Osmose - Trabalho Final

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Biologia e Geologia

10º Ano
Turma A

Transportes transmembranares: Osmose

Ana Sofia Pereira – Nº4


João Dias – Nº7
Martim Ferreira – Nº
Sara Pereira – Nº 17
1
Tomás Domingos – Nº18
Índice
Introdução teórica................................................................................................................3
Listagem de objetivos......................................................................................................... 6
Protocolo.............................................................................................................................. 7
Listagem de material ......................................................................................................... 7
Procedimento .................................................................................................................... 7
Resultados obtidos .............................................................................................................8
Análise de resultados........................................................................................................ 11
Resultados de aula ........................................................................................................... 12
Análise dos resultados de aula........................................................................................13
Cibergrafia ........................................................................................................................ 13

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Introdução teórica

A osmose é um processo físico-químico que envolve o movimento de um solvente


(geralmente água) através de uma membrana semipermeável. A membrana
semipermeável permite a passagem do solvente, mas não permite a passagem das
partículas solúveis maiores, como iões e moléculas. Esse processo ocorre devido à
diferença de concentração de solutos (partículas solúveis) entre os dois lados da
membrana e é de extrema importunância em muitos contextos biológicos e químicos. Por
exemplo, nas células, a osmose é fundamental para a regulação do equilíbrio de água e
solutos, permitindo que as células mantenham a sua forma e função adequadas. Também
é usada em processos industriais, como a dessalinização da água do mar e a
concentração de sucos e outros líquidos.
Quando há uma diferença de concentração de solutos entre os lados da membrana
semipermeável, a água tende a mover-se do meio de menor concentração de soluto
(solução mais diluída) para o meio de maior concentração de soluto (solução mais
concentrada). Este processo ocorre até que a pressão osmótica, pressão com qual a água
é forçada a atravessar a membrana, seja equilibrada, resultando num balanço de
concentrações entre os dois lados da membrana.
A osmose não é influenciada pela natureza do soluto, mas pelo número de partículas.
Quando duas soluções contêm a mesma quantidade de partículas por unidade de volume,
mesmo que não sejam do mesmo tipo, exercem a mesma pressão osmótica e são
isotónicas. Caso sejam separadas por uma membrana, haverá fluxo de água nos dois
sentidos de modo proporcional. Quando se comparam soluções de concentrações
diferentes, a que possui mais soluto e, portanto, maior pressão osmótica é chamada
hipertónica, e a de menor concentração de soluto e menor pressão osmótica é hipotónica.
Separadas por uma membrana, há maior fluxo de água da solução hipotónica para a
hipertónica, até que as duas soluções se tornem isotónicas.

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Figura 1 – Diferença das concentrações nos meios isotónico, hipertónico e hipotónico.

Na figura 2 observamos um procedimento experimental em que dois meios com


concentrações de soluto diferentes são separados por uma membrana artificial
semipermeável: permeável à água, mas impermeável ao soluto.
Inicialmente, no meio hipertónico existe menor número de moléculas de água livres, pois
algumas estão a interagir com o soluto. A movimentação das moléculas de água encontra-
se, assim, limitada por ação do soluto.

Figura 2 - Exemplificação da osmose

O potencial hídrico de uma solução é energia livre associada às moléculas de água. No


