Oficina Sobre Textos Literários
Oficina Sobre Textos Literários
Oficina Sobre Textos Literários
Oficina 2
DESENVOLVIMENTO
INFÂNCIAS, MEMÓRIA E LITERATURA Primeiro momento: Roda de conversa sobre o texto “Das
Saudades que não tenho”, de Bartolomeu Campos de Queirós.
Segundo momento:
roda de conversa sobre obras da literatura infantil
OBJETIVOS • Valorizar a experiência cultural das professoras • Será disponibilizado um conjunto de cerca de 15 obras literárias que abor-
ESPECÍFICOS em suas dimensões lúdica, estética e poética; dam a temática das memórias e infâncias. Cada formadora deverá esco-
DESTA OFICINA lher 2 ou 3 obras para fazer a mediação com as professoras e promover o
• Refletir sobre a relação entre essa experiên- debate ao longo da oficina.
cia cultural pessoal e a ampliação da experiên-
cia de vida dos bebês e crianças na Educação • Proposta: a formadora lê uma das obras escolhidas e abre para o debate, a
Infantil; partir das perguntas: o que os livros nos provocam a pensar sobre a nossa
relação com a nossa própria infância? Como essas memórias influenciam
• Reconhecer a relevância dessa cultura como a minha experiência com as obras lidas? As minhas memórias influenciam
componente curricular da Educação Infantil; a minha constituição como professora? Como essas memórias me ajudam
a pensar a minha ação docente?
• Refletir sobre a relação pessoal com as memó-
rias da própria infância e sobre o impacto delas • Posteriormente, faz a leitura da segunda e da terceira, retornando para
na atuação docente. as mesmas perguntas e abrindo para o debate.
272 273
Oficina 2
Terceiro momento: apreciação das obras pelas professoras. ACERVO SUGERIDO:
40’ Leitura e discussão dos livros de literatura infantil A quatro mãos A viagem dos elefantes
Autoria: Marilda Castanha Autoria: Dipacho
20’ Apreciação das obras Editora: Companhia das Letrinhas Tradução: Márcia Leite
Editora: Pulo do Gato
274 275
Oficina 2
ACERVO SUGERIDO: ACERVO SUGERIDO:
276 277
Oficina 2
ACERVO SUGERIDO: ACERVO SUGERIDO:
278 279
Oficina 2
TEXTOS DE REFERÊNCIA: “O desafio da docência na Educação Infantil está em cruzar fronteiras entre o
tempo adulto e o tempo criança, nos modos de perceber o mundo como estraté-
Profissão e formação docente: introduzindo algumas reflexões - gia para constituir uma pedagogia voltada para a intenção de estender pontes
Caderno 0 entre expressões culturais nos processos coletivos de aprender a significar o
vivido”. (RICHTER, 2017, p.36)
“A formação do professor está diretamente relacionada à própria história de
vida do educador. O seu percurso de vida pode ser formador, e esse é um dos
elementos fundamentais para a trajetória profissional dos sujeitos. Há uma Docência na Educação Infantil: contextos e práticas - Isabel de
relação estreita entre o que o professor é, como ele se vê e como desempenha Oliveira e Silva - Caderno 1 - unidade 2
a sua função profissional. Como afirma Nias, citado por Névoa (1992, p.25): ‘O
professor é a pessoa. E uma parte importante da pessoa é o professor’.” (p.24) “No caso da Educação Infantil, sua finalidade é o compartilhamento do cui-
dado e da educação das crianças até os cinco anos de idade com as famílias e
“A questão da formação profissional, a questão da configuração profissional, a comunidade. Isso implica o desenvolvimento de ações fundamentadas em
não é somente algo relacionado ao domínio de novas técnicas, de novos para- conhecimentos aprofundados sobre a criança e seu meio, sobre a sociedade,
digmas teóricos. Não se trata apenas de uma questão de apreensão de técnicas sobre o papel das interações entre adultos e crianças, entre as crianças e entre
ou de conceitos, mas também de se compreenderem os valores, as definições estas e o ambiente natural e social, para o seu bem-estar, desenvolvimento e
éticas, as visões de homem, de Educação, de mundo que esses docentes intro- participação na cultura” (p.63).
jetaram e vêm introjetando ao longo de suas vidas pessoais e profissionais.”
(p.24) “Atender às especificidades, valorizando a diversidade, é assegurar o direito de
todas as crianças ao pleno desenvolvimento e participação na cultura” (p.67)
Docência e formação cultural - Sandra Richter- Caderno 1 - “(...) como profissionais da Educação infantil, as professoras têm ainda essa
unidade 1 função: a de compreender os contextos que envolvem a vida familiar das crian-
ças” (p.68)
“[...] o modo como se efetua o acolhimento de bebês e demais crianças na
creche e na pré-escola está profundamente comprometido com as experiências “(...) A literatura, como produção cultural fundamental, deve ser apresentada
culturais dos adultos que os acompanham.” (RICHTER, 2017, p.18). às crianças desde bebês, tanto em razão de suas possibilidades de favorecer a
fantasia, capacidade fundamental no desenvolvimento cognitivo e afetivo das
“[...] formar-se culturalmente não é receber informações a serem reconheci- crianças, quanto como forma de criar relação com a língua escrita de forma
das e acumuladas, mas realizar a experiência intransferível de se apropriar de significativa e prazerosa” (P.74).
uma relação com o mundo, e essa relação é inseparável de uma relação com a
linguagem”. (RICHTER, 2017, p.20). “(...) cabe à professora refletir sobre sua própria relação com as diferentes
manifestações culturais de nossa sociedade, ampliando seu repertório de forma
“Tanto a ciência quanto a arte, tanto a objetividade racional quanto a ambiguidade a enriquecer a experiência das crianças.” (P.74)
da imaginação poética, tanto a reflexão quanto o devaneio exigem aprender a
decifrar e interpretar sentidos. Ou seja, exigem linguagem”. (RICHTER, 2017, p.34)
280 281