Educação Alimentar e Nutricional

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12/06/24, 18:38 Educação Alimentar e Nutricional

Educação Alimentar e Nutricional


Hugo Braz Marques

Descrição

Bases teóricas e mecanismos de aplicação prática da Educação


Alimentar e Nutricional.

Propósito

Reconhecimento de bases teóricas e instrumentalização com


mecanismos de aplicação prática de ações de Educação Alimentar e
Nutricional nas diferentes fases do ciclo da vida.

Objetivos

Módulo 1

Educação Alimentar e Nutricional na teoria


Reconhecer as bases teóricas que estruturam a Educação Alimentar
e Nutricional.

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Módulo 2

Práticas educativas em alimentação e


nutrição
Aplicar métodos pertinentes em práticas educativas em alimentação
e nutrição nas diferentes fases do ciclo da vida.

meeting_room
Introdução
Neste conteúdo, veremos as bases teóricas de uma Educação
Alimentar e Nutricional histórico-crítica e problematizadora
acerca das diversas dimensões envolvidas na alimentação
adequada e saudável. Bases essas capazes de despertar
reflexões sobre o impacto da configuração vigente do sistema
alimentar hegemônico e do processamento industrial de
alimentos sobre a saúde e a sustentabilidade, tendo como
potente referencial o Guia Alimentar para a População
Brasileira (2014).

Métodos oportunos que favoreçam a autonomia e a criticidade


por parte das pessoas envolvidas nas ações de Educação
Alimentar e Nutricional em fases distintas do ciclo da vida
também serão apresentados como veículos inspiradores para a
aplicação prática.

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1 - Educação Alimentar e Nutricional na teoria


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer as bases teóricas que estruturam a
Educação Alimentar e Nutricional.

Educação em saúde
Os campos da educação e da saúde são permeados por disputas
ideológicas em torno de projetos de sociedade e de visões de mundo.
Ambos podem se fundamentar em diferentes concepções pedagógicas,
tais como:

Tradicionais expand_more

Caracterizadas por transmissão de conhecimentos e


condicionamento comportamental; foco no aprendiz, seja em
abordagem humanista, que considere a personalidade do aluno,
seja em abordagem cognitivista, que considere os caminhos
percorridos pela inteligência na construção do conhecimento.

Histórico-crítica expand_more

Com a compreensão acerca dos contextos político, econômico,


social e cultural em que ocorre a ação educativa. Sobre essa
última vertente, considera-se que a educação deva ser

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problematizadora da realidade, em uma relação democrática


entre professor e aluno, de modo a propiciar a percepção crítica,
emancipatória e modificadora sobre a cultura dominante.

No Brasil, a maior influência de uma concepção histórico-crítica


advém do filósofo e pedagogo Paulo Freire.

A educação em saúde problematizadora é estabelecida por meio de


uma relação dialógica e horizontal entre profissional de saúde e usuário.
Deve-se, portanto, respeitar a vivência e o saber popular acerca do
cuidado em saúde na busca pela intermediação com o saber científico,
de maneira reflexiva, crítica, promotora de autonomia, não de
imposições.

Saiba mais
É requerida a humanização das práticas de saúde com escuta
qualificada e acolhimento por parte do profissional de saúde, com
relação aos simbolismos, aos desejos, aos pontos de resistência e de
flexibilidade do usuário para incorporação de mudanças em seu modo
de levar a vida. Relaciona-se com o exercício do direito à cidadania e
com a luta por recursos existentes em contextos locais, que vão ao
encontro da Promoção da Saúde, que se reflete na capacitação da
comunidade para intervir sobre a melhoria de condições de vida no
sentido da saúde integral – incluem-se a alimentação adequada e
saudável.

Grupos educativos em saúde


A finalidade de grupos educativos em saúde consiste na criação de uma
rede de apoio entre participantes e destes com os profissionais de
saúde. Essa rede foi estabelecida por meio do compartilhamento de
narrativas de vida marcadas por subjetividades –que podem trazer
reflexões e transformação de práticas – em torno do modo de levar a
vida.

Atenção!

Em virtude da hegemonia clínica e das práticas pedagógicas


conteudistas e funcionalistas com enfoque em patologias em sua
formação, os profissionais de saúde precisam frear seu desejo pelo
convencimento da população em relação aos saberes técnico-
científicos, para que depositem maior evidência sobre a dimensão
transformadora do processo educativo.

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No que compete à conformação, os grupos educativos em saúde


podem ser:

Grupos fechados expand_more

Contam com:

Número limitado de participantes e de encontros.

Preservação dos mesmos participantes do início ao término


do processo grupal.

Programação previamente estabelecida e desdobramentos,


como propostas terapêuticas ou encaminhamentos.

Grupos abertos expand_more

Contam com uma divulgação mais ampla, trazem temáticas


abertas aos interessados, sem exigência de frequência de
participação e com possibilidade de variação entre os
participantes ao longo do processo grupal, com extensão do
convite à rede de apoio dos participantes.

No que tange à finalidade, os grupos educativos em saúde podem ser


classificados em: operativos e terapêuticos. Uma abordagem
contextualizada, dialógica e emancipatória sobre a realidade pode ser
desenvolvida em ambos os tipos de grupos, mas tende a ser favorecida
nos grupos operativos. Veja a seguir a diferença:

Grupos operativos
Constituem-se enquanto conjunto de indivíduos unidos no tempo e no
espaço, com propósito em comum de construírem soluções viáveis para
dificuldades encontradas em seu cotidiano, a fim de aderir a um tipo de
mudança que concilie suas subjetividades com as percepções sobre o
que é desejável em termos de saúde.

Grupos terapêuticos
Por outro lado, os grupos terapêuticos visam fundamentalmente à
melhoria de alguma condição patológica em comum.

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Os dois tipos de grupos podem se conformar de maneira espontânea


mediante identificação de características semelhantes entre si,
representando uma estratégia de ajuda recíproca, ou mediante estímulo
agregador pelo nutricionista ou outro profissional de saúde intencionado
em promover a saúde. No entanto, existe a crítica de que a motivação
principal para condução de grupos terapêuticos, em um contexto
gerencialista em saúde, relaciona-se ao possível cumprimento de metas
de produtividade com abrangência de maior espectro de pacientes em
detrimento da resolutividade ou da qualidade das relações interpessoais
estabelecidas.

