ALONGAMENTO o Detalhe para A Performance Nos Treinos (1) 2
ALONGAMENTO o Detalhe para A Performance Nos Treinos (1) 2
ALONGAMENTO o Detalhe para A Performance Nos Treinos (1) 2
Sobre o autor:
Sou LEANDRO RIBEIRO, treinador e consultor em saúde, estética e
desempenho humano, bacharel em educação física pela Estácio de Sá, treinador de
atletas e palestrante.
Fica aqui expresso que esta obra possui propriedades intelectuais minhas
somadas a de referencias intelectuais sobre o assunto.
@leandroribeiro._
Leandro Ribeiro
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Sumário
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 7
POR QUE ALONGAR? ............................................................................................................... 8
TECIDOS QUE INFLUENCIAM O ALONGAMENTO ....................................................................... 9
RECEPTORES QUE INFLUENCIAM O ALONGAMENTO .............................................................. 14
DIFERENÇA ENTRE OS TIPOS DE FIBRAS E SUA RELAÇÃO COM O ENCURTAMENTO.................. 17
PADRÕES DE ENCURTAMENTO MUSCULARES ........................................................................ 19
ADAPTAÇÕES MUSCULARES AO ESTIMULO ............................................................................ 20
FATORES DETERMINANTES PARA O AUMENTO DA FLEXIBILIDADE ......................................... 20
EFEITOS DA AMPLITUDE DO TREINO SOBRE O VENTRE MUSCULAR ........................................ 21
TIPOS DE ESTIMULO PARA A FLEXIBILIDADE........................................................................... 24
AÇÃO SOBRE O MECANISMO DE PROPRIOCEPÇÃO ................................................................. 24
EFEITOS DO ALONGAMENTO E DO FLEXIONAMENTO ANTES DA MUSCULAÇÃO ...................... 25
EFEITOS DO ALONGAMENTO E DO FLEXIONAMENTO APÓS A MUSCULAÇÃO .......................... 26
ALONGAMENTO E SUAS SUBDIVISÕES ................................................................................... 27
FLEXIONAMENTO E SUAS SUBDIVISÕES ................................................................................. 28
TESTES PARA ENCURTAMENTOS MUSCULARES DE MEMBROS INFERIORES ............................. 30
TESTE PARA FRAQUEZAS MUSCULARES DE MEMBROS INFERIORES ........................................ 44
TESTE PARA ENCURTMANETO MUSCULARES DE MEMBROS SUPERIORES ............................... 45
REFERENCIAS: ....................................................................................................................... 55
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INTRODUÇÃO
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RELAXAMENTO
Quando os níveis de estresses estão elevados, normalmente são geradas tensões
musculares, pois nessas ocasiões o corpo precisa se manter em estado de alerta para
permanecer ágil e pró ativo, com o corpo nesse estado por muito tempo alguns efeitos
colaterais negativos começam a surgir, como diminuição da consciência sensorial e
aumento da pressão sanguínea, aumento do desperdício de energia pelos músculos (o
que é agravado quando em posse de má postura) tudo isso acarreta em supressão da
corrente sanguínea intramuscular o que resulta na falta de oxigênio e de nutrientes
essenciais. Sem o fluxo de sangue dentro do músculo essas toxinas ficam instaladas.
Esse processo predispõe a pessoa à fadiga excessiva, ao desconforto e até a dor que
pode gerar edemas musculares conhecidos como “pontos gatilhos”.
Um dos benefícios mais importante do programa de alongamento pode ser o
relaxamento muscular por gerar uma redução da tensão muscular parcial ou completa.
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REDUÇÃO DE LESÕES
Ao aumentar ou devolver a flexibilidade funcional da musculatura, as articulações
adjacentes sofrerão menos compressões e permanecerão dentro do eixo mecânico, o que
surtirá em um maior centramento articular, poupando as articulações de desgastes
desnecessário e a musculatura de esgotamento indevido e/ou contraturas. Uma
musculatura flexível e forte permite suportar tensões maiores de frenagem de movimento,
como por exemplo frear a flexão do quadril durante o chute no futebol.
AUMENTO DA HIPERTROFIA
Estudos revelam e comprovam o que a teoria a tempos relatava, o alongamento
facilita a hipertrofia muscular. O artigo “Interset Stretching vs. Traditional Strength Training
Effects on Muscle Strength and Size in Untrained Individuals, publicado no dia 24 de
janeiro de 2019 pelo The Journal of Strength & Conditioning Research, demonstrou que
os indivíduos que realizaram o treino de alongamento durante o intervalo entre as series
de musculação tiveram um aumento significativo na hipertrofia muscular.
MENOR FADIGA
A musculatura que se encontra encurtada acaba gerando mais tensão para seu
antagonista e tende a tirar o corpo de seu padrão postural adequado. Essa falta de
alinhamento postural obriga a alguns músculos a exercerem trabalhos demasiados o que
acaba gerando fadiga sobre os mesmos. Pessoas que precisam sustentar uma má
postura dissipam mais energia pelo trabalho excêntrico da musculatura quando
comparado com pessoas em estado de alinhamento postural ideal.
