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PROSTHESIS

L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Prosthesis Laboratory in Science – Vol. 1, n.2 - (Jan/Fev/Mar. 2012)


São José dos Pinhais: Editora Plena – 2012 - P. 76, 28cm.
Periodicidade Trimestral
1.Odontologia. 2. Prótese. 3. Prótese Laboratorial. 4. Ortodontia 5. Ortopedia.
6. Metalo cerâmica.

I.Editora Plena. II Título


ISSN 2237-0439

CDD - 617-69
66 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(66). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E
Conselho Científico Prosthesis Science TPD. Rodrigo Monsano Fernandes Antônio - SP
Editor - Diretor Científico Prof. TPD. Sérgio Ricardo Barreto - DENPROL / ES
Prof. PHD. Dr. Sérgio Rocha Bernardes - PR Prof. Dr. Sidney Kina - SL MANDIC / SP
Prof. TPD. Walker Angeloni - UNIFAES / SP
Editores Adjuntos - Prótese Prof. Ms. Welson P. Alves Filho - UNIGRANRIO / RJ
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Prof. Dr. Ney Diegues Pacheco - UFF-NF/ RJ Prof. TPD. Valdemar Celestino de Oliveira - PR
Editora Adjunta- Ortotécnica Conselho Ortotécnico
Profª. Cecília Cattacini - SP Profª TPD. Cristiane Barros André - UNIP / SP
Conselho Científico Prof. Dr. Dirceu Barnabé Raveli - UNESP / SP
Prof. TPD. Adércio Abilio Buche - PR Prof. TPD. José Augusto G. de Siqueira - ABPD / RJ
TPD. Alexandre Gomes de Siqueira - CE Prof. TPD. Julio Cezar Martins Pio - APROPAR / PR
Prof. TPD. Alexandre Santos - Studio Dental / PR Prof. Dr. Matheus Melo Pithon - UESB / BA
Prof. Ms. Aloísio Oro Spazzin - RS Conselho Científico Internacional
TPD. Ari Ferreira - VIP / SP Prof. Ms. Cesar Augusto Adriazen Acurio - Universidad
Prof. TPD. Altamir Souza Norbert Wiener
Prof. Dr. Caio Hermann - SP Prof. TPD. Pedro Murilo de Freitas - MAXILLARES / PT
Profª. TPD. Cacilda Chaves Morais de Lima - UFPB / PB
Prof. Dr. Clébio Domingues da Silveira Jr.- UFU / MG CORPO EDITORIAL / Editorial board
Prof. Ms. Cristian Higashi - UEPG / PR
Prof. Dr. Eduardo Miyashita - UNIP / SP Direção Editorial/Editorial Direction
TPD. Fábio Augusto da Silva - Lab. Silgitz / PR Janete Moreira Martins
Prof. TPD. Fausto Leoni de Assis - RJ [email protected]
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Prof. Dr. Geraldo Sávio Almeida Holanda - UFPB / PB
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Prof. Dr. Maurício Tanji - UNIMEP / SP [email protected]
Prof. TPD. Murilo Calgaro - Studio Dental / PR
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Publicações da Editora Plena

PROSTHESIS
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Publicação Trimestral da: EDITORA PLENA LTDA.


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Tiragem desta edição: 3.000 exemplares.
Os artigos publicados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo os mesmos de
responsabilidade dos autores. A EDITORA PLENA não é responsável pelos produtos e/ou ser-
viços anunciados nesta revista, que são controlados pelo Código de Defesa do Consumidor.
PROSTHESIS 67
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(67).
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Editorial
O trabalho para entrega de uma prótese dentária
ao paciente é um processo complexo que envolve
diversos materiais restauradores, opções de técnicas
de trabalho, distintos tipos de restaurações e produ-
tos, porém o mais importante está relacionado ao
fato deste trabalho depender de diferentes pessoas.
O perfil dos profissionais envolvidos pode compro-
meter completamente a qualidade do produto final,
pior ainda quando esse processo depende de mais
de uma personalidade como no caso das nossas pró-
teses dentárias que dependem do paciente, do la-
boratório de prótese e do dentista. O laboratório de
prótese dentária é uma parte desse ciclo que em mui-
tas ocasiões envolve mais pessoas e, às vezes, mais laboratórios, como nos casos
das PPRs, dos encaixes de precisão, alguns tipos de soldas e, nos dias de hoje, de
processos de usinagem por diferentes tecnologias.

Como sempre, o fator humano estará sempre envolvido. A dedicação e empenho


nas diferentes tarefas é que fazem a diferença no resultado final. O técnico em
prótese dentária (TPD) é um artista que trabalha para proporcionar função, estéti-
ca e qualidade das reabilitações orais, desde um caso unitário até o múltiplo mais
complexo. De acordo com nosso ponto de vista o sucesso depende em primeiro
lugar do paciente, depois dos profissionais envolvidos (inclusive da equipe de tra-
balho de nossos fornecedores de produtos) e finalmente dos materiais que em-
pregamos, obviamente, com harmonia e sinergia entre as três partes envolvidas.
Não que uma seja mais importante que a outra, mas sim que todas trabalhem em
equilíbrio e buscando o mesmo objetivo final: a qualidade total.

Como trabalhamos para pessoas e com pessoas, temos que ter (ou desenvolver)
habilidades interpessoais que estejam de acordo com nossas metas. Como tudo
na vida, o mais importante e decisivo é primeiramente conhecer muito bem o que
buscamos para assim definirmos o melhor caminho para ser trilhado. Uma revista
de caráter técnico e cientifico como a nossa pode ajudar o TPD a estudar e conhe-
cer novas técnicas e “ferramentas” de trabalho, porém o artista deve ter sempre
em mente que sua arte não depende somente dele, mas também de seus clientes
e colegas. Esperamos que os leitores deste número aproveitem muito bem seu
tempo de enriquecimento intelectual, pois o estudo é o investimento de retorno
mais imediato que podemos ter, mas que também desenvolvam muito bem sua
inteligência emocional no dia a dia, pois esse é um passo muito importante para
o crescimento e sucesso tanto profissional quanto pessoal.

Prof. Dr. Sérgio Rocha Bernardes


Diretor científico
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Coluna do assessor
O seu trabalho é o reflexo do que você lê

Hoje temos inúmeros meios de se obter informações técnicas e cien-


tificamente comprovadas sobre prótese dentária, sendo os mais utili-
zados, os livros, a internet e os artigos científicos.

Há todo um deslumbre sobre os livros, porém estes são a expressão


do seu autor. Contendo suas experiências pessoais, que muitas vezes
não são comprovadas cientificamente, ainda sendo de grande valor
para o início da formação profissional.

O bom livro ao contrário do que as pessoas pensam, é aquele que


traduz as informações científicas de seus autores, comprovadas ante-
riormente em seus artigos e material de fácil entendimento, leve e didático.

Os livros aceitam qualquer qualidade de informação e nós devemos saber em que nível de enten-
dimento estamos e assim absorver as informações dos livros.

A internet, ah... a internet, essa parece ser a ferramenta que todos amam, por sua facilidade, agi-
lidade, sem custos, rápido acesso e milhões de informações absurdas.

Quem nunca procurou descobrir como se faz um procedimento por um vídeo do youtube? Ou
consultou o novo pai de todos os burros, o Doutor Google? Quem nunca sofreu ao explicar a um
cliente que o que ele viu na internet não se aplica aquela situação?

Queridos amigos, infelizmente a internet aceita de tudo e muitas pessoas desejam apenas se pro-
mover e não ajudar, ou nem tem discernimento para tal diferenciação. Precisamos ter muito cui-
dado com essas informações, somos profissionais da saúde e não podemos simplesmente copiar
uma técnica sem entendermos sobre os materiais empregados, sobre o sistema estomatognático,
entre inúmeras preocupações que devem existir ao se confeccionar uma prótese dentária.

Os artigos científicos são a fonte mais confiável das informações, pois são baseados em evidên-
cias, são atualizados, passaram por um processo de publicação esmerilhado, são direcionados ao
profissional e não ao leigo, nem sempre de fácil entendimento, mas com alto grau de informação,
de relevância laboratorial e hoje graças a Editora Plena com um custo acessível a todos os técnicos
do Brasil.

Nessa pirâmide de informações, em que degrau técnico você está? Qual o conhecimento que você
procura? Seremos máquinas de copiar próteses ou seremos técnicos baseados em evidências e
apaixonados por servir a população?

Com orgulho desejo que você se delicie na nossa revista, aproveite cada informação, analise,
pense, questione, transforme-se em um profissional baseado em evidências, carecemos de infor-
mações confiáveis, afinal de contas, o seu trabalho é o reflexo do que você lê.

Com carinho,

Cristiane B. André
Conselheira Científica
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Sumário

67 Editorial
68 Coluna do Assessor
139-140 Normas para publicação

COLUNA VISÃO PROTÉTICA

72-77 Placas oclusais miorrelaxantes – técnica alternativa


Clébio Domingues da Silveira Júnior, Fabiane Maria Ferreira, Paulo César Simamoto júnior,
Kênia Kaminici.

ARTIGOS

79-90 Restaurações Cerâmicas em dentes anteriores. Um protocolo de tratamento


para dentes vitais e não vitais.
Cristian Higashi, João Carlos Gomes.


92-97 Protocolo cerâmico na técnica prensada – Parte I
Reinaldo Francisco do Nascimento, Ana Cristina Rocha Gomes (Tininha), Mariângela Rossetto.

98-106 Reabilitação com próteses totais fixas implantossuportadas


Leonardo Federizzi, Christian Schuh, Aloísio Oro Spazzin, Giancarlo Estrasulas, Felipe Antunes Quevedo.

109-113 Overdentures e protocolo de Bränemark


Luiz Antônio Ferreira.

COLUNA ORTHO IN LAB

115-120 Contenção de Hawley, 3x3 e com Forâmem reposicionador lingual


Cecília Cattacini.

121-128 Desmistificando as placas oclusais


Cristiane Barros André, Renato Bigliazzi, Jefferson Vinicius Bozelli.

130-137 Placa lábio ativa (PLA): confecção e indicações


Acrylic labial arch: confection and indications
Aline Porpino Nóbrega, Hallissa Simplício, Arthur Costa Rodrigues Farias,
Ângela Cristina Pinto de Paiva Cunha.
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Coluna visão protética


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Placas oclusais miorrelaxantes – técnica


alternativa
Clébio Domingues da Silveira Júnior1
Fabiane Maria Ferreira2
Paulo César Simamoto júnior3
Kênia Kaminici4

Introdução
Placas oclusais estabilizadoras, também de vários ajustes intra-orais pelo acréscimo de
denominadas placas miorrelaxantes conven- resina acrílica ativada quimicamente, o que
cionais, têm sido a modalidade de tratamen- as caracterizam como placas mistas. Já as pla-
to mais comumente indicada pela odontolo- cas resilientes são objetos de discussão entre
gia para controle dos sintomas de Disfunção diferentes autores, visto que podem provocar
Temporomandibular1,2. Sua efetividade é alta aumento significante da atividade muscular
e bastante previsível, principalmente quando em alguns pacientes 4,7.
utilizada em conjunto com outras modalida- As placa oclusais de resinas acrílicas po-
des terapêuticas como fisioterapia, farmaco- dem ser obtidas por meio de duas técnicas de
logia, psicoterapia ou um simples aconselha- confecção: (1ª) Técnica convencional (RAAT)
mento ao paciente 1,5,9. Também são bastante que consiste em enceramento, inclusão e
utilizadas como proteção para os dentes e prensagem da placa em resina acrílica termi-
estruturas de suporte na presença de forças camente ativada, semelhante ao processo de
anormais que possam criar colapso e/ou des- confecção das próteses totais convencionais,
gaste dentário6 como frequentemente ocorre (2ª) Técnica alternativa (RAAQ) que utiliza
em pacientes portadores de bruxismo. resina acrílica ativada quimicamente sem a
Seu mecanismo de ação se baseia no necessidade das etapas de enceramento, in-
restabelecimento temporário da posição ar- clusão e prensagem.
ticular ortopedicamente mais estável, e na A resina acrílica autopolimerizável apre-
reorganização da atividade reflexa neuro- senta propriedades físicas e mecânicas infe-
muscular anormal enquanto propicia uma riores à resina acrílica termicamente ativada.
função muscular mais adequada 3,6, através Suas desvantagens são consequências de um
da melhor distribuição e estabilização dos maior grau de porosidade e maior concen-
contatos oclusais e do restabelecimento das tração de monômero residual 11. Porém, suas
guias anterior e lateral. características indesejáveis podem ser mini-
Dentre os materiais utilizados para con- mizadas quando sua polimerização ocorre
fecção de placas oclusais destacam-se: re- em ambiente pressurizado e/ou com aumen-
sinas acrílicas e acetato, que são materiais to de temperatura. Sendo assim, o emprego
rígidos, e o silicone para placas resilientes. de resina autopolimerizável representa uma
Contudo, as placas em acetato necessitam alternativa favorável para os casos que de-

1
Prof. Dr. do Curso Técnico em Prótese Dentária – UFU/MG.
2
Profª Mestre do Curso Técnico em Prótese Dentária – UFU/MG.
3
Prof. Dr. do Curso Técnico em Prótese Dentária – UFU/MG.
4
Técnica em Prótese Dentária.

Correspondência com o autor: [email protected]


Recebido para publicação: 15/12/11
Aceito para publicação: 09/01/12
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L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(72-77).
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mandam maior agilidade e redução de custos. res e caninos, enquanto nos incisivos deve ter uma
Uma parceria entre o curso técnico em próte- extensão máxima de 2 mm. Nos casos de coroas
se dentária da escola técnica de saúde e a faculda- clínicas longas a demarcação palatina deverá ter a
de de odontologia, ambas da Universidade Federal mesma extensão da face vestibular. Já nos casos de
de Uberlândia, por meio de projetos de extensão, coroas clínicas curtas deve-se estender a placa sobre
promove o atendimento à pacientes portadores de o tecido gengival palatino para promover maior re-
disfunção temporomandibular. Devido ao caráter de tenção e resistência à fratura pelo aumento do volu-
urgência dos atendimentos, à alta demanda e à ne- me de resina (Figura 1).
cessidade de diminuição de custos tem-se optado
pela técnica alternativa para confecção de placas na 2 – Alívio das áreas retentivas
maioria dos casos. Os resultados clínicos obtidos são Para o alívio das áreas retentivas utiliza-se cera
considerados satisfatórios. rosa 7. Devem ser aliviadas as áreas das ameias oclu-
A seguir serão demonstrados os passos técnico- sais e espaços interproximais por vestibular e palatino.
laboratoriais para a confecção de placas oclusais Algumas faces oclusais e concavidades palatinas tam-
com resina acrílica autopolimerizável preconizados bém devem ser aliviadas, dependendo do seu grau de
no curso técnico de prótese dentária da UFU. retenção (Figuras 2 e 3). Nesta etapa deve ser confec-
cionado um dique em cera utilidade, com 2a 3 mm
Descrição da técnica de espessura, que servirá de anteparo ao escoamento
1 – Delimitação da área da placa da resina acrílica. O mesmo deve ser posicionado so-
Com os modelos montados em Articulador Semi bre a linha previamente demarcada. O dique também
Ajustável (ASA) delimitar com lapiseira a área de as- auxilia no controle da espessura da placa. Na sequ-
sentamento da placa. Na face vestibular a marcação ência, isola-se o modelo e a cera com isolante para
deve ser feita próxima à bossa nos dentes posterio- gesso à base de alginato (Figuras 4 e 5).

Figura 1 - Delimitação vestibular.


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Figura 2 - Alívio em cera rosa 7 - vestibular. Figura 3 - Alívio em cera rosa 7 - oclusal e palatino.

Figura 4 - Fixação da muralha de cera utilidade. Figura 5 - Muralha de cera utilidade finalizada (3mm de espessura).