A busca por interseções entre os participantes dos grupos educativos,


levando em consideração os ciclos da vida ou outras semelhanças de
ordem não patológica, pode contribuir para a transcendência do modelo
biomédico a um ampliado em saúde, no sentido da integralidade, com
intuito de maior adesão, continuidade, vínculo e protagonismo dos
envolvidos.

Dentre as questões-chave para o bem planejar e desenvolver de ações


educativas em saúde, devem ser delimitados:

crisis_alert Justificativa

A justificativa é dada pela identificação da


problemática relacionada ao contexto local, com
definição de necessidades e prioridades que
guiarão o encontro dos objetivos.

crisis_alert Objetivos

T i bj ti d iá i fi d j
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Tais objetivos devem ser viáveis, a fim de que seja
possível verificar o alcance dos resultados ao longo
do processo educativo, na etapa final de avaliação.

crisis_alert Público-alvo

As características do público-alvo devem


compreender informações objetivas (idade, gênero,
origem, escolaridade, renda, tipo de moradia,
trabalho e situação de saúde)
e subjetivas (vivências, simbolismos, atitudes e
valores), bem como suas necessidades, demandas,
expectativas, dúvidas e assuntos de interesse.

crisis_alert Local

O reconhecimento do local de realização das


práticas educativas deve considerar as
características do espaço físico e dos recursos
disponíveis.

crisis_alert Temática

A temática deve levar em consideração a


contextualização com as necessidades das
pessoas e do território, assim como a adequação
aos públicos de interesse.

crisis_alert Métodos

Em consonância à pedagogia histórico-crítica,


recomenda-se a utilização de metodologias ativas,
problematizadoras, lúdicas e colaborativas, que

t i li fl ã diál i t ã
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potencializem a reflexão, o diálogo e a integração
entre os participantes.

crisis_alert Tempo

Com relação à demarcação temporal, é importante


definir previamente a periodicidade das ações, isto
é, se serão pontuais, periódicas ou permanentes.

crisis_alert Avaliação

A avaliação do cumprimento dos objetivos


propostos é válida para ajustar e repensar
continuamente o processo educativo em saúde,
devendo incluir usuários, profissionais de saúde e
gestores.

Uma modalidade exitosa de grupo educativo tem como exemplo a


experiência da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI), oriunda
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Trata-se de um
grupo interdisciplinar operativo e aberto que fomenta de modo
permanente a produção coletiva pelo universo de participantes.

A autonomia do grupo é promovida desde a programação das


discussões a serem realizadas nos encontros, que são conduzidos
conforme as seguintes etapas:

Acolhimento

Apresentação da temática e
aquecimento

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Desenvolvimento da temática

Síntese

Encerramento

Os principais êxitos nesse processo educativo correspondem à


assunção de postura de controle e evolução na autonomia sobre os
determinantes de sua qualidade de vida, acolhimento, convivência e
solidariedade, com enfrentamento da solidão e ampliação da rede de
apoio aos idosos. Por outro lado, com a educação em saúde histórico-
crítica, os ganhos são intercambiáveis e não é somente o usuário a ser
afetado positivamente nessa relação.

Os profissionais de saúde também podem ser tocados


ao se depararem com realidades e dinâmicas de vida
que podem contrastar com sua visão de mundo,
ampliando sua sensibilidade para questões que
transcendam os aspectos biológicos ligados à saúde.

No enfrentamento da obesidade grave, o município do Rio de Janeiro já


dispôs de Centros de Referência compostos por equipes
multiprofissionais que tinham como principal linha de atuação práticas
grupais de educação em saúde para promoção do autocuidado. Dessa
forma, adequando necessidades e potencialidades dos usuários a
distintas modalidades de grupo:

Terapêutico

Operativo

Práticas alternativas

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Plantas medicinais e fitoterápicos

Atividade física

Saúde

Entendendo-se o gargalo na regulação para cirurgia bariátrica, a


educação em saúde compreendia uma estratégia que visava à
modulação de indicadores metabólicos e comorbidades, mas
principalmente o desenvolvimento de autonomia a pessoas com
mobilidade reduzida pelo excesso ponderal, cujos ganhos não
necessariamente se vinculavam à diminuição em medidas
antropométricas, mas a incrementos em termos de sociabilidade,
mobilidade e qualidade na alimentação.

Educação alimentar e nutricional


(EAN)
Enquanto tradicionalmente a orientação nutricional é constituída pela
prescrição dietética com necessidade de seguimento de uma dieta
indicada por um profissional detentor de saber e autoridade para
mudança imediata de hábitos alimentares, a EAN requer a construção
dialogada em torno de um processo gradativo de revisão de práticas
alimentares por um sujeito ativo e autônomo sobre sua própria vida e
saúde.

Assim sendo, espera-se que a comunicação estabelecida entre


profissional e usuário seja realizada por meio de escuta ativa e próxima,
que valorize o conhecimento, a cultura e o patrimônio alimentar; e
reconheça os simbolismos e a linha tênue entre prazer erestrições
ligadas à alimentação, de modo que se alcancem soluções
contextualizadas e críticas em um processo longitudinal de mudança.

Saiba mais

Embora em sua historicidade as práticas educativas em alimentação e


nutrição tenham sido predominantemente marcadas por corrente
pedagógica com caráter tradicional de regulação moral, impositiva e
biologicista, desde a emergência da Promoção da Saúde, tem-se
caminhado em um sentido mais emancipatório em sua formulação.
Situação essa que tem reverberado a percepção sobre a necessidade de
revisão das diretrizes curriculares em Nutrição e em Saúde, com fins de
aproximação com as Ciências Sociais.

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Dentre os pré-requisitos do nutricionista atuante em vias


problematizadoras de educação em saúde, destacam-se:

crisis_alert O aprimoramento de relações interpessoais por meio


de diálogo aberto, empático e sensível, que
estabeleça a troca de informações entre
conhecimentos técnico-científicos (aspectos
nutricionais e patológicos, diagnósticos,
recomendações nutricionais, técnica dietética) e
conhecimentos angariados ao longo da experiência
de vida e com narrativas intercambiadas entre os
usuários.

crisis_alert O exercício da criatividade para priorização de


metodologias participativas e de ações menos
diretivas.

crisis_alert O compromisso ético com justiça social, democracia


e respeito à diversidade cultural, assim como a
preservação do sigilo de informações simbólicas
suscitadas e a prevenção do conflito de interesses
com a indústria de alimentos.

crisis_alert A atuação em rede, com desdobramentos para a


rede de apoio dos usuários, outros níveis de atenção
à saúde e outros setores, conforme as demandas
emanadas.

crisis_alert O olhar investigativo sobre o contexto local e os


determinantes sociais que envolvem os integrantes
do grupo.

