O Aluno e o Sabe

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 15

1

Digital Object Identifier (DOI): 10.38087/2595.8801.38

O PAPEL DA ESCOLA INCLUSIVA COMO


MEDIADORA ENTRE O ALUNO E O
SABER
Marta Schmitd O'Connell

RESUMO: É preciso considerar a escola, em todos os seus níveis de ensino, como um lugar
onde cabem formas diferentes de compreender o mundo, onde conhecer é aprender a vida e
seus infinitos aspectos, onde cada professor deve construir conhecimentos teóricos que lhe
permitam uma visão não fragmentada do ato de educar. A prática da inclusão de alunos com
necessidades educativas especiais em todos os níveis de ensino é hoje uma política educacional
garantida pela legislação, tanto para a rede pública quanto privada em nosso país, apesar de
serem, ainda, poucas as experiências bem sucedidas que foram cientificamente estudadas e
divulgadas, gerando uma demanda para a realização de pesquisas sobre o tema. Partindo desse
pressuposto, o presente trabalho propõe investigar, através de um estudo bibliográfico, como a
inclusão educacional vem ocorrendo no cotidiano das Instituições de Ensino desde a Educação
Infantil até ao Ensino Superior de nosso país, visando identificar os benefícios e as dificuldades
referentes à implementação desta proposta educacional para a comunidade escolar como um
todo.
Palavras-chave: Educação. Inclusão. Diversidade. Qualidade.
2

1 - INTRODUÇÃO

Este trabalho visa esclarecer que a Educação Inclusiva é mais do que criar condições
para qualquer aluno com necessidades educacionais especiais, a inclusão é um desafio que
implica mudar a escola como um todo, no projeto pedagógico, na postura diante dos alunos, na
filosofia, valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender a todos, incorporar a diversidade,
sem nenhum tipo de distinção.
Com isso não se trata apenas de admitir a matrícula desse aluno, isso nada mais é do
que cumprir a lei. Portanto sua integração é fundamental, sendo importante o envolvimento da
família e da sociedade.
A educação inclusiva é um meio privilegiado para alcançar a inclusão social, embora
não seja o único. O governo e a sociedade não devem se manter alheios, pois a inclusão não se
faz apenas no âmbito educativo, mas também em todo contexto social.
A inclusão, no decorrer deste processo inclusivo que é norteado por leis que visam à
qualidade de ensino, deve-se apoiar em novos paradigmas educacionais desenvolvendo assim
as competências e habilidade dos educandos e educadores por uma inclusão e interação
abrangente na diversidade social.
A importância de discutir o tema justifica pelo fato de que, para os deficientes, ainda
hoje a inclusão não é realidade em algumas escolas, sejam públicas ou privadas. A compreensão
desta complexidade na realidade educacional requer um olhar inovador e tem um papel
relevante frente a esses desafios.
Espera-se que este estudo conduza transformações nas instituições escolares, que
ocorra mudanças de atitudes com relação aos alunos com necessidades educacionais especiais.
Mudanças que ocorram na efetivação de uma política de uma educação inclusiva, onde
todos os envolvidos possam cumprir com seus deveres trabalhando a diversidade e valorizando
o direito de todos à educação.

2 - REFERENCIAL TEÓRICO

Para Sassaki (1997, p. 41) inclusão é:


Um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus
sistemas sociais gerais pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente,
estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. (...) Incluir é trocar,
entender, respeitar, valorizar, lutar contra exclusão, transpor barreiras que a
sociedade criou para as pessoas. É oferecer o desenvolvimento da autonomia,
por meio da colaboração de pensamentos e formulação de juízo de valor, de
modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da
vida.
3

A educação inclusiva é uma educação voltada para a cidadania global, plena, sem
preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças.
Para o autor Gomes (2007, p. 44) a inclusão envolve:
[...] uma filosofia que valoriza diversidade de força, habilidades e necessidades
[do ser humano] como natural e desejável, trazendo para cada comunidade a
oportunidade de responder de forma que conduza à aprendizagem e do
crescimento da comunidade como um todo, e dando a cada membro desta
comunidade um papel de valor.
Percebe se que a escola trabalha baseada na defesa de princípios, valores éticos na
influência dos ideais de cidadania e justiça a uma proposta que aponta a divulgação de práticas
pedagógicas valorizando o aluno, individualmente, em sua maneira especial durante o processo
envolvendo aprendizagem, com empenho compromisso, a comunidade escolar.
Considera se educação inclusiva através da socialização, interação e a própria
construção do conhecimento. A perspectiva educacional, deverá conceder momentos
(MITLER, 2003, p.25)
No campo da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação
das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso
a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola.
A inclusão é um processo que inclui criatividade e atividade, se resume em
“cooperação/solidariedade, respeito as diferenças, comunidade, valorização das diferenças,
melhora para todos, pesquisa reflexiva (SANTOS, 1999, p. 91 ) .
Mediador é o educador responsável pela construção do conhecimento, interação ,
socialização do aluno com NEE, sendo a inclusão considerada uma tentativa de restaurar esse
público, investigando desde os casos mais simples ao mais singelos , afinal educação de
qualidade é um direito de todos.
De acordo com a autora para se realizar os desafios e metas da rede educacional deve se
direcionar, focar-se nos quatro pilares da educação “aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a viver juntos e aprender a ser” (SANTOS, 1999, p. 92).
Porém é notado que a educação inclusiva se realiza através da socialização e
aprendizado, trabalho em equipe “condizentes com a igualdade de direitos e de oportunidades
educacionais para todos, em um ambiente educacional favorável” (BRASIL, 2006, p.17).
Uma educação de qualidade para todos procura vários fatores e a aceitação como a
valorização das diferenças resgatando valores e o respeito ao aprender e construir conforme a
Declaração de Salamanca (1994, apud BUOSI, 2012, p. 18-19):
[...] as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter
acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar [...] elas constituem
os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, construindo
uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos.
4