3 – Manipulação/ Inserção da RAAQ


Manipula-se aproximadamente 20 mg de resina
acrílica ativada quimicamente de acordo com as reco-
mendações do fabricante. Ainda na fase arenosa ini-
cia-se a inserção da resina, assim tem-se um melhor
escoamento melhorando a adaptação final da placa
e diminuindo a incidência de bolhas internas (Figura
6). Nas fases, pegajosa e plástica, deve-se retirar o
excesso de resina, eliminar bolhas internas e fechar
o articulador para que sejam criadas as edentações
(Figura 7 e 8). Para isso o modelo antagonista deve
estar isolado com vaselina. Esta técnica não permite o
completo ajuste dos contatos oclusais uma vez que o
modelo deve ser levado à panela pneumática polime-
rizadora antes da completa polimerização da resina.
Atenção especial deverá ser dada à quantidade de
resina necessária para as guias protusivas. Deve ser
Figura 6 - Inserção da RAAQ – fase arenosa.
deixado um ligeiro excesso na região anterior.
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L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(72-77).
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Figura 7 - Fechamento do ASA – fase pegajosa. Figura 9 - Acrilização em panela polimerizadora – 60 libras.

5. Ajuste oclusal
Após a polimerização retorna-se o modelo supe-
rior ao ASA para realização dos ajustes oclusais (Figu-
ra 10). Inicia-se retirando o excesso de resina da face
oclusal buscando-se uma superfície plana. Deve-se ter
cuidado para não remover os contatos das pontas das
cúspides. Com a face negra da fita de mordida inicia-
se o refinamento do ajuste oclusal no fechamento
objetivando-se contatos bilaterais de mesma inten-
sidade (Figura 11). Após finalizado o ajuste cêntrico
inicia-se os ajustes excêntricos com a face vermelha
da fita. Objetiva-se guia canina de desoclusão lateral
e guias protusivas utilizando-se todos os dentes ante-
riores quando possível (Figura 12).

Figura 8 - Remoção dos excessos – fase pegajosa e plástica.

4. Acrilização
Retira-se o modelo do ramo superior do articu-
lador para mergulhá-lo na panela pneumática poli-
merizadora sob uma pressão de 60 libras (Lbf/pol2).
A água deve permanecer na temperatura ambiente
para não derreter a cera e pigmentar a resina acrílica.
A pressão deve ser mantida pelo tempo necessário
para a completa polimerização da resina (Figura 9). Figura 10 - Ajuste oclusal.
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Figura 12 - Guias laterais e protusivas – marcação em vermelho.

Figura 11 - Contatos no fechamento – marcação em preto.

6 – Acabamento e polimento
A placa deverá ser retirada do modelo, cuidadosa-
mente para evitar fratura, após a finalização dos ajustes
oclusais. Com uma broca de tungstêncio remove-se o
excesso de resina acrílica dos bordos deixando-os arre-
dondados. Bolhas positivas internas também deverão
ser removidas (Figura 13). Uma tira de lixa fina mon-
tada em mandril poderá ser utilizada desde que não
seja aplicada nas regiões de contatos oclusais e guias
de desoclusão (Figura 14). Em um torno de polimen-
to utiliza-se a escova preta com pedra pomes úmida e
baixa rotação, esse procedimento deve ser suficiente
para regularizar a superfície da resina, porém com cui-
dado para não eliminar os pontos de contato (Figura
15). Na sequência utiliza-se a escova de feltro e branco
de Espanha umidecido em alta rotação para dar bri- Figura 13 - Acabamento - brocas multilaminadas de tungstênio (Ma-
lho à superfície (Figura 16). A placa deve apresentar xicute).
aspecto transparente e com brilho após sequência de
acabamento e polimento (Figura 17).

Figura 14 - Acabamento - tira de lixa. Figura 15 - Polimento – escova de pelo com pedra pomes (baixa
rotação).
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L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(72-77).
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Figura 16 - Polimento – escova de flanela ou feltro com branco Espanha (alta rotação).

Figura 17 - Aspecto final da placa.

Referências bibliográficas
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splints and counselling in the management of myofascial res e Oclusão. 6.ed. Elsevier; 2008 .
pain dysfunction. J. Oral Rehabil. 2009; 36(2): 79-85. 7. Okeson JP. The effects of hard and soft oclusal splints on noc-
turnal bruxism. J. Am. Dent. Assoc. 1987; 114(6):788-91
2. Anusavice KJ. Phillips Materiais Dentários. 11.ed. Elsevier;
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2005.
Temporomandibularese da Dor Orofacial. 1.ed. Quintessen-
3. Dawson PE. Da ATM ao desenho do sorriso. 1.ed. Santos; ce; 2005.
2008. 9. Portero PP, Kern R, Kusma SZ, Grau-Grullón P. Placas oclu-
4. Gray RJM, Davies, SJ. Occlusal splints and temporoman- sais no tratamento da disfunção temporomandibular (DTM).
dibular disorders: why, when, how? Dent Update. 2001; Revista Gestão & Saúde. 2009; 1(1): 36-40.
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5. Issa JPM, Silva AMBR, Miani PK, Silva MAMR. Avaliação the treatment of Iraqi temporomandibular disorder (TMD)
clínica no uso de placas oclusais em pacientes portadores patients. Jordan Medical Journal. 2006; 40(4): 293-99.
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2005 Jan-mar; 6(1):450-453. nuing Educ. Dent.1999; 20:249-59.
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Restaurações Cerâmicas em dentes anteriores.


Um protocolo de tratamento para dentes
vitais e não vitais.

Cristian Higashi1
João Carlos Gomes2

Resumo
As restaurações cerâmicas sempre foram uma constante nos tratamentos odontológicos, en-
tretanto, a cada dia há uma exigência maior por estética e por tratamentos minimamente inva-
sivos. Assim, alguns conceitos devem ser reavaliados e algumas técnicas modificadas para poder
proporcionar ao paciente todos os benefícios das evoluções dos materiais restauradores, sejam
os próprios sistemas cerâmicos - constantemente livres de metal, ou sejam os cimentos resinosos
utilizados na cimentação das peças indiretas. Dessa forma, este artigo tem por objetivo descrever
um caso clínico em que o protocolo de tratamento aliado a escolha do sistema cerâmico e sistema
de cimentação foram fundamentais para a resolução estética e funcional do problema.
Descritores: Estética, cerâmica, cimentação.

1
Mestre em Dentística Restauradora UEPG/PR; Doutorando em Dentística Restauradora UEPG/PR.
2
Professor Associado Doutor da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG.

Correspondência com o autor: [email protected]


Recebido para publicação: 20/12/11
Aceito para publicação: 03/01/11
80 PROSTHESIS
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S C I E N C E

Introdução visto a complexidade de se trabalhar com sistemas


cerâmicos de diferentes opacidades para mascarar
A recuperação da estética do sorriso é uma
substratos dentários com distintas colorações. Para
grande solicitação por parte dos pacientes, princi-
estes casos é necessário uma ótima interação clíni-
palmente quando apresentam dentes escurecidos
co-laboratorial e um protocolo de tratamento bem
e presença de diastemas entre os mesmos. Este
estabelecido para possibilitar a resolução do proble-
escurecimento pode ser originado por diversas si-
ma com a máxima estética e mínimo desgaste da
tuações5-6 e quando são resistentes ao clareamento
estrutura dental.
dental, há a necessidade de utilização de técnicas
O caso que será apresentado a seguir descreve-
restauradoras diretas ou indiretas para a total reso-
rá de forma minuciosa os principais passos a serem
lução do problema.1,2
considerados, tais como: indicação de tratamento
Uma alternativa de tratamento é a utilização das
para dentes vitais e não vitais; planejamento, prepa-
cerâmicas odontológicas, devido as suas vantagens
ros dentários e provisórios com base em um encera-
tais como: alta resistência, biocompatibilidade, es-
mento diagnóstico; moldagens e modelos de traba-
tabilidade de cor, coeficiente de expansão térmico
lho adequados; diferenças de espessura e opacidade
semelhante ao da estrutura dental e baixa condu-
das cerâmicas de acordo com a coloração do rema-
tividade térmica6, além das propriedades estéticas
nescente dental; condicionamento ácido específico
que permitem reproduzir fielmente as característi-
para cada tipo de cerâmica e escolha do tipo e da cor
cas ópticas dos dentes naturais. Entretanto, alguns
de cimento resinoso adequado para a otimização do
casos apresentam-se como verdadeiros desafios,
resultado óptico e funcional da restaurações.

1
Figura 1 - Caso inicial do sorriso com comprometimento estético.
PROSTHESIS 81
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(79-90).
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2 3

Figuras 2 e 3 - Presença de escurecimento dental e diastemas entre os dentes anteriores.

4 5

Figuras 4 e 5 - Presença de restaurações mal adaptadas e ampla abertura endodôntica nos dentes 11 e 12, além de restauração fraturada no
dente 21.

Figura 6 - Modelo em gesso do enceramento diagnóstico realizado para o planejamento do novo formato.
82 PROSTHESIS
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7 8

Figura 7 - Avaliação dos espaços disponíveis nas regiões incisais Figura 8 - Avaliação dos espaços vestibulares e palatinos disponí-
com uma matriz palatina obtida do enceramento diagnóstico. veis para a confecção das peças protéticas.

9 10

Figura 9 - Com uma matriz recortada na incisal pode-se observar o Figura 10 - Vista frontal dos preparos para coroas totais nos dentes
espaço disponível em todos os preparos dentários. 11 e 12 e laminados cerâmicos nos dentes 13, 21, 22, 23.

11 12
11
Figuras 11 e 12 - Em uma visão lateral pode-se observar a lisura dos preparos e arredondamento dos ângulos incisais.
PROSTHESIS 83
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13 14

Figura 13 - Inserção de um primeiro fio de afastamento bem delga- Figura 14 - Com um fio mais grosso que será removido antes da
do previamente aos acabamentos dos términos dos preparos. moldagem faz-se a abertura do sulco e não é necessário inserí-lo
completamente.

15
16
Figura 15 - Moldagem com silicone de adição em técnica de passo Figura 16 - Modelo de gesso que deve reproduzir fielmente as ca-
único. Observe a correta impressão dos términos e regiões sub- racterísticas dos preparos moldados.
gengivais.

17 18

Figuras 17 e 18 - Com o auxílio de uma matriz de silicone e resina Bis-Acryl faz-se os provisórios no formato idêntico ao enceramento diagnós-
tico.
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S C I E N C E

19 20

Figuras 19 e 20 - Coroas totais em dissilicato de lítio (IPS e-max Press MO1 / IPS e-max Ceram, Ivoclar Vivadent). Laminados em cerâmica
feldspática (IPS D.Sign, Ivoclar Vivadent).

21 22
Figuras 21 e 22 - Laminado cerâmico ultra-conservador com 0,7 mm de espessura.

23 24

Figuras 23 e 24 - Coroa total cerâmica com espessura de 1,2 mm para a obtenção da adequada opacidade e resistência da peça.
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L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(79-90).
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25
Figura 25 - Atenção aos detalhes: dentes 11 e 12 - substrato escurecido e em dentina. Demais dentes preparados para laminados – substrato
claro e em esmalte.

26 27
Figuras 26 e 27 - Observe a diferença entre a média opacidade da coroa total e a alta translucidez do laminado cerâmico.

28 29
Figuras 28 - Géis de glicerina(cimentos de prova Try-In) para ava- Figura 29 - Coroas totais de média opacidade provadas com um gel
liar o resultado final da interação de cores entre o substrato dentário, Try-In de cor “transparente” e laminados cerâmicos de alta transluci-
cimento resinoso e coloração da cerâmica. dez provados com um Try-In de alta luminosidade e saturação.
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30 31

Figura 30 - Condicionamento da coroa de dissilicato de lítio com Figura 31 - Condicionamento do laminado de fluorapatita e leucita
ácido fluorídrico 10% por somente 20 segundos. com ácido fluorídrico 10% por 1-2 minutos.

32 33
Figura 32 - Limpeza das peças com ácido fosfórico 35% após a Figura 33 - Aplicação do silano em todas as peças condicionadas.
remoção do ácido fluorídrico.

34 35

Figura 34 - Aplicação de um adesivo dual na coroa total, que devido Figura 35 - Aplicação de um adesivo fotopolimerizável nos lamina-
a sua espessura será cimentada com um cimento de polimerização dos em virtude da alta passagem de luz pela peça translúcida.
também dual.
PROSTHESIS 87
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36

Figura 36 - Condicionamento com ácido fosfórico 35% por 15 seg na superfície dentinária do dente 11 e condicionamento por 30 seg nos térmi-
nos de esmalte do dente 11 e toda superfície de esmalte do dente 21.

37 38
Figura 37 - Aplicação do adesivo dual na dentina úmida do dente Figura 38 - Aplicação de um adesivo fotopolimerizável no esmalte
11. seco do dente 21.

39 40
Figura 40 - Cimentação do laminado cerâmico com um cimento
Figura 39 Cimentação da coroa total com um cimento resinoso dual
resinoso fotopolimerizável de alta opacidade e saturação (Variolink
de cor “transparente” (Variolink II transparente, Ivoclar Vivadent).
Veneer HV +3, Ivoclar Vivadent).
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41 42

Figura 41 - Fopolimerização com as duas peças em posição, após Figura 42 - Resultado logo após a cimentação de todas as peças
a remoção inicial dos excessos de cimento. cerâmicas.

43 44 45

Figuras 43, 44 e 45 - Resultado final do sorriso.

46 47

Figura 46 - Caso finalizado em vista oclusal. Figura 47 - Ótimo resultado obtido após a correta escolha do siste-
ma cerâmico e cimentos resinosos.
PROSTHESIS 89
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48 49

Figuras 48 e 49 - Casos finalizados em vistas laterais.

50

Figura 50 - Resultado de uma excelente inter-relação clínico-laboratorial.

51

Figura 51 - Caso finalizado.


90 PROSTHESIS
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S C I E N C E

Conclusão • Adesivo dual: Excite DSC (Ivoclar Vivadent).


• Adesivo fotopolimerizável: Heliobond (Ivoclar
Através deste artigo pôde-se perceber que o su-
Vivadent).
cesso e qualidade do tratamento estético em dentes
• Cimento resinoso dual: Variolink II transpa-
anteriores são resultantes de uma ótima interação
rente (Ivoclar Vivadent).
clínico-laboratorial e o conhecimento das atuais téc-
• Cimento resinoso fotopolimerizável: Variolink
nicas e materiais restauradores são fundamentais
Veneer High Value +3 (Ivoclar Vivadent).
para a execução de restaurações conservadoras alia-
• Fotopolimerizador: BluePhase G2 (Ivoclar Vi-
das a alta estética e previsibilidade.
vadent).
Materiais utilizados Agradecimentos
• Fios afastadores para moldagem: Ultrapak
Um agradecimento especial para o curso de es-
000 (Ultradent) e Retraflex 00 (Biodinâmica).
pecialização em Dentística Restauradora da ABO –
• Materiais de moldagem: Silicone de adição
Foz do Iguaçu/PR, onde o caso foi desenvolvido e ao
leve e pesado Virtual (Ivoclar Vivadent).
TPD Guido Paredes (Laboratório Prodent – Cascavel/
• Resina Bis-Acryl para confecção dos provi-
PR) pelo excelente trabalho realizado.
sórios imediatos: Systemp C&B (Ivoclar Viva-
dent).
• Coroas totais: IPS e-max Press MO1 / IPS e-
Referências bibliográficas
max Ceram (Ivoclar Vivadent).
1. Araújo Júnior, EM. Faceta direta de resina composta. Clín Int
• Laminados cerâmicos: IPS D.Sign (Ivoclar Vi- J Braz Dent. 2005;1(1):67-73.
vadent). 2. Cavanaugh RR, Croll TP.Bonded porcelain veneer masking of
• Cimentos de prova (Try In): Variolink II Try-In dark tetracycline dentinal stains.Pract Periodontics Aesthet
Dent. 1994;6(1):71-9.
transparente (Ivoclar Vivadent) para as coroas 3. Joiner A. The bleaching of teeth: a review of the literature. J
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4. Magne P, Kwon KR, Belser UC, Hodges JS, Douglas WH.
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• Ácido fluorídrico 10%: Condicionador de lated operatory evaluation. Journal of Prosthetic Dentistry
1999;81(3):327-34.
Porcelanas (Dentsply). 5. Sulieman MA. An overview of tooth-bleaching techni-
• Ácido fosfórico 35%: Ultra-etch 35% (Ultra- ques: chemistry, safety and efficacy. Periodontol 2000.
2008;48:148-69.
dent). 6. Watts A, Addy M. Tooth discolouration and staining: a review
• Silano: Monobond Plus (Ivoclar Vivadent). of the literature. Br Dent J. 2001;190(6):309-16.
92 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(92-97). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Protocolo cerâmico na técnica prensada – Parte I


Reinaldo Francisco do Nascimento1
Ana Cristina Rocha Gomes (Tininha)2
Mariângela Rossetto3

Resumo
Este trabalho utiliza-se de uma técnica para confecção de protocolos cerâmicos através do uso
de cerâmica feldspática, prensadas sobre uma estrutura metálica. A confecção é feita após o res-
tabelecimento da dimensão vertical de oclusão estabelecida pelo protocolo provisório de acrílico,
instalado no paciente após o processo cirúrgico.
Esta técnica proporciona a execução de um trabalho ágil e previsível, podendo ser elabora-
do não só por um exímio ceramista, mas por um técnico que domine a morfologia dental e sua
adequada função. Através da correta elaboração da técnica da cera perdida aliada a maquiagem
final, obtemos um resultado satisfatório, dentro de um tempo consideravelmente reduzido.
Descritores: Ceroplastia, cerâmica, implante, protocolo.

