Análise de Acidentes e Riscos - Curso IBP
Análise de Acidentes e Riscos - Curso IBP
Análise de Acidentes e Riscos - Curso IBP
Junho / 2012
Agenda
Considerada modelo na
Indústria do Petróleo.
O acidente
Às 22h do dia 6 de Julho de 1988, um
vazamento de propano condensado
causou uma grande explosão.
Comunicação ineficaz
Manutenção inadequada
Dr. Tony Barrel (comentário feito após o desastre da Piper Alpha, plataforma de
petróleo que explodiu no Mar do Norte em Julho de 1988, onde morreram 167
pessoas)
Explosão em refinaria da British Petroleum - BP
9 de setembro de 2010
53 residências destruídas e
170 danificadas
Foi comprovado pela NTSB que haviam problemas nas soldas e na qualidade
do material utilizado na tubulação que falhou.
A automação do sistema não era suficiente para uma resposta mais rápida e
eficaz.
Não havia divisão clara nos papéis entre transmissão, distribuição, gás e
eletricidade.
A alta gestão era composta por muitas pessoas com formação jurídica e
financeira e poucos com formação em engenharia.
30 de julho de 2004
Gasoduto
Tubulação após rompimento e explosão
Dano causado no tubo por obra de terceiros
Vazamento de gás e explosão em área urbana, Filadélfia - EUA
Atos inseguros: São atos falhos, característicos dos seres humanos, mas
sempre evitáveis, mesmo quando cometidos de forma inconsciente e não
intencional. Os atos inseguros geralmente ocorrem imediatamente antes do
incidente ou acidente, e podem mesmo ser considerados como o “gatilho” que
dispara o evento indesejável.
Por que investigar os incidentes/acidentes?
Para que novos acidentes/incidentes
não ocorram, através da correção dos
processos existentes e de uma análise
criteriosa dos riscos.
De preferência 1 ou 2 entrevistadores no
máximo.
Entrevistar 1 testemunha de cada vez.
Criar um ambiente favorável e amistoso.
Deixar claro qual é o objetivo da entrevista e
que a intenção é investigar fatos e não
encontrar culpados.
Elaborar perguntas claras, objetivas e abertas “o
que foi que você viu acontecendo na hora em
que…”
Registrar os relatos e suas impressões, bem
como as dúvidas.
Obtenção de material de suporte (procedimentos,
1 permissões, desenhos, registros, fotos, croquis, etc)
Condições
Decisões Falhas Atos Acidente/
Pré
Falíveis Latentes Inseguros incidente
Existentes
Condições
Decisões Falhas Atos Acidente/
Pré
Falíveis Latentes Inseguros incidente
Existentes
Importante: Muitas vezes, as condições inseguras são causadas por atos falhos
das pessoas, como negligência ou omissão. Como regra, todo ato
inseguro é algo dinâmico, enquanto uma condição insegura é algo
estático.
2 Falhas
Falhas Ativas
ativas e Falhas
e falhas latentesLatentes
Falhas Latentes Falhas Ativas
Condições
Decisões Falhas Atos Acidente/
Pré
Falíveis Latentes Inseguros incidente
Existentes
As falhas latentes são geralmente originadas por ações ou omissões que ocorrem nos
níveis intermediários da organização, principalmente na área gerencial.
1. Organizacionais 7. Manutenção
(gerenciais) 8. Arrumação e Limpeza
2. Alvos Incompatíveis (Housekeeping)
3. Comunicação 9. Treinamento
4. Procedimentos 10. Defesas Inadequadas
5. Projeto 11. Condições Que Induzem a Erro
6. Equipamentos
2 Falhas ativas e falhas latentes
Falhas Latentes Falhas Ativas
Condições
Decisões Falhas Atos Acidente/
Pré
Falíveis Latentes Inseguros incidente
Existentes
Descrição
do
Incidente
Atividade de Incidente:
abertura de vala Atropela- Lesão com
para instalação de mento afastamento
válvula no passeio
Condução
do veículo
pelo
terceiro
Permissão de Grande
trabalho movimento
sem identificar Falta de Via
de veículos e desobstruída Impossibilidade
risco de recomendação de
atropelamento posicionar-se de
pedestres e em declive de utilizar veículo
Condições como barreira
frente para o
fluxo de carros do veículo física
4 Elaboração de Relatório Final e Planos de Ação
Os prazos para cumprimento das ações propostas devem ser compatíveis com sua
complexidade, os riscos e as consequências potenciais de um novo incidente.
