng. Giuliano Gustavo Reboli (Curitiba, PR)
Engª Rosana de Oliveira da Costa Lyra
Eng. Roberto T. Okada (Curitiba, PR)
Eng. Luiz Eduardo Lourenconi (Campo Grande, MS)
Anaja Engenharia Ltda. (Colombo, PR)
EAS Engenharia (Porto Alegre, RS) Eng, Jaime Mendes Rodrigues
Eng. Edison Artur Schlinker
Pavimenti Blocos e Lajotas Ltda. (Palmas, PR)
JCE Construtora Ltda. (Sao Paulo, SP) Eng. Eduardo Gemelli
Eng. Setsuo Segui
Eng. Michel Chalfun (Belo Horizonte, MG)
Assoc. dos Func. Publ. do Est. de S. Paulo (S. Paulo, SP)
Eng. Rogerio Romanek Aço S. Carlos Com. de Ferro e Aço Ltda. (S. Carlos, SP)
Eng. Osmar Trevizan
MGS Com. de Ferro e Aço Ltda. (Caraguatatuba, SP)
Sr. Izaltino Fernando Silva Souza Eng. Paulo H. Simabukuro (Praia Grande, SP)
Lubrascorte Ferro e Aço para Constr. (São Paulo, SP) Dionísio Ari Weber e Cia. Ltda. (Getúlio Vargas, RS)
Sr. Daniel Vieira Martire Eng. Mauro Kohlrausch
CPA Central Paulista Distr. de Aço Ltda. (Bauru, SP) CCB-P Engenharia e Projetos Ltda. (Ribeirão Preto, SP)
Sr. Nestor de Souza Zuccaro Eng. Mario Alberto Acrani
IPE Consultoria e Projetos Ltda. (Betim, MG) Eng. Robson Rocha Campos (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Joao Antonio de Almeida Junior Eng. Eugenio Isao Ono (Cabreúva, SP)

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30
ARTIGO TQSNEWS

Ética na engenharia
Por eng. A. C. Vasconcelos

Revolto-me todas as vezes que leio Não interessa explicar o que é a ética
nos jornais ou vejo, na televisão, ex- profissional, o que significa o ethos de
plicações finais sobre um desaba- Platão. Qualquer divagação filosófica
mento, sobre um acidente ou sobre só tende a obscurecer o problema. O
um defeito divulgado pela imprensa. essencial é explicar o que está acon-
Tais julgamentos são feitos sem qual- tecendo em nosso dia-a-dia com
quer contato com os autores ou par- exemplos típicos. Naturalmente, local,
ticipantes da obra, sem conhecimen- data, nomes, devem ser modificados
to prévio do que está sendo visto para evitar identificação. Quem se en-
pela primeira vez. É dada a interpreta- quadrar que vista a carapuça.
ção imediata, num passe de mágica,
mostrando conhecimento absoluto Faço freqüentemente a pergunta: o
da matéria e criticando quem fez. Crí- que custa fazer um elogio? Isso vai zado, o crítico conseguiu evitar o de-
ticas de engenheiros especializados diminuir o valor de quem o faz? sastre (sem precisar se enaltecer!), a
em outros assuntos, sem conheci- Um elogio sincero constitui um sociedade ganhou com o procedi-
mento técnico específico, que toma- apoio a quem despendeu enormes mento ético. É o que todos querem!!!
ram conhecimento do ocorrido na- esforços para sua realização. Ao Todos nós, sem exceção, tendemos
quele instante, e já cientes de tudo: invés de um elogio, ouve-se: pare- a amenizar as falhas dos amigos e
projeto, materiais, resistência, cau- ce-me que já vi algo semelhante a exagerar os erros dos inimigos. Fa-
sas.... A imprensa não quer saber o isso em algum lugar.... (somente zemos isso inconscientemente. Os
que aconteceu. Quer que alguém in- para minimizar o valor do que foi erros dos outros poderiam ter sido
vente na hora qualquer história que apresentado). Isto constitui uma de- evitados se houvesse mais cuida-
possa interessar ao grande público.... preciação do trabalho. E se for ver- dos, mas os nossos erros foram ca-
dade, para que serve a citação? suais, aconteceram...
Nunca ouvi um elogio, Como proceder diante de um fato re-
somente críticas destrutivas. provável, sem ofender a quem come- Faço freqüentemente a
teu a falha? Deve-se silenciar a respei-
O ciúme impera sobre a razão to e deixar que algo aconteça? E se
pergunta: o que custa fazer
nada acontecer, com que desculpas V. um elogio? Isso vai diminuir
É lastimável que colegas nossos, com vai explicar que estava errado ou inter- o valor de quem o faz?
os mesmos direitos profissionais, so- pretou diferentemente o problema?
mente com o objetivo de aparecerem Não teria sido melhor ficar calado? É preferível mostrar fatos reais do
nos meios de divulgação, se prestem que filosofar a respeito de casos
a um procedimento tão mesquinho. imaginados.
No currículo das escolas de
É comum nas obras ouvir críticas de engenharia, deveria existir O Prof. Héctor Gallegos da UPC
um profissional subalterno, por (Universidade Peruana de Ciências
exemplo, um assentador de azulejos, uma matéria de ensino do
comportamento ético. Aplicadas, de Lima) publicou, em
ao serviço feito por um colega. Nunca 1999, um livro maravilhoso, que todo
ouvi um elogio, somente críticas des- engenheiro deveria ler: La Ingeniería
trutivas. O ciúme impera sobre a É obrigação do engenheiro evitar ÉTICA. Ele menciona vários casos de
razão. Sem conhecer o motivo da im- que aconteçam desastres? O as- desastres que poderiam ter sido evi-
perfeição (falta do material adequa- sunto deve ficar somente entre tados se houvesse divulgação, por
do, pressa, imposição do superior), o quem critica e o autor, ou ser divul- parte de engenheiros colaboradores,
serviço é logo criticado como incom- gado para todo mundo? de defeitos que poderiam ser corrigi-
petência, negligência, falta de inte-
Quanto menos aquele que critica dos a tempo. Para não ferir susceti-
resse. Não existe aprovação para o
aparecer, melhor. O importante é evi- bilidades, ficaram omissos. Pergun-
que tenha sido feito por outro.
tar que algo de ruim aconteça. Ao ta-se: Esse engenheiro feriu a ética
Com os engenheiros, está aconte- invés de tentar justificar o que foi profissional, por ter silenciado diante
cendo atualmente, exatamente o feito errado, o autor vai tentar con- do comportamento de seu superior,
mesmo. Estamos nos nivelando a sertar o que fez, sem divulgar quem que o advertiu para ficar calado e
uma classe mais baixa em relação chamou a atenção para o problema e não levantar suspeitas? Ele deveria
ao comportamento frente a outros o mais rápido possível. Surge ime- ter “posto a boca no trombone” e ser
profissionais de nível social inferior, diatamente com a frase: Analisando penalizado por tal comportamento?
com aprendizado fora das escolas. mais detalhadamente o problema,
Isso nunca poderia acontecer. No Julgo oportuno aqui reproduzir os
julguei que funcionará melhor casos levantados por Gallegos, dei-
currículo das escolas de engenha- assim.... Com tal procedimento, tudo
ria, deveria existir uma matéria de xando a interpretação a cargo de
ficará bem: o autor não será penali- cada um por si mesmo.
ensino do comportamento ético.