2.1 - ASPECTOS HITÓRICOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Os registros Históricos comprovam que vem a longo tempo a resistência à aceitação


social das pessoas com deficiência e demonstram como suas vidas eram ameaçadas. Os dados
revelam essa evidência entre os romanos, no início da era cristã.
Como afirma (MISÉS,1977, p. 14) sobre os antigos fatos:
Nós matamos os cães danados e touro, ferozes, degolamos ovelhas doentes,
asfixiamos recém -nascidos mal constituídos mesmos as crianças se forem
débeis ou anormais, nós as afogamos, não se trata de ódio, mas da razão que
nos convida a separar das partes aquelas que podem corrompê-las.
Desde a antiguidade, sujeitos que apresentavam características diferenciadas eram
tratados com discriminação e também com uma perspectiva discriminatória e marginalizante.
Sociedades como a Espartana e a Romana eram exemplos destas práticas, ao promoveram o
infanticídio e o abandono desses sujeitos.
Cabia aos anciões dessas sociedades examinarem os recém-nascidos, no sentido de os
avaliarem visualmente, a fim de encontrarem defeitos que pudessem servir como motivo para
as práticas descritas acima.
Ambas as sociedades abandonavam bebês em covas, em lugares distantes ou os
afogavam na margem dos rios. Muitas vezes, ainda, eram atirados de desfiladeiros. Você deve
estar pensando como eram cruéis estes povos, porém não se esqueça de que naquela época o
“culto ao corpo” - o modelo de homem era o soldado- se fazia presente. (Fonseca,1989, p. 217),
salienta que:
No passado, a sociedade desenvolveu quase sempre obstáculos à integração das
pessoas deficientes. Receios, medos, superstições, frustrações, exclusões,
separações etc, preenchem lamentavelmente vários exemplos históricos que vão
desde Esparta à Idade Média.
A literatura da Educação Inclusiva segundo Ferreira (1994), registra a história do
atendimento à pessoa com necessidades especiais no mundo ocidental, incluindo o deficiente
mental, a partir de meados do século XIV, quando a questão da diferença ou a fuga do padrão
considerado normal vai passar da órbita de influência da igreja para se tornar objeto da
medicina.
Fonseca (1995) aponta os estudos de Jean Itard (1775-1838), na França, que foi
considerado o pai da Educação Inclusiva, que investiu grande parte de sua vida na recuperação
de Vitor( um menino portador de deficiência profunda) . Com o menino Vitor( o menino lobo)
, nasce talvez a primeira tentativa de estudar e modificar o potencial cognitivo, desenvolvendo-
se a Itard o primeiro esforço e estudo sistemático de reabilitação de uma criança diferente.
No inicio do século XX, mudanças significativas ocorreram a partir dos movimentos
dos pais, principalmente na Europa e EUA, que buscavam melhores condições educacionais e
sociais para seus filhos, nascendo, assim, as Associações de Pais e Amigos Excepcionais-
APAES.
5

Com a movimentação da família dos sujeitos com necessidades educacionais especiais,


a área acadêmica também foi atingida, tendo que rever conceitos teóricos e pesquisas existentes
na época que se geravam paradigmas e correntes epistemológicas diferenciadas.
Desta forma, duas visões, acerca da deficiência tornaram-se muito importantes para o
desenvolvimento da Educação Especial, principalmente nos anos 40 e 50. O primeiro
movimento centrava-se na visão Endógena , negando as possibilidades interventivas, visto que
nesta perspectiva a deficiência encontrava-se no sujeito, algo interno que impossibilitava ao
sujeito aprender, desenvolver-se, etc.
Essa visão trouxe consigo a busca por uma identificação precisa do distúrbio/deficiência
, fazendo com que os testes de inteligência se propagassem. Os testes eram utilizados no sentido
de delimitar as dificuldades e capacidades dos sujeitos, destacando suas incapacidades e
promovendo a continuidade da discussão entre causas endógenas e exógenas.
Um segundo movimento torna-se então presente, para discutir e redefinir a perspectiva
da incurabilidade do distúrbio proposta pelo movimento anterior. Nasce aqui o movimento
Exógeno, destacando as questões sociais e educacionais presentes na deficiência.
Centravam, assim, suas ações nas relações sociais e culturais presentes no cotidiano dos
sujeitos que apresentavam alguma deficiência. Para estes, o ingresso dos sujeitos deficientes na
sociedade se fazia primordial.

