Estudo de Caso3

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HANS WANDEBERG SILVA AFONSO RA:8027116

NUTRIÇÃO BACHAREL

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO SOCIAL


Tutora: Ana Beatrice Magalhães
Claretiano - Centro Universitário de Brasília

BRASILIA-DF
2022
Hans Wandeberg Gomes Afonso

Estudo de caso
Estagio Supervisionado em Nutrição Social

Atividade apresentado ao Curso de


Graduação Bacharelado em Nutrição do
Centro Universitário Claretiano, a ser utilizado
como diretrizes para obtenção de aprovação
no trabalho do semestre da disciplina de
Estagio Supervisionado em Nutrição Social.
Orientador(a): Prof.(a)/ Tutoras.: Ana Beatrice
Magalhães.

BRASILIA-DF
2022
Leia o caso com atenção:
Você, nutricionista de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada no
Paranoá, se depara com o seguinte caso:
O paciente E. F. G., 66 anos, portador de diabetes mellitus tipo 2 (DM2)
há 13 anos e hipertenso há 10 anos, procura seu atendimento após receber
encaminhamento médico para acompanhamento nutricional. Faz uso de
metformina e losartana diariamente. Trabalha em uma loja de artigos de
construção. Não praticava atividade física regular devido à dor nos joelhos.
Em prontuário médico, você identifica o diagnóstico de pé diabético em 1
pododáctilo esquerdo. A causa da lesão foi uma picada de aranha que se
encontrava dentro do sapato. O paciente necessitou de internação hospitalar
por 4 semanas devido à progressão da lesão (atualmente em grau 2) e
presença de osteomielite crônica, com indicação de tratamento com
antimicrobianos para combater a infecção. Recebeu alta hospitalar há 1
semana, porém segue em uso de antibioticoterapia. O médico realizou o
encaminhamento para que o paciente receba orientações nutricionais
específicas para o tratamento do pé diabético.
No exame físico, o paciente apresenta-se normocorado, hidratado,
acianótico e anictérico. Abdome globoso, flácido, hipertimpânico. Com
presença de edema moderado (2+/4+) em membro inferior esquerdo.
Realizada aferição ponderal, identificado peso atual de 106,4 kg. A altura foi
referida em 1,68 m. Também foi percebida a presença de acantose nigricans
em região de pescoço, axila e fossa cubital, ambas bilateralmente.
Com relação aos hábitos alimentares, o paciente relata realizar 4
refeições ao dia, porém sem horários certos para realizá-las. Afirma não gostar
muito de frutas e de vegetais, só consome alface e tomate e somente se
estiverem com sal (no máximo 1x por semana). Gosta bastante de consumir
salgados (coxinhas, risoles) no lanche da tarde em uma barraquinha próxima
ao trabalho, normalmente acompanhado de refrigerante. Na última semana,
tem se preocupado em consumir alimentos mais “fit”, prefere o salgado assado
acompanhado de suco de caixinha. Bebe em torno de 2 garrafas de 500 mL de
água por dia.
Relata evacuações a cada 3 dias, com fezes do tipo 1 na escala de
Bristol, sempre com dificuldade. Também refere que muitas vezes não sente
esvaziamento intestinal completo após as evacuações.

Sobre o caso clínico, responda:


1) Qual o diagnóstico nutricional desse paciente? Faça a referência e
justifique o método utilizado.
O paciente de 66 anos do sexo masculino apresentou o seguinte
diagnostico ao ser consultado: doença metabólica característica por
hiperglicemia resultante de deficiência se secreção da insulina ou defeito, onde
os sintomas de hiperglicemia incluem poliuria, polidipsia, que costuma ser
assintomática, e as manifestações ocorrem geralmente na idade adulta após os
40 anos com evolução lenta dos sintomas e possibilidade de complicações
tardias que são as renais, oftalmológicas e neuropáticas. Ocorre principalmente
em pessoas com excesso de peso, comportamento sedentário, hábitos
alimentares não saudáveis

2) O que é o pé diabético? Quais os graus e as características de cada


um? Descreva também os fatores de risco para o seu desenvolvimento.
O pé diabético é uma série de alterações que podem ocorrer nos pés
de pessoas com diabetes não controlado. Infecções ou problemas na
circulação dos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns,
provocando o surgimento de feridas que não cicatrizam e infecções nos pés.
Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação.

