Redes Industriais
Redes Industriais
Redes Industriais
REDES INDUSTRIAIS
José Eugênio de Mira
Redes industriais
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2019
2
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Editorial
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ISBN 978-85-522-1564-6
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2019
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3
Redes industriais
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina___________________________________________________ 05
5
Histórico de Redes Industriais
Autor: Giancarlo Michelino Gaeta Lopes
Objetivos
7
Os componentes principais de um sistema de comunicação são: a
mensagem, o emissor, o receptor e o meio de transmissão, como
mostra a Figura 1:
ASSIMILE
Como observado, o computador e o telefone celular
apareceram tanto como elemento emissor quanto
receptor. Isso mostra que o mesmo dispositivo pode
enviar ou receber mensagens, dependendo de sua função
e forma como está configurado em determinada situação.
8
Figura 1 – Componentes principais de um sistema de comunicação
9
A comunicação de dados nem sempre ocorre de forma ideal ou
esperada. Para que uma comunicação de dados seja eficiente, o
sistema deve atender alguns requisitos, como:
10
O acionamento dessas máquinas era feito, inicialmente, de forma
manual ou por dispositivos mecânicos.
11
e a baixa capacidade de processamento limitaram sua
utilização.
12
entrada conectada ao controlador, utilizando cabos separados. A Figura
3 apresenta, de forma simplificada, o exemplo de um sistema conectado
de forma centralizada.
13
puderam estar conectados a um mesmo barramento de campo. A Figura
4 ilustra um sistema com barramento de campo.
14
Figura 5 – Esquema simplificado de um sistema com barramento de
campo distribuído
15
implementação para protocolos aberta de forma mais integral. Esse tipo
de sistema também admite o uso de diferentes tipos de comunicação,
além de não apresentar restrições em relação à topologia de rede.
Também permite a conexão de mais de uma rede, como mostra
a Figura 6.
16
frequency shift keying) sobre o sinal analógico 4-20 mA, criando uma
comunicação bidirecional entre os dispositivos, permitindo uma
instrumentação e controle mais precisos do processo.
Por sua vez, por volta de 1990, surgiu a rede AS-Interface, com o intuito
de tornar os equipamentos de determinados grupos de empresas
compatíveis, culminando na criação da AS-International Association.
Atualmente, essa associação padroniza e certifica, internacionalmente,
sistemas e produtos.
17
compartilhamento de recursos físicos, ocorre o compartilhamento de
informações, segundo Tanenbaum (2003). Isso faz com que possíveis
ataques de segurança de redes possam influenciar grandemente
a produção em uma indústria. Por isso, fatores de proteção à rede
também devem ser planejados durante sua implementação.
TEORIA EM PRÁTICA
Reflita sobre a seguinte situação: você trabalha como
engenheiro em uma indústria e seu superior pediu para que
realizasse um estudo da planta atual, principalmente, em
relação às conexões entre dispositivos de entrada e saída, e
controlador. Após realizar uma inspeção do principal setor
da fábrica, você chegou ao esboço da Figura 7, que mostra
os onze sensores (S), cinco atuadores (A) e um controlador
(C) encontrados.
18
Considere possível a mudança na tecnologia do
sensor e atuador, bem como mudanças no número de
controladores.
Figura 7 – Disposição de sensores e atuadores em relação
ao controlador 1
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
19
afirmativas abaixo e classifique como verdadeiras (V) ou
falsas (F):
a. F – F – V – F.
b. F – V – F – V.
c. F – V – F – F.
d. V – F – V – F.
e. V – F – V – V.
A – Entrega.
B – Precisão.
C–Sincronização.
20
Considere as afirmações a seguir:
a. I – A; II – B; III – C.
b. I – C; II – B; III – A.
c. I – B; II – C; III – A.
d. I – A; II – C; III – B.
e. I – B; II – A; III – C.
21
d. Em um sistema de barramento de campo, diversos
sensores, atuadores e controladores podem estar
conectados a um mesmo barramento.
e. Em um sistema barramento de campo, para
acrescentar um novo instrumento, é necessário
apenas conectar o novo instrumento ao barramento
que interliga os instrumentos.
Referências Bibliográficas
ALVES, J. L. L. Instrumentação, controle e automação de processos. 2. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2017.
FOROUZAN, Behrouz A. Comunicação de dados e redes de computadores. 3. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2006.
FRANCHI, C. M. Instrumentação de processos industriais – Princípios e
aplicações. 1.ed. São Paulo: Érica, 2015.
LUGLI, A. B., SANTOS, M. M. D. Sistemas FIELDBUS para automação industrial:
DeviceNet, CANopen, SDS e Ethernet. 1. Ed. São Paulo: Érica, 2009.
MORAES, C. C. de; CASTRUCCI, P. de L. Engenharia de automação industrial. 2.ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2010.
TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: E.
Resolução: A sequência correta é V-F-V-V. A afirmação I é
verdadeira, pois o controlador é um elemento que pode tanto
receber quanto enviar dados. A afirmação II é falsa, pois o modo
que permite transmitir ou receber os dados de forma simultânea
é o o modo full-duplex. A afirmação III é verdadeira. A afirmação IV
também é verdadeira.
22
Questão 2–Resposta: D.
Resolução: Entrega (A) consiste em entregar a mensagem para o
receptor esperado (I), e somente para ele; precisão (B) consiste em
entregar a mensagem correta para o receptor (III), sem alterações
indesejadas durante a transmissão; sincronização (C) consiste em
entregar a mensagem no tempo correto para o receptor (II). Assim,
a relação correta é I – A; II – C; III – B.
Questão 3 – Resposta: A.
Resolução: A alternativa A apresenta uma afirmação incorreta,
portanto, representa a exceção. Em sistema centralizado sem
barramento de campo, o número de entradas/ saídas do
controlador deve ser proporcional ao número de elementos
associados a ele. As demais afirmativas são verdadeiras.
23
Estrutura e Configurações de
Redes Industriais
Autor: Giancarlo Michelino Gaeta Lopes
Objetivos
25
O nível 1 é caracterizado pelos dispositivos elementares para o
funcionamento da indústria, sem os quais a planta funcionaria mesmo
se não houvesse automação. Exemplos desses dispositivos são máquinas
e motores, sensores analógicos e digitais, e esteiras de montagem.
26
é possível gerar relatórios da produção, avaliar estatisticamente os
processos, controlar e obter informações sobre índices de qualidade e
aplicar algoritmos para obter uma operação ótima.
27
industriais, podendo ser utilizadas também em redes domésticas,
por exemplo.
Tempo de Frequência de
Tipo de rede Volume de dados
transmissão transmissão
Redes
MBytes. Hora/ minutos. Dia/ turno.
corporativas.
28
arquiteturas de redes que sejam robustas e adaptáveis. Esse modelo
apresenta sete camadas, como mostra o Quadro 2.
7 Aplicação.
6 Apresentação.
5 Sessão.
4 Transporte.
3 Rede.
2 Enlace.
1 Física.
29
• Camada de rede: refere-se ao controle da rota que os dados
percorrerão, realizando o endereçamento lógico e o roteamento.
30
Quadro 3 – Configurações e classificações de redes industriais
Par trançado.
Coaxial.
Meio físico de transmissão.
Fibra ótica.
Ondas de rádio.
Anel.
Topologia de rede. Barramento.
Estrela.
Mestre-escravo.
Modelo de rede.
Produtor-consumidor.
Serial.
Transmissão dos dados.
Paralela.
Token passing.
Mudança de estado.
31
a sincronização dos bits. As classificações mostradas no quadro serão
discutidas com mais detalhes a seguir.
