1523 - Introdução Ao Setor Automóvel

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Objetivos Conteúdos

 Conhecer e caracterizar o  História do Automóvel


 Importância do setor automóvel
setor automóvel  Tipos de empresas de reparação
automóvel
 Funcionamento dos concessionários
 Funcionamento das oficinas
multimarca
 Principais profissões da reparação
automóvel
 Parque automóvel por área
geográfica
 Parque automóvel por classe e tipo de
veículos
 Parque automóvel por categoria de
veículos

Formador Frederico de Jesus


 Este modelo foi criado pelo militar francês Nicolas
Joseph Cugnot em 1771, pioneiro do automóvel.

 Movido a vapor, com dois cilindros verticais, 62.000 cm3


de cilindrada e chegava aos 4 km/h.

 Consta que sofreu o primeiro acidente da história do


automóvel, ao chocar com o muro do quartel onde
Cugnot servia como engenheiro militar.

 Modelo (original) pertence ao Museé National des


Techniques, de Paris.
 Com motor a vapor de um cilindro horizontal.

 Tinha 11.700 cm³ e 3 cv de potência, chegava aos 13


km/h.

 Foi desenvolvido por Richard Threvithick Júnior,


Inglaterra.
 Construído em 1885 pelo trio francês Albert de Dion,
Charles-Armand Trépardoux e Gerge Bouton.

 Tinha tração nas rodas dianteiras e direcionais nas


traseiras.

 Utilizava dois motores a vapor, gerando 5 cv e 760 cm³


de cilindrada, atingindo os 40 km/h.
 Carl Benz é considerado o pai do automóvel .

 Este é considerado o primeiro automóvel da história.

 Criado em 1886 na Alemanha, tinha um motor


monocilíndrico horizontal de 580 cm3 e 0,7 cv de
potência.
 Na mesma época em que Benz criava seu triciclo,
Gottlieb Daimler também trabalhava na criação de um
automóvel, o Victoria, estando a pouco mais de 100 km
de distância de distância de Benz.
 Nunca se conheceram, e a Daimler só se juntou à Benz
depois de suas mortes (depois da junção a empresa
passou a Mercedes-Benz).


 1885 Carl Benz – constrói o primeiro automóvel
movido a gasolina.

 1886 Gonttlieb Daimler instala um motor de 1,5 Cv


numa carruagem .

 1889 Daimler utiliza o primeiro sistema de


engrenagens de 4 velocidades, baseado em pinhões
deslizantes.

 1891 Panhard e Levassor criam o primeiro automóvel


com motor à frente.
 1892 Maybach – inventa um carburador com bóia.

 1894 O Velo, da Benz, de 2 ¾ Cv, é o primeiro


automóvel fabricado em número apreciável.
Vacheron lança o automóvel com volante.

 1895 Panhard fabrica o primeiro automóvel fechado.


Os irmãos André e Edourd Michelin introduzem
os primeiros pneus para automóvel.
Os irmãos Lanchaster, na Grã-Bretanha,
registam a patente do veio de transmissão.
 1897 Mors, em França, fabrica o primeiro motor V4
Gräf e Stift, na Austria constroem o primeiro
automóvel a gasolina com tracção às rodas da
frente.

 1898 Percy Riley, de Coventry, utiliza pela primeira


vez a válvula de admissão de funcionamento
mecânico.
Daimler constrói o primeiro motor com
cilindros em linha.
 1899 Daimler utiliza o radiador em ninho de abelha,
com depósito de água incorporado, a mudança
de velocidade em H e o acelerador de pé.

Renault, em França, é o primeiro a utilizar o


veio de transmissão ligado ao eixo traseiro por
meio de cardans.

Os automóveis de Dietrich-Bollée apresentam


pára-brisas como acessório extra.
 1902- Realiza-se a primeira grande prova de
automóveis. Esta prova liga Figueira da Foz a
Lisboa;
 1903- Surgem as primeiras provas de Circuito
com a organização do “Circuito das Beiras”;
 1905- Realiza-se a primeira “Gincana” de
automóveis em Cascais;
 1905/1906 - Três Portugueses, ao volante de
um Dion Bouton, efectuam 38.000 quilómetros
ao longo da Europa, num percurso que dura
cerca de oito meses;
 1906- Organiza-se a primeira prova de
velocidade — O Quilómetro de Valada do
Ribatejo;

 1910- Iniciam-se as Provas de Rampa com a


célebre Prova da Pimenteira em Lisboa;

 1925- Disputa-se a primeira prova de Rali, na


cidade de Chaves;

 1931 - Nasce o fenómeno dos Circuitos


Automóvel que se espalha a todos os pontos do
território continental;
 1937 - Ribeiro Ferreira é o primeiro português
a ultrapassar a barreira dos 200 km/h na Prova
do Quilómetro Lançado do Cabo;

 1958
- A Fórmula 1 aparece pela primeira vez
em Portugal, no Circuito da Boavista no Porto.

