Teologia Pastoral
Teologia Pastoral
Teologia Pastoral
TEOLOGIA PASTORAL
A teologia pastoral também é conhecida como “pastoralia” o seu nome técnico deriva do
latim. Trata-se de um dos ramos da educação teológica que se preocupa com os labores
pastorais teóricos e práticos. A prioridade é dada a vida espiritual e pessoal do individuo
que está sendo treinado, ao seu treinamento nas Escrituras Sagradas; ao desenvolvimento
da sua sensibilidade às necessidades das pessoas; às habilidades com as quais poderá
servir ao próximo; ao lado prático do ministério para com os enfermos e outros, em
cooperação em atividades sociais e legais; à ministração de cultos normais e especiais,
como também as ordenanças, casamentos, funerais, cerimônias cívicas e etc. acima de
tudo isso pregar e ensinar que é um dos aspectos mais importantes desse treinamento.
O Ministro vive num mundo de aspectos diversificados, em todos estes aspectos ele
necessita exercer seu ministério com integridade. Primeiramente o Ministro vive num
contexto espiritual onde Jesus Cristo é o Senhor Fl 3.8. Neste contexto há três coisas
para serem observadas: primeira, o Ministro conta com a presença do Senhor, Mt 28.
18,19; segunda a alma imortal do homem deve ser restaurada e esse é o seu alvo, Rm
1.16; e em terceiro lugar o Ministro tem um inimigo que não se cansa, Ef 6. 10-13; 1ª Pd
5.8. O Ministro também vive em uma sociedade da qual ele também é cidadão, como
todas as pessoas ele tem responsabilidades cívicas as quais deve cumpri-las. Neste
contexto social há muitas religiões, o Ministro tem o dever de pregar o evangelho
completo sem atacar a ninguém e nem ser parcial com a palavra de Deus. Finalmente o
Ministro vive num contexto institucional, sendo o governo a principal instituição. A
vigilância no relacionamento com as instituições para ser um exemplo constante e não
se curvar as pressões e corrupções, ao suborno, nem ceder a qualquer atividade ilícita.
Com o objetivo de proporcionar maior compreensão da responsabilidade e missão do
ministério pastoral é que este texto foi elaborado.
1º) O INDIVIDUO CHAMADO PARA O MINISTERIO: Deus chama homens
para as mais diversas atividades no seu reino, e como Ele é soberano na maneira de fazer
as suas coisas não tem um método único para efetuar a chamada, porem, tem um método
para cada chamada.
Houve pessoas que foram chamadas diretamente pelo Senhor são os casos de:
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D- SAMUEL, 1Sm 3.10, Deus o chamou para julgar a Israel.
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não, o ensino é como telefonar, é um contato direto e pessoal que se espera uma resposta.
Jesus ocupou a maior parte do seu ministério em ensinar e a Igreja primitiva fez o
mesmo, At 1.1; 28.31.
C- OPERAÇÃO DE MILAGRES: Os milagres aliviam as dores, opressões e angustias
dos necessitados, como também revela o poder de Deus, e acima de tudo confirma a
palavra de Deus e o ministério dos servos de Deus, Mc 16.20.
3- TIPOS DE MINISTÉRIOS: Os dons estão revelados em três dimensões nas
Escrituras, com o objetivo de atender todas as necessidades da Igreja e envolver todos os
membros do corpo de Cristo.
• Dons de serviço cristão, ( RM 12.4-8) esses dons edificam o cristão como
indivíduo, eles atuam a favor do crente como membro individual do corpo de
Cristo.
• Dons de manifestação do Espírito Santo, ( 1ª CO 12. 7-11). Esses dons edificam a
Igreja como corpo, ( 1ª CO 14.12). são dons exercidos na congregação parta a
edificação de todos.
• Dons ministeriais, ( EF 4.11,12 ), são dons em forma de homens que Deus dá
à Igreja para seu aperfeiçoamento.
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missão Apostólica, (MT 10; LC 10).
Em Lucas 16:16 Jesus disse que “A lei e os profetas duraram até João; desde então é
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anunciado o Reino de Deus...”
Isto não significa que o ofício profético como ministério não tenha continuidade, mas
que, aquele que anunciava a vinda do Messias, teve seu cumprimento com o ministério
de João Batista, e agora o Reino de Deus é anunciado. João foi chamado e comissionado
a dizer ao povo que aquele que os profetas anunciaram chegou (MT 3:2-11; JO 1:29).
João foi o homem que Deus utilizou para intermediar a vinda do Messias com o anuncio
da vinda do Reino de Deus, como também foi o primeiro profeta do Novo Testamento.
Jesus não só o chamou de profeta, mas muito mais do que profeta (MT 1:9), isto por
causa do ministério de João Batista, que era preparar o caminho do Senhor, a vinda do
Messias (LC 1:76-80).
• QUAL A DIFERENÇA ENTRE DOM DE PROFECIA (Dom Espiritual)
DOM MINISTERIAL (Ministério Profético).
A diferença entre essas duas coisas é muito grande. É tal como, um adolescente de 15
anos, entregar uma mensagem profética na igreja, e um Pastor de setenta anos de idade,
com 40 anos de ministério entregar uma mensagem de ensino bíblico para a igreja.
Todas as duas coisas são de Deus, mas cada um é usado de acordo com a sua capacidade.
O adolescente que profetiza pode ser chamado de profeta ou que profetiza pelo Dom de
profecia, mas nunca de ministro. Profetizar pelo Dom espiritual (Dom de profecia) a
pessoa pode profetizar na hora da conversão se receber o batismo com o Espírito Santo
(AT 19:6). Dom de profecia pode ser buscado (1 CO 14:1). O ministro é chamado (HB
5:4). Deus chama o homem capacita-o e o a dá à igreja. E isso não acontece de repente,
há um preparo. Pelo Dom espiritual não, veja 12:28 de 1 Co o termo “e a uns pôs Deus na
igreja”, uns significa que não são muitos, muito menos todos. Agora veja (EF 4:11). E
Ele deu uns, “uns” para... e outros... “uns e outros”, diz que não são muitos. Agora volte
e olhe o outro termo em 1 Coríntios 12:28 – “pôs” e em Efésios 4:11 – “deu”. Pôs na ou
deu para. Esses termos singularizam e identifica uma atividade especial. Enquanto
aquele é uma manifestação, esse daqui é um dote de capacidade. Aquele é de exercício
esporádico (pode ser manifesto na vida de uma pessoa de uma única vez) esse aqui é da
atividade constante.