32
PARA SABER MAIS
O tipo de meio físico e sua configuração está altamente
relacionado com a taxa de transmissão. O Quadro 4 mostra
algumas categorias de UTP e é visível a diferença de taxas
de transmissão alcançáveis. A categoria mais popular é a 5,
chamada de Cat5, que possui capacidade para velocidades
de até 1 Gbps, com segmentos de cabo de até 100 m.
Atualmente, a categoria mais utilizada é a 5, que possui
algumas subcategorias, sendo a ‘e’ a mais comum.
Categoria 1. Telefone.
Categoria 2. 4 Mbps.
Categoria 3. 10 Mbps.
Categoria 4. 16 Mbps.
Categoria 5. 1 Gbps.
33
• Coaxial: possui um fio condutor concêntrico a outro fio, sendo
isolados entre si. Esse tipo de cabo possui alta imunidade
a interferências e pode suportar mais distâncias do que o
par trançado.
34
Para superar essa desvantagem, quando se adota uma topologia
estrela, comumente são utilizados dois processadores com a
mesma funcionalidade.
35
ASSIMILE
Teoricamente, a transmissão paralela aumenta a velocidade
de transferência de dados em relação à transmissão serial
por um fator correspondente ao número de bits que podem
ser enviados simultaneamente. Contudo, atualmente,
existem tecnologias seriais que possuem velocidades de
transferência mais altas que as paralelas. Como exemplo,
pode-se citar a tecnologia SATA (serial), que substituiu a
IDE (paralela) na comunicação do HD com o restante do
computador.
36
• Mudança de estado: os dados são produzidos apenas quando
ocorre uma alteração no estado do dispositivo. Esse algoritmo
reduz a quantidade de dados trafegados na rede, em determinado
período de tempo.
TEORIA EM PRÁTICA
Existem diversos protocolos de comunicação disponíveis,
atualmente. que podem ser utilizados em redes industriais.
Um deles é o Controller Area Network (CAN), que é um
protocolo de comunicação serial síncrono, que pode ser
utilizado em veículos automotivos e em indústrias.
37
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. F – V – F – V.
b. V – V – F – V.
c. F – F – V – F.
d. V – F – V – V.
e. V – F – V – F.
38
2. Um modelo genérico para protocolos de comunicação
é o modelo Open Systems Interconnection (OSI), que
apresenta sete camadas: física, enlace, rede, transporte,
sessão, apresentação e aplicação. As redes industriais,
comumente, utilizam apenas três dessas camadas.
Quais são elas?
Referências Bibliográficas
BARRETT, D.; KING, T. Redes de computadores. 1.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
CASSIOLATO, C. Redes industriais. [s.d.]. Disponível em: http://www.smar.com/
newsletter/marketing/index150.html. Acesso em: 04 nov. 2019.
FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 3. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006.
39
MORAES, C. C. de; CASTRUCCI, P. de L. Engenharia de automação industrial. 2. ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2010.
TANENBAUM, A. S. Redes de computadores. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
TERGOLINA, R. L. Meios de transmissão. 2015. Disponível em: http://www.
politecnica.pucrs.br/professores/tergolina/Redes_e_Protocolos_Industriais/
APRESENTACAO_-_Aula_03_Meios_de_Transmissao.pdf. Acesso em: 04 nov. 2019.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: A.
Resolução: A primeira afirmação é falsa, pois, em redes de
sensores, o tempo de transmissão deve ser baixo e a frequência
de transmissão deve ser alta. A segunda alternativa é verdadeira. A
terceira é falsa, pois os protocolos Fieldbus H1, CAN, Profibus (DP e
PA), Hart, LonWorks e Interbus dizem respeito às redes de campo.
Os protocolos de redes de célula seriam ControlNet, Profibus
FMS e Fieldbus HSE. A quarta afirmação é verdadeira. Portanto, a
sequência correta é F-V-F-V (letra A).
Questão 2 – Resposta: E.
Resolução: Em geral, as redes industriais apresentam apenas
as camadas física, de enlace e de aplicação, mostrando que são
versões bem simplificadas do modelo OSI. Portanto, a alternativa E
é a correta.
Questão 3–Resposta: B.
Resolução: A resposta dessa questão pode ser obtida por meio
da observação do Quadro 3, chegando à conclusão de que a
única alternativa correta é a letra B. A letra A está incorreta, pois o
barramento é uma topologia física de rede, não um meio físico. Um
meio físico seria um par trançado ou um cabo coaxial, por exemplo.
A letra C está incorreta, pois estrela também é um tipo de topologia
de rede. Um modelo de rede seria mestre-escravo ou produtor-
40
consumidor. A letra D está incorreta, pois produtor-consumidor
é um modelo de rede. A letra E está incorreta, pois pooling é um
algoritmo de troca de dados. Um modo de transmissão de dados
seria o serial ou paralelo, por exemplo.
41
Tecnologia de Informação
aplicada a Sistemas de
Automação
Autor: Giancarlo Michelino Gaeta Lopes
Objetivos
2. Sistemas supervisórios
43
Figura 1 – Componentes da automação empresarial
44
e da manufatura. A principal delas é representada pelos sistemas
supervisórios, que podem ser definidos como “sistemas digitais
de monitoração e operação da planta que gerenciam variáveis de
processo”, segundo Moraes e Castrucci (2010, p.117). Essas variáveis
sofrem constante atualização e comumente são armazenadas em
bancos de dados.
45
Durante a comunicação, cada estação remota responde ao mestre
somente após o pedido de comunicação. Se não responde durante
um limite de tempo tolerado, são feitas novas tentativas de leitura.
Caso continuem não respondendo, um time-out é declarado. O Quadro
1 apresenta algumas das vantagens e desvantagens desse tipo de
comunicação.
Vantagens Desvantagens
46
Para que ocorra a comunicação dos dados, é necessário que o meio
de transmissão esteja livre, permitindo a comunicação com a estação
central. Caso contrário, deve-se aguardar a liberação do meio ou uma
leitura por varredura. O Quadro 2 apresenta algumas das vantagens e
desvantagens desse tipo de comunicação.
Vantagens Desvantagens
47
Quando em uma planta existe mais de um computador operando, é
necessário definir a maneira de adquirir dados dos controladores e
demais equipamentos presentes no chão de fábrica. Uma forma de
organização é acessar os dados dos CLPs por meio de um sistema
SCADA, e este distribuir os dados para outros sistemas, por meio de uma
rede própria e diferente da rede de CLPs.
Ademais, para que o sistema supervisório possa atuar, o CLP envia seus
sinais acompanhados de TAGs que informam o endereço do CLP e o tipo
de TAG, entre outras informações. Alguns tipos de TAG são:
48
3. Desenvolvimento e configuração dos sistemas
supervisórios
ASSIMILE
As principais variáveis que podem ser objetivo de controle
podem ser do tipo térmica (como temperatura), força (como
pressão), radiação, quantidade (como volume), taxa de
variáveis (como vazão) e elétricas (como corrente), segundo
Balbinot e Brusamarello (2011).
49
Variáveis do processo: as diferentes variáveis são indicadas por uma
etiqueta, utilizada nas listas de compra, nas listas de etiquetas do
sistema supervisório, na identificação do equipamento físico e nos
documentos de projeto.
• Descrição funcional.
50
Planejamento de alarmes: definir o que é uma operação normal e o
que é uma operação anômala ou não permitida. Assim, são definidos
os valores e eventos que dispararão os alarmes (que podem ser visuais,
sonoros, mensagens escritas, entre outros). Também é preciso definir
as informações descritivas, tais como o valor que disparou o alarme, o
momento de disparo, o momento de reconhecimento e quem atendeu
ao alarme.
51
• Tendências: mostram algumas variáveis de forma simultânea em
gráficos, apresentando tanto valores históricos quando valores em
tempo real.