Organizacional: Falta de
Corte no clareza nos papéis e Garoa no Supervisor Linha de Queda do
orçamento responsabilidades do momento do não verificou vida não encanador
com ajudante incidente os riscos conforme de uma
contribuição altura de 4
Comunicação: Análises de
indireta para o riscos e plano de m
incidente Falta de O encanador
emergência não discutidos
motivação do não verificou
antes da atividade
encanador as condições
Alvos incompatíveis: de segurança
Programação de 2
prumadas no mesmo dia O encanador
não verificou
Equipamento: Desacordo o efeito do
com a especificação medicamento
Treinamento: O treinamento de
PT não reforça as
responsabilidades dos
emissores
Condições que induzem a
erro: Medicamento
Procedimento: Falta de
procedimentos sobre uso de Manutenção: Falta de
medicamentos e manutenção plano de manutenção dos
de equipamentos equipamentos
Parte 3 – Conceituação sobre riscos e as
medidas de controle no nível ocupacional
As diferenças entre a Segurança Ocupacional e a Segurança
Operacional Segurança Incidentes
Ocupacional: decorrem muitas
Ocorrências com vezes de falha no
maior frequência e dia a dia das
menor impacto atividades
coletivo/material
Controle sobre os riscos em
Segurança na distribuição Acidentes
de gás natural decorrem de
Segurança
Operacional / falha no ciclo de
Integridade de vida, desde a
Ativos: Ocorrências concepção do
projeto,
com menor
frequência e grandes passando por
consequências operação,
manutenção e
renovação
O que é Condição Perigosa, Perigo e Risco?
• ASPECTO: Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma
organização que pode interagir com o meio ambiente (Exemplos:
Emissões atmosféricas de gases, geração de ruídos).
CONSEQUENCE (SEVERITY)
LE
B
AB
LER
TO
• RISCO é a quantificação do perigo C
IN
GL
Y
AS
D C RE
IN
• Risco = Probabilidade x Gravidade E
Condição perigosa e perigo
Os princípios do gerenciamento de riscos
A – Estabelecer o contexto: legislação
aplicável, stakeholders e requisitos
internos.
Análise de risco da
HAZID atividade
• Listas de verificação Revisão dos perigos
HAZOP
• Brainstorming nos processos
• Análise “E se...” Baseado em
• Possíveis mudanças Planta de processos procedimentos e
Práticas da operação
condições e riscos
previamente existentes
Aumento do esforço e
detalhamento requerido
Percepção do risco
Quem decide
que nível de
risco é
aceitável?
Percepção do risco
• Sociedade, idade, gênero
• Postura pessoal: otimista/pessimista
• Psicológicos
• Familiaridade com o risco
• Tecnologia
• Medo irracional
• Controle: Risco voluntário e involuntário
• Benefícios ao se tomar o risco
• Outros afetados (sua família,filhos)
Risco involuntário
• Meteorito 6 x 10-11 ou 1 em 17 bilhões a cada ano
• Queda de avião (Reino Unido) 0.2 x 10-7 ou 1 em 50 milhões a cada ano
• Explosão de vaso de pressão (EUA) 0.5 x 10-7 ou 1 em 20 milhões a cada ano
• Raio (Reino Unido) 1 x 10-7 ou 1 em 10 milhões a cada ano
• Vazamento em usina nuclear @1km 1 x 10-7 ou 1 em 10 milhões a cada ano
• Incêndio 1.5 x 10-5 ou 1 em 67 mil a cada ano
• Ganhar na loteria inglesa 7.1 x 10-8 ou de 1 em 14 milhões
(por semana e por bilhete)
O conceito do “ALARP” – As low as reasonable practicable”
100% de riscos
Risco Inaceitável
Risco Aceitável
0% de riscos
Como determinar o “ALARP”
Investimentos – Morte
Equipamentos e materiais – Lesão
Instalações – Dano aos ativos
Treinamento em pessoal – Perda de produção
– Dano ambiental
Custos operacionais – Perda de reputação
Operação – Aumento dos custos de seguro
Manutenção
Controle sobre os riscos
Dimensões das consequências da materialização dos riscos -
Impactos
Impactos resultantes da condição perigosa
Danos Danos Danos Danos à Imagem da Empresa
Pessoais Materiais Ambientais (Reputação)
1 2 3
Certo ou
Probabilidade Iminente 3 3 6 9
Provável 2 2 4 6
Improvável 1 1 2 3
CLASSIFICAÇÃO
Risco Mínimo (M): Nenhuma melhoria adicional é necessária desde que as medidas de
1-2 controle sejam seguidas.