TITINA
A titina é uma macro proteína alojada dentro do músculo que percorre metade do
sarcomero, fazendo parte do esqueleto do sarcomero, sendo a terceira proteína mais
abundante no músculo numa proporção de 6 Miosina para 1 titina. Sua função é fazer com
que o sarcomero tenha um determinado grau de extensão, com o intuito de manter sua
integridade após uma contração ou um estiramento, pois as Miosinas são ligadas a titina,
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Sarcomero
Linha Z Linha Z
Porção distensível Linha M
Titina
Sarcomero em contração
Sarcomero estirado
TECIDO CONJUNTIVO
O tecido conjuntivo é rico em fibras, formadas por proteínas que se polimerizam
formando estruturas muito alongadas, é constituído por diferentes tipos celulares como
fibroblastos, macrófagos, mastócitos, e plasmócitos, células adiposas e leucócitos. Muitas
células habitantes do tecido são originadas nele mesmo, como as fibras colágenas, as
reticulares e as elásticas. As fibras colágenas e reticulares são formadas pela proteína
colágena, já as fibras elásticas são formadas pela proteína elastina, com uma pequena
diferença entre as duas, uma é de curta duração e outra de longa duração,
respectivamente.
Já células como o macrófagos e leucócitos, por exemplo, migram de outras regiões
para o tecido conjuntivo.
O colágeno é uma família de proteínas fibrosas presente em todo organismo
multicelular. Juntamente com a elastina, faz parte dos componentes extracelulares do
tecido conjuntivo.
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COLÁGENO
Existem cinco tipos de colágenos e esses são identificados por algarismos
romanos, possuem apenas um pequeno grau de extensibilidade, porem, são muito
resistentes ao estresse causado por tensão, o tipo I forma o mais comum no corpo humano
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e está localizado na pele, nos ossos, nos ligamentos e nos tendões, e por isso afeta
diretamente a flexibilidade.
Formado por três cadeias de vários aminoácidos, sendo os mais abundantes a
glicina, a prolina e a hidroxiprolina, duas dessas cadeias são de 𝛼1 e uma de 𝛼2.
CÁPSULA ARTICULAR
É formado por camadas finas de cartilagem articular. A cartilagem articular é um
tipo de tecido conjuntivo construído de condroblastos e condrócitos, que formam uma
matriz extracelular de proteoglicanos e de fibras com 60%-75% de colágeno com alto teor
hídrico.
Na cartilagem articular está presente principalmente o colágeno do tipo II e uma
abundancia de proteoglicanos combinado com cerca de 65 a 80% de água, o que lhe
fornece a capacidade de suportar a pressão.
Os tecidos moles da capsula articular incluem a capsula fibrosa, os ligamentos de
sustentação, a membrana sinovial e a cartilagem hialina.
Esses tecidos são interdependentes uns dos outros para uma boa mobilização, a
cartilagem hialina localiza-se nas extremidades das articulações e sua ação favorece a
absorção de impacto; com isso, pode altera momentaneamente o seu formato para
dissipar a carga, retornando ao seu formato original em seguida.
Com o aumento da temperatura, o liquido sinovial torna-se menos viscoso,
permitindo que a articulação se mova com mais facilidade.
Essa característica permite a cartilagem comprimir-se durante esforços físicos e
voltar ao seu tamanho normal quando a carga é removida.
É importante lembrar que muitas vezes a limitação do movimento pode ser devido
a uma rigidez ligamentar ou articular. A rigidez articular acontece devido ao aumento da
espessura da capsula articular e ou enrijecimento do ligamento, os quais são tecidos
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conjuntivos que se diferenciam da fáscia por sua espessura devido a quantidade e o tipo
de colágeno, e por isso possui uma característica mais rígida.
A rigidez articular acontece pelo mesmo fator dos tecidos conjuntivos, uma
adaptação a uma posição especifica em tempo demasiado, grau de esforço da articulação,
luxação ou pancada que leva ao mesmo principio de piezeletricidade ou lei de Wolff.
FÁSCIA MUSCULAR
A fáscia recobre toda nossa musculatura ligando um músculo a outros músculos e
estruturas como ossos e órgãos.
A fáscia pode ser dividida em três tipos gerais.
1- A fáscia que se estende sobre a derme (pele) e que se divide em: camada
externa e camada interna. A externa chama-se panículo adiposo, essa por sua vez possui
uma camada de gordura que varia de acordo com o individuo. A camada interna é uma
membrana fina, a qual não possui gordura. A junção das duas camadas permite que a
fáscia superficial deslize sobre a fáscia profunda permitindo a movimentação da pele.
2- A fáscia profunda fica diretamente sob a superficial e, em geral é mais resistente,
mais firme e mais compacta que essa outra. Ela cobre músculos, ossos, nervos, vasos
sanguíneos e os órgãos do corpo e funde-se com eles.
3- A fáscia subserosa é a mais profunda em torno das cavidades corporais. Ela
forma uma camada fibrosa de membranas serosas que cobre e suporta as vísceras.
Exemplos incluem a pleura, em torno dos pulmões; pericárdio, do coração; e o peritônio,
da cavidade e órgão abdominais.