52
permite desenvolver modelos preditivos baseado em experiências
anteriores, que podem auxiliar enormemente na automação dos
processos, como, por exemplo, predizer a quantidade de materiais
que serão utilizados em determinado dia ou então predizer falhas.
53
• Integração de sistemas vertical e horizontalmente: os sistemas
passam a ter uma maior interoperabilidade, proporcionando maior
automação.
54
• RFID, que permite a rastreabilidade.
TEORIA EM PRÁTICA
Um sistema supervisório foi projetado por um funcionário
que ocupava sua função anteriormente dentro da indústria.
Ao tomar contato com o sistema, você percebeu que uma
parte de uma tela de grupo (Figura 3) apresentava campos
para cinco variáveis não identificadas (valores de 1 a 5) e
não documentadas.
55
Considerando os elementos presentes e que se deseja
reaproveitar a tela, quais parâmetros poderiam estar
associados a cada valor? A qual componente (ventilador,
motor, válvula ou tanque) corresponderia a variável? Qual a
unidade de medida de cada um desses valores?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
56
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a. F – V – F – V.
b. V – V – F – V.
c. F – F – V – F.
d. F – F – V – V.
e. V – F – V – F.
57
deles é a (o) __________, que permite a concatenação e
armazenamento de diferentes informações advindas
de diferentes fontes (como equipamentos e sistemas
de gestão). Outro pilar é a (o) __________, que permite o
compartilhamento de informações e uso de recursos de
forma remota.
Referências Bibliográficas
ALBERTIN, A. L. Administração de informática: funções e fatores críticos de
sucesso. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2004.
BALBINOT, A.; BRUSAMARELLO, J. V. Instrumentação e fundamentos de medidas.
v. 1. 2. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
CASSIOLATO, C. Redes industriais. 2011. Disponível em: http://www.smar.com/
newsletter/marketing/index150.html. Acesso em: 4 nov. 2019.
GAIDZINSKI, V. H. A tecnologia da informação no chão de fábrica: as novas
ferramentas e a gestão integrada da informação. 2003. Dissertação (Mestrado
em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2003.
HARADA, E. Indústria 4.0: entenda quais são as tecnologias e os impactos da
Quarta Revolução Industrial. 2019. Disponível em: https://www.profissionaisti.
com.br/2019/02/industria-4-0-entenda-quais-sao-as-tecnologias-e-os-impactos-da-
quarta-revolucao-industrial/. Acesso em: 04 nov. 2019.
MORAES, C. C. de; CASTRUCCI, P. de L. Engenharia de automação industrial. 2. ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2010.
58
PEREIRA, A.; SIMONETTO, E. de O. Indústria 4.0: conceitos e perspectivas para o
Brasil. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 2018.
VENTURELLI, M. Indústria 4.0: uma visão da automação industrial. 2014. Disponível
em: https://www.automacaoindustrial.info/industria-4-0-uma-visao-da-automacao-
industrial/. Acesso em: 04 nov. 2019.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: C.
Resolução: A afirmação 1 está incorreta, pois como a leitura é
feita ciclicamente, o escravo deve aguardar sua vez de leitura para
informar sobre novas ocorrências. A afirmação 2 também está
incorreta, pois a comunicação por interrupção permite que dois
escravos se comuniquem sem intermédio da estação central. A
afirmação 3 está correta, pois quanto maior o número de escravos,
mais lenta será a repetição do ciclo. A afirmação 4 está incorreta,
pois o acesso é determinístico apenas na comunicação por
varredura. Assim, a sequência correta é a alternativa C.
Questão 2 – Resposta: C.
Resolução: A afirmação contida na letra C corresponde a uma
tela de malha, não de detalhe. Uma tela de detalhe mostra os
equipamentos de forma individual, devendo permitir a mudança de
parâmetros.
Questão 3–Resposta: B.
Resolução: As lacunas podem ser preenchidas corretamente, e
respectivamente, pelas palavras Big Data e computação em nuvem
(alternativa b). As outras palavras também são tecnologias relativas
à indústria 4.0, porém, possuem outro significado.
59
Arquiteturas de redes industriais
Autor: Giancarlo Michelino Gaeta Lopes
Objetivos
2. Fieldbus
Esse protocolo pode ser utilizado tanto para redes de sensores, quanto
para redes de célula. A primeira é denominada Fieldbus H1, podendo
tranmitir a uma taxa de 31,25 kbits/s. A segunda é denominada Fieldbus
High Speed Ethernet (ou Fieldbus HSE), podendo operar a uma taxa de
100Mbits/s.
61
Conjunto de pares
C 400 Desconhecida 8
não blindados.
62
3. Profibus
Menor do Menor do
Tempo de reação. 1 a 5 ms.
que 60 ms. que 60 ms.
Camadas do
3 a 7. 3 a 7. 3 a 6.
modelo OSI vazias.
63
O meio físico utilizado pode ser RS485, RS 485-IS, fibra ótica ou
Manchester code, bus powered (MBP). A Tabela 3 apresenta uma
comparação de taxa de transmissão, cabeamento, topologia, número de
estações e aplicações entre os meios físicos.
Taxa de
9,6 a 9,6 a 9,6 a
transmissão 31,25.
12000. 1500. 12000.
(kbits/s).
Fibra de
vidro
Cabeamento. STP. STP – 4 fios. STP. multimode
ou monomodo,
plástico.
32 sem 32 sem
32 por 126 por rede.
Número de repetidor, repetidor,
segmento,
estações. 126 com 126 com
126 por rede.
repetidor. repetidor.
Fornece
Pode ser
Mais comum, alimentação Grandes distâncias
utilizado
fornece altas pelo ou ambientes com
Aplicação. em áreas
taxas de barramento e muitainterferência
potencialmente
transmissão. segurança aos eletromagnética.
explosivas.
dispositivos.
Fonte: adaptada de Moraes e Castrucci (2010, p.174).
64
o algoritmo de troca de dados utilizado é o token passing. A
comunicação dos mestres com os escravos ocorre por varredura.
4. Profinet
ASSIMILE
A Ethernet é de um protocolo de camada física para
conexão de rede, que, em geral, possui ainda as camadas
de rede IP, TCP ou UDP na camada de transporte e
ainda possui camada de aplicação. Inicialmente, esse
protocolo possuía aplicabilidade limitada no ambiente
industrial devido a necessidade de dois cabos, um para
a comunicação e outro para a alimentação. Contudo,
foi criado o padrão PoE (do inglês, Power over Ethernet,
que significa alimentação via Ethernet). Nesse padrão, a
transmissão e recepção podem ocorrer simultaneamente,
utilizando uma modulação em amplitude sobreposto ao
nível de contínuo de alimentação dos módulos.
65
O meio físico empregado na rede Profinet é o Ethernet. A taxa de
transmissão pode chegar até 1 Gbit/s. As topologias de rede, que
podem ser utilizadas nesse protocolo, são estrela, árvore, anel e
barramento. Além disso, podem existir subseções na rede que
combinem topologias diferentes. O modelo de rede desse protocolo é
produtor-consumidor. Além disso, permite mais de 150 estações.
5. ControlNet
66
dispositos e acrescentar ou remover entradas e saídas, segundo
Pimentel (2013).
• Somente ouvir: apenas pode ser feita uma conexão com uma
conexão proprietária ativa.
67
As topologias aceitas por esse protocolo são barramento, árvore e
anel. Também há um nó keeper que guarda os parâmetros utilizados
pela rede. Alem disso, todos os pacotes seguem uma organização
específica para serem transmitidos. A Tabela 1 ilustra essa
organização:
68
Figura 1 – Organização dos pacotes no ControlNet
69
exemplifica uma sequência de dados binários transformada
em código Manchester.