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É importante destacar que os determinantes sociais da saúde


representam os fatores sociais, econômicos, culturais, étnico-raciais,
psicológicos e comportamentais que condicionam a vida das pessoas,
podendo proteger ou aumentar o risco de eventos negativos à sua
saúde. Sua resolubilidade transcende o setor Saúde, requerendo ações
intersetoriais.

Enquanto, tradicionalmente, empregava-se o termo “Educação


Nutricional”, na contemporaneidade, tem-se considerado “Educação
Alimentar e Nutricional”, a fim de que suas ações contemplem diversas
dimensões inerentes à alimentação saudável, como direito humano,
psicossocial, sociocultural, econômico, ambiental, além da dimensão
biológica e nutricional.

Logo, a EAN configura-se como um campo de conhecimentos e de


práticas longitudinais de caráter transdisciplinar e intersetorial, sendo
reconhecida como ação estratégica para o alcance da Segurança
Alimentar e Nutricional (SAN) e a garantia do Direito Humano à
Alimentação Adequada (DHAA).

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) destaca o


potencial da EAN para promoção de práticas alimentares adequadas e
saudáveis, com vistas à prevenção e ao cuidado integral de agravos
relacionados às condições de alimentação e nutrição.

Na população brasileira adulta, o principal agravo nutricional em todas


as fases do cicloda vida é o excesso de peso, que contribui para o
desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como
hipertensão arterial, diabetes, cardiopatias e câncer, assim como o
excesso de peso e a obesidade, sendo por vezes acompanhado por
deficiências de micronutrientes.

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Sua determinação tem sido primordialmente atribuída à configuração


vigente do sistema alimentar hegemônico, marcado pela produção em
larga escala de monoculturas de milho, soja e cana, destinadas à
exportação, mas, ao mesmo tempo, dependentes de insumos, como:
sementes transgênicas, agrotóxicos e maquinaria, provenientes das
grandes potências.

Comentário

Internamente, tem-se consumido cada vez mais produtos alimentícios


agregados de aditivos químicos, com alta densidade calórica e pobre
valor nutricional, provenientes de indústrias de alimentos que foram
oligopólios junto a grandes redes de hipermercados que têm definido o
abastecimento alimentar nas cidades grandes.

Vale destacar que o Marco de Referência de Educação Alimentar e


Nutricional para as Políticas Públicas (2012) foi construído para
fomentar a reflexão e a orientação de práticas educativas em saúde,
primordialmente no setor público, enquanto crítica ao processo de
produção, distribuição, abastecimento e consumo alimentar no país.
Seus princípios estruturantes incluem:

Sustentabilidade social,
ambiental e econômica.

Abordagem integral do sistema


alimentar.

Valorização da cultura alimentar


local e respeito à diversidade de
opiniões e perspectivas.

4
V l i ã d li á i
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Valorização da culinária como
prática emancipatória.

Promoção do autocuidado e da
autonomia.

Processo permanente de
geração de autonomia e
participação ativa dos usuários.

Diversidade de espaços sociais


para diferentes grupos
populacionais.

Intersetorialidade.

Planejamento, avaliação e
monitoramento de ações.

As diretrizes alimentares de um país são importantes referências para a


disseminação de informações sobre alimentação e nutrição, com vistas
à transformação de práticas.

O Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB) teve inspirações


pedagógicas convergentes com a vertente histórico-crítica,

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reconhecendo uma série de transformações de ordem política,


econômica, social e cultural que se deram nos últimos anos, com
consequências diretas sobre o modo de levar a vida da população
brasileira. Tais transformações relacionam-se não somente com a
configuração do sistema alimentar, que repercute na disponibilidade,
adequação, acesso físico, econômico e estável a alimentos, mas
também a uma gama de vulnerabilidades sociais que podem pavimentar
a exposição a menor qualidade da alimentação.

Ao suscitar a crítica ao processamento industrial de alimentos, o GAPB


propõe a metodologia NOVA, que categoriza os alimentos em:

crisis_alert In natura ou minimamente processados

Obtidos diretamente de plantas ou animais sem


qualquer adição de substância.

crisis_alert Ingredientes culinários

Óleos, gorduras, sal e açúcar, extraídos de


alimentos in natura por processos como
prensagem, moagem, trituração e refino.

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crisis_alert Processados

Produzidos com adição de sal, açúcar ou óleo para


prolongar validade ou aumentar o paladar.

crisis_alert Ultraprocessados

Produzidos industrialmente, derivados de


constituintes alimentares agregados de aditivos
químicos como corantes, conservantes,
emulsificantes, realçadores de sabor que fazem
com que a matriz do alimento de origem seja
ínfima.

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Com isso, a “regra de ouro” consiste em preferir alimentos in natura ou


minimamente processados e preparações culinárias do que alimentos
ultraprocessados.

Regra de Ouro
A regra que deve ser seguida com maior prevalência.

In natura
Alimentos adquiridos para o consumo, sem sofrer alterações após
serem retirados da natureza.

Atenção!
De forma qualitativa, estratificam-se grupos de alimentos em: feijões ou
leguminosas; cereais; raízes e tubérculos, legumes e verduras; frutas;
castanhas e nozes (oleaginosas); leite e queijos; carnes e ovos; e água,
sem delimitar porções, uma vez considera a existência de baixa
associação entre alimentos pouco processados e situações como o
excesso de peso, doenças crônicas, prejuízos à biodiversidade e à
sustentabilidade ambiental (ao contrário dos ultraprocessados).

Por considerar a alimentação adequada e saudável além da obtenção de


nutrientes, incluindo dimensões culturais e sociais, o Guia Alimentar
aborda questões inerentes ao ato de comer e à comensalidade. Nesse
sentido, destaca benefícios à saúde sobre comer com regularidade e
atenção, comer em ambientes apropriados e comer em companhia.
Reconhece ainda uma série de obstáculos para adesão à “regra de
ouro”, que envolve:

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Disseminação de informações
não confiáveis sobre
alimentação e saúde,
favorecimento na disponibilidade
e no acesso ao consumo de
ultraprocessados;

Fragilidade na regulação de
preços entre alimentos in natura
e ultraprocessados;

Redução na prática de
habilidades culinárias;

Tempo preterido à alimentação


diante de tantas demandas
contemporâneas;

Domínio da publicidade de
ultraprocessados nas mídias.