2.2 - DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

Devido à inquietação que a exclusão do portador de deficiência causava nos países da


Europa, e também para reafirmar o direito da educação para todos, em 10 de junho de 1994.
Representantes de 92 países de 25 organizações internacionais realizaram a Conferência
Mundial de Educação, encontro patrocinado pelo governo espanhol e pela UNESCO, conhecida
na história da Educação como a Declaração de Salamanca.
Um dos aspectos mais ressaltados durante as discussões era o modo como o sistema
educacional tem atuado, levando à exclusão de uma grande parcela dos alunos. Os especialistas
revelaram que a inclusão dos grupos minoritários não é uma decorrência natural do sistema de
ensino, mas exatamente o oposto. O sistema tende a excluir os alunos diferentes, privilegiando
os alunos considerados normais.
A Declaração de Salamanca partiu do seguinte pressuposto:
As escolas regulares com orientação para a educação inclusiva, são meios mais
eficaz no combate às atitudes discriminatórias, propiciando condições para o
desenvolvimento de comunidades integradas, base da construção da sociedade
inclusiva e obtenção de uma real educação para todos. (DECLARAÇÃO DE
SALAMANCA,1994, p.09)
Teve como objetivo fundamental apontar que:
A escola inclusiva é o lugar onde todas as crianças devem aprender juntas,
sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou
diferenças que elas possam ter, conhecendo ou respondendo às necessidades
diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem
6

e assegurando uma educação de qualidade a todo a através de um currículo


apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e
parceria com as comunidades.(DECLARAÇÃO DE SALAMANCA,1994, p.11)
A Declaração de Salamanca e a Política em Educação Especial culminou em um
documento das Nações Unidas, intitulado “Regras Padrões sobre Equalizações de
Oportunidades para Pessoas com Deficiência”, o qual demanda que os Estados membros
assegurem que a educação de pessoas com NEE seja parte integrante do sistema educacional,
reafirmando o compromisso para com a Educação para Todos,ao reconhecerem a necessidade
e urgência para providenciar uma educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades
educacionais especiais (NEE) dentro do sistema regular de ensino.
Proclamaram (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, in UNESCO, 1994, p.08) que:
- Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a
oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem;
- Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de
aprendizagens são únicas;
- Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola
regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia na criança, capaz
de satisfazer tais necessidades;
- Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios
mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, criando-se comunidades
acolhedoras, construindo uma nova sociedade inclusiva e alcançando educação
para todos; além disso, tais escolas provêm uma educação efetiva à maioria das
crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de
todo o sistema educacional.
Também na Declaração de Salamanca fica ressaltado que os alunos com NEE deve
receber apoio suplementar de que precisam para assegurar uma Educação eficaz, apostando que
a Educação Inclusiva é a melhor forma de promover a solidariedade entre os alunos especiais e
aqueles considerados normais.

2.3 - INCLUSÃO E INTERAÇÃO

A Educação Inclusiva indica que todas as pessoas com necessidades educacionais


especiais sejam matriculadas nas escolas regulares, baseando-se no princípio de educação para
todos.
Entretanto, devemos ser cautelosos, para não admitirmos uma ideia falsa de escola
democrática. Ela será democrática, à medida que acolher a todos, integrar, educar, ensinar,
respeitando as diferenças e o desenvolvimento da capacidade do aluno em aprender a aprender.
2.3.1 - O Papel da Família
O mundo da criança no útero materno é repleto de sensações agradáveis, de aconchego,
calor e movimento, ao nascer, precisa se readaptar as novas circunstâncias, reage a luzes fortes,
ruídos intensos, manipulações bruscas, que causam sentimento de angústia e desamparo. Ela
sozinha não é capaz de manter-se e desenvolver-se. Depende de sua mãe para os cuidados
básicos que garantem sua subsistência.
7

Estes cuidados consistem, não só em alimentação, higiene, como também, carinho e


proteção que contribuem, de forma significativa, para o seu desenvolvimento emocional. É nos
cuidados básicos que a mãe dispensa ao recém-nascido que tem início a relação mãe/filho.
A qualidade dessa relação determina as possibilidades de um desenvolvimento global
satisfatório e ajustado.
A criança precisa se sentir aceita e amada para que tenha segurança em arriscar-se nos
primeiros movimentos, rumo à independência. As primeiras relações sociais que mantém á com
sua mãe e sua família.
Um clima saudável proporciona bom desenvolvimento afetivo intelectual, físico e
motor. Um ambiente hostil desorganiza todo processo evolutivo e a formação da personalidade.
O papel da família é fundamental como facilitador das aquisições dos padrões de postura
e do movimento, na educação, no desenvolvimento da inteligência e na organização da
personalidade, em todas as fazes do processo evolutivo da criança.