 1967 - Surge a Fórmula Vê;

 1967 - É organizado o Rali TAP, que se passará


a chamar Rali Vinho do Porto e posteriormente,
Rali de Portugal;
 1970 - A Fórmula Ford faz a sua primeira aparição
em Portugal;
 1971 - Disputa-se o primeiro troféu de marca em
Portugal — Troféu Datsun;
 1972 - É inaugurado o Autódromo do Estoril;
 1977 - Organiza-se o primeiro Troféu Mini 1000;
 1983 - Surge o Troféu Toyota Starlet;
 1984 - Em Outubro deste ano, Portugal acolhe pela
primeira vez uma prova do Campeonato de
Fórmula 1 no Autódromo do Estoril
 1984 - Realiza-se o Troféu Citroën Visa;
 1993 - É inaugurado o autódromo de Braga.
 1920/1930 - As alterações económicas e sociais resultantes da
I Guerra Mundial são determinantes para o desenvolvimento do
automóvel. A produção em massa e a estandardização utilizadas no
fabrico de armamento são aplicadas à indústria automóvel.

 1945/1960 - A Europa pós-guerra vai encontrar na indústria


automóvel um fator de desenvolvimento económico. Algumas marcas
vão contribuir decisivamente para relançar os seus países na
economia mundial.

 Anos ‘60 - Os anos 60 são uma época de estabilidade económica. O


pleno emprego, o aumento do nível de vida e o consequente apelo ao
consumo irão contribuir decisivamente para a massificação do
automóvel. Com o aumento massivo da utilização dos automóveis e a
sua constante evolução vimos a infraestrutura existente a atingir o seu
limite e com isso veio a necessidade de limitar a sua utilização
(Relatório Buchanan) taxando a utilização de estradas e parques de
estacionamento, limitando acesso a determinadas zonas urbanas e
financiando os transportes públicos.
 Anos ‘70 - Durante os anos 70, contrariamente ao que Buchanan
preconizara, as soluções apontam sistematicamente para a construção
de novas infraestruturas como vias de grande capacidade, pontes,
autoestradas ou parques de estacionamento centrais. Isto foi-se
mostrando contraproducentes pois com o aumento das infraestruturas
viárias impulsionou o crescimento contínuo da motorização. Tal
constatação levou a que muitas cidades da Europa Ocidental
passassem a aplicar medidas de restrição à circulação motorizada,
através do controle do estacionamento, do melhoramento dos
transportes públicos e da transformação de zonas de comércio em
zonas pedonais. Inicialmente essas intervenções tinham um objetivo
eminentemente local. No final da década, no entanto, generaliza-se a
preocupação com a perda de qualidade da vida urbana. Os estudos e
alertas promovidos pela Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico [OCDE] apontavam para a necessidade
de os governos atenderem às reservas energéticas na sequência da
«Crise Petrolífera», e promoverem políticas de combate ao problema
do excesso de tráfego automóvel nas cidades.
 Anos ‘80 - A rápida evolução da sociedade, em áreas como a
qualidade de vida das pessoas e do ambiente, gerou novas
preocupações nos países desenvolvidos. Torna-se claro que a
poluição resulta, cada vez mais, do uso massivo do automóvel. O
efeito das diretivas ambientais americanas dos anos 70 (as «Clean Air
Amendments») influenciou uma série de medidas e restrições à
poluição do ar em diversos países industrializados europeus,
incluindo o controle do volume de tráfego e das emissões de gases. O
«road-pricing» (taxas de utilização associadas à circulação
automóvel) impõe-se em muitas grandes cidades como medida
limite. Cresce o investimento e o desenvolvimento de novos modos de
transporte público, com especial relevância para as soluções que lhe
atribuem canal próprio libertando-o dos congestionamentos. As
técnicas de redução de tráfego começam a ser aplicadas a zonas em
que se desvaloriza o papel do automóvel. A segurança rodoviária é
uma preocupação crescente. O regresso da vida pública às praças e
ruas das cidades é a grande aposta no final desta década, começando
a tomar forma conceitos ligados à redução das velocidades e à
integração dos distintos tipos de transporte no mesmo espaço viário.
 Anos ‘90 - As preocupações ambientais e de qualidade de vida
reformulam-se nos anos 90, englobando novos conceitos como a
mobilidade e o desenvolvimento sustentável. É nesta época,
também, que se consolida a necessidade da reabilitação do
espaço público urbano. A destruição da camada de ozono, com as
consequentes alterações climáticas, torna-se uma evidência.
Também a restrição do volume de tráfego é já uma medida
insuficiente, até porque o crescimento da produção e do nível
económico dos países e das pessoas continua a permitir o acesso,
cada vez mais fácil, à compra e uso do automóvel. Torna-se pois
necessário gerir a partilha do espaço urbano entre pessoas e
automóveis, e entre estes e os transportes coletivos,
desenvolvendo-se novos conceitos de gestão de mobilidade e de
aprofundamento qualitativo do serviço de transportes públicos.
 2000/Atualidade – As crescentes preocupações com o meio
ambiente e a obrigação (normas Europeias) de reduzir as
emissões de gases poluentes fez com que grande parte das
marcas de automóveis (Mercedes, BMW, VAG, PSA, Ford, etc.) e
outras que foram criadas para o efeito (Tesla, BYD, etc.) iniciaram
a produção e venda de veículos híbridos e elétricos com o
objetivo de reduzir a utilização de combustíveis fosseis como
combustível para uso automóvel.
 Supõe-se que o
primeiro automóvel
terá chegado a
Portugal em 1895.
Veículo da marca
Panhard & Levassor,
importado de Paris
pelo IV Conde de
Avilez.
 Desde o aparecimento do automóvel que, no nosso
país como praticamente em todo o mundo, esta
“máquina” exerceu um verdadeiro fascínio e
curiosidade sobre toda a população de uma forma
geral.

