Litíase Biliar - Seminário Gastro

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS

DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA
DOCENTE: DR. CARLOS AUGUSTO DE OLIVEIRA CAVALCANTI

Litíase Biliar
GIOVANNA D’ELIA GANEM
KENDJI DE ALCÂNTARA ISHIKAWA
MARIA CECÍLIA GOMES VIANNA
MARIANA SOUSA IBIAPINA
NATHÁLIA NOGUEIRA BARBOSA
RAYANNE LUIZA LOURENÇO DE JESUS ABREU
Introdução

Presença de cálculos na vesícula biliar

Desequilíbrio dos componentes da bile


Mau funcionamento da vesícula biliar
Introdução

Epidemiologia

10 a 20% da população
Até 20% - sintomáticos
2% - complicações graves
Introdução
Fatores de risco
Mulheres em idade fértil
Idade > 60
História familiar
Obesidade
Dieta rica em colesterol
Anatomia
Triângulo de Calot
Fisiopatologia
Tipos de cálculo
Amarelos

Colesterol

Pretos

Bilirrubinato de cálcio

Castanhos

Colesterol + Bilirrubinato de cálcio + Sais de cálcio


Fisiopatologia
Cálculos amarelos:

Supersaturação de Hipomotilidade da
Nucleação
colesterol da bile vesícula

Hipersecreção
Lama biliar Mucina
de colesterol

Fosfolipídeos e
sais biliares
Fisiopatologia
Cálculos pretos:

Produção da Ciclo hepático da


Bilirrubina bilirrubina

Hemólise Cirrose
Fisiopatologia
Cálculos castanhos:

Estase biliar Infecção bacteriana

Desconjugação da
bilirrubina
Sinais e sintomas
ASSINTOMÁTICOS SINTOMÁTICOS

80% dos casos 20% dos casos

Dor em hipocôndrio direito Pós-prandial


Dor importante
Náuseas e vômitos
Cessa após algumas horas
Não melhora após evacuação
Caráter constante
Diagnóstico

História clínica Exame Físico Exames Complementares


Diagnóstico
Exames Laboratoriais

Bilirrubinas
Fosfatase alcalina
ALT e AST
Amilase e Lipase
Hemograma
Diagnóstico
Exames Laboratoriais: achados
Fosfatase alcalina sérica em relação às
aminotransferases
Bilirrubinas: podem indicar problemas na vesícula
biliar ou nos ductos biliares.
Amilase e lipase: podem indicar inflamação
pancreática, que às vezes está relacionada a cálculos
biliares.
Hemograma: leucocitose
Diagnóstico
Exames de imagem - Ultrassonografia

Focos hiperecogênicos móveis


pendentes no lúmen da
vesícula biliar
Sombra acústica posterior

Medical Ultraound, Gallbladder


Diagnóstico
Exames de imagem - Ultrassonografia

Sensibilidade > 95% para


cálculos > 2 mm
Especificidade > 95% para
cálculos com sombras acústicas

Desvantagem:
Examinador dependente

Medical Ultraound, Gallbladder


Diagnóstico
Exames de imagem - Ultrassonografia

Conditions R, Cholelithiasis. Case study, Radiopaedia.org (Accessed on 23 Apr 2024)


Diagnóstico
Exames de imagem - Ultrassonografia
Coledocolitíase
São vistos cálculos no ducto
biliar em apenas 50% dos casos
Podem ser inferidos pelo achado
de um DB dilatado (> 6 mm de
diâmetro), com ou sem cálculos
biliares, em outros 25% dos
casos
Di Muzio B, Choledocolithiasis - passed stones. Case study,
Radiopaedia.org (Accessed on 23 Apr 2024)
Diagnóstico
Exames de imagem - Ultrassonografia
Coledocolitíase

“Pode confirmar, porém não


afastar, cálculos no DB”

-Sleisenger & Fordtran, Tratado


Gastrointestinal E Doenças Do Fígado, 9°
Edição, 2014

Di Muzio B, Choledocolithiasis - passed stones. Case study,


Radiopaedia.org (Accessed on 23 Apr 2024)
Diagnóstico
Exames de imagem - Tomografia

Cálculos geralmente são isodensos à


bile.
Cálculos calcificados: hiperdensos;
imagem branca
Alguns cálculos de colesterol:
hipodensos em relação à bile

Hamidi H, Cholelithiasis. Case study, Radiopaedia.org


(Accessed on 23 Apr 2024)
Diagnóstico
Exames de imagem - Tomografia

Na imagem, cálculos calcificados

Único tipo a ser claramente


visualizado nas imagens de TC

Cuete D, Cholelithiasis. Case study, Radiopaedia.org


(Accessed on 23 Apr 2024)
Diagnóstico
Exames de imagem - Ressonância Magnética

Exame caro, pouco acessível


T2: cálculos hipodensos

Rasuli B, Cholelithiasis. Case study, Radiopaedia.org


(Accessed on 23 Apr 2024)
Diagnóstico
Ultrassonografia Endoscópica
Muito precisa na detecção de
coledocolitíase
Visualiza o ducto biliar de dentro
do lúmen gastrointestinal
Maior resolução e sem
interferência de gases ou
camadas de tecido adiposo,
parede abdominal
Sleisenger & Fordtran, Tratado Gastrointestinal E Doenças
Do Fígado, 9° Edição, 2014
Diagnóstico
Ultrassonografia Endoscópica

Sleisenger & Fordtran, Tratado Gastrointestinal E Doenças


Do Fígado, 9° Edição, 2014
Diagnóstico
CPRM- Colangiopancreatografia por
Ressonância Magnética

Método não invasivo, com alta


resolução
Forma imagem tridimensional,
com alta sensibilidade na
detecção de cálculos no ducto
biliar
Imagem: Sleisenger & Fordtran, Tratado Gastrointestinal E
Doenças Do Fígado, 9° Edição, 2014
Diagnóstico
CPRM- Colangiopancreatografia por
Ressonância Magnética
Pode ser :
convencional: com contratse
secretora: estimulante que
provoca a liberação de bile
Visualiza a dinâmica da secreção
biliar e pancreática em tempo
real.