2.3.2 - O Papel da Escola


Escola é o estabelecimento público ou privado onde se ministra sistematicamente,
ensino coletivo. O ensino coletivo é, portanto, pressuposto para ser "escola".
Para não ser discriminatório a ter a coletividade como público, deve ser o local onde
estudam os alunos do bairro, da comunidade, independentemente de suas características
individuais. Só assim a escola será o espaço adequado e privilegiado da preparação da cidadania
e para o pleno desenvolvimento humano.
É urgente que a escola enfrente o desafio das diferenças e possa assim colher os
benefícios de ser um local acolhedor para todos e, consequentemente ser "escola" de verdade.
A construção de uma escola de boa qualidade para todos, deve, necessariamente
envolver o desenvolvimento de políticas escolares de aprimoramento profissional docente, com
vistas a prepará-los pedagogicamente para trabalhar com a pluralidade sociocognitiva e
experiencial dos estudantes, por meio de enriquecimento de conteúdos curriculares que
provocam a igualdade, a convivência pacífica, a aprendizagem mútua, a tolerância e a justiça
social.
2.3.3 - O Papel da Sociedade.
A inclusão social é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de
sociedade através de transformações, pequenas e grandes, no ambiente, espaços, equipamentos,
aparelhos, utensílios, transporte e na mentalidade das pessoas, inclusive, do próprio portador da
deficiência. E então poderemos dizer: Educação inclusiva, transporte inclusivo, lazer inclusivo,
etc. Ou ainda, educação para todos, transporte para todos, lazer para todos.
A inclusão é uma proposta, um ideal. Se quisermos que a sociedade seja acessível e que
dela todas as pessoas possam participar, em igualdade de oportunidades, é preciso fazer desse
ideal uma realidade a cada dia.
8

As ações de cada indivíduo, das instituições e dos órgãos públicos, deve ser pensada e
executada no sentido de divulgar os direitos, a legislação e programar ações que garantam o
acesso de todas as pessoas a todos os seus direitos. Sabe-se que mudar o contexto de uma hora
para outra é impossível.
Desejar uma sociedade acessível e se empenhar pela sua construção não pode significar
o impedimento de acesso das pessoas com deficiência aos serviços atualmente oferecidos, pelo
contrário, deve-se manter o olhar no ideal, mas os pés na realidade.
A inclusão envolve mudanças em todas as pessoas e é um trabalho longo e desafiador.
Igualdade de oportunidades é um desejo de muitas pessoas para um futuro mais inclusivo.
2.3.4 - O Papel do Professor.
O educador inclusivo precisa ter uma clara preocupação do caminho que terá que
percorrer para alcançar seus objetivos.
Se preocupar com a sociedade mais justa e democrática, sabendo que assim ele poderá
obter possibilidades e alternativas para praticar a educação.
Este educador tem que estar ciente que é de extrema importância para o
desenvolvimento humano, as condições para a formação educativa, isto é essencial.
Ele tem que ser responsável para garantir ao indivíduo o direito à educação, não se
preocupando apenas na transmissão de conhecimentos, mas também o afeto, o calor humano e
oferecer uma escola e ensino de qualidade.
É importante se interessar e conhecer os procedimentos pedagógicos atuais para avaliar
as mudanças necessárias de métodos e dos recursos específicos.
Tem que reconhecer ou procurar aprofundar na vida pessoal, no ambiente familiar destes
indivíduos para que possa planejar as tarefas de ensinar, com mais profundidade e atenção, só
assim irá ocorrer a transformação, por menos que seja.
Para que esta transformação se faz necessário que o educador tenha uma boa formação
e procure sempre estudar e pesquisar para melhorá-la.
Este profissional deverá ter noção de ajustamento, correção e reabilitação e para isto é
muito importante que promova sempre que necessário um atendimento multidisciplinar.
O educador deve ter a clara noção que, a partir do momento que escolheu lidar com a
conscientização de seu sentimento de insegurança em relação ao conteúdo a ser trabalhado com
os alunos.
É uma missão, uma tarefa, mas uma grande esperança e isso são o que o educador tem
que ter.
Como afirma Alves (2005) os profissionais devem perceber que eles podem ser o
primeiro fator da inclusão ou não dessa criança.
9

2.4 - VALORIZAR O DIREITO A EDUCAÇÃO NO CASO DE PESSOA COM


NECESSIDADES ESPECIAIS.