TEORIA EM PRÁTICA
O protocolo Profibus é largamente utilizado em redes
industriais devido as suas características e sua robustez.
Entretanto, para que o sistema funcione devidamente, é
necessário que sejam seguidos alguns critérios em sua
definição, projeto e instalação.
70
sua equipe estão determinando qual protocolo de rede
utilizar na comunicação dos dispositivos. Você sugeriu a
utilização do protocolo Profibus DP. Assim, considerando a
estrutura da rede e os dispositivos apresentados na Figura
3, você deve determinar como deve ser feita a instalação
dessa rede. Como devem ser feitos os ramais e conexões?
Como evitar a reflexão dos sinais e como configurar os
terminadores e conectores? É necessário ter atenção em
relação a blindagem e aterramento?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
71
( ) O MBP fornece alimentação pelo barramento e
segurança aos dispositivos.
a. F – V – F – V.
b. V – V – V – F.
c. F – F – V – F.
d. F – F – V – V.
e. V – F – V – F.
A–Tempo real.
B–Tempo real isócrono.
C–Não em tempo real.
72
II–Entre 0,1 e 0,01 segundo.
a. I – A; II – B; III – C.
b. I – C; II – A; III – B.
c. I – B; II – C; III – A.
d. I – C; II – B; III – A.
e. I – B; II – A; III – C.
73
Assinale a alternativa que indica quais afirmativas
estão corretas:
a. Somente IV.
b. Somente I e IV.
c. Somente I, II e III.
d. Somente II, III e IV.
e. I, II, III e IV.
Referências Bibliográficas
ALLEN-BRADLEY. Product Developer’s Guide. 1997. Disponível em: https://
www.elkosisotomasyon.com/download/ALLEN%20BRAEDLEY/ALLEN%20
BRAEDLEY_9220-um051_-en-p.pdf. Acesso em: 05 nov. 2019.
FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 3. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2006.
MORAES, C. C. de; CASTRUCCI, P. de L. Engenharia de automação industrial. 2.
ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
OLIVEIRA, V. de S. L. Protocolo de Comunicação Profinet para Redes de
Automação. Monografia (Graduação em Engenharia Elétrica) – Escola Politénica
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Rio de Janeiro, 2016.
PIMENTEL, J. Alteração da topologia de rede de ControlNet para Ethernet/IP
para a estação de controle mestre de um sistema de produção submarino.
2013. Monografia (Especialização em Automação Industrial) – Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2013.
TERGOLINA, R. L. Meios de transmissão. 2015. Disponível em: http://www.
politecnica.pucrs.br/professores/tergolina/Redes_e_Protocolos_Industriais/
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Acesso em: 05 nov. 2019.
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Associação Profibus Brasil, 2019. Disponível em: http://www.profibus.org.br/
artigos_tecnicos/diretrizes-para-projeto-e-instalacao-de-redes-profibus-dp.
Acesso em: 05 nov. 2019.
WELLS, C. J. ControlNet. 2009. Disponível em: http://www.technologyuk.net/
telecommunications/industrial-networks/controlnet.shtml. Acesso em: 05
nov. 2019.
74
Gabarito
Questão 1 – Resposta: B.
Resolução: O meio físico RS485 utiliza cabeamento STP, topologia
em barramento e taxa de transmissão de 9,6 a 1200 kbits/s. O
meio físico RS485-IS utiliza cabeamento STP-4 fios, topologia em
barramento e taxa de transmissão de 9,6 a 1500 kbits/s. O meio
físico MBP utiliza cabeamento STP, topologia em barramento ou
árvore e taxa de transmissão de 31,25 kbits/s, além de fornecer
alimentação pelo barramento e segurança aos dispositivos. Por
fim, o meio físico fibra ótica utiliza cabeamento de fibra de vidro
multimodo ou monomodo, permite topologia em estrela, anel ou
barramento, e permite taxas de transmissõa de 9,6 a 12000 kbits/s.
Portanto, a única afirmativa incorreta é a quarta, resultando na
sequência V – V – V–F como correta.
Questão 2 – Resposta: B.
Resolução: Como visto para a Profinet, aplicações não em tempo
real (C) são utilizadas quando o tempo de ciclo não é crítico,
podendo aguardar mais de 0,1 s (I); aplicações em tempo real (A)
são utilizadas quando o tempo de ciclo é crítico, podendo aguardar
entre 0,1 e 0,01 s (II); aplicações em tempo real isócrono (B) são
utilizadas quando o tempo de ciclo é bastante crítico, podendo
aguardar menos de 0,001 s (III). Assim, a alternativa correta é
a letra b).
Questão 3–Resposta: C.
Resolução: A afirmativa IV está incorreta. O algoritmo de troca de
dados do protocolo Controlnet é o Concurrent Time Domain Media
Access (CTDMA) e não o TDMA. Nesse sentido, as mensagens são
transmitidas no momento agendado e é um sistema determinístico.
Assim, a alternativa correta é aquela que indica as afirmações I, II e
III como corretas.
75
Protocolo Foundation Fieldbus e
os protocolos Ethernet Industrial
Autor: José Eugênio de Mira
Objetivos
77
o SP50 também é baseado no modelo de camadas OSI (Open System
Interconnection), que separa características físicas (como o tipo do
cabeamento e conectores), e lógicas (como o tamanho e o tipo do
quadro de dados), em diferentes camadas.
78
sensorbus, os tipos de dados enviados podem ser de tipos diversos.
Por exemplo, pode-se enviar tanto um dado de leitura analógica (uma
variação de uma tensão elétrica em um sensor) como um dado digital
(uma leitura de um sinal binário), por exemplo. De fato, essa velocidade
de transmissão menor se dá por conta da formação do quadro de
informação, que deve conter informações como a origem e o destino
dos dados.
ASSIMILE
Imagine que os dados são como cartas ou bilhetes. Enviar
um bilhete para o colega na carteira ao lado é fácil, porém,
ao enviar cem bilhetes é necessário que se coloque o
nome e qual a posição dele em sala de aula. Imagine então
enviar mil cartas para pessoas de diferentes cidades? Além
do nome completo, é preciso identificar os endereços de
cada uma, além de proteger o conteúdo com envelopes,
e colocar a identificação do remetente. Os protocolos de
comunicação de alto nível funcionam como cartas dentro
de envelopes, que geram um volume maior de dados para
facilitar a organização desses.
79
Figura 1 – Separação de redes
80
Abaixo, um pouco mais sobre as características do Foundation
Fieldbus, segundo Smar, 2019):
81
ASSIMILE
Em redes de computadores, representar os bits 0 e 1
pode parecer uma tarefa simples, mas é um pouco mais
complicada. Primeiro, porque diferentes computadores
podem ter diferentes níveis de tensão. Segundo, porque
cada equipamento da rede funciona com um clock ou
relógio interno diferente. Ou seja, além de ter níveis de
tensão padrão, também é preciso sincronizá-los. Uma
forma de resolver isso, é representar o bit 1 com uma
tensão positiva (por exemplo +1 volt) e o 0 com uma tensão
negativa (-1 volt) e embutir um clock de sincronização no
próprio processo de transmissão, conforme a Figura 2:
82
controle proporcional, integral e derivativos, os populares controles
PIDs), de forma que se faça a distribuição de funções de equipamentos
de campo de diferentes fabricantes, de forma integrada. Além disso,
essa distribuição permite reduzir a quantidade de dispositivos de
entrada e saída (I/Os) e também diminui a necessidade de fontes de
alimentação e gabinetes de comando.
83
vieram depois, como o Profibus, o Ethenert Industrial e o CAN. Em
relação ao meio físico, ou seja, os tipos de cabeamento e conexões
utilizados, o protocolo Foundation possui dois padrões, o H1 e o HSE. O
Quadro 1 faz um comparativo e mostra a relação entre eles.
