Resumos de Conteúdos Internato
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A PA acontece porque vai haver uma lesão nas células acinares que começaram a
liberar enzimas digestivas dentro do pâncreas fazendo uma autodigestão, que podem
lesionar também a microcirculação levando a focos necróticos.
A amilase sérica ela se altera dentro de 6-12h e se mantém por 3-5 dias, a lipase ela se
altera dentro de 4-8h e se mantém por 8-14 dias. TC com contraste realizado somente
em caso de dúvida do diagnóstico ou gravidade da PA, TGP (ALT) >3x o limite
superior da normalidade ou 150 u/L tem valor preditivo positivo para PA biliar. A USG
de abdome é o exame de imagem inicial pensando na principal causa (biliar).
Outro critério que também pode ser usado para avaliar a gravidade da doença, Critérios
de Bhaltazar (realizado através do exame de imagem TC com contraste + percentual de
necrose do parênquima pancreático), pacientes que pontuam 7, possui um pior
prognóstico.
- Critérios Admissionais dos pacientes com PA: AST, Glicose, Idade > 60 anos, LDH,
Leucócitos. - Critérios após 48h de internação: Ureia (falência renal), Hematócrito
(falência circulatória), Perda de líquidos (falência circulatória), Base Excess (falência
renal), Cálcio, e PaO2 (falência respiratória).
2- A dor deve ser agressivamente tratada nas primeiras 24 horas com a utilização de
analgésicos. Não há restrição ao uso de opioides. O uso de ATB deve ser reservada
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– Sódio sérico < 110 mEq/L ou > 170 mEq/L. – Potássio sérico < 2,0 mEq/L ou > 7,0
mEq/L. – Cálcio sérico > 15 mg/dL. – PaO2 < 50 mmHg. – pH < 7,1 ou > 7,7.
Glicemia > 800 mg/dL. – Anúria. – Coma.
- Pancreatite calcificante crônica: forma clássica que acontece a formação dos plugs
proteicos e obstrução dos ductos pancreáticos.
- Pancreatite Inflamatória Crônica: não tem os plugs proteicos ou obstruções dos ductos.
Ela geralmente está associada a doenças autoimunes.
Os sinais e sintomas clássicos: Dor Abdominal (dor epigástrica que irradia para o
dorso, desencadeada por alimentação cerca de 15 min após) + DM ( deficiência na
produção de insulina, geralmente é um quadro mais tardia que se desenvolve 20 anos
após o diagnóstico de PC)+ Perda de peso (dói ao se alimentar, digestão prejudicada
pela falta das enzimas pancreáticas, comprometimento da absorção das vitaminas
lipossolúveis A, D, E, K) + Esteatorreia (ocasionada pela não digestão de
triglicerídeos).
Ao contrário da pancreatite aguda, a pancreatite crônica não costuma cursar com níveis
acentuadamente elevados de amilase e lipase, o que dificulta seu diagnóstico. Exames
de imagem, como a TC de abdome multidetectores com contraste e a ressonância
magnética com colangiopancreatografia, são opções para a avaliação do pâncreas com
suspeita de PC. A TC de abdome contrastada é um exame para a avaliação do pâncreas
e do ducto pancreático sendo útil não só no diagnóstico da pancreatite crônica, mas
também de suas complicações. A ressonância magnética com colangiopancreatografia
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Os fármacos de escolha são os ISRS com doses mais altas que o padrão. Outras opções
também podem ser feitas como: Velanfaxina (IRSN) e Clomipramida (Atípico).
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Em casos crônicos, usar um antagonista do receptor opioides: Naltrexona 25mg por dia
na primeira semana e após esse período elevar a dose para 50mg por dia e
posteriormente para 100mg SN, pois atuará nos efeitos prazerosos do álcool. A
principal contraindicação da naltrexona são pacientes portadores de doenças hepáticas
agudas ou crônicas. Os pacientes deverão fazer acompanhamento dosando os valores de
bilirrubina total e frações e TGO, TGP durante 3 meses.
Atendimento clínico: no prontuário deve conter (local, dia, hora, história clínica
detalhada, tipo de violência, forma de constrangimento, tipificação e numero de
agressores), exame físico completo, exame ginecológico e urológico, descrição do
numero das lesões e localização especifica, identificação dos profissionais que atendam
a vitima, preenchimento da ficha de notificação compulsória.