Os sintomas associados são formigamento; perda da sensibilidade


local; dores; queimação nos pés e nas pernas; sensação de agulhadas;
dormência; além de fraqueza nas pernas.

3) Esse paciente teria a indicação de uso de algum tipo de terapia


nutricional oral (suplementos nutricionais orais líquidos ou em pó)? Qual
tipo você indicaria para ele utilizar e qual a sua função e importância?
Sim indicaria a proteína, devido às dificuldades de absorção e
metabolismo das proteínas, e sua importância plástica e imunitária,
recomenda-se a ingestão de, no mínimo, 0,8 g de proteínas/kg peso
desejado/dia (como no jovem). Alguns autores indicam até 1 g de proteinas/kg
peso desejado/dia, sendo no mínimo 33% de Proteínas de Alto 55 Valor
Biológico. É importante lembrar que a baixa ingestão de alimentos protéicos
reduz sensivelmente a oferta de vitaminas e sais minerais. De modo geral o
consumo de proteínas deve representar 10% - 20% do VET.
4) Faça uma correlação entre o exame físico apresentado pelo paciente e o
estado nutricional apresentado, associado com seu diagnóstico e
comorbidades.
Exercícios deve ser sempre precedida de avaliação médica, orientação
nutricional e deve, também, ter o acompanhamento de professor de educação
física que tenha conhecimentos de Diabetes, diabético tem mais de 40 anos,
enfatizar, durante ou após os exercícios é observada a ocorrência de dor
precordial, arritmias cardíacas e cansaço fora do habitual, outros benéficios
aumento da massa muscular, da força e flexibilidade; aumento da densidade
óssea (prevenção da osteoporose); melhora da depressão e ansiedade e
também da resposta imunológica.

5) Quais recomendações alimentares você daria para esse paciente


(incluindo a orientação da suplementação oral), dado o seu contexto
clínico? Prepare uma orientação nutricional completa (não é necessário
o cálculo de um plano alimentar individualizado).

Para DM2 para evitar episódios de hipoglicemia, devido ao jejum


prolongado, faça o fracionamento da dieta de 5 a 6 refeições diárias, a cada
três horas; Acrescente alimentos integrais, frutas, vegetais, leguminosas
(feijões, soja, lentilhas, ervilha, grão de bico) e farelos como o de aveia à
alimentação, uma vez que estes são ricos em fibras solúveis e ajudam a
controlar a glicemia; Para melhorar o papel das fibras é de grande importância
o consumo de água (6 a 8 copos por dia); Use com moderação os produtos
“diet”, pois alguns podem apresentar alto valor calórico, devido o alto teor de
gordura (ex: bolos, chocolates e bolachas “diet”) e cuidado com os produtos
Light (estes não são apropriados para diabéticos); Evite consumo de
refrigerantes, doces, mel, açúcar mascavo, pois estes aumentam rapidamente
a glicemia; Comece a refeição preferencialmente pela salada para aumentar a
saciedade; Evite o consumo abusivo de bebidas alcoólicas, pois estas além de
serem bastante calóricas, podem gerar hipoglicemia prolongada. Para evitar
este quadro, consuma junto com alimentos; Evite frituras e alimentos
gordurosos como: banha ou toucinho de porco, pele de animais, carnes gordas
e com gorduras aparentes. Prefira preparações assadas, grelhadas ou cozidas;
Evite nata de leite, maionese, creme de leite, manteiga Evite embutidos
(salame, presunto, mortadelas, salsichas, bacon, linguiça).

E para hipertensão Não adicione sal aos alimentos já preparados; evite


o consumo de alimentos industrializados (“ketchup”, caldos concentrados,
enlatados, macarrões instantâneos, etc), pois estes apresentam alta
concentração de sódio; prefira temperos naturais (ervas, alho, cheiro verde,
etc). Estes dão bastante sabor e evitam a utilização de grandes quantidades de
sal; prefira alimentos que possuam pouca gordura saturada, colesterol e
gordura total. Por exemplo: carnes magras, aves e peixes; Consuma
diariamente uma variedade de frutas, vegetais e leguminosas;

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