Essas abordagens podem ser problematizadas em rodas de conversa


adotadas para Educação Alimentar e Nutricional.

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video_library
A atuação do nutricionista em
Educação Alimentar e Nutricional
A especialista Juliana Martins aborda a atuação do nutricionista em
Educação Alimentar e Nutricional.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Existem diversas concepções pedagógicas que podem nortear os


campos da educação e da saúde. Aquela que propõe a modificação
da cultura dominante por meio da problematização da realidade é a:

A Histórico-crítica

B Humanista

C Realista

D Cognitivista

E Tradicional

Parabéns! A alternativa A está correta.

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As concepções pedagógicas podem ser tradicionais, humanistas,


cognitivistas ou histórico-críticas, sendo essas últimas relacionadas
à contestação da realidade social, política, econômica e cultural, a
partir de um aluno estimulado criticamente, com vistas à
emancipação e ao controle social. As tradicionais são marcadas
pela transmissão de conhecimentos e condicionamento de
comportamentos, as humanistas priorizam a personalidade do
aluno, as cognitivistas valorizam a construção do conhecimento a
partir de passos da inteligência.

Questão 2

Os grupos educativos podem ser classificados conforme sua


finalidade e sua conformação. Em qual tipo de grupo educativo
conta-se com maior possibilidade de exploração por uma lógica
emancipatória sobre a realidade?

A Aberto

B Terapêutico

C Operativo

D Fechado

E Homogêneo

Parabéns! A alternativa C está correta.

Os grupos educativos em saúde são divididos em operativos e


terapêuticos conforme sua finalidade; e em abertos e fechados, de
acordo com sua conformação. Embora possa ser veiculada, tanto
nos grupos operativos quanto terapêuticos, a lógica emancipatória
sobre a realidade é otimizada nos primeiros, que têm maiores
chances de extrapolar o modelo biomédico de saúde para questões
mais amplas, subjetivas e sociais, por não terem condição
patológica como elemento motivacional. Quanto à conformação, os
grupos fechados mantêm a preservação dos mesmos participantes

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e temáticas previamente definidas, ao passo que os abertos trazem


maior flexibilidade, sendo que o que pode definir a incorporação de
uma lógica emancipatória é a inspiração pedagógica e o tipo de
metodologia empregado.

2 - Práticas educativas em alimentação e nutrição


Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar métodos pertinentes em práticas educativas
em alimentação e nutrição nas diferentes fases do ciclo da vida.

Educação alimentar e nutricional na


prática
Para aplicação prática de ações de EAN, alguns cuidados são
necessários, como:

crisis_alert O pré-teste das estratégias metodológicas para


evitar improviso e situações embaraçosas.

crisis_alert A socialização de direitos e possibilidades de


controle social com vistas à garantia da segurança
alimentar e nutricional de uma coletividade.

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crisis_alert O fomento à autonomia e à criticidade sobre as


práticas alimentares e sobre sua determinação
social, que envolve categorias como disponibilidade
física e financeira, acessibilidade e desejabilidade.

crisis_alert A extrapolação das dimensões da alimentação para


além dos aspectos biológicos e nutricionais.

crisis_alert A consideração das necessidades simbólicas


relacionadas à alimentação, que envolvem
afetividade e prazer.

crisis_alert O exercício da escuta acolhedora e compreensiva


sobre as narrativas dos usuários.

crisis_alert A prevenção de abordagens autoritárias, em tom de


regulação moral, que menosprezem o senso comum
e as histórias de vida ou culpabilizem os indivíduos
por seu modo de levar a vida e suas práticas
alimentares.

crisis_alert A preocupação com discursos de intolerância, juízo


de valor e estigmatização.

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crisis_alert A solidificação do vínculo para garantia da


sustentabilidade e da resolutividade.

Métodos problematizadores podem contemplar discussões suscitadas


a partir de:

Contos publicados.

Jogos.

Músicas.

Narrativas pessoais relativas a vivências com alimentos, estudos de


casos, cenas de filmes, dramatização, publicações da mídia
impressa e digital de jornais e revistas, perfis relacionados à
alimentação e à saúde disponíveis em redes sociais.

Comparação entre conteúdos de vídeos de influenciadores digitais


e de pesquisadores do campo da alimentação e da nutrição.

Desenvolvimento de aplicativos de celular com conceitos de metas


e gamificação.

Interpretação de rótulos de alimentos.

Vivência e experimentação por meio do desenvolvimento de hortas


comunitárias e oficinas culinárias.

Com relação ao público-alvo destinado às ações de EAN, podemos


estratificá-lo conforme as fases do ciclo da vida, que, de acordo com a
lógica programática em saúde, pode contemplar: primeira infância, pré-
escolares, escolares, adolescentes, adultos, gestantes e idosos.

Primeira infância
A referência principal em termos de conteúdo para práticas educativas
de alimentação e nutrição destinadas a esse público é o Guia Alimentar
para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos (2019), que traz
recomendações sobre a alimentação na primeira infância, com objetivo
de promover saúde, crescimento e desenvolvimento em pleno potencial.
Também serve como instrumento orientador de políticas, programas e
ações direcionadas ao apoio, à proteção e à promoção da saúde e
segurança alimentar e nutricional das crianças, entendendo que, nesta
fase, podem ser consolidadas práticas alimentares de toda a vida.

Embora o aleitamento materno seja mais frequente no Brasil, sua


duração enquanto fonte exclusiva de alimento ainda está aquém das

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recomendações, bem como a exposição a alimentos ultraprocessados,


que tem sido precoce, muitas vezes a partir de compostos lácteos, que
trazem alegações de fortificação com nutrientes, mas são repletos de
aditivos alimentares.

O desmame precoce e uma alimentação com baixa qualidade e


diversidade podem prejudicar o desenvolvimento infantil, assim como
favorecer diferentes formas de má nutrição.

Dentre os princípios do Guia Alimentar, destacam-se:

filter_1 A saúde da criança como prioridade absoluta e


responsabilidade de todos, ligados direta e
indiretamente a ela, sendo compromisso prioritário
do Estado, compartilhado entre família e sociedade.

filter_2 O ambiente alimentar como espaço para promover a


saúde.

filter_3 A importância dos primeiros anos de vida para


formação dos hábitos alimentares.