1
Técnico em Prótese Odontológica na RPD Prótese Dentária.
2
Técnica em Prótese Odontológica na RPD Prótese Dentária, Graduanda em Odontologia pela Univille.
3
Cirurgiã Dentista na Maxident Clínica Odontológica.

Correspondência com o autor: [email protected]


Recebido para publicação: 07/10/11
Aceito para publicação: 11/11/11
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L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(92-97).
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Introdução sória acrílica logo após o procedimento cirúrgico.


Desta forma, justifica-se a crescente evolução
A implantodontia evoluiu consideravelmente
dos materiais e das técnicas laboratoriais de serem
nos últimos anos a fim de repor dentes e como uma compatíveis com a filosofia de redução de tempo
alternativa que propõe ao paciente o restabeleci- obtendo-se previsibilidade e sucesso ao final do tra-
mento da forma e da função anulados pelo proces- tamento.
so de perdas dentárias. Para os pacientes edêntulos, Uma das técnicas atualmente utilizadas para
os protocolos cerâmicos instalados sobre implantes protocolos são as de cerâmicas prensadas sobre o
permitem o restabelecimento de toda a função es- metal ou zircônia, que substituem os protocolos
tomatognática e também da estética tão ansiosa- provisórios de dentes de acrílico, utilizados tem-
mente esperada. porariamente até que ocorra a osteointegração, ci-
Dentre os vários recursos da implantodontia, po- catrização dos tecidos gengivais, restabelecimento
demos destacar para os pacientes com perda total da oclusão e da dimensão vertical e suporte labial
dos dentes, os protocolos cerâmicos. A utilização deste paciente, além de proporcionar-lhe conforto e
das mais avançadas tecnologias tornaram este re- devolver-lhe a auto-estima.
curso cada vez mais ágil e previsível, reduzindo con- Após realizada esta etapa de transição, temos to-
sideravelmente o tempo de trabalho e simplificando das as informações necessárias para a realização do
os procedimentos cirúrgico-protéticos. trabalho definitivo. Optamos pela confecção de uma
Diferentes técnicas tem sido propostas afim de técnica rápida e simplificada, guiada por um encera-
reduzir o tempo entre a instalação do implante e a mento sobre uma estrutura metálica fundida.
colocação da prótese. A superfície de tratamento do A cerâmica utilizada é de natureza feldspática,
implante, sua forma, conexão cônica, qualidade do em forma de pastilha monocromática que será pren-
tecido ósseo etc., possibilitam a aplicação de uma car- sada sobre o metal na técnica da cera perdida e pos-
ga imediata, ou seja, instalação de uma prótese provi- teriormente maquiada na cor pré estabelecida.

Figura 1 - Modelo de gesso do protocolo em acrílico utilizado pelo paciente como provisório de transição entre a fase acrílica e a cerâmica.
94 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(92-97). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Figura 2 - Desenho das estruturas superior e inferior, feitos em cera Figura 3 - Mockup dos provisórios em acrílico que serviram como orien-
e resina para posterior fundição. Os modelos estão montados em tação para a confecção do enceramento para estrutura metálica.
articulador semi-ajustável.

Figura 4 - Estruturas metálicas adaptadas e usinadas nos modelos. Figura 5 - Estrutura metálica recebendo a primeira camada de opa-
co de IPS Inline POM-Ivoclar Vivadent.

Figura 6 - Estrutura metálica com as 2 camadas de opaco aplicadas Figura 7 - Estrutura metálica superior sendo pesada já com as duas
(a primeira em opaco branco White e a segunda em opaco na cor camadas de opaco. O peso desta estrutura foi de 12,7 g.
A2- IPS Inline), sendo pesadas. Observe o peso da estrutura metá-
lica inferior de 14,4 g.
PROSTHESIS 95
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(92-97).
S C I E N C E

Figura 8 - Enceramento sobre as estruturas metálicas opacificadas Figura 9 - Detalhamento do enceramento com forma, textura e
e pesadas. A ceroplastia obedeceu a dimensão vertical pré estabe- função. Foi utilizado para este enceramento a cera de cor marfim
lecida no provisório e volume suficiente para devolver ao paciente –Inowax da Formaden.
o suporte labial.

Figura 10 - Vista do perfil direito do enceramento. Figura 11 - Vista do perfil esquerdo do enceramento.

Figura 12 - Vista oclusal do enceramento do arco inferior. Figura 13 - Vista oclusal do enceramento do arco superior.
96 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory
Prosthesis in Science.
Laboratory 2012;2012;
in Science. 2(92-97).
2(1). L A B O R A T O R Y i n

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Figura 14 - Vista do arco inferior com o posicionamento dos sprues com Figura 15 - Vista do arco superior com o posicionamento dos sprues
diâmetro de 3,0 mm e comprimento de no máximo 8,0 mm. A Inclinação obedecendo as mesmas regras feitas para o modelo inferior.
dos sprues deve ser de 45° em relação ao longo eixo do dente.

Figura 16 - Pesagem da estrutura superior (estrutura metálica mais o Figura 17 - Pesagem da estrutura inferior (estrutura metálica e en-
enceramento). A estrutura metálica opacificada tinha um peso de 12,7 ceramento). O peso da estrutura metálica opacificada foi de 14,4 g
g. Com o a ceroplastia, este valor subiu para 16,0 g .Isto significa que e o peso atual com o enceramento é de 17,6 g (17,6 g – 14,4 g = 3,2
o padrão de cera tem 3,3 g (16,0 g – 12,7 g = 3,3 g de cera). Este valor g). Este valor também deve ser anotado para posterior cálculo da
deve ser anotado pois corresponderá a quantidade de pastilhas de pastilha cerâmica que será prensada sobre o metal.
IPS InLine POM a ser usada na prensagem sobre o metal.

Figura 18 - Posicionamento do enceramento do arco superior sobre Figura 19 - Posicionamento da estrutura do arco inferior seguindo
uma base formadora do anel de prensagem. Deve-se ter o cuidado os mesmos critérios feitos para arco superior.
para que a estrutura fique afastada da parede do anel aproximada-
mente 10 mm.
PROSTHESIS 97
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(92-97).
S C I E N C E

Bibliografias
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ed. Ponto Ltda.1 ed. Florianópolis: 2008; 20:549-575.
2. Bruguera, A; Kina, S. Invisível: Restaurações estéticas cerâmi-
cas.Dental Press editora.1 ed. Maringá: 2007; 4:127-140.
3. Joly, JC; Carvalho, PFM; Silva, RC. Reconstrução Tecidual Es-
tética: procedimentos plásticos e regenerativos periodontais
e peri-implantares. Artes Médicas Ltda.1 ed.São Paulo: 2010;
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4. Zitzmann, NU; Marinello, CP.Treatment outcomes of fixed or
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maxilla.Part II: clinical findings. J Prosthet Dent. 2000 Apr;
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98 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(98-106). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Reabilitação com próteses totais fixas


implantossuportadas

Leonardo Federizzi1
Christian Schuh1
Aloísio Oro Spazzin1
Giancarlo Estrasulas2
Felipe Antunes Quevedo3

Introdução
A utilização de implantes dentários como suporte de próteses totais tem se tornado trata-
mento odontológico frequente na clínica diária e inúmeras técnicas de confecção deste tipo de
prótese têm sido relatadas na literatura1. Atualmente, é evidente a procura dos nossos pacientes
pelas restaurações cada vez mais estéticas, mesmo por pacientes desdentados totais. As cerâmi-
cas são amplamente utilizadas na odontologia devido sua habilidade de imitar as características
ópticas do esmalte e dentina bem como sua biocompatibilidade e estabilidade química.2,3 Deste
modo as próteses totais fixas metalocerâmicas tem ganhado um grande espaço nos laboratórios
e consultórios. Este artigo tem como objetivo apresentar um caso clínico de próteses totais fixas
implantossuportadas, utilizando uma prótese metalocerâmica na arcada superior e metaloplástica
na arcada inferior.
Descritores: Metalocerâmica, implantodontia, prótese total.

1
Professores do Curso de Especialização em Prótese Dentária do CEOM/IMED, Passo Fundo, RS.
2
Técnico em Prótese Dentária do Laboratório Estrasulas, Sarandi, RS.
3
Técnico em Prótese Dentária do Laboratório Meridional, Passo Fundo, RS.

Agradecimentos
Ao TPD Giancarlo Estrasulas do Laboratório Estrasulas, Sarandi, RS, pelos procedimentos laboratoriais da prótese meta-
locerâmica superior. Ao TPD Felipe Antunes Quevedo do Laboratório Meridional, Passo Fundo - RS, pelos procedimentos
laboratoriais da prótese metaloplástica inferior.

Correspondência com o autor: [email protected]


Recebido para publicação: 16/12/11
Aceito para publicação: 06/01/12
PROSTHESIS 99
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Figura 1 - Caso clínico inicial

Figura 2 - Radiografia inicial evidenciando a presença de implan- Figura 3 - Vista intra-oral da condição inicial do paciente
tes. Condição essa já presente no momento da avaliação inicial do
paciente.

Figura 4 - Vista intra-oral sem a prótese parcial removível superior Figura 5 - Prótese superior provisória.
100 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(98-106 ). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Figura 6 - Prótese provisória implantossuportada fixada aos implantes.

Figura 7 - Vista oclusal dos pilares intermediários parafusados aos implantes.

8
9

Figuras 8 e 9 - Vista frontal e lateral do sorriso com a prótese provisória.


PROSTHESIS 101
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(98-106).
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Figura 10 - Molde obtido a partir da moldagem de transferência dos Figura 11 - Análogos parafusados nos transferentes para obtenção
pilares intermediários. do modelo.

Figura 12 - Vazamento do molde com gesso especial. Figura 13 - Modelo de trabalho com gengiva artificial obtido.

14 15
Figuras 14 e 15 - Confecção do index a partir da união dos transferentes na cavidade bucal com os análogos do pilar intermediário parafusados.

16 17
Figuras 16 e 17 - Index obtido com a finalidade de avaliar a adaptação e passividade da infra estrutura metálica.
102 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(98-106). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

18 19

Figuras 18 e 19 - Prótese provisória parafusada ao modelo para montagem do articulador semi-ajustável (A7 Fix; Bio-Art).

20 21

Figuras 20 e 21 - Montagem do modelo superior com arco facial utilizando a prótese provisória.

22 23

Figuras 22 e 23 - Montagem do modelo antagonista utilizando a prótese provisória como registro inter oclusal.

24 25
Figuras 24 e 25 - Modelos montados em articulador.
PROSTHESIS 103
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(98-106).
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26 27

Figuras 26 e 27 - Muralha confeccionada a partir da prótese provisória.

28 29
Figuras 28 e 29 - Enceramento confeccionado com base na muralha.

30 31

Figuras 30 e 31 - Vista oclusal do enceramento.

32 33
Figuras 32 e 33 - Enceramento colocado no articulador.
104 PROSTHESIS
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S C I E N C E

34 35

Figuras 34 e 35 - Prova do enceramento realizado a partir da prótese provisória.

36 37

Figuras 36 e 37 - Infraestrutura metálica.

38 39

40 41

Figuras 38, 39, 40 e 41 - Prótese total superior metalocerâmica finalizada.


PROSTHESIS 105
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(98-106).
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42 43

Figuras 42 e 43 - Prótese superior parafusada aos intermediários.

44 45
Figuras 44 e 45 - Próteses finalizadas em oclusão. Na mandíbula foi confeccionada uma prótese total fixa com barra metálica e revestimento
estético de resina acrílica e dentes artificiais (Premium; Heraeus Kulzer).

46 47
Figuras 46 e 47 - Vista lateral das próteses em posição

48 49
Figuras 48 e 49 - Vista lateral do sorriso.
106 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(98-106). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

50
Figura 50 - Vista frontal do sorriso.

51

Figura 51 - Vista aproximada do sorriso.

Conclusão Referências
1. Federizzi L, Spazzin AO, Schuh C. Prótese total fixa implantos-
A utilização de próteses totais metalocerâmicas suportada: assentamento passivo pela técnica de cimentação
na maxila associada a próteses metaloplásticas na da infraestrutura sobre cilindros pré-fabricados. Full Dentistry
mandíbula são reabilitações viáveis que associam es- in Science. 2011; 2(7):124-33.
2. Guess PC, Schultheis S, Bonfante EA, Coelho PG, Ferencz JL,
tética, conforto e longevidade. Silva NR. All-ceramic systems: laboratory and clinical perfor-
mance. Dent Clin North Am. 2011; 55(2):333-52.
3. Kelly JR, Benetti P. Ceramic materials in dentistry: historical
evolution and current practice. Aust Dent J. 2011; 56 Suppl
1:84-96.
PROSTHESIS 107
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(98-107).
S C I E N C E

José A
ntônio
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SP 201
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DE 1. Prof. C
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Prof. J
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Pre ciso - A APDESP 2011. SP 201
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PROSTHESIS 109
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(109-113).
S C I E N C E

Overdentures e protocolo de Branemark


Luiz Antônio Ferreira1

Resumo
O sucesso da reabilitação de pacientes edêntulos requer uma adaptação funcional e psicoló-
gica. A qualidade de vida é marcantemente afetada pela satisfação ou insatisfação com a terapia
bucal. A substituição dos dentes perdidos por tratamento reabilitador protético pode melhorar a
qualidade de vida dos idosos, recuperando a integração familiar e social, a manutenção da saúde
geral e elevando a expectativa de vida. Avaliação e comparação do impacto da reabilitação oral
com próteses implantossuportadas e com próteses totais convencionais na qualidade de vida de
indivíduos. Houve diferença significante da qualidade de vida entre os dois tempos de avaliação,
sendo que o impacto na qualidade de vida foi maior quando os pacientes utilizavam próteses
totais removíveis e esse impacto diminuiu com a substituição por próteses totais implantossuporta-
das. A qualidade de vida de pacientes melhorou após a substituição de próteses totais removíveis
por próteses totais implanto-muco-suportadas.
Descritores: Prótese total; prótese dentária fixada por implante; qualidade de vida; satisfação
do paciente.

