Botânica Sistemática - Algas
Botânica Sistemática - Algas
Botânica Sistemática - Algas
Universidade Rovuma
Nampula
2023
Amerina Jacinto Veriuane
Issufo Carlos Ussene
Nsona Ernesto
Omar Bramugi
Sónia de Fátima Issa
Tayob AdelinoRaúl
Zaquir António Mohamade
Universidade Rovuma
Nampula
2023
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 4
1.1 Objectivo Geral..................................................................................................................... 4
1.2 Objectivos Específicos ......................................................................................................... 4
1. Algas ....................................................................................................................................... 5
1.2 Características Gerais Das Algas .......................................................................................... 5
2. Ciclo de Vida Das Algas ........................................................................................................ 6
3. Importância Das Algas ........................................................................................................... 7
3.1 Habitat Das Algas ................................................................................................................. 8
3.2 Reprodução Das Algas ......................................................................................................... 8
4. Classificação Das Algas ......................................................................................................... 9
4.1 Clorofíceas .......................................................................................................................... 10
4.2 Feofíceas ............................................................................................................................. 10
4.3 Rodofíceas .......................................................................................................................... 11
4.4 Diatomáceas........................................................................................................................ 12
4.5 Crisofíceas .......................................................................................................................... 12
4.6 Euglenóide .......................................................................................................................... 12
4.7 Dinoflagelados .................................................................................................................... 13
4.8 Cianobactérias .................................................................................................................... 14
5. Reprodução ........................................................................................................................... 15
6. Importância ........................................................................................................................... 15
7. Fitoplâncton .......................................................................................................................... 15
Conclusão ................................................................................................................................. 17
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 18
1. Introdução
O presente trabalho tem como tema: Algas, parte-se do pressuposto de que algas são
organismos autotróficos que faziam parte do Reino Plantae, porém atualmente estão incluídos
no Reino Protista. As algas são seres uni ou multicelulares, eucariontes, fotossintetizantes, e
que habitam ambientes de água salgada ou doce, tanto que algumas espécies são terrestres,
algumas associam-se com fungos, formando os líquenes.
Normalmente, num ecossistema equilibrado, o crescimento das algas é controlado pelas
condições do ambiente, como temperatura, alimento disponível, etc. e quando há um
desequilíbrio, normalmente provocado pelo homem através da poluição, as algas se
multiplicam numa taxa maior, causando fenómenos como a maré vermelha, que é o acúmulo
de toxinas provocadas pela alga, podendo causar vários prejuízos ambientais e financeiros.
Vamos estudar alguns dos grupos de algas, adotando uma classificação bastante simplificada:
Euglenophyta (euglenas), Dinophyta (dinoflagelados), Bacillariophyta (diatomáceas),
Phaeophyta (algas pardas), Rhodophyta (algas vermelhas) e Chlorophyta (algas verdes).
Dentre as características tradicionalmente consideradas importantes na classificação das algas,
incluem-se os tipos de pigmentos fotossintetizantes e os tipos de substâncias de reserva
presentes nas células das algas. A tabela a seguir apresenta um resumo em que se destacam o
grupo de algas e seus respectivos tipos de pigmentos e de substância de reserva.
Algas são organismos fotossintetizantes encontrados em ambientes aquáticos ou húmidos,
com capacidade de libertar oxigénio.
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1. Algas
As algas são seres vivos muito simples, essencialmente aquáticos, apresentando um grau
de diferenciação muito baixo. A maior parte das algas são unicelulares, mas também podem
ser pluricelulares (macroalgas). Possuem pigmentos fotossintéticos, tal como a clorofila, e
substâncias carotenóides, apresentando muitas semelhanças com as plantas. CRISTIANO
PIRES (2011).
As algas faziam parte do Reino Plantae, porém atualmente estão incluídos no Reino Protista.
As algas são seres uni ou multicelulares, eucariontes, fotossintetizantes, e que habitam
ambientes de água salgada ou doce.
As algas são organismos pertencentes ao reino Protista, juntamente com os protozoários. O
reino Protista agrupa todos os organismos considerados evolutivamente inferiores, sem que
haja uma descendência evolutiva entre eles. É, portanto, considerado um grupo polifilético
(com indivíduos não descendendo necessariamente de um ancestral comum).
