Auxiliar de Necropsia
Auxiliar de Necropsia
Auxiliar de Necropsia
EXERCÍCIOS
PC-RJ
Polícia Civil do Rio de Janeiro
AUXILIAR
DE NECROPSIA
Língua Portuguesa
Matemática
Noções Básicas de Biologia e
Anatomia Humana
Noções de Prova no Processo Penal
Noções de Direito Administrativo
CONTEÚDO
ON-LINE
VIDEOAULAS
Polícia Civil do Rio de Janeiro
PC-RJ
Auxiliar de Necropsia
NV-008-ST-21
Cód.: 7908428801038
Obra
Autores
LÍNGUA PORTUGUESA • Ana Cátia Collares, Gabriela Coelho, Giselli Neves, Monalisa Costa e Isabella
Ramiro
Edição:
Setembro/2021
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LINGUÁ PORTUGUESA.......................................................................................................7
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (DECODIFICAÇÃO DOS SENTIDOS)................................................. 7
MATEMÁTICA.......................................................................................................................51
NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS E REAIS E SUAS PROPRIEDADES: ADIÇÃO,
SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO........................................................................................ 51
POTENCIAÇÃO...................................................................................................................................................55
RADICIAÇÃO......................................................................................................................................................55
RAZÃO E PROPORÇÃO....................................................................................................................... 62
PORCENTAGEM................................................................................................................................... 68
EQUAÇÕES DO 2º GRAU..................................................................................................................... 70
MUSCULAR......................................................................................................................................................113
CONJUNTIVO...................................................................................................................................................114
NERVOSO.........................................................................................................................................................115
APARELHO DIGESTIVO.....................................................................................................................116
DISPOSIÇÕES GERAIS.....................................................................................................................................133
ATO ADMINISTRATIVO....................................................................................................................148
de praticar seus conhecimentos realizando os exercí-
cios de cada tópico, bem como, a seleção de exercícios
finais, selecionados especialmente para que este mate-
rial cumpra o propósito de alcançar sua aprovação.
z Primitivos: Adjetivos que não derivam de outras palavras. A partir deles, é possível formar novos termos. Ex.:
útil, forte, bom, triste, mau etc.;
z Derivados: São palavras que derivam de verbos ou substantivos. Ex.: bondade, lealdade, mulherengo etc.;
z Simples: Apresentam um único radical. Ex.: português, escuro, honesto etc.;
z Compostos: Formados a partir da união de dois ou mais radicais. Ex.: verde-escuro, luso-brasileiro, amarelo-
-ouro etc.
Dica
O plural dos adjetivos simples é realizado da mesma forma que o plural dos substantivos.
z Invariável:
Adjetivos Pátrios
Os adjetivos pátrios, também conhecidos como gentílicos, designam a naturalidade ou nacionalidade de seres
e objetos.
O sufixo -ense, geralmente, designa a origem de um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: amazonense,
fluminense, cearense.
Curiosidade: O adjetivo pátrio “brasileiro” é formado com o sufixo -eiro, que é costumeiramente usado para
designar profissões. O gentílico que designa nossa nacionalidade teve origem com as pessoas que comercializavam
14 o pau-brasil; esse ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”, termo que passou a indicar os nascidos em nosso país.
Veja a seguir alguns dos adjetivos pátrios de nosso país:
ADVÉRBIOS
Advérbios são palavras invariáveis que modificam um verbo, adjetivo ou outro advérbio. Em alguns casos, os
advérbios também podem modificar uma frase inteira, indicando circunstância.
As gramáticas da língua portuguesa apresentam listas extensas com as funções dos advérbios; porém, decorar
as funções dos advérbios, além de desgastante, pode não ter o resultado esperado na resolução de questões de
concurso.
Dessa forma, sugerimos que você fique atento às principais funções designadas aos advérbios para, a partir
LÍNGUA PORTUGUESA
delas, conseguir interpretar a função exercida nos enunciados das questões que tratem dessa classe de palavras.