1
Mestrando em Prótese Dentária no Centro de Pesquisa e Pós-Graduação São Leopoldo Mandic – Campinas-SP,
Professor na UniversidadeUnifenas

Correspondência com o autor: [email protected]


Recebido para publicação: 29/08/11
Aceito para publicação: 21/12/11
110 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(109-113). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Introdução Albrektsson¹ (1985) definiu como osteointegra-


ção elementos implantados em tecidos vivos que,
Com o avanço da implantodontia, a prótese
submetidos à carga, apresentavam–se firmes sem
implantossuportada tem sido uma ótima alternati-
dor e vistos sob a luz da microscopia ótica não apre-
va em reabilitação oral para pacientes totalmente
sentavam solução de continuidade entre o osso vivo
edêntulos. Existem vários tipos de overdenture que
e a superfície dos implantes .
satisfazem os requisitos da função, estética, fonética
Bränemark5 (1985), selecionou a para a confec-
e psicológica destes pacientes. Além dos benefícios
ção de overdenture implantossuportada a forma do
citados, proporciona grande conforto e estabilidade.
parafuso com diâmetros exteriores de 3,75 mm e
À medida que os profissionais se especializam e as
comprimentos que oscilam entre 7 e 18 mm, e rosca
pessoas tomam conhecimento desta opção de tra-
proporciona uma espécie de bloqueio que permiti-
tamento, observa-se nelas um maior interesse e em
ria o desenvolvimento pleno da resistência do osso
consequência, uma boa procura. Este trabalho visa
diante de qualquer direção de carga.
destacar este assunto, começando pelos primórdios
Weiss10 (1987) publicou avaliação sobre alguns
até à data atual, bem como as condições necessárias
fatores que interferem no processo de cicatrização
do paciente para receber este tratamento reabilita-
ao redor dos implantes, para que haja osteoforma-
dor, os procedimentos clínicos dos cirurgiões dentis-
ção e não formação de tecido fibroso. Nessa ava-
tas e as diversas formas de confecção das overden-
liação, o repouso sem carga dos implantes por um
tures implantossuportadas.
período entre 90 a 180 dias era o mais indicado,
sendo que a técnica cirúrgica em dois tempos evi-
Revisão de literatura taria a micro movimentação, permitindo a migração
Per Ingvar Bränermark iniciou os estudos cien- das células sobre a superfície dos implantes e a se-
tíficos básicos que levaram ao desenvolvimento do qüência de eventos que ocorrem pós-inserção dos
sistema de implantes na Universidade de Lund e implantes e formação do calo ósseo e regeneração.
continuaram na Universidade de Gutemburgo, na Para que ocorresse a osteointegração, o autor ob-
Suécia desde 1960. O uso do titânio foi experimen- servou os seguintes fatores: que haja quantidade
tado em primeiro lugar em animais e depois em se- e qualidade óssea para a inserção dos implantes,
res humanos. Inicialmente, para os casos de fraturas formas dos implantes sejam avaliadas sob o aspec-
ósseas e sendo mais tarde na odontologia. O titânio to macro e microscópico qualidade dos tecidos ao
é metal biocompatível, não tóxico e alergênico. Ele redor dos implantes, qualidade e controle dos ma-
se une ao osso, ocorrendo o processo chamado de teriais de implante protético. protocolo cirúrgico
osseointegração. protético o mais metódico e metodológico possível,
Bränemark et al.³ (1969) publicaram estudos ex- com cuidadoso planejamento protético, limpeza e
perimentais utilizando cães, nos quais os elementos técnicas sem trauma.
dentários foram removidos e implantes de 4 mm de Bodereau² (1998), afirmou que o nº de implantes
diâmetro por 10 mm de comprimento foram colo- para a confeccção da overdenture implantossuporta-
cados, deixando-os cicatrizar sem carga durante 3 da é diretamente proporcional ao comprimento dos
a 4 meses. Posteriormente, foram reabilitados com mesmos. Classificou as overdentures como implan-
prótese e acompanhados por 5 anos quando então torretidas (02 ou 03 implantes) e implantossuporta-
foram submetidos à análise radiográficas e histológi- das (04 ou mais).
cas. Possibilitaram entender os princípios biológicos Mischi8 (2000) descreveu como um dos princi-
da osseointegração. pais fatores de sucesso em implantodontia a avalia-
Bränemark et al4 (1977) publicaram pesquisa a ção da densidade óssea, permitindo desta maneira
respeito da utilização de implantes de titânio com uma escolha de técnica de cirúrgica e sistema de im-
projeto de parafuso que viabilizaram seu uso atra- plantes mais apropriado para a mesma; classificou
vés de estudos micro e macroscópicos em animais as áreas da cavidade oral em D1,D2,D3,D4 e D5 ou
e humanos. Este estudo permitiu à odontologia um exemplificou em termos tátil.
avanço científico sem igual, modificando a forma de Spiekermann9 (2000), classificou as overdentu-
pesquisar e questionar formas seguras de tratamen- res (Barra-clipe e O’Ring/Bol) e Protocololo de Brä-
to e proteção, de biocompatibilidade dos materiais nemark.
e de respostas orgânicas que seriam motivos de ve- Cunha e Oliveira7 (2008), relatou modalidades de
rificações e questionamentos. tratamento por implantes submetidos à carga imediata
PROSTHESIS 111
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(109-113).
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nas diversas situações reabilitações unitárias, parciais, 1. Overdentures:


totais da maxila e mandíbula. Descreveu os conceitos,
Podem ser: a) Barra-clipe
indicações e contra-indicações, vantagens e desvanta-
b) O’Ring/bol
gens de cada técnica.
Cardoso6 (2009), ensinou os princípios e objetivos a) Barra-clipe: (Figuras 1a e 1b).
da oclusão em próteses implantossuportadas nas fa- Indicação: Paciente totalmente desdentado infe-
ses clínica e laboratorial. rior ou superior.
Vantagens: - Boa retenção;
Discussão - Baixo custo;
- Facilidade de confecção;
A reabilitação oral dos pacientes totais ou par-
- Removível;
cialmente desdentados com implantes osseointegra-
- Facilidade de higienização.
dos revolucionou a odontologia nos últimos anos.
Desvantagem: Por ser mucossuportada apresen-
Após vários anos de experiência clínica, os implantes
ta uma certa mobilidade.
osseointegráveis tornaram-se seguros, previsíveis e
Técnica de confecção da barra-clipe:
funcionais a longo prazo.
- Implantam-se de 02 a 06 implantes na man-
A perda de dentes pode causar vários proble-
díbula ou maxila, com comprimento mínimo de
mas ao paciente, desde funcionais, como dificulda-
10 mm e diâmetro ideal de 4 mm;
de mastigatória a problemas de ordem psicológica
- Realizar a moldagem de transferência com
desencadeados por alterações estéticas. As overden-
transfer de moldeira aberta;
tures e protocolos foram desenvolvidos para devol-
- Uma barra metálica fundida, é colocada per-
verem aos pacientes, função mastigatória, estética
pendicular ao rebordo, unindo os implantes
e conforto.
com um espaço de 2 mm da mucosa para fins
Este artigo tem como objetivo mostrar os tipos
de higienização;
de próteses sobre implante capazes de reabilitar os
- Confeccionar uma prótese total, seguindo a
pacientes totalmente desdentados, os benefícios
técnica convencional, com uma janela na re-
que os mesmo obterão, bem como as técnicas de
gião da barra metálica;
confecção das mesmas.
- Capturar o clipe de plástico ou metálico na
prótese total com resina auto, diretamente na
Overdentures e protocolos
boca do paciente, estando este em oclusão;
Definições: - Fazer ajuste oclusal, dar acabamento e instalar
Overdenture = é uma prótese mucossuportada a prótese.
e implantorretida;
Protocolo = é uma prótese implantossuportada
e implantorretida.

Objetivos:
Proporcionar retenção para a prótese, ótima
função mastigatória, estética e conforto para o pa-
ciente.
Fatores a serem estudados e planejados antes da 1A
cirurgia para colocação dos implantes:
- Saúde geral do paciente, com avaliação mé-
dica;
- Tomografia computadorizada, de preferência,
para avaliar a estrutura óssea seleção dos diâ-
metros e comprimentos dos implantes;
- Moldagem de estudo para confecção do guia
cirúrgico e planejamento da futura prótese;
- Plano de tratamento para o paciente, escolhen- 1B
do o melhor tipo de prótese a ser confeccio- Figuras 1A e B - Fonte: Spiekermann, H e cols. Implantologia. Edi-
nada. tora Artmed, Porto Alegre, 2000; página 217.
112 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(109-113). L A B O R A T O R Y i n

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b) O’Ring/bol: (Figura 2). - Manutenção periódica.


Indicação: Paciente totalmente desdentado infe- Podem ser:
rior ou superior. a) Metaloplástico
Vantagens: - Baixo custo, em relação a outros b) Metalocerâmico
tipos;
- Simplicidade de confecção; a) Protocolo de Bränemark metaloplástico:
- Removível; (Figura 3).
- Facilidade de higienização.
Técnica de confecção do protocolo de Brane-
Desvantagens: - Média retenção;
märk metaloplástico:
- Por ser mucossuportada apresenta uma certa
- Implantam-se de 06 ou 08 implantes na man-
mobilidade.
díbula ou maxila, com comprimento mínimo de
Técnica de confecção do O’Ring/bol:
10mm e diâmetro ideal de 4 mm;
- Implantam-se de 02 a 06 implantes na mandí-
- Faz-se a moldagem de transferência com trans-
bula ou maxila, com comprimento mínimo de
fer de moldeira aberta;
10mm e diâmetro ideal de 4 mm;
- Confecciona-se os planos de orientação para
- Realizar a moldagem de transferência;
se registrar as dimensões do paciente;
- Confeccionar uma prótese total, seguindo a
- Procede-se a montagem dos modelos em arti-
técnica convencional, com os orifícios na re-
culador semi-ajustável e a montagem dos den-
gião dos implantes;
tes de estoque;
- Capturar a fêmea na prótese total com resina
- Após a prova da prótese total, faz-se uma mu-
auto, diretamente na boca do paciente, estan-
ralha de silicona pesada em torno da face ves-
do este em oclusão;
tibular e oclusal desta prótese;
- Fazer ajuste oclusal, dar acabamento e instalar
- Remover a muralha juntamente com os dentes
a prótese.
de estoque e descartar o plano de orientação;
- Uma barra é esculpida em cera, colocada per-
pendicular ao rebordo, unindo os implantes
com um espaço de 2 mm da mucosa para fins
de higienização e posteriormente fundida com
metal níquel-cromo;
- Prova-se a barra fundida;
- Opacificá-la com opaco na cor rosa;
- Retornar a muralha com os dentes sobre a bar-
ra e proceder a inclusão e termopolimerização
da prótese total;
- Parafusar o protocolo sobre os implantes na
boca do paciente, verificar a oclusão, realizar o
Figura 2 - Fonte: Spiekermann, H e cols. Implantologia. Editora Art- ajuste oclusal e dar novo polimento;
med, Porto Alegre, 2000; página 164. - Parafusar definitivamente o protocolo e vedar
os orifícios dos parafusos com resina fotopoli-
merizável.
2. Protocolo de Bränemark
- Desenvolvido pelo ortopedista suéco Per Ingvar
Bränemark.
Indicações: - Paciente totalmente desdentado
inferior ou superior.
Vantagens: - Totalmente fixa;
- Maior conforto mastigatório.
Desvantagens: - Custo Elevado;
- Complexidade de confecção;
- Maior número de implantes; Figura 3 - Fonte: Spiekermann, H e cols. Implantologia. Editora Art-
- Dificuldade de higienização; med, Porto Alegre, 2000; página 199.
PROSTHESIS 113
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(109-113).
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b) Protocolo Bränemark metalocerâmico: Referências bibliográficas


(Figuras 4a e 4b). 1. Albrektsson T.(Ed.). Tissue integrated prostheses: osseointe-
Técnica de confecção do protocolo de Brane- gration in clinical dentistry. Chicago: Quintessence, 1985.
2. Bodereau, E. F. Prótese Fixa e Implantes. Ed. Santos, São Pau-
märk metalocerâmico: lo, 1998; páginas 332 – 347;
- Implantam-se de 06 ou 10 implantes na man- 3. Branemark, P.I. Intra-osseous anchorage of dental prostheses.
díbula ou maxila, com comprimento mínimo de I. Experimental studies. Scand. J. Plastic Reconstr. Surg., v.3,
n.2, p. 81-100, 1969.
10 mm e diâmetro ideal de 4 mm; 4. Branemark, P. I et al. Osseointegrated implants in the treat-
- Faz-se a moldagem de transferência com trans- ment of the edentulous jaw. Experience from a 10-year pe-
riod. Scand J Plast Reconstr Surg Suppl, Stockholm, v. 16, p.
fer de moldeira aberta; 1-132, 1977.
- Confecciona-se uma estrutura metálica com 5. Branemark,, Per Ingvar; ZARB, G.A.; Tissue Integrated Pros-
thesis, Ed. Quintessence, Chicago, 1985; páginas 14-25;
anatomia e espaços ideais para aplicação da 6. Cardoso, Antonio Carlos; Oclusão em Implantodontia , Ed.
porcelana, unindo os implantes; Quintessence, 2009; páginas 91-164 ;
7. Cunha, H. A. e Oliveira, R. C. G. Carga Imediata Sobre
- Aplica-se porcelana sobre estrutura metálica; Implante. Ed. Santos, São Paulo, 2008; páginas 03 - 62;
- Realiza-se a prova, ajuste e glazeamento da 8. Misch, C. E. Implantes dentários contemporâneos. 2.
porcelana; ed.Tradução Maria de Lurdes Giannini. São Paulo: Santos,
2000. 685 p.
- Parafusa-se o protocolo metalocerâmico sobre 9. Spiekermann, H e cols. Implantologia. Ed Artmed, Porto
os implantes na boca do paciente e vedar os Alegre, 2000; páginas 143 – 237
10. Weiss, C.M. A comparative analysis of fibro-osteal and osteal
orifícios dos parafusos com resina fotopolime- integration and other variables that affect long term bone
rizável. maintenance around dental implants. J Oral Implantol, Chica-
go, v. 13, n. 3, p. 467-487, May/June 1987.

Figura 4A e B - Fonte: Spiekermann, H e cols. Implantologia. Edito-


ra Artmed, Porto Alegre, 2000; página 207.

Conclusão
Conforme foi exposto no decorrer deste traba-
lho, as overdentures e protocolos cumprem integral-
mente os seus objetivos. Pacientes cujas próteses
totais não tinham retenção, devido à falta de rebor-
do alveolar, e que causavam grandes desconfortos,
encontraram a solução nestas modalidades de pró-
teses.
É perfeitamente possível, conseguir através do
correto planejamento e ótima execução das over-
dentures e procotocolos, restituir aos pacientes a
função mastigatória, auto-estima, estética e con-
forto.
114 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(114). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Ortho In Lab

115-120 Contenção de Hawley, 3x3 e com Forâmem reposicionador lingual


Cecília Cattacini.

121-128 Desmistificando as placas oclusais


Cristiane Barros André, Renato Bigliazzi, Jefferson Vinicius Bozelli.

130-137 Placa lábio ativa (PLA): confecção e indicações


Acrylic labial arch: confection and indications
Aline Porpino Nóbrega, Hallissa Simplício, Arthur Costa Rodrigues Farias,
Ângela Cristina Pinto de Paiva Cunha.
PROSTHESIS 115
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(115-120).
S C I E N C E

Contenção de Hawley, 3x3 e com Forâmem


reposicionador lingual
Cecília Cattacini1

Introdução
É utilizada com a finalidade de contenção após o término de tratamentos ortodônticos fixos
ou após uma disjunção palatina. Compõem-se essencialmente de uma placa de resina acrílica, dos
elementos de retenção ou estabilização (grampos) e um arco vestibular de Hawley.
Nos casos de finalizações que exijam pequena expansão ou apinhamento discreto dos inci-
sivos, utilizam-se expansores bilaterais posicionados centralmente à fenda sagital. Ao realizar a
expansão também se consegue localizar os incisivos no espaço obtido, e também poderão ser
utilizados alguns tipos de molas para esses movimentos ou para pequenas giroversões. Poderá ser
confeccionada tanto no modelo superior como no inferior, mudando apenas as formas de reten-
ção e a acrilização, como veremos a seguir.