Janeiro/2005 - nº 20
31
TQSNEWS
1º caso: Boisjoly não perdeu o emprego mas tentes de partes defeituosas da
A explosão do foguete Challenger foi afastado do projeto. No final de usina ocasionaram em 25 de abril
em 26 de janeiro de 1986. julho de 1986, um mês após o térmi- de 1986. Engenheiros operadores
no da comissão presidencial, Boisjoly da fábrica tentavam uma experiên-
Todos os jornais do mundo noticia-
ram o acidente ocorrido 73 segun- renunciou ao seu emprego na Morton. cia mal sucedida. Apagaram todos
dos depois da decolagem do fogue- os sistemas de regulagem e emer-
O desenrolar dos fatos sugere diver-
te tripulado, de Cabo Kennedy, na gência e retiraram todas as varinhas
sas perguntas relacionadas com a
Flórida. Se o foguete tivesse supor- de controle do núcleo energético.
ética da engenharia. Eis algumas
tado mais 47 segundos, teria se li- Isso possibilitou que a central con-
delas: Qual o papel correto de um
vrado de sua parte impulsora, e, já tinuasse trabalhando com 10% de
engenheiro diante de problemas de
descarregado de combustível, teria sua capacidade. Nas primeiras
segurança? Deve um engenheiro horas do dia seguinte, 26 de abril, a
navegado tranqüilamente pelo es- aceitar prazos para resolver um pro-
paço e retornado à Terra. operação estava fora de controle.
blema? Quem deve decidir uma Ocorreram então várias explosões
Morreram 7 astronautas, dentre os ação final, a engenharia ou a admi- que destruíram os contendores de
quais a primeira astronauta mulher e nistração da empresa? É correto aço e concreto armado do reator.
o programa espacial americano para um engenheiro, em situações Enormes quantidades de substân-
atrasou-se 5 anos na averiguação críticas, divulgar informações reser- cias radioativas entraram na atmos-
das causas do acidente. O acidente vadas da empresa? fera, provocando em 27 de abril a
aconteceu depois de 4 lançamentos evacuação dos 30.000 habitantes
com êxito, diante da pressão políti- 2º caso:
de Prypyat. O governo russo tentou
ca na competição com a Rússia, O automóvel Pinto encobrir o ocorrido mas, em 28 de
acelerando o programa. Em 10 de agosto de 1978, ocorreu abril, os monitores suecos acusa-
O que se pode constatar foi que o um desastre numa rodovia de India- ram índices anormais de radiação
lançamento foi feito num ambiente na, USA, onde morreram duas jo- no vento. Por pressão da Suécia, o
que registrou a mais baixa tempera- vens dentro de um automóvel com- governo russo foi obrigado a admi-
tura, abaixo de 0ºC, diferentemente pacto, inovador, da Ford. O carro se tir o desastre.
dos 4 lançamentos anteriores. A ori- incendiou depois de um abalroa- Devido à contaminação morreram
gem da falha foi identificada como a mento por outro carro em sua tra- logo 32 pessoas. E centenas de mi-
perda de flexibilidade do selante seira. Durante os 7 anos da introdu- lhares contraíram doenças. Destas
anelar em baixa temperatura, deixan- ção do produto no mercado, ocorre- pessoas, dezenas de milhares mor-
do de cumprir sua função de evitar o ram cerca de 50 casos com deman- reram e o restante contraiu câncer.
vazamento. O combustível sólido, ao das judiciais e pagamento de Nos anos seguintes, nasceram
se esquentar, causou a dilatação do danos. No primeiro caso, entretan- vacas com sérias deformações.
cilindro de aço que o continha, não to, houve a morte de duas pessoas. Árvores também foram contamina-
acompanhada pelas partes frias. A Ford perdeu a causa e vários en- das. A radioatividade atingiu até
genheiros pertencentes à equipe França e Itália.
responsável pelo projeto deveriam
A solução aumentava o ser presos. Durante o julgamento As perguntas pertinentes ao caso
custo do carro; atrasava o ficou patente que os engenheiros são: Pode-se exercer a engenharia
início da fabricação e conheciam a vulnerabilidade do veí- sem a competência tecnológica e a
culo por choques traseiros. A solu- necessária experiência? Qual a res-
prejudicava o ritmo de ponsabilidade da engenharia na
produção. Isto iria contra o ção proposta por eles foi recusada
pela empresa com as seguintes ale- manutenção dos objetos que
alvo da empresa: derrotar os gações: a solução aumentava o criou? Qual a atitude da engenharia
competidores. custo do carro; atrasava o início da ao descobrir que os objetos cria-
fabricação e prejudicava o ritmo de dos são potencialmente perigo-
produção. Isto iria contra o alvo da sos? Qual a responsabilidade da
A empresa particular encarregada da engenharia no bem-estar humano,
fabricação dos impulsores de com- empresa: derrotar os competidores.
atual e futuro?
bustível sólido foi a Morton Thiokol, As perguntas éticas neste caso são:
que possuía o engenheiro chefe Bob a responsabilidade de um engenhei- 4º caso: Césio 137 em Goiânia.
Lund. Um dos engenheiros de Bob ro em relação à sociedade deve ser
Lund era Roger Boisjoly, que havia subordinada à sua responsabilidade No Brasil ocorreu um caso inadmis-
lutado durante o projeto para resol- diante de seu empregador? Pode sível de contaminação num ferro-
ver o problema material do selante. um engenheiro submeter sua inde- velho, com uma cápsula de césio
Não tempo tido tempo de resolver o pendência à empresa? Qual deve 137 que lá foi deixada por descuido.
problema dentro do prazo político ser sua atitude no processo judicial? Várias pessoas morreram e muitas
estipulado, advertiu seu chefe, sem contraíram doenças ficando impos-
ser levado a sério pela Morton e pela 3º caso: sibilitadas de trabalhar. Ninguém foi
administração da NASA. Um dos ge- Central nuclear de Chernobyl julgado como causador do desas-
rentes principais da Morton ridiculari- tre... É ou não é um problema de
zou-o em público: “Tire o seu capa- Perto da cidade Prypyat, na Ucrâ- ética profissional? Os responsáveis
cete de engenheiro e coloque na ca- nia, ocorreu o maior acidente nu- pelos equipamentos médicos po-
beça o da Morton!” clear da história. Manejos incompe- diam deixar cápsulas de material

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32
TQSNEWS
perigoso serem jogadas num ferro- “Freqüentemente o engenheiro terá criticado, e outros irão certamente
velho sem qualquer advertência que exercer atividades subsidiárias, criticá-lo pensando com isso em be-
quanto a seu conteúdo? ao lado da parte técnica. Tão impor- neficiar a si próprios. Se minhas pa-
tantes como seus conhecimentos lavras puderem ser úteis em alguma
técnicos, os únicos adquiridos na situação, lembrai-vos sempre dessa
É muito comum, infelizmente, escola, são também seus conheci- frase: Nunca criticai um trabalho de
ouvir-se um engenheiro mentos de relações humanas, de um colega ainda que a crítica seja
menosprezar uma planta, um psicologia e de comércio. No exercí- justa, pois, com esse procedimento,
cio dessas atividades o engenheiro vós só tendes a ser mal vistos e nada
desenho ou um projeto de precisa acautelar-se para não trans- usufruir da antipática atitude.
outro colega antes mesmo gredir os postulados da ética profis-
de se inteirar completamente sional. É muito comum, infelizmente,
do que se trata ouvir-se um engenheiro menospre- Nunca criticai um trabalho
zar uma planta, um desenho ou um de um colega ainda que a
projeto de outro colega antes crítica seja justa, pois, com
Abrindo casualmente pastas antigas, mesmo de se inteirar completamen- esse procedimento, vós só
deparei-me com um recorte de “A te do que se trata. Muitas vezes ridi-
Gazeta” de 10.01.57, que noticiava a
tendes a ser mal vistos e
culariza o que ele próprio costumava
colação de grau da turma de enge- fazer até alguns dias atrás, só então nada usufruir da antipática
nheirandos de 1956. Havia sido pu- tendo aprendido a solução acertada. atitude.
blicado, na íntegra, o meu discurso Sempre que estiverdes em situação
de paraninfo. Esse discurso, que saia idêntica, lembrai-vos bem de que, Quando estiverdes inclinados a pro-
da regra geral de mostrar os progres- além de ser essa atitude antipática e ferir tais críticas, lembrai-vos dos
sos da Engenharia e o futuro dessa contra os ensinamentos da ética vossos próprios trabalhos e colocai-
profissão no Brasil, transgrediu o profissional, ela, em vez de vos be- vos na posição de adversários. Não
costume, como aconteceu pela pri- neficiar, poderá ser uma arma de é possível evitar as críticas contra
meira vez, com a escolha de um pro- dois gumes, pois quem ouviu a nós mesmos, mas é possível dimi-
fessor subalterno e não um catedrá- vossa crítica, ainda que não a trans- nuir os seus efeitos nocivos procu-
tico para a honraria de paraninfar mita ao criticado, ficará de sobreavi- rando trabalhar com perfeição”.
uma turma de estudantes. O discur- so para criticar-vos posteriormente
so mais parecia um conselho para os em casos análogos. Lembrai-vos Isto aconteceu há 50 anos e a situa-
novos engenheiros. Um dos temas bem de que, por melhor que seja ção continua a mesma. Podemos
destacados foi justamente o da Ética vosso trabalho, existe sempre um fazer alguma coisa para minimizar
Profissional, que aqui reproduzo. ponto fraco em que ele possa ser essa deplorável situação?
França e Associados, São Paulo, SP