Ainda assim, julgamos pertinente apresentar algumas funções basilares exercidas pelo advérbio:
Novamente, chamamos sua atenção para a função que o advérbio deve exercer na oração. Como dissemos,
essas palavras modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio; por isso, para identificar com mais pro-
priedade a função denotada pelos advérbios, é preciso perguntar: Como? Onde? Por quê? 15
As respostas sempre irão indicar circunstâncias adverbiais expressas por advérbios, locuções adverbiais ou
orações adverbiais.
Vejamos como podemos identificar a classificação/função adequada dos advérbios:
z O homem morreu... de fome (causa) com sua família (companhia) em casa (lugar) envergonhado (modo).
z A criança comeu... demais (intensidade) ontem (tempo) com garfo e faca (instrumento) às claras (modo).
Locuções Adverbiais
Conjunto de duas ou mais palavras que pode desempenhar a função de advérbio, alterando o sentido de um
verbo, adjetivo ou advérbio.
A maioria das locuções adverbiais é formada por uma preposição e um substantivo. Há também as que são
formadas por preposição + adjetivos ou advérbios. Veja alguns exemplos:
z Preposição + substantivo: de novo. Ex.: Você poderia me explicar de novo? (de novo = novamente);
z Preposição + adjetivo: em breve. Ex.: Em breve, o filme estará em cartaz (em breve = brevemente);
z Preposição + advérbio: por ali. Ex.: Acho que ele foi por ali.
As locuções adverbiais são bem semelhantes às locuções adjetivas. É importante saber que as locuções adver-
biais apresentam um valor passivo.
Ex.: Ameaça de colapso. Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução adverbial, pois o valor é de passi-
vidade, ou seja, se invertemos a ordem e inserirmos um verbo na voz passiva, a frase manterá seu sentido. Veja:
Colapso foi ameaçado. Essa frase faz sentido e apresenta valor passivo, logo, sem o verbo, a locução destaca-
da anteriormente é adverbial.
Ainda sobre esse assunto, perceba que em locuções como esta: “Característica da nação”, o termo destacado
não terá o mesmo valor passivo, pois não aceitará a inserção de um verbo com essa função:
Nação foi característica*. Essa frase quebra a estrutura gramatical da língua portuguesa, que não admite voz
passiva em termos com função de posse (caso das locuções adjetivas). Isso torna tal estrutura agramatical; por
isso, inserimos um asterisco para indicar essa característica.
Dica
Locuções adverbiais apresentam valor passivo.
Locuções adjetivas apresentam valor de posse.
Com essas dicas, esperamos que você seja capaz de diferenciar essas locuções em questões. Buscamos desen-
volver seu aprendizado para que não seja preciso gastar seu tempo decorando listas de locuções adverbiais.
Lembre-se: o sentido está no texto.
Advérbios Interrogativos
Os advérbios interrogativos são, muitas vezes, confundidos com pronomes interrogativos. Para evitar essa
confusão, devemos saber que os advérbios interrogativos introduzem uma pergunta, exprimindo ideia de tempo,
modo ou causa.
Ex.: Como foi a prova?
Quando será a prova?
Onde será realizada a prova?
Por que a prova não foi realizada?
De maneira geral, as palavras como, onde, quando e por que são advérbios interrogativos, pois não substi-
tuem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo ideia de modo, lugar, tempo e causa.
Grau do Advérbio
Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser flexionados nos graus comparativo e superlativo.
Vejamos as principais mudanças sofridas pelos advérbios quando flexionados em grau:
ABSOLUTO ABSOLUTO
NORMAL RELATIVO
SINTÉTICO ANALÍTICO
Bem Otimamente Muito bem Inferioridade
GRAU -
SUPERLATIVO Mal Pessimamente Muito mal Superioridade
-
Muito Muitíssimo - Superioridade: o mais
Pouco Pouquíssimo - Superioridade: o menos
Advérbios e Adjetivos
O adjetivo é uma classe de palavras variável. Porém, quando se refere a um verbo, ele fica invariável, confun-
dindo-se com o advérbio.
Nesses casos, para ter certeza de qual é a classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural;
caso a palavra aceite uma dessas flexões, será adjetivo.
Ex.: O homem respondeu feliz à esposa.
Os homens responderam felizes às esposas.