Os organismos classificados como algas são seres autótrofos, dos quais, a partir de alguns de
seus filos específicos, surgiram os vegetais constituintes do reino Plantae.
Outra característica das algas é a presença de água ou pelo menos humidade em seu ciclo de
vida.
Apesar da necessidade de água, as algas podem ser encontradas nos mais variados ambientes,
como nos oceanos, rios e lagos e até em troncos de árvores onde se associam com outros seres
para garantir a sua sobrevivência.
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Algumas formas unicelulares e coloniais podem ser móveis pela presença de flagelos, e nesse
caso, frequentemente são confundidas com protozoários. Representantes multicelulares das
feofíceas (algas pardas), os “kelps”, exibem nível de organização mais elaborado com
formação de tecidos (incluindo vasos condutores). SOUTH & WHITTICK (1987) & LEE
(2008).
As algas são seres eucariontes, isto é, possuem envoltório nuclear (carioteca) que separa o
material genético dos demais componentes celulares e compartimentalização interna através
das organelas celulares.
Além da membrana plasmática, possuem parede celular formada por celulose ou outras
substâncias, como ágar.
São organismos autótrofos, fotossintetizantes e clorofilados (com a clorofila A presente em
todos os indivíduos).
Podem ser microscópicos ou macroscópicos, e unicelulares ou pluricelulares. Porém, não
possuem a capacidade de formar tecidos complexos e, embora sejam fotossintetizantes, são
seres avasculares.
São considerados organismos mais primitivos que os vegetais, não possuindo raiz, caule e
folhas verdadeiros.
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2.3 Ciclo Diplobionte
Fonte: Oliveira, E. C. (2003). Introdução à biologia vegetal. Fig 1-Tipos de ciclo de vida.
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de meios de cultura para bactérias, e como emulsionante, estabilizante e espessante em
alimentos.
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A reprodução sexuada também pode sofrer variação de um indivíduo unicelular para um
indivíduo multicelular:
Algas unicelulares: a reprodução sexuada pode ocorrer através da fusão de dois indivíduos
adultos haplóides (n), trocando assim seus materiais genéticos e gerando um indivíduo
diplóide (2n) chamado de zigoto que, quando envolvido por um envoltório específico, é
conhecido como zigósporo. Após a formação do zoósporo diplóide (2n), a célula passa por
um processo de divisão meiótica, gerando assim quatro indivíduos haplóides (n) idênticos.
Algas multicelulares: a reprodução sexuada ocorre através do processo de alternância de
geração. Nesse processo, o indivíduo pode apresentar um esporófito diplóide (2n) que, no talo
da alga (estrutura semelhante ao caule), formam, através de divisões meióticas, estruturas
flageladas especializadas em reprodução - chamadas esporos - que são haplóides (n). Os
esporos irão se movimentar no meio em que a alga se encontra até encontrarem condições
favoráveis para se desenvolverem em gametófitos haplóides (n). Os gametófitos irão formar,
através de divisões mitóticas, células chamadas de gâmetas, que são haplóides (n) e
flageladas. Dois gâmetas haplóides podem se fundir e gerar uma nova célula, chamada de
zigoto e que é diplóide (2n). Esse zigoto pode se desenvolver, gerando um esporófito diplóide
(2n) e reiniciando o ciclo.
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4.1 Clorofíceas
Segundo CRISTIANO PIRES (2011). As clorófitas, ou algas verdes, pertencem a um grupo
muito vasto e diversificado. Possuem
estrutura unicelular, corno as Chlorella ou Closterium, ou ainda colonial, como o Volvox, ou
multicelular, como a alface-do-mar.
Os talos das clorófitas multicelulares apresentam uma organização relativamente complexa.
Possuem os pigmentos clorofila a e b, carotenos e xantofilas; a parede celular e constituída
por celulose e o amido é a sua substância de reserva, o que as coloca como ancestrais das
plantas. Esta característica levou muitos cientístas a considerarem-nas parte integrante do
Reino das Plantas.
Conhecidas como Algas Verdes, os indivíduos pertencentes a esse grupo podem ser
unicelulares ou pluricelulares.
Podem ser encontradas tanto nos oceanos quanto nas águas doces ou, ainda, associadas a
outros organismos, como os fungos, formando os líquenes presentes em locais húmidos sob
superfícies como troncos de árvores ou no interior das células de celenterados como as
zooclorelas presentes nas hidras, estabelecendo uma relação de endossimbiose.