Janeiro/2005 - nº 20
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ARTIGO TQSNEWS

Propaganda enganosa e
tiro pela culatra
Por Enio Padilha - engenheiro, escritor e palestrante
www.eniopadilha.com.br

Afinal, existe projeto de engenharia dados e apertar botões está pronto


feito por computador ? Não, amigo para fazer projetos”.
leitor. Não se apresse em respon- A culpa, pra variar, é nossa, dos
der. A pergunta parece simples
próprios engenheiros que não per-
mas a resposta exige um tiquinho
cebemos o terreno minado que es-
de reflexão. não exige mais especialização nem
tamos pisando e, quando adquiri-
A indústria do software, com um mos um software sofisticado (e experiência, o cliente passa a discu-
processo de promoção muito mais caro) fazemos questão de cantar tir com muito mais obstinação os
eficiente que o dos engenheiros, aos quatro ventos que agora o preços cobrados pelo engenheiro;
conseguiu convencer a quase todo nosso escritório está mais “podero- Muitas vezes até, o próprio cliente
mundo de que basta um bom com- so” pois o supersoftware nos tornou (se for, por exemplo, uma construto-
putador e um programa poderoso supercompetentes. ra ou empreiteira) acha que a sim-
para transformar qualquer Zé ples compra do programa permite a
Migué num Doutor em Estruturas, substituição pura e simples do en-
Arquiteturas e outras especialida- A popularização dos genheiro.
des. Mas, na vida real a coisa con- softwares de projeto tem Afinal, não falta gente para acreditar
tinua como era antes. feito muita gente boa pensar, que um computador é uma máquina
Engenharia e Arquitetura continuam equivocadamente, que pensante e que é capaz de fazer
dependendo da inteligência, do ta- "agora ficou fácil fazer projetos automaticamente.
lento e da criatividade de engenhei- projeto, pois o computador
ros e arquitetos. Pois, ao contrário Esquecem que um computador é
do que diz o senso comum, Enge-
faz todo o serviço" também uma máquina poderosa
para produzir maus projetos. Um jo-
nharia não é uma ciência exata.
gador de futebol não marca mais
Apesar de ser classificada como tal, E aí passamos para o mercado a gols apenas porque usa uma chutei-
nas universidades, as engenharias falsa noção de que um bom softwa- ra de marca famosa. Tem que trei-
apenas utilizam “ferramentas” com re é um diferencial de qualidade de nar, treinar e treinar.
origem nas ciências exatas (mate- serviço. Um diferencial competitivo
mática, física...). Soluções de enge- no mercado. O engenheiro nunca irá suprir sua
nharia, no entanto, dependem sem- falta de conhecimento técnico com
pre do conhecimento, da experiên- Em outras palavras, fazemos direiti- um software, por mais fantástica
cia e do bom senso do profissional nho o jogo das empresas de softwa- que seja a propaganda.
responsável pelo projeto. re. É como se o pintor atribuísse ao
fabricante do pincel todo o mérito
por uma boa pintura. O engenheiro nunca irá suprir
Engenharia e Arquitetura A propaganda feita pelas empresas sua falta de conhecimento
continuam dependendo da de software visa seu público alvo di- técnico com um software,
inteligência, do talento e da reto, os próprios engenheiros, que por mais fantástica que seja
criatividade de engenheiros e são os potenciais compradores e
aplicadores do produto. Mas seus
a propaganda.
arquitetos efeitos extrapolam esse objetivo e o
resultado é que os clientes dos en- Assim como um atleta não atribui ao
Portanto, um mesmo problema de genheiros também são atingidos. seu uniforme as suas vitórias, tam-
engenharia pode ter soluções dife- Aí reside um grande problema: se o bém o engenheiro não deve utilizar
rentes dependendo do engenheiro fabricante do programa grita aos os softwares que usa como elemen-
que o resolva. quatro cantos que, com o uso do to de propaganda de seu escritório,
A popularização dos softwares de software XYZ qualquer projeto pode deixando em segundo plano seu
projeto tem feito muita gente boa ser feito em uma semana, esse é o curriculum e sua experiência em
pensar, equivocadamente, que prazo que o cliente passa a exigir do projetos.
“agora ficou fácil fazer projeto, pois engenheiro;
A propaganda de engenharia deve
o computador faz todo o serviço. Se o fabricante do software diz que, valorizar a Engenharia e não seus
Qualquer um que saiba recolher com o “XYZ”, o projeto ficou fácil e acessórios.

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ARTIGO TQSNEWS

Sistema ST_: um sistema integrado


para automação de projetos de estruturas metálicas
Por Paulo Roberto Marcondes de Carvalho - engenheiro civil, mestre em estruturas, professor da disciplina
Sistemas Estruturais A-Aço da Unisinos, diretor da Stabile Engenharia Ltda., empresa projetista e desenvolvedora de
sistemas para automação de projetos de estruturas metálicas. [email protected]