Como “feliz” aceitou a flexão para o plural, trata-se de um adjetivo.
Agora, acompanhe o seguinte exemplo:
Ex.: A cerveja que desce redondo.
As cervejas que descem redondo.
Nesse caso, como a palavra continua invariável, trata-se de um advérbio.
Palavras Denotativas
São termos que apresentam semelhança com os advérbios; em alguns casos, são até classificados como tal, mas
não exercem função modificadora de verbo, adjetivo ou advérbio.
Sobre as palavras denotativas, é fundamental saber identificar o sentido a elas atribuído, pois, geralmente, é
isso que as bancas de concurso cobram.
Além dessas expressões, há, ainda, as partículas expletivas ou de realce, geralmente formadas pela forma
ser + que (é que). A principal característica dessas palavras é que elas podem ser retiradas sem causar prejuízo
sintático ou semântico à frase.
Ex.: Eu é que faço as regras / Eu faço as regras.
Outras palavras denotativas expletivas são: lá, cá, não, é porque etc.
z O adjunto adverbial sempre deve vir posicionado após o verbo ou complemento verbal. Caso venha deslocado,
em geral, separamos por vírgulas.
Ex.: Na reunião de ontem, o pedido foi aprovado (O pedido foi aprovado na reunião de ontem);
LÍNGUA PORTUGUESA
z Em uma sequência de advérbios terminados com o sufixo -mente, apenas o último elemento recebe a termi-
nação destacada.
Ex.: A questão precisa ser pensada política e socialmente.
PRONOMES
Pronomes são palavras que representam ou acompanham um termo substantivo. Dessa forma, a função dos
pronomes é substituir ou determinar uma palavra. Eles indicam pessoas, relações de posse, indefinição, quanti-
dade, localização no tempo, no espaço e no meio textual, entre outras funções.
Os pronomes exercem papel importante na análise sintática e também na interpretação textual, pois colabo-
ram para a complementação de sentido de termos essenciais da oração, além de estruturar a organização textual,
contribuindo para a coesão e também para a coerência de um texto. 17
Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais designam as pessoas do discurso. Acompanhe a tabela a seguir, com mais informações
sobre eles:
z Os pronomes que estarão relacionados ao objeto direto são: O, a, os, as, me, te, se, nos, vos.
Ex.: Informei-o sobre todas as questões;
z Já os que se relacionam com o objeto indireto são: Lhe, lhes, (me, te, se, nos, vos – complementados por
preposição).
Ex.: Já lhe disse tudo (disse tudo a ele).
Não devemos usar pronomes do caso reto como objeto ou complemento verbal, como em “mate ele”. Contudo,
o gramático Celso Cunha destaca que é possível usar os pronomes do caso reto como complemento verbal, desde
que antecedidos pelos vocábulos “todos”, “só”, “apenas” ou “numeral”.
Ex.: Encontrei todos eles na festa. Encontrei apenas ela na festa.
Após a preposição “entre”, em estrutura de reciprocidade, devemos usar os pronomes oblíquos tônicos.
Ex.: Entre mim e ele não há segredos.
Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento são formas que expressam uma hierarquia social institucionalizada linguistica-
mente. As formas de pronomes de tratamento apresentam algumas peculiaridades importantes:
z Vossa: Designa a pessoa a quem se fala (relativo à 2ª pessoa). Apesar disso, os verbos relacionados a esse pro-
nome devem ser flexionados na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Sua Excelência, o presidente do Supremo Tribunal, fará um pronunciamento hoje à noite.
Os pronomes de tratamento estabelecem uma hierarquia social na linguagem, ou seja, a partir das formas
usadas, podemos reconhecer o nível de discurso e o tipo de poder instituídos pelos falantes.
Por isso, alguns pronomes de tratamento só devem ser utilizados em contextos cujos interlocutores sejam
reconhecidos socialmente por suas funções, como juízes, reis, clérigos, entre outras.