1
Diretora e coord. de Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares da APDESP Brasil, Profa. dos cursos de esp. em
Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares do SENAC-SP, Consultora do curso de Ortodontia do SENAC-Brasil

Correspondência com o autor: [email protected]


Recebido para publicação: 23/12/11
Aceito para publicação: 12/01/12
116 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(115-120). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Introdução à técnica

Figura 1 - Muitas vezes, recebemos a moldagem com os bráquetes ainda no modelo em gesso. Isto acontece, pois a contenção deve ser insta-
lada logo após a remoção dos bráquetes no paciente, para que o clínico não corra o risco de recidiva do tratamento, isto é, tudo volta à posição
antiga. O que é comum acontecer também, se for viável ao técnico, confeccioná-la após 48 horas no máximo, após a retirada da aparelhagem
fixa dos dentes do paciente.
OBS: O caso desse modelo específico é o que consideramos o ideal para facilitar o nosso trabalho de retirada dos bráquetes e termos mais
qualidade na confecção da contenção de Hawley, pois o clínico retirou o fio que passa por eles antes da moldagem.

Figura 2 - Esse é um caso que o clínico não retirou o fio para moldar, Figura 3 - Com uma tesoura para gesso, retiramos o excesso dos
nota-se como ficará complicado desgastar o excesso de gesso. bráquetes, com o cuidado para não quebrá-los.
PROSTHESIS 117
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(115-120).
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Figura 4 - Com um Le-cron ou qualquer outro tipo de lâmina devol- Figura 5 - Deve-se chegar a uma anatomia ideal, tentando estabe-
vemos, na medida do possível, a anatomia dos dentes. lecer um contorno harmônico entre os dentes, para facilitar a con-
fecção do arco de Hawley e grampos de retenção e estabilização.

Figuras 6 e 7 - Detalhe importante.


É de suma importância que o clínico nos envie o modelo antagonista, mesmo se a contenção for confeccionada apenas em uma das arcadas
dentárias, para que possamos detectar melhor a posição correta dos grampos de retenção, evitando contato prematuro durante a intercuspi-
dação, ocorrendo recidiva. Na Figura 6 (lado direito do paciente), detectamos espaços entre os últimos molares e entre segundo pré-molar e
primeiro molar, isto na hemiarcada superior. E na inferior, há apenas um pequeno espaço entre os molares, não sendo aconselhável colocar
grampo entre o primeiro molar e o segundo pré-molar, pois este está girovertido.
O mesmo faremos do lado oposto, ou seja, lado esquerdo do paciente (Figura 7). Nesta região, há espaço superior entre os molares e entre o
segundo pré-molar e o primeiro molar. Na hemiarcada inferior, há apenas um espaço entre o segundo pré-molar e primeiro molar.
Vale lembrar que “cada” caso é um caso, o que difere e muito o local de existência destes espaços. Quando não há espaço algum, podemos
sugerir ao Clínico que se confeccione uma contenção de Begg ou arco contínuo (ver abaixo Figura 8).

Figura 8 - Contenção de Begg ou contenção com arco contínuo. Trata-se de um arco, cujo fio é contornado em todos os dentes do arco, finalizando em
distal de primeiro ou segundo molar de ambos os lados.
118 PROSTHESIS
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Seleção de elementos
Em nosso laboratório, costumamos conhecer a preferência do clínico em questão, perguntando a ele qual
tipo de grampo que mais se familiariza, sendo que nossa escolha será feita quando o clínico não se importar
com o tipo de grampo que será selecionado.

Figura 9 - Após o preparo dos modelos e a confecção do arco de Hawley, neste caso específico, optamos pelos grampos em gota e grampos
circulares. Obs: Sempre que possível, em casos de contenção, é aconselhável confeccionar os grampos ciculares nos primeiros ou segundos
molares, com sua terminação em gota para o sentido mesial. Isto fará com que ele possa servir de ancoragem para toda a arcada dentária.

Figura 10 e 11 - Neste caso, podemos observar que há possibilidade de confecção de grampos diferente dos dois lados, o importante é termos
estabilidade e retenção, sem prejudicar a intercuspidação. Confeccionados grampo em gota e circuferencial do lado esquerdo e Adams modifi-
cado do lado direito.
PROSTHESIS 119
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(115-120).
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Figura 12 - Na arcada dentária inferior, foram confeccionados, além Figura 13 - Após a acrilização, o acabamento e polimento, verifica-
do arco de Hawley, apenas dois grampos em gota de cada lado que, mos as condições dos elementos, isto é, se eles estão justapostos;
quando bem feitos, são suficientes. Nota-se que não há necessida- chamamos de controle de qualidade. Neste caso, nota-se que a alça
de dos grampos serem posicionados simétricamente, importando do arco de Hawley e o grampo circular estão afastados do modelo.
apenas que sejam colocados em espaços pré determinados.

Figura 14 - Retificamos estas imperfeições com um alicate 139 ou Figura 15 - As placas (superior e inferior) para contenção finaliza-
com a mão, tentando não marcar o fio. das. Nota-se que não há interferências na intercuspidação pelos
grampos.

Contenção ou arco 3 X 3

Introdução
O arco 3 x 3, também chamado de retentor
permanente para a região intercaninos, são dispo-
sitivos permanentes usados para a estabilização da
região anterior e assim estabilizando o arco todo.
Eles são confeccionados com fios Twistflex. Podem
ser usados fios de aço inoxidável de calibres 0,6,
0,7 mm ou 0,18 mm de acordo com a especifica-
ção do clínico.
Figura 16 - O retentor fixo é composto por um pedaço de fio contor-
nado e adaptado nas superfícies linguais dos dentes anteriores, em
suas extremidades são confeccionadas gotas que, junto com o fio,
são cimentados nos dentes por lingual. A contenção 3 x 3 é colada
com cola quente.
120 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(115-120). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Contenção com Forâmem reposiciona-


dor lingual
Introdução
Placa preconizada pelo Dr. Alael de Paiva Lino.
Estes aparelhos tem uma abertura na área do
palato que deixa livre um espaço, isto é, não cobre
totalmente com rresina a papila e as rugosidades
palatinas. Denominamos essa abertura de posicio-
nados lingual e é um importante fator no estabeleci-
mento normal das funções, em especial na postura
da língua em repouso e na deglutição.

Construção Figura 17 - Após a confecção dos elementos de fio (neste caso, uma
O posicionador lingual pode ser feito em qual- contenção de Begg), marcamos a região onde será feito o Forâmem.
quer tipo de placa de contenção superior.

Figura 19 - No acabamento do aparelho, circundamos o Forâmem


Figura 18 - No procedimento de acrilização, cavamos a região do Forâ- com a broca, até os limites pre determinados.
mem com a espátula, facilitando o posterior acabamento com a broca.

Figura 21 - Alguns Clínicos requerem um orifício menor para a lín-


gua, apenas na região de papila, para estímulo proprioceptivo des-
Figura 20 - Aparelho terminado. ta, reposicionando-a.

Conclusão ciência e estudo técnico para aplicar elementos de


nossa autoria.
As placas para contenção de Hawley, 3 X 3 e
com Forâmem reposicionador lingual devem ser
Bibliografia
elaboradas e confeccionadas de acordo com cada
1. CATTACINI, Cecilia- Técnicas laboratorias em ortodontia e
caso específico. Devemos nos ater a especificações ortopedia funcional dos maxilares- passo a passo de A a Z:
do cliente para o uso de elementos de fio e cons- Editora Tota, 2006
PROSTHESIS 121
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(121-128).
S C I E N C E

Desmistificando as placas oclusais

Cristiane Barros André1


Renato Bigliazzi2
Jefferson Vinicius Bozelli3

Resumo
As Disfunções temporomandibulares (DTM) têm sua etiologia e abordagem multifatorial, sen-
do assim esse artigo se propõe a descrever os procedimentos para se obter o sucesso em mais
uma modalidade terapêutica, a placa oclusal. Desmitificando os materiais, as arcadas, os tipos de
placas, sua tomada de registro interoclusal, os requisitos básicos e seu mecanismo de ação.

Abstract
The temporomandibular joint (TMJ) have a multifactorial etiology and approach, so this article
aims to describe procedures to obtain success in more than one type of therapy, occlusal splint.
Demystifying the materials, arcades, a kind of splints, recorder interocllusion, basic requirements
and its mechanism of action.

1
Especialista em Ortodontia Laboratorial – SENAC – Ortotécnica responsável do Curso de Esp. em Ortodontia e
Ortopedia Facial UNIP, APCD e COPH Sorocaba.
2
Especialista e Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial UNIP – Doutorando em Ortodontia UNESP Araçatuba.
3
Especialista em Ortodontia APCD – Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial UNIP –.

Correspondência com o autor: [email protected]


Recebido para publicação: 30/11/11
Aceito para publicação: 09/01/12
122 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(121-128). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Introdução mental aos pacientes, fatores estes que anulam ou


diminuem a efetividade da placa.
As disfunções temporomandibulares (DTM) são
Como as DTM têm etiologia multifatorial e são
em grande parte dores crônicas orofaciais, relacio-
o resultado de eventos que ultrapassam a tolerância
nadas frequentemente aos músculos, ATM, termi-
fisio-estrutural de cada paciente, a placa deve fazer
nações nervosas e ligamentos da região da cabeça.
parte do plano de tratamento e não ser a única te-
A Placa Oclusal é a terapia mais popular para o
rapia utilizada para amenizar os sintomas, poden-
tratamento da DTM, por ser reversível e conservado-
do ser associada a outras terapias como fisioterapia
ra. Atua no controle da dor do paciente, preservan-
não assistida, mudanças comportamentais, injeções
do as estruturas orofaciais assim como a integridade
de anestésico ou toxina botulínica em trigger points
dental. Altera temporariamente a condição oclusal e
e farmacoterapia.
tal mudança ocasiona uma diminuição da atividade
É de suma importância para o sucesso do trata-
muscular e os sintomas relacionados com essa hipe-
mento com as placas oclusais conhecer suas indica-
ratividade, também atua no alívio da pressão interna
ções, os materiais de confecção, as áreas de recobri-
articular.
mento, a correta construção das guias excursivas, o
Descritas desde 1881, sua popularidade está re-
uso adequado do articulador para sua construção,
lacionada ao índice de sucesso de 70% a 90% dos
assim como detalhes de altura mínima, pontos de
casos1-3. Seu uso indiscriminado gera uma preocupa-
contato e claro o conhecimento do mecanismo de
ção, devido à falta de diagnóstico, confecção inade-
ação das placas oclusais.
quada das placas e a falta de orientação comporta-

Figura 1 - Placa oclusal inferior.


PROSTHESIS 123
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(121-128).
S C I E N C E

Figura 2 - Placa oclusal superior;

Classificando as Placas Oclusais • Necessidade de ajustes internos, devido à difi-


culdade dos alívios em gesso;
As Placas Oclusais são diferen ciadas pela opção
• Absorve quantidade menor de fluídos bucais.
da arcada escolhida, por sua área de recobrimento
oclusal e por seu material de confecção.
Resina acrílica quimicamente ativada5
• Processo de confecção simplificado;
Quanto a arcada
• Sem necessidade de ajustes internos, devido
A Placa na arcada inferior tem a mesma efeti-
aos alívios serem confeccionados em cera,
vidade na redução dos sintomas da DTM, quando
criando um eixo de inserção ideal da peça na
comparada a arcada superior. Porém pacientes rela-
boca;
tam a placa oclusal inferior mais estética, mais con-
• Absorve quantidade considerável de fluídos
fortável, com um volume menor de resina e menos
bucais.
interferência fonética6,9. (Figuras 01 e 02).
Quanto ao material de confecção:
Mistas
• União do acetato com a resina quimicamente
Resiliente (confeccionadas em plastificadoras)
ativada;
• Espessura máxima de 03 mm disponível no
• Absorve quantidade muito grande de fluidos
mercado, não diminuindo assim as atividades
bucais.
eletromiográficas noturna, tornando a placa
sem indicação para o bruxismo, por ser resilien-
Quanto a área de recobrimento oclusal
te, não altera os impulsos periféricos ao SNC4,7;
• Levando em consideração as diferenças entre
Front Plateau ou batente anterior - recobri-
as arcadas dentárias, fica difícil a obtenção de
mento anterior9.
contatos simultâneos;
• Causa a desoclusão posterior;
• Na ausência de um elemento dentário, a placa
• Seu uso deve ser temporário, devido à extrusão
terá uma depressão nessa região, não ocor-
dos dentes posteriores causarem uma mordida
rendo o toque da arcada antagonista;
aberta anterior e sobrecarga nas ATMs, que
• Na maioria dos casos obtemos toques acentua-
ocorre durante o apertamento dental, devido
dos nos molares e ausentes na região anterior.
à falta de suporte dado pelos contatos poste-
riores;
Resina acrílica termoativada5
• Comumente utilizada nas DTM emergenciais.
• Processo de confecç ão complexo;
124 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(121-128). L A B O R A T O R Y i n

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Gelb – recobrimento posterior; Esse registro pode ser feito com lâminas de cera 07
• Seu uso deve ser temporário, devido à extru- (Figura 3) em forma de ferradura ou em silicone para
são dos dentes anteriores e pode causar uma registro, quando seu envio para o laboratório expõe
mordida aberta posterior. esse registro a possíveis alterações de temperaturas,
exemplo envio do registro interoclusal por correio. A
Placa de Michigan – cobertura total; (maior fim de conseguirmos a menor quantidade de ajus-
quantidade de evidências científicas)7. tes na oclusal da placa, o registro interoclusal é o
• De superfície plana, é utilizada no controle das procedimento chave para esse sucesso, pois ele nos
desordens musculares e articulares inflamató- dá a posição exata da mordida e a altura da placa,
rias; não havendo assim diferença entre o eixo de rota-
• Proteção das estruturas orofaciais; ção do paciente e o do articulador. Um auxiliar para
• Comumente utilizada na proteção dos des- retirada do registro interoclusal é o Leaf Gauge, um
gastes dentais causados pelo bruxismo, aper- desprogramador oclusal, constituído por inúmeras
tamento diurno e dos dentes restaurados com folhas de acetato, que mantém a abertura ideal da
porcelanas e implantes dentários, promoven- boca, enquanto o registro oclusal é realizado com o
do a estabilidade oclusal, durante as ativida- silicone10.
des parafuncionais;
• Diminuição das atividades eletromiográficas
quando confeccionada com guia anterior, guia
canino, altura maior que 04 mm na região pos-
terior e desoclusão com equilíbrio bilateral.