A fáscia profunda (2) é a que nos interessa quando falamos de amplitude de
movimento, pois envolve todo o tecido muscular e os ligam com as próximas estruturas,
osso, músculos e órgão. As junções musculares iniciam-se pelo endomísio, onde várias
fibras musculares reúnem-se e essas mesmas fibras musculares são envolvidas por outra
camada de tecido conjuntivo, o perimísio. O perimísio forma o fascículo muscular e vários
fascículos musculares reúnem-se e são envolvidos por uma ultima camada de tecido
conjuntivo, o epimísio, perfilando o musculo em sua forma final.
Nas extremidades musculares esses tubos sucessivos de tecidos conjuntivos se
esvaziam do tecido muscular (proteínas contrateis), unem-se e formam os tendões.
Os tendões ligam-se ao osso através do periósteo. Por tanto, toda tensão gerada
pela musculatura é transferida pela fáscia muscular para os tendões que podem transferir
essa tensão para o periósteo (tecido conjuntivo do osso) que esteja inserido ou para o
tendão do próximo musculo que esteja ligado diretamente pela fáscia.
A ligação de um musculo a outro através dos tendões formam as cadeias cinéticas
as quais veremos mais a frente.
Epmísio
Fascia muscular
Perimísio
Endomísio
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TENDÕES
O tendão conecta o musculo ao osso, por isso afirma-se que esta em série com a
fibra muscular. Os tendões assim como a maioria dos tecidos conjuntivo supracitados, são
densos e contem colágeno, elastina, proteoglicana e água.
O colágeno tendineo constitui cerca de 90% da proteína total do tendão, sendo a
principalmente colágeno do tipo I.
A fáscia muscular tem como um de seus papeis distribuir a tensão por igual na
musculatura e transportar essa tensão para o tendão e do tendão para a aponeurose do
osso que resulta em movimento. Se o tendão fosse flexível igual a musculatura parte
dessa tensão não seria transportada para os ossos, e os movimentos finos não existiriam.
O colágeno tendineo desenvolve-se em paralelo e é muito resistente a extensão,
mas, mesmo assim sofre uma pequena alteração no comprimento devido ao alongamento
e ou a carga cíclica. Essa pequena alteração que o tendão sofre ajuda a amplificar a
energia imposta pelo musculo durante um treino de potencia por exemplo.
Exercícios de alongamentos são importantes para o aumento dessa capacidade
dos tecidos tendíneos, visto que, se o tendão fosse totalmente rígido se romperia caso o
musculo precisasse usar sua máxima potencia, o mesmo aconteceria na aterrissagem de
um salto por exemplo.
O colágeno tendineo apresenta formação ondulada, e com o alongamento de 1,5 a
4%, o tendão vai descaracterizando sua sinuosidade se tornando mais retilíneo e
aumentando sua resistência, após 4% do seu tamanho normal há maior resistência a
deformação do tecido, a medida que aumenta a tensão do alongamento. entre 4 e 8% a
sinuosidade do tecido desaparece totalmente e o colágeno é então submetido a
deformação plástica. Após 8% do alongamento máximo do tendão as fibras de colágeno
começam a se romper e um trabalho de força máxima ou potencia máxima após esse
alongamento gera risco de rompimento do tendão.
A aplicação do alongamento sobre o tendão preserva a peculiaridade do mesmo,
pois precisam ter seu grau de elasticidade sem ser muito maleável para que possa se
deformar na medida certa. Caso contrario, se o tendão for muito rígido perderá sua
característica elástica e sofrerá lesão.
FUSO MUSCULAR
Os fusos musculares são pequenos receptores sensoriais medem cerca de 2 a 3
mm de largura e 0,15 mm de comprimento em média, são encapsulados que possuem
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Este reflexo evita que a tensão do músculo se torne excessiva de tal modo que,
quando esta tensão chegar a limites extremos, a interferência via reflexos do OTG faça
com que o músculo sofra relaxamento instantâneo favorecendo o alongamento.
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A diferença entre os tipos de fibras explica boa parte de o por que as disfunções
posturais acontecerem. O entendimento dessas características fará total diferença na
elaboração de um treino adequado tanto de flexibilidade quanto de força.
FIBRAS BRANCAS
FIBRAS VERMELHAS
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HIPERATIVIDADE MUSCULAR
O primeiro padrão é causado por uma hiperatividade dos fusos musculares, este
tem como principal característica dor excessiva ao realizar o alongamento, de modo a ser
o único fator limitante da amplitude de movimento, pois se a dor for suportada pelo
individuo que está sendo alongado a amplitude é conseguida facilmente, sem risco ao
tecido muscular.
Porém essa hiperatividade gera uma contração muscular evitando que a amplitude
do alongamento aumente.