Dessa forma, apresentamos alguns pronomes de tratamento, seguidos de sua abreviatura e das funções sociais
que designam:
z Vossa Alteza (V. A.): Príncipes, duques, arquiduques e seus respectivos femininos;
z Vossa Eminência (V. Ema.): Cardeais;
z Vossa Excelência (V. Exa.): Autoridades do governo e das Forças Armadas membros do alto escalão;
18 z Vossa Majestade (V. M.): Reis, imperadores e seus respectivos femininos;
z Vossa Reverendíssima (V. Rev. Ma.): Sacerdotes; A palavra bastante frequentemente gera dúvida
z Vossa Senhoria (V. Sa.): Funcionários públicos gra- quanto a ser advérbio, adjetivo ou pronome indefini-
duados, oficiais até o posto de coronel, tratamento do. Por isso, atente-se ao seguinte:
cerimonioso a comerciantes importantes;
z Vossa Santidade (V. S.): Papa; z Bastante (advérbio): Será invariável e equivalen-
z Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Rev- te ao termo “muito”.
ma.): Bispos.
Ex.: Elas são bastante famosas.
Os exemplos apresentados fazem referência a pro-
nomes de tratamento e suas respectivas designações z Bastante (adjetivo): Será variável e equivalente
sociais conforme indica o Manual de Redação oficial ao termo “suficiente”.
da Presidência da República. Portanto, essas designa-
ções devem ser seguidas com atenção quando o gêne- Ex.: A comida e a bebida não foram bastantes para
ro textual abordado for um gênero oficial. a festa.
Ainda sobre o assunto, veja algumas observações:
z Bastante (pronome indefinido): Concorda com
z Sobre o uso das abreviaturas das formas de tra- o substantivo, indicando grande, porém incerta,
tamento é importante destacar que o plural de quantidade de algo.
algumas abreviaturas é feito com letras dobradas,
como: V. M. / VV. MM.; V. A. / VV. AA. Porém, na Ex.: Bastantes bancos aumentaram os juros.
maioria das abreviaturas terminadas com a letra
a, o plural é feito com o acréscimo do s: V. Exa. / V. Pronomes Demonstrativos
Exas.; V. Ema. / V.Emas.;
z O tratamento adequado a Juízes de Direito é Meri- Os pronomes demonstrativos indicam a posição e
apontam elementos a que se referem as pessoas do
tíssimo Juiz;
discurso (1ª, 2ª e 3ª). Essa posição pode ser designa-
z O tratamento dispensado ao Presidente da Repú-
da por eles no tempo, no espaço físico ou no espaço
blica nunca deve ser abreviado.
textual.
Pronomes Indefinidos
z 1ª pessoa: Este, estes / Esta, estas;
z 2ª pessoa: Esse, esses / Essa, essas;
Os pronomes indefinidos indicam quantidade de z 3ª pessoa: Aquele, aqueles / Aquela, aquelas;
maneira vaga e sempre devem ser utilizados na 3ª z Invariáveis: Isto, isso, aquilo.
pessoa do discurso. Os pronomes indefinidos podem
variar e podem ser invariáveis. Observe a seguinte Usamos este, esta, isto para indicar:
tabela:
z Referência ao espaço físico, indicando a proximi-
PRONOMES INDEFINIDOS1 dade de algo ao falante.
Variáveis Invariáveis
Algum, alguma, alguns, algumas Alguém Ex.: Esta caneta aqui é minha. Entreguei-lhe isto
como prova.
Nenhum, nenhuma, nenhuns, Ninguém
nenhumas z Referência ao tempo presente.
Todo, toda, todos, todas Quem
Outro, outra, outros, outras Outrem Ex.: Esta semana começarei a dieta. Neste mês,
pagarei a última prestação da casa.
Muito, muita, muitos, muitas Algo
Pouco, pouca, poucos, poucas Tudo z Referência ao espaço textual.
Certo, certa, certos, certas Nada
Ex.: Encontrei Joana e Carla no shopping; esta pro-
Vários, várias Cada curava um presente para o marido (o pronome refere-
Quanto, quanta, quantos, quantas Que -se ao último termo mencionado).
Este artigo científico pretende analisar... (o prono-
Tanto, tanta, tantos, tantas
me “este” refere-se ao próprio texto).
Qualquer, quaisquer Usamos esse, essa, isso para indicar:
LÍNGUA PORTUGUESA
Qual, quais
z Referência ao espaço físico, indicando o afasta-
Um, uma, uns, umas
mento de algo de quem fala.