Placa reposicionadora anterior – cobertura


total com rampa guia;
• Promove melhor relacionamento entre o côn-
dilo, disco e fossa articular, possibilitando a
recuperação dos tecidos lesados8. Figura 3 - Registro interoclusal em cera.
• Projeta a mandíbula de MIH para uma posição
protrusiva de até 70% de avanço, para o con-
forto do paciente;
Requisitos das Placas Oclusais
• Pode ser utilizado para o tratamento de deslo-
camento do disco com redução e retrodiscite, • Boa adaptação, adequada estabilidade e re-
deslocamento trava e destrava, travamento in- tenção;
termitentes e desordem articular; • Superfície oclusal lisa e plana com liberdade
• Não é indicada para desordem muscular; de movimento à mandíbula, levando-a a uma
• Seu uso é temporário apenas restabelecendo posição neuromuscular mais estável (Figura
a função normal do complexo côndilo-disco, 4);
pois seu uso extensivo pode causar mordida • Sem necessidade de ajustes internos (reem-
aberta posterior; basamento ou desgastes);
• Seu uso também é indicado quando há resis- • Contatos mais acentuados nos dentes poste-
tência às terapias convencionais. riores (Figura 5), a carga gerada sobre a placa
deve ter a pressão igual em todos os dentes
Registros interoclusais posteriores, não basta tocar todos os dentes,
todos devem ter a mesma pressão;
Como muitos pacientes com DTM estão com
• Contatos em MIH (máxima intercuspidação
seus discos deslocados, ou seja, esses não possuem
habitual), lateralidade (Figuras 6 e 7) e pro-
relação cêntrica (RC), o registro interoclusal é reali-
trusão;
zado na posição de equilíbrio neuromuscular. Esse
• Quando confeccionada na arcada superior,
registro interoclusal cria um espaço para a confecção
apenas as cúspides vestibulares da arcada in-
da placa, que por sua forma lisa tem a tendência de
ferior devem tocar a placa (Figura 8), visuali-
levar o paciente à posição de equilíbrio neuromus-
zando a curva de Wilson e assim evitando que
cular, sem a interferência dos contatos prematuros.
a placa perca sua liberdade de lateralidade;
PROSTHESIS 125
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(121-128).
S C I E N C E

• Na arcada inferior, os movimentos de pro- cisivos laterais e pré-molares devem ter aten-
trusão e lateralidade, são todos realizados na ção especial pois é muito comum e deve ser
parte interna da placa (as guias excursivas se eliminada, principalmente quando a placa é
posicionam por lingual dos dentes anteriores) confeccionada na arcada inferior;
(Figura 9). No começo isso gera certa dificul- • A confecção da placa na arcada inferior pode
dade de entendimento por parte do técnico ser descartada por fatores de interferência
e do cirurgião dentista pelo hábito de con- como nos casos em que os dentes ântero-
fecção de placa na arcada superior. Quando superiores estão muito apinhados, causando
confeccionada na arcada inferior, apenas as interferências nos movimentos excursivos ou
cúspides palatinas dos dentes superiores de- ainda perdas dentais na arcada inferior;
vem tocar a placa, seguindo a mesma linha de • Arcadas com curva de spee acentuadas po-
raciocínio da liberdade de lateralidade; dem ocasionar contatos posteriores, durante
• Não promover injúrias aos tecidos moles. os movimentos de protrusão (Figura 11);
• Altura mínima do acrílico de 04 mm posterior • Dentes anteriores vestibularizados, principal-
(Figura 10); mente na arcada superior, devem ser motivo
• Oclusão mutuamente protegida com guias ex- de reavaliação, por impedir que a peça tenha
cursivas durante os movimentos, para diminuir um bom eixo de inserção, como opção pode-
a força muscular7, restabelecendo as estrutu- mos mudar a arcada de confecção ou liberar
ras orofaciais o que seria uma oclusão ideal; o acrílico na vestibular dos mesmos;
• Nos movimentos de protrusão, os dentes • Cautela na escolha da arcada quando os
posteriores devem se desocluir, não devemos dentes que trabalham nas guias excursivas,
deixar nenhuma interferência durante os mo- apresentam problemas peridodontais e mo-
vimentos excursivos (Figura 7); bilidade;
• Nos movimentos de lateralidade de canino, • A mudança nos contatos oclusais ocorre devido
além da desoclusão posterior (Figura 6), de- à desprogramação neuromuscular proporcio-
vem ser checadas todas as interferências. In- nada e devem ser avaliadas a cada consulta.

Figura 4 - Superfície lisa e plana. Figura 5 - Contatos mais acentuados nos dentes podteriores.

Figura 6 - Lateralidade e desoclusão posterior. Figura 7 - Protrusiva e desoclusão posterior.


126 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(121-128). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Figura 8 - Toques oclusais das cúspides vestibulares da arcada Figura 9 - Toques oclusais das cúspides palatinas da arcada su-
inferior. perior.

Figura 10 - Altura mínima de desoclusão de 4 mm.

Figura 11 - Curva de Spee acentuada.


PROSTHESIS 127
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(121-128).
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Mecanismo de ação9 Conclusão


• A alteração da condição oclusal se dá pela A placa oclusal protege os dentes dos desgastes
mudança para a posição de equilíbrio neuro- excessivos, diminui a carga sobre os músculos e a
muscular, agindo diretamente na redução das ATM, sendo sua ação mais eficaz na mudança de
atividades musculares anormais, diminuindo a comportamento do paciente, trabalhando como um
sintomatologia; alerta. O sucesso da terapia com placas oclusais está
• O sistema nervoso central (SNC) controla os relacionado diretamente a abordagem multifatorial
padrões de movimento motor, que são adap- aos procedimentos como o de registro interoclusal
táveis como os músculos, reagindo imediata- realizado pelo cirurgião dentista, bem como o cor-
mente ao rearranjo estrutural sobre o sistema. reto diagnóstico, determinação dos fatores etioló-
A estimulação periférica ao SNC é diminuída gicos, correto ajuste oclusal da placa, orientações
pela placa oclusal, que modifica a oclusão e comportamentais, farmacoterapia, fisioterapia e
redistribui e diminui as atividades eletromio- injeções em trigger points. Não sendo menos impor-
gráficas dos músculos da mastigação; tante a parte técnica que deve seguir um protocolo
• A alteração da posição condilar para uma po- de confecção adequado, para proteger as estruturas
sição músculo-esqueletal mais estável, dimi- orofaciais, devendo restabelecer uma oclusão ideal
nui ou altera a pressão interna articular. Por ao paciente, com guias excursivas, redistribuindo as
não pressionar os tecidos retrodiscais, permite forças dos músculos, diminuindo a faixa de atividade
a reparação dos tecidos lesados; eletromiográfica por sua confecção com altura ade-
• O aumento da dimensão vertical de oclusão quada e proporcionando assim uma reparação dos
(D.V.O) é definido ligeiramente além da po- tecidos lesados.
sição de repouso mandibular (vertical), onde Não podemos confeccionar corretamente um
a faixa de atividade eletromiográfica é dimi- dispositivo terapêutico, se não conhecermos seu me-
nuída e por consequência a sintomatologia canismo de ação, se não reconhecermos os requisi-
dolorosa. Não confundir essa prática com o tos necessários para a confecção das placas oclusais,
restabelecimento da D.V.O; bem como suas indicações e contra indicações.
• A conscientização se baseia no fato da placa Na busca por mais uma modalidade terapêutica,
oclusal alterar o hábito anormal, diminuindo a placa oclusal agrega grande valor ao tratamento
a parafunção e trabalhando como um alerta, das DTM, embora não possamos restringir o trata-
aumentando o nível de consciência do pacien- mento a essa única modalidade. Precisamos conhe-
te, quando a placa é utilizada em vigília; cer á fundo a etiologia das DTM que é multifatorial e
• Efeito placebo é a importância simbólica do assim deixar o nossa visão de “fabricar” placas e sim
tratamento e não uma propriedade fisiológica oferecer mais uma modalidade terapêutica baseada
ou farmacológica, ligada diretamente na con- em evidências científicas.
fiança entre o profissional e o paciente, dimi-
nui a ansiedade, sendo muito eficiente nos Agradecimento
tratamentos das DTM;
Nossos mais sinceros agradecimentos ao Doutor
• A hiperatividade noturna dos músculos pare-
Francisco Guedes P. Alencar Jr, pelos conhecimentos
ce ter sua origem no SNC e as placas oclusais
passados a nossa equipe durante o Curso de Oclu-
promovem uma mudança nos impulsos peri-
são, Dores Orofaciais e Cefaléia de 2006 a 2008 no
féricos e reduzem o bruxismo induzido pelo
ILADO – Instituto Latino Americano de Odontologia,
SNC;
base de todo o nosso trabalho.
• Insuficiência acrílica aguda ou crônica é a de-
pendência do paciente à placa oclusal, ir redu-
Referências bibliográficas
zindo sempre o uso da placa, para o organis-
1. Alencar Jr. F.G.P. Oclusão, Dores Orofaciais e Cefaléia. V.1
mo não se acostumar; p. 237-251. Editora Santos. 2005.
• Regressão à média é quando a dor crônica se 2. Corrol, W.J., Woelfel, J.B., Huffman, R.W.: Simple applica-
tion of an anterior jug or leaf gauge in routine clinical practi-
apresenta cíclica e a instalação da placa pode ce. J. Prosthet. Dent. ,Vol. 59, #5, 611-618, May 1988.
coincidir com o declínio desse ciclo, tendo vá- 3. Goodwillie DH. Arthritis of the temporomaxillary articula-
rios fatores responsáveis pela melhora dos sin- tion. ArchMed, v.5, p. 259-263, 1881.
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tomas, independente do uso da placa oclusal. dibular dissordes: why, when, how? Dent. Update, Guilford,
128 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(121-128). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

v.28, n.4, p. 194-199, May 2001.


5. Henriques,S.E.F. Efeitos de placas oclusais totais rígidas e
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9. Rubinoff,M.S. Gross ,A;Mccall,W.P. Convencional and no-
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oclusal splint therapy versus nocturnal splint therapy in re-
ducing carniomandibular disorders. J. CraniomandibDisord,
v.6, p.64-70, 1992.
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Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(130-137). L A B O R A T O R Y i n

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Placa lábio ativa (PLA): confecção e indicações


Acrylic labial arch: confection and indications

Aline Porpino Nóbrega1


Hallissa Simplício2
Arthur Costa Rodrigues Farias3
Ângela Cristina Pinto de Paiva Cunha4

Resumo
O sucesso e estabilidade da terapêutica ortodôntica estão inteiramente pautados
no correto diagnóstico das condições estéticas e aspectos funcionais das oclusopa-
tias, além do adequado planejamento do tratamento. Dentre as inúmeras caracterís-
ticas dos diversos tipos de oclusopatias, ressalta-se a importância da administração e controle do
perímetro e forma dos arcos dentários, como condição fundamental na obtenção de uma melhor
estabilidade pós-tratamento. Dentre os aparelhos utilizados com esta finalidade de controle de
espaço estão os aparelhos tipo placas lábio ativas. Esses aparelhos ortodônticos são recomenda-
dos para muitas ocasiões, desde as fases de prevenção das más oclusões até casos de Ortodontia
corretiva, mais usualmente em situações de interceptação de hábitos deletérios, atuando no equi-
líbrio d a musculatura, como no caso da interposição labial; e como recursos de ancoragem na
manutenção/recuperação de espaço em ambos os arcos, especialmente no inferior, tornando-se
bastante eficientes quando bem aplicadas e utilizadas. Portanto, o conhecimento de uma adequa-
da confecção e manejo das placas lábio ativas permitem sua aplicação de forma eficaz e efetiva.
Descritores: Má oclusão, dentadura mista, lábio, placa lábio ativa.

Abstract
The success and stability of orthodontic treatment are based in correct diagnosis of the aes-
thetic and functional conditions and aspects of malocclusion, as well as the appropriate treat-
ment planning. The management and control of the perimeter and shape of the dental arches
are fundamental conditions to obtain a better stability after treatment. The lip-bumper is among
the devices used for this purpose of space control. These braces are recommended for many oc-
casions, from the early stages to prevent cases of malocclusion until corrective orthodontics, most
commonly in situations of interception of non-nutritive sucking habits, acting on the muscle bal-
ance, as in the labial interposition; and as anchorage/space recovery in both arches, notedly in the
lower arch, making it very effective when properly applied and used. Therefore, the knowledge
of the correct preparation and management of lip-bumper enable your application to an efficient
and effective way.
Descriptors: Malocclusion, mixed denture, lip.

1
Cursando Especialização em Ortodontia – ABO/RN.
2
Dra em Ortodontia – UNESP/Araraquara, Profa. Adjunta da Disciplina de Clínica Infantil – Área de Ortodontia/UFRN.
3
Especialista em Ortodontia/UFBA, Mestrando em Odontologia/UFRN.
4
Mestre em Odontologia Preventiva e Social - UFRN, Especialista em Ortodontia e Ortopedia Dentofacial - UFRJ.

Correspondência com o autor: [email protected]


Recebido para publicação: 05/12/11
Aceito para publicação: 06/01/12
PROSTHESIS 131
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(130-137).
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Introdução liência e evitar a inclinação para lingual dos incisivos


inferiores, provenientes do efeito de lingualização
A placa lábio ativa (PLA) também é conhecida
dos incisivos superiores provocado pelo próprio AEB
como “Lip Bumper” ou apenas “Bumper”. É um
conjugado ou por meio do deslocamento mandibu-
aparelho ortodôntico de força extrínseca e originada
lar durante o período de crescimento1. O período de
pelos componentes musculares do sistema estoma-
utilização da PLA coincide com o período de cresci-
tognático, como bochechas, lábios e língua18.
mento ativo da mandíbula.
As alterações dentárias provenientes da utiliza-
Na dentadura permanente a PLA pode ser usada
ção da PLA são atribuídas à pressão exercida pela
com a função de preservar a ancoragem dos dentes
musculatura do lábio inferior ao escudo vestibular,
posteriores em uso concomitante com aparelho fixo,
que transmite essa força aos dentes de ancoragem,
principalmente na fase de retração inicial dos cani-
extruindo-os, verticalizando-os ou inclinando-os
nos e do segmento anterior.
para distal. Além disso, esse escudo afasta o lábio
Nos casos limítrofes, ou seja, onde a necessidade
inferior da superfície vestibular dos incisivos inferio-
de ancoragem é crítica, recomenda-se a associação
res, permitindo uma atuação livre da musculatura
com elásticos de classe III (elástico 5/16’’) às forças
da língua, efetuando a vestibularização dos incisivos
extrabucais nos primeiros molares superiores (os tri-
inferiores, a expansão do arco dentário e o aumento
pés de ancoragem). A associação dos elásticos de
do perímetro e comprimento do arco inferior. Esses
classe III à PLA também está indicada para pacientes
fatores associados (vestibularização dos incisivos,
com hipofunção do lábio inferior1.
aumento transversal do arco e inclinação distal dos
Como contraindicações, temos os arcos dentá-
molares) propiciam a melhora ou correção de um
rios com presença de diastemas, nos casos com in-
apinhamento que pode ocorrer durante o período
cisivos inferiores vestibularizados, na má oclusão de
inter-transitório da dentadura mista1.
Classe III, quando há grandes discrepâncias negativas
de espaço no arco mandibular, quando ocorre a pre-
Indicações e contraindicações sença de terceiros molares inferiores e para distalizar
A PLA é utilizada como mantenedor de espaço molares inferiores em dentaduras permanentes.
na dentição decídua quando os molares decíduos
forem perdidos precocemente, prevenindo a me- Vantagens e desvantagens
sialização dos molares permanentes. Na dentadura
A placa lábio ativa é um aparelho que pode ser
mista ela é indicada como recuperador de espaço,
utilizado em tempo integral. É eficiente, econômico,
provocando a verticalização dos primeiros molares
de fácil confecção, estético, higiênico, de fácil ma-
permanentes, ou até mesmo uma distalização, en-
nuseio e confortável.
quanto que a pressão da língua vestibulariza os in-
As vantagens do uso da PLA frente à conduta
cisivos inferiores.
extracionista são grandes. Segundo Bishara et al.4
A PLA também é indicada nos casos de interpo-
(1995), Bishara et al.5 (1997) e Counihan10 (1999),
sição labial nos casos de deglutição com pressão atí-
essa conduta pode gerar inclusive efeitos indesejá-
pica de lábio que ocorre em pacientes que, normal-
veis sobre o perfil facial. Vários autores têm demons-
mente em repouso, não realizam selamento labial.
trado que no caso de extrações de pré-molares, os
Esse hábito deletério leva a um desequilíbrio neu-
lábios podem ficar mais retruídos, o ângulo nasola-
romuscular que poderá afetar várias funções, como
bial pode ficar mais obtuso e haver menos vermelhi-
a respiração, deglutição, mastigação, fonação e o
dão evidente que nos casos sem extração.
crescimento harmônico da face. A pressão muscular
Dugoni et al.12 (1996) também afirmam que um
excessiva do lábio inferior pode resultar no apinha-
tratamento sem extração e com PLA é mais estável
mento dos dentes ântero-inferiores, na sobremordi-
que a extração de pré-molares.
da e na sobressaliência aumentadas pela interposi-
Dessa forma, a expansão quando feita com a
ção do lábio inferior entre os incisivos superiores e
placa lábio ativa pode ficar mais estável e depois de
os inferiores24. Nesses casos, a PLA atua removendo
oito semanas com a PLA a pressão dos lábios e bo-
o hábito vicioso através do escudo de acrílico que se
chechas diminuem, ajudando a evitar a recidiva.
interpõe entre os lábios e os dentes, impedindo a
O efeito colateral descrito pela primeira vez por
interposição.
Renfroe25 (1956), no qual a PLA liberava uma for-
Também pode ser utilizada associada ao AEB
ça considerável sobre os molares de apoio, obtendo
conjugado, com a finalidade de reduzir a sobressa-
132 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(130-137). L A B O R A T O R Y i n