 Naturalmente surgiu a tendência para ensaiar a


participação na construção de veículos automóveis.

 Durante um século isto não foi conseguido em


Portugal.
 Devido a naturais insuficiências tecnológicas e de um
mercado pequeno e pouco exigente, as tentativas
foram sempre de pouca dimensão e ambição.

 Foi de facto necessário chegar-se aos anos 80 para se


conseguir alcançar alguma eficiência numa das
vertentes mais interessantes do sector automóvel, pelo
menos no plano económico, que corresponde à
produção de componentes.
 A partir do início dos anos 80, a indústria automóvel
portuguesa (ao nível de produção de componentes,
montagem e reparação de viaturas) passa a ter um
lugar de destaque na economia portuguesa.

 Passou a assumir uma dimensão considerável e gerou


vários postos de trabalho diretos e indiretos.

 A indústria automóvel sofreu ainda um grande


processo de especialização e definiu novos mercados
ao nível das exportações.
 Neste momento, o automóvel representa mais do que
um meio de transporte. Tem sido um símbolo de
prosperidade individual e desenvolvimento social e
económico.

 Na verdade, não se vislumbra uma substituição do


automóvel, ainda que sejam previsíveis grandes
alterações nas suas características técnicas e ao nível
dos combustíveis.

 Enquanto for possível modificar o automóvel para


respeitar normas ambientais, de qualidade e de
segurança mais restritivas e satisfazer consumidores
mais exigentes, não ocorre a rutura que poderia
conduzir a uma revolução nos hábitos quotidianos dos
cidadãos.
 A primeira tentativa de desenvolvimento de uma
indústria automóvel em Portugal remonta aos finais do
século XIX.

 Em 1899, a Empresa Industrial Portuguesa tenta, sem


sucesso, dar início à produção industrial de automóveis
no nosso país.

 A indústria automóvel nunca alcança grande expressão


como indústria nacional.
 Na cidade do Porto a produção de automóveis, em
número reduzido, virá a ter algum sucesso.

 Na década de 30, Eduardo Ferreirinha idealiza e


constrói um veículo de competição com base na
mecânica Ford, o Edford.