As palavras certo e bastante serão pronomes Ex.: Essa sua gravata combinou muito com você.
indefinidos quando vierem antes do substantivo, e
serão adjetivos quando vierem depois. z Indicar distância que se deseja manter.
Ex.: Busco certo modelo de carro (pronome
indefinido). Ex.: Não me fale mais nisso. A população não con-
Busco o modelo de carro certo (adjetivo). fia nesses políticos.
1 Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/pronomes-indefinidos-e-interrogativos-nenhum-outro-qualquer-quem-
quanto-qual.htm>. Acesso em: 14 jul. de 2020. 19
z Referência ao tempo passado. Em alguns casos, há a omissão do antecedente do
relativo “que”.
Ex.: Nessa semana, eu estava doente. Esses dias Ex.: Não teve que dizer (não teve nada que dizer).
estive em São Paulo.
z Emprego do relativo quem: Seu antecedente deve
z Referência a algo já mencionado no texto/ na fala. ser uma pessoa ou objeto personificado.
Ex.: Fomos nós quem fizemos o bolo.
Ex.: Continuo sem entender o porquê de você ter O pronome relativo quem pode fazer referência a algo
falado sobre isso. Sinto uma energia negativa nessa subentendido: Quem cala consente (aquele que cala).
expressão utilizada.
Usamos aquele, aquela, aquilo para indicar: z Emprego do relativo quanto: Seu antecedente
deve ser um pronome indefinido ou demonstrati-
z Referência ao espaço físico, indicando afastamen- vo; pode sofrer flexões.
Ex.: Esqueci-me de tudo quanto foi me ensinado.
to de quem fala e de quem ouve.
Perdi tudo quanto poupei a vida inteira.
Ex.: Margarete, quem é aquele ali perto da porta?
z Emprego do relativo cujo: Deve ser empregado
para indicar posse e aparecer relacionando dois
z Referência a um tempo muito remoto, um passa-
termos que devem ser um possuidor e uma coisa
do muito distante.
possuída.
Ex.: A matéria cuja aula faltei foi Língua portugue-
Ex.: Naquele tempo, podíamos dormir com as por- sa — o relativo cuja está ligando aula (possuidor) à
tas abertas. Bons tempos aqueles! matéria (coisa possuída).
Ex.: Encontrei o homem que desapareceu. O São utilizados para introduzir uma pergunta ao texto.
cachorro que estava doente morreu. A caneta que Apresentam-se de formas variáveis (Que? Quais?
20 emprestei nunca recebi de volta. Quanto? Quantos?) e invariáveis (Que? Quem?).
Ex.: O que é aquilo? Quem é ela? Qual sua idade? Orações interrogativas, exclamativas, opta-
Quantos anos tem seu pai? tivas (exprimem desejo).
Ex.: Como te iludes!
O ponto de interrogação só é usado nas interroga-
tivas diretas. Nas indiretas, aparece apenas a intenção
z Mesóclise: Pronome posicionado no meio do ver-
interrogativa, indicada por verbos como perguntar,
indagar etc. bo. Casos que atraem o pronome para mesóclise:
Ex.: Indaguei quem era ela.
Os pronomes devem ficar no meio dos verbos
Atenção: Os pronomes interrogativos que e quem que estejam conjugados no futuro, caso não
são pronomes substantivos, pois substituem os subs- haja nenhum motivo para uso da próclise.
tantivos, dando fluidez à leitura. Ex.: Dar-te-ei meus beijos agora... / Orgulhar-
Ex.: O tempo, que estava instável, não permitiu a -me-ei dos nossos estudantes.
realização da atividade (O tempo não permitiu a reali-
zação da atividade. O tempo estava instável).2
z Ênclise: Pronome posicionado após o verbo. Casos
Pronomes Possessivos que atraem o pronome para ênclise:
Indica a atitude da ação/do sujeito frente a uma relação enunciada pelo verbo.