O Dom espiritual edifica, exorta e consola 14:3 o Dom ministerial, faz tudo isso e ainda
ensina (14:6, 31). O Dom espiritual depende do Dom ministerial, o ministro ensina o
portador do Dom espiritual como proceder. É o caso de Paulo ensinando aos Coríntios.
O Dom espiritual recebe a mensagem de Deus e transmite à igreja, o Dom ministerial
interpreta a palavra escrita como também os mistérios espirituais. No dom espiritual,
Deus usa o elemento fonador do profeta, Deus da a mensagem pronta e o profeta fala, no
Dom ministerial Deus usa a mente do profeta, para compreender mistérios, interpretar e
transmitir o ensino. O Dom espiritual precisa de mensagem falada por Deus.
O Dom ministerial trabalha com uma mensagem que Deus já falou (a palavra escrita)
além de receber mensagens e revelações da parte de Deus.
C- EVANGELISTA: Evangelista significa proclamador de boas novas, ou o que leva
o evangelho.
O DOM DE EVANGELISTA:
O termo evangelista se encontra três vezes na Bíblia: Filipe o Evangelista (AT 21:8). Ele
deu uns para Evangelista (EF 4:11). Faze a obra de Um Evangelista (II TM 4:5). Obs.
Um homem, um Dom, um trabalho de Evangelista.
• Filipe um Evangelista:
Filipe não foi ordenado ao ministério como se faz hoje. Sua promoção foi resultado da
perseguição (AT 8:1-5), a isso se acrescentou o fervente amor que tinha pelas almas, o
que levou a pregar em Samaria, logo ao Etíope e depois em Azoto (AT 8:30, 40).
• Com Filipe aprendemos duas coisas:
• Evangelista ainda que seja usado por Deus para abrir trabalhos (novas igrejas), não
tem por isto direito de se julgar independente do ministério. Os apóstolos foram
comunicado do trabalho em Samaria (AT 8:14), foram enviados para a cidade de
Samaria os Apóstolos Pedro e João para orar pelos irmãos e doutrinar a nova Igreja
em Samaria.
O TRABALHO DE UM EVANGELISTA:
O texto de II TM 4:5 não diz que ele (Timóteo), era um Evangelista, porém sim: “Faz a
obra de um Evangelista”; é claro que Paulo reconhecia que havia esse dom em Timóteo,
essa é a razão das seguintes recomendações:
• Deve se exercitar (I TM 4:14). O exercício ministerial desenvolve a habilidade
para fazê-lo melhor. Esta é a regra (I TM 4:14-16);
• Deve evitar a negligência (I TM 4:14) um homem negligente não pode ser um
bom ministro de Cristo. Se negligenciar a palavra não pode pregar a palavra de
Deus, se negligenciar a oração não pode orar pelos enfermos, se negligenciar o
amor, não pode ganhar almas para Cristo;
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• Deve avivar o Dom de Deus (II TM 1:6). Avivar dá a idéia de fazer aparecer o
fogo que está debaixo das cinzas. Somente uma mensagem avivada pode deixar
resultados duradouros nos corações dos homens. O antônimo de avivado é
covarde, medroso, pobre espiritual. Tomemos para nós esta advertência de |Paulo
e sejamos valentes para manifestar todos os dons de Deus.
D- O DOM DE PASTOR:
Somente o título não é suficiente, é necessário o Dom espiritual e que seja evidenciado
na prática por um ministério de êxito e uma conduta disciplinada (I TM 5:1-2) por causa
da complexidade desta função.
Em João 21:15-17, na conversação que Jesus teve com Pedro ele utilizou os termos para a
dupla função de Pastor que são:
• Apascentar (vs. 15,17). O vocábulo significa “alimentar, dar comida”. A
linguagem – é figurada e traduz o dever de doutrinar, ministrar conhecimento,
dirigir ao bom caminho.
• B- Pastorear (v.16). Pastorear exige todas as qualidades para apascentar e ainda
mias, buscar, alimentar, proteger dos tempos maus e animais ferozes (Amós 3:12;
II SM 5:2), e ainda busca as débeis ovelhas (EZ 34:8; LC 15:1-7).
AS QUALIDADES DO PASTOR:
• Esse verbo ocorre por mais de uma centena de vezes no AT. Sempre ligados à
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idéia de compreensão, conhecimento, etc. De fato no hebraico, entendimento,
sabedoria, corresponde a BINAH.
• B – YARAH (direcionar, ensinar): dar direção.
• Esse verbo é sempre usado no sentido de ensinar. EX 4:12,15; LV 10:11.
• C – LAMAD (ensinar)
• Palavra hebraica usada por 57 vezes com esse sentido. DT 4:1, 10; 5:31; 6:1.
• Palavra grega usada cinqüenta e oito vezes no NT (MT 8:19; 9:11; TG 3:1). O
substantivo, didaskalia (ensino) aparece por 21 vezes de Mateus 15:9 à Tito 2:10.
E o verbo didasko (ensinar), é usado 70 vezes de Mateus a Apocalipse.
• F – KATECHÉO (instruir): ensinar fazendo.
Verbo grego também usado no NT LC 1:4; GL 6:6.
No NT, o substantivo didáskolos é usado de maneira geral, para indicar qualquer tipo de
professor, de assuntos religiosos ou não (MT 10:24; LC 6:40), que é termo grego
equivalente ao termo hebraico RABI, que significa meu MESTRE (MT 8:19; 12:38;
19:16; 22:16, 36).