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filter_4 O fortalecimento da autonomia das famílias a partir


do acesso a alimentos adequados e saudáveis.

filter_5 A alimentação como prática social e cultural.

filter_6 O fortalecimento da sustentabilidade dos sistemas


alimentares a partir da adoção de uma alimentação
adequada e saudável para a criança.

filter_7 Os efeitos do estímulo à autonomia da criança para o


desenvolvimento de uma relação saudável com a
alimentação.

O Guia Alimentar traz informações acerca dos benefícios do aleitamento


materno exclusivo até os seis meses e os possíveis benefícios, para a
criança e mulheres, da amamentação até dois anos ou mais. Benefícios
estes que vão além da nutrição e se estendem para o vínculo afetivo, a
economia, o desenvolvimento social e a sustentabilidade do planeta. No
Guia, encontramos também informações sobre a composição do leite
materno, sobre pega e posicionamento durante a amamentação, sobre
práticas que podem favorecer ou prejudicar a amamentação e principais
dificuldades na amamentação, além do esclarecimento de dúvidas e
mitos sobre amamentação, como retirar, armazenar e oferecer o leite
materno extraído das mamas.

No que se refere à alimentação complementar, o Guia recomenda como


deve se dar a apresentação de novos alimentos além do leite materno,
com alterações específicas a partir das seguintes fases:

Aos 6 meses

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Entre 7 e 8 meses

Entre 9 e 11 meses

Entre 1 e 2 anos

Traz ainda adequações para crianças que deixaram de receber


exclusivamente o leite materno antes dos seis meses, assim como para
crianças que jamais puderam ser amamentadas.

Saiba mais
A classificação NOVA do Guia Alimentar para a População Brasileira
(2014), que estratifica os alimentos conforme seu processamento
industrial, reforça que os alimentos ultraprocessados não devem ser
oferecidos àcriança e devem ser evitados por adultos. Além disso,
procura despertar a criticidade sobre produtos ultraprocessados com
alegação de consistirem em alimento de verdade, com apelo publicitário
específico ao público infantil.

Com a finalidade de fomentar o exercício de habilidades culinárias nos


pais e responsáveis pela alimentação da criança, o Guia oferece
informações sobre o planejamento, seleção e compra de alimentos,
organização da cozinha, tempo de armazenamento e higiene de
alimentos.

O material em questão finaliza com sugestões diante de desafios do


cotidiano, tais quais: dificuldade na manutenção da amamentação após
o retorno da mãe ao trabalho; entrada da criança na creche; alteração na
rotina da alimentação da criança; situações de ruptura e mudanças nos
arranjos familiares; recusa e seletividade alimentar; alimentação da
criança doente; falas e condutas que desencorajam práticas alimentares
saudáveis; exposição massiva à propaganda de alimentos.

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Vejamos agora os doze passos para uma alimentação saudável


destinada a menores de 2 anos de idade, que compreendem:

Amamentar até 2 anos ou mais,


oferecendo somente o leite
materno até 6 meses.

Oferecer alimentos in natura ou


minimamente processados,
além do leite materno a partir
dos 6 meses.

Oferecer água própria para o


consumo à criança em vez de
sucos, refrigerantes e outras
bebidas açucaradas.

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Oferecer a comida amassada


quando a criança começar a
comer outros alimentos além do
leite materno.

Não oferecer açúcar nem


preparações ou produtos que
contenham açúcar à criança até
2 anos de idade.

Não oferecer alimentos


ultraprocessados para a criança.

Cozinhar a mesma comida para


a criança e para a família.

Zelar para que a hora da


alimentação da criança seja um
momento de experiências
positivas, aprendizado e afeto
junto da família.

P t t ã i i d
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Prestar atenção aos sinais de
fome e saciedade da criança e
conversar com ela durante a
refeição.

10

Cuidar da higiene em todas as


etapas da alimentação da
criança e da família.

11

Oferecer à criança alimentação


adequada e saudável também
fora de casa.

12

Proteger a criança da
publicidade de alimentos.

Como sugestões de ações de EAN destinadas à primeira infância, citam-


se:

Discussão com pais e responsáveis pela alimentação


complementar com base no Guia Alimentar para Crianças
Brasileiras Menores de 2 anos (2019), seguida pela distribuição
de pratos previamente montados ou fotos de pratos elaborados
para os bebês a fim de que os participantes classifiquem as
consistências e as composições conforme a faixa etária.

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Roda de conversa com pais e responsáveis mediada a partir do


sorteio de expressões que remontem a mitos e a verdades
sobre o aleitamento materno e a introdução da alimentação
complementar.

Utilização da conhecida “mama amiga” e de um boneco por


pais e rede de apoio, a fim de simular diferentes posições
viáveis para amamentação, assim como orientações quanto à
pega do seio pelo bebê durante a amamentação.

Interpretação de rótulos de compostos lácteos e produtos


ultraprocessados que têm como alvo a primeira infância, de
modo a suscitar o debate sobre as estratégias da publicidade
da indústria de alimentos.

Oficinas culinárias sobre introdução da alimentação


complementar, como variações conforme os marcos etários
propostos no Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores
de 2 anos (2019).

Pré-escolares
Nesta fase, as crianças já adquiriram habilidades amplas de locomoção,
além de se comunicarem e terem avançado na capacidade de
representação simbólica, apreciando o faz-de-conta — que pode tornar a
dramatização uma interessante ferramenta para EAN.

Já nessa faixa etária, os casos de excesso de peso (sobrepeso e


obesidade) têm-se avolumado, devido a intensas mudanças nas

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práticas alimentares e no modo de vida da sociedade, tais quais:

Aumento do consumo de alimentos não saudáveis, como os


ultraprocessados;

Existência de ambientes que favorecem seu consumo (havendo


maior disponibilidade de ultraprocessados do que de alimentos in
natura);

Falta de tempo da família para o preparo das refeições em


decorrência, por exemplo, de extensas jornadas de trabalho e de
deslocamento, particularmente, nas grandes cidades;

Falta de rede de apoio às mulheres trabalhadoras e a suas famílias


para o cuidado com as crianças, além de perda ou diminuição da
tradição de cozinhar e da transmissão das habilidades culinárias
entre as gerações, dentre outras - contexto bem usurpado pelas
estratégias corporativas da indústria de alimentos.