 O fervor pelo desporto automóvel dá origem à


transformação de vários automóveis de competição: o
DM de Dionísio Mateu e Elísio de Melo; o Marlei de
Mário Moreira Leite; o Alba; o Olda, o FAP e o Etnerap.
 Na década de 1950, a Fábrica de Produtos Estrela
desenvolve projetos para a produção de automóveis
populares e de competição, assim como carroçarias de
autocarros. Apenas estes dois últimos virão a ser
produzidos.

 Nos anos 70 e 80, algumas experiências de produção


em série têm relativo sucesso, como são os exemplos
da União Metalo Mecânica (UMM), da Portaro e do,
pequeno, Sado.

 Em 1977, a UMM obtém uma licença de uma marca


francesa de automóveis e inicia a produção industrial
de veículos todo o terreno.
 Hoje em dia a indústria nacional está perfeitamente
consolidada, destacando-se em particular a
contribuição da AutoEuropa com um volume de
produtos e uma percentagem determinante no fluxo de
exportações.

 O peso e importância do sector da reparação


automóvel no nosso país tem vindo a aumentar ao
longo dos anos. Este aumento deve-se sobretudo à
massificação da utilização do automóvel pelos
portugueses, assim como ao aumento do parque
automóvel em Portugal.
O setor automóvel em Portugal de extrema importância
para a economia nacional e para o pais no geral pelos
seguintes motivos:

 Existem cerca de 1500 empresas ligadas ao setor


automóvel.
 Essas empresas geram cerca de 150000 postos de
trabalho (>3% do emprego em Portugal).
 O setor automóvel gera acima de 20000M€ de receita
anual
 Representa >20% das exportações em Portugal
Composição do setor automóvel:

 Industria
 Têxtil

 Metalomecânica

 Química

 Aeronáutica/Espacial

 Eletrónica

 Produção/Construção
Composição do setor automóvel:

 Comercial/Após Venda

 Importadores/Exportadores

 Distribuidores/Concecionários

 Oficinas de reparação

 Comércio de peças e outros

 Seguros
As empresas de reparação automóvel podem ser distinguidas da
seguinte forma:

Mono Marca Multimarca

Serviços Serviços Serviços Serviços


Rápidos Complexos Rápidos Complexos
As empresas Mono Marca podem ser distinguidas da seguinte
forma:

Mono Marca

Concessionários Oficinas
Especializadas
As empresas Multimarca podem ser distinguidas da seguinte
forma:

 Alguns concessionários – Loja e Stand

 FastFiters – Serviços Rápidos

 AutoCenters (com loja) – Midas, Norauto, etc.

 Reparadores Independentes

 Redes de distribuição de peças

 Oficinas especializadas
 A maioria funcionam apenas com as viaturas da marca que
representam e têm uma posição forte em manutenções
associadas a garantias.

 Alguns já fazem reparações em veículos de outras marcas.

 São feitos todos os tipos de reparação no mesmo espaço.

 Colisão
 Pintura
 Reparações mecânicas
 Serviços rápidos
 Etc.

 Por norma, os procedimentos são idênticos pois seguem o


mesmo protocolo.
 O cliente não tem contacto com os técnicos nem com
os veículos durante a intervenção, sendo o/a
rececionista quem faz todo o atendimento/contacto
com o cliente.

 Obrigatoriedade de formação dos técnicos.

 Normas Convencionadas

 Padrões de qualidade muito elevados


 Funcionam com todas, ou quase todas, as marcas

 Têm uma posição crescente em manutenções


associadas a garantias.

 Só fazem alguns tipos de serviços

 Os procedimentos variam de oficina em oficina.


 Serviços rápidos

 Travagem
 Suspensão
 Lubrificação
 Eletricidade (pequenas reparações)
 Vidros
 Etc.
 Especialização em nichos de mercado:

 Escapes
 Chapa e Pintura
 Suspensão, Pneus e correção de geometria
 Reparação/Preparação de motores
 Diagnóstico assistido e pequenas reparações
(substituição de componentes)
 Reparação/Programação de UCs
Eletricista

Eletromecân
ico
Técnico de
Mecatrónica

Técnico de
Eletrónica

Mecânico
 Técnico especializado

 Estofador
 Montador de pneus
 Serralheiro de escapes
 Pintor
 Bate-chapas
 Etc.
 Burocracia

 Rececionista
 Orçamentista
 Perito
 Etc.

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