Um breve relato histórico. A Stabile lobby junto aos clientes, recebia-se o Com relação a novos crescimentos,
Engenharia é uma empresa, projetista comentário: “mas vocês deveriam com- estamos, febrilmente, desenvolvendo
de estruturas metálicas, com 28 anos de partilhar essa ferramenta com os cole- nosso módulo em 3D (em agosto lan-
atuação, sediada em Porto Alegre/RS. gas”. Pensando em se criar uma alter- çaremos o programa para cálculo de
No início de nossa caminhada, em mea- nativa de faturamento, começou-se a treliças espaciais, cujo ambiente apre-
dos da década de 1970, desenvolvemos oferecer nosso programa de detalha- senta-se abaixo), o módulo de verifi-
nossos procedimentos de cálculo ba- mento. Esse foi o divisor de águas do cação de ligações - soldadas e para-
seados em calculadoras programáveis, nosso desenvolvimento: antes o pro- fusadas - e o módulo de vigas mistas.
como todos os escritórios faziam. Pos- grama estava feito para o nosso uso -
teriormente, com o surgimento da série com a “nossa cara” - e a partir desse
HP9800, automatizamos a análise e o momento, com os comentários, críticas
dimensionamento de estruturas simples. e sugestões dos colegas, o programa
Foi um grande avanço e nos rendeu um tendeu a universalizar-se. Enquanto
razoável ganho de produtividade. Com o isso, nosso programa de cálculo não
surgimento de computadores tipo PC e era comercializado. Em meados do ano
de programas tipo CAD, os desenhos 2000, recebeu-se um incentivo do Eng.
começaram a ser feitos com o auxílio do Livi (representante TQS no Rio Grande
computador. Mas isso não representou do Sul) que usou o convincente argu-
ganho algum, já que é sabido que se mento: “o que os engenheiros procuram
gasta mais tempo desenhando no com- é uma ferramenta completa - cálculo e
putador, do que o tempo gasto por um detalhamento- integrados”.
bom projetista de prancheta, para obter Ambiente do mCalc 3D com uma treliça
Teve início a migração desse progra-
o mesmo desenho. espacial de ~7100 barras
ma para a plataforma Windows,
Em março de 1990, numa visita a um acrescentando-se um editor gráfico
colega (Hugolino Prá, de saudosa me- que foi complementado por outros re-
mória), nos foi apresentado o Sistema cursos sugeridos por vários colegas: Uma pergunta que não foi respondi-
TQS, que integrava a concepção es- novos perfis, com diversas composi- da. Muitos dos leitores do TQS_News
trutural, análise, dimensionamento e o ções, novos elementos implementa- devem estar se perguntando: mas afinal,
detalhamento de estruturas de con- dos (terças e grelhas), tópicos espe- o que é que um “metaleiro” está fazendo
creto armado. Uma ponta de inveja ciais, melhorias e facilidades de uso. num espaço exclusivo de “concretei-
pairou no ar: temos que conseguir um ros”? A vivência profissional tem mos-
Estágio atual dos programas. Os trado que boa parte dos engenheiros
sistema parecido como este, só que dois programas continuam indepen-
orientado para estruturas metálicas. que só projetam estruturas de concreto
dentes um do outro, mas são integra- armado, não diversificaram, ainda, por
Mas ora, no Brasil um sistema como dos entre si: pode-se gerar, analisar e
esse não existia e os programas es- que não tinham o apoio de ferramentas
dimensionar uma estrutura com o pro- confiáveis para o desenvolvimento de
trangeiros eram absurdamente caros grama de cálculo e exportar dados -
e não adequados à estrutura metálica seus trabalhos. Não tinham! Agora já
geometria e perfis adotados - para o tem. Essa é a razão de nossa presença
que se fazia aqui no País. programa de detalhamento. Este pro- aqui: dizer para todos que já se desen-
Desenvolvimento das ferramentas. grama de detalhamento também é in-
volve, no País, um sistema para automa-
Durante alguns anos procurou-se um tegrado a outros programas de cálculo
ção de projetos de estruturas metálicas,
“sistema TQS para estruturas metálicas” usados no mercado brasileiro: SAP®,
STRAP®, Metalicas3D® e WMix®. Cal- que é adequado à realidade da Constru-
sem encontrá-lo. Restou-nos a difícil ta- ção Metálica nacional, e que a proposta
refa de desenvolvê-lo. Já se tinha um cula-se a estrutura, com um desses
programas, e exportam-se geometria e da empresa desenvolvedora é oferecer
programa de cálculo, desenvolvido na ferramentas confiáveis, desmistificar o
plataforma DOS, que gerava, analisava perfis adotados para o detalhamento.
projeto de estruturas metálicas e cola-
e dimensionava estruturas reticulares de No módulo Pavimentos, do programa borar com o crescimento da engenharia
aço. Mas o desenho, que é a grande de cálculo, essa integração mostra estrutural brasileira.
deficiência de todos os escritórios de todo o seu brilho, já que por caracterís-
projetos, ainda estava longe de ser au- ticas dos programas, em minutos, par-
tomatizado. Iniciou-se o desenvolvi- tindo-se da planta baixa arquitetônica
mento do programa de detalhamento de um pavimento, obtém-se o projeto Para conhecer o sistema ST_mCalc
catalogando e classificando os blocos estrutural desse pavimento e detalha- rodando e avaliar todo o seu potencial,
que se tinha, desenhando-se perfis, ge- mento das vigas, com lista de material basta entrar em contato conosco
rando desenho parametrizados de treli- e de corte dos perfis. Isso significa que [email protected] ou pelo telefone
ças etc. Posteriormente, desenvolveu- já estamos atingindo nosso objetivo: (51) 334 70 78 marcando entrevista.
se a rotina de detalhamento de treliças, desenvolver, para estruturas metálicas, Teremos muito prazer e um grande
de vigas e os módulos de projeto de co- uma ferramenta integrada - modela- orgulho em apresentar nossa tecnologia
berturas. Nessa época, toda a vez que gem, cálculo, projeto e detalhamento - de ponta, que vai revolucionar o mercado
se mostrava-se o programa, fazendo a exemplo do Sistema TQS. de projetos de estruturas metálicas.

Janeiro/2005 - nº 20
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NOTÍCIAS TQSNEWS
Feicon 2005 46° Congresso Brasileiro do Concreto
08 a 12 de Março, Anhembi, São Paulo 14 a 18 de Agosto de 2004, Florianópolis
Estaremos mais uma vez presentes na Feira Internacio- Participamos, mais uma vez, do Congresso Anual do
nal da Indústria da Construção - FEICON demonstrando Instituto Brasileiro do Concreto - IBRACON, realizado
os sistemas, apresentando as novidades da nova versão em Florianópolis.
dos Sistemas CAD/TQS, elucidando dúvidas e trocando Como sempre, o Congresso foi ótimo. Tivemos a opor-
idéias com nossos clientes e amigos sobre os futuros tunidade de encontrar inúmeros clientes, amigos e po-
desenvolvimentos e o mercado em geral. tenciais clientes TQS. Pudemos trocar idéias sobre a
Para maiores informações, acesse: http://www.feicon.com.br nova norma NBR 6118:2003, esclarecer dúvidas, de-
monstrar os sistemas, anotar sugestões etc. A grande
Compareçam. Não percam as promoções comerciais
discussão técnica sobre a nova norma foi o assunto da
para a aquisição dos sistemas.
imperfeição geométrica local em pilares. Todos ainda es-
tavam com muitas dúvidas.

Construsul 2004 Durante a solenidade de abertura do 46° Congresso Bra-


sileiro do Concreto, foram premiados os profissionais
5 a 8 de agosto, Porto Alegre brasileiros de destaque do ano, de acordo com os só-
cios e conselheiros do Instituto Brasileiro do Concre-
Estivemos presentes mais uma vez na Feira da Indús-
to.Os nomes por categoria foram:
tria da Construção Civil - Construsul, que realizou-se
de 05 a 08 de agosto de 2004, no Centro de Exposi- - Francisco Paulo Graziano, Prêmio Emílio Baumgart,
ção da FIERGS, em Porto Alegre. Compareceram ao destaque em Engenharia Estrutural;
nosso stand muitos amigos e clientes, além, é claro, - Tuing Ching Chang, Prêmio Francisco Basílio, desta-
de muito interessados em conhecer melhor os Siste- que em Engenharia na região do evento;
mas CAD/TQS. - Munir Khalil El Debs, Prêmio Fernando Luiz Lobo Bar-
bosa Carneiro, destaque em Pesquisa em Concreto
Estrutural.

Stand TQS - Construsul 2004 - Engenheiros Herbert Maezano Stand TQS - Engenheiros Luiz Carlos G. Cabral, Dácio
e Luiz O. Baggio Livi Carvalho e A.C.Vasconcelos

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36
TQSNEWS
Destaque também para a grande comitiva de colegas,
engenheiros estruturais, que vieram do Ceará e do Rio
Grande do Sul. Outro ponto notável também foi a força
da Comunidade TQS. Inúmeros colegas tiveram a opor-
tunidade de conhecer, pessoalmente, aqueles que mais
participam com mensagens.
Ao longo dos cinco dias do Congresso, foram proferidas
inúmeras palestras, muitos bate-papos, jantares (com ostras
e camarões), anedotas etc, numa confraternização geral.
Como pontos de destaque do Congresso para a enge-
nharia estrutural, citamos:
- lançamento do livro “Máquinas da Natureza” de auto-
ria do professor Augusto Carlos Vasconcelos;
- reunião sobre temas controversos: Abertura de Fissu-
ras, com o eng. Júlio Timerman e demais; Engenheiro Nelson Covas, engenheiro Dácio Carvalho,
- reunião sobre temas controversos: Fluência, com o engenheiro Luiz Carlos G. Cabral e professora
eng. Francisco Graziano e demais; Chenia Figueiredo
- apresentação do professor Bruno Contarini sobre o
projeto do Museu de Arte Contemporânea em Niterói;
- trabalho apresentado pelos professores da Unicamp
sobre Estudo Comparativo dos Softwares Comerciais
Nacionais para Projeto de Estruturas de Concreto Ar-
mado. Mais uma vez os softwares da TQS atestaram
sua exatidão, abrangência e facilidade de uso.
Mais uma vez foi realizado, no final do evento, o tradicio-
nal sorteio de um sistema CAD/TQS - versão EPP Plus.
Centenas se inscreveram. Como sempre ocorre, um en-
genheiro cearense ganhou o sorteio; desta vez foi o cole-
ga e amigo Dácio Carvalho. Num gesto magnânimo de
despreendimento, o eng. Dácio abdicou do prêmio a favor
dos engenheiros mais jovens. O segundo sorteado pre-
sente foi o eng. Alexandre Lima de Oliveira de Florianópo-
lis. Nas fotos abaixo, retratamos a premiação. Meus agra-
decimentos também, para a professora Chenia Figueiredo Engenheiro Alexandre Lima (ganhador de uma versão EPP - Plus),
da Universidade de Brasília, que nos auxiliou no sorteio. engenheiro Nelson Covas e professora Chenia Figueiredo

FEHAB 2004
21 a 25 de setembro, São Paulo
Participamos mais uma vez da Feira Internacional da Indús-
tria da Construção - FEHAB. Apesar de o movimento ter
sido menor do que o esperado, o evento foi um sucesso e
recebemos em nosso stand inúmeros amigos, clientes e
colegas interessados na aquisição dos Sistemas CAD/TQS.
Foram realizadas várias demonstrações, com muitos co-
legas querendo saber um pouco mais sobre a Versão 11
do CAD/TQS.