Anticoncepção de emergência (AE): indicado para todas as mulheres férteis que tenham
sofrido violência sexual, através do contato certo ou duvidoso do sêmen, independente
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Profilaxia para IST’s não virais: A coleta de amostra cervicovaginais para o diagnóstico
de infecção pode ser feito no exame, porém não se deve retardar a profilaxia. No caso
de abuso crônico ou uso de preservativo, a profilaxia não está recomendada, porém a
avaliação deve ser individual.
Paciente infectado por Hepatite C: deve ser acompanhado, pois o período de incubação
é de 7 semanas, realizar investigação laboratorial.
Infecção pelo HIV: situa-se entre 0,8 – 2,7% e dependerá de alguns fatores (tipos de
exposição sexual, trauma subjacente, numero de agressores, suscetibilidade da mulher,
ruptura himenal, exposição a secreções e/ou sangue, IST ou úlcera genital, carga viral
do agressor, início precoce da profilaxia antirretroviral quando indicada). * Indicação: A
quimioprofilaxia ARV é indicada em todos os casos de penetração vaginal e/ou anal,
nas primeiras 72 horas (idealmente nas primeiras 2 horas), inclusive se o status
sorológico do agressor for desconhecido. Não é recomendado se o abuso for crônico, se
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usou preservativo, se houve só oenetração oral sem ejaculação, se o abuso tem mais de
72 horas, se há conhecimento que o agressor é HIV negativo.
GUIA DE PRESCRIÇÃO:
2- Profilaxia Hep. B: se não vacinadas ou desconhecido: Vacinas de Hepatite B (3 doses) + Imunoglobulina humana
anti- hepatite B.
4- Profilaxia Tricomoníase:
5- Profilaxia Gonorreia:
6- Profilaxia Clamídia:
7- Profilaxia HIV:
Classificação das Cefaleias: * Primária: são doenças cuja é o sintoma principal, porém
não é o único, são classificados como cefaleia recorrente. Ex: Migrânea, Tensional e em
Salvas. * Secundária: são os sintomas adjacente de uma patologia, por ex: Neurológica
ou Sistêmica como meningite, dengue, tumor, AVC.
provoca uma dor percebida à distância (dor referida), enquanto a dor crônica esta
associada a sensibilidade das vias de dor do SNC que são geradas por estímulos
dolorosos dos tecidos miofasciais pericranianos.
As Manifestações Clínicas da CTT oscila de acordo com a sua intensidade, podendo ser
leve a moderada associado á sensação de aperto ou pressão, sendo bilateral,
holocraniana, não pulsátil e sem outros sintomas associados, como por via das vezes
podem esta acompanhada de foto ou fonofobia, e raramente cursa com náuseas e
vômitos. Uma característica da cefaleia do tipo tensional que não tem nas outras, por
exemplo a de tensão ela não costuma piorar quando se faz um esforço e não limita as
atividades usais do paciente, pelo contrario pode e melhorar com a realização da
atividade física. Geralmente ela surge no final da tarde relacionada com fatores de
estresse, muscular (posicionamento do pescoço ou no trabalho), ou mesmo relacionada
na parte emocional. Ela também pode ser subdividida em CTT episódica infrequente e
quando acontece <12 dias/ ano, CTT episódica frequente >= 12 dias e < 180 dias/ ano,
ou crônica com ocorrência >= 180 dias/ ano. Importante lembrar que quando a CTT e
crônica, precisa-se fazer diagnóstico diferencial com outras doenças, como bruxismo,
sinusite crônica, disfunções osteoarticulares da coluna cervical, etc.
Em caso de pacientes que não melhoram com essas medidas e a cefaleia durem mais de
15 dias ou mês, pode- se prescrever um antidepressivo tricíclico : Amitriptilina 10-
75mg/dia, começando com 10mg e vai aumentando ao longo das semanas ate que o
paciente chegue em uma dose que ele sinta um alivio satisfatório da dor, geralmente o
tratamento fica por 6 -12 meses. Outras drogas também podem ser usadas como:
Clomipramida, Mitarzapina (30mg/ dia), Velanfaxina (150 mg/dia).
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Complicação: Status migranoso, caracterizado por uma crise > 72H, ou aura persistente
≥ 1 semana sem evidencia de infarto na neuroimagem, convulsões podem ser
desencadeadas por aura.
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Cefaleias em Salvas: Está dentro das cefaleias do tipo trigêmino- autonômicas, sendo
ela a mais frequente da classe. Mais frequente na população masculina, com pico de
incidência entre a terceira e a quinta década de vida, mais pode começar após os 20
anos.