De todos os mestres que ali apareceram, nenhum é tão destacado como o Senhor Jesus, o
Mestre por excelência. Nicodemos, que Jesus chamou de mestre em Israel, disse: Rabi,
sabemos que és mestre vindo da parte de Deus (JO 3:2). Jesus foi o protótipo de uma
série de mestres cristãos levantados por ele na igreja. Em 1 Coríntios 12:28 e Efésios
4:11, o apóstolo Paulo se refere ao ministério especial dos mestres, cuja finalidade era de
instruir a verdade cristã aos crentes.
A comparação dos textos de Atos 13:1 com Romanos 12:7, 2 TM 1:11 e Tiago 3:1
mostramos que os mestres cristãos que exerciam seu Dom ministerial juntamente com os
apóstolos, os profetas, os evangelistas e pastores (na verdade, os mestres eram sempre
pastores, embora nem todos os pastores fossem sempre mestres). Na maioria das vezes
ensinavam em congregações locais já estabelecidas.
Dentro do círculo apostólico, o grande mestre dos gentios foi o apóstolo Paulo. Ele
mesmo testificou: para isto fui designado pregador e apóstolo, mestre dos gentios na fé e
na verdade (1 TM 2:7). Tanto os apóstolos como os Pastores eram Mestres, e nenhum
pastor pode ser verdadeiro pastor se não for apto para ensinar (1 TM 3:2, 11). Há alguém
que sugere que os pastores e mestres seriam aspectos de uma mesma função. Não
obstante não se pode provar isso; é óbvio que todo Pastor deve ser um mestre no ensino,
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pois boa parte do seu trabalho é ensinar.
Nenhum homem é apto para ser Pastor se não souber ensinar, e por sua vez o mestre
precisa do conhecimento que a experiência pastoral confere. Esses homens dotados por
Deus são guardiões do conhecimento, possuidores de habilidades naturais concedidas
por Deus.
A tarefa dos mestres é a de transmitir conhecimento, inspirar aos crentes grandes
verdades, e assim, através da instrução geral conferida à igreja, contribuir para levar os
crentes mais perto do ideal da imagem de Cristo.
4- NOMENCLATURAS DADAS AO MINISTRO:
• A atividade dos Magistrados civis se definia com esse termo, (RM. 13.4).
• O trabalho dos anjos é definido com esse termo, (HB. 1.14).
• Jesus é tido como ministro, diácono, servo, (RM. 15.8; LC 22.27).
• Em suma, isto se refere ao fato de que, o ministro trabalha em todos os serviços que
sejam necessários na obra de Deus.
ESSE TERMO TAMBEM SE USA PARA IDENTIFICAR:
• Os dons espirituais são meios pelos quais se manifestam os ministérios cristãos, (RM.
12.7; 1ª CO 12.5).
• O beneficio aos necessitados, (AT. 6.1).
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escolheu estes termos humildes para identificar o trabalho mais importante do mundo.
Assim como o trabalho é o mais importante, os homens que o fazem também devem ter
as qualidades mais importantes em seu caráter. O sucesso de um profissional ate certo
ponto independe das qualidades de seu caráter. O arquiteto, o medico, o dentista
dificilmente seu caráter vai definir seu êxito ou não.
Porem não é assim com o ministro de Deus. O êxito no ministério esta ligado
diretamente a sua moral e santidade, a qualidade de vida em termos morais. O ministro
lidera pessoas e é necessário que as pessoas confiem nele inteiramente. Os escândalos
provocados no reino de Deus criaram uma crise de credibilidade onde todos são postos
em cheque. Por ser necessárias, santidade, transparência, piedade, sinceridade e
veracidade, a Bíblia apresenta qualificações espirituais essenciais ao ministro.
1- FIDELIDADE: lealdade, firmeza, exatidão, (1ª CO 4.1,2; HB 3.5; NU 12.7; MT
24.45-47). Fiel, que cumpre aquilo a que se obriga.
Fidelidade é a virtude nomeada pelo Senhor para aprovar um servo, (MT. 25.23).
C- Fidelidade nos negócios particulares, ( 1 Tm 3.7), bom testemunho dos que estão
de fora; bom ministro de Cristo, ( 1 TM 4.6 ), exemplo de conduta, ( 1 TM 4.12).
2- OBEDIÊNCIA, ( 1 SM 15.22; HB 5.8; 11.8 ). Vale mais do que sacrifício.
Obediência é corresponder exatamente com a vontade do Senhor naquilo que se deve
fazer, quando ordenado pelo Senhor através de um ministro superior. Nós nem
sempre estamos dispostos a fazer a vontade de Deus, somos como os da parábola dos
dois filhos, ( MT 21.28-31) apresentamos uma obediência condicional.
3- PRUDÊNCIA, virtude que leva o homem a conhecer e a praticar o que lhe convém,
tino, moderação, ( JS 1.7-9; PV 14.15; OS 14.9; EF 5.15). Qualidade de quem age
com cautela, com sensatez. Davi se conduzia prudentemente diante da situação de
ameaças que ele vivia com Saul. O perigo é uma situação na qual nós aprendemos a
prudência, pois aquilo que coloca nossas vidas em dificuldades nos leva a ser mais
cautelosos.
4- EFICIÊNCIA, ação, força, virtude de produzir um efeito, eficaz, que produz efeitos,
( RM 12.11; AT 20.18-21, 26,27). Capacidade de produzir efeitos positivos, tanto na
obra de Deus, como na vida das pessoas. Senão houver eficiência em nosso trabalho,
as pessoas não vão acreditar em nós. Quando somos eficientes, nós mesmos
acreditamos mais em nós mesmos, e isso é de fundamental importância, de que eu
acredite em mim mesmo. É a maneira mais fácil de eu saber que estou sendo
aprovado.
5- DILIGÊNCIA, ( PV 10.4; 12.24,27; 22.29; LC 15.8 ). Cuidado intenso,
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presteza, providência. Essa palavra tem três sentidos em caráter progressivo. O
cuidado intenso tem a ver coma minha vida, que é a base moral do ministério cristão,
a presteza, tem a ver com a disposição para realizar o trabalho, a prontidão, e a
providência, tem a ver com os recursos, com a preparação dos recursos para se fazer
as coisas. Uma pessoa diligente, não será apanhada de surpresa quando for solicitada
para executar alguma coisa.
