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Universidade Católica de Moçambique

Instituto De Educação À Distancia

A Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana)

Nome: Luís Vasco Quetinala

Código: 708237287

Curso: Licenciatura em ensino de língua Portuguesa

Disciplina: Didáctica Geral

Ano de frequência: 2ºAno-2023

Docente:

Tete, Junho de 2023

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1.Introdução
O trabalho apresenta uma abordagem contextual sobre a pe3ssoa como sujeito Moral (A
pessoa humana), aborda aspetos relacionados com a pessoa como sujeito moral, a distinção da
ética moral, o conceito da pessoa e suas caraterísticas da pessoa e suas discrições.

A pessoa como sujeito moral, ou seja, a pessoa humana vista como um agente moral dotado
de capacidade de tomar decisões éticas e de agir de acordo com valores e princípios morais, e
um conceito fundamental na filosofia moral e na ética. A ideia de que os seres humanos são
sujeitos morais implica indica que tem a capacidade de distinguir entre o que e o certo e que e
o errado, de assumir responsabilidades por suas ações e de serem julgados com bases nessas
ações

Existem diversas correntes filosóficas que abordam a natureza da pessoa como sujeito moral,
Por exemplo, o humanismo enfatiza a dignidade e o valor intrínseco de cada ser humano,
argumentando que todas as pessoas merecem respeito e consideração moral. O
existencialismo destaca a liberdade e responsabilidade individuais, sugerindo que seres
humanos tem poder de criar seus próprios valores e significados em um mundo aparentemente
sem sentido.

Alem disso, diversas tradições éticas, como utilitarismo, o deontologismo e a ética das
virtudes, oferecem diferentes perfectivas sobre como as pessoas devem tomar decisões morais
e agir em conformidade com os seus princípios. Em resumo a ideia da pessoa como sujeito
moral reconhece a singularidade e a complexidade dos seres humanos enquanto agentes
éticos, destacando sua reflexão, julgamento e Acão no contexto das questões morais e éticas.
1.Objetivos
1.1.Objetivo Geral
 Compreender a pessoa como sujeito moral (A pessoa Humana)

1.2.Objetivos Específicos
 Refletir sobre as características das pessoas
 Apresentar os conceitos da pessoa
 Identificar Desenvolvimento da consciência moral

2.Metodologia
Esta secção objetiva caracterizar a pesquisa, apresentar os métodos de pesquisa e as
técnicas de coletas de dados, de acordo com Mynai (2007) “ a metodologia e a discussão
epistemologia sobre o caminho do pensamento que o tema ou objeto de investigação requer “.
Nesta ordem, compreende-se metodologia como sendo a seleção de instrumentos que vão
possibilitar que o investigador possa utilizar na pesquisa para perceber um determinado
fenómeno.

4.A Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana)


4.1.Conceito de pessoa como sujeito Moral
Segundo Santos (2020) apresenta conceito de pessoa nas várias perspetivas (Jurídica,
Psicológica, Ética, Personalista, Social, Metafísica):

a) Perspetiva Jurídica: Na perspetiva jurídica, a pessoa e vista como um sujeito de


direitos e obrigações. No direito, uma pessoa pode ser definida como um individuo
dotado de capacidade jurídica, ou seja apto a adquirir direitos e contrair obrigações.
Isso pode incluir tanto pessoas físicas (indivíduos) quanto pessoas jurídicas (entidades
como empresas e organizações). A legislação define direitos e responsabilidades das
pessoas garantindo a proteção dos seus interesses e a promoção da justiça.

b) Perspetiva Psicológica: Na perspetiva psicológica, a pessoa e estudada como um ser


dotado de cognição, emoções comportamento e experiencias individuais. A psicologia
explora aspetos como personalidade desenvolvimento humano, motivação e saúde
mental para entender a complexidade da pessoa.
c) Perspetiva Ética: Na perspetiva ética, pessoa e considerada um agente moral dotado
de capacidade para tomar decisões éticas e agir de acordo com valores e princípios
morais. A ética investiga questões como o bem e o mal, a justiça a virtude e
responsabilidade moral. A pessoa e vista como responsável por suas ações e sujeita a
julgamento moral com base em critérios éticos. Diversas correntes éticas, como o
utilitarismo e o deontologismo e a ética das virtudes, oferecem diferentes abordagens
para orientar o comportamento moral da pessoa.

d) Perspetiva Personalista: Na perspetiva personalista, a pessoa e vista como um ser