Tempos
O tempo designa o recorte temporal em que a ação verbal foi realizada. Basicamente, podemos indicar o tem-
po dessa ação no passado, presente ou futuro. Existem, entretanto, ramificações específicas. Observe a seguir:
z Presente:
Pode expressar não apenas um fato atual, como também uma ação habitual. Ex.: Estudo todos os dias no
mesmo horário.
Uma ação passada. Ex.: Vargas assume o cargo e instala uma ditadura.
Uma ação futura. Ex.: Amanhã, estudo mais! (equivalente a estudarei).
z Passado:
Pretérito imperfeito: Ação inacabada, que pode indicar uma ação frequentativa, vaga ou durativa.
z Futuro:
Futuro do presente: indica um fato que deve ser realizado em um momento vindouro.
A partir dessas informações, podemos também identificar os verbos conjugados nos tempos simples e nos
tempos compostos. Os tempos verbais simples são formados por uma única palavra, ou verbo, conjugado no
presente, passado ou futuro.
Já os tempos compostos são formados por dois verbos, um auxiliar e um principal; nesse caso, o verbo auxiliar
é o único a sofrer flexões.
Agora, vamos conhecer as desinências modo-temporais dos tempos simples e compostos, respectivamente:
z Anômalos: Esses verbos apresentam profundas alterações no radical e nas desinências verbais, consideradas
anomalias morfológicas; por isso, recebem essa classificação. Um exemplo bem usual de verbo dessa categoria
é o verbo “ser”. Na língua portuguesa, apenas dois verbos são classificados dessa forma: os verbos ser e ir.
Os verbos ser e ir são irregulares, porém, apresentam uma forma específica de irregularidade que ocasiona
uma anomalia em sua conjugação. Por isso, são classificados como anômalos.
z Abundantes: São formas verbais abundantes os verbos que apresentam mais de uma forma de particípio acei-
tas pela norma culta gramatical. Geralmente, apresentam uma forma de particípio regular e outra irregular.
Vejamos alguns verbos abundantes:
z Defectivos: São verbos que não apresentam algumas pessoas conjugadas em suas formas, gerando um “defei-
to” na conjugação (por isso, o nome). Alguns exemplos de defectivos são os verbos colorir, precaver, reaver etc.
Esses verbos não são conjugados na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, bem como: aturdir,
exaurir, explodir, esculpir, extorquir, feder, fulgir, delinquir, demolir, puir, ruir, computar, colorir, carpir, banir,
brandir, bramir, soer.
Verbos que expressam onomatopeias ou fenômenos temporais também apresentam essa característica, como
latir, bramir, chover.
z Pronominais: Esses verbos apresentam um pronome oblíquo átono integrando sua forma verbal. É importan-
LÍNGUA PORTUGUESA
te lembrar que esses pronomes não apresentam função sintática. Predominantemente, os verbos pronominas
apresentam transitividade indireta, ou seja, são VTI. Ex.: Sentar-se.
O verbo haver, com sentido de existir ou marcan- As vozes verbais definem o papel do sujeito na
do tempo decorrido, também será impessoal. oração, demonstrando se o sujeito é o agente da ação
Ex.: Havia muitos candidatos e poucas vagas. / Há verbal ou se ele recebe a ação verbal. Dividem-se em:
dois anos, fui aprovado em concurso público.
Os verbos ser e estar também são verbos impes- z Ativa: O sujeito é o agente, praticando a ação
soais quando designam fenômeno climático ou tempo. verbal.
Ex.: Está muito quente! / Era tarde quando chegamos.
O verbo ser para indicar hora, distância ou data Ex.: O policial deteve os bandidos.
concorda com esses elementos.
O verbo fazer também poderá ser impessoal, z Passiva: O sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação
verbal.
quando indicar tempo decorrido ou tempo climático.
Ex.: Faz anos que estudo pintura. / Aqui faz muito
Ex.: Os bandidos foram detidos pelo policial —
calor.
passiva analítica;
Os verbos impessoais não apresentam sujeito; sin-
Detiveram-se os criminosos — passiva sintética.
taticamente, classifica-se como sujeito inexistente.
O verbo ser será impessoal quando o espaço sintá-
z Reflexiva: O sujeito é agente e paciente ao mes-
tico ocupado pelo sujeito não estiver preenchido: “Já mo tempo, pois pratica e recebe a ação verbal.