6- VIGILÂNCIA, vigiar, estar atento, observar atentamente, ( MC 13.33-37: LC 12.37;
1 PD 5.8). Estar atento, cuidadoso, precavido, ficar de sentinela. Essa virtude se
relaciona com a atividade de não se permitir ser surpreendido pelo maligno, pois
estamos numa batalha espiritual.
7- INTEGRIDADE, íntegro, completo, perfeito, reto, ( 1 TS 2.10,11; 1 TM 3.2; TT
1.7). Honesto, inteiro em seu caráter. Estas qualidades para a vida de um ministro são
indispensáveis, por que seu ministério se baseia na sua qualidade moral. A base da
atividade pública de um homem é a sua moral.
8- HONESTIDADE, ( RM 13.13; 1 PD 2.12). Digno, honrado, integro, decente, puro,
virtuoso, conveniente, decoroso, agradável, conforme a honra. Essas virtudes
compõem o caráter de um ministro de Cristo, que são por sua vez, os valores que
determinam o seu comportamento. Só poderá haver um bom testemunho se houver
tais virtudes.
9- MODERAÇÃO, ( 2 TM 1.7). Virtude que leva a evitar excessos. Moderação é o
equilíbrio que te mantém na medida para não ser demais. Por falta desta virtude,
alguns não conseguem se manter no posto a que são destinados. Este foi o pecado de
Saul, que foi além do que lhe era destinado a fazer.
Também foi o pecado de Sansão que ia além do permitido, até que perdeu o poder
que possuía. Alguns exageram no poder que tem, vão além, e alguns há que exageram
no sentido contrário, abdicam do poder que tem, em detrimento de si mesmos e da obra de
Deus.
10- GOVERNO, ( 1 TM 3.4,5, 7). Capacidade de condução, tanto de si próprio, de sua
casa, como também da Igreja de Deus. Governo é um Dom espiritual, ( 1ª CO 12.28)
esse é o Dom que os lideres tem que Ter, ( RM 12.8) para presidir a obra de Deus. O
termo grego traduzido para governo é Kubernesis, literalmente significa
administração, direção, por um piloto, administração pastoral. O sentido dessa
palavra é pilotar. Refere-se aquele que dirige um navio por meio do molinete. A
figura de um piloto que pilota uma nave, e sua responsabilidade com tudo o que
transporta, representa com inteireza as responsabilidades de um líder na obra de
Deus.
11- CAPACIDADE, ( 1 TM 3.2; 4.15,16). Apto para ensinar. Aptidão, capacidade nata
ou adquirida, capacidade, habilidade, idoneidade. A aptidão não está vinculada à
questão moral somente, existem pessoas moralmente corretas, que não são capazes de
desempenhar nenhuma atividade quanto à instrução de alguém, é necessário também
que haja instrução, aperfeiçoamento, habilitação, conhecimento e sabedoria.
Obviamente que a questão moral é indispensável, pois isso dará crédito ao ensino e a
pregação, mas a capacidade de interpretação e a capacidade de transmissão desse
conhecimento definem a palavra capacidade. Todas as empresas do mundo moderno
investem na capacitação de seus funcionários, para a aquisição do melhor produto, a
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Igreja, não pode ficar para trás.
Uma das armas mais eficazes que satanás tem usado contra a igreja de Cristo é desviar os
ministros de suas reais prioridades, envolvendo-os em coisas secundarias, ou invertendo
a ordem das prioridades. Há pelo menos duas áreas de prioridades que precisam ser bem
definidas, as pessoais e as ministeriais.
1- PRIORIDADES PESSOAIS DO MINISTRO:
Esta área tem pelo menos três coisas a serem consideradas, a vida com Deus, com a
esposa e com a família.
A- O MINISTRO E SUA VIDA COM DEUS: A primeira tentativa de desviar os
Apóstolos de sua real prioridade aconteceu na igreja primitiva, At 6.1-7, a necessidade
era justa, mas outras pessoas podiam fazer aquele trabalho. Ao responder que eles
ficariam na consagração e no ministério da palavra, eles focalizaram as duas áreas
primordiais, a pessoal e a ministerial. Fazendo isto eles seguiram o exemplo da Jesus que
tirava tempo para o pai e depois para o ministério, Mc 1.35; 6. 46,47; Lc 5.15,16; 6.12;
9. 28,29; Mt 14.23.
B- O MINISTRO E SUA VIDA COM A ESPOSA: A esposa é a pessoa que
compartilha todas as coisas com o esposo o ministro de Deus, ela conhece suas alegrias,
tristezas, intenções, projetos, e suas necessidades. Paulo escreve em efésios que o marido
deve amar sua esposa, 5.29-31. Na verdade os maiores desastres acontecem pelo fato de
alguns há que tenham um amor platônico, nada pratico, não tiram tempo para a esposa, e
quando se dão conta as coisas já passaram dos limites.
C- O MINISTRO E SUA VIDA FAMILIAR: A terceira prioridade do ministro é sua
vida familiar, que envolve esposa e filhos. O Apóstolo Paulo diz que o bispo deve
governar bem sua casa, criando os filhos sob disciplina, 1Tm 3.4. É indispensável que o
pastor não se esqueça de seus deveres para com sua família: Para com a sua esposa:
respeitá-la 1Pd 3.7; amá-la, Ef 5.25; Cl 3.19; ser-lhe fiel He 13.4; Ml 2.14,15. Para com
os filhos: Amá-los Tt 2.4; levá-los a Cristo Mt 18.1-14; ensiná-los Dt 4.9; Pv 22.6; não
provocá-los, Ef 6.4; Cl 3.21;
prover para eles 2Co 12.14; 1Tm 5.8; corrigi-los Pv 13.24; 19.18; Hb 12.7.