A Constituição Federal (1988) respalda avanços significativos em se tratando da


educação escolar de pessoas com deficiência, elege como fundamentos da República a
cidadania e a dignidade da pessoa humana (art.1º, incisos II e III), como um dos seus objetivos
fundamentais, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, cor, sexo, idade
e quaisquer outras formas de discriminação (art.3º, inciso IV ).
Garante ainda o direito à igualdade (art.5º) e trata, no art. 205 e seguintes, do direito de
todos à educação. Esse direito deve visar ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para
a cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A Constituição também elege como um dos princípios para o ensino, a igualdade de
condições de acesso e permanência na escola (art.206, inciso I), acrescenta que o dever do
Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados
de ensino, da criação artística, da pesquisa, segundo a capacidade de cada um (art.208, V).
O acesso a todas as séries do ensino fundamental (obrigatório) deve ser
incondicionalmente garantido a todos. Entretanto critério de avaliação e de promoção tem como
base o aproveitamento escolar e previsto na LDB - 1996 (art.24), dever ser reorganizados,
de forma a cumprir os princípios constitucionais de igualdade de direito ao acesso e
permanência na escola, bem como aos níveis mais elevados do ensino, de acordo com a
capacidade de cada um.
Não adianta que todos os educandos tenham acesso a escola, sem a garantia do
prosseguimento da escolaridade, de acordo com o nível que cada aluno é capaz de atingir. Ao
contrário do que alguns pensam não há inclusão quando a inclusão da mesma é condicionada à
matrícula
Infelizmente ainda não estamos caminhando para uma inclusão, por vários motivos tais
como negligência de alguns pais, acomodação de alguns profissionais envolvidos e políticas
públicas.
Toda a escola deve atender aos princípios constitucionais, não excluindo nenhuma
pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade ou deficiência e com isso garantido a
todos o direito à educação e o pleno acesso à mesma.
Para os defensores da inclusão escolar seriam indispensável que as instituições de ensino
eliminassem velhos paradigmas e adotassem novos métodos e práticas de ensino adequados às
diferenças individuais de um modo geral, favorecendo alternativas que buscam contemplar a
diversidade presente no dia a dia escolar, além de recursos humanos e materiais, e também
equipamentos especializados, para atender de um modo geral as necessidades educacionais dos
aprendizes, com ou sem deficiência, mas sem discriminação (MANTOAN,1999,2001;
FOREST,1985).
Não adianta o acesso de todos os educandos à escola, sem garantir o prosseguimento da
escolaridade, de acordo com o nível que cada aluno é capaz de atingir. Ao contrário do que
alguns pensam, não há inclusão, quando a inserção da mesma é condicionada à matrícula.
10

A inclusão é uma inovação em favor de uma educação mais humana e democrática, que
implica em um esforço para que as mudanças aconteçam e reestruturem as condições atuais
presentes nas escolas brasileiras, em especial, as de nível básico, a qual se quer chegar, quando
esta assume que as dificuldades presentes no contexto escolar não são apenas dos alunos, mas
resultam em uma grande parte da maneira como o ensino é ministrado, a aprendizagem é
concebida e avaliada.
É necessário mudar essas condições de ensino vigente nas maiorias das escolas, mas as
mesmas enfrentam inúmeros desafios para mudar o ensino nelas ministrado para atender as
especificidades dos educandos que por motivos peculiares não conseguem acompanhar os
colegas da turma.
Ao aproximar os alunos entre si, tratar as disciplinas como meio de conhecer melhor o
mundo e as pessoas que nos rodeiam e ter como parceiras: famílias e comunidades no
cumprimento de seus objetivos, a escola estará se distinguindo em prol de um ensino de
qualidade, ou seja, capaz de formar pessoas, de acordo com os padrões requeridos em uma
sociedade mais evoluída e humanitária.
Em se tratando de qualidade, é bom afirmar que são espaços educativos de concentração
de personalidades humanas autônomas, críticas, sobre os quais as crianças aprendem a valorizar
as diferenças pela convivência com seus pares: pelos professores, pelo ensino ministrado nas
salas de aula pelo clima sócio afetivo das relações estabelecidas em toda a comunidade escolar,
deixando de lado as tensões competitivas.
Escolas assim concebidas não excluem ninguém de suas classes, de seus programas, de
suas aulas, das atividades do convívio escolar de uma forma mais ampla. São contextos
educacionais onde todos os alunos têm a possibilidade de aprender a aprender, freqüentando
uma mesma turma.
Finalizando, embora possa assustar pelo grande número de mudanças e pelo teor que
cada um influi no processo educacional, a inclusão é uma grande oportunidade para todos os
envolvidos, sejam eles: alunos, pais e professores demonstrar suas competências, habilidades e
responsabilidades diante deste novo âmbito educacional e social. Portanto, a inclusão se faz
vital para melhorar as condições da escola formando gerações preparadas para viver sem
preconceitos e barreiras.

2.5 - AS ADAPTAÇÕES CURRICULARES: DE GRANDE PORTE E PEQUENO


PORTE

Seguindo diferentes níveis de atuação: nos sistemas de ensino, no projeto politico-


pedagógico e no planejamento do professor.
Conforme o documento Adaptações Curriculares (BRASIL, 2009, p.9) existem dois
níveis de adaptações que podem ser efetivadas: as adaptações de grande porte (significativas) e
as de pequeno porte (não significativas) .
De maneira geral, as adaptações curriculares de grande porte são úteis para atender à
necessidade especial do aluno quando houver discrepância entre suas necessidades e as
exigências do currículo regular, à medida que se amplia a complexidade das atividades
11

acadêmicas, no avanço da escolarização.


