Modelo Petição Inicial Inexistencia de Débito
Modelo Petição Inicial Inexistencia de Débito
Modelo Petição Inicial Inexistencia de Débito
1. A Autora, buscando ter um cartão de credito para suas despesas diárias, pois é
aposentada e nem sempre tem dinheiro em mãos, buscou as Lojas RENNER, e
solicitou um cartão de Crédito, sendo liberado um cartão da bandeira VISA.
2. Na mês de outubro, foi surpreendida com a fatura mensal, onde constava uma
compra de R$1600,00 ( hum mil e seiscentos reais), cuja compra desconhece,
pois conforme informado acima, e tambem atravéz da fatura, se observa que
suas compras são de valores mínimos.
8. Diante do exposto a autora vem pedir que seja determinado o fim da cobrança
material e determinado o pagamento de danos morais pelo dano a sua imagem.
II. DO DIREITO
A presente ação deve ser dirimida sob a égide do Código de Defesa do Consumidor
(CDC), uma vez que se trata de evidente relação de consumo, em que a Requerida
figura como fornecedor de serviços, nos exatos termos do artigo 3º do CDC, ao passo
que a Requerente satisfaz as características de consumidor, consoante artigo 2º do
mesmo diploma legal.
Registra-se que a hipótese deu origem à Súmula 297 do STJ, nos termos que seguem:
Destarte, não subiste a mais mínima dúvida acerca da aplicação do Código de Defesa
do Consumidor, aos contratos firmados entre as instituições financeiras e seus clientes.
Assim, ressalta que não possui outros meios de comprovar o seu direito, de modo que
requer a inversão do ônus da prova, a fim de que a parte Ré demonstre caso encontre
alguma evidência de que as compras foram realizadas pela Autora, sendo está à única
razão para não a ressarcir do prejuízo suportado.
Nota-se que, cabe ao Requerido demonstrar provas em contrário ao que foi exposto
pela empresa autora, tendo em vista que esta comprovou nestes autos todos os fatos
alegados.
Com isso, requer-se a inversão do ônus da prova, a fim de que a instituição financeira
seja intimada a apresentar, nestes autos, documentos que demonstrem qualquer fato
diverso dos alegados pelo Requerente, inclusive o parecer da agência favorável ao
estorno das compras realizadas.
Desta forma, a Requerente requer a inversão do ônus da prova, a fim de que a parte
Ré apresente, nestes autos, documentos que demonstrem a ocorrência dos fatos
expostos, em decorrência da reconhecida vulnerabilidade e até mesmo
impossibilidade da parte autora em relação à instituição financeira para produzir
demais provas.
Da falha na prestação dos serviços pelo Requerido
Diante do caso suso narrado, é preciso reconhecer a falha na prestação dos serviços
pelo Requerido, tendo em vista que, mesmo entrando em contato com a empresa que
forneceu o cartão de crédito e contato telefônico, não ocorreu o cancelamento da
compra efetuada e, por consequência, não houve estorno do valor dispendido, ou
seja, a Autora continua devedora.
Resta claro que, ao não cancelar a compra realizada por terceiro desconhecido, a parte
Ré quedou-se inerte e falhou na prestação dos seus serviços como instituição
financeira.
Tal circunstância denota vício de segurança e justifica, por si só, a obrigação da parte
Ré de cancelar a compra efetuada, de modo a não onerar a parte Autora, por compras
que não foram realizadas por ela.
PROVAS
Já restou claro que a responsabilidade da instituição financeira, ora ré, é objetiva, logo,
em consonância com a legislação, a compra realizada deve ser declarada inexigíveis,
sendo todo o prejuízo suportado pelos Requerentes uma consequência pela
ineficiência dos serviços prestados.
A seguir print de algumas reclamações sobre a mesma situação vivenciada pela Autora,
vejamos:
Vejamos o entendimento do Tribunal de Justiça sobre o tema:
O dano moral é o dano imaterial, aquele que não produz consequências no patrimônio
do ofendido, mas atinge o foro íntimo da pessoa. Converte-se a dor, a vergonha, a
humilhação, em dinheiro como uma compensação.
Esta compensação deve ter o poder de caracterizar uma sanção ao ofensor, já que este
é o intuito do dever de indenizar. Se não tiver carater de penalização, se o valor fixado
for, frente as posses do ofensor, insignificante, incapaz de lhe penalizar, é por si só ,
ineficaz.
A reparação pecuniaária do dano moral é um misto de pena e satisfação
compensatoória. Não se pode negar sua função: penal, constituindo uma sanção
imposta ao ofensor; e compensatória, sendo uma satisfação que atende a ofensa
causada, proporcionando uma vantagem ao ofendido, que poderá, com a soma de
dinheiro recebido, procurar atender as satisfações materiais ou ideais que repute
convenientes, diminuindo assim, em parte, seu sofrimento.
Os artigos 186, 187 e 927 do Código Civil, estabelecem o dever de indenizar, vejamos:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. (grifei)
Desta forma, tendo em vista todo o dissabor e angústia vividos pela Requerente desde
o momento em que teve conhecimento de que haviam usado seu nome através do
cartão de crédito que sempre esteve consigo, gera o dever de indenizar. Salientando
que a Autora, não se negou em pagar o valor gasto por ela, fato este que o fez (comp.
pgto. em anexo), mas que tem causado grande insegurança a Autora, pois tem medo
de novamente, usarem seu nome indevidamente, e ter que arcar com valores que não
dispõem.
Seria uma demasia, algo até impossivel exigir que a vítima comprove a dor, a tristeza
ou a humilhação, a t r av é z de depoimentos, documentos ou perícia; não teria ela
como demonstrar o descrédito, o repudio ou o desprestigio a t r a v e z dos meios
p r o b a t ó r i o s tradicionais, o que acabaria por ensejar o retorno a fase da
irreparabilidade do dano moral em razão de fatores instrumentais.
Diante do exposto a indenisação pelo dano moral sofrido, tendo em vista se tratar de
pessoa idosa, que teve seu nome usado indevidamente em virtude da falta de cuidado
de quem tem o dever de dar assitencia, quando requerida, salientando que a idosa se
deslocou até o estabelecimento buscando uma solução, mas foi ignorada, tendo que
recorrer a pessoa da família para aliviar a angustia por pensar que iria ter que pagar
mais do que recebe a titulo de aposentadoria, por uma divida contraida por terceiro.
Enfim, diante dos fatos, requer seja concedida a medida liminar para suspender a
cobrança indevida pelo Requerido até que sobrevenha decisão terminativa, conforme
motivos a seguir expendidos.
Já quanto ao periculum in mora resta este evidenciado pelo risco eminente de prejuízo
que terá a Requerente, em razão da demora na prestação da tutela jurisdicional,
notadamente pelo fato de que poderá ter seu nome incluído nos cadastros
desabonadores, mesmo sendo diligente em seus pagamentos e nesse sentido, ser
punido por uma conduta que não cometeu.
Destarte, por estarem preenchidos os requisitos para a concessão da tutela de
urgência antecipada, consoante os requisitos estabelecidos no Código de Processo
Civil, vem requer a Vossa Excelência a sua concessão, por ser de legítimo direito.
Pp ADVOGADA - OAB/RSxxxx