Manual Ufcd 0350
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A palavra “comunicação” deriva do latim “communicare”, que significa pôr em comum, associar, entrar em
relação, estabelecer laços, tornar comum, partilhar. Troca de ideias, opiniões e mensagens, sendo que
contempla o intercâmbio de informação entre sujeitos.
É um fenómeno espontâneo e natural, que usamos sem darmos conta que esconde um processo muito
complexo, que envolve a troca de informações, e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim.
Estão envolvidos neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar.
Canal de transmissão Trata-se do meio físico pelo qual a mensagem é transmitida, ou seja, é o elemento que
da mensagem faz a ligação entre o emissor e o recetor.
Existe uma grande variedade de canais de transmissão, cada um deles com vantagens
e inconvenientes:
Ar (no caso do emissor e recetor estarem frente a frente
Sonoro: telefone, rádio.
Escrita: jornais, diários e revistas.
Audiovisual: televisão, cinema.
Multimédia: diversos meios simultaneamente.
1) Comunicação escrita
Marcada pelo recetor estar ausente, como tal, o emissor deve ter uma linguagem cuidada para que a
mensagem seja bem interpretada.
Vantagens:
É duradoura, sendo adequada para transmitir políticas, procedimentos, normas e regras;
Adequa-se a mensagens longas onde seja necessária maior atenção e tempo por parte do receção
(ex: comunicações internas, relatórios, etc);
Desvantagens:
A ausência do recetor impossibilita o feedback imediato;
A mensagem poderá não ser compreendida da forma pretendida.
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Chamamos a estes obstáculos Barreiras à Comunicação Eficaz, que levam muitas vezes a mal-entendidos e
perdas de tempo. Superá-las facilitará a comunicação e o nosso desempenho profissional.
a) Ao nível do emissor
Quando não assimilou os conteúdos que deve transmitir, devido à má perceção das motivações
do recetor.
Pelo seu egocentrismo, associado a uma incapacidade para se colocar no lugar do seu recetor.
Pela utilização de um código inadequado, em que os fatores conotativos da mesma língua podem
revelar-se significativos.
Deficiente elaboração mental da mensagem.
Deficiente escolha dos meios e/ou do local onde se estabelece a comunicação.
3. BARREIRAS SEMÂNTICAS
São constituídas pelas limitações presentes nos símbolos com que comunicamos, já que estes podem
possuir significados diferentes.
“O sujeito passivo não respeita os seus sentimentos, os seus pensamentos nem as suas
necessidades. Ele desvaloriza-se, na relação com os outros.”
O sujeito passivo não escolhe o seu próprio lugar, não se impõe. Ele aceita tudo dos outros, sem
nada pedir para si próprio. O indivíduo passivo como que diz ao outro:
“Desculpe por estar aqui ...Faça como se eu não estivesse cá ... Não se preocupe comigo ... Eu
não sou importante.”
Consequências:
Desenvolve ressentimentos e rancores, porque sente que
é explorado e diminuído.
Comunica deficientemente, porque não se afirma e
raramente se manifesta. Os outros não conhecem os seus
desejos, necessidades e interesses.
Utiliza mal a sua energia vital, porque a sua inteligência e
afetividade são frequentemente utilizadas para se
defender e fugir às situações.
Perde o respeito por si próprio. Faz coisas que não gosta.
Sofre
Tem uma grande necessidade de se mostrar superior aos outros, é reivindicativo e crítico em
relação ao que os outros fazem e dizem.
O agressivo é ineficaz nas Relações Interpessoais, porque receia sofrer, ser vítima dos outros, e vivenciar
frustrações. Por isso, ele ataca primeiro, como meio de defesa. De certo modo, o agressivo é um
indivíduo que é dominado pelo medo e que reage desse modo, para o afastar.
É extremamente egoísta e utiliza os outros para satisfazer as suas vontades por meios não muito explícitos.
Explora os outros de forma camuflada, muda de opinião e de pontos de vista, de acordo com as pessoas
com que comunica.
Não respeita as necessidades e os sentimentos dos outros. Por vezes, parece muito interessado e
respeitador desses mesmos sentimentos, mas, de forma indireta ele pretende tirar proveito disso, criando
condições para que o outro, perante a sua “falsa” atenção, se sinta reconhecido e consequentemente,
satisfaça as suas vontades e desejos.
Serve-se de bons princípios sociais tais como: “deves ser bom trabalhador ... deves ser boa esposa ... deves
ser mais económica, etc ...”, mas de facto, estes princípios só têm como fim o facto de levar os outros a
satisfazer as suas necessidades.
Ele é bom simulador e é hábil a servir-se da informação que dispõe, para atingir os seus objetivos e
desvalorizar os outros.
O Manipulador, uma vez descoberto, perde a sua credibilidade e dificilmente é perdoado porque os outros
jamais confiarão nele
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3%A3o%21 – bom atendimento
Numa equipa, cada um dos seus elementos deve sentir que faz parte dela e que o desenvolvimento da
organização depende do trabalho realizado. Existe a consciência de que o trabalho de cada um interfere
no trabalho de todos.
