Inclusao - Socioeducacional - Unidades 3 e 4
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Libras
Capítulo 3
Escola e Diversidade
Caro(a) Aluno(a)
Seja bem-vindo(a)!
Nesta unidade, abordaremos a escola e seu pa-
pel diante da diversidade que a compõe. Veremos seu
compromisso com a qualidade preconizada pela inclu-
são, observando as mudanças pertinentes desde o seu
contexto político, administrativo e didático-pedagógico.
Vamos lá?
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1. A Escola e a Diversidade
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um de seus alunos, reconhecendo e respeitan-
do a diversidade e respondendo a cada um de
acordo com suas potencialidades e necessida-
des.
Assim, uma escola somente poderá ser
considerada inclusiva quando estiver organi-
zada para favorecer a cada aluno, indepen-
dentemente de etnia, sexo, idade, deficiência,
condição social ou qualquer outra situação.
Um ensino significativo é aquele que garante
o acesso ao conjunto sistematizado de conhe-
cimentos como recursos a serem mobilizados.
Numa escola inclusiva, o aluno é su-
jeito de direito e foco central de toda ação
educacional; garantir a sua caminhada no
processo de aprendizagem e de construção
das competências necessárias para o exercício
pleno da cidadania é, por outro lado, objetivo
primeiro de toda ação educacional.
Escola inclusiva é aquela que conhece
cada aluno, respeita suas potencialidades e
necessidades, e a elas responde com qualida-
de pedagógica.”
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2. Processo de Escolarização
no Contexto Inclusivo
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deve adequar-se, para recepcionar todos os alunos e não
mais o processo contrário. Com isso, repensar a prática
educativa se faz necessário e urgente.
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zada, que irá satisfazer às necessidades básicas de cada
um deles.
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3. A Atividade Docente no
Contexto Inclusivo
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Inclusão é pressuposição de colaboração, na
qual os membros da comunidade escolar se apoiam mu-
tuamente e aprendem uns com os outros a partir da refle-
xão sobre as práticas docentes.
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• todas as mudanças geradas como resultado da
tentativa de responder às necessidades de aprendizagem
de uma dada criança oferecem melhores condições para
todas as crianças aprenderem.
Texto Complementar
Considerações Contextuais e
Sistêmicas para a
Educação Inclusiva
Susan Stainback
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O papel do professor
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os alunos em seus anos de formação, para conseguirem
as habilidades básicas, tais como escrita, leitura, com-
preensão de textos e fala, porém existe um foco maior
que os ajudará a dominar e usar essas habilidades como
meio de aprendizagem e não como um fim.
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sua vida, continuadamente, em um mundo de mudanças.
Sinopse
Numa pequena cidade da Nova Inglaterra, Ja-
mes Leeds é o novo professor de linguagem de uma es-
cola para surdos. Idealista, é conhecido por usar mé-
todos nada convencionais em suas aulas. Assim, logo
ao chegar, é advertido pelo administrador da escola, Dr.
Curtis Franklin, para que não utilize sua tão falada cria-
tividade com os seus novos alunos.
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do era adolescente, o que a tornou uma pessoa amarga.
Tal fato explica porque ela é tão hesitante nas tentativas
em que ele procura estreitar um relacionamento.
Síntese do capítulo
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Atividades
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Capítulo 4
Escola Inclusiva
Caro(a) Aluno(a)
Seja bem-vindo(a)!
Nesta unidade, faremos uma rápida
retrospectiva histórica da relação entre deficiência e ex-
clusão. Aprenderemos o conceito legal de portadores de
necessidades educacionais especiais e refletiremos sobre
a relação deficiência e exclusão.
Boas reflexões!
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1. A Escola Inclusiva
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que tendem a fazer as escolas mais ou menos inclusivas.
Mas ...
quem são os “portadores de necessidades
educacionais especiais” no contexto escolar?
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2. Qual a Relação da
Deficiência com a Exclusão?
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se compadeçam e as ajudem a sobreviver nessa socieda-
de que as colocam à margem. A visão assistencialista,
dominante durante a Idade Média, é que faz surgir as
casas de assistência.