2- PRIORIDADES DO MINISTÉRIO:
14 Teologia Pastoral
12. 4-8, que as pessoas necessitam de capacitação para exercê-los e fazer conforme a
palavra de Deus, 1Pd 4.10,11. Quando o ministro exerce a prioridade de seu ministério, a
palavra, ele aperfeiçoa santos que por sua vez exercem dons que edificam a igreja. Ela
cresce saudável e solida.
5º) PERIGOS NO CAMINHO DE UM MINISTRO DE DEUS:
• Qual o remédio: foge, 1Co 6.18-20; 2Tm 2.22, e cuida para não deixar a capa.
15 Teologia Pastoral
• Pensar em voltar a alguma atividade “lucrativa” sem importar com as
conseqüências.
• Achar que por ser pastor não precisa contribuir, torna-se usuário da igreja.
• Administrar mal os recursos da igreja pensando que pode dispor deles como quer.
• O remédio está no Salmo 73.
C- A FAMA: A inveja de ministérios famosos e o desejo pela fama têm feito que alguns
obreiros adotem critérios nada éticos para conseguir os seus objetivos. Tem feito também
que alguns ministros se apoderem do púlpito de suas igrejas onde ninguém tem mais
nenhuma oportunidade de fazer coisa alguma, eles se consagram como o único ministro
capaz de exercer a autoridade naquele espaço. Esse tipo de comportamento quando se
expande ele cria o que se chama de clericalismo, isto é, um grupo que se separa da igreja
ao qual a igreja não tem acesso. Cria-se também um sacerdotalismo, isto é, onde o
ministério é visto como uma aquisição por herança. Estes males têm sido visto no Brasil
em algumas denominações onde o sistema é centralizado em uma única pessoa, que não
é Cristo obviamente, e não há delegação de poderes, por que o objetivo é a divulgação de
um nome, o do chefe. Qual o remédio para isto? A resposta é seguir o exemplo da igreja
primitiva e o ensino da palavra de Deus, que não há individualismo, mas cooperação,
como membros de um corpo, 1Co 12.12-31, há admiração e respeito e nunca inveja, e só
há uma pessoa que merece a honra e a glória.
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• As formas no cumprimento.
• As formas de apresentação.
• A arte de conversar.
O serviço pastoral compreende vários aspectos do ponto de vista pratico, pois ao pastor
como anjo da igreja cabe a responsabilidade de liderar e orientar o rebanho de Deus.
1- A PREGAÇAO E O ENSINO: pregar e ensinar constitui a base do serviço pastoral,
considerando que o ministério de Jesus e da igreja primitiva se fundamentou nessa
premissa, cabe a nós seguirmos o exemplo.
2- VISITAÇÃO: O pastor não desenvolve seu ministério somente no púlpito, mas
também nas casas, visto que alem dos problemas que surgem nas famílias, há os
enfermos que precisam do ministro para orar por eles, Tg 5.13-
20. Ainda que haja uma boa equipe de visitas há casos que é necessário a presença do
pastor.
3- ACONSELHAMENTO: Malaquias 2.7 diz que do sacerdote se busca a lei. O
aconselhamento é uma atividade indispensável no ministério, é uma ocupação que
alcança desde a criança ao ancião. E não poucas vezes o ministro é chamado para
aconselhar pessoas de fora da igreja. Os cuidados que deve ter nessa atividade é não
tomar partido quando o aconselhamento é necessário por causa de atritos, outra coisa que
o ministro deve cuidar quando a pessoa aconselhada for do sexo oposto e possa ver no
conselheiro a pessoa ideal. Esse trabalho deve ser feito sempre acompanhado da esposa,
ou quando não de uma pessoa, irmão, responsável.
4- DISCIPLINA: Essa é uma parte difícil para a vida do ministro, porém indispensável
para o bom andamento da obra de Deus. A disciplina tem o objetivo de edificar 2Co
13.2,3,10. Preservar a sã doutrina, 1Tm 1.3-5; Tt 1.13,14. Repreender os que pecarem,
1Co 5.3-5; 1Tm 5.20; 2 Tm 4.2. Amor, imparcialidade, prudência e justiça devem reger
o coração do ministro quando tiver de executar uma disciplina.
5- A ADMINISTRAÇÃO: A administração espiritual e material da igreja que lhe
confiou.
A- A ADMINISTRAÇÃO ESPIRITUAL: Essa parte diz respeito as atividades
espirituais da igreja abrangendo cultos, ordenanças, festas ,estudos bíblicos, louvor, etc.
é claro que o pastor não faz tudo isso sozinho, porém ele organiza, supervisiona, designa
pessoas para fazer o trabalho, de maneira que nenhum trabalho se faz sem o seu
conhecimento.
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B- A ADMINISTRAÇÃO DO SERVIÇO MATERIAL: Essa parte tem
a ver com a organização jurídica da igreja, da Presidência, Tesouraria, Secretaria,
Patrimônio.
Como também as compras de móveis e imóveis, construções, etc. é bom quando o pastor
supervisiona essa parte, delegando tarefas a pessoas responsáveis e competentes para
realizar esse trabalho. Isso poupa o pastor de muitas coisas.
6- O PASTOR E A ORDENAÇÃO DE OBREIROS: Quando o pastor tem que eleger
novos colaboradores para a seara do Mestre é um privilegio, pois a obra do Senhor está
crescendo e se faz necessários, mais trabalhadores para sua seara. Porém se houver
descuido na seleção das pessoas que irão compor esse quadro, o pastor terá problemas
sérios. Há duas perguntas básicas que se deve fazer para proceder esse trabalho: a igreja
local necessita destes ministérios? E o indicado preenche os requisitos bíblicos?
Respondida positivamente não há por que temer. A seguir vamos entender os termos com
suas responsabilidades pertinentes, pois há pessoas que são separadas ao que não sabem
o que significa. O termo Diácono já tem um texto na pagina nº 8.
ANCIÃO, PRESBITERO E BISPO:
Com naturalidade se diz que era, o ancião para os judeus, o presbítero para os gregos e o
bispo para os romanos. E de fato é assim, porém, a origem destes termos e sua
desenvoltura aconteceram entre os povos antigos, e posteriormente foram adaptados a
Igreja cristã.