4.2 Feofíceas
As algas castanhas, ai feiófitas, são apenas multicelulares e, na sua maioria, marinhas. o seu
tamanho varia: há algas microscópicas e outras, como os Kelp, com mais de 60 metros de
comprimento. Podem ter vida livre, vagueando pelos oceanos, tal como o Sargassum, ou estar
fixas ao substrato. Possuem fucoxantina, que lhes confere a característica cor castanha, e
clorofilas a e c. CRISTIANO PIRES (2011).
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Chamadas de Algas Pardas ou Algas Marrons. São seres pluricelulares e flutuantes, com
estruturas formadas por bolhas de ar que vão auxiliar na sua flutuação.
A parede celular das algas marrons possui celulose e algina. Esta, é utilizada comercialmente
devido às suas propriedades espessantes.
Além da clorofila a, as feofíceas apresentam como pigmentos fotossintetizantes a clorofila c
caroteno e xantina, pigmento pardo que garante a cor amarronzada desses indivíduos.
A reserva energética das algas pardas é na forma de laminarida (polissacarídeo) e óleo como o
manitol.
4.3 Rodofíceas
Conhecidas também como Algas Vermelhas. São organismos multicelulares encontrados em
águas doces e salgadas ou em associação com fungos, formando os líquenes.
Possuem como pigmentos fotossintetizantes a clorofila a e d, mas, principalmente,
carotenóides, xantofilas, ficoeritrina e ficocianina que garantem a coloração avermelhada
dessas algas.
Possuem ágar, celulose, carragenina e carbonato de cálcio (CaCO3) como componente da
parede celular, deixando o organismo mais rígido, o que auxilia na manutenção dos recifes de
corais que ficam mais resistentes à força das ondas.
Comercialmente, as algas vermelhas são utilizadas na produção de ágar para solidificar
soluções, carragenina para estabilizar emulsão ou, ainda, na gastronomia japonesa para
encapar alimentos como sushis.
Possuem como reserva energética um tipo diferente de amido, chamado de amido das
floríceas, que se assemelha muito ao glicogénio encontrado nos animais e fungos.
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Fonte: https://querobolsa.com.br/enem/biologia/algas Fig 5: Laurencia, Um Tipo De Alga
Vermelha.
4.4 Diatomáceas
São algas unicelulares, microscópicas e aquáticas. Muitas diatomáceas auxiliam na formação
do fitoplâncton, que é a base da cadeia alimentar aquática.
A principal característica das diatomáceas é a presença de uma carapaça porosa e brilhante
chamada de frústula e composta por sílica.
Possuem, predominantemente, clorofila a e c, mas também possuem caroteno e fucoxantina
como pigmentos fotossintetizantes.
A reserva energética das diatomáceas é na forma de óleos.
4.5 Crisofíceas
Chamadas de Algas Douradas, são muitas vezes confundidas com as diatomáceas, pois
possuem os mesmos pigmentos fotossintetizantes, além da reserva energética na forma de
óleos e crisolaminarina.
4.6 Euglenóide
São algas unicelulares flageladas, sem parede celular (as vezes composta por uma fina
camada, chamada de película) e com estruturas específicas no interior celular:
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⚫ Ocelo: Estrutura pigmentada com função de percepção da luz, o que auxilia no
deslocamento da alga para locais onde possa maximizar sua capacidade fotossintetizante.
⚫ Cloroplastos: Organelo composto por clorofila que é responsável pelos processos
de fotossíntese em eucariontes e está presente em todas as algas.
⚫ Vacúolo contrátil ou pulsátil: Estruturas relacionadas ao controle osmótico que controla
a saída do excesso de água, de acordo com o meio em que a alga se encontra.
Os euglenóides podem ser autótrofos quando possuem cloroplastos para realizar a fotossíntese
e estão em condições favoráveis. Ou, ainda, podem ser heterotróficos quando não possuem
cloroplastos ou estão em locais de ausência de luz. A alimentação ocorre através da absorção
de partículas nutritivas presentes no meio, através da fagocitose.
A reserva energética dos euglenóides é na forma de um polissacarídeo chamado paramilo.
4.7 Dinoflagelados
Organismos unicelulares e, predominantemente, marinhos. Também compõem o fitoplâncton
e são chamados de pirófitas.
