Osmose em Células S Freire
Osmose em Células S Freire
Osmose em Células S Freire
Sérgio Freire
Se colocarmos uma célula animal em um ambiente isotônico, a água flui na mesma proporção
para dentro e para fora da célula. Nessa situação, observa-se que o volume da célula não se altera.
Quando uma célula animal é colocada em uma solução hipotônica, observa-se um aumento da entrada
de água na célula por osmose. Nesse caso, a água aumenta o volume da célula rapidamente fazendo com
que ocorra seu rompimento (lise).
Caso uma célula animal seja colocada em um ambiente hipertônico, observamos que a célula
perde água para o ambiente por osmose. Nesse caso, verificamos que a célula murcha e pode morrer.
Percebemos, portanto, que uma célula sem parede celular sobrevive bem em ambientes isotônicos,
porém o mesmo não acontece quando submetida a condições hipertônicas ou hipotônicas.
Diante disso, muitos organismos possuem mecanismos para evitar esses problemas. O
protozoário ciliado do gênero Paramecium, por exemplo, é encontrado em ambientes hipotônicos,
porém para evitar a absorção excessiva de água, conta com um vacúolo contrátil. Esse vacúolo funciona
como uma bomba que força o excesso de água para fora da célula do protozoário.
A célula vegetal, bem como as células de alguns fungos e procariotos, possuem parede celular.
Essa parede auxilia as células a sobreviverem em ambientes hipotônicos e hipertônicos. Em virtude da
presença da parede, essas células, comportam-se de maneira diferente da célula animal. Essa estrutura
atua impedindo a entrada excessiva da água.
Figura 2: Processo osmótico em célula vegetal, quando submetida a diferentes concentrações.
Nesse momento, dizemos que a célula está túrgida, sendo essa a situação ideal para uma célula
vegetal. O turgor é importante, especialmente, para aquelas plantas não lenhosas, pois é ele que garante
sustentação. Quando a célula vegetal é colocada em um meio isotônico, não é possível observar uma
tendência de entrada de água em grande quantidade na célula. Nessa situação, a célula fica flácida.
Por fim, temos a célula vegetal em ambiente hipertônico. Nessa situação, a célula perde água e
murcha. Fato interessante é que a perda de água nessa célula faz com que a membrana plasmática fique
solta em algumas regiões da parede celular. Dizemos que nessa situação a célula sofre plasmólise. O
processo de plasmólise pode ser revertido caso a célula seja colocada em água pura.
Exercício
1. Um professor de Biologia levou seus alunos ao laboratório, para o desenvolvimento de uma atividade sobre osmose.
Sobre a bancada, havia três frascos, cada um contendo uma solução salina de concentração diferente. Cada frasco (01,
02 e 03) recebeu um fragmento de tecido vegetal e após alguns minutos, o fragmento de tecido foi observado ao
microscópio, onde os alunos puderam observar o resultado a seguir:
a) As soluções dos frascos 01 e 02 são hipotônica e hipertônica, respectivamente, em relação ao meio intracelular.
b) As soluções dos frascos 02 e 03 são hipotônica e isotônica, respectivamente, em relação ao meio intracelular.
c) As soluções dos frascos 01 e 03 são hipertônica e isotônica, respectivamente, em relação ao meio intracelular.
d) As soluções dos frascos 01 e 02 são hipertônica e hipotônica, respectivamente, em relação ao meio intracelular.
e) As soluções dos frascos 02 e 03 são hipotônica e hipertônica, respectivamente, em relação ao meio intracelular.