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gadas em todo o mundo, com o intuito de universalizar a
educação escolar e garantir a igualdade de oportunidades
educacionais a todas as pessoas, respeitando-se a diver-
sidade e diferenças entre elas. Destacam-se a Declaração
Mundial Sobre Educação para Todos e Plano de Ação
Para Satisfazer As Necessidades Básicas de Aprendiza-
gem, Jomtiem de 1990, a declaração de Salamanca e a
linha de ação sobre Necessidades Educativas Especiais
de 1994, que estabelece diretrizes para a igualdade de
oportunidades de escolarização para as pessoas com
necessidades educacionais especiais, eliminando-se, do
âmbito das escolas, qualquer forma de discriminação,
por questões étnicas, gênero, raça, idade, religião, cultura
e especialmente por tratar-se de portador de deficiência.
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ser inseridos nas turmas de ensino regular. Há uma sele-
ção prévia dos que estão aptos à inserção.
Texto Complementar
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Por muito tempo, as pessoas com deficiência
foram tratadas apenas por meio de políticas de assis-
tência social, sem que a sociedade, de uma forma geral,
compreendesse a complexidade do termo “inclusão”.
Incluir socialmente não significa ter pena ou criar apa-
ratos isolados e separados para atendimento, circulação
e atividades dessas pessoas. Isso é segregação. Incluir,
ao contrário, é estar preparado para acolher a TODOS.
Sem impor condições, sem ‘SEs’ - se ele melhorar, se ele
puder subir, se ele tiver condições.
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com participação da sociedade civil e consumiu quatro
anos de dedicação e esforço. Fizeram parte das assem-
bleias na ONU representantes de 192 países com cul-
turas, idiomas e regimes políticos diferentes entre si. A
diversidade na diversidade.
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Nossa Constituição é inclusiva
No entanto, antes mesmo da Convenção da
ONU, o Brasil já possui uma legislação avançada na ga-
rantia dos direitos das pessoas com deficiência. Fomos
modelo nas Nações Unidas, ainda que nossas leis não
sejam aplicadas corretamente. A Constituição Brasilei-
ra já garante igualdade e também o direito de ir e vir a
todo o cidadão nascido no solo do Brasil e, também, aos
estrangeiros residentes no País. Por que com os brasilei-
ros com deficiência seria diferente? Não são objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil cons-
truir uma sociedade livre, justa e solidária, e promover
o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação?
Nós, pessoas com deficiência, somos iguais em direitos
e obrigações. Ou será que não? Existem tantas barreiras
a serem superadas.
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tão agindo com firmeza com as empresas para que elas
cumpram a Lei de Cotas (Lei 8.213/91). Para quem não
sabe, esta lei determina que empresas com mais de 100
funcionários tenham uma porcentagem de trabalhadores
com deficiência em seus quadros, que varia entre 2 e 5%,
sempre de acordo com o número de empregados. Este
tipo de ação afirmativa de reserva de vagas é comum nos
países europeus e, lá, atinge empresas com um número
bem menor de funcionários.
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Uma visão do todo
Os governos ainda estão pouco acostumados a
lidar com a diversidade humana. E as questões das pes-
soas com deficiência estão em todos os setores: educa-
ção, trabalho, transporte, cultura, saúde, lazer, esporte,
habitação. É por isso que a Secretaria Especial da Pessoa
com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SEPED) do
município de São Paulo - que ajudei a criar, em 2005,
e da qual fui a primeira titular antes de assumir minha
cadeira na Câmara Municipal neste ano - tem o menor
orçamento entre as secretarias municipais. Seu papel não
é executar as transformações nos diversos setores, mas
sim orientar os secretários de todas as pastas para que
incluam a todos em suas ações. É um papel pedagógico
mesmo, para fazer com que compreendam e incorporem
a ideia de que uma ação que não contempla uma pessoa
com deficiência está incompleta. Exclui uma parcela sig-
nificativa da população. Afinal, de acordo com o Censo
2000 do IBGE, as pessoas com deficiência representam
14,5% da população. Em números atualizados, são cerca
de 27 milhões de cidadãos que querem participar inte-
gralmente da vida em sociedade.
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O primeiro obstáculo enfrentado pela pessoa
com deficiência é a barreira física, pois ela veta com-
pletamente a autonomia dessas pessoas. Mas, de fato, a
grande transformação não está em fazer das cidades um
imenso canteiro de obras. Mudar a cidade significa mui-
to mais do que isso. Começa com a mudança em seus
cidadãos.
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as pessoas. Parece tão simples, mas isso não acontece.
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Por uma São Paulo acessível
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as regras de acessibilidade pelo território nacional.
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barreiras. Porém, não vou, e certamente outras pessoas
com deficiência, esperar isso acontecer para sermos feli-
zes. Vamos sair de casa e ajudar a “desconstruir” nossas
cidades.
Síntese do capítulo
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Atividades
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