meio hipertónico, o potencial hídrico é menor. No meio hipotónico, há menor quantidade de
soluto e mais moléculas de água livres, pelo que o potencial hídrico é maior, e as
moléculas de água têm maior capacidade de se deslocar. Assim, A movimentação da água
vai ocorrer, essencialmente, da esquerda para a direita.
Nas células, a passagem da água de um meio para outro é feita nas células
preferencialmente com o auxílio de canais Curiosidade
proteicos transmembranares, designados
O botânico alemão Wilhelm Pfeffer foi
aquaporinas. Assim, a osmose é considerada
quem conseguiu descrever
um transporte passivo, pois na passagem
matematicamente o comportamento da
através da membrana não ocorre gasto de
pressão osmótica. Nos seus estudos,
energia.
conseguiu caracterizar o comportamento
Existe uma pressão específica capaz de
osmótico como proporcional à
impedir a passagem de solvente entre os
concentração de soluto, e de caráter
meios, essa pressão é denominada pressão
crescente quando a temperatura da
solução cresce.
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osmótica. Essa pressão é exercida sobre a solução de maior concentração, a fim de
impedir a osmose. Ou seja, para que o solvente não seja difundido através da membrana
semipermeável.
A osmose pode provocar alterações de volume celular, uma vez que diferentes
concentrações nos meios intracelulares e extracelular conduzem à entrada ou à saída de
água da célula. Caso a célula seja colocada hipertónico, a água sairá da célula e esta
murcha, isto é, perde volume - a célula fica plasmolisada. Se, por outro lado, esta for
colocada num meio mais diluído (hipotónico), a água entrará na célula por osmose e esta
aumentará de volume – a célula fica túrgida.
Nas células animais sujeitas a meios muito hipotónicos, a entrada de água pode levar ao
arrebentamento das células – lise celular. No caso das células vegetais, a parede celular
assegura a resistência à pressão exercida pela a água que entra na célula – pressão de
turgescência -, e isso impede a entrada de mais água e evita a lise celular. A osmose em
células vegetais pode ser observada no nosso dia a dia. Ao fazer uma salada, por
exemplo, na presença de sal, as folhas murcham. Isso ocorre porque, ao colocar sal nas
folhas, a água sai por osmose para o meio hipertônico, em uma tentativa de deixar o meio
isotónico.

Se não existir diferença de concentração entre os meios intracelular e extracelular, a


velocidade de entrada e saída de água é igual, pelo que não ocorrem modificações na
célula.

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Figura 3 – Efeitos dos diferentes tipos de meios em células animais e vegetais.

Listagem de objetivos

 Compreender como ocorre o transporte por osmose em células vegetais.


 Estudar conceitos como meios hipotónico, hipertónico e isotónico.
 Comparar o efeito que diferentes concentrações de sal dissolvido em água têm na
amostra de batata colocada nesse meio.
 Compreender como a diferença de concentração em duas soluções diferentes faz com
que se crie uma pressão que move a água, a pressão osmótica.
 Perceber que para impedir o movimento da água por osmose é preciso aplicar uma
pressão, a pressão osmótica.
 Estudar a permeabilidade da membrana celular da batata, uma vez que esta deixa
passar a água, mas não deixa passar moléculas maiores.
 Verificar a continuidade da osmose até que seja atingido o equilíbrio.
 Evidenciar o processo osmótico.
 Descrever o procedimento efetuado na execução da experiência.
 Aplicar as fases do método científico.
 Manusear corretamente o material de laboratório.
 Desenvolver capacidades de apresentar uma atividade laboratorial.

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Protocolo

Listagem de material:
Material de Laboratório Reagentes Material Biológico
3 Gobelés de 250 ml Água destilada Batata
3 Placas de Petri Água da torneira
1 Descaroçador Sal (NaCl)
1 Esguicho com água destilada
1 Esguicho com água da torneira
1 Pinça metálica
1 Espátula metálica
1 Marcador de vidro
1 Base de papel
1 Rolo de papel absorvente
2 tabuleiros inox
1 vareta de vidro

Tabela 1- Listagem de material

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Procedimento:

1. Numere os gobelés distribuídos.


2. Coloque no primeiro gobelé 250 ml de água destilada.
3. Coloque nos restantes gobelés (2,3) 250 ml de água da torneira.
4. Ao gobelé 2 adicione 2g de NaCl.
5. Ao gobelé 3 adicione 50g de NaCl.
6. Pese os cilindros de batata, meça a sua espessura e analise a sua textura inicial.
7. Insira, com a ajuda de uma pinça, os cilindros de batata nos gobelés.
8. Observe e registe a posição inicial dos cilindros nos gobelés.
9. Aguarde cerca de 24 horas.
10.Observe e registe novamente a posição inicial dos cilindros nos gobelés.
11.Volte a pesar os cilindros, meça a sua espessura e analise a sua textura final.
12.Compare os resultados obtidos.