As adaptações curriculares de grande porte são adaptações significativas, estratégias que
compreendem ações que são da competência e atribuição político-administrativas superiores
pois exigem mudanças que envolvem ações políticas, administrativas,financeiras, burocráticas.
(GÓES, 2002, p. 57)
É essencial que a escola regular possibilite as mudanças que forem fundamentais para
atender às necessidades do aluno.
De acordo com a Cartilha de Adaptações Curriculares de Grande Porte recomenda que
tem de ter cuidados rigorosos antes de efetuar as adaptações significativas levando em questão:

• a real necessidade do aluno;


• a relação entre o nível de competência curricular do aluno e a proposta
curricular regular ;
• o caráter processual do desenvolvimento humano e da aprendizagem,
permanecendo aberto para subsequentes alterações nas decisões
tomadas.(BRASIL, 2009, p.18)

Sendo assim a realização de tais adaptações significativas devem ter uma avaliação
cautelosa do aluno, basear-se na analises do ambiente escolar e familiar do aluno,ter o
envolvimento da equipe escolar durante o estudo e decisões sobre os procedimentos em cada
caso,ter registrado na ficha do aluno todas as decisões e adequações efetuadas e "evitar, sempre,
que as programações individuais sejam definidas, organizadas e realizadas com prejuízo para o
aluno, ou seja, para o seu desempenho, promoção escolar e socialização." (BRASIL, 2006,
p.21)
A Cartilha sobre adaptações alerta que evite adaptações curriculares de grande porte
sem necessidades principalmente a que envolvem a retirada de conteúdos,anulação de
disciplina ou de áreas curriculares complexas.(BRASIL, 2006, p.36)
Tem-se especialidades de Adaptações Curriculares de Grande Porte, definidas pelos
elementos curriculares nos quais se agregam as categorias como adaptações de:

• Acesso ao currículo que é de responsabilidade da política-administrativa no que se refere a


criação de condições física, ambientais e materiais para a escola e para as necessidades dos
alunos, como a compra de materiais e móveis adequados á sua deficiência.Inclui também
a capacitação continuada dos professores e demais profissionais;

• Adaptação de objetivos que visa a viabilidade de se retirarem objetivos básicos ou


incluírem objetivos específicos , complementares e/ou alternativos tudo para beneficiar o
convívio dos aluno com deficiência ao meio escolar;

• Na adaptação de tem se a escolha de tipos de conteúdos ou reestruturação da sequencia de


conteúdos ou a retirada de conteúdos acompanhando as adaptações sugeridas para os
objetivos educacionais. Dessa forma o docente poderá ter de trabalhar com um plano básico
para classe e versões um pouco adaptadas desse plano de ensino para melhor atender as
necessidades especiais dos alunos (BRASIL, 2009 p.41);

• Em método de ensino e da didática adaptar o método de ensino as necessidades de cada


aluno é um procedimento fundamental na atuação profissional do educador de educação
12

regular e a especial(professor do AEE (Atendimento Especializado Educacional) e demais


profissionais especializados.Outra adaptação significativa é a decisão política-
administrativa é sobre a quantidade de alunos que prevê de 25 a 30 alunos ,sendo destes
um máximo de 2 com deficiência seria o ideal para uma sala. Dentro a essa categoria
encontramos o papel dos profissionais que devem atuar em sintonia, tendo o professor de
sala regular e professor do AEE cooperação durante o processo de planejamento,aplicação
de conteúdos, avaliação e encaminhamentos para níveis posteriores de escolarização;

• A avaliação acontece por meio de um sistema continuo,permitindo reajustes iguais ao plano


do professor e suas ações de ensino auxiliando as necessidades da criança em seu
desenvolvimento de aprendizagem.Saber que a oportunidade de adaptar o sistema de
avaliação para o aluno de acordo com sua deficiência é uma forma para avaliar a
aprendizagem do educando com responsabilidade.

• Adaptação de temporalidade são ajustes no tempo de duração do aluno em uma serie/ciclo


sem prejuízo quanto a sua idade, o importante é que o aluno com necessidades educacionais
especiais vivencie juntamente com seus pare.( BRASIL, 2009 p.50)
As adaptações de pequeno porte não são significativas, são modificações promovidas
no currículo,pelo professor, autorizando e promovendo a participação produtiva dos alunos com
necessidades especiais no processo de ensino aprendizagem dentro da escola juntamente com
seus colegas de sala.
Essas adaptações são decorrentes as necessidades do alunos e de responsabilidade do
professor, sem depender de autorização de seus superiores nas áreas políticas administrativa.
Para que as adaptações de pequeno porte atendam as peculiaridades dos alunos o
planejamento do professor deve ter : organização o espaço físico da sua sala; seleção e
adaptação de materiais;planejamento das estratégias de ensino;diversificação de metodologia
para ensino e avaliação e flexibilização de tempo.
O professor também tem de: favorecer a comunicabilidade e interação entre o aluno os
colegas de sala e com as demais pessoas da escola; a participação em atividades em grupo ;estar
presente na aquisição de equipamentos e recursos materiais específicos; utilizar de meios
variados de comunicação no momento de ensino,de aprendizagem e de também no momento
de avaliação e propiciar sentimentos de auto estima afastando a ideia de fracasso.
As adaptações não significativas também ocorrem nas categorias como em :