Para esse tipo de encurtamento a técnica mais adequada para ser utilizada
inicialmente é a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP). Esse modelo de
alongamento exige que o sujeito que esta a ser alongado exerça uma contração voluntaria
no musculo que está sendo alongado. Essa força nos componentes contrateis gera uma
ativação além do normal do OTG e o alongamento em amplitudes aumentadas acontece,
A ativação excessiva devido a contração do musculo feita pelo executante em posição
alongada contra uma resistência que é gerada pelo treinador aumenta a tensão nos OTG’s
causando uma inibição autogênica (inibição reciproca) do músculo agonista que acabou
de ser contraído. Se o OTG é estimulado a medula espinhal envia sinais eferentes para
que o músculo relaxe por mecanismo de defesa, ao cessar a contração os fusos
musculares continuam relaxados devido a inibição autogênica o que facilita um
estiramento maior da musculatura.
O treinamento de alongamento de forma ativa também é uma excelente estratégia
e funciona no mesmo principio do anterior, por exemplo, contrair os flexores de quadril
para gerar uma inibição autogênica (inibição reciproca) enquanto alonga os isquiotibiais
que está hiperativo torna-se a forma mais eficiente de se obter resultado.
RIGIDEZ MUSCULAR
A rigidez muscular se dá pelo aumento da espessura do tecido conjuntivo que
recobre o músculo. Nessa situação o músculo se encontra travado na posição de
encurtamento e os exercícios de alongamentos convencionais não trará seu tamanho e
flexibilidade ideais.
Para esse tipo de situação o recurso mais indicado a ser trabalho é o de
flexionamento, descrito mais adiante.
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ADAPTAÇÕES AO ALONGAMENTO
Materiais cristalinos sólidos demonstram propriedades eletromecânica quando se
deformam, esse acontecimento recebe o nome de Efeito Piezoelétrico.
No colágeno acontece um fenômeno parecido, o qual recebe o nome de Potenciais
Eletrocinéticos ou Corrente. Os processos de Potenciais eletrocinéticos ou corrente
acontecem durante a automontagem da fibrila de colágeno nos canais citoplasmáticos
quando ocorre um processo de estiramento da fibrila.
Quando um tecido conjuntivo como por exemplo a cartilagem é comprimido, ocorre
uma transdução mecânica para elétrica, resultando em potenciais elétricos. O mecanismo
de eletrocinética ou potencial de corrente é a fonte da transdução. O mesmo acontece
com a fáscia muscular, se a tensão suportada pelo tecido é continua e prolongada como
no estimulo do alongamento, as moléculas de colágeno instalam-se em series. As fibras
colagenosas e os feixes conjuntivos alongam-se.
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Não será difícil percebermos pessoas que passam por um período de tempo
prolongado sentadas possuírem contratura no músculo ilipsoas, reto femoral porção
proximal e isquiotibiais porção distal. Com o tempo ocorrerá encurtamento adaptativo
desses músculos e dos ligamentos capsulares o que consequentemente limitará a
extensão do quadril.
Essa situação cria espasticidade dos flexores do quadril reto femoral em sua porção
proximal, iliopsoas e dos flexores de joelho, isquiotibiais em sua porção distal, e estará
normalmente associada a fraqueza dos extensores do quadril, dor ou inflamação na
capsula da articulação do quadril e confinamento a posição de flexão.
Como vimos anteriormente, o tendão possui uma quantidade demasiada de colágeno, o
que lhe dá uma característica mais rígida, reduzindo por consequência a flexibilidade total
do individuo. O oposto é possível através do treinamento para flexibilidade e alongamento
ou por exemplo por meio da amplitude do movimento que é realizado durante o treino de
musculação. Assim como há adaptação muscular devido a falta de estimulo em grandes
amplitudes o que acaba estimulando o músculo a reduzir seu comprimento e o tendão a
aumentar proporcionalmente, haverá estímulos para que o músculo também trabalhe em
grandes amplitudes para devolver sua funcionalidade.
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NORMAL
C.C – E.C
CONTRAÇÃO ESTIRAMENTO
NORMAL
C.I – E.C
CONTRAÇÃO ESTIRAMENTO
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NORMAL
C.C – E.I
CONTRAÇÃO ESTIRAMENTO
NORMAL
C.I – E.I
CONTRAÇÃO ESTIRAMENTO
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ALONGAMENTO
Forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a
realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível.
FLEXIONAMENTO
Forma de trabalho que visa obter a melhora da flexibilidade por meio de viabilização
de amplitudes de arco do movimento articular superiores aos originais.
As diferenças em nível fisiológico situam-se nas estruturas envolvidas e na ação
sobre o mecanismo de propriocepção.
Como os trabalhos de alongamentos são realizados dentro do arco articular
normalmente obtido, não geram efeito de forçamento sobre a articulação. Sua principal
atuação, portanto, é sobre os componentes plásticos, por meio do estiramento da
musculatura e dos ligamentos.
A ação sobre os componentes plásticos (ligamento, mitocôndrias, retículos
sarcoplasmáticos, etc.), deformando-os para uma configuração desejável, possibilita que
nos movimentos subsequentes, a força seja empregada apenas em proveito do
movimento, e não para causar as citadas deformações. Ou seja, após realizar a primeira
serie do alongamento, o individuo apenas recupera a sua mobilidade normal que estava
reduzida devido a uma pequena rigidez dos tecidos plásticos.