Registo de Resultados

Figura 4 – Cilindros de batata imediatamente após serem colocados nos diferentes meios.

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Figura 5 - Cilindros de batata 2 horas após terem sido colocados nos diferentes meios.

Figura 6 - Cilindros de batata 24 horas após terem sido colocados nos diferentes meios

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Figura 7 – Cilindros de batata ao fim da experiência.

Figura 8 - Comparação das características finais dos cilindros de batata


expostos aos diferentes meios.

Quadro de Resultados
Posição do
Gobelé Material Meios Quantidade Peso Diferença de Expessura Textura
cilindro no
Biológico de sal peso (cm)
gobelé
g % Inicial Final g % Inicial Final Inicial Final Inicial Final

Água Não Não Duro


1 Batata 0 0 13,0 16,7 3,7 +28,5% 2,0 2,0 Duro
destilada flutua flutua

Água da
Não Não Pouco
2 Batata torneira + 2,0 0,9 12,4 12,6 0,2 +1,6% 2,0 2,0 Duro
flutua flutua flexível
NaCl

Água da
Não Muito
3 Batata torneira + 50 20 13,5 11,8 1,7 -12,6% Flutua 2,0 1,7 Duro
flutua flexível
NaCl

Para saber qual a quantidade NaCl necessária para criar o meio isotónico da batata
procedemos da seguinte forma:
 Sabemos que as células vegetais normalmente têm uma concentração de soluto
osmótica equivalente a uma solução de NaCl de cerca de 0,9% (m/v) (9 gramas de
NaCl por litro de água)

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 1L = 1000 mL
 1000 mL ----- 9g
250 mL ------- X X= (250 x 9): 1000 = 2,25 ≅ 2,0 g

Para calcularmos a diferença de peso dos cilindros de batatas subtraímos o peso inicial
ao peso final (ver tabela 2):
1) 16,7 – 13,0 = 3,7g
2) 12,6 – 12,4 = 0,2g
3) 11,8 – 13,5 = -1,7g

Calculamos a diferença de peso em percentagem com os cálculos que seguem (ver


tabela 2):
1) 13,0 ----- 100%
3,7 -------- X X= (3,7 x 100): 13,0 = 28,5%

2) 12,4 ----- 100%


0,2 -------X X= (0,2 x 100): 12,4 = 1,6%

3) 13,5 ----- 100%


1,7 -------X X= (1,7 x 100): 13,5 = 12,6%

Análise de resultados

No gobelé 1, a concentração no exterior da batata (solução de NaCl a 0%) é menor do


que a concentração no interior da batata, logo, a água passa para dentro do cilindro de
batata, aumentando a sua espessura, peso e rigidez. Isto acontece porque os solutos se
deslocam das zonas hipertónicas para as zonas hipotónicas e a água, como dito
inicialmente, tem um comportamento oposto ao dos solutos. Assim, a batata sofre
turgescência, ou seja, recebe água. Inicialmente a batata não flutua e, uma vez que
ganhou água, aumentando o seu peso, ao fim de 24 horas mantém-se no fundo do gobelé.

Quando existe um equilíbrio entre as concentrações no interior e no exterior do cilindro de


batata, como é o caso do gobelé 2 (solução de NaCl a 0.9%), não existe a passagem da
água do exterior para o interior ou vice-versa. Assim, o cilindro de batata mantém as suas

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características essenciais: peso, espessura, rigidez e aspeto. Este meio serviu de controlo
nesta experiência uma vez que representa o meio isotónico da batata, onde são
conservadas as suas propriedades.