Torna-se imprescindível a aproximação de alimentos in natura,


mimetizados como personagens infantis, apresentados em formatos ou
preparações lúdicas, assim como em oficinas de exploração sensorial.

A vivência concreta com os alimentos, o


reconhecimento dos seus diferentes grupos e a
apropriação da cultura alimentar levam à ampliação do
repertório vocabular e motivam seu consumo,
especialmente quando o exercício de habilidades
culinárias é compartilhado entre seus pares da
educação infantil, professores e família.

Como sugestões de ações de EAN destinadas à educação infantil,


destacam-se:

Roda de degustação de frutas e hortaliças circulando entre as


crianças com a finalidade de exploração de suas texturas e
odores, seguida de suas apresentações seccionadas, pré-
preparadas ou cozidas para exploração de sabores.
Dependendo da fase da alfabetização, os alimentos podem ser

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associados a partir de sua letra inicial. Vale complementar


ressaltando propriedades-chaves dos nutrientes fontes
principais, em articulação com o lúdico.

Oficina culinária para elaboração de sopa, conjugando ou


parodiando a canção O que é que tem na sopa do neném, do
grupo Palavra Cantada, revelando os alimentos in natura e
comparando suas apresentações cruas e cozidas.

Jogo de tabuleiro com simbolização do avançar de casas à


imagem de um alimento in natura e simbolização do recuar de
casas à imagem de alimento ultraprocessados, sendo que, ao
fim do jogo, pode-se encontrar uma salada de frutas concreta
para o vencedor.

Com base em uma história infantil, pode-se promover o cultivo


de uma horta de temperos, discutindo com a criança sobre o
que uma planta precisa para se desenvolver, como água,
nutrientes da terra e exposição ao sol. Deve-se fazer alusão aos
alimentos que a criança mais precisa para o seu
desenvolvimento à medida que for acompanhando

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longitudinalmente o crescimento da planta. É interessante


realizar a exploração dos sentidos com o tempero colhido e
utilizar em uma preparação apreciada pela criança.

Escolares
Nesta fase, as crianças já alcançaram importante evolução em termos
físicos, psíquicos, emocionais e cognitivos, partindo de uma fase
simbólica para compreensão mais real do mundo, chegando ao início da
puberdade, com progresso paulatino na capacidade de argumentação,
criticidade e questionamento.

A construção social das práticas alimentares tem


grande importância nesta fase do ciclo da vida, quando
o repertório de conteúdo de várias disciplinas
escolares já está mais consistente, sendo bastante
oportunas as experiências educativas em saúde que
estimulem transversalmente a reflexão sobre
alimentação e nutrição.

Como sugestões de ações de EAN destinadas a escolares, destacam-se:

Montagem de cartaz com ilustrações de alimentos expand_more

Com o intuito de compor o padrão alimentar dos escolares em


cada uma das refeições, propondo o contraste com o Guia
Alimentar para a População Brasileira (GAPB) (2014), a fim de
identificar a variedade ou a monotonia de grupos de alimentos
no consumo usual, assim como sugerir a discussão
compartilhada de alternativas alimentares.

Elaboração de um “comidograma” expand_more

Com as categorias “como e gosto”, “como e não gosto”, “não


como, mas gosto”, “não como e não gosto”, para
compartilhamento e problematização junto aos usuários sobre
questões que interfiram nas escolhas alimentares, como: sabor,
o custo, a disponi¬bilidade, a facilidade de acesso e de preparo, a

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cultura local, os costumes familiares, a propaganda, a religião e


as condições de saúde.

Realização de piquenique saudável expand_more

Em que cada aluno leve um alimento ou uma preparação à base


de alimentos in natura ou minimamente processados que esteja
presente no cotidiano de sua família, para compartilhamento e
discussão acerca dos aspectos regionais, cultura alimentar e
comida-patrimônio.

Pesquisa e construção de maquete sobre os ciclos do


sistema alimentar e do abastecimento à comercialização expand_more

Para discussão sobre o processamento industrial, as


desvantagens de um circuito longo entre o cultivo e o consumo
para saúde e sustentabilidade.

Adolescentes
As diversas alterações fisiológicas relativas a essa fase do ciclo da vida
podem ocorrer em ritmos distintos, sendo suscetíveis à ação hormonal
e a influências externas, como consumo alimentar e outros aspectos
ambientais. Trata-se de um período de intenso amadurecimento
emocional, marcado por contestações sobre valores e padrões sociais.
Esse senso crítico pode ser bem aproveitado por metodologias ativas
que contextualizem a determinação social da alimentação e da nutrição.

Como sugestões de ações de EAN destinadas a adolescentes,


destacam-se:

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filter_1 Distribuição de cards contendo imagens de


alimentos categorizados conforme a classificação
NOVA do Guia Alimentar para a População
Brasileira (2014) ou seus 10 passos para que os
participantes, em roda, suguem um card com os
lábios e o transfiram para o colega ao lado, que
deverá sugar o verso do card. Se o ele cair no chão,
os participantes envolvidos precisarão opinar a
respeito de seu conteúdo.

filter_2 Mapeamento das opções de estabelecimentos


comerciais disponíveis em aplicativo de compras de
alimentos ou de refeições prontas por delivery,
calculando a distribuição dos que mais
comercializam alimentos in natura ou
ultraprocessados, para discussão sobre ambiente
alimentar e disponibilidade de alimentos.

filter_3 Pesquisa de peças de publicidade da indústria de


alimentos na mídia impressa e digital, a fim de se
promover o debate sobre estratégias de
enganosidade e abusividade, que compreendem:
apelo à saúde; apelo emocional; oferta de brindes
colecionáveis; representação de criança, desenho
animado ou personagens do universo infantil;
linguagem infantil, efeitos especiais e excesso de
cores; veiculação por celebridades ou
influenciadores infantis; preços promocionais,
utilização de jingles ou de trilhas sonoras infantis ou
cantadas por crianças; advergames (jogos on-line
associados à marca) ou promoção com competição
e jogos, venda casada com brinquedos.

Embora se direcionem predominantemente para faixas etárias menores,


na adolescência, é possível o despertar crítico para essas questões, por

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se tratar do momento de desconstrução dos papeis de heróis.

Destaca-se que a enganosidade ocorre quando a comunicação de


caráter publicitário é inteira ou parcialmente falsa, capaz de induzir o
consumidor ao erro, podendo ocorrer também por omissão sobre uma
informação essencial sobre a natureza do produto, induzindo o
consumidor ao erro.