O alongamento também gera efeitos sobre os componentes elásticos e
inextensíveis, mas, devido a sua baixa intensidade, esses efeitos não atingem o limiar da
produção de adaptação, sendo, portanto, reversíveis ao cessar o alongamento.
Já o flexionamento, por sua maior intensidade, provoca adaptações duradouras nos
componentes plásticos, elásticos, e inextensíveis, possibilitando o alcance de novos arcos
articulares, superiores aos primitivos.
Como trabalha no limite máximo do movimento, a estrutura que suporta
prioritariamente a carga aplicada é, via de regra, a articulação, ressalvando-se as
situações em que a restrição a flexibilidade ocorre exclusivamente por conta da
elasticidade muscular.
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Para maiores efeitos hipertróficos a musculação deve ser até a falha muscular,
salvo nas fases da periodização onde a componente regeneração esteja em prática. Mas,
levando em consideração que o treino seja até a falha muscular, quando treinado de forma
ideal, ou seja, em altos graus de percepção de esforço, que acarretam uma velocidade
lenta de execução dos movimentos devido a fadiga muscular e a intensidade do treino,
cresce a componente isométrica do movimento, esse de tensão dos músculos excita os
órgãos tendinosos de Golgi, provocando o relaxamento temporário da musculatura.
Esse fenômeno fica mais claro após uma sessão intensa de treino de pernas, onde
apesar dos músculos estarem edemaciados, túrgidos, divido ao acumulo de agua, de
catabólitos e de exsudatos da contração muscular, encontram-se tão relaxados que não
se consegue descer uma escada sem sentir firmeza no músculo considerado.
Se ocorrer a citada relaxação da musculatura, e sobre ela for feito um trabalho de
flexionamento, haverá um grande risco de provocar uma lesão.
Tubino (1979, p 212) declara que “deve-se evitar a aplicação, logo após as sessões
de musculação, de exercícios de flexibilidade que impliquem estiramentos musculares
fortes, pois haverá um risco de lesões nas fibras musculares”.
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ESTIRAMENTO
É a execução de um determinado movimento a custa da ação do antagonista, de
outros grupos musculares ou da ação de terceiros.
O estiramento equivale a um espreguiçamento amplo e completo, devendo-se
procurar atingir os arcos de movimentos extremos, com a finalidade de deformar os
componentes plásticos de uma forma conveniente a que, em uma próxima execução
desse tipo movimento, os citados componentes não mais se oponham as forças atuantes.
O estiramento pode ser realizado de três formas: estiramento passivo, estiramento
ativo e estiramento misto.
O estiramento passivo é realizado por meio da manutenção de posturas de grande
amplitude, sem extrapolar o limite máximo do movimento, durante um intervalo de 4 a 6
segundos. Deve-se ressaltar que, embora a amplitude seja submáxima, permanência por
8 ou mais segundos pode provocar uma ação de estimulo sobre o fuso muscular,
descaracterizando o alongamento.
O estiramento ativo consiste de 2 a 3 series de 3 a 6 repetições de movimento que
visem a alcançar o limite máximo da utilização normal do arco articular. Cabe aqui,
também o alerta de que um numero excessivo de repetições poderá dar ensejo ao
surgimento de um trabalho de flexionamento.
No estiramento misto, utilizam-se duas series de quatro insistências submáximas e
uma permanecia de 4 segundos no ponto máximo atingido, os movimentos de insistência
devem ser lentos e realizado apenas no terço final do arco articular, sempre com o cuidado
de não transformar o exercício em um flexionamento.
SUSPENSÃO
Neste tipo de alongamento, não há o movimento das articulações. Assim, os
ligamentos e os músculos que o circundam são tracionados por meio da ação da
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gravidade. O próprio comprimento dos ossos age como fator limitador ao estiramento,
impedindo o acionamento do mecanismo de propriocepção.
Durante a realização da suspensão, o tracionamento do segmento faz com que os
envoltórios de tecido conjuntivo (endomísio, perimísio e epimísio) comprimam as porções
dos músculos que respectivamente os envolvem, apertando-as e propiciando a saída de
água e catabólitos provenientes da contração.
SOLTURA
Consiste no balanceamento dos membros que, se realizado por outra pessoa, pode
ser acompanhado de leve tração.
Possui efeito relaxador sobre o músculo, por provocar a desconexão da ligação da
actina e miosina remanescente, ao facilitar o contato dessas ligações com moléculas de
ATP’s e provocar a desativação do fuso muscular
O flexionamento pode ser feito de três formas: por meio de insistência estáticas
(método passivo), por meio de insistências dinâmicas ou balísticas (método ativo) e pelos
métodos de facilitação neuromuscular proprioceptiva.
FLEXIONAMENTO DINAMICO
Consiste na realização de exercícios dinâmicos, que, devido a inercia do segmento
corporal, resulta em um momento de natureza balística, provocando trabalho nas
estruturas limitantes do movimento.
