Resumo - Psicossociais

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 5

Resumo: Psicossociais

Dominação
A dominação para Max Weber é um fenômeno social intrínseco a todas as
sociedades e presente em diversas relações sociais

Poder
Max Weber estabelece que o poder é a imposição da vontade de uma
pessoa ou instituição sobre os indivíduos. Quando alguém tenta, pela força
física, estatal, legal ou de autoridade, impor a sua vontade sobre indivíduos,
essa pessoa está exercendo o poder

Dominação x Poder
Esses dois elementos são como dois pólos de uma mesma concepção: o
poder é uma espécie de emissão, enquanto a dominação é uma espécie de
recepção
Enquanto o poder é o exercício da vontade sobre os indivíduos, a dominação
é a aceitação e a subordinação dos indivíduos ao poder exercido por alguém

Dominação legal
Esse tipo de dominação é a forma mais oficial de legitimidade da
dominação, pois ela estabelece-se por meio de uma convenção social
estabelecida entre os indivíduos de uma mesma sociedade. A sociedade
estabelece-se a partir de uma espécie de pacto entre os cidadãos para que
eles tenham garantidos os seus direitos naturais
São exemplos de dominação legal a força das leis, o emprego da força por
parte do Estado por meio da polícia e do exército contra a população e os
indivíduos, que, em sua maioria, em uma situação de normalidade social
(quando não há caos e crise) aceita o poder exercido por essas instituições

Dominação Tradicional
Essa forma de dominação é conferida pela forma do respeito à tradição. A
forma mais comum de estabelecimento dessa autoridade vem pelo sistema
patriarcal, que domina a sociedade, em que a figura do patriarca ou senhor
é uma figura de liderança e os submetidos a essa liderança são os seus
súditos ou servidores.
Podemos pegar vários exemplos de dominação tradicional ao interpretarmos
a obra de Weber. Um deles é a autoridade de Deus e a autoridade de um
sacerdote como o escolhido de Deus para transmitir a sua mensagem. Outro
exemplo é a família patriarcal, em que o líder exerce um poder que,
tradicionalmente, é obedecido

Dominação Carismática
Essa forma de dominação ocorre por meio da capacidade carismática que
uma pessoa tem de mobilizar as massas e comandar as pessoas.
Geralmente, os súditos desse tipo de pessoa conferem uma devoção ao líder
carismático não só pela sua personalidade de liderança, mas também pela
crença e pela fé.
O líder carismático detém uma espécie de força mística que faz com que os
seus seguidores depositem nele a esperança de uma mudança ou de uma
ação correta. É a forma de dominação mais instável, visto que de uma hora
para outra os súditos podem perder o encanto pelo líder carismático
Um exemplo desse tipo de dominação no Brasil ocorreu com o profeta
nordestino Antônio Conselheiro, que, por meio de sua capacidade de
liderança carismática, fundou a comunidade de Canudos, uma comunidade
alternativa no Nordeste contra o poder estabelecido dos coronéis. No
mundo, podemos eleger Hitler como uma personalidade que exerceu forte
dominação carismática na Alemanha nazista

Linguagem

A linguagem fornece ao sujeito a possibilidade de expressar o pensamento.


A linguagem dá forma ao conteúdo do pensamento, não se concebendo este
sem a forma linguística. Pensamento e linguagem são mutuamente
indispensáveis, já que o primeiro se materializa no segundo e este, por sua
vez, tem uma função de significação.
A criança nasce e cresce numa sociedade humana e são os adultos que lhe
transmitem o uso da palavra. A linguagem surge na criança por volta dos 2
anos de idade e desenvolve-se a par da formação do símbolo e da
construção do objeto, pressupondo a existência prévia de uma inteligência
sensoriomotora. O desenvolvimento do pensamento simbólico é universal,
manifestando-se em crianças de qualquer nacionalidade e cultura, pela
utilização de signos e símbolos. A criança vai descobrindo que cada coisa
tem um nome e que aprendendo-os consegue ordenar o mundo que a rodeia.
Progressivamente, vai tomando consciência da existência de uma relação
social que desenvolverá através da linguagem. Ou seja, através da
linguagem a criança está em contacto direto com a realidade.
Ideologia