é natal”. Segue o mesmo paradigma do verbo fazer,
podendo ser impessoal, também, o verbo ir: “Vai uns Ex.: Os bandidos se entregaram à polícia. / O
bons anos que não vejo Mariana”. menino se agrediu.
z Auxiliares: Os verbos auxiliares são empregados z Recíproca: O sujeito é agente e paciente ao mes-
nas formas compostas dos verbos e também nas mo tempo, porém há uma ação compartilhada
locuções verbais. Os principais verbos auxiliares entre dois indivíduos. A ação pode ser comparti-
dos tempos compostos são ter e haver. lhada entre dois ou mais indivíduos que praticam
e sofrem a ação.
Nas locuções, os verbos auxiliares determinam a
concordância verbal; porém, o verbo principal deter- Ex.: Os bandidos se olharam antes do julga-
mina a regência estabelecida na oração. mento. / Apesar do ódio mútuo, os candidatos se
Apresentam forte carga semântica que indica cumprimentaram.
modo e aspecto da oração. São importantes na forma-
ção da voz passiva analítica. A voz passiva é realizada a partir da troca de fun-
ções entre sujeito e objeto da voz ativa. Só podemos
z Formas Nominais: Na língua portuguesa, usamos transformar uma frase da voz ativa para a voz passiva
três formas nominais dos verbos: se o verbo for transitivo direto ou transitivo direto e
indireto. Logo, só há voz passiva com a presença do
Gerúndio: Terminação -ndo. Apresenta valor objeto direto.
durativo da ação e equivale a um advérbio ou Importante! Não confunda os verbos pronomi-
adjetivo. Ex.: Minha mãe está rezando. nais com as vozes verbais. Os verbos pronominais
Particípio: Terminações -ado, -ido, -do, -to, -go, que indicam sentimentos, como arrepender-se, quei-
xar-se, dignar-se, entre outros, acompanham um
-so. Apresenta valor adjetivo e pode ser classi-
pronome que faz parte integrante do seu significado,
ficado em particípio regular e irregular, sendo
diferentemente das vozes verbais, que acompanham
as formas regulares finalizadas em -ado e -ido.
o pronome “se” com função sintática própria.
A norma culta gramatical recomenda o uso do par- Outras Funções do “se”
ticípio regular com os verbos “ter” e “haver”. Já com
os verbos “ser” e “estar”, recomenda-se o uso do par- Como vimos, o “se” pode funcionar como item
ticípio irregular. essencial na voz passiva. Além dessa função, esse ele-
Ex.: Os policiais haviam expulsado os bandidos / mento também acumula outras atribuições:
Os traficantes foram expulsos pelos policiais.
z Partícula apassivadora: A voz passiva sintética
Infinitivo: Marca as conjugações verbais. é feita com verbos transitivos direto (TD) ou tran-
sitivos direto indireto (TDI). Nessa voz, incluímos
AR: Verbos que compõem a 1ª conjugação (Amar, o “se” junto ao verbo, por isso, o elemento “se” é
passear); designado partícula apassivadora, nesse contexto.
ER: Verbos que compõem a 2ª conjugação (Comer,
pôr); Ex.: Busca-se a felicidade (voz passiva sintética) —
26 IR: Verbos que compõem a 3ª conjugação (Partir, sair). “Se” (partícula apassivadora).
O “se” exercerá essa função apenas: Conjugação de Verbos Derivados
Com verbos cuja transitividade seja TD ou TDI; Verbo derivado é aquele que deriva de um ver-
Com verbos que concordam com o sujeito; bo primitivo; para trabalhar a conjugação desses
Com a voz passiva sintética. verbos, é importante ter clara a conjugação de seus
“originários”.
