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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ GOIÁS

CURSO DE PSICOLOGIA

LILIAN SOUZA GOMES DA SILVA 202203162594

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESPECÍFICO B

PSICOLOGIA HOSPITALAR

NEFROCLÍNICA

Supervisora: Profª. Hully do Nascimento Segatti 09/012385

Supervisor de Campo: Lucas Simião de Barros 09/010208

GOIÂNIA-GO
2023
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1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

1.1 INTRODUÇÃO:

Em 09 agosto de 2023, primeira orientação em sala de aula, com a professora Hully

Segatti, a fim de definir dias e horários das supervisões. A supervisão de campo ficou sob a

orientação do professor Lucas Simeão e a instituição escolhida foi a Nefroclínica.

O início dos trabalhos na Nefroclinica, se deu em 06 de setembro de 2023, e teríamos

encontros semanais para orientação e retiradas de dúvidas. Foram feitos alguns alinhamentos

quanto aos dias e horários, local e os trabalhos a serem desenvolvidos com os pacientes,

enquanto estagiária em psicologia.

A Nefroclinica é uma clínica direcionada para o tratamento de doenças renais, possui um

corpo clínico específico, atendimento humanizado aos pacientes e oferece: consultas,

hemodiálise e diálise peritoneal. O ambiente possui uma rotina tranquila, houve uma boa

receptividade pelos pacientes e houve também demandas.

1.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA SALA DE AULA

A supervisão em psicologia durante o estágio desempenha um papel primordial na

formação do psicólogo, uma vez que por meio dela o estudante tem a oportunidade de articular o

conhecimento adquirido em sala de aula com a experiencia prática dos atendimentos.

Em sala de aula a conduta do professor/supervisor é esclarecer, orientar sobre como

conduzir o manejo clínico em campo e poder assim ajudar nas diversas demandas trazidas pelos

pacientes.

Durante as aulas são ministradas atividades que tem por finalidade fortalecer a

compreensão teórica através dos casos estudados na prática. Durante o estágio os estudantes têm
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a oportunidade de vivenciar situações reais, desenvolvendo habilidades práticas e aprimorando a

capacidade de tomada de decisões em ambientes hospitalares. Essa integração entre teoria e

prática é essencial para uma formação completa e prepara os futuros profissionais para os

desafios do campo da saúde.

1.3 ATIVIDADE DESENVOLVIDA NO CAMPO

A primeira semana de estágio teve como objeto a criação de ambiente, conhecimento dos

pacientes em tratamento, atendimento psicológico, acesso aos prontuários, pastas de progresso,

relatórios e gráficos dos pacientes.

No decorrer dos meses, pude acompanhar pacientes em tratamento e novos pacientes que

chegaram à clínica. Muitos pacientes necessitam de acolhimento e ajuda para compreender a

doença. Os pacientes enfrentam desafios psicológicos, devido as mudanças físicas, resultando em

desafios emocionais significativos. O papel do psicólogo é fundamental para orientar e fornecer

suporte afim de ajudar os pacientes no enfrentamento da ansiedade e do novo estilo de vida. Essa

interversão contribui para uma experiencia mais positiva e equilibrada, integrando cuidados

físicos e emocionais no tratamento nefrológico.

1.4 DISCUSSÃO DE CASO

Sr. N.G, 65 anos, dialítico desde março de 2023, descoberto após contrair Covid, casado,

mora com a esposa e vai de taxi para o tratamento. Engenheiro aposentado, trabalhava em

FURNAS, faz tratamento as segundas, quartas e sextas no segundo turno, possui DM 2 e

Hipertensão arterial, é doente renal crônico com diagnostico há mais ou menos 9 meses.

O paciente possui humor rebaixado, ansiedade, isolamento social, fuga familiar, é

resistente ao tratamento e as intervenções apresentadas, impactando consideravelmente a

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qualidade de vida do mesmo.

As propostas de manejo que estou usando junto ao paciente é a técnica de respiração e

psicoeducação com atividades físicas, e as ações norteadoras dos processos de intervenção são as

técnicas dos exercícios.

Os objetivos sugeridos para intervenção, foi o desenvolvimento de estratégias de

enfrentamento para reduzir o stress e a ansiedade, propor a melhora do humor e d a comunicação

interpessoal, ou seja, desenvolver habilidades de comunicação para fortalecer os laços familiares

e reduzir a fuga familiar.