Cada um dos elementos da equipa deverá saber exatamente qual o seu contributo para o sucesso da
equipa e consequentemente para o sucesso da organização.
Comportamentos disfuncionais não ajudam a equipa a atingir os objetivos e prejudicam o relacionamento interpessoal.
1) Agressão: O sujeito pretende ser superior aos outros, criticando-os ou humilhando-os. É hostil e desvaloriza
o trabalho dos outros.
3) Rivalizar: O sujeito serve-se dos outros para mostrar a sua superioridade. Tem necessidade de se mostrar superior,
desvalorizando os outros.
4) Formular juízos de valor: O sujeito faz apreciações abusivas e sem fundamento acerca da sua equipa e do
comportamento dos participantes. Tem preconceitos e bloqueia a relação interpessoal.
5) Estar alheio: O indivíduo não se interessa pelo que se passa na equipa, não intervém. Tem um comportamento
passivo ou de indiferença.
6) Egoísmo: O sujeito só vê o seu ponto de vista e rejeita todas as ideias que se opõem a esse ponto de vista.
Uma pessoa assertiva é capaz de expressar o mais diretamente possível o que pensa, o que deseja,
escolhendo um conjunto de atitudes adequadas para cada situação de acordo com o local e o
momento.
Permite uma comunicação direta através de um comportamento que habilita o individuo a agir no
seu interesse, defender-se sem ansiedade excessiva, expressar os seus sentimentos de forma
honesta e adequada, fazendo valer os seus direitos sem negar os dos outros.
Ser verdadeiro não consiste em dizer tudo o que vem à cabeça mas sim exprimir-se eficazmente,
tendo como objetivo e evolução satisfatória e realista da situação.
1) Estilo de Apoio/Interesse
Este estilo comunica calor, cuidado e interesse pelos outros;
O conteúdo é apresentado de uma forma direta, honesta e respeitosa;
Mantém uma consciência dos sentimentos dos outros.
São os mais “sensíveis”.
2) Estilo Direto/Guia
É um estilo impessoal que comunica uma abordagem não absurda e autoritária e uma preocupação
com os resultados;
Estilo firme, mas respeitoso que usa diretivas em vez de pedidos. Não tem nada a ver com ser
“mandão” ou “ditador”.
Comunica crenças e opiniões apropriadamente bem como ordens;
Os que usam este estilo são “fazedores” e/ou “”pensadores”
4) Estilo expressivo
Estilo animado, energético, espontâneo e emocional;
Os sentimentos, gostos, desejos e necessidades são comunicados de forma aberta e expressiva;
Quem usa este estilo normalmente são intuitivos, criativos, espontâneos,
São “fazedores” ou “sentimentais”.
No estilo assertivo o sujeito não fala demais nem exagera nos gestos e olha o interlocutor nos olhos
1) Contato visual: o olhar deve estar direcionado para o interlocutor enquanto este fala (durante pelo
menos 50% da conversa). Olhar demasiado fixo pode ser interpretado como hostil.
2) Afeto: o tom deve ser firme e convincente mas nunca hostil. Deve ser adaptado à situação do
momento.
3) Voz: volume deve ser audível, nem demasiado elevado nem baixo. A articulação das palavras deve
ser clara, sem hesitações. O ritmo deve ser tranquilo.
4) Pausas: deve fazer-se uma pausa maior para dar a entender ao interlocutor que é a sua vez de falar.
5) Gestos: podem fazer-se gestos com a cabeça, cara, braços e as mãos que enfatizem o discurso. Estes
gestos devem ser naturais, sem forçar a mensagem. Evitar apontar o dedo indicador (pode ser
entendido como uma ameaça).
6) Postura corporal: corpo deve estar direito mas relaxado, cabeça erguida, olhando para o
interlocutor.
2) Desacordo verbal
Deverá ser utilizada uma fórmula breve como “não estou de acordo com…” ou “não estou disposto a fazê-
lo”…
4) Proposta de solução:
Aqui é importante oferecer uma solução alternativa que faça o interlocutor mudar a sua opinião.
• Autoestima: é importante aceitar as nossas caraterísticas de forma a desenvolver a nossa autoestima, sem
pessimismos ou suposições.
• Determinação: surge como resultado da energia associada à nossa força de vontade para prosseguir com os
nossos objetivos até ao fim
• Empatia: capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, procurando compreendê-lo, escutá-lo não
fazendo juízos de valor.
• Adaptabilidade: capacidade de nos adaptarmos ao tipo de comunicação do outro, seja criança. Adutlo
conhecido e/ou desconhecido.
• Autocontrolo: capacidade de controlar os nossos sentimentos e emoções negativas de modo a não
interferirem na relação com o outro.
• Tolerância à frustração: a nossa resistência aos aspetos mais negativos da nossa vida. Sendo a capacidade de
gerir tensões e conflitos nas nossas relações com os outros.
• Sociabilidade: um comunicador assertivo deve ter prazer em comunicar e relacionar-se com os outros.