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movimentos de distalização destes molares também a placa lábio ativa tem sido descrita como aparelho
pode ser classificado como vantagem nos casos em funcional6.
que precisa recuperar espaço. Motivo pelo qual a Segundo Busdrang et al.7 (2001), Cetlin et al.8
mesma tem sido utilizada na ortodontia contempo- (1983), Grossen et al.15 (1995) e Nevant et al.20
rânea como recurso de ancoragem. Uma desvanta- (1991), os efeitos da PLA se manifestam em dois
gem é que pela falta de contato do lábio com os sentidos do espaço: transversal e sagital. No sentido
incisivos, estes dentes podem vestibularizar e, como transversal aumenta o perímetro do arco, estimulan-
a PLA é um aparelho removível, depende da colabo- do o aumento das distâncias intercaninos, inter pré-
ração do paciente. molares e intermolares. No sentido sagital, estimula
a vestibularização dos incisivos e até mesmo a dista-
Carga horária e força indicada lização dos primeiros molares permanentes.
O efeito transversal predomina quando a PLA é
A PLA deve ser utilizada 24 horas por dia, ou
instalada aberta (por promover inclinação vestibular
seja, por um período diário máximo, sendo removi-
dos molares) acerca de 5 mm, baixa (por não interferir
da apenas durante a alimentação, higienização e na
da posição vestíbulo-lingual dos incisivos inferiores) e
prática de esportes.
curta (proximidade do escudo da PLA com os incisivos
Segundo O’donnell et al.21 (1998), o período ide-
inferiores e o rebordo alveolar, dificultando a inclina-
al para o tratamento com a placa lábio ativa transcor-
ção da coroa dos primeiros molares para distal)13.
re durante a fase final da dentadura mista (segundo
As forças transmitidas ao escudo vestibular e aos
período transitório), onde é possível a manutenção
dentes ancorados aumentam durante a fala e a de-
do LeeWay Space. Se o tratamento for administrado
glutição. Porém, segundo Shellhart et al.28 (1997) e
corretamente quanto ao tempo, mais de 2 mm de
Soo et al.29 (1991) tendem a reduzir durante o tra-
espaço livre pode ser preservado de cada lado10.
tamento, sugerindo uma adaptação da musculatura
O tempo de utilização está diretamente relacio-
do lábio. Essa adaptação muscular seria responsável
nado com a sua indicação. Se ela for utilizada como
pela estabilidade pós-tratamento como relatado por
reforço de ancoragem, permanece até a finalização
Soo et al.29 (1991). O escudo vestibular é responsá-
da fase de retração inicial dos caninos e/ou a fase de
vel por evitar a ação da musculatura jugal, direcio-
retração inicial do segmento anterior. Quando utili-
nando assim a erupção dos molares. Para ocorrer
zada como mantenedor de espaço, deve ser usada
esse direcionamento não precisa haver movimento
até a irrupção na cavidade oral do dente permanen-
para distal, mas apenas não deixar movê-los para
te em questão. Já nos casos de uso sem arco vesti-
mesial, corrigindo dessa forma o apinhamento no
bular com a finalidade de expansão do arco inferior,
arco inferior.
seu uso não deve ultrapassar 10 meses, sabendo
Em alguns casos também pode ocorrer a movi-
que 50% da expansão total do arco dentário ocorre
mentação para distal dos molares27, principalmente
durante os primeiros 3 meses, alcançando 90% da
quando houver inclinação mesial desses dentes em
expansão total até os 10 meses. A partir desse perí-
consequência de perdas precoces dos molares de-
odo a expansão é mínima, o que não justifica mais
cíduos, embora para alguns autores o aumento do
o seu uso19.
perímetro do arco seja apenas aparente, pelo fato
das coroas desses molares deslocarem-se para distal
Biomecânica
e suas raízes para mesial14,30.
O mecanismo de ação deste aparelho ocorre Segundo Sakuda et al.26 (1970), a pressão do lá-
através da alteração do equilíbrio funcional da mus- bio exercida contra a PLA e transmitida aos molares
culatura envolvida. A PLA é posicionada normalmen- inferiores era de 100 a 300g.
te de 2 a 5 mm anterior a superfície vestibular dos De acordo Bergersen3 (1972), Nevant et al.20
incisivos inferiores e atua afastando o lábio inferior, (1991) e Yano31 (1968), há uma movimentação de
resultando em um aumento das dimensões trans- corpo dos molares para distal durante a utilização
versais com moderada inclinação vestibular destes da PLA, porém para Almeida et al.1 (2006), esses va-
dentes, sendo que apenas a língua terá ação sobre lores obtidos são provenientes da manutenção dos
os mesmos. O lábio inferior apoia-se sobre a placa molares em posição associada ao deslocamento da
acrílica vestibular, transmitindo sua força aos pri- mandíbula para baixo e para frente, pois o período
meiros molares inferiores, mantendo sua posição ou de utilização da PLA coincide com o período de cres-
causando distalização. Devido a esta ação muscular, cimento ativo da mandíbula.
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Descrição da sequência de confecção

Figura 1 - Materiais utilizados: PLA, alicate 139, alicate trident, ali- Figura 2 - Faz-se a adaptação das bandas no modelo. Adapta-se
cate de corte pesado e caneta de retroprojetor ou lápis dermato- o arco no modelo do paciente. Com o lápis dermatográfico, faz-se
gráfico. uma marca no fio na região dos caninos inferiores.

No local da marca, utilizando o alicate 139, segundo terminava no mesmo nível do arco me-
confecciona-se um “looping” no fio (no lado sial e na confecção da PLA, a perna distal desse
direito e esquerdo da PLA). Esse looping é um looping terá um degrau em que a distal ficará
pouco diferente em relação ao do AEB, porque o mais acima.

Figura 3 - Prendendo o fio com o alicate 139 para iniciar a confec- Figura 4 - Com a ponta cônica do alicate 139, confecciona-se o pri-
ção do “looping”. Confecciona-se uma dobra de 90º para baixo. meiro “looping”. Repete-se o mesmo procedimento do lado oposto.

Figura 5 - Looping confeccionado. Figura 6 - Adaptando o aparelho no modelo, marca-se o local onde
será feita a dobra distal. Dobra distal concluída.
134 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(130-137). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

Figura 7 - Repete-se o mesmo procedimento no lado oposto. Obser- Figura 8 - Marca-se dois milímetros antes do tubo. Com o alicate
va-se a adaptação no modelo. Depois de fazer os “loopings”, marca- trident, confecciona-se uma dobra em baioneta no sentido lingual,
se no fio da PLA a entrada do primeiro molar inferior (face vestibular impedindo que o arco interno deslize totalmente dentro do tubo.
da banda ortodôntica), respeitando o espaço de dois milímetros do Dobra em baioneta sendo confeccionada. Em seguida, marca-se a
escudo labial à face vestibular dos incisivos inferiores. entrada do tubo e confecciona-se a dobra final.

Figura 9 - Dobra final sendo confeccionada. Figura 10 - Corta-se com o alicate de corte pesado o excesso de fio
na região posterior. Repete-se o procedimento do lado oposto. PLA
confeccionada.

Figura 11 - Estando os molares inferiores previamente bandados, Figura 12 - O nível do escudo labial é o nível cervical dos incisivos
instala-se a PLA colocando-se um lado de cada vez. A depressão inferiores.
encontrada no escudo labial deverá ser colocada para baixo, na re-
gião do freio labial inferior, evitando lesões no mesmo.
PROSTHESIS 135
L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(130-137).
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Segundo Ingervall17 (1998), quanto mais fundo diferenciada para a adaptação da banda. A escolha
ficar o acrílico no vestíbulo, maior será o contato do do segundo molar decíduo também propicia melhor
lábio com os incisivos e menor será a vestibulariza- moldagem de transferência e o impacto liberado
ção dos mesmos. pela PLA aberta nas dimensões transversais seria
menos significativo caso ele fosse aplicado da super-
fície distal do arco (primeiro molar permanente).
Modificações na PLA convencional
A expansão com o auxílio das barras de cone-
Além da PLA convencional, podemos lembrar xões linguais é ortodôntica e seu objetivo é transfe-
também da PLA com barras linguais (Figura 13). As rir para os demais dentes do segmento posterior a
barras de conexões linguais potencializam o efeito força liberada pela PLA contra os molares decíduos.
expansor da PLA aplicada nos segundos molares Ela age inclinando as coroas dos primeiros molares
decíduos inferiores. As barras de conexão são sol- permanentes, caninos e molares decíduos em um
dadas nas bandas destes molares e estendem-se movimento pendular para vestibular. Sua função é
distalmente para o primeiro molar permanente e evidenciar a participação de todos os dentes poste-
mesialmente, em extensão variável, em direção aos riores no efeito expansionista. O tempo de uso da
caninos decíduos. PLA é reduzida, em torno de 6 meses a 1 ano, visto
A escolha de bandagem dos segundos molares que a aplicação da força transversal não é mais no
decíduos se baseia no fato de que no primeiro perí- segmento distal como no caso dos molares perma-
odo transicional da dentadura mista ou no período nentes, e sim, mais próxima do centro do segmento
inter-transitório, a superfície distal do primeiro molar (molares decíduos) e distribuída aos demais dentes
permanente ainda não se encontra suficientemente posteriores pelas barras de conexão13.

Figura 14 - PLA convencional x PLA modificada com barras lin-


guais.

Figura 13 - PLA com barras linguais.

Rotineiramente, a PLA é usada no arco inferior, Outra modificação na PLA convencional é a pla-
embora alguns autores como Denholtz11 (1963), ca lábio ativa modificada. Sabemos que as mecâni-
Almeida et al.2 (1991) e Hasler; Ingervall16 (2000) a cas envolvidas nos procedimentos de mesialização
indiquem também para o arco superior, substituin- dos dentes posteriores inferiores podem gerar efei-
do a tração extrabucal na movimentação distal dos tos desfavoráveis nas relações dos arcos e na po-
molares superiores. Recentemente, Hasler et al.16 sição dos incisivos inferiores e, quando os mesmos
(2000) utilizaram a PLA no arco superior, obtendo são exigidos como ancoragem, podem apresentar o
resultados semelhantes ao arco inferior, porém em efeito indesejável de se inclinarem para lingual9.
menores proporções. A placa lábio ativa também Segundo Costa et al.9 (2003), as forças muscula-
pode ser utilizada no arco superior como reforço de res contra o escudo de acrílico inferior é direcionada
ancoragem (para evitar a mesialização dos molares) aos molares superiores, os quais atuam como an-
durante a utilização do aparelho Pêndulo de Hilgers, coragem. Enquanto que os elásticos inseridos nos
ainda segundo Hasler; Ingervall16 (2000). ganchos dos molares inferiores e presos nos apoios
136 PROSTHESIS
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soldados na região anterior do arco interno resulta- tes posteriores em uso concomitante com aparelho
rão na mesialização dos molares inferiores, com a fixo, principalmente na fase de retração inicial dos
vantagem de não necessitar de ancoragem nos den- caninos e do segmento anterior.
tes anteriores inferiores. Pode-se adaptar uma barra Como contraindicações, temos os arcos dentá-
palatina no arco superior para evitar o efeito colate- rios com presença de diastemas, nos casos com in-
ral de inclinação das coroas dos molares para distal. cisivos inferiores vestibularizados, na má oclusão de
O aparelho é composto por um arco confeccio- Classe III, quando há grandes discrepâncias negativas
nado com fio de aço de 0,9 mm de diâmetro com um de espaço no arco mandibular, quando ocorre a pre-
escudo de acrílico na região anterior (Figura 33). sença de terceiros molares inferiores e para distalizar
A PLA modificada é indicada quando há necessi- molares inferiores em dentaduras permanentes.
dade de fechar espaços resultantes de agenesias dos A placa lábio ativa é um aparelho que pode ser
segundos pré-molares inferiores, ou ainda, nos casos utilizado em tempo integral (tornando a colabora-
de mordida aberta, quando pretendemos mesializar ção do paciente mais esperada), é eficiente, econô-
os dentes posteriores. As vantagens e desvantagens mico, de fácil confecção, estético, higiênico, de fácil
são as mesmas da PLA convencional. manuseio e confortável.
A expansão quando feita com a placa lábio ativa
pode ficar mais estável que a terapia extracionista
e depois de oito semanas com a PLA a pressão dos
lábios e bochechas diminuem, ajudando a evitar a
recidiva.
Uma desvantagem é que pela falta de contato
do lábio com os incisivos, esses dentes podem ves-
tibularizar. Vale salientar também que como a PLA
é um aparelho removível, depende da colaboração
do paciente.
A PLA deve ser utilizada 24 horas por dia, ou
seja, por um período diário máximo, sendo removi-
da apenas durante a alimentação, higienização e na
prática de esportes.
O escudo vestibular é responsável por evitar a
Figura 15 - (Costa et al.9, 2003). ação da musculatura jugal, direcionando assim, a
erupção dos molares. Para ocorrer esse direciona-
Discussão mento não precisa haver movimento para distal, mas
apenas não deixar movê-los para mesial, corrigindo
A placa lábio ativa é utilizada como mantenedor dessa forma, o apinhamento no arco inferior.
de espaço na dentadura decídua quando os molares
decíduos forem perdidos precocemente, prevenindo Considerações finais
a mesialização dos molares permanentes. Na denta-
dura mista, a PLA é indicada como recuperador de A PLA é um aparelho eficiente quando bem in-
espaço em pacientes com interposição labial, remo- dicado, é econômico, de fácil confecção, estético,
vendo o hábito vicioso através do escudo de acrílico, higiênico, de fácil manuseio e confortável. Porém,
que deixa a musculatura da língua intervir na vesti- uma de suas principais limitações é a estabilidade
bularização de incisivos e a força gerada pelo lábio em longo prazo da expansão obtida, sendo funda-
no escudo de acrílico resulta na verticalização dos mental a manutenção do espaço com um aparelho
primeiros molares permanentes, recuperando assim, de contenção, devendo continuar seu uso até o final
o comprimento do arco e levando a expansão lateral das trocas de todos os decíduos pelos permanentes,
da arcada inferior. quando a terapia for utilizada na dentadura mista.
O período de utilização da PLA na dentadura O tratamento com a placa lábio ativa direciona
mista coincide com o período de crescimento ativo a erupção dos molares, não precisando, necessa-
da mandíbula. riamente, movê-los para distal, basta não deixá-los
Na dentadura permanente, a PLA pode ser usa- migrar para mesial. Ela evita a ação da musculatura
da com a função de preservar a ancoragem dos den- jugal sobre os incisivos, fazendo com que apenas a
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L A B O R A T O R Y i n Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(130-137).
S C I E N C E

língua atue sobre eles, diminuindo o apinhamento 10. Counihan D. Expansão do arco e a estética facial. Revista Den-
tal Press de Ortod. Ortop.Facial. Mar./Abr. 1999; 4(2).
no momento em que esses dentes começam a in- 11. Denholtz M.A. A method of harnessing lip fissure to move
clinar para vestibular. Ocorre a expansão passiva do teeth. J AmerSocOrthod.1963; 1: 16-35.
12. Dugoni S.A. et al. Early mixed dentition treatment: Post evalu-
arco inferior, esta é restrita a região de caninos e ation of stability and relapse. AngleOrthodontic. 1996, 65:
pré-molares. 311-320.
Um mecanismo usado para potencializar o efei- 13. Filho O.G.D.S., Polete A., Miguita L.F.T., Silva V.B.D. Ação
expansora da PLA na dentadura mista: barras linguais como
to expansor da PLA convencional aplicada nos se- itensificadoras do movimento transversal. Rev. Clín. Ortodon.
gundos molares decíduos inferiores é a adaptação Dental Press, Maringá. Fev/Mar 2008; 7(1): 36-43.
14. Frediani Filho H. Comportamento dos dentes inferiores frente
de barras linguais, com o objetivo de transferir para ao emprego da Placa Lábio-Ativa com elásticos de classe III em
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dade de Odontologia da U.S.P. São Paulo, SP; 1980 63p.
berada pela PLA contra os molares decíduos. Ela age 15. Grossen J., Ingervall B. The effect of a Lip Bumper on Luzir
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Além da PLA convencional usada no arco infe- 17. Ingervall B., Thuer U. No effect of Lip Bumper therapy on the
fissure from Luzir lip on the Luzir incisors. Eur J Orthod. Lon-
rior, existe também a placa lábio ativa superior. Ela don. 1998; 20(5): 525-534.
é utilizada substituindo a tração extrabucal na mo- 18. Maahs M.A.P., Barcellos J.C.D., Prietsch J.R. Tratamento or-
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19. Murphy C.C., Magness W.B., English J.D., Frazier-Bowers
dificada. Ela apresenta o escudo de acrílico conven- S.A., Salas A.M. A longitudinal study of incremental expan-
cional na região da cervical dos incisivos inferiores, sion using a mandibular Lip Bumper. Angle Orthod. Appleton.
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porém vai em direção ao arco superior e insere-se 20. Nevant C.T., Buschang P.H., Alexander R.G., Steffen J.M. Lip
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138 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(1). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