A- A ORIGEM DESTES TERMOS:
Estes termos como já dissemos não tem a sua origem na Igreja cristã, eles foram
adaptados da história para a Igreja.
• Ancião era uma designação para os magistrados, eram eleitos os mais
experientes, os mais respeitados, que exerciam influência nos governos das nações
antigas.
• Esse costume de eleger os mais experientes como anciãos, foi adotado pelos
hebreus ainda antes do êxodo, ( ÊX 3.16,18; 4.29 ). Daí em diante os anciãos são
encontrados como os representantes do povo, ( JS 20.4 ).
• Os anciãos eram homens honrados pelo povo, ( 1º SM 15.30 ).
• Os anciãos eram autoridades junto aos reis, ( 2º SM 3.17; 1º RS 8.1 ).
• Eles tinham autoridade civil, mas no Novo Testamento decidiam junto com os
sacerdotes coisas religiosas, ( MT 27.12,20; AT 23.14 ).
• Presbítero é um termo de origem grega, que também se traduz por ancião, (ou
maior de idade) As pessoas de mais experiência, de maior dignidade, eram
chamadas de: Ancião presbítero ou bispo.
B- PRESBITERO OU O ANCIÃO NO NOVO TESTAMENTO:
18 Teologia Pastoral
No período do Novo Testamento, o Sumo Sacerdote era o presidente do Sinédrio, o qual
era o maior tribunal civil e religioso do povo de Israel. Uma organização semelhante foi
adotada na Igreja cristã, o ancião do Antigo Testamento passou a ser o ancião ou
presbítero do Novo Testamento.
• Com estas palavras, estão de acordo os textos de Paulo, ( AT 20.17,28; TT 1.5,7 )
em ambos os textos Paulo utiliza a linguagem, anciãos, presbíteros e bispos,
dando a entender que o oficio era o mesmo, porém com termos diferentes.
• A palavra grega, presbítero era um termo político, usado pelos atenienses, para
designar pessoas como superintendentes de negócios de dependência estrangeira.
• O primeiro a utilizar o termo presbítero para designar um oficial da Igreja foi
Paulo, (AT 14.23; 20.28; FL 1.1; TT 1.7 ).
C--A HISTÓRIA DO PRESBITERO, DO ANCIÃO E DO BISPO NA IGREJA
CRISTÃ:
19 Teologia Pastoral
➢ Paulo fazia parte do presbitério, ( 1ª TM 4.14; 2ª TM 1.6 ).
➢ No conceito de Paulo, presbítero, ancião, bispo e pastor era a mesma função com
nomes diferentes, ( TT 1.5,7; AT 14.23 ).
➢ Pedro era Apóstolo, pastor e bispo ou presbítero com os demais, ( 1ª PD 5.1-4 ).
➢ O Apóstolo João era também ancião, ou presbítero ( 2ª JO 1; 3ª JO 1 ). Estes
textos demonstram que naquele tempo, a função pastoral, ainda que abordada de
formas diferentes, com títulos diferentes, em si era uma única atividade. O que
importava era o homem consagrado nas mãos do Senhor.
7- O SUSTENTO PASTORAL: Não há nenhuma duvida de que o sustento pastoral é
de legitimidade bíblica, pois a palavra de Deus diz: que quem prega o evangelho viva do
evangelho; e que devem ser considerados de duplicada honra aqueles que presidem sobre
vós, principalmente os que afadigam no ensino, e ainda diz mais que o obreiro é digno de seu
salário, 1Co 9.14; 1Tm 5. 17,18.
Na antiga aliança Deus determinou que os sacerdotes e os levitas fossem sustentados
para o exercício do ministério, Nu 18.1-7; Dt 18.5. Na nova aliança segue-se a mesma
idéia de quem serve no altar como do altar. O pastor é sustentado financeiramente para
ter tempo integral para a obra de Deus, são muitas as atividades e se ele se embaraça
com negócios desta vida não conseguira cumprir sua missão.
8- O PASTOR E AS REUNIÕES NA IGREJA: São varias as reuniões que se efetuam
na igreja, em todas elas o pastor deve ser o principal responsável, é claro que não
significa que ele tenha que estar em todas elas, mas a sua autoridade delegada estará
naquele que ele designar. Para cada culto é necessário haver planejamento, o culto tem
horário para começar e terminar, exceto se o Espírito Santo quiser fazer algo diferente.
Num culto público, que normalmente é o de domingo a noite, a organização dos
cânticos, que em tudo deve obedecer ao critério do louvor. Não é a apresentação de um
conjunto ou de um cantor simplesmente, é louvor ao Senhor, pelo menos deve ser. A
seleção da qualidade das músicas, hinos; a leitura da palavra, o comportamento dos
obreiros no púlpito durante a reunião, tudo isso tem que fazer parte da solenidade do
culto. A igreja é um ambiente de reverencia e o exemplo tem que vir do púlpito. A oferta
no culto, os obreiros devem ter o cuidado de participar desse serviço, contribuindo é
lógico. Os cultos de oração e ensino, quando a igreja chegar tem que ver seu pastor ali
orando, e ter o cuidado para não permitir que coisa alguma desvie sua atenção. Esse
culto é o culto que o pastor imprime sua identidade ministerial sobre a igreja.
9- O PASTOR E A ESCOLA DOMINICAL: A Escola Dominical é uma das mais
importantes reuniões da igreja cristã. O pastor definitivamente é indispensável para o
êxito dessa escola. A palavra do pastor mobiliza o povo para aprender a palavra de Deus.
A designação de um superintendente equipado com conhecimento na área da educação
ajudara muito o pastor nesse trabalho. A preparação de cursos de aperfeiçoamento para
professores e a promoção de espaço físico adequado para o funcionamento da Escola
Dominical, é função que o pastor tem que exercer.
10- O PASTOR COMO LIDER: Na atividade de liderança há seis pontos que são
fundamentais, que quando observados com inteligência facilita a vida do pastor como
líder. O primeiro deles tem a ver com exemplo pessoal do líder, que é uma virtude
indispensável para que as pessoas confiem no líder.