único e irrepetível, dotado de dignidade intrínseca e valor inalienável.
O personalismo enfatiza a importância do respeito pela pessoa como fim em si mesma,
rejeitando qualquer forma de instrumentalização ou tratamento desumano. Essa
abordagem destaca a dimensão racional da pessoa, reconhecendo sua interdependência
com os outros indivíduos e a sociedade como um todo.

e) Perspetiva Social: Na perspetiva social a pessoa e considerada um membro de uma


comunidade ou sociedade, influenciada por normas, valores e estruturas sociais. A
sociologia e outras ciências sociais investigam como fatores como classe social,
género etnia e cultura moldam a identidade e as experiencias das pessoas dentro dos
contextos sociais específicos.
f) Perspetiva Metafisica: Na perspetiva metafisica, a pessoa e vista em relação ao seu
lugar no universo e a sua natureza ontológica. Questões metafisica exploram a
natureza da existência, da identidade pessoal e sentido da vida.

4.2. A Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana)


A atividade moral no âmbito de sujeito e marcada por grandes transformações, que ocorreram
no ciclo histórico da humanidade desde da experiencia filosófica, social, cultural, entre outras
experiencias vivenciais. No desenvolvimento da humanidade, os questionamentos sobre
vontade, liberdade atos e consciência foram dotados de grandes reflexões e direcionados
unicamente para o homem e seu entendimento (Lima 2019)

Segundo Mende (2018) a necessidade de ter uma consciência individual para obter uma
responsável imagem social e também responsabilidade deste sujeito moral. Uma vez que, suas
atitudes, palavras e emoções serão questionadas e julgadas, garantirão uma ética, fundadas em
princípios e valores que norteiem o viver em comunidade.

Dos principais fundamentos da Acão moral e a imputabilidade. Entende-se que


imputabilidade do ato moral e atribuída ao homem com autor e senhor dos atos. O homem e
configurado por meio das suas responsabilidades e leis.

Levando assim, o ser humano a consciência e liberdade que determina a sua pessoa e a
executa. Sabe-se que o homem nunca será o dono absoluto destas propriedades, porem sua
personalidade será mais perfeita quanto maior a consciência, e da mesma forma terá
imperfeita quanto menos consciência possuir em seus atos (Siva 2021)

4.3.Características da pessoa e suas descrições

Para Santo (2020), as pessoas apresentam as seguintes características:

 Racionalidade: A pessoa e caracterizada por sua capacidade de raciocinar, refletir e


tomar decisões com base na logica e no pensamento critico, essa característica permite
que a pessoa avalie situações, antecipe consequências e escolha entre diferentes cursos
de ação.
 Autonomia: A pessoa possui autonomia, o que significa que tem liberdade para agir
de acordo com a sua própria vontade e para determinar seus próprios objetivos e
valores. A autonomia implica responsabilidade pelas escolhas e ações tomadas , bem
como a direção de sua própria vida.
 Consciência: A pessoa e consciente de si mesma e do mundo ao seu redor.
Essa consciência inclui a capacidade de perceber, interpretar e responder aos estímulos
internos e externos, bem como de refletir sobre suas próprias experiencias.
 Emoções: A pessoa experimenta uma ampla gama de emoções, incluindo alegria,
tristeza, raiva, medo do amor. As emoções desempenham um papel importante na vida
da pessoa, influenciando o seu comportamento, suas relações interpessoais e sua
tomada de decisão.
 Empatia: A pessoa e capaz de se colocar no lugar de outra pessoa, compreendendo e
compartilhando seus sentimentos, pensamento e experiencias.
 Identidade: A pessoa possui uma identidade única, composta por características
físicas, psicológicas sociais e culturais que a destingem de outras pessoas.
 Dignidade: A pessoa possui dignidade inerente e valor intrínseco, independentemente
de suas características individuais ou circunstancias.
 Interdependências: A pessoa esta interligada com outras pessoas e com o meio
ambiente, fazendo parte de redes complexas de relações sociais, económicas politicas
e ecológicas.