Exemplo
Isso ocorre, por exemplo, quando, em um anúncio de produto
alimentício, somente são destacados e informados os aspectos
“positivos” do produto, tais quais, “rico em cálcio”, “rico em vita¬minas”,
mas não se informa com o mesmo destaque os aspectos negativos,
como alto teor de gordura, densidade energética, açúcar e sódio.

Os apelos emocionados relacionados à saúde costumam ser


estratégias enganosas.

É importante compreendermos que publicidade abusiva é aquela que se


aproveita da deficiência de julgamento das crianças ou aquela que é
capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou
perigosa à sua saúde ou à sua segurança. Configuram-se enquanto
estratégias abusivas os seguintes recursos: preços promocionais,
participação de personagens do universo infantil e celebridades, oferta
de brindes colecionáveis, utilização de jingles, advergames e venda
casada com brinquedos.

video_library
A atuação do nutricionista em
Educação Alimentar e Nutricional
com adolescentes
A especialista Juliana Martins aborda a atuação do nutricionista em
Educação Alimentar e Nutricional com adolescentes.

Adultos
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Embora deva ser considerada a diversidade sociocultural do público


adulto, nesta fase que abarca toda a vida economicamente ativa de uma
pessoa, de modo geral, preocupa-se com o porvir, ainda que afetados
pela determinação social, por vezes, injusta de suas práticas
alimentares, em função da configuração vigente do sistema alimentar
hegemônico.

Curiosidade

Apesar da não universalização do acesso à internet, sabe-se que há uma


propagação intensa de informações (através de mídias, perfis pessoais
e comerciais nas redes) não verídicas acerca de termos técnico-
científicos, ocorrendo muitas vezes de modo unilateral, sem a adequada
contratransferência dialogada e contextualizada. Situação essa que
alimenta o olhar sobre o outro como superior ao seu, em função da
constante insatisfação proporcionada pela sociedade de consumo
neoliberal. Por meio dela, os alimentos passaram a ser interpretados
como mercadoria, instaurando-se um status social equivocado quanto
aos ultraprocessados, ao agronegócio e aos suplementos nutricionais,
contrariando a percepção sobre a dimensão social e simbólica da
alimentação.

Por considerar a alimentação adequada e saudável além da obtenção de


nutrientes, incluindo dimensões culturais e sociais, o Guia Alimentar para
a População Brasileira (2014) aborda questões inerentes ao ato de
comer e à comensalidade. Entende-se que as mudanças sociais da
atualidade têm comprometido a regularidade das refeições, a sua
realização em ambientes apropriados e a construção compartilhada de
práticas alimentares, o que vai de encontro à boa saúde.

O Guia Alimentar reconhece ainda uma série de obstáculos para adesão


à “regra de ouro”, que envolvem:

A disseminação de informações
não confiáveis sobre
alimentação e saúde;

Favorecimento na
disponibilidade e no acesso ao
consumo de ultraprocessados;

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Fragilidade na regulação de
preços entre alimentos in natura
e ultraprocessados;

Redução na prática de
habilidades culinárias;

Tempo preterido à alimentação


diante de tantas demandas
contemporâneas;

Domínio da publicidade de
ultraprocessados nas mídias.

Essas abordagens podem ser problematizadas em rodas de conversa


adotadas para a educação alimentar e nutricional.

Por conseguinte, faz-se necessário o emprego de uma abordagem


integrada que reconheça as práticas alimentares em função das
preferências e aversões alimentares, mas principalmente como
desdobramentos de determinantes sociais, isto é:

Disponibilidade e acesso aos alimentos.

Tempo disponível para o preparo de refeições decorrente da jornada


de trabalho e condições de mobilidade urbana.

Configuração do ambiente alimentar que pode favorecer o acesso e


a disponibilidade de alimentos in natura/minimamente processados
ou ultraprocessados, regulação da publicidade de alimentos.

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Taxação e subsídios a alimentos específicos, geralmente, em


benefício das grandes indústrias.

Como sugestões de ações de EAN destinadas a adultos, destacam-se:

crisis_alert Visita ou convite a agricultores familiares locais


para conhecimento de alimentos produzidos e
comercializados no território, para discussão sobre
sazonalidade, contraste com abastecimento
alimentar estabelecido pelas grandes redes de
supermercados, transgenia e agrotóxicos.

crisis_alert Roda de conversa sobre comida e gênero, disparada


a partir da leitura compartilhada do
poema Casamento, de Adélia Prado, com debate
sobre a distribuição de tarefas domésticas no
contexto familiar, relacionadas ao planejamento de
compras de alimentos, cultivo de hortas, exercício
de habilidades culinárias etc.

crisis_alert Levantamento de matérias na mídia digital ou perfis


de redes sociais que explicitem dietas dos famosos,
para desvendamento de mitos, valorização da
comida de verdade e da identidade alimentar, assim
como da insustentabilidade de dietas restritivas.

Gestantes
Por se tratar de um período em que, geralmente, as mulheres e sua rede
de apoio se mobilizam em saber mais sobre práticas alimentares
saudáveis para a gestante e para a criança, configura-se enquanto
importante oportunidade para conciliar informações oriundas do senso
comum e dos antepassados com o conhecimento técnico-científico,
respeitando-se a sensibilidade da gestante e do ciclo de convivência
nesse momento especial.

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Como sugestões de ações de EAN destinadas a gestantes, destacam-


se:

Distribuição de assertivas sobre mitos e verdades relacionadas


às práticas alimentares em gestantes — enjoos, azias, aumento
na produção de leite e desejos da gravidez — enquanto indicação
prévia de se tratar de informação verdadeira ou falsa só para o
participante que a recebeu. Esse participante deve desenvolver
um discurso que sustente a veracidade daquela informação, a
qual será votada pelos demais como verdadeira ou falsa,
trazendo possibilidades de debate.

Oficina sobre vínculo com o bebê, proporcionando momento de


relaxamento e toque entre gestante e seu (sua) companheiro (a),
ou outra pessoa de sua rede de apoio, culminando na elaboração
a dois de uma receita com ingredientes surpresa, que serão
constituídos basicamente por alimentos in natura ou
minimamente processados. Esse momento resultará na
discussão sobre parceria na criação do bebê e na distribuição
mais equânime de tarefas domésticas/familiares.