• adaptações de objetivos:que se atribuem a ajustes que o educador deve fazer nos


objetivos pedagógicos que constam no seu plano de ensino,na condição de adaptá-los
as peculiaridade e condições dos educandos com necessidades especiais;

• adaptações de conteúdos: "os tipos de adaptações de conteúdos podem ser a priorização


de tipos de conteúdo, priorização de áreas ou unidades de conteúdo,reformulação de
sequência ou a eliminação de conteúdos secundários acompanhando as adaptações
propostas para os objetivos educacionais"(BRASIL, 2009, p.60).

• De acordo com a Cartilha de Pequeno Porte cabe ao professor escolher "a ordem em
que o conteúdo e suas subdivisões são apresentadas"(BRASIL, 2009, p.64) e a
"prioridade" também é de escolha do professor diante das necessidades especiais do
aluno;
13

• adaptações de método de ensino e da organização didática: é essencial o professor


buscar por métodos de ensino que beneficiam as necessidades especiais de cada aluno
para auxiliar na sua aprendizagem;

• adaptações do sistema de avaliação; é fundamental para ajudar as necessidades especiais


o processo de avaliação por meio da modificação de técnicas ou instrumentos
utilizados(BRASIL, 2009, p.71);

• adaptações de temporalidade: o educador é quem organiza o tempo das atividades


conforme as necessidades especiais de seus alunos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As pesquisas e estudos apresentados ao longo desse artigo mostram o quanto é


complicada a vida de um portador de deficiência. Pode-se afirmar que toda essa dificuldade
teve sua origem nos primórdios da história, quando a deficiência era tratada como ação maligna
e sobrenatural. Desde então, as deficiências são vistas como algo ruim, encaradas com
estranheza e medo. Parece inacreditável, mas essa visão negativa ainda perdura em pleno século
XXI.
A educação de alunos dentro das salas de aula comuns nem sempre foi uma realidade.
Como já citado nesta pesquisa, a situação só começou a mudar com a Declaração de Salamarca,
que levantou questões importantes sobre a inclusão de portadores de deficiências. No Brasil foi
criado já no mesmo ano, 1994, o documento Política Nacional de Educação Especial, que
orienta a educação dos deficientes. Porém, ao contrário do que se esperava, esse documento
não trouxe grandes avanços quanto a educação inclusiva, mas reforça o atendimento desses
alunos exclusivamente no âmbito da educação especial.
Para comprovar tal fato, basta prestar atenção nas maneiras como a sociedade lida com
um portador de deficiência, especialmente os portadores de deficiência intelectual. Em muitos
locais as pessoas portadoras dessa deficiência são consideradas loucas, burras, ou simplesmente
incapazes. É fato que muitas ideias já caíram por terra, e muito já tem sido oferecido a essas
pessoas, mas é fato também que a humanidade não alcançou os níveis ideais de igualdade e
respeito.
Indubitavelmente, a vida ideal do ser humano passa pela aquisição de conhecimento. A
condição de ser humano está diretamente relacionada com o direito ao saber. Por isso é tão
importante que todos tenham pleno acesso a educação de qualidade. Daí a importância da
escola.
É dentro da escola que a criança dá seus primeiros passos em direção ao saber e cria
seus primeiros laços de amizade. Os conhecimentos adquiridos e experiências vividas dentro
da sala de aula serão com certeza levados para o resto da vida. Por isso, a escola “carrega o
peso” de se reinventar todos os dias, a fim de atingir todas as expectativas sobre ela impostas.
Isso porque o público que ela recebe é extremamente variado e heterogênio, abrangendo todos
os tipos de cultura, cor, credo e situação.
Embora tudo já esteja previsto em lei, as escolas brasileiras ainda estão atreladas a
métodos antigos. A escola regular há muitos anos segue formas tradicionais e conservadoras de
14

ensinar. Seus métodos têm o objetivo de levar o aluno a internalizar o conteúdo curricular pré-
estabelecido, atingindo assim o conhecimento.
Embora a legislação brasileira, pautada em todas as resoluções internacionais, tenha
garantido o atendimento de alunos portadores de deficiências, a escola ainda não consegue
atender bem esses alunos. Os especialistas citados aqui sugerem vários fatores como culpados,
dentre eles a má formação dos professores. A legislação assegura essa formação, mas não criou
meios para que ela de fato aconteça.
Por todos esses motivos, a escola inclusiva idealizada nas leis não é uma realidade. Este
artigo mostrou algumas das práticas erradas que ainda são adotadas, tanto pelas escolas quanto
pelos professores. Por outro lado, foram mostradas aqui também algumas práticas que, apesar
de não serem tão novas assim, podem revolucionar a maneira de ensinar os portadores de
deficiência. Dentre elas, podem-se destacar as salas de recursos multifuncionais e o trabalho
especializado oferecido dentro dela.
Conforme as práticas realizadas nas salas de recursos foram explicadas, foi possível
compreender que um aluno deficiente é perfeitamente capaz de aprender. Com os recursos e
métodos corretos, este aluno aprenderá não somente os conteúdos programáticos, mas a ser
cidadão crítico, livre e construtor de seu saber.