4.4.Natureza e do papel da pessoa na sociedade e no universo

Para Lima (2019) uma compreensão mais completa da natureza e do papel da pessoa na
sociedade e no universo envolve considerar diversos aspetos, tais como:

 Interconecto social: reconhecer que a pessoa não existe isoladamente, mais esta
inserida numa teia complexa de relações sociais.
 Responsabilidade Ética: compreender que a pessoa tem responsabilidade moral
não apenas consigo mesma, mas também em relação com os outros membros da
sociedade e ao meio ambiente.
 Impacto ambiental: reconhecer que os impactos individuais tem um impacto no
meio ambiente e no universo em geral.
 Busca por Significado: entender que a pessoa busca o constantemente o sentido e
propósito em sua vida tanto a nível pessoal quanto coletivo.
 Desenvolvimento pessoal e social: reconhecer que a pessoa esta em constante
processo de desenvolvimento e aprendizado, tanto a nível individual quanto a
interação com ambiente social.
 Consciência Interconectada: compreender que a pessoa não esta separada do
universo, mas e parte integrante dele.

4.5.Desenvolvimento da moral

Nos seus estudos Piaget (1977) concluiu que a moralidade se desenvolve a medida que a
inteligência humana se vai desenvolvendo, seguindo o processo delineado por 3 etapas
fundamentais:

 1ª Etapa (entre 2-6 anos) encontramos na criança a moral de obrigação e heteronomia,


onde ela vive numa atitude unilateral de respeito absoluto para com os mais velhos e
as normas são totalmente exteriores a si,/
 2ª Etapa (entre 7-11 anos) verifica-se no adolescente a moral da solidariedade, entre
iguais. O respeito unilateral e substituído pelo respeito mutuo começa a desenvolver-
se a noção de igualdade entre todos e as normas de conduta humana são aplicada de
uma forma rigorosa.
 3ª Etapa (dos 12anos em diante) encontramos no jovem ou no adulto a moral de
equidade ou autonomia.

4.6.Desenvolvimento da consciência moral

Para Lawerence Kohlberg (1981) considera que a consciência moral se torna um processo de
conhecimento que decorre de fazes de aprendizagem social. Para ele existe 3 níveis de
desenvolvimento moral:

 1º Nível (pré- convencional) - as pessoas respeitam as normas sociais, mas receiam o


castigo se não as cumprirem ou esperam uma recompensa pelo seu comprimento.
 2º Nível (convencional) - determinam que as pessoas respeitam as normas sociais
porque consideram importante que cada um desempenhe o seu papel numa sociedade
normalmente organizada.
 3º nível (pôs- convenciona)- estabelece que as pessoas se preocupam com um juízo
autónomo e com estabelecimento de princípios morais universais.
5.Conclusão

Em suma, a pessoa como sujeito moral ocupa um lugar central na sociedade e no universo,
sendo responsável por suas ações e influenciando o ambiente ao seu redor com base em seus
valores e princípios éticos. O desenvolvimento da moral e da consciência moral e essencial
para evolução pessoal e para construção de uma sociedade mais ética e justa.

No contexto filosófico, ética e moral possuem significados diferentes. A ética esta associada
ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em
sociedade, enquanto a moral são costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada
sociedade.

A pessoa e reconhecida como um ser dotado de capacidade moral, apto a discernir entre o
certo e o errado e agir conforme princípios éticos. Essa habilidade de tomada de decisão
moral e uma característica fundamental que define a pessoa como sujeito moral. Ao
explorarmos a características da pessoa, como racionalidade, podemos compreender melhor a
sua complexidade e singularidade como sujeito moral. Esses traços moldam a forma como a
pessoa interage com o mundo e com os outos, influenciando seu comportamento ético e
moral.

Na sociedade e no universo, a pessoa desempenha um papel crucial como agente moral e


social. Sua capacidade de fazer escolhas éticas e agir de acordo com valores morais contribui
para a construção de comunidades justas e sustentáveis. Alem disso, sua interdependência
com outros seres humanos e com meio ambiente destaca a importância de promover relações
éticas e cuidados ambientais.
6.Referencias Bibliográficas

Kohlberg, L.(1981). The Philosophy of Moral Development: Moral Stages and the Idea of
Justice. San Francisco: Harper & Row.

Lima, F. G. (2019). A Dignidade Humana e os Desafios Morais na Sociedade


Contemporânea. Belo Horizonte: Editora Consciência.

Mendes, C. D. (2018). Aspetos Psicológicos da Moralidade Humana. Rio de Janeiro: Editora


Psique.

Minayo, A. C;(2007). Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas.

Piaget, J. (1977). The Development of Thought: Equilibration of Cognitive Structures. New


York: Viking Press.

Santos, A. B. (2020). A pessoa Humana: Uma análise Ética. São Paulo: Editora Ética.

Silva, H. M. (2021). A Ética da Autonomia: Reflexões sobre o papel da pessoa como Sujeito
Moral. Brasília: Editora Cidadania.

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