Atenção: Na voz passiva nunca haverá objeto dire- Atente-se à lista de verbos irregulares e de algu-
to (OD), pois ele se transforma em sujeito paciente. mas de suas derivações a seguir, pois são assuntos
relevantes em provas diversas:
z Índice de indeterminação do sujeito: O “se” fun-
cionará nessa condição quando não for possível z Pôr: Repor, propor, supor, depor, compor, expor;
identificar o sujeito explícito ou subentendido. z Ter: Manter, conter, reter, deter, obter, abster-se;
Além disso, não podemos confundir essa função z Ver: Antever, rever, prever;
do “se” com a de apassivador, já que, para ser índi- z Vir: Intervir, provir, convir, advir, sobrevir.
ce de indeterminação do sujeito, a oração precisa
estar na voz ativa. Vamos conhecer agora alguns verbos cuja conjuga-
ção apresenta paradigma derivado, auxiliando a com-
Outra importante característica do “se” como índi- preensão dessas conjugações verbais.
ce de indeterminação do sujeito é que isso ocorre em O verbo criar é conjugado da mesma forma que os
verbos transitivos indiretos, verbos intransitivos ou verbos “variar”, “copiar”, “expiar” e todos os demais
verbos de ligação. Além disso, o verbo sempre deverá que terminam em -iar. Os verbos com essa termina-
estar na 3ª pessoa do singular. ção são, predominantemente, regulares.
Ex.: Acredita-se em Deus.
PRESENTE — INDICATIVO
z Pronome reflexivo: Na função de pronome refle-
Eu Crio
xivo, a partícula “se” indicará reflexão ou reci-
procidade, auxiliando a construção dessas vozes Tu Crias
verbais, respectivamente. Nessa função, suas prin- Ele/Você Cria
cipais características são: Nós Criamos
Vós Criais
Sujeito recebe e pratica a ação;
Funcionará, sintaticamente, como objeto direto Eles/Vocês Criam
ou indireto;
O sujeito da frase poderá estar explícito ou Os verbos terminados em -ear, por sua vez, geral-
implícito. mente são irregulares e apresentam alguma modifi-
cação no radical ou nas desinências. Acompanhe a
Ex.: Ele se via no espelho (explícito). Deu-se um conjugação do verbo “passear”:
presente de aniversário (implícito).
PRESENTE — INDICATIVO
z Parte integrante do verbo: Nesses casos, o “se”
Eu Passeio
será parte integrante dos verbos pronominais,
acompanhando-o em todas as suas flexões. Quan- Tu Passeias
do o “se” exerce essa função, jamais terá uma fun- Ele/Você Passeia
ção sintática. Além disso, o sujeito da frase poderá Nós Passeamos
estar explícito ou implícito.
Vós Passeais
Ex.: (Ele/a) Lembrou-se da mãe, quando olhou a filha. Eles/Vocês Passeiam
z Lugar: Cair sobre o inimigo. Veja a lista a seguir5, que apresenta as preposições
que se contraem e suas devidas formas:
Locuções Prepositivas
z Preposição “a”:
São grupos de palavras que equivalem a uma
preposição. Com o artigo definido ou pronome demonstra-
Ex.: Falei sobre o tema da prova. (preposição) / tivo feminino:
Falei acerca do tema da prova. (locução prepositiva)
A locução prepositiva na segunda frase substi- a + a= à
tui perfeitamente a preposição “sobre”. As locuções a + as= às
4 Disponível em: instagram.com/academiadotexto. Acesso em: 20 nov. 2020.
5 Disponível em: <https://www.preparaenem.com/portugues/combinacao-contracao-das-preposicoes.htm>. Acesso em: 20 nov. 2020. 29
Com o pronome demonstrativo: z Preposição “per”:
Importante: A conjunção “e” pode apresentar Ex.: Estudei tanto que fiquei com dor de cabeça.
valor adversativo, principalmente quando é antecedi-
da por vírgula: Estava querendo dormir, e o barulho z Comparativa: Iniciam orações comparando ações
não deixava. e, em geral, o verbo fica subtendido. Como, que
nem, que (depois de mais, menos, melhor, pior,
z Alternativas: Ligam orações com ideias que não maior), tanto... quanto etc.
acontecem simultaneamente, que se excluem. Ou,
ou...ou, quer...quer, seja...seja, ora...ora, já...já. Ex.: Corria como um touro.
Ex.: Estude ou vá para a festa. Ela dança tanto quanto Carlos.
Seja por