H1 HSE
Distância
1900 m 100 m
(por segmento)
84
Figura 3 – Topologia Estrela e Barramento e o uso de terminadores no
Foundation
Surgido nos anos 70, o padrão ethernet foi desenvolvivo por dois
cientistas da Xerox PARC, Bob Metcalfe e Dave Boggs, como uma solução
prática para interligar os computadores da empresa. Inspirados no
protocolo ALOHAnet, criaram um padrão de comunicação de duas vias,
mas com uma inovação interessante que permitia que os dispositivos
que desejassem transmitir ouvissem antes os dados do meio, pelo qual
85
estavam conectados, elimintando, assim, as colisões, que produziam
perdas de dados. Esse protocolo permitiu o surgimento de uma rede
veloz, com velocidades de até 3 Mbps e com até 255 dispositivos,
conectados em distâncias de até um quilômetro e meio. Chamaram essa
rede de Ethenet, em homenagem ao éter, substância hipotética que, no
século XIX, acreditava-se ser responsável pela transmissão da luz e das
ondas eletromagnéticas, segundo Metcalfe e Boggs (1976).
86
Para a configuração utilizando par trançado blindado, o cabo possui
dois pares (quatro vias), categoria 5. Há a possibilidade de utilização
de repetidores (hubs industriais) ou switches industriais que podem
aumentar a distância da rede para até 500 metros (utilizando par
trançado). Já para a configuração utilizando fibra óptica é possível utilizar
repetidores ópticos e, dependendo do tipo de fibra utilizada (monomodo
ou multimodo), pode-se chegar a distâncias de dezenas de quilômetros,
colocando vários repetidores em cascata durante o percurso do
sinal óptico.
87
Ao contrário do Foundation Fieldbus, visto anteriormente, o Ethenet
Industrial não é um protocolo em si, mas um modelo de classificação
de Redes Industriais, assim como o Fieldbus. O correto é dizer que
existem protocolos que podem ser classificados como Fieldbus ou
Ethernet Industrial. É importante também não confundir o Ethernet
Industrial com o Ethernet/IP (esse sim, um protocolo). No nome do
último, o IP vem do acrônimo de Industrial Protocol, diferentemente de
outro IP, muito conhecido, o endereço IP, sendo que esse último vem
de Internet Protocol, um protocolo específico usado no roteamento de
computadores na Internet.
88
• IEC-61850: um padrão desenvolvido para sistemas de automação
elétrica, atendendo uma norma da IEC para modelos de dados
abstratos, como, por exemplo, Amostras de Valores médios (SMV)
e Web services.
89
c. Possibilidade de uso de dispositivos de TI no ambiente industrial,
como leitores de código de barras e QR Codes, monitores,
painéis de informação de alta resolução, entre outros, além
da já supramencionada possibilidade de integração com
serviços na nuvem.
d. Aplicações de redes móveis, integrando smartphones e tablets
na comunicação, desde que com muita atenção em relação aos
aspectos de segurança, como criptografia de dados e atenção às
frequências de operação.
TEORIA EM PRÁTICA
Você foi contrado para prestar consultoria para uma
indústria de médio porte, na área de oleoginosas, que
está em processo de modernização de seu parque.
Atualmente, utilizam uma série de CLPs que operam com
a rede Foundation Fieldbus, integrando, assim, de forma
centralizada, os principais processos fabris. Desde os
atuadores mais básicos de controle de processos, como as
roscas que retiram o azeite, até os sensores de controle de
temperatura do ambiente de evaporação. Sabendo disso,
solicitam que você crie um projeto de adaptação em duas
90
etapas para a modernização do parque, de acordo com a
seguinte visão de negócio: num primeiro momento, a nova
rede de comunicação deve ser compatível com o processo
atualmente usado na produção, de maneira que alguns
equipamentos possam continuar atuando na nova rede
de comunicação. Também procuram uma rede que seja
escalável, compatível com o novo software de ERP que a
empresa está implantando e, principalmente, compatível
com as necessidades de implantação de requisitos da
Indústria 4.0, que foi definida pelo board dos acionistas
como uma das metas a ser atingida nos próximos cinco
anos. Qual protocolo você sugere para atender esses
requisitos? Como você justificaria essa escolha em uma
reunião dos acionistas?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
91
c. Fieldbus Foundation; Profinet; Ethernet/IP; ODVA.
d. Fieldbus; Profibus; Modbus/TCP; SIP.
e. Modbus/TCP; Profinet; Ethernet/IP; ODVA.
a. Ethernet Industrial.
b. Sensorbus.
c. Foundation Fieldbus.
d. DeviceBus.
e. Fieldbus.
92
I – Foundation Fieldbus é nome correto do protocolo,
mesmo sendo muitas vezes confundido com a própria
classificação da rede, Fieldbus.
a. I.
b. I e IV.
c. II e III.
d. IV.
e. I; II e III.
Referências Bibliográficas
93
MATA, R. S. Descobrindo a tecnologia Foundation Fieldbus–parte 1:
fundamentos e principais características. 2011.
METCALFE, Robert; BOGGS, David R. Ethernet: distributed packet switching for local
computer networks. Communications of the ACM, v. 19, n. 5, 1976. p. 395–404.
PETRUZELLA, F. D. Controladores lógicos programáveis. 4. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2014.
SMAR. Tutorial Filebus Foundation. Arquitetura Foundation Fieldbus, 2019.
SEIXAS FILHO, C. Arquiteturas de sistemas de automação: uma introdução. Belo
Horizonte: UFMG, 2002. Disponível em: http://www.delt.ufmg.br/seixas/PaginaII/
Download/DownloadFiles/Arquitetura.PDF. Acesso em: 05 nov. 2019.
SILVIO, M.B.; Informática industrial II. Londrina: editora e distribuidora
educacional S.A., 2018.
SOUZA, R. Protocolo Foundation Fieldbus. Automação industrial. 2012. Disponível
em: https://www.automacaoindustrial.info/protocolo-foundation-fieldbus/. Acesso
em: 05 nov. 2019.
TANENBAUM, Andrew S. Redes de computadores. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
Vandenberg D. Souza–tradução de Computer Networks, 4. ed. p. 01-45.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: E.
Resolução: As redes do tipo Ethernet Industrial, citadas no
texto, são: Modbus/TCP, Profinet e Ethernet/IP. A Ethernet/IP foi
desenvolvida pela ODVA.
Questão 2 – Resposta: A.
Resolução: O tipo de rede que consegue realizar a leitura de dados
no chão de fábrica e servi-los, até os níveis mais altos de controle, é
a Ethernet Industria.l
Questão 3 – Resposta: E.
Resolução: Está incorreto o que se afirma em IV, pois nas redes do
tipo Foundations Fieldbus é essencial o uso de terminadores.
94
Classificação e características
dos principais protocolos de
automação industrial
Autor: José Eugênio de Mira
Objetivos
96
Assim como nos idiomas, existem regras e características nos
protocolos. Enquanto algumas línguas são conhecidas por ter palavras
formadas por muitas sílabas e outras por poucas, ou às vezes, apenas
uma sílaba (como é o caso do alemão e do chinês), nos protocolos
existem aqueles cujos pacotes de dados, que é a unidade mínima de
organização de um pedaço da transmissão na rede, é formado por
mais ou menos blocos de informação. Enquanto alguns protocolos
operam com blocos bem pequenos, como é o caso dos classificados
como Sensorbus, outros operam com blocos mais longos e complexos,
como no caso das redes de classificação Ethernet Industrial. Na Figura 1,
observa-se a formação desses blocos que acontece durante o envio de
um e-mail.