Stand TQS - FEHAB 2004 Stand TQS - FEHAB 2004

Janeiro/2005 - nº 20
37
TQSNEWS
VII ENECE
Outubro de 2004, São Paulo
No dia 20/10/2004 foi realizado em São Paulo o 7º.En- palestra poderia ser intitulada: desmitificando os mis-
contro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutu- térios da punção.
ral, o já tradicional encontro anual promovido pela As- Posteriormente a professora Lídia Shehata e o professor
sociação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estru- Justino Vieira do Rio de Janeiro apresentaram uma pa-
tural - ABECE. lestra sobre o tema: Nova NBR 6118:2003, o que muda
A ABECE está comemorando, neste ano, 10 anos de na minha obra? Foram enviados questionários a diversas
fundação. O organizador, coordenador técnico e mode- empresas do Rio de Janeiro e Niterói e também a diver-
rador dos debates foi o eng. José Roberto Braguim, sas concreteiras, contendo perguntas sobre o impacto
nosso colega e participante da comunidade. da nova NBR 6118:2003 e o que estão empregando
atualmente nos projetos e obras. Os dados foram cole-
O tema principal do ENECE deste ano foi: Tendências da tados, compilados e os resultados apresentados. É um
Engenharia Estrutural Pós NBR 6118:2003. trabalho também muito construtivo que merece ser visto
O comparecimento de engenheiros estruturais ao com carinho.
ENECE foi significativo. Vieram colegas do interior de Por fim, o eng. Fernando Rebouças Stucchi apresentou
São Paulo e de diversas cidades de outros estados. Do o tema: Tendências da Engenharia Estrutural Pós NBR
meu conhecimento posso citar algumas cidades: Jun- 6118:2003. Foi uma ótima palestra, como sempre ocor-
diaí, Campinas, São Carlos, São José do Rio Preto, Ma- re em suas apresentações. Ele colocou de forma muito
rília, Santos, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Fortaleza, apropriada o problema da pesquisa no Brasil, pesquisa
Cuiabá, Brasília, Goiânia, Curitiba, Florianópolis, Porto acadêmica e pesquisa aplicada a engenharia. Também
Alegre, Santa Maria, etc. discorreu sobre a estratégia para deixar a nossa Norma
Muitas personalidades também comparecerem ao even- válida e consolidada. À primeira vista, parece que o tra-
to, mostrando a força e a representatividade da ABECE. balho de elaboração da norma terminou mas o eng.
Estavam presentes: professor doutor Paulo Helene, pre- Stucchi e um grupo de colegas continuam trabalhando
sidente do Ibracon, engenheiro Eduardo Lafraia, presi- para complementar a norma com os itens relativos a in-
dente do Instituto de Engenharia, deputado Arnaldo Jar- cêndio e sismo e, assim, ter condições de registrar
dim, representante do Crea, professor doutor João Cyro nossa norma como norma internacional.
André, representando a EPUSP, engenheiro Wagner O ENECE foi também o palco para a posse da nova di-
Lopes presidente da ABESC, engenheiro Renato Giusti, retoria da ABECE válida para os anos de 2005 e 2006:
presidente da ABCP e diversos outros.
Valdir Silva da Cruz, presidente
Logo na abertura, o engenheiro Júlio Timerman leu um José Roberto Braguim, vice-presidente
manifesto da ABECE sobre os recentes acontecimentos
desagradáveis registrados na construção civil. Fernando de Moraes Mihalik, diretor administrativo-fi-
nanceiro
O eng. Francisco Paulo Graziano proferiu uma palestra Alberto Naccache, diretor
muito interessante sobre alterações no consumo de aço
Augusto Guimarães Pedreira de Freitas, diretor
no dimensionamento de pilares empregando-se a norma
NBR 6118:2003. Marcos Monteiro, diretor
Roberto Dias Leme, diretor
Quanto ao professor José Paulo Castelli, mestre em
economia pela EPGE/FGV-RJ, proferiu palestra sobre Sérgio de Faria Linardi, diretor
negociações comerciais e contrataçao de serviços de Suely Bacchereti Bueno, diretor
engenharia. Foi um palestra interessante, principalmen- Wagner Edson Gasparetto, diretor
te para o nosso meio técnico, que não se aprofunda
muito no assunto e acha que nosso mercado é singular.
Foi apresentada uma equação esclarecedora sobre o
conceito de “valor” dos nossos serviços, onde entram
as parcelas “confiança” e “segurança”, itens fundamen-
tais dos nossos serviços.
Por sua vez, o eng. Joaquim Eduardo Mota de Fortale-
za ministrou palestra sobre o tema: Comparação dos
resultados do dimensionamento à punção segundo a
NBR 6118:2003 e NBR 6118:78. Foi uma palestra de
elevado nível técnico e muito bem apresentada. O eng.
Joaquim consegui explicar de forma muito didática e
ricamente ilustrada com gráficos, de forma concisa e
clara, a metodologia de cálculo da punção segundo as
duas normas. Digo, francamente, que este foi o melhor
trabalho sobre punção de que já tomei conhecimento.
A exemplo do artigo do professor Vasconcelos, esta Enece 2004 - Mesa de Abertura do Evento

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Engenheiros Nelson Covas, Marcello C. Moraes e Valdir Cruz