* Fatores de risco para CAD em pacientes ainda sem diagnóstico de DM: - Crianças
mais jovens; - Atraso no diagnóstico; - Menor nível socioeconômico; - Residência em
um país com baixa prevalência DM1. * Fatores de risco para CAD em pacientes com
DM já diagnosticado: - Omissão no uso de insulina; - Acesso limitado a serviços
médicos; - Interrupção não percebida do fluxo de insulina em usuários de sistema de
infusão contínua de insulina (SICI) – popularmente conhecido como ―bomba de
insulina‖.
Manifestações Clínicas: A CAD costuma ter evolução rápida ao longo de 24 horas. Seus
comemorativos iniciais são: sintomas de hiperglicemia descompensada, náuseas,
vômitos, dor abdominal e hiperventilação. Com a progressão do quadro, podem surgir
sintomas neurológicos, como letargia, déficits neurológicos focais, convulsão e coma.
Os sintomas de hiperglicemia descompensada são poliúria, polidipsia, noctúria, visão
embaçada, polifagia e perda involuntária de peso. Quando a glicemia se eleva acima de
180 mg/dL, o limiar renal de reabsorção de glicose é excedido e ocorre glicosúria.
Ocorre hiperventilação compensatória e o paciente pode evoluir com um padrão
respiratório acelerado, caracterizado por inspirações e expirações de alta amplitude, a
respiração de Kussmaul. Por fim, a eliminação respiratória de cetonas voláteis justifica
o clássico hálito cetônico com ―odor frutado‖.
Tratamento:
Insulinoterapia: Se Potássio (K⁺) < 3,3 mEq/L deve-se repor 25Meq/L de K⁺ antes da
insulina. Geralmente repõe em BIC com dose inicial de 0,1 UI/Kg de insulina em Bolus
e depois inicia-se a BIC com 0,1 UI/Kg/H. - Potássio: < 3,3 repor 25mEq em 1L de
SF0,9% . - Potássio: 3,3- 5,0 repor 25mEq a cada 1L de SF0,9%. - Potássio: > 5,0
somente acompanhar. - Bicarbonato: repor se o valor for pH < 6,9, administrar
100mEq, EV em 2 horas.
Podemos dizer que a CAD está resolvida quando o paciente apresenta glicemia < 200
mg/dL e, pelo menos, dois dos seguintes critérios: • pH venoso > 7,3; • Bicarbonato ≥
15 mEq/L; • Ânion gap < 12 mEq/L.
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Amitriptilina não é boa para pacientes cardiopatas pois ela aumenta o intervalo QT.
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O choque anafilático, por sua vez, é definido como reação anafilática em que ocorre
uma insuficiente entrega de oxigênio para os tecidos, resultando em colapso
cardiovascular e fluxo sanguíneo insuficiente. Já a reação anafilactoide descreve as
respostas que são clinicamente indistinguíveis da anafilaxia, que não são IgE-
mediadas e que não necessitam de uma exposição sensibilizadora. A
hipersensibilidade é uma resposta imune inadequada a antígenos geralmente
inofensivos, enquanto anafilaxia representa a forma mais dramática e grave da reação de
hipersensibilidade imediata.
O quadro clínico pode seguir um curso unifásico ou bifásico; neste segundo caso, os
sintomas desaparecem ou apresentam melhora parcial, para retornarem em média 1 a 8
horas depois. Este período pode se estender até 24 horas. Existem mais dois padrões
incomuns de apresentação de anafilaxia: (i) apenas a fase tardia e (ii) apresentação
protraída. Felizmente, ambas são incomuns. As manifestações podem envolver sistema
respiratório, cardiovascular, gastrointestinal e neurológico. Os sintomas cutâneos e de
mucosa incluem prurido, rubor, edema dos lábios e língua, eritema urticariforme.
Os sintomas respiratórios, após os cutâneos, são os mais comuns e incluem sintomas
de vias aéreas superiores como coriza, espirros, prurido nasal e, em suas formas graves,
estridor, disfonia e rouquidão, mas também envolvem vias aéreas inferiores com
sintomas como dispneia, sibilos e outros achados de broncoespasmo e hipoxemia.
Síncope e tonturas são relativamente comuns, bem como arritmias e bradicardia
paradoxal.