Martín-Baró compreende que, em termos muito gerais, existem duas


definições diferentes de ideologia, uma funcionalista e outra marxista. Para
o autor, "A concepção funcionalista entende ideologia como um conjunto
coerente de ideias e valores que orienta e dirige uma determinada
sociedade e, portanto, que cumpre uma função normativa a respeito da
ação dos membros dessa sociedade". Por outro lado, a "concepção marxista
(que tem suas raízes em Maquiavel e Hegel) entende a ideologia como uma
falsa consciência em que se apresenta uma imagem que não corresponde à
realidade, a qual a encobre e justifica a partir dos interesses da classe social
dominante".
"A ideologia, entendida como o conjunto de esquemas pessoais que
traduzem a nível individual os interesses de uma classe social, faz ver e
analisar as situações de determinadas maneiras e orienta a determinados
comportamentos" (Martín-Baró)

A visão marxista compreende que a sociedade se configura pelo conflito


entre grupos com interesses contrapostos e que o indivíduo é
fundamentalmente um representante de sua classe social. A corrente do
estruturalismo marxista, principalmente desenvolvida por Louis Althusser
(1968), concebe a ideologia como um sistema ou estrutura que se impõe e
atua através dos indivíduos, porém sem que os indivíduos configurem por
sua vez essa ideologia. Trata-se de uma totalidade atuante, porém, sem
sujeito propriamente dito, já que, na ideologia assim entendida, o sujeito
atua na medida em que é "atuado", 'Os homens vivem suas ações, referidas
comumente pela tradição clássica à liberdade e à consciência, na ideologia,
através e pela ideologia'
Desse modo, a ideologia, afirma Martín-Baró, cumpre um conjunto de
funções, que seriam: "oferecer uma interpretação da realidade, subministrar
esquemas práticos de ação, justificar a ordem social existente, legitimar
essa ordem como válida para todos, quer dizer, dar categoria de natural ao
que é simplesmente histórico, exercer na prática a relação de domínio
existente e reproduzir o sistema social estabelecido".
Ideologia
Dispositivo que tem como função a alienação.
A alienação é necessária para manter as relações sociais do jeito que são,
para que não
haja mudanças no sistema.
A alienação visa esconder:
● que há uma divisão social;
● que há diferenças entre os detentores da força de produção e dos donos
dos meios de produção
● Justifica a violência e a marginalização.

Alienação
É possível afirmar que o autor compreende alienação como o estado em que
uma classe social expressa os interesses da classe dominante em detrimento
de seus próprios interesses. Afirma que a relação entre pertencimento
objetivo a uma classe social e psicologia de classe pode mostrar uma
importante dimensão social na existência das pessoas: seu grau de
autenticidade ou seu grau de alienação" Essa definição remete-se à
alienação como fenômeno objetivo e subjetivo, o qual, segundo o próprio
autor, sustenta-se no diálogo com as perspectivas de Marx, Alain Touraine e
Paulo Freire.

Identidade
A identidade é uma construção dinâmica da unidade da consciência de si,
através das relações subjetivas, das comunicações, da linguagem e das
experiências sociais. É um processo ativo, afetivo e cognitivo de
representação de si no ambiente envolvente, o que implica a existência de
um sentimento subjetivo de permanência e de continuidade.

Representação de um indivíduo.
Ainda que seja individual, ela nasce de uma história coletiva.
Nasce da pergunta “quem sou eu?”.
A partir dessa pergunta, pode-se obter dois tipos de resposta:

Primeira resposta:
Que a identidade é regular
Perene, resistindo ao tempo sem nenhuma alteração;
Única
E que o que escapa dela é visto como patológico ou atípico.
Nesse sentido a identidade passa a obter um conceito de essência, ao qual
existe algo no
ser que o qualita a ser quem é.

Segunda resposta:
Identidade como um processo que não se acaba,
sendo moldável e passível de mudanças
onde o eu é construído por e nas relações sociais
Sendo complexo, ambivalente e contraditória em alguns casos, assim como a
sociedade

Você também pode gostar