Enece 2004 - Auditório

Engenheiros Rui Giorgi, Fernando R. Stuchi, Nelson Covas e


Ilacir Ferreira

Carta aberta à sociedade brasileira - Outubro de 2004


Por que um edifício cai? Essa questão foi certamente for- sempenho inferior daquele especificado pelo projetista e
mulada muitas vezes nesses últimos dias em função da tra- emprego de técnicas inadequadas para consolidação da
gédia que aconteceu em Recife. E é sempre assim: quan- estrutura. As falhas decorrentes de erro da construção
do uma construção vai ao colapso, observam-se as legíti- podem levar anos para se manifestarem.
mas manifestações e clamores da população no sentido de
O uso não pode ser confundido com o abuso caracteri-
que tais fatos não são aceitáveis nos tempos atuais.
zado, por exemplo, pelo excesso de carregamento ou
Nos primórdios da engenharia, a segurança das constru- mudança operacional da construção, não deixando de
ções era estabelecida de maneira intuitiva por compara- levar em consideração um novo contorno da vizinhança
ção de sucessos e fracassos anteriores: construía-se da edificação e a manutenção preventiva.
uma ponte ou um edifício com características semelhan-
tes àquelas já existentes do mesmo tipo. Dessa forma A engenharia estrutural brasileira é sem dúvida uma das
evoluiu a engenharia por muitos anos. mais avançadas do mundo, contando com grande quan-
tidade de profissionais altamente qualificados e expe-
São muitos os recursos de que, atualmente, dispõem os rientes, com normas técnicas atualizadas (NBR
engenheiros de estruturas: sofisticados sistemas com- 6118:2003) e com elevado número de obras já executa-
putacionais capazes de simular o comportamento da es- das com sucesso e de visibilidade internacional.
trutura sob diversos tipos de carregamentos; regras de
verificação da segurança estrutural detalhadamente es- Ressalta-se que a engenharia estrutural exige elevado
tabelecidas em normas técnicas; materiais submetidos a nível de conhecimento técnico, experiência adquirida e
rigorosos controles de qualidade e avançados proces- atualização profissional permanente, além de utilização
sos executivos. Assim sendo, portanto, a pergunta consciente das ferramentas computacionais disponíveis.
acima formulada fica ainda mais intrigante.
Finalmente, fatos como o de Recife, felizmente não são
Toda construção passa (ou deveria passar) por 3 fases: regra, mas de qualquer forma são inaceitáveis e injustifi-
projeto, construção e uso. Qualquer falha em uma des- cáveis. Dado que a regulamentação da profissão da en-
sas fases pode ser suficiente para derrubar um prédio. genharia no Brasil, não restringe a atividade nos diversos
Normalmente o colapso ocorre como resultado de um segmentos, cabe então orientar as empresas contratan-
conjunto de falhas. tes para que verifiquem se o profissional, além de ser ha-
A fase de projeto é quando se analisam fatores que bilitado e capacitado, é devidamente reconhecido pelos
podem levar ao insucesso, ou seja, se não forem respei- seus pares nas suas associações de classe. Para isso
tados os compromissos de funcionamento da estrutura, existe a Associação Brasileira de Engenharia e Consul-
estabelecidos em cada fase, pode-se gerar uma edifica- toria Estrutural - ABECE, onde, para ser membro, o pro-
ção com elevado potencial de risco. Falhas decorrentes fissional tem que comprovar pelo menos 8 anos de ex-
de erro de projeto normalmente aparecem nas primeiras periência na área de estruturas e que reúne mais de 250
idades da construção. empresas e profissionais do setor em todo o Brasil.
Na fase da construção são inúmeros os fatores que Diretoria da ABECE
podem causar o colapso de uma edificação: desrespei- ENECE 2004 - 7º Encontro Nacional de Engenharia e
to ao projeto estrutural, emprego de materiais com de- Consultoria Estrutural

Janeiro/2005 - nº 20
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TQSNEWS
II Prêmio Talento Engenharia Estrutural 2004
Outubro de 2004, São Paulo
Durante o ENECE 2004, foi anunciado o grande vence- Escritórios da Vivo
dor do prêmio Talento da Engenharia Estrutural 2004, Local: São Paulo
uma realização conjunta da ABECE e da GERDAU, com Autor: João Alberto Vendramini
apoio da TÉCHNE, visando a valorização da classe. Ponte JK
O vencedor ganhou uma viagem a Las Vegas com esta- Local: Brasília
dia paga, para acompanhar a próxima edição da World Autores: Mário Vila Verde (in memoriam) e Filemon Botto de
of Concrete, uma das principais feiras internacionais do Barros (Projconsult)
setor da construção, em janeiro de 2005.
Neste ano, concorreram ao prêmio 25 projetos de todo
o Brasil, um aumento significativo em relação ao ano
passado quando participaram do prêmio 9 projetos.
O grande vencedor foi o projeto da Pista descendente
da Rodovia dos Imigrantes, de autoria do engenheiro
Roberto de Oliveira Alves da Figueiredo Ferraz Consulto-
ria e Engenharia de Projeto Ltda.

Outros projetos que se destacaram foram:


Biblioteca Unitri
Local: Uberlândia (MG)
Autor: Flávio Correia D’Alambert (Projeto Alpha)
Ponte sobre o rio Guamá
Local: Belém Entrega do prêmio - Joaquim G. Bauer, da GERDAU e
Autor: Alfredo de Souza Queiroz Filho (Enescil) engenheiro Roberto de Oliveira Alves

Cursos TQS
Aplicando a NBR 6118:2003 com os Sistemas CAD/TQS-V11
Terminamos o ano de 2004 realizando o curso Aplican- Recife, Salvador, São Carlos, São Luis e São Paulo. Pre-
do a NBR 6118:2003 com os Sistemas CAD/TQS - V11 tendemos, em 2005, visitar as cidades de João Pessoa,
nas seguintes cidades: Belém, Campinas, Campo Gran- Maceió, Manaus, Uberlândia e Vitória.
de, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Londrina, Natal,

Salvador, BA -junho de 2004 São Paulo, SP - junho de 2004

Recife, PE - junho de 2004 Fortaleza, CE - julho de 2004

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TQSNEWS

Natal, RN - julho de 2004 Campinas, SP - novembro de 2004

Goiânia, GO - setembro de 2004 São Paulo, SP - novembro de 2004

São Carlos, SP - setembro de 2004 Belém, PA - novembro de 2004

Campo Grande, MS - outubro de 2004 São Luis, MA - novembro de 2004

Londrina, PR - outubro de 2004 Florianópolis, SC - dezembro de 2004

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TQSNEWS
Construir 2004 6º Seminário Tecnologia das Estruturas
2 a 6 de novembro, Rio de Janeiro 25 e 26 de novembro, Centro Britânico,
São Paulo
Estivemos presentes mais uma vez na Feira Internacio-
nal da Construção, Engenharia e Arquitetura - Construir, Nos dias 25 e 26 de Novembro de 2004, foi realizado no
que se realizou de 02 a 06 de novembro de 2004, no Rio Centro Britânico o 6º Seminário Tecnologia das Estrutu-
Centro, no Rio de Janeiro. Compareceram ao nosso ras, do qual participaram vários membros da diretoria,
stand muitos amigos e clientes, além, é claro, de muito conselho e associados da Abece. Também alguns pales-
interessados em conhecer melhor os Sistemas trantes da Abece estiveram presentes como: Sérgio Viei-
CAD/TQS. ra, Francisco Graziano e Ricardo França, sendo que este
último fez um comparativo sobre custo de projeto (onde
pode-se aplicar mais horas técnicas com honorário
maior) e o custo da estrutura. Conclui-se que quanto
mais se investir em projeto, o custo da estrutura será
menor. As demais palestras também foram de bom nível.
As palestras estão disponíveis no site do Sinduscon - SP
(www.sindusconsp.com.br)
Fonte: Abece News, edição n° 27, ano I

Palestra “Ação e efeitos do vento em estruturas”


9 de dezembro, Instituto de Engenharia,
São Paulo
Stand TQS - Construir 2004 Assistimos no Instituto de Engenharia de SP, a palestra
Ação e efeitos do vento em estruturas túnel de vento
x NBR 6123, proferida pelo professor doutor Acir Mércio
Palestra CAD/Alvest Loredo Souza.
23 de novembro, Unicamp, Campinas Foi uma palestra excelente. Ótima apresentação, slides,
filmes, gráficos, fotografias e desenhos esclarecedores.
Estivemos presentes no auditório da FEC - Unicamp, A palestra teve início às 20:30 e terminou às 23:00 mas
onde realizamos a palestra CAD/Alvest - Sistema Com- nem notamos. Eu já tinha assistido uma apresentação si-
putacional para projetos Estruturais de Edifícios em milar do mesmo professor Acir há algum tempo, mas
Alvenaria Estrutural, contamos com a presença de pro- agora foram incorporados dezenas de casos distintos de
fissionais atuantes no mercado, alunos e membros do análise de efeito de vento realizadas no laboratório que
corpo docente da Unicamp. o professor Acir dirige.
Destacamos o interesse e a participação dos presentes Foram apresentados centenas de casos de estudos do
e o empenho do professor Flávio de Oliveira Costa para efeito de vento. Cada um deles já garantiria uma pales-
a realização do evento. tra de alto nível.

