Lição 06 - o Ministério de Apóstolo
Lição 06 - o Ministério de Apóstolo
Lição 06 - o Ministério de Apóstolo
II – O COLÉGIO APOSTÓLICO
Dá-se o nome de Colégio Apostólico ao grupo de doze homens que foram chamados pelo próprio Senhor Jesus
para segui-lo durante o seu ministério terreno (Mt 10.2; Mc 6.30; Lc 6.13). “Foram três anos aproximadamente, em que
eles aprenderam as verdades de Deus com o maior Mestre da história. Após o seu discipulado, aos pés de Cristo, e o
recebimento do batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.8), aqueles 12 foram enviados para proclamar o evangelho,
ou as Boas Novas de salvação (Lc 6.13). Eles constituíram a base ministerial para o crescimento, o desenvolvimento e a
expansão do Reino de Deus e da Igreja de Cristo, por todo o mundo” (RENOVATO, 2014, p. 72).
2.1 Eles foram chamados por Jesus. Em seu ministério, Jesus teve muitos seguidores (Mt 4.25; 9.36; 12.15; Mc 2.4,13;
Lc 4.42; 5.1; Jo 6.2,22). Mas, os doze faziam parte de um grupo especial: Eles foram chamados pelo Senhor Jesus para
segui-lo e estar com ele durante o seu ministério terreno (Mt 10.1-5; Mc 3.14; 6.7; Lc 6.13; 8.1).
2.2 Eles receberam autoridade espiritual. Jesus deu aos doze autoridade para expulsar os espíritos imundos, para curar
os enfermos, limpar os leprosos e para ressuscitar os mortos (Mt 10.1-8; Mc 3.13-15; Lc 10.1-9). Eles foram enviados, à
princípio, as ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.6); mas, após a ressurreição, o Senhor lhes enviou para pregar ao
mundo inteiro (Mt 28.16-20; Mc 16.14-20).
2.3 Eles possuíam qualificações especiais. Por ocasião da eleição de Matias em lugar de Judas Iscariotes, o apóstolo Pedro
enumerou algumas exigências para o apostolado: ter sido testemunha ocular das obras, da vida, da morte e ressurreição de
Cristo (At 1.16-26; cf Jo 15.27).
3.1 O ministério apostólico de Paulo. A vida de Paulo, seu fervor missionário e seu zelo pela Igreja de Deus demonstram
claramente o seu chamado para o ministério apostólico, como veremos a seguir:
3.1.1 Na pregação do Evangelho. O maior desejo do apóstolo Paulo era levar as boas novas de salvação à toda criatura.
Por isso, onde chegava, ele procurava sempre uma ocasião para falar de Cristo, quer seja nas sinagogas (At 13.5; 14.1), nas
casas (At 20.20) e de cidade em cidade (At 14.6,7; 15.35). Nem mesmo a prisão era impedimento para ele pregar o
evangelho (Fp 1.12,13; 2Tm 2.9).
3.1.2 Na visita aos novos crentes. Sua preocupação não era apenas evangelizar, mas também, visitar os irmãos pelas
cidades onde havia anunciado o Evangelho, para exortá-los a permanecer na fé e encorajá-los em meio às perseguições e
ao sofrimento (At 14.21,22; 15.36).
3.1.3 No fato de deixar obreiros nas cidades onde havia pregado. Após pregar o evangelho de cidade em cidade, o
apóstolo Paulo costumava deixar obreiros para cuidar do rebanho, como deixou Timóteo em Éfeso (1Tm 1.3) e Tito em
Creta (Tt 1.5).
3.1.4 Na orientação aos obreiros. Pelo menos três, das treze cartas escritas pelo apóstolo Paulo são denominadas de
Epístolas Pastorais: 1Tm, 2Tm e Tt. Nestas cartas, Paulo orienta aos obreiros sobre seus deveres e responsabilidades (1Tm
4.6-16; 5.1-25: 2Tm 3.10-17; 4.1-22; Tt 1.5-16; 2.1-10; 3.1-10); bem como as qualificações para aqueles que desejam o
episcopado (1Tm 3.1-16).
3.1.5 Na disposição para sofrer por amor à Cristo. Paulo estava disposto a sofrer por amor a Cristo (At 20.22-24). Certa
ocasião, quando um profeta por nome Ágabo tomou a sua cinta, e lhe disse que ele seria preso, Paulo respondeu: “...eu
estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” (At 21.11-13).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, o termo apóstolo significa “enviado”. Este título foi atribuído ao próprio Cristo, aos Doze, a
Paulo, além de outros. As qualificações necessárias para ser apóstolo era ter sido testemunha ocular das obras, da vida, da
morte e ressurreição de Cristo. Hoje, já não existe apóstolos nos moldes do Colégio Apostólico; mas, o ministério de caráter
apostólico permanece e é desenvolvido por missionários que estabelecem igrejas em diversos lugares do mundo.
REFERÊNCIAS
• ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.
• RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• VINE, W. E. Dicionário Vine. CPAD.