Possuem dois flagelos em sua estrutura celular que garantem movimentação através de
rodopios. Também possuem uma carapaça composta por sílica chamada de lórica que garante
proteção ao organismo.
A reserva energética dos dinoflagelados é na forma de amido e sua forma de nutrição pode ser
heterotrófica através de fagocitose ou, então, esses organismos podem ser autótrofos
fotossintetizantes.
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Fonte: https://querobolsa.com.br/enem/biologia/algas Fig 8: Dinophysis Acuminata, Um Tipo
De Dinoflagelado.
4.8 Cianobactérias
As cianobactérias representam, em conjunto com as bactérias, as primeiras evidências
estruturais de vida (formas procariontes) e datam do período pré-cambriano
(aproximadamente 2,7 bilhões de anos).
As propriedades morfológicas, bioquímicas e fisiológicas permitiram que esse grupo de
organismos se estabelecesse e persistisse nos mais distintos hábitats PALINSKA et al. (2006).
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Ocorrem ainda, em associações extracelulares com fungos, formando os líquenes, ou
intracelulares, como endossimbiontes de corais. LEE (2008).
A diversidade das cianobactérias foi estudada tradicionalmente junto com as algas
eucarióticas
porque ambos concorrem em uma variedade de habitats aquáticos e compartilham da
propriedade de realizarem fotossíntese oxigénica PALINSKA et al.(2006).
A organização das algas azuis é muito semelhante à das bactérias. Mas, ao contrário das
bactérias, as algas azuis são todas elas fotossintetizantes e contém clorofila, encontrada em
todas as células eucarióticas fotossintetizantes.
Além da clorofila, as cianófitas contêm vários pigmentos acessórios tais como carotenóides
(xantófíla e outros) e ainda pigmentos conhecidos por ficobilinas de cor vermelha, ficocianina
de cor azul e ficoeritrina de cor castanha.
Algumas são livres, mas a maioria desenvolve-se sobre outras algas ou no interior dos seus
tecidos.
5. Reprodução
A reprodução destas algas é feita por divisão binária das células e fragmentação dos
filamentos. Algumas vezes formam-se estruturas semelhantes a esporos que originam novos
filamentos. Não há união de gâmetas.
6. Importância
As algas azuis-verdes pelo facto de realizarem a fotossíntese conseguem oxigenar
periodicamente o ambiente aquático para a respiração de todos os seres vivos e como
fixadoras
do azoto atmosférico contribuem para a fertilidade do solo.
7. Fitoplâncton
Conjunto de organismos aquáticos microscópicos e fotossintetizantes que vivem dispersos,
flutuando pelos oceanos. Entre os organismos que constituem o fitoplâncton, têm-se as algas
diatomáceas, dinoflagelados e até as cianobactérias.
A importância do fitoplâncton está relacionada à sua capacidade fotossintetizante, sendo o
principal emissor de oxigénio na atmosfera. Outra importância é que por serem organismos
fotossintetizantes (produtores), os fitoplânctones formam a base da cadeia alimentar no
ambiente marinho.
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Fonte: https://querobolsa.com.br/enem/biologia/algas Fig 10: Formação De Fitoplâncton
Bioluminescente
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Conclusão
No término do trabalho o grupo pode perceber em linhas gerais que o estudo das algas,
abrange a descrição das classes e estruturas das algas, oferecendo melhor certas importâncias
para o nosso ambiente. As estratégias adaptativas das, mas variadas espécies e seus diferentes
habitats, de ponto de vista evolutivo. é importante destacar que a conquista do ambiente
terrestre pelos pelas algas somente foi estabelecida com a divisão de classes, sendo o
desenvolvimento do filo Chlorophyta, que abrange as algas verdes ou clorofíceas, encontradas
em ambiente terrestre húmido ou aquático. Esse é o grupo de algas mais diversificado, com
cerca de 17000 espécies, predominantemente de água doce.
Por mais seres eucariontes que estas sejam, possuem carioteca que separa o material genético
dos demais componentes celulares, podem ser microscópicos ou macroscópicos, e
unicelulares ou pluricelulares. Porém, não possuem a capacidade de formar tecidos complexos
e, embora sejam fotossintetizantes, são seres avasculares. São considerados organismos mais
primitivos que os vegetais, não possuindo raiz, caule e folhas verdadeiros.
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Referências Bibliográficas
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