Imagem: Por Hellerhoff - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0,


https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=7474091
Diagnóstico
CPRE- Colangiopancreatografia
Endoscópica Retrógrada

Avalia o fígado, vesícula biliar, vias biliares e o pâncreas


Método invasivo
É tanto diagnóstica, quanto terapêutica
Muito eficaz para a detecção da coledocolitíase
sensibilidade de, aproximadamente, 95%
Complicações: pancreatite e sangramentos pós-esfincterotomia
Diagnóstico
CPRE- Colangiopancreatografia
Endoscópica Retrógrada

Duodenoscópio
Imagens: https://encr.pw/bbat2
Diagnóstico
CPRE- Colangiopancreatografia
Endoscópica Retrógrada

Imagens: https://encr.pw/bbat2
Tratamento

Litíase biliar assintomática

Tranquilizar o paciente
Diminuição do consumo de gordura
Encaminhar para acompanhamento
Atividade física regular
clínico em UBS
Evitar ficar de jejum
Orientar para possíveis complicações
Tratamento Clínico
Dissolução dos cálculos por ingesta
oral de ácido ursodesoxicólico
Pequenos cálculos de colesterol
Natureza litogênico transitório 70% de eficácia, além de
Dores leves e pouco frequentes diminuição do risco de
Sem complicações colecistite aguda
Tamanho inferior a 5mm

Observar possibilidade de recorrência


Tratamento Clínico
Litotripsia por ondas de choque extracorpóreas
Ondas sonoras de alta pressão focalizadas nos cálculos

Cálculos de colesterol
Natureza litogênico transitório
Dores leves e pouco frequentes Melhor custo-eficácia em idosos
Sem complicações
Cálculo solitário menor que 2cm
Tratamento Cirúrgico
Colecistectomia aberta Casos sintomáticos,
ou assintomáticos se:
Colecistectomia laparoscópica
Indicações fortes:

•Suspeita ou risco de malignidade


(cálculos associados com pólipo ≥ 1
cm, vesícula escleroatrófica, cálculo
≥ 3 cm de diâmetro);

•Colelitíase assintomática em
pacientes com coledocolitíase;

• Doença hemolítica crônica;

•Candidatos a transplante de órgãos


e imunossuprimidos.
Tratamento Cirúrgico
Colecistectomia aberta Casos sintomáticos,
ou assintomáticos se:
Colecistectomia laparoscópica
Indicações fortes:

•Suspeita ou risco de malignidade


(cálculos associados com pólipo ≥ 1
Complicações: cm, vesícula escleroatrófica, cálculo
≥ 3 cm de diâmetro);
Lesão de ducto biliar
•Colelitíase assintomática em
Infecção
pacientes com coledocolitíase;
Vazamentos de bile
Retenção de cálculo no colédoco • Doença hemolítica crônica;

•Candidatos a transplante de órgãos.


Complicações

Colecistite Aguda
Obs. Pancreatite Aguda

Coledocolitíase

Colangite
Complicações
Colecistite aguda
Inflamação da vesícula por impactação do cálculo no
infundíbulo ou no ducto cístico

Distensão + contrações

Sinais e sintomas: dor no hipocôndrio D, em cólica e


com irradiação, náuseas e vômitos, Sinal de Murphy +
Complicações
Colecistite aguda

Achados no USG

Cálculo de imagem hiperecoica


impactado, produtora de Antibioticoterapia
sombra acústica posterior,
móvel ou não e espessamento Colecistectomia
da parede da vesícula, coleção
pericolicística
Complicações
Coledocolitíase
Obstrução do ducto colédoco por cálculo biliar

Pode ser assintomático ou sintomático - cólica


biliar, sinais de icterícia obstrutiva, febre
Complicações
Coledocolitíase
Diagnóstico

USG: menos invasiva, não


exclui diagnóstico
CPRE: alta sensibilidade e Retirada dos cálculos
especificidade
USE e CPRM: menos invasivos; por CPRE
usar quando há probabilidade
clínica
Complicações
Colangite
Inflamação das vias biliares consequente à obstrução
dos ductos biliares

Estase biliar e crescimento bacteriano


Tríade de Charcot
Pêntade de Reynolds quando colangite supurativa
grave
Complicações
Colangite
Diagnóstico

USG: menos invasiva; não


exclui diagnóstico Antibioticoterapia
CPRE: alta sensibilidade e
especificidade Descompressão do
USE e CPRM: menos invasivos; ducto biliar se não
usar quando há probabilidade
clínica houver melhora em 72h
Referências
FELDMAN, M.; FRIEDMAN, L. S.; BRANDT, L. J. Tratado Gastrointestinal e doenças do fígado. 9 ed. Tradução:
Elsevier Editora Ltda, 2014.

LEMOS, L. N.; TAVARES, R. M. F.; DONADELLI, C. A. M. Perfil epidemiológico de pacientes com colelitíase
atendidos em um Ambulatório de cirurgia. 2019. Disponível em
<https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/947>

MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. Rio De Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.

SILVA, C. G. F. DA et al. Colelitíase: Aspectos etiopatogênicos, métodos diagnósticos e condutas


terapêuticas. Brazilian Journal of Development, v. 9, n. 05, p. 16758–16769.

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