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TQSNEWS
O professor Acir discorreu sobre galpões, torres de ensaio em túnel de vento com o professor Acir. Estima-
transmissão, obras industriais, estruturas metálicas, edi- tivas gerais e preliminares: um mês de prazo e preço da
ficações de concreto armado, ginásios de esportes, bar- ordem de R$ 20.000,00 (ensaio básico).
ragens, furacões, tufões, pontes, viadutos, helipontos, Finalizando, informo aos colegas que, se tiverem a opor-
efeito estático, efeito dinâmico, vortex, etc. Enfim, foi tunidade, não percam a chance de comparecer a esta
uma verdadeira aula de altíssimo nível. palestra do professor Acir. Para aqueles que organizam
Considerando o ponto de vista prático informo aos colegas: eventos, convidem-no para proferir a palestra. Será uma
- a norma NBR 6123 exige, mesmo nas edificações re- verdadeira aula sobre o assunto.
gulares, a aplicação das forças devido ao vento de
forma excêntrica (da ordem de 15%). Os usuários TQS
podem já aplicar esta excentricidade introduzindo a
força total no pavimento e o momento respectivo. Na
nova versão dos sistemas TQS, 12, já realizaremos
esta geração de carregamentos de forma automática.
É evidente que o número de carregamentos gerais do
pórtico espacial vai aumentar;
- o efeito de torção nos edifícios está assumindo uma
grande importância e está sendo melhor equacionado
na norma NBR 6123;
- para qualquer edificação que não se enquadra nas edi-
ficações padrões da norma (fato muito comum), para Engenheiros Evandro P. Duarte, Gabriel Feitosa, Acir Souza e
analisar corretamente o efeito de vento, basta fazer um A.C. Vasconcelos
SVS, São Paulo, SP

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Dia do Engenheiro Construética
13 de dezembro, Instituto de Engenharia,
A ABECE, que vem sendo representada pelos engenhei-
São Paulo ros Marcos Velletri e José Roberto Braguim, está partici-
Foi realizada no Instituto de Engenharia de São Paulo a pando das atividades do Construética. Trata-se de um
movimento, idealizado e coordenado pelo Instituto de En-
cerimônia de comemoração do Dia do Engenheiro. O en-
genharia de São Paulo, que conta com a participação de
genheiro Vahan Agopyan foi homenageado com o título
praticamente todas as entidades de classe da construção
de Eminente Engenheiro do Ano. civil, cujo objetivo é o de estabelecer procedimentos e re-
A divisão de estruturas foi mais uma vez premiada como gras de conduta entre os vários elos da cadeia produtiva.
a mais atuante. Queremos aqui parabenizar os engenhei- Por se tratar de assunto de extrema importância e de difí-
ros Natan Levental e Lúcio Laginha pelo empenho e pelas cil trato, os debates iniciais estão se dando com bastante
belas palestras que nos propiciaram ao longo deste ano. critério, com base nas seguintes linhas mestras:
- ética entre os profissionais;
- ética na relação com o cliente - mão dupla;
- ética na relação com os funcionários e colaboradores;
- ética em relação à sociedade como um todo.
Na medida do possível, a ABECE distribuirá notas infor-
mativas a respeito do andamento dos trabalhos.
Para maiores informações, acesse: http://www.abece.com.br
Fonte: Abece News, edição n° 27, ano I

Engenheiros Nelson Covas, Abram Belk, João Vendramini,


Natan Levental, Valdir Cruz e Jefferson Dias

Prêmio Henry Adams Award - 2003


O prêmio Henry Adams Award destina-se ao artigo pu- Diploma Henry Adams Award 2004 entregue pelo Presi-
blicado no The Structural Enginner com maior destaque dente do Institution of Structural Engineers, Prof. David
em cada ano na área de Pesquisa & Desenvolvimento Nethercot, London 10/06/2004:
em Engenharia Estrutural.
Em 2003, um engenheiro brasileiro foi contemplado:
Prof. Marcelo A. Ferreira, grande estudioso de ligações
semi-rígidas. Os dois artigos citados abaixo, com uma
proposta inédita de equacionamentos analíticos pelo
pesquisador brasileiro, foram escolhidos por unanimida-
de pelo conselho do Institution of Structural Engineers
como melhores artigos no ano de 2003.
Can Precast Concrete Structures Be Designed as Semi-
Rigid Frames?
Part 1: The Experimental Evidence
Part 2: Analytical Equations & Column Effective Length
Factors
Prof. David Nethercot, Prof. Kim Elliott, Dr. Ali Mahdi,
Prof. Gwnye Davies, Prof. Marcelo Ferreira

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Dissertações e teses
MAGGI, Patricia Lizi de Oliveira
Comportamento de pavimentos de concreto
estruturalmente armados sob carregamentos
estáticos e repetidos
Tese de doutorado
Orientador: Libânio M. Pinheiro
Defesa: 5/5/2004
Apresenta-se um trabalho numérico e experimental, auxílio do modelo numérico, validado a partir dos resul-
com o objetivo de estudar o comportamento dos pavi- tados experimentais, estuda-se a influência de alguns
mentos de concreto estruturalmente armados, quando parâmetros importantes para o dimensionamento dos
submetidos a forças verticais estáticas e repetidas. pavimentos, tais como: capacidade de suporte da fun-
Avalia-se a contribuição da armadura de flexão, na re- dação, espessura das placas, área de aço, dimensões
sistência de placas de concreto apoiadas sobre meio das placas em planta, posição de aplicação da força e
elástico. Verifica-se experimentalmente o modo de presença de juntas de transferência de deslocamento.
ruína de placas submetidas a carregamento monotôni- Os resultados experimentais mostram uma significativa
co e a carregamento repetido, com e sem armadura, e contribuição da armadura positiva na resistência de
acompanha-se o desenvolvimento das fissuras no con- placas isoladas sob forças verticais centradas. Verifi-
creto e das deformações no aço. Comparam-se os re- cou-se que as forças repetidas provocam fadiga do
sultados obtidos, com as recomendações da NBR aço e que o número de ciclos depende da deformação
6118:2003, para o dimensionamento de estruturas sub- provocada na armadura. A partir dos resultados são
metidas à fadiga. É desenvolvido modelo numérico traçadas diretrizes para o dimensionamento, no qual
capaz de representar a interface do solo com a placa devem ser considerados os momentos positivos e os
do pavimento, a fissuração do concreto, a contribuição negativos, e deve ser feita a verificação da fadiga do
da armadura e o comportamento pós-fissuração. Com concreto e da armadura.
MDL Engenharia e Projetos, Santo André, SP
ACS Engenharia, São Paulo, SP

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TQSNEWS

MUNHOZ, Fabiana Stripari SCADELAI, Murilo Alessandro


Análise do comportamento de blocos de Dimensionamento de pilares de acordo com a
concreto armado sobre estacas submetidas à NBR 6118:2003
ação de força centrada Dissertação de mestrado
Dissertação de mestrado Orientador: Libânio Miranda Pinheiro
Orientador: José Samuel Giongo Defesa: 24/9/2004
Defesa: 23/9/2004
Este trabalho apresenta o dimensionamento de pilares,
Este trabalho estuda o comportamento de blocos rígi- de acordo com a nova NBR 6118:2003 - Projeto de Es-
dos de concreto armado sobre duas, três, quatro e truturas de Concreto. É considerado o estado limite úl-
cinco estacas, submetidos à ação de força centrada. timo de instabilidade, possível de ocorrer em configu-
Com o objetivo de contribuir para critérios de projeto, rações de equilíbrio de peças de concreto armado sub-
utilizaram-se resultados obtidos por meio de modelos metidas a solicitações normais. Esse estudo torna-se
analíticos e realizou-se análise numérica utilizando-se fundamental para que seja possível propor soluções
programa baseado no Método dos Elementos Finitos. estruturais seguras e economicamente viáveis, de
Foi desenvolvida, ainda, uma análise comparativa entre modo a suprir os questionamentos que possam surgir
os processos de dimensionamento adotados em proje- aos projetistas de estruturas e profissionais da área,
to, na qual se verificou grande variabilidade dos resul- além constituir uma bibliografia básica de consulta
tados. Para análise numérica adotou-se comportamen- com relação a esse tema. O objetivo é pesquisar os
to do material como elástico linear e os resultados de itens relacionados ao dimensionamento de pilares, e
interesse foram os fluxos de tensões em suas direções investigar a validade dos processos aproximados, atra-
principais. Nos modelos adotados variaram-se os diâ- vés de exemplos abrangendo as situações possíveis
metros de estacas e dimensões de pilar, a fim de se ve- dentro do campo de aplicação proposto, de forma a
rificar as diferenças na formação dos campos e trajetó- criar um conteúdo de “Prática Recomendada”, mais
rias de tensões. Concluiu-se que o modelo de treliça acessível aos profissionais da área e envolvendo crité-
utilizado em projetos é simplificado e foram feitas algu- rios práticos de dimensionamento, colocando à dispo-
mas sugestões para a utilização de um modelo de Bie- sição um resumo do que existe na Norma e o que é im-
las e Tirantes mais refinado. Foi possível a verificação portante que seja seguido. Inicialmente, mostra-se o
da influência da variação da geometria de estacas e de cálculo do comprimento equivalente do pilar, enquanto
pilares no projeto de blocos sobre e a revisão dos cri- elemento isolado da estrutura, e do índice de esbeltez
térios para os arranjos das armaduras principais. Para limite, abaixo do qual os efeitos de 2ª ordem podem
os modelos de blocos sobre cinco estacas adotados ser desprezados. Em seguida, os diferentes processos
concluiu-se que o comportamento não é exatamente para determinação dos efeitos locais de 2ª ordem são
como considerado na prática. comparados entre si.