Quando, por outro lado, a concentração no exterior do cilindro de batata (solução de NaCl
a 20%) é maior do que no interior, como acontece no gobelé 3, a água passa do interior
dos cilindros para o exterior, diminuindo a sua espessura, o peso e a rigidez. Uma vez que
as células perdem água, dizemos que a batata sofre plasmólise e, devido a essa
desidratação, o cilindro de batata fica mais mole. Inicialmente, a batata, por ser menos
densa do que a solução de NaCl a 20%, flutua e, ao contrário do que expectávamos,
passadas as 24 horas, o cilindro de batata encontrava-se no fundo do gobelé 3. Isto
porque, apesar de, ao longo da experiência, as células constituintes da batata irem
perdendo água, antes de se encontrarem com menos água do que o meio externo, passam
por um estado de isotonia com este, levando a batata a deslocar-se para o fundo do
gobelé.

1 Batata Água 0 0 12,8 16,6 Não Não 2,0 2,0 Duro Duro
destilada flutua flutua

4 2 Batata Água da 2,0 0,9 12,5 13,2 Não Não 2,0 2,0 Duro Pouco
torneira flutua flutua flexível
+ NaCl
3 Batata Água da 50 20 14,0 13,03 Flutua Não 2,0 1,7 Duro Muito
torneira flutua flexível
+ NaCl

Resultados de Aula
Grupos Gobelé Material Meios Quantidade Peso Posição do Expessura Textura
Biológico de sal cilindro no (cm)
gobelé
g % Inicial Final Inicial Final Inicial Final Inicial Final
1 Batata Água 0 0 14,2 17,6 Não Não 1,9 2,1 Duro Duro
destilada flutua flutua

1 2 Batata Água da 2,0 0,9 12,2 14,2 Não Não 1,9 2,0 Duro Pouco
torneira flutua flutua flexível
+ NaCl

3 Batata Água da 50 20 12,5 11,0 Flutua Não 1,9 1,8 Duro Muito
torneira flutua flexível
+ NaCl

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1 Batata Água 0 0 12,6 14,6 Não Não 2,0 2,0 Duro Duro
destilada flutua flutua

2 2 Batata Água da 2,0 0,9 12,6 13,3 Não Não 2,0 2,0 Duro Pouco
torneira flutua flutua flexível
+ NaCl
3 Batata Água da 50 20 11,8 10,9 Flutua Não 2,0 1,7 Duro Muito
torneira flutua flexível
+ NaCl

1 Batata Água 0 0 12,5 17,4 Não Não 2,0 2,0 Duro Duro
destilada flutua flutua

3 2 Batata Água da 2,0 0,9 12,5 14,5 Não Não 2,0 2,0 Duro Pouco
torneira flutua flutua flexível
+ NaCl
3 Batata Água da 50 20 14,0 12,3 Flutua Não 2,0 1,7 Duro Muito
torneira flutua flexível
+ NaCl

Análise dos resultados da aula

Da análise da tabela 3 depreendemos que, na sua maioria, os resultados obtidos estão


de acordo com os resultados esperados. Em todos os grupos se verificou um aumento de
peso maior do que o esperado no cilindro de batata do gobelé 2. Este resultado pode estar
relacionado com a concentração do meio externo, havendo a possibilidade de este ser um
pouco hipertónico em relação ao meio interno da batata, ou com alguns fatores de erro
como erros de pesagem e má calibração do instrumento de medição, a balança.

Cibergrafia

 Manual de biologia 10ºAno


 514086334-Relatorio-de-Biologia-Osmose-em-batatas-1[1].pdf
 Osmose: o que é, processo e exemplos - Toda Matéria (todamateria.com.br)

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 Relatório da atividade experimental sobre a osmose em células vegetais - Biologia e
Geologia – 10∫ - Studocu
 praticas-sobre-osmose-alexia-rodrigues-menezes.pdf (unipampa.edu.br)
 praticas-sobre-osmose-alexia-rodrigues-menezes.pdf (unipampa.edu.br)
 Fatima_Laima_Escola_Secundaria_de_S._Lourenco_Portalegre_Osmose_em_celul
as_vegetias-_versao_prof (2).pdf
 4_3-Demonstração-Osmose-Tecidos-Batata.pdf (ufjf.br)
 Observando a osmose em batatas. Osmose - Educador Brasil Escola (uol.com.br)
 A Célula Vegetal em Meio Isotônico, Hipotônico e Hipertônico - Só Biologia
(sobiologia.com.br)

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