BIBLIOGRAFIA

ALVES, Denise de Oliveira et al (elaboradores). Sala de recursos multifuncionais: espaços


para atendimento educacional especializado Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Especial, 2006.

ALVES, D. de O; GOTTI, M. de O. Atendimento Educacional Especializado – Concepção,


princípios e aspectos organizativos. In. BRASIL. III Seminário Nacional de formação de
gestores e educadores: Ensaios Pedagógicos. MEC/SEESP: Brasília/DF, 2006.

ALVES, Fátima. Perfil do educador inclusivo. In: Inclusão: muitos olhares, vários caminhos e
grande desafio. 2.ed.Rio de Janeiro: Wak, 2005,v.1,cap.8 p.59-60.

BINET e SIMON, 1905 apud STOBAUS; MOSQUERA. Educação Especial: em direção à


Educação inclusiva, 2006.p.18.

BRASIL, Congresso Nacional(1988). Constituição de República Federativa do Brasil.


Brasília/DF: Cetro Gráfico.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996.


Disponível em: http://www.portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pd. Acesso em: 09 fev. 2020.

______, Ministério da Educação. Educação Inclusiva: Atendimento Educacional


Especializado para Deficiência Mental. Brasília, MEC/ SEESP, 2007.

_______. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial. Resolução nº 4, de 2 de


Outubro de 2009. Brasília: MEC/CNE/CEB, 2009. Disponível em:
<http://peei.mec.gov.br/arquivos/Resol_4_2009_CNE_CEB.pdf>.Acesso em: 05 fev. 2020

_______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Salas de Recursos


Multifuncionais: espaço para atendimento educação especializado. Brasília: 2006.

BUOSI, Rosângela Bressan. Alunos com deficiência intelectual: concepções e práticas


pedagógicas nas salas de recursos multifuncionais tipo I. 2112. 50 folhas. Monografia
15

(Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica


Federal do Paraná, Medianeira, 2012.

CORREIA, L. De M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares.


Porto: Editora Porto,1997.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Enquadramento da ação: necessidades educativas


especiais. In: Conferência Mundial sobre NEE: Acesso e qualidade - Unesco.
SALAMANCA/ESPANHA: UNESCO, 1994.

FALCONI, Eliane Regina Moreno. SILVA, Natalie Aparecida Sturaro. Estratégias de


trabalho para alunos com deficiência intelectual – AEE. 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à prática educativa. 31 Ed.


São Paulo, SP. Paz e Terra (Coleção Leitura). 2005.

GLAT, Rosana; FERNANDES, Edicléia Mascarenhas. Da educação segregada à educação


inclusiva: uma reflexão sobre os paradigmas atuais no contexto da educação especial
brasileira. Inclusão – Revista da Educação Especial. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Especial, 2004. p. 35 – 39.

GOMES, A. L. e outros. Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Mental.


Brasília: MEC/SEESP, 2007.

GUIMARÃES, Arthur. Inclusão que funciona. Revista Nova Escola, Brasília, v.165,
p.43,set.2003.

MAIA, Christiane Martinatti. Paradigmas da Educação Inclusiva.[et al.]- Canoas: ed.


ULBRA,2008.

MANTOAN, M.T.E. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? 2. ed. São Paulo:
Moderna, 2006.

MILANEZ, Simone Guedini Costa. OLIVEIRA, Anna Augusta Sampaio. MISQUIATTI,


Andréa Regina Nunes. Org. Atendimento educacional especializado para alunos com
deficiência intelectual e transtornos globais do desenvolvimento. São Paulo: Cultura
Acadêmica; Marília : Oficina Universitária, 2013.

MISÉS, R. A criança Deficiente Mental - uma abordagem dinâmica. Rio de Janeiro: Zahar,
1977.

PESSOTTI, Isaías. Deficiência Mental: da superstição à ciência. São Paulo: T. A.


Queiroz/EDUSP, 1984.

PLETSCH, M. D. Repensando a inclusão escolar de pessoas com deficiência mental:


Diretrizes políticas, currículos e práticas pedagógicas. Tese (Doutorado em Educação) –
Universidade do Estado do RJ – Faculdades de Educação, março de 2009.

SASSAKI, R. K. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos.3.ed.Rio de Janeiro:


WVA,2003.

WERNECK, Claudia. Você é gente? O direito de nunca ser questionado sobre o seu valor
humano. Rio de Janeiro: WVA, 2003.

Você também pode gostar