97
comunicação pequeno é a rede CAN (Controller Area Network),
onde sistemas de comunicação de emergência tem prioridade sobre
os outros.
ASSIMILE
A Indústria 4.0 só é possível quando há infraestrutura
implantada para conectar à Internet da Coisas (IoT) e o Big
Data, possibilitando o aprendizado de máquina. Protocolos
adaptados para atender à essa enorme demanda de dados
compõem as redes industriais, divididas em três grandes
grupos: Sensorbus, Devicebus e Fieldbus. Além dessas, a
Ethernet também tem participação nas redes industriais.
98
a pressão estava muito alta, o marcador indicava por meio de uma
mola quando a pressão na tubulação subia muito, indicando um risco
para o processo e para os próprios operadores. A informação sonora
e visual, no entanto, demandava proximidade dos operadores ou que
o som fosse alto o bastante para ser ouvido à distância mesmo com
todos os ruídos do ambiente industrial, o que não era agradável ou
mesmo seguro.
99
estava ligado ou não, surgiu a necessidade de uma leitura precisa de
temperatura, pressão, velocidade e outras informações relativas ao
ambiente fabril. Nesse ambiente é que os protocolos mais complexos de
comunicação acabam por se tornar tão necessários.
100
Figura 03 – Sistema de loop de corrente
101
através de condutores metálicos, ondas eletromagnéticas ou
luminosas através de fibras óticas.
c. Quantidade de dispositivos: representa quantos equipamentos
autônomos podem conectar-se, simultaneamente, na mesma
rede. A quantidade pode variar desde algumas dezenas, como
nas redes de baixo nível tipo Sensorbus até alguns milhões de
dispositivos, como em uma rede do tipo Ethernet, por exemplo.
Entre outras coisas, a queda de tensão e a quantidade de bits
disponíveis para o endereçamento no cabeçalho dos pacotes são
responsáveis por essas limitações.
d. Distância: é o espaçamento físico que divide os dispositivos, quão
separados estão um dos outros. Entre outras coisas, o tipo de
meio físico utilizado e o protocolo costumam ser determinantes
nesse quesito, já que alguns protocolos estabelecem um tempo
mínimo de resposta entre os envios dos dados.
e. Método de comunicação: entre o dispositivo controlador e os
dispositivos de campo, sendo que, normalmente, são utilizados
o método de mestre-escravo ou produtor-consumidor. Ainda
segundo os autores, no sistema de mestre e escravo, o primeiro é
quem determina o momento em que o dispositivo passivo enviará
as informações, ou seja, o escravo só envia dados mediante uma
requisição do mestre (Figura 4). No sistema produtor-consumidor,
os elementos da rede são nós que podem assumir papel de
produtor, quando produzem dados para outros, ou consumidor,
quando recebem os dados. Os tipos de dados também são
identificados como dados de origem ou destino. Interessante
que, nesse sistema, alguns nós podem assumir simultaneamente
o papel de produtor e de consumidor, semelhante com o que
acontece com a organização do tipo cliente-servidor, muito
comum nos protocolos de redes de computadores. Embora
nesse sistema o tempo de entrega seja menor, já que não há
a necessidade de uma requisição por parte do mestre, há um
tráfego maior na rede, o que demanda mais banda.
102
f. Tempo de ciclo: é o tempo em que se leva para que uma
informação seja enviada entre os dispositivos.
g. Por último a taxa de transmissão, ou banda: é a velocidade
com a qual os dados podem trafegar, limitada também pela
quantidade de dispositivos, distância, tipo de meio físico e até
mesmo limitações de quantas mensagens podem ser enviadas ao
mesmo tempo
103
1.2 Classificação dos protocolos de redes industriais
104
simplicidade na instalação e estabilidade na comunicação, graças ao uso
de formatos de pacote e cabeçalhos mais específicos.
105
comunicação, é importante observar que em cada nível existe uma rede
de comunicação compatível em que os componentes de mesma natureza
podem se comunicar. Por sua vez, na vertical, é necessário integrar redes
de comunicação que são diferentes, o que exige o uso de gateways
apropriados. Gateways são componentes de software capazes de integrar
diferentes tecnologias. (OLIVEIRA PESSOA, 2017, p. 95)
106
uma quantidade ainda menor de supervisórios. No topo, todos sistemas
concentram-se em um único sistema gerencial. Daqui é possível extrair
outra informação importante, que é que na base a quantidade de dados
servida é grande, porém, muito simples. Leituras de pressão, temperatura
ou sinais binários, indicando apenas se um dispositivo está ligado ou não.
No topo, as informações são mais complexas, e relacionadas entre si,
podendo criar valor ao indicar, por exemplo, se um determinado processo
está com capacidade ociosa, por exemplo. Veja, de forma sucinta, cada um
dos níveis, antes de relacioná-los com as classificações:
107
dedicadas. O motivo disso é que nos níveis de ERP e de gerenciamento
de produção a informação é enviada, por meio de protocolos comuns de
redes de computadores. Ainda há uma uma subdivisão do primeiro nível
em redes do tipo Sensorbus e Devicebus, comumente chamadas de nível
0 e 0.5, respectivamente. Na figura 6, é possível ver alguns dos protocolos
de comunicação industrial mais comuns e sua respectiva classificação,
levando em conta duas informações: no eixo vertical, o nível de controle; e
no horizontal, a quantidade de informação coletada.
108
No nível mais baixo, encontram-se as redes de nível do dispositivo,
ou DeviceBus, com uma frequência alta de distribuição feita de forma
determinística, ou seja, os dados enviados têm confirmação de envio e
entrega, sendo possível conhecer o tempo de resposta da transmissão
deles. Já no nível 0 tem-se rede de sensores, ou SensorBus, que opera com
concepção probabilística, ou seja, não é possível saber ao certo se uma
mensagem foi entregue, apenas calcular a probabilidade de a informação
ter sido transmitida corretamente. Atualmente, as redes industriais mais
utilizadas ainda são os padrões clássicos criados/ adotados pelos principais
fabricantes do mercado de automação industrial. Protocolos como o
Devicenet, da Rockwell, e o AS-i e Profibus, da Siemens, são amplamente
utilizados no ambiente industrial, enquanto outros como a rede CAN,
desenvolvida pela Bosch, estão se popularizado na automação e segurança
de veículos automotores, por exemplo.
Aberta/Siemens -Fischer
Foundation fieldbus
Fieldbus e Honeywell-Rockwell.
109
Apesar disso, existe forte tendência nos últimos anos de crescimento
das tecnologias baseadas no padrão Ethernet. Em partes pela sua
simplicidade de integração com outros equipamentos de rede e
com a Internet, algo extremamente importante quando se trata da
Indústria 4.0, que tem no envio de dados do ambiente industrial
para aplicações na nuvem (cloud) como um de seus pilares.
Outra tecnologia que também tem crescido no meio industrial é a
comunicação por meio de redes sem fio, que, apesar de conter ainda
alguns riscos para a integridade e segurança dos dados do chão
de fábrica, oferece, em contrapartida, muito mais flexibilidade na
disposição física dos dispositivos por conta da não utilização de cabos
e muito mais simplicidade na expansão da produção, graças ao fato
de não ser necessário dispor de novas tomadas e pontos de conexão
para os novos equipamentos da rede.
