Resumo de História

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Resumo de História – 7º ano

As grandes navegações Ou Expansão Marítima foi um movimento que ocorreu na


Europa, a partir do século XV, quando países europeus se lançaram na conquista dos
mares. Vários fatores estimularam a conquista dos mares, entre eles a catequese, pois a
Igreja Católica desejava conquistar novos fieis para compensar as perdas com a
Reforma Protestante.
Além disso, as tecnologias de navegação estavam em grande grau de avanço. Alguns
inventos, como bússola, astrolábio e a caravela tornavam as viagens mais seguras. Os
reis desejavam conquistar novas terras, base do mercantilismo europeu na época. A
criação de colônias podia significar aumento das riquezas e a possibilidade de acumular
metais preciosos. Enfim, podemos destacar a busca por especiarias, ou seja, temperos
como canela, cravo e pimenta-do-reino que custavam caro e foram uma das principais
causas da expansão marítima. Podemos dizer que o grande fator motivador para essas
viagens era encontrar uma nova rota para chegar até as Índias.

Rotas das especiarias


No decorrer do século XV, as rotas mais conhecidas para buscar especiarias eram a rota
por terra ou via Mar Mediterrâneo. A rota por terra era dominada, geralmente, por
árabes muçulmanos. Além disso, o percurso era muito grande, o que desestimulava a
burguesia.
A rota pelo Mar Mediterrâneo era dominada pelos italianos – especialmente as cidades
marítimas de Gênova e Veneza. Assim, cabia aos navegadores buscar uma rota
alternativa. A escolha foi o Oceano Atlântico.

Riscos de navegação
Navegar no Oceano Atlântico não era tarefa fácil. Este oceano era conhecido como Mar
Tenebroso, pois havia a ideia de que era habitado por monstros marinhos. Além disso,
alguns acreditavam na ideia da Terra Plana. Assim, em determinado ponto da viagem,
as embarcações cairiam em um abismo sem fim.

Além das superstições, os navegadores enfrentavam outras ameaças. Problemas como


fome, sede, doenças, tempestades e até motins ofereciam perigos reais. Desta forma, das
embarcações que partiam, poucas retornavam.

Pioneirismo português
Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de
condições. Para começar, Portugal foi uma das primeiras monarquias nacionais da
Europa.

A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou


muito Portugal. Este país tinha o litoral voltado para o oceano Atlântico.

As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram


desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações.
Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da
burguesia e da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar.

Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses
chegaram a criar até mesmo um centro de estudos: A Escola de Sagres.

Navegações portuguesas
As condições apontadas anteriormente favoreceram a conquista dos mares pelos
portugueses. Neste contexto, vários navegadores lusitanos se destacaram. Bartolomeu
Dias chegou ao sul da África em 1488, no local denominado Cabo das Tormentas. Este
local foi, futuramente, denominado Cabo da Boa Esperança.

Vasco da Gama foi o primeiro navegador a atingir a Índia, em 1498. Trouxe um grande
carregamento de especiarias.

Pedro Álvares Cabral saiu de Portugal em março de 1500 com 13 caravelas. No dia 22
de abril de 1500 os portugueses avistaram um monte ao qual deram o nome de Monte
Pascoal (era domingo de Páscoa), hoje localizado em Porto Segura na Bahia.

Vários documentos foram escritos para relatar a chegada dos portugueses as novas
terras, mas bem poucos foram preservados até a atualidade, a carta do escrivão Pero Vaz
de Caminha é o mais detalhado, é tido como a certidão de nascimento do Brasil.

Após oito dias nas no novas terras os portugueses seguiram até a Índia. A ideia
predominante atualmente é que esta vinda ao Brasil foi intencional.

Navegações espanholas
A Espanha entrou atrasada em relação à Portugal na conquista dos mares, pois estava
expulsando os muçulmanos de seu território, na chamada Reconquista. Conscientes
deste atraso, os reis católicos Fernando e Isabel contrataram navegadores espanhóis e de
outras nacionalidades para navegar em nome da coroa espanhola.

Cristóvão Colombo era genovês, mas navegou em nome da coroa espanhola. Propôs a
chegada na Índia navegando em sentido Oeste, mas acabou alcançando a América, em
1492. Fernão de Magalhães era português, mas navegou pela Espanha. Comandou a
expedição que efetuou a primeira circum-navegação do planeta, partindo em 1519.

Divisão do mundo
A expansão marítima gerou uma disputa, entre Portugal e Espanha, pelas terras da
América, chamada de Novo Mundo. Para dividir as terras conquistadas, foram criados
dois documentos. A Bula Intercoetera foi assinada em 1493, pelo papa Alexandre VI, e
dividia as novas terras através de um meridiano situado a 100 léguas da ilha de Cabo
Verde. Portugal não se beneficiava com esta divisão, e exigiu um novo documento.
Assim, em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que estabelecia um meridiano
situado a 370 léguas de Cabo Verde. Vale ressaltar que estes documentos foram
questionados por outros países europeus – como França, Holanda e Inglaterra – que não
participaram desta divisão.

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