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Manifestação Clínica: Dores matinal nas mãos >1 hora, as dores tem características
adicionais começando em uma articulação e migrando para outro lado na mesma
localização, poupando o esqueleto axial, as dores pioram com o repouso e melhora com
exercícios. Tem início insidioso, manifestações sistêmicas, pode está associado edemas
e diminuição da força dos membros. Mãos: desvio ulnar dos dedos; pescoço de cisne;
abotoadura. Joelhos: Cisto de Baker. Pés: dedo em martelo.Punhos: dorso de camelo
(pode levar a uma sínd. Do túnel do carpo). Cervical: Subluxação atlanto-axial (C1 e
C2). Deformidades extra- articulares também podem ocorrer como: Pericardite,
Nódulos subcutâneos, Sínd. Sjogren, Derrame pleural (caráter exsudativo), Vasculites, e
Sínd. Caplan (artrite+pneumoconiose). A AR também pode acometer as articulações
cricoaritenoides e temporomandibulares (ATM) levando a queixas como rouquidão,
disfonia e odinofagia pelo acometimento laríngeo e dor, limitação e crepitação pela
sinovite da ATM.
2- Drogas que alteram o curso da doença: Metrotexato começam com 7,5 a 15mg/
semana, sendo dose máxima 25mg (padrão-ouro), Sulfassalazina, Hidroxicloroquina,
Leflunomida.
GOTA caracterizada como uma artrite por cristais de urato monossódico, o ácido
úrico consegue se diluir quando for ˂ 7mg/ dL. Mais comum no sexo masculino, entre
30 e 50 anos, com o aumento da idade o sexo mais acometido é o feminino pois o
estrogênio possuem efeito uricosúrico e por isso mulheres na menacme possuem níveis
séricos de ácido úrico inferiores. Fatores secundários para o desenvolvimento da Gota:
álcool, obesidade, HAS, diuréticos (principalmente tiazídicos).
Metabolismo do ácido úrico: metabolismo celular (apoptose das células senis), e dieta
rica em carne, cerveja, contribuindo para a formação de purina, em contrapartida a
enzima Xantina Oxidase metabolizando-a e formando o ácido úrico, onde será
eliminada 2/3 pela urina e 1/3 pelas fezes. A Gota pode ser desencadeada por dois
mecanismos: 1- superprodução, ou 2- diminuição da eliminação renal.
Artrite Gotosa Aguda: acometimento monoartrite de início súbito com duração de 3-10
dias. As articulações mais acometidas são: Grande artelho (podagra), metatarso,
tornozelos, calcanhares, e joelhos. A AGA pode acontecer com o ácido úrico normal,
lembrando que o paciente sempre teve o ácido úrico aumentado e no momento da crise
o valor sérico tiver normal, ainda sim caracteriza como Gota.
Gota Intercrítica: após a 1º crise o paciente começa a ter esse período assintomático. Na
história natural da doença ela evolui de monoartrite aguda para uma poliartrite crônica,
acometendo mais articulações como cada crise diminuindo o tempo de uma para outra.
Gota tofosa crônica: mais comum acontecer em mulheres mais velhas, por causa da
diminuição do nível de estrogênio. Acontece por causa do acúmulo de cristais + tecido
granulomatoso, nos tendões, cartilagens, partes moles e rins.
Fisiopato: vai haver uma vasculopatia causando uma lesão endotelial fazendo com que o
fibroblasto infiltre e formando uma inflamação nos vasos, e por causa da grave
formação e depósitos do colágeno vai haver uma fibrose, havendo uma alta produção de
anticorpos.
-RENAL: IECA
Em até 50% dos casos não conseguem isolar o agente causador, entretanto, os agentes
causadores variam de acordo com a localidade, características do paciente e gravidade
da PAC. – Condições predisponentes para a PAC: Tabagismo, Hipoxemia, Edema
Agudo de pulmão, Idade > 65 anos, Bronquiectasia, DPOC, Uremia.
O paciente tem início agudo ou subagudo de febre > 38,5ºC, tosse com presença ou não
de expectoração e dispneia, dor torácica, dor pleurítica, escarro com hemoptise,
mialgias, anorexia, fadiga. No exame físico: taquipnéia, hipotensão, crepitação
localizada e sinais sugestivos de consolidação que podem estar presentes em frequência
e combinações variáveis que são sugestivas de pneumonia. Idosos cursam com clínica
inespecífica: desorientação, delirium, descompensação da doença de base.
- Critérios para mudar o ATB endovenoso para o Oral: 1- Pacientes com condição de
ingerir o medicamento por VO, Hemodinamicamente estável.
O tratamento da PAC deve durar pelo menos 5 dias, e não deve ser interrompido antes
de atingir os critérios de estabilidade clínica e estar afebril por pelo menos 48 – 72
horas.
A Prevenção da PAC deve ser feita através da vacina contra a Influenza para todos os
pacientes com 50 anos ou mais, ou quando o paciente apresentar comorbidades. A
vacina pneumocócica também é recomendada para pacientes com > 65 anos, ou com
comorbidades e a revacinação a cada 5 anos.