TEORIA EM PRÁTICA
Como responsável pelo departamento de automação
industrial da sua empresa, você deve elaborar um
110
relatório sobre as características dos sistemas que,
atualmente, estão implantados em uma das plantas
de uma filial no interior. Em uma conferência web com
o responsável pela planta daquela filial, informa que,
nessa unidade, alguns equipamentos funcionam com o
protocolo ASi, integrados com soluções conectadas via
barramento elétrico em um CLP que faz a coleta dos
dados dos sensores de movimento das peças nas esteiras
e, a partir daí, controla a velocidade das máquinas de
etiquetagem e selagem ao final do processo. Esses
CLPs enviam informações relativas a esses processos
por meio do protocolo Profibus-DP. Existem ainda
sistemas supervisórios que coletam essas informações,
e os interligam com os IHM disponibilizados nos
equipamentos do chão de fábrica. Essas informações
são, por sua vez, repassadas para os níveis superiores do
gerenciamento e, no sistema ERP da empresa, fornecem
substrato para tomadas de decisão da equipe gerencial,
alimentando os relatórios da equipe financeira, RH e
marketing, com informações precisas sobre quantidade
de material beneficiado por hora, nível de ociosidade dos
equipamentos e tempo de espera em produção, bem
como nível de produção por linhas de produto.
111
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
PORQUE
112
em um paper.
a. I; II e III.
b. II; III e IV.
c. I e II.
d. I; III e IV.
e. I; II e IV.
113
Analisando a pirâmide da automação, assinale a
resposta incorreta:
Referências Bibliográficas
AZEVEDO, J. A.; SOUZA, B.A. Comparativo entre redes de automação
industrial e suas características. São Paulo: Inatel, 2014. Disponível em:
http://www.inatel.br/biblioteca/todo-docman/pos- seminarios/seminario-de-
automacao-industrial-e-sistemas-eletro-eletronicos/i-saisee/9383-comparativo-
entre-redes-de-automacao-industrial-e-suas-caracteristicas/file. Acesso em: 06
nov. 2019.
CISCO. Netacad. Brasil: Cisco Networking Academy, 2009.
PAREDE, I. M.; LEMES GOMES, L. E. Eletrônica: automação industrial. São
Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011 (Coleção Técnica Interativa. Série
Eletrônica, v. 6).
OLIVEIRA PESSOA, M. A.; Informática industrial I. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A., 2017.
SANTOS, G. A pirâmide da automação industrial. Texto de site, 2012.
Disponível em: https://www.automacaoindustrial.info/a-piramide-da-automacao-
industrial/. Acesso em: 06 nov. 2019.
SANTOS, M. D. Supervisão de sistemas–funcionalidades e aplicações. São
Paulo: Editora Érica, 2014.
SILVIO, M. B.; Informática industrial II. Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional S.A., 2018.
114
Gabarito
Questão 1 – Resposta: A.
Resolução: Os protocolos do tipo Ethernet, ultimamente, têm sido
amplamente utilizados por conta da sua flexibilidade.
Questão 2 – Resposta: D.
Resolução: Protocolos abertos são aqueles cujas especificações
estão disponíveis para consulta e podem ser utilizados livremente.
Questão 3–Resposta: D.
Resolução: Protocolos do tipo Sensorbus estão na base
da pirâmide.
115
Projetos de Redes Industriais de
Comunicação
Autor: José Eugênio de Mira
Objetivos
Um projeto é uma visão anterior de algo que se deseja ter no futuro. Como
o próprio nome diz, projeto é uma projeção de algo, uma abstração de um
processo, serviço ou produto o qual se deseja implantar. A própria definição
do Guia PMBOOK (2009) trata desses outputs esperados de um processo e
estabelece que o esforço empreendido em um projeto é temporário, mas
de resultados duradouros. Isso significa que sua natureza temporária faz
relação com a execução e não com seus resultados. Ainda segundo o Guia
PMBOOK (2009, p. 11), o “término é alcançado quando os objetivos tiverem
sido atingidos ou quando se concluir que esses objetivos não serão ou não
poderão ser atingidos” ou quando o projeto não mais for necessário.
117
forma, por muito tempo, simplificações desses sistemas analógicos
de comunicação de atuadores e sensores e, posteriormente, entre
os dispositivos e os CLPs (Controladores Lógicos Programáveis). Um
sistema de controle integral e derivativo (PID), por exemplo, é um tipo de
comunicação comum nesse ambiente.
118
Na figura acima, observa-se que alguns dispositivos existem em
diferentes níveis, como é o caso dos CLPs que podem se conectar ao
nível de controle e também ao nível de informação. Também é o caso
dos computadores (ou workstations) e alguns outros dispositivos de
redes, como tablets, que podem se conectar com determinados tipos
de protocolos também em diferentes níveis. Os diferentes protocolos
utilizados em cada um dos níveis, e suas classificações, foram tratadas
nos capítulos anteriores. Segundo Parede e Lemes Gomes (2011):
119
Ao definir as características do projeto de comunicação industrial, o
engenheiro ou tecnólogo deve levar em conta algumas características
do ambiente para sua implantação. Os autores pontuam ainda algumas
características sobre a escolha dos protocolos de comunicação, que são
extremamente úteis durante a fase do projeto:
• Custo do hardware.
• Tempo de resposta.
• Facilidade de parametrização.
120
com uma perda natural do sinal elétrico, que, ao longo do meio físico,
pode se dissipar (por exemplo, quando parte do sinal elétrico se
transforma em energia térmica). Esse processo de perda natural, pode
tornar o sinal irreconhecível para as outras estações da rede, de forma
que deixam de reconhecer sua transmissão. Essa perda de sinal chama-
se atenuação. Um repetidor de sinal é um equipamento cuja função na
rede é reforçar esse sinal, amplificando-o com o objetivo de enviá-lo por
uma distância maior, com o formato original.
121
mesma rede. A maneira como são fisicamente conectados por meio
de cabos elétricos ou fibras óticas, já que diferentes tipos de redes têm
diferentes tipos de meios físicos e diferentes especificações de tamanho
máximo de comprimento para transmissão. Existem diversos tipos
de topologias, que são empregados em diferentes meios físicos. As
primeiras redes, que usavam pares de fios elétricos, utilizavam o padrão
que ficou conhecido como barramento, por causa do nome dado ao
sistema de conexão onde uma mesma linha de comunicação (em inglês,
bus) é compartilhada por todos os dispositivos daquela rede. Redes de
cabos coaxiais também utilizam esse padrão de conexão. A Figura 02
ilustra um modelo de rede, utilizando uma topologia barramento:
122
do tipo barramento, todas as estações podem se comunicar umas com
as outras, porém, algumas topologias limitam o envio de informação à
requisição da estação mestre às estações escravas. Normalmente, as
redes de barramento de E/S são divididas em duas categorias: as redes
de barramento de dispositivo e as redes de barramento de processo. As
primeiras, normalmente, são sinais discretos, ou seja, seja, dispositivos
como botões liga-desliga, ou seja, sinais de 1 bit, 0 ou 1. Algumas
suportam pequenos sinais de tamanho de até 50 bytes. Já as redes de
barramento de processo têm uma capacidade de comunicação muito
maior, com algumas centenas de bytes de extensão e, por isso, são
mais lentas. Dispositivos analógicos de leitura e resposta mais lenta são,
normalmente, usados nesse tipo de barramento.
123
substituídos por dispositivos comutados conhecidos como Switch, que
tem capacidade de reconhecer cada um dos equipamentos conectados
em cada uma das suas portas e, assim, gerenciar de forma inteligente
o fluxo entre essas estações, impedindo excesso de tráfego na rede e
maior segurança para as informações. Esse sistema permitiu a expansão
das topologias conhecidas como árvore, onde vários dispositivos
switch são conectados um ao outro, dividindo a rede em sessões em
um esquema conhecido como cascateamento. A figura 03 mostra o
esquema de uma rede de topologia estrela usando um Hub.