A- EXEMPLO: as pessoas precisam ser capazes de depender de sua liderança.
20 Teologia Pastoral
Exemplos no Antigo Testamento:
Moisés: A primeira coisa que Moisés teve que definir com clareza foi sua própria tarefa.
De acordo com Êxodo 18.19-21, Moisés tinha três responsabilidades maiores:
• Apresentar Deus ao povo.
• Ensinar ao povo como eles deveriam andar e treiná-los para o trabalho que lhes
competia fazer;
• Selecionar líderes escolhidos que o ajudassem a suportar a carga da liderança.
Moisés precisava descobrir as qualidades necessárias nos líderes para que pudessem
ajudá-lo, (Êx 18.21). Ele precisava encontrar:
• Homens que temessem a Deus;
• Boa reputação: “Boa reputação” refere-se a homens sobre quem se podia testificar
favoravelmente, cujas vidas eram observadas pelos demais.
• Cheios do Espírito Santo: “Cheios do Espírito Santo, de sabedoria e de fé”. Isso não
significa que eram perfeitos, mas sim que eles manifestavam essas qualidades como
hábitos de vida.
CONSELHO DE PAULO SOBRE LIDERANÇA:
Paulo reconhecia a importância do exemplo dado por um líder. “O que também
aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será
convosco” (Fp 4.9).
• Paulo, quando falou aos bispos da igreja de Éfeso (At 20.17) lembrou-lhes o seu
contínuo exemplo de liderança. Ele queria que eles seguissem seus passos, e que
agissem e vivessem conforme ele sempre fizera entre eles. Esse é o segredo de uma
boa liderança – inspirar os outros a seguirem o nosso exemplo.
• Paulo a Timóteo: “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a
homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros” (2 Tm 2.2). Paulo
usou o mesmo método de Jesus (Mc 3.14), “E nomeou doze para que estivessem com
ele e os mandasse a pregar”. Cristo deu a seus discípulos um exemplo para seguirem.
B- COMUNICAÇÃO: A segunda questão é a Comunicação.
21 Teologia Pastoral
AS PESSOAS PRECISAM ENTENDER O QUE VOCÊ ESTÁ DIZENDO.
• Manter contato ocular com cada membro do grupo sempre que possível.
• Fazer perguntas aos membros do grupo, indicando que você precisa de sua ajuda.
• Dar aos membros do grupo a liberdade de exprimirem idéias e opiniões diferentes.
• Aprender a admitir seus erros na presença dos seus liderados pedindo desculpas
sinceras.
• Nunca culpar as pessoas pelo fracasso dos teus projetos. Aceite a própria culpa, pois
afinal, você é líder.
C- Habilidade: A terceira questão é a habilidade.
Jesus ao retornar ao céu, deu dons aos homens (Ef 4.7), capacitando-os para a liderança
cristã. Os princípios de regerenciamento e as técnicas de liderança não são suficientes
para desempenhar a atividade cristã, espiritual no ministério. É necessário que haja
22 Teologia Pastoral
capacitação espiritual, dons de Cristo, dons ministeriais.
• DONS DE LIDERANÇA OU MINISTERIAIS (EF 4.12):
• O texto em apreço diz: “que esses visam o “aperfeiçoamento dos santos”, para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”.
• Aperfeiçoamento, “katartiso”, quer dizer, completar o caráter de alguém, sarar, tornar
a juntar, equipar. Esse termo envolve preparar, treinar, equipar. A palavra é um termo
técnico para “consertar um osso quebrado”; também se refere ao ato dinâmico pelo
qual pessoas ou coisas são condicionadas adequadamente.
• Como resultado do exercício dos dons ministeriais, os crentes são “equipados” ou
preparados para administrar os seus dons conforme a palavra de Deus, (1 Pd
4.10,11).
• O DOM DE PRESIDIR OU DA PRESIDÊNCIA:
• É difícil para as pessoas motivadas pelo desejo de posição, assumir a posição de servo
dos demais (Mc 10.42-45);
• O DESEJO DE DOMINAR:
➢ Aos senhores (patrões) é relembrado que o Senhor dele e o vosso está no céu (Ef
6.9).
• A AUTORIDADE DE DEUS ESTÁ REVELADA NAS ESCRITURAS NAS
SEGUINTES DECLARAÇÕES:
➢ “Assim diz o Senhor”;
27 Teologia Pastoral
➢ Autoridade baseada na vontade da maioria: essa crença bastante comum
representa a maneira democrática de fazer as coisas. Esse método alicerça-se na
popularidade do indivíduo que é mais conhecido e que oferece menos problemas.
O fato de a maioria elegê-lo, não lhe confere autoridade espiritual;
➢ Autoridade baseada sobre ofício ou título: um título ou ofício propicia ao
indivíduo um sentimento de importância e autoridade. Mas todos os títulos
exaltados que há no mundo não são capazes de dar-lhe a autoridade que Deus
descreve em sua palavra.
• A VERDADEIRA BASE DA AUTORIDADE ESPIRITUAL: A autoridade
espiritual fundamenta-se em fatores que o próprio Deus estabelece em sua palavra. A
sua capacidade de influenciar outras pessoas depende desses fatores. Depende
daquilo que você realmente é. Sua reputação consiste naquilo que as pessoas pensam
que você é; e seu caráter consiste naquilo que Deus sabe que você é.
➢ Submissão ao próprio Deus (Tg 4.7). O verso 10 diz: “Humilhai-vos...”. A
autoridade espiritual em nossa vida é diretamente proporcional à nossa
humildade e submissão a Deus.
➢ Um piedoso estilo de vida (Hb 13.7). “... imitai a fé, atentando para sua maneira
de viver”. A reação favorável dos seguidores está alicerçada na conduta dos
líderes. O exemplo de Paulo: 1 Ts 1.5; 2.3-6
➢ Amor para com as pessoas (1 Ts 2.3-12). Paulo aludiu à sua autoridade e
influência entre aqueles crentes. E, ao mesmo tempo contrastou o seu estilo de
vida, com os motivos errôneos de alguns de Tessalônica.