Idosos
Considerada a última fase do ciclo da vida, a senescência apresenta
certa particularidade, por ser atravessada pelo processo degenerativo

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do corpo, com a possibilidade de deficit sensorial, de papilas gustativas,


da capacidade mastigatória, digestiva e absortiva de alimentos e
nutrientes, além de questões cognitivas, de concentração e de memória.

Sugerem-se algumas ações de EAN para idosos, como:

Oficina de memória, dispondo-se os participantes sentados em


roda, pedindo para que se apresentem uns aos outros,
entreolhando-se e observando frutas expostas em uma mesa.
Em seguida, ao terem seus olhos vendados, serão
questionados sobre perguntas como o nome da pessoa
sentada ao lado direito e a cor da roupa da pessoa sentada ao
lado esquerdo, assim como a identificação das frutas que
estavam expostas na mesa por meio do tato e do olfato.

Oficina sensorial, por meio da busca pelo reconhecimento de


temperos e alimentos com aroma ou sabor bem acentuados,
por meio do olfato e/ou paladar, com os olhos vendados.

Resgate de informações sobre memória afetiva relacionada ao


consumo alimentar dos participantes em sua juventude e
contraste com as preferências alimentares de seus netos, ou
de mais jovens que os acompanhem, culminando na
construção de receitas que sirvam de união intergeracional, a
serem testadas em oficinas culinárias.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Qual tem sido a principal porta de entrada para o acesso a aditivos


alimentares na primeira infância?

A Papas industrializadas

B Compostos lácteos

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C Biscoitos

D Sucos industrializados

E Refrigerantes

Parabéns! A alternativa B está correta.

A exposição de crianças menores de 2 anos a ultraprocessados


costuma se dar, muitas vezes, a partir de compostos lácteos, em
virtude de atração dos pais pelo apelo de fortificação com
nutrientes.

Questão 2

Em qual dessas estratégias da publicidade de alimentos pode ser


constatada enganosidade direcionada ao público infantil?

A Venda casada de lanche com brinquedo.

Divulgação de um produto por influenciador digital


B
famoso.

C Uso de jingles para promoção de um produto.

Comercialização de macarrão instantâneo com


D
identidade visual de personagem infantil.

Alegação de fortificação com vitaminas e minerais


E
em iogurte ultraprocessado.

Parabéns! A alternativa E está correta.

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Por meio da enganosidade, pode-se omitir uma informação


essencial sobre a natureza do produto, induzindo o consumidor ao
erro, por exemplo, pela publicidade de um iogurte ultraprocessado
com ênfase apenas nas vitaminas e nos minerais ali agregados
sinteticamente, mascarando os aditivos alimentares presentes. As
demais alternativas exemplificam casos de abusividade,
aproveitando-se da inabilidade de julgamento nessa faixa etária.

Considerações finais
Vimos as bases teóricas para uma Educação em Saúde convergente
com a concepção pedagógica histórico-crítica e a classificação de
grupos educativos em saúde de acordo com sua finalidade e
conformação, além dos requisitos para que se planejem e se
desenvolvam ações educativas em saúde.

Especificamente sobre a promoção da alimentação adequada e


saudável, foi trazido o contraste entre orientação nutricional tradicional
e Educação Alimentar e Nutricional. Ainda, foi apresentada a evolução
das práticas educativas em alimentação e nutrição até seu suporte por
meio do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para
as Políticas Públicas (2012), com relevância apontada diante da
transição epidemiológica nutricional que a população brasileira tem
enfrentado, destacando-se o excesso de peso e as doenças crônicas
não transmissíveis — ambos correlacionados à configuração vigente do
sistema alimentar hegemônico.

Com referência à Política Nacional de Alimentação e Nutrição (2012),


ao Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) e ao Guia Alimentar
para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos (2019), foram apontadas
sugestões para a aplicação de práticas de Educação Alimentar e
Nutricional em adequação às diferentes fases do ciclo da vida,
estratificadas de acordo com a lógica programática em saúde.

headset
Podcast
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12/06/24, 18:38 Educação Alimentar e Nutricional

Agora, a especialista Juliana Martins encerra o tema demonstrando as


diversas atividades lúdicas aplicadas em Educação Alimentar e
Nutricional com crianças.

Explore +
Para saber mais sobre o planejamento de práticas educativas em
alimentação e nutrição, consulte:

BERNARDO, M. H. J. et al. A saúde no diálogo com a vida cotidiana:


a experiência do trabalho educativo com idosos no grupo Roda da
Saúde. Revista de APS, v. 12, n. 4, p. 504-509, 2009.

MENEZES, M. F. G.; MORGADO, C. M. C.; MALDONADO, L.


A. Diálogos e Práticas em Educação Alimentar e Nutricional. Rio de
Janeiro: Rubio, 2019. 210p.

Referências
BERNARDO, M. H. J. et al. A saúde no diálogo com a vida cotidiana: a
experiência do trabalho educativo com idosos no grupo Roda da Saúde.
Revista de APS, v. 12, n. 4, p. 504-509, 2009. Consultado na internet em:
19 ago. 2021.

BOOG, M. C. F. B. Educação Nutricional: passado, presente, futuro.


Revista de Nutrição da PUCCAMP, v. 10, n. 1, p. 5-19, 1997. Consultado
na internet em: 19 ago. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Perspectivas e desafios no cuidado às


pessoas com obesidade no SUS: resultados do Laboratório de Inovação
no manejo da obesidade nas Redes de Atenção à Saúde. Brasília:
Ministério da Saúde, 2014. 116p.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02403/index.html?brand=estacio# 46/48
12/06/24, 18:38 Educação Alimentar e Nutricional

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.


Departamento de Atenção Básica. Guia Alimentar para a População
Brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 156p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.


Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e
Nutrição. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 84p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde.


Departamento de Promoção da Saúde. Guia Alimentar para Crianças
Brasileiras Menores de 2 Anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2019a.
265p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade do Estado do Rio de


Janeiro. Caderno de atividades: Promoção da Alimentação Adequada e
Saudável: Ensino Fundamental II. Brasília: Ministério da Saúde, 2019b.
136p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade do Estado do Rio de


Janeiro. Caderno de atividades: Promoção da Alimentação Adequada e
Saudável: Ensino Fundamental I. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
128p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade do Estado do Rio de


Janeiro. Caderno de atividades: Promoção da Alimentação Adequada e
Saudável: Educação Infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 92p.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à


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