AULA HIPERÊMESE GRAVÍDICA Renata 2022

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Nutrição Materno Infantil

2022
Profª Renata Marciano

HIPERÊMESE GRAVÍDICA
NÁUSEAS E VÔMITOS DA GRAVIDEZ
A maioria das mulheres alteram suas dietas durante a gestação:
algumas alterações estão baseadas em conselho médico, outras em
mitos ou crenças populares, desejos, aversões e alterações na
preferência e apetite, mas a maior mudança é por NÁUSEAS E VÔMITOS.
No início da gravidez a influência dos níveis de ß-HCG são mais altos e os aspectos
emocionais também podem influenciar.

A progesterona e o estrogênio reduzem o tônus da musculatura lisa e a atividade


peristáltica de todo o trato gastrointestinal, e ativa alguns mecanismos biomoleculares
que são envolvidos na geração dos estímulos eméticos.
A prevalência de náuseas e de vômitos na gravidez é de 85%, sendo dessas 70% das
mulheres relatam náuseas e 50% vômitos nesse período, sendo que em 25% dos casos
observa-se exclusivamente o quadro de náusea matinal (morning sickness).
NÁUSEAS E VÔMITOS DA GRAVIDEZ
Frequentes no 1º trimestre da gravidez (entre a 5° e 9° IG), reduzindo
progressivamente e raramente se estendem após de 20° IG;
Mais frequente em primigestas (primeira gravidez) e costuma ser mais intensa em
gravidez múltipla, gestantes com fetos do sexo feminino e de gestantes com fetos
portadores da síndrome de Down;
O fato de não conseguir se alimentar adequadamente nessa fase, não prejudica a
nutrição do bebê pois a condição nutricional da gestante anterior a gravidez tem
maior impacto na formação e desenvolvimento do feto;
Fatores de risco: As mulheres com história de NVG em gestação anterior, obesas, com
irmãs ou mães que apresentaram NVG e nulíparas jovens (nunca tiveram filhos)
apresentam maior risco de desenvolver NVG e suas formas graves.
NÁUSEAS E VÔMITOS DA GRAVIDEZ
A partir do 2º trimestre (14º semana) a disposição para alimentar-se volta
ao normal;
A gestante deve ser encorajada a comer quando não estiver nauseada;
Evitar jejum prolongado ou períodos longos sem se alimentar, fracionar as
refeições (a cada 3 horas), pequenas e frequentes refeições secas de
carboidratos são normalmente melhor toleradas;
O consumo de biscoitos salgados do tipo “cream-cracker” antes de se
levantar, pela manhã, é a recomendação mais tradicional para essa
condição.
NÁUSEAS E VÔMITOS DA GRAVIDEZ
As recomendações incluem separar sólidos de líquidos;
É melhor que se tome líquido entre as refeições e evitar ingestão de líquidos nas
primeiras duas horas do dia;
Refeições mais leves, evitando alimentos gordurosos e bebidas geladas ou muito
doces;
Gorduras são frequentemente um problema, portanto, uma dieta pobre em gordura
deve ser seguida até que a gordura seja tolerada;
O cheiro da comida pode ser problema para algumas mulheres. Aconselha-se
também evitar alimentos com cheiros fortes, como as comidas muito temperadas;
Alimentos abrandados do tipo purê, são bem tolerados;
Gorduras e líquidos, assim que tolerados, são adicionados gradualmente às refeições.
NÁUSEAS E VÔMITOS DA GRAVIDEZ
❖TERAPIAS NÃO FARMACOLÓGICAS
Ingestão do Gengibre ou suplementação (pode ser manipulado)
250 mg, mais que 4 vezes ao dia pode causar azia;
Piridoxina (Vit. B6) – suplementação (pode ser manipulado):
10-25 mg, 3-4 vezes ao dia. Altas doses pode causar dormência,
parestesia, marcha instável;
Aromaterapia (utilizando os florais de Bach);
Acupuntura realizada por profissional adequadamente preparado;
Hidroginástica e outras atividades físicas de baixo impacto
articular;
Acupressão – a estimulação do ponto P6 (Neiguam), localizado três
dedos proximal do punho tem demonstrado benefícios no tratamento
das náuseas e vômitos da gravidez.
HIPERÊMESE GRAVÍDICA
A evolução do quadro de NVG com necessidade de tratamento farmacológico situa-se
em torno de 10% das gestações;
Descartar nos quadros tardios (após o 1° Trimestre) e os quadros mais graves devem
ser investigado se tem algum fator predisponente (doenças, viroses) e reavaliar para
confirmar se realmente trata-se de NVG. Avaliar o nível de comprometimento da
gestante, o grau de desidratação e desnutrição.
A partir do 2º trimestre (14º semana) a disposição para alimentar-se volta ao normal;
Dessa fase em diante, os hábitos alimentares devem ser cuidadosos quanto à qualidade
dos alimentos ingeridos;
Vômitos de persistência prolongada durante a gravidez HIPERÊMESE GRAVÍDICA,
respondem por 0,3% a 2 % de todos os quadros de NVG;
Impactam negativamente a qualidade de vida da gestante.
ARTIGO - leitura complementar!!!

VAZ, Jorge Oliveira. Náuseas e


vômitos na gravidez. Femina, p.
52-54, 2019.

https://docs.bvsalud.org/biblioref/20
19/12/1046490/femina-2019-471-
52-54.pdf
HIPERÊMESE GRAVÍDICA
RECOMENDAÇÕES FINAIS
Internação
Esta se torna necessária tanto para o tratamento como para retirar a paciente do
ambiente de estresse:
●Controle de peso e de diurese diário;
●Correção de distúrbios hidroeletrolíticos;
●Evitar suplementação de derivados de ferro, pois aumentam os sintomas;
●Apoio psicológico, em especial da família, e, se necessário, recorrer à psicoterapia.
●A nutrição parenteral pode ser necessária nos raros casos de persistência
HIPERÊMESE GRAVÍDICA
Alimentação
Jejum por 24 a 48 horas ou até a estabilização do quadro, retornando progressivamente à
dieta líquida e, em seguida, a alimentos sólidos.
Dar preferência a alimentos pobres em lipídios e ricos em carboidratos, em pequenas
porções e pequenos intervalos (3 em 3 horas).
A gestante deve ser encorajada a comer quando não estiver nauseada

Hidratação venosa e reposição iônica


Após avaliar o grau de desidratação e desnutrição, as perdas eméticas e o volume urinário,
deve-se então programar a reposição subsequente.
A reposição é feita com solução isotônica: ringer lactato ou solução salina.
O ideal é a reposição de 2.000 a 4.000 ml em 24 horas, não devendo exceder 6.000
ml/24 horas.
Uso de medicamento conforme orientação médica: ver artigo.
REFERÊNCIAS
Duarte G, Cabral ACV, Vaz JO, Moraes Filho OB. Êmese da gravidez. São Paulo: Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia; 2018. [ Orientações e
Recomendações FEBRASGO, no.2/Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal].
Ministério da Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico. Brasília: MS, 2010. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco.pdf
Ministério da Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico. Brasília: MS, 2012. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco.pdf
Vitolo MR. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.
VAZ, Jorge Oliveira. Náuseas e vômitos na gravidez. Femina, p. 52-54, 2019.
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM
HIPERÊMESE GRAVÍDICA?

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/07/15/
hiperemese-gravidica-enjoo-demais-pode-ser-um-risco-para-a-mae
-e-o-bebe.htm
Vídeo complementar

https://www.youtube.com/watch?v=D2yh8Lz2iXI

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