- v. 3, não usamos de engano;
pessoal (material);
- v. 6, não atraímos os homens para nós nem buscamos o
28 Teologia Pastoral
• UM CORAÇÃO DE SERVO (Mc 10.42-45): Nosso desejo de servir ao próximo é
um ponto chave para nossa autoridade. A interpretação errada da autoridade ou a falta
de autoridade na vida dos líderes espirituais provoca o atrofiamento ao crescimento
da igreja, pela reação negativa por parte dos membros à autoridade.
• Alvos: São as maneiras específicas através das quais os propósitos poderão ser
avaliados e cumpridos;
• Prioridades: São os fatores que determinam quando e por que as coisas se realizam.
• Diretrizes: É a moral e o conteúdo ético dentro dos quais se buscará atingir os alvos.
POR QUE PRECISAMOS DE UMA ESTRATÉGIA?
Muitos líderes estão trabalhando sem uma estratégia. A única coisa que estão fazendo é
manter a igreja, dia após dia, tratando das necessidades que surgem. É necessário saber
para onde está indo e por que razão está indo. Ao líder cabe estabelecer objetivos e alvos,
e manter o rumo dos mesmos.
• A fim de sabermos por que fazemos as coisas: Os que trabalham sob a nossa
liderança necessitam saber que a parte que lhes toca, faz parte do todo.
• Para manter o interesse: Quando não há metas, as pessoas perdem o estímulo.
• Para saber o que fazer: Quando não há uma estratégia, as pessoas não sabem o que
fazer.
• A fim de saber como fazer: Toda a estratégia inclui planejamento. O planejamento
envolve o “como” de uma organização. Como poderemos chegar aos alvos
desejados.
• A fim de avaliar o nosso trabalho: O grande problema é que não queremos ser
avaliados por nenhuma medida. É óbvio que em uma avaliação, vão aparecer nossas
falhas e fraquezas na administração. Um grande mal na avaliação é quando
comparamos o nosso trabalho com o de outrem. Não temos que nos avaliar por
outrem. Estabelecemos nossa meta e não nos afastar dela, isto é o que interessa.
• Uma estratégia de trabalho levada a efeito, confirma e estabelece nossa liderança, que
será reconhecida e acatada pelo trabalho realizado.
• Uma estratégia ajudá-lo-á a atravessar períodos de crise. Quando existe um alvo,
você tem estímulo para superar os percalços que surgem no caminho. Quando não há
uma estratégia, há uma tendência natural de ir ziguezagueando, quando não, andando em
29 Teologia Pastoral
círculo, por não se saber para onde ir.
QUAIS OBJETIVOS DEVERÁ TER UM LÍDER ESPIRITUAL?
Cada líder tem uma forma diferente de traçar a sua estratégia. Seja como for, objetivos
não podem falhar. Objetivos são os propósitos básicos que se devem fixar em uma
organização. Exemplo: Evangelismo, edificação e expansão. (Cada objetivo deve ser
definido - o que é evangelismo?).
COMO FIXAR ALVOS ESPECÍFICOS PARA O SEU MINISTÉRIO:
Os alvos são as maneiras específicas pelas quais os propósitos de sua organização serão
medidos (avaliados) e realizados.
• Fixe alvos a longo e a curto prazo. Os alvos a curto prazo te ajudarão a manter o
rumo em direção a longo prazo.
• Fixe alvos realistas. É melhor cumprir os nossos alvos, do que ficarmos
impressionados com a sua magnitude, sem nunca podermos cumpri-los.
• Ligue os alvos aos objetivos. Todo alvo deve estar ligado diretamente a um dos
objetivos básicos daquilo que se organiza. Uma organização poderá não suportar
alvos extras. Quando um objetivo não for o propósito do alvo, então esse alvo acabará
prejudicando a organização.
• Comunique os alvos com antecedência, dando tempo suficiente para que as pessoas
envolvidas possam se preparar para aquilo que se espera delas.
COMO DETERMINAR PRIORIDADES?
As diretrizes são o arcabouço moral e ético dentro do qual uma organização procurará
cumprir os seus alvos. As diretrizes nos conservam no trilho certo, fiéis aos nossos
compromissos originais. Algumas diretrizes que ilustram o que elas são e como elas
afetam uma organização (igreja) cristã.
• Coisa alguma será feita, que viole algum princípio da palavra de Deus.
• A ênfase deve recair sobre as pessoas, e não sobre as tarefas a serem cumpridas. É
mais importante edificar espiritualmente uma pessoa do que usar uma pessoa para
realizar uma tarefa.
• Todas as atividades devem ser avaliadas à luz dos nossos objetivos.
31 Teologia Pastoral
crentes, (igreja local) antes de uma pessoa ser posta em posição de liderança.
A pessoa deve ser recomendável (At 6).
Uma estratégia de crescimento precisa avaliar o que significa crescer, e então decidir
quais tipos de crescimento devem ser incluídos no planejamento daquela estratégia.
Crescimento sugere aumento e produtividade, e isso também envolve números. O fator
básico do crescimento de uma igreja é a soberania de Deus (1 Co 3.6-8).
• CRESCIMENTO NUMÉRICO: O Novo Testamento menciona números, não
obstante, não fale de relatórios ou estatísticas. Uma boa estratégia, com base no
ensino bíblico, haverá de considerar o crescimento numérico como parte dessa
estratégia. (At 2.41,47; 5.14; 6.1; 9.31; 11.24; 16.5). Em todos esses textos
encontram-se as expressões: agregaram-se, acrescentava, crescia cada vez mais,
crescendo o número, se multiplicavam, muita gente se uniu ao Senhor, e a cada dia
cresciam em número.
• CRESCIMENTO ESPIRITUAL: É difícil aquilatar o crescimento espiritual. 2
Pedro 3.18 exorta-nos a crescer na graça e no conhecimento.
➢ Elementos do crescimento espiritual (Cl 1.9-12):
➢ Habilidade: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo” (At 1.8).
33 Teologia Pastoral