CURSOS
Anatomia e Escultura em Cerâmica Dental
Ministrador: TPD Rodrigo Monsano
Congresso Internacional Inicio: 9 e 10 de Fevereiro de 2012
Brasília Local: Espaço Imersão
R. Vergueiro 1421 Sl. 1310 – Paraíso – São Paulo – SP
Data: 21-24 de Março de 2012
Público alvo: Cd’s TPD’s
Local: Centro de Convenções Duração: 10 módulos
www.abo-df.org.br Informações: (11) 5904-8886 com Juliana Miranda

CURSOS APSORE 2012


21º COPEO Aplicação E-Max
Data: 12-15 de Abril 2012 Data: 03 e 04 Fevereiro
Local: Centro de Convenções de Ministrador: TPD Adriano Covelli.
Pernambuco Enceramento de Diagnóstico e Provisório Visando Criação de
www.abo-pe.org Dentes Femininos
Ministradores: TPD João Paulo M. Leite e auxiliar TPD Peterson Mariano.
Data: 16 e 17 Março
Quatro Módulos - Protocolo de Carga Imediata
Ministrador: Dr° Mario Motareli.
IV Congresso Odonto – Ceará Data: Abril a Julho
Data: 23-26 de Maio de 2012
Contenção de Begg com medidor lingual acrílico foramêm
Local: Expoceará impedidor lingual,mantenedor espaço e estabilizador.
www.abo-ce.org.br Ministradora: Ortotécnica Cecília Cattacini.
Data: 25 e 26 Maio
Montagem de Dentes – Demonstração Sistema STG
Ministrador: TPD Ari Ferreira.
Data: 06 e 07 Julho
13º Congresso de Odontologia Aparelho: Alinhador Inman com memória
do Espírito Santo Ministrador: TPD Waldir Barros.
Data: 28 a 30 de Junho de 2012 Data: 18 Agosto
www.abo-es.org.br
Coping para Metalocêramica – Encerar , fundir e usinar estrutura
metálica para metalocêramica
Ministrador: David Morita
Data: 05 e 06 Outubro
19º Congresso Odontológico Informações:
Riograndense APSORE – Associação dos Técnicos em Prótese Dentária de Sorocaba e
Data: 11 a 15/07/2012 Região
Local: Centro de Eventos PUC – Fone: ( 15) 3018-2658 - [email protected]
RS – Porto Alegre
www.abors.org.br ESPECIALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA FACIAL - SENAC CAMPINAS
Planejamento e confecção de Aparatologia de Ortopedia Facial

Duração: 240 horas


12º Congresso de Odontologia Aulas quinzenais: sextas das 13:30 às 17:30 e sábados das 8:30 às
17:30
do Rio Grande do Norte
Início: 27 de janeiro de 2012 e término 15 de dezembro de 2012.
Data: 23 a 26 de Agosto de 2012 Docente: Cristiane B. André (Kika) e equipe.
Local: Centro de Convenções de Informações: www.sp.senac.br/campinas ou (19) 2117-0600
Natal
www.aborn.org.br
1º Encontro FOFO (Fórum Operacional de
Ortopedia Funcional dos Maxilares e Orto-
3º Congresso Internacional do dontia) APDESP Brasil
Mato Grosso do Sul 15 e 16 junho 2012- 40 vagas
Data: 19 a 21 de Setembro de 2012 Informações- APDESP Brasil (011) 3287 1933 -
Local: Centro de Convenções (011) 3287 1933
Rubens Gil de Camilo - Campo www.apdesp.org.br
Grande
www.aboms.org.br
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Normas para publicação de artigos


1. Objetivos 4.2 As fotografias deverão ser fornecidas em formato digital, a configuração
A revista Prosthesis Laboratory in Science tem como missão a divulgação do scanner dever ser sempre “colorido” “300 dpi” cores CMYK, numera-
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2. Das normas gerais 5.1 Com o objetivo de facilitar a leitura do texto, ficou determinado que
2.1 Os trabalhos enviados para publicação devem ser inéditos, não sendo as citações do autores serão numéricas, respeitando a ordem alfabética
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bito nacional ou internacional. A revista Prosthesis Laboratory in Science As Referências deverão obedecer aos requisitos “Uniform requirements for
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permitindo, entretanto, a sua posterior reprodução como transcrição com de- ferências: Sobrenome com a primeira letra maiúscula e em seqüência letras
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2.2 A Editora Plena, ao receber os artigos, não assume o compromisso de Artigo de periódico
publicá-los. Wenzel A; Fejerskov O. Validity of diagnosis of questionable caries lesions in
2.3 O autor principal receberá um fascículo da revista no qual seu trabalho occlusal surfaces of extracted third molars. Caries Res. 1992;26:188-93.
foi publicado. Os demais autores, se identificados com endereço eletrônico, Tese, Dissertação ou monografia
receberão a versão em PDF. Autor - título, Monografia ou Dissertação ou Tese (especialista, Mestrado ou
2.4 Nenhum Autor será remunerado por artigos publicados. Doutorado). Nome da Faculdade. Nome da Universidade, Cidade onde de-
3. Apresentação de originais e suporte físico, para Artigos Originais, Re- fendeu o trabalho, Estado, Ano e numero de páginas.
lato de Caso e Revisão de Literatura. Livro
3.1 Quanto ao texto, exige-se: correção do português e do inglês; texto Melberg JR, Ripa LW, Leske GS. Fluoride in preventive dentistry: theory and
em arial 12, com espaço duplo. clinical applications. Chicago: Quintessence; 1983.
a) Título e subtítulo (português/inglês): deve ser conciso contendo so- Capítulo de Livro
mente as informações necessárias para a identificação do conteúdo. Verbeeck RMH. Minerals in human enamel and dentin. ln: Driessens FCM,
b)   Nome(s) do(s) autor(es): por extenso na ordem a ser publicada, conten- Woltgens JHM, editors. Tooth development and caries. Boca Raton: CRC
do sua titulação e instituição à qual é afiliado(a). Press; 1986. p. 95-152.
c) Endereço principal para correspondência e e-mail: do autor respon- 6. Anúncios publicitários
sável pelo artigo. Devem estar em conformidade com as especificações contratadas com o se-
d) Resumo consiste na apresentação concisa e sequencial, em um único tor comercial. A revista Prosthesis Laboratory in Science a revista, exime-
parágrafo; deve ter no máximo 250 palavras, ressaltando-se o objetivo, se de qualquer responsabilidade pelos serviços e/ou produtos anunciados,
material e métodos, resultados e conclusões. cujas condições de fornecimento e veiculação publicitária estão sujeitas ao
e) Descritores: correspondem às palavras ou expressões que identifiquem Código de Defesa do Consumidor e ao CONAR (Conselho Nacional de Auto-
o conteúdo do artigo. Para a determinação dos descritores, deve-se con- regulamentação Publicitária).
sultar a lista de “Descritores em Ciências da Saúde – DeCS”, elaborada 7. Critérios de Avaliação
pela BIREME (http://decs.bvs.br). De 3 a 5 descritores. 7.1 Os trabalhos serão avaliados primeiramente quanto ao cumprimento
f) Introdução: resumo do raciocínio e a proposta do estudo, citando somente das normas de publicação. Manuscritos não adequados às instruções serão
referências pertinentes. Estabelecer a hipótese do trabalho. rejeitados e devolvidos aos autores antes mesmo de serem submetidos à
g) Resultados: apresenta os resultados em uma seqüência lógica no texto, avaliação pelos revisores.
tabelas e ilustrações. Não repetir no texto todos os dados das tabelas e 7.2 Os manuscritos aprovados quanto às normas serão submetidos à apre-
ilustrações, enfatizando somente as observações importantes. ciação quanto ao mérito e método científico por, no mínimo, dois relatores de
h) Discussão: enfatizar os aspectos novos e importantes do estudo e as unidades distintas a de origem do trabalho, além do Editor-Chefe. Quando
conclusões resultantes. Não repetir em detalhes dados ou informações necessária revisão do original, o manuscrito será devolvido ao autor corres-
citadas na introdução ou resultados. Relatar observações de outros pondente para modificação. Uma versão revisada com as alterações efetua-
estudos relevantes e apontar as implicações de seus achados e suas das deverá ser re-submetida pelos autores, que será reavaliada pelo Editor-
limitações. Chefe e Corpo Editorial.
h) Conclusão(ões): ou Considerações Gerais 7.3 O Editor-Chefe decidirá sobre a aceitação do manuscrito, podendo, inclusi-
i) Agradecimentos: (quando houver) - agradeça pessoas que tenham contri- ve, devolvê-lo aos autores com sugestões para que sejam feitas as alterações
buído de maneira significativa para o estudo. Especifique auxílios finan- necessárias no texto e/ou ilustrações. Nesse caso, é solicitado aos autores o
ceiros citando o nome da organização de apoio de fomento e o número envio da versão revisada contendo as devidas alterações ou justificativas. Essa
do processo. nova versão do trabalho será reavaliada pelo Editor-Chefe e Corpo Editorial.
j) As referências devem ser apresentadas no final do texto, obedecendo 7.4 Após aprovação quanto ao mérito científico, os trabalhos serão subme-
às normas da ABNT 6023-2002. ( ver item 5 ) tidos à análise da língua inglesa (revisão técnica) e da precisão estatística.
4. Ilustrações, fotografias, posição das tabelas, quadros, figuras, gráfi- Nos casos de inadequação os trabalhos serão encaminhados para os auto-
cos e legendas. res para revisão.
4.1 As ilustrações (gráficos, desenhos, etc.) devem ser construídas prefe- 7.5 Tanto os avaliadores quanto os autores, durante todo o processo de tra-
rencialmente em programa apropriado como Word, Excel, Corel ou outros, mitação dos artigos, não são identificados pela outra parte.
fornecidas em formato digital junto com o CD Rom do artigo e também apre- 7.6 Os conceitos emitidos nos trabalhos publicados serão de responsabilida-
sentadas em folhas separadas (papel) e numeradas consecutivamente em de exclusiva dos autores, não refletindo obrigatoriamente a opinião do Editor-
algarismos arábicos. Chefe ou Corpo Editorial.
140 PROSTHESIS
Prosthesis Laboratory in Science. 2012; 2(139-140). L A B O R A T O R Y i n

S C I E N C E

8. Da correção das provas digitais. cial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação de qualquer natureza, sem
8.1 A prova digital será enviada ao autor correspondente por meio de correio que a prévia e necessária autorização seja solicitada e obtida junto Prosthesis
eletrônico em formato PDF para aprovação final.Caso não haja devolução Laboratory in Science. No caso de o trabalho não ser aceito, a transferência
com aprovação ou correções, publicaremos conforme postado.Correções
de direitos autorais será automaticamente revogada, sendo feita a devolução do
posteriores não serão acatadas.
citado trabalho por parte da Prosthesis Laboratory in Science. Declaro(amos)
9. Encaminhamento dos originais
9.1 Toda correspondência poderá ser enviada através de email ou caso o ainda que é um trabalho original, sendo que seu conteúdo não foi ou está sen-
autor prefira por correio, conforme dados : EDITOR- Editora Plena, R. Capi- do considerado para publicação em outra revista, quer no formato impresso ou
tão Tobias P. da Cruz, 1749 Sl. 05 – Carioca – 83005-050 – São José dos eletrônico. Concordo(amos) com os direitos autorais da revista sobre ele e com
Pinhais, PR. Informações suplementares: (41) 3081-4052 ou via e-mail: edi-
as normas acima descritas, com total responsabilidade quanto às informações
[email protected].
contidas no artigo, assim como em relação às questões éticas.
10. Carta de Submissão
Título do Artigo:_________________________________________________ Data: ___/___/___
______________________________________________________________ Nome dos autores Assinatura
______________________________________________________________ ______________________________________________________________
O(s) autor(es) abaixo assinado(s) submete(m) o trabalho intitulado acima à ______________________________________________________________
apreciação da PROSTHESIS LABORATORY IN SCIENCE para ser publicado,
______________________________________________________________
declaro(mos) estar de acordo que os direitos autorais referentes ao citado tra-
balho tornem-se propriedade exclusiva da Prosthesis Laboratory in Science ______________________________________________________________
desde a data de sua submissão, sendo vedada qualquer reprodução total ou par- ______________________________________________________________

COMO ESCREVER UM ARTIGO


PROSTHESIS LABORATORY IN SCIENCE
Nossa idéia é instruir o técnico na elaboração do seu artigo sem nenhuma dificuldade.
O artigo técnico, não precisa obrigatoriamente ter referências, a não ser que seja citado no corpo do mesmo.
Segue abaixo a sequência passo a passo do modelo de como escrever um artigo:
→ Escolha de um título:
Definir o título; do que se trata. Tornar simples já no título.
O que o autor quer passar para o leitor é o que deve ser colocado no título.
→ Resumo
Um pequeno texto com no máximo 100 palavras, com uma apresentação clara, objetiva e sintética,
descrevendo a natureza do trabalho, os resultados e as conclusões mais importantes.
→ Introdução
A introdução deve situar o leitor no contexto do tema abordado, ou seja, da técnica usada passo a passo, práti-
ca do dia a dia, ponto crítico, justificativas, contribuições e aplicações utilizadas. O texto deve ser breve o objeti-
vo. Caso ache necessário, pode-se colocar uma pequena sequência de fotos e mostrar do que se trata o artigo.
→ Conclusão
Evidenciar com clareza e objetividade as deduções tiradas com a técnica utilizada. Concluir e analisar tudo o que
foi feito e se deu certo ou não.
Exemplo: Após o uso desta técnica, cheguei a conclusão de que pode ser usada ....
→ Materiais utilizados:
Deverão ser mencionados e citados no final do trabalho com o título, inclusive mantendo o nome do fornece-
dor.
→ Fotos:
Sequência de fotos passo a passo com as legendas ( por numeral ou letra ). As fotos devem estar salvas uma a
uma em arquivo JPEG com a resolução de 300 dpi e tamanho padrão sem recorte.
Todas as fotos podem ser enviadas por e-mail, direto para a ediçã[email protected]
As mesmas serão analisadas pelo tratador de imagens afim de verificar se estão aptas para publicação.

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