Buscamos identificar as motivações e valores do paciente, estabelecemos metas

comportamentais realistas a fim de auxiliar na aceitação do tratamento e das intervenções

aplicadas bem como a redução do nível da ansiedade.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), foi empregada para identificar e modificar

pensamentos e comportamentos disfuncionais, assim, foi adotada para promover o bem-estar

psicológico do paciente.

O tratamento foi implementado com técnicas de respiração e psicoeducação com o

objetivo de aprimorar as habilidades de comunicação interpessoal, promovendo o apoio

emocional da família para lidar com as situações pertinentes ao caso.

O Plano de Acompanhamento inclui sessões regulares de terapia, monitoramento de

medicações, avaliação contínua do estado emocional e adaptação ao tratamento. Considerações

éticas foram prioritárias, respeitando a autonomia do paciente, garantindo sua segurança e da

comunidade. Colaboramos com outros profissionais de saúde quando necessário.

Ao finalizar o atendimento, colocamos o serviço de Psicologia à disposição do paciente,

permanecendo em acolhimento psicológico na clínica com escuta ativa, suporte psicoemocional

e rapport contínuo.
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2. AVALIAÇÃO

A atuação psicológica em um ambiente hospitalar é vasta, sendo essencial estar

presente para o paciente, promovendo acolhimento, ouvindo suas histórias de vida, seus

desejos e anseios. A teoria se torna fundamental, pois, sem ela é impossível oferecer um

tratamento de qualidade, é pela teoria que conseguimos identificar e compreender os desafios

emocionais vividos por cada paciente, a comunicação interprofissional, o ambiente hospitalar

e os princípios éticos da Psicologia, especialmente no contexto de saúd e, considerando as

questões de confidencialidade, autonomia do paciente e limites da atuação. É necessário

manter-se atualizado na área de Psicologia Hospitalar e da saúde em contexto geral, dessa

forma o paciente fica bem assistido. A prática hospitalar nos abre um olhar diferenciado para

o indivíduo, revelando a necessidade de um ambiente acolhedor, onde o paciente mesmo

estando em um estado de doença, sinta conforto e torne sua estadia ali naquele ambiente mais

leve.

O preceptor Lucas foi excepcional e essencial para meu avanço na psicologia

hospitalar, sua orientação, cuidado e supervisão proporcionou um grande aprendizado.

Incentivador de pesquisas e conhecimento científicos intercalando teoria e prática no

contexto hospitalar, esse periodo foi marcado por aprendizado, experiencias e oportunidades.

3. AUTOAVALIAÇÃO

O ambiente hospitalar sempre me trouxe um ar de realização profissional. Estar

integrando o meu aprendizado teórico em psicologia junto aos pacientes da Nefroclinica foi

uma experiencia incrível. Acompanhei alguns casos que me fizeram crescer como

profissional e o aprendizado, as demandas, o acolhimento, a receptividade dos pacientes, os

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desafios ao encontrar um paciente resistente ao tratamento e que no fim acaba por aceitar me

renderam experiencias e satisfações jamais experenciadas.

Aplicar a abordagem da Teoria Cognitivo-Comportamental (TCC), me fez

experimentar novas experiencias com diversidade de casos, a equipe interdisciplinar foi outro

ponto positivo para meu aprendizado.

A supervisão com o preceptor de campo, Lucas, foi fundamental em todo o processo,

o compartilhamento e as orientações na área de atuação tiveram uma ampliação no meu

aprendizado e conhecimento sem precedentes.

O estágio me ajuda a reconhecer as habilidades clínicas e me capacita para

compreender os desafios do contexto da psicologia hospitalar. As dúvidas e os

questionamentos que foram esclarecidos tanto pelo supervisor de campo quanto pela

professora Hully Segatti me renderam aprendizado não só no campo profissional, mas

também no pessoal.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BECK, Judith S. Terapia Cognitiva Comportamental: Teoria e Prática. Edição 3º. Porto

Alegre-RS: Ed. Artmed, 2022.

Conselho Federal de Psicologia (2000). Resolução nº. 014/2000, de 20 de dezembro de 2000.

Brasília, DF.

KERNKRAUT, Ana Merzel; SILCA, Ana Lúcia Martins da; GIBELLO, Juliana (Orgs.). O

Psicólogo no Hospital: Da Prática Assistencial à Gestão de Serviço. São Paulo:

Bluchher, 2018.

PEREIRA/FERNADES, Beatriz dos Santos/Natália M. S. Psicologia e Nefrologia: Teoria e

Prática. Novo Hamburgo-RS: Ed. Sinopsys, 2022.

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5. PARECER DO SUPERVISOR SOBRE O RELATÓRIO