Risco Controlado (C): O risco é tolerável quando as medidas de controle são identificadas
3-4 e implementadas. Medidas adicionais de redução de riscos devem ser consideradas.
6-9 Risco Intolerável (I): Medidas de controle, mitigação e redução dos riscos devem ser
implementadas de imediato
O Registro de Riscos
Ferramenta com a finalidade de:
Atividades aparentemente
Cuidado!
simples podem levar a um
acidente com consequências
graves no nível ocupacional
Medidas de controle
Trânsito de veículos:
Sinalização e
isolamento de obra.
Ergonômicos:
Uso de máquina para
retirada do solo.
Medidas de controle
Classific
Classific
inerente residual
ação
ação
G P R G P R
Abertura Dificuldade na Lesões lombares 2 2 4 C Posicionamento 1 1 1 M Registro de incidente e
manual de vala abertura da vala e ergonomicamente monitoramento dos
esforço excessivo correto com executantes
Postura treinamento
inadequada
Trabalho sob Exposição à Lesões e morte 3 3 9 I Utilização de EPIs 2 1 2 M Supervisão e procedimento
rede de alta energia elétrica Isolamento da rede de Permissão de Trabalho
tensão elétrica
Treinamento
Trabalho na via Atropelamento Lesões e morte 3 3 9 I Uso de coletes 2 2 4 C Controle de não
refletivos conformidades com os
Sinalização e procedimentos
isolamento da área
Queda Lesões e morte 3 3 9 I Uso de EPIs 1 1 1 M Reciclagem nos
Trabalho em Treinamento treinamentos
altura Procedimento
Ações criminosas Lesões e morte 3 3 9 I Mudança de rota 3 2 6 C Monitoramento das
Condução de Alteração de horários ocorrências
veículos
Exposição agentes Doenças infecto- 3 3 9 I Uso de EPIs 1 1 1 M Controle de não
Trabalho no biológicos contagiosas Treinamento conformidades e
córrego Procedimento monitoramento
Exposição a Queimaduras 2 3 6 C Uso de protetor solar 1 2 2 M Monitoramento do uso
Trabalho sob o radiação solar
sol
Parte 4 – Os riscos e a segurança operacional
Os ativos na distribuição de gás natural
• Redes em aço
• Redes em polietileno
• Ramais
Drenagem
Diagrama “bow-tie”
O lado esquerdo é uma árvore de O lado direito é uma árvore de eventos
falhas, com ameaças levando a com cadeia de eventos levando a
liberação da condição perigosa diferentes consequências
Condição perigosa –
Gás estocado em rede Explosão
Corrosão
de alta pressão
Isolamento da
área
Seleção de
Ameaças ou causas
materiais Prevenção
Inibidor de para ignição
corrosão
Perda de
Sobrepressão contenção “Jet Fire”
Alarmes Alívios do gás Prevenção Proteção
para ignição contra
descarga
eletrostática
Sistemas
de
Detecção de
trabalho
gás
Erro de seguro
manutenção Treinamento Efeito tóxico
Equipamento
de proteção
respiratória
Mudanças
organizacionais
Mudanças nos
Novos processos ou
projetos no seu
monitoramento
Revisão da Condições
Resultados de identificação anormais
investigação de condições através de
de incidentes perigosas na alterações de
operação projeto
Padrões para o desempenho de barreiras
Prevenção Detecção Controle Mitigação Resposta a emergências
Evento