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TQSNEWS
SOUZA, Rafael Alves de,
Concreto estrutural: Análise e dimensionamento de
elementos com descontinuidade
Tese de doutorado
Orientador: Túlio Nogueira Bittencourt
A maioria dos elementos utilizados na engenharia estrutural tados, de maneira a estabelecer recomendações práticas
podem ser dimensionados de maneira simplificada, ado- no desenvolvimento racional de projetos estruturais com-
tando-se a clássica Hipótese de Bernoulli, em que a seção plexos com qualquer natureza geométrica. Para tanto, utili-
permanece plana após a deformação. No entanto, existem za-se o programa CAST no desenvolvimento dos Modelos
várias situações para as quais esta hipótese simplificadora de Escoras e Tirantes, o programa SPANCAD no desenvol-
não pode ser aplicada, impossibilitando assim a utilização vimento dos Modelos Corda-Painel e os recursos de análi-
dos processos correntes de dimensionamento. Nestes se linear e não-linear disponíveis nos programas ADINA e
casos, aqui denominados de especiais, deve-se recorrer a DIANA, para análises utilizando o Método dos Elementos
soluções alternativas de dimensionamento, tais como o Finitos. Dentro do âmbito das estruturas especiais, procu-
Método dos Elementos Finitos, o Método das Bielas e mais rou-se enfatizar os casos das vigas-parede e dos blocos de
recentemente o Método Corda-Painel. Vários códigos nor- fundação sobre estacas, tendo em vista a grande utilização
mativos têm recomendado a utilização desses métodos, no e importância desses elementos nos projetos correntes. O
entanto, as informações disponibilizadas ainda são vagas e presente trabalho contribui no atenuamento da utilização
incompletas, tendo em vista o avanço do assunto apenas de soluções aproximadas baseadas em empirismos, forne-
nas últimas décadas. O objetivo deste trabalho concentra- cendo critérios lógicos para o cálculo seguro das denomi-
se na investigação da aplicabilidade dos métodos supraci- nadas “Regiões D”.
Ruy Bentes, São Paulo, SP

Eng. Cid Guimarães, Campinas, SP

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Desenho realizado com os sistemas CAD/TQS
C. Rolim Engenharia Estrutural Ltda. (João Pessoa, PB)

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TQS INFORMA TQSNEWS

PRODUTOS
CAD/TQS - Plena CAD/AGC & DP Lajes Protendidas
A solução definitiva para edificações Linguagem de desenho paramétrico Realiza o lançamento estrutural, cál-
de Concreto Armando e Protendido. e editor gráfico para desenho de ar- culo de solicitações (modelo de gre-
Premiada e aprovada pelos mais re- mação genérica em concreto arma- lha), deslocamentos, dimensiona-
nomados projetistas do país, total- do aplicado a estruturas especiais mento (ELU), detalhamento e dese-
mente adaptada à nova norma NBR (pontes, barragens, silos, escadas, nho das armaduras (cabos e verga-
6118:2003. Análise de esforços atra- galerias, pré-moldados, muros, fun- lhões) para lajes convencionais,
vés de Pórtico Espacial, Grelha e Ele- dações especiais etc.). lisas (sem vigas) e nervuradas com
mentos Finitos de Placas, cálculo de ou sem capitéis. Formato genérico
CAD/Alvest
Estabilidade Global. Dimensionamen- da laje e quaisquer disposição de
to, detalhamento e desenho de Vigas, Cálculo de esforços solicitantes, di- pilares. Calcula perdas nos cabos,
Pilares, Lajes, Blocos e Sapatas. mensionamento (cálculo de ƒp), de- hiperestático de protensão em gre-
talhamento e desenho de edifícios lha e verifica tensões (ELS). Adapta-
CAD/TQS - Unipro de alvenaria estrutural. do a cabos de cordoalhas aderentes
A versão ideal para edificações de CAD/Alvest - Light e/ou não aderentes.
até 20 pisos. Possui todos os recur- Cálculo de esforços solicitantes, di-
sos disponíveis na versão Plena. Telas Soldadas
mensionamento (cálculo de ƒp), de-
Adaptada à nova NBR 6118:2003. talhamento e desenho de edifícios de Análise, dimensionamento, deta-
alvenaria estrutural de até 5 pisos. lhamento e desenho de Telas Sol-
CAD/TQS - EPP Plus dadas, para lajes de concreto ar-
Versão intermediária entre a EPP e a CAD/Fundações mado e/ou protendido. Integrado
Unipro, para edificações de até 8 Dimensionamento, Detalhamento e ao CAD/Lajes, as telas são sele-
pisos. Incorpora os mais atualiza- Desenho de Blocos e Sapatas de cionadas em função das armadu-
dos recursos de cálculo presentes Concreto Armado. Agora totalmente ras efetivamente calculadas em
na Versão Plena. Adaptada à nova integrado nas Versões Plena, Uni- cada ponto da laje. Armaduras
NBR 6118:2003. pro, EPP, EPP Plus e Universidade. convencionais complementares
também podem ser detalhadas.
CAD/TQS - EPP ProUni
Uma ótima solução para edificações Análise e verificação de elementos G-Bar
de pequeno porte de até 5 pisos. In- estruturais pré-moldados protendi- Armazenamento de “posições”,
corpora os mais atualizados recursos dos (vigas, lajes com vigotas, ter- otimização de corte e gerencia-
de cálculo presentes na Versão Plena. ças, lajes alveoladas etc), acresci- mento de dados para a organiza-
Adaptada à nova NBR 6118:2003. dos ou não de concretagem local. ção e racionalização do planeja-
Lajes Treliçadas mento, corte, dobra e transporte
CAD/TQS - Universidade das barras de aço empregadas na
Análise, dimensionamento, detalha-
Versão ampliada e remodelada para construção civil. Emissão de rela-
mento e desenho de Lajes Treliça-
universidades, baseada em todas tórios gerenciais e etiquetas em
das. Cálculo de lajes unidirecionais
as facilidades e inovações já incor- e bidirecionais, análise do pavimen- impressora térmica.
poradas na Versão EPP. Adaptada à to por grelha, verificação “exata” de
nova NBR 6118:2003. flechas, incluindo a consideração da
fissuração do concreto e a deforma-
CAD/TQS - Projetista ção lenta. Emite desenhos de fabri-
Ideal para uso em conjunto com as cação e montagem de vigotas e
versões Plena e Unipro, contém quantitativo de materiais. Indicada
todos os recursos de edição gráfica para Projetistas Estruturais e Fabri-
para Armaduras e Formas. cantes de Lajes Treliçadas. Monteiro Linardi, São Paulo, SP

TQSNEWS
DIRETORIA IMPRESSÃO Fone: (11) 3083-2722
Eng. Nelson Covas Neoband Soluções Gráficas Fax: (11) 3083-2798
Eng. Abram Belk E-mail: [email protected]
TIRAGEM DESTA EDIÇÃO
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TQS News é uma publicação da
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Janeiro/2005 - nº 20

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