A realização de movimentos de amplitude máxima, em velocidade, estimula o fuso
muscular, acarretando o reflexo miotático ou reflexo de estiramento, esse reflexo provoca
contração da musculatura que esta sendo estirada. Devido a essa reação proprioceptiva
nesse tipo de flexionamento, a estrutura limitante ao movimento é, via de regra, é a
musculatura antagonista e, em especial, os componentes elásticos em série (parte das
fáscias de tecido conjuntivo que ficam entre duas fibras musculares e entre estas e o
tendão) dos citados grupos musculares. Esses métodos enfatizam, por tanto, a
elasticidade muscular.
FLEXIONAMENTO ESTÁTICO
Para empregar esse método deve-se lentamente chegar ao limite normal do arco
articular do atleta (limite entre alongamento e flexionamento), forçar suavemente além
desse limite, aguardar cerca de 10 segundos e realizar novo forçamento, procurando o
maior arco de movimento possível e então segurar pelo tempo prescrito no treino.
A tensão isométrica provocada pela insistência estática que se submete o músculo,
atua sobre o órgão tendinoso de Golgi, provocando um relaxamento da musculatura
agonista.
O flexionamento estático, que utiliza posturas estáticas, foi inspirado no Yoga e é
20% mais eficaz que o método ativo.
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Contração-relaxamento - antagonista
Utilizando o exemplo dos músculos isquiotibiais. O profissional conduz o membro
inferior do cliente em flexão de quadril com o joelho estendido, até a percepção de
resistência do tecido conjuntivo.
Solicita-se ao cliente que contraia de forma submáxima o musculo isquiotibial
(antagonista) por um tempo de 3 a 10 segundos, sendo o membro mantido na mesma
posição pelo profissional para tornar a contração isométrica; em seguida, interrompe-se a
contração isométrica, expira-se e aumenta-se a amplitude de movimento, com a amplitude
de movimento aumentada realiza-se novamente a contração do isquiotibiais da mesma
forma que a primeira vez.
Contração-relaxamento – Agonista
Continuando com o exemplo dos isquiotibiais. O profissional conduz o membro
inferior em flexão de quadril com o joelho estendido até a percepção de resistência do
tecido conjuntivo.
Pede-se ao cliente que contraia de forma submáxima o quadríceps (agonista) por
um tempo de 3 a 10 segundos, sendo o membro mantido na posição pelo profissional,
para tornar a contração isométrica, em seguida interrompe-se a contração isométrica,
expira-se e aumenta-se a amplitude de movimento, a solicitação de contrair o quadríceps
tem a intenção de relaxar os isquiotibiais.
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ÍLIOPSOAS
PSOAS MAIOR
ILIOPSOAS
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Por este motivo o Iliopsoas torna-se responsável pela retroversão da pelve nos
agachamentos onde o quadril flexiona mais que 90°. Quando essa posição de
agachamento acontece a tendência é que o executante do exercício tente compensar o
agachamento aumentando a flexão do quadril, postura comum também na ausência de
mobilidade do tornozelo (ver mais a frente).
Teste de Patrick
Posição do paciente: Deitado em decúbito dorsal, o examinador posiciona o
membro inferior a ser testado de modo que o pé fique sobre o joelho do membro inferior
oposto.
Descrição do teste: o examinador baixa lentamente o joelho do membro inferior
que está sendo testado em direção a mesa de exame.
Sinais e sintomas: O teste é
considerado negativo quando o joelho desce
até a mesa, ou pelo menos, fica paralelo ao
membro inferior oposto e a pelve do lado
oposto se mantem em neutro, e positivo,
quando o joelho do membro inferior testado
permanece acima do membro inferior oposto
estendido.
CRISTA ÍLIACA
SARTÓRIO
Teste de Thomas
Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal e com flexão máxima de ambos
os joelhos os trazendo até o peito.
Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente que solte uma perna em
extensão enquanto segura firmemente uma das pernas junto ao peito. O terapeuta deverá
verificar a contratura em flexão apresentada pelo paciente utilizando-se de um goniômetro.
O terapeuta posiciona o fulcro do goniômetro no trocânter maior do fêmur e uma das
hastes ficará fixa em paralelo com a maca e a outra haste do goniômetro apontada para
a face mediana da coxa.
Sinais e sintomas: O paciente que possuir um encurtamento da musculatura
flexora do quadril (reto femoral e íliopsoas), não conseguirá estender completamente a
coxa sobre a maca, permanecendo em leve grau de flexão do joelho.
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MODO DE EXECUÇÃO:
O executante deve apoiar as duas
mãos no solo, contrair o dorsal para
estabilizar os ombros, apoiar uma
perna ao lado das mãos ou um
pouco atrás e estender
completamente a perna oposta para
trás apoiando a ponta do pé e
forçando a máxima extensão do
joelho enquanto contrai com a
máxima força o glúteo da perna
estendida e tenta baixar o quadril.
ÍSQUIOTIBIAIS
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inserção no côndilo medial da tíbia, sendo então um extensor do quadril e flexor do joelho.
Os isquitibiais pode ser o vilão de diversas disfunções do quadril, por exemplo, quando
em hiperatividade os isquiotibiais podem roubar a ação dos glúteos durante uma extensão
de quadril, isso ocorre devido a alavanca dos ísquios possuírem uma maior vantagem
mecânica em relação ao glúteo.