124
um rompimento não tira nenhum dispositivo da rede, enquanto sistemas
secundários, como os Switchs, que conectam os usuários ao sistema de
acesso à Internet estão conectados em uma topologia estrela. Esse tipo
de desenho permite equilibrar as vantagens de um sistema, como, por
exemplo, a redundância e velocidade da estrela com a eficiência da estrela.
Em sistemas de comunicação industrial é comum encontrar topologias
de barramento, interligando dispositivos ao CLP e, esse último, pode
estar conectado a um sistema de controle em uma topologia estrela,
por exemplo.
2 . O meio físico
125
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) dispõe sobre normas
e padrões técnicos para o desenvolvimento tecnológico brasileiro. A
norma que trata dos sistemas de cabeamento estruturado, no Brasil,
para ambientes comerciais e domésticos, é a ABNT NBR 14565:2013
(ABNT, 2013), cuja última versão é a de 2016. Já para cabeamentos
estruturados, de uso exclusivamente industriais, uma nova norma
foi editada no mesmo ano sob a numeração 16521. Uma norma
importante, também utilizada, é a norma internacional ANSI/EIA/TIA-568
(ANSI, 2010), no Brasil, muito usada para padronização de conectores.
Qualquer projeto técnico deve ser embasado em suas orientações
normativas para garantir a segurança e a qualidade da implantação.
Algumas de suas normas servem para prevenir o superaquecimento de
cabos, bem como excesso de ruído elétrico nos cabos de transmissão
de dados, que pode gerar perda de informações na rede, por exemplo.
Existem normas específicas para níveis de poeira e umidade suportados
por conectores, por exemplo, como veremos.
ASSIMILE
O padrão RS-485 não é um protocolo, mas um padrão
de codificação de sinais elétricos, como o Manchester e
o RS-232. RS é uma sigla para Recommended Standard
(padrão recomendado), que especifica as características de
funcionamento de conexões seriais. A principal vantagem
do RS-485, em relação ao RS-232, é o modo que usa para
comparar a corrente elétrica de referência, ou seja, o modo
como detecta o sinal elétrico que representa um bit de dado.
Enquanto no padrão RS-232 existe um sinal elétrico, que varia
positivamente em relação ao 0 v de um circuito, no RS-485, a
variação que utiliza como referência é uma diferença de sinal
elétrico entre os dois fios, onde um trafega o sinal com valor
positivo e o outro, negativo, segundo Silveira (2019).
126
Vários protocolos utilizam o padrão de cabo, com par metálico para
transmissão de dados. Por conta de sua característica construtiva,
onde o sinal trafega simultaneamente pelos dois condutores
paralelos (ou trançados), mesmo que ruídos externos modifiquem
levemente o sinal elétrico no condutor, o receptor consegue
reconhecer qual bit foi transmitido, permitindo, assim, velocidades
maiores em distâncias maiores. Esse método de transmissão é muito
usado em redes modernas, que utilizam cabos de par trançado como
meio físico, pois as tranças do cabo melhoram ainda mais a proteção
aos ruídos externos, já que o sinal elétrico, positivo e negativo, acaba
isolando mutuamente um ao outro de sinais elétricos contrários.
Vários protocolos adotam a codificação RS-485, principalmente, por
causa de sua resistência em ambientes com altos níveis de ruídos,
como é o caso do protocolo Modbus RTU e Plus, e do Profibus.
127
Figura 5–Interligação de um tipo de rede para outra
128
Quadro 1 – Meios físicos e protocolos
2.1 Conectores
129
do qual os conectores enviam os sinais elétricos, como materiais
corrosivos, graxa, umidade e poeira, além de ambientes onde há risco
de explosão. Existem inclusive tipos de conectores mais indicados para
quando os níveis de poeira ou umidade são intensos, que atendem às
especificações IP (ingress protection) da IEC (International Eletrotechnical
Comission). As mais comuns são:
Figura 6–Conectores
Conector M12
130
Figura 7 - Conectores
Conector M8
Figura 8–Conectores
Conector 7/8
Figura 9–Conectores
RJ45
131
Figura 10–Conectores
DB9
132
escalável e flexível o suficiente para adaptar-se a novas demandas que
ainda surgirão.
TEORIA EM PRÁTICA
Você foi designado como responsável por um projeto
de rede de comunicação, em uma indústria de bebidas
que está expandindo para a produção de cerveja do
tipo artesanal. Já fez suas considerações a respeito dos
equipamentos utilizados e concluiu que os protocolos,
a serem utilizados, serão do tipo Ethernet industrial,
interligando duas plantas dispostas em galpões vizinhos.
As plantas sofrerão, constantemente, com umidade e
respingos de água decorrentes do processo de resfriamento
das misturas, que forma gotículas nos tanques. No
ambiente, onde há o beneficiamento dos cereais utilizados
para produção da matéria base da cerveja, há também
muito pó. Em ambas as plantas existem equipamentos
elétricos que geram grandes níveis de ruídos elétricos,
porém, a planta nova já dispõe de armários e canaletas
adequadas para a instalação. No entanto, há, entre
os galpões, um transformador elétrico da estação de
diminuição de energia e um gerador a diesel de emergência,
precisamente ao lado de onde será feito o lançamento dos
cabos de link entre os galpões. A sala de controle está em
um dos galpões e é importante que a comunicação entre
ambos seja rápida e eficiente.
Qual solução de cabeamento deve ser utilizada no projeto
interno do galpão, e qual tipo de conector/ blindagem deve
utilizar? Qual meio físico você utilizará para realizar o link
entre os Switchs das plantas dos dois galpões, de forma que
não perca velocidade na comunicação e nem seja afetado
133
pelos ruídos dos equipamentos externos, que estão ao lado
do ponto de passagem dos cabos?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. Um produto.
b. Um serviço.
c. Um processo.
d. Todas as anteriores.
e. Nenhuma das anteriores.
134
3. O componente de instalação que mais pode aumentar o
tempo de montagem são os conectores. Nesse sentido,
observe as afirmativas a seguir e classifique como
verdadeiras (V) ou falsas (F):
a. V – V – V.
b. F – V – V.
c. F – F – V.
d. V – V – F.
e. F – V – F.
Referências Bibliográficas
ABNT. ABNT NBR 14565:2013: cabeamento estruturado para edifícios
comerciais e data centers. Rio de Janeiro, ABNT, 2013.
ANSI. CSA T658.1-4-2005 (R2010)–Commercial Building Telecommunications
Cabling Standard. Disponível em <https://webstore.ansi.org/>. Acesso em: 06
nov. 2019.
CASSIOLATO, C. O uso de repetidores e HUBs Profibus-DP para aumentar a
disponibilidade em Profibus. Disponível em: <http://www.smar.com/brasil/artigos-
tecnicos>. Acesso em: 06 nov. 2019.
PAREDE, I. M.; LEMES GOMES, L. E. Eletrônica: automação industrial. São Paulo:
Fundação Padre Anchieta, 2011 (Coleção Técnica Interativa. Série Eletrônica, v. 6).
PETRUZELLA, F. D. Controladores lógicos programáveis. 4. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2014.
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PMBOOK. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia
PMBOOK). Pensylvannia: Project Management Institute, inc. 2009.
SILVEIRA, C. B.; Por que o RS485 é mais eficiente do que o RS232? Disponível em
<https://www.citisystems.com.br/rs485/>. Acesso em: 06 nov. 2019.
SILVIO, M.B.; Informática industrial II. Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional S.A., 2018.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: D.
Resolução: O resultado de um projeto pode ser um produto,
serviço ou processo.
Questão 2 – Resposta: C.
Resolução: Uma boa definição é dizer que topologia é a maneira
como os dispositivos estão conectados e meio físico são os cabos e
conectores em si.
Questão 3 – Resposta: D.
Resolução: RJ45 é um conector quadrado muito usado em
redes Ethernet.
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