Um outro exemplo onde os isquiotibiais pode prejudicar a funcionalidade dos
músculos adjacentes é no agachamento. Em situações normais os isquiotibias devem
manter o mesmo comprimento enquanto o movimento do agachamento ocorre (paradoxo
de Lombard), ou seja, encurta-se na porção distal (adjacente ao joelho) e alongar-se na
porção proximal (adjacente ao quadril) para que a flexão de quadril ocorra normalmente
mantendo assim o movimento ideal sem problemas na execução do exercício. Quando os
isquiotibiais estão encurtados a porção proximal não se alonga para compensar o
encurtamento da porção distal devido a contração, fazendo com que o tamanho em
comprimento da musculatura reduza, e por consequência puxe a pelve em sentido de
retroversão extinguindo a dinâmica ideal do quadril, que seria a posição da pelve em
neutro enquanto o exercício é executado.
Uma estratégia para realizar exercícios como o agachamento ou exercícios
parecidos, é afastar os pés. A abdução das pernas durante o agachamento por exemplo
diminui a flexão do joelho o que torna possível aumentar a amplitude total do movimento
e manter a posição da pelve em neutro até o ângulo em que o musculo não consiga
exercer a tarefa de alongar o suficiente novamente e faça com que a retroversão da pelve
aconteça, mas geralmente devido a limitação de uma outra musculatura como os
adutores, principalmente adutor magno, como veremos a seguir.
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MODO DE EXECUÇÃO:
O executante deve apoiar um joelho no chão enquanto estende a perna oposta a
frente parcialmente para alongar a porção proximal ou completamente para alongar a
porção distal, mantendo as costas contraídas para estabilizar a coluna e a pelve
mantendo-os em sua posição ideal.
OBSERVAÇÃO: Manter a coluna e a pelve em sua posição neutra para que o
exercício seja eficiente para os isquiotibiais.
A medida que o tronco inclina para frente o alongamento aumenta e força para
manutenção da postura adequada deve aumentar.
Ao realizar uma dorsiflexão o executante poderá sentir alongar também o músculo
da panturrilha.
REGIÃO A SER ALONGADA: O executante deve sentir alongar na parte posterior
da coxa da perna que esta estendida a frente.
Em alguns casos poderá sentirá alongar também a panturrilha caso a dorsiflexão
seja feita.
ADUTORES DE QUADRIL
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MODO DE EXECUÇÃO:
O executante deitado em decúbito dorsal
deve ser orientado a unir os pés e manter
os joelhos flexionados. Em seguida
realizar uma rotação externa do quadril
deixando os joelhos caírem em direção ao
chão
OBSERVAÇÃO: O executante não
pode deixar a lombar descolar do chão e a
pelve rodar em anteversão.
O profissional pode exercer uma
força nos joelhos do executante em
direção ao solo para aumentar a
intensidade do alongamento
transformando-o em flexionamento.
REGIÃO A SER ALONGADA: O executante deve sentir alongar na parte interna
da coxa próximo ao quadril de ambos os lados.
Em casos de encurtamento do iliopsoas e também será alongado em sua porção
distal.
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GRÁCIL
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PIRIFORME
O piriforme está fixado proximalmente na superficial anterior do sacro, entre as raízes
nervosas originadas dos três forames sacrais anteriores mais craniais, saindo da pelve
posteriormente pelo forame isquiático maior. O piriforme está fixado por um tendão ä face
superior do trocânter maior.
Além da ação de rotação externa o piriforme é um abdutor secundário do quadril. As
duas ações são aparentes pela linha de força do músculo em relação ao eixo de rotação
do quadril.
O nervo isquiático geralmente sai da pelve inferiormente ao piriforme, podendo
passar através do ventre do piriforme. Um piriforme encurtado, espesso ou tenso pode
comprimir e irritar o nervo isquiático, uma condição conhecida como “síndrome piriforme”.
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OBSERVAÇÃO: em torno de
15% da população mundial o nervo
ciático cruza no meio do ventre
muscular do piriforme que em caso
de contratura aumenta ainda mais os
sintomas dolorosos.
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Teste de Ober
Posição do paciente: deitado de lado e virado oposto ao examinador com os
membros inferiores em extensão completa.
Descrição do teste: O terapeuta, por trás do paciente, com uma mão segurando
firmemente na inserção dos abdutores do quadril na região da crista ilíaca e com a outra
mão elevando o membro inferior a ser testado, mantendo o joelho flexionado a 90º,
abdução da coxa de 40º e a perna em extensão máxima. O terapeuta então, deixa cair
suavemente à coxa do paciente em direção a maca. Caso o terapeuta observa que a
adução não está ocorrendo naturalmente, mas sim com alguma dificuldade, o teste será
positivo para contratura do trato iliotibial.
Sinais e sintomas: nesse teste o paciente não sentirá nenhuma dor, apenas
sentirá um leve desconforto causado pelo encurtamento muscular. O terapeuta deverá
observar ou até mesmo na palpação perceber a dificuldade do membro inferior ceder e
realizar a adução.
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Teste de Ely
Posição do paciente: decúbito ventral com o joelho em flexão máxima.
Descrição do teste: o terapeuta irá passivamente conduzir o movimento de flexão
máxima do joelho até tentar encostar o calcanhar na nádega do paciente. Caso o paciente
apresente contratura da musculatura flexora do quadril (reto femoral especificamente) o
mesmo irá compensar realizando uma flexão do quadril, elevando a sua pelve, na tentativa
de reduzir a tração sobre o músculo reto femoral.
Sinais e sintomas: o paciente sentirá desconforto e alteração na face decorrente
do estiramento da musculatura anterior.
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SOLEO
Como visto no inicio, o corpo humano funciona em cadeia e é dependente de suas
adjacências, ou seja, cada articulação depende da boa funcionalidade das articulações
adjacentes para continuar mantendo o corpo equilibrado e funcionado da forma adequada.
Caso uma articulação do segmento não esteja com sua funcionalidade adequada o corpo
precisará reajustar o movimento para compensar tal deficiência, onde essa compensação
gerará sobrecarga de trabalha desequilibrada nas estruturas, acarretando em lesões em
médio longo prazo. O tornozelo por ser uma das primeiras articulações e por conter um
conjunto proprioceptivo exteroceptivo bastante aguçado tem o poder de conduzir a boa
funcionalidade das articulações seguintes, joelho, quadril, coluna etc. sendo assim é de
extrema necessidade que esteja com seu grau de flexibilidade e força adequados para
reduzir as chances de compensação das articulações seguintes.
Dentro da musculação há uma maior exigência da dorsiflexão, e essa dorsiflexão
ocorre em torno de um eixo que passa através do corpo do tálus e da parte superior de
ambos os maléolos, como o maléolo lateral encontra-se inferior e posterior ao maléolo
lateral, o eixo de rotação se afasta ligeiramente de um eixo médio-lateral normal. O eixo
de rotação é inclinado ligeiramente superior e anteriormente conforme ele atravessa no
sentido de lateral pelo tálus e ambos os maléolos. Por isso tem uma tendência a pronar a
medida que o tornozelo dorsiflexiona. Para evitar essa pronação a articulação do tornozelo
que já é bastante espessa, cerca de 3mm de cartilagem, e rígida, tende a se tornar ainda
mais rígida por adaptação, ou seja, a medida que o pé vai pronando gera um estresse
tecidual que aos poucos vai deformando-o, mesmo que seja muito pouco e imperceptível
esse estresse estica e gera tensão entre as ligações das moléculas o que gera uma carga
piezoeléctrica (pressão) onde as células do tecido conjuntivo se adaptam a essa pressão
aumentando sua espessura o que torna a articulação ainda mais rígida para evitar uma
maior pronação do tornozelo. Em casos onde o tornozelo é supinado a pronação também
acontece durante a dosiflexão, porem, normalmente a supinação dos pés vem
acompanhado de joelhos varos o que pode acarretar passar mais tempo sobre a posição
supinada que a pronada. Em qualquer desses desvios a rigidez articular do tornozelo
normalmente estará presente. Neste mesmo principio os ligamentos do tornozelo se
adaptaram e alguns deles limitara mais a dorsiflexão do que outros, como os ligamentos
talofibular posterior, ligamento calcaneofibular e as fibras tibiotalares do ligamento
deltoide.
Além dos ligamentos supracitados os músculos sóleo e fibular longo juntamente
com o tendão do calcâneo impedem a dorsiflexão do tornozelo
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GLÚTEO MÉDIO
Teste de Trendelenburg
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PEITORAL MENOR
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GRANDE DORSAL
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durante o agachamento e muitas vezes na puxada frontal podendo causar muitas vezes
parestesia do braço.
O grande dorsal pode também comprimir o nervo dorsal e sua dor pode ser
irradiada para a porção lateral dos deltoides pelo nervo cutâneo lateral superior do braço.
TESTE NEGATIVO
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BICEPS BRAQUIAL
TESTE NEGATIVO
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TESTE POSITIVO
MODO DE EXECUÇÃO: Na
posição em pé de lado para a parede, o
executante apoia a palma da mão com os
dedos e cotovelo em extensão e apontados
para baixo forçando uma rotação externa
do úmero e a máxima abdução horizontal
do ombro.
OBSERVAÇÃO: o executante deve
ser orientado a manter a máxima extensão
do cotovelo mantendo a força cubital
apontada para cima e força a abdução
horizontal.
REGIÃO A SER ALONGADA: O
executante deve sentir alongar o bíceps
braquial e em alguns casos os flexores de
punho.
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FOTO 01 FOTO 02
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REFERENCIAS:
Osar, Evan. Corrective exercise solutions to common hip and shoulder dysfunction.
1° edição. Porto Alegre; artmed, 2017.
Rolf, Ida Pauline. Rolfing. A integração das estruturas humanas. 2° edição. São
Paulo. Câmara Brasileira do Livro, 1999.
Kendall, Henry O. Testing and function with Posture and pain. 5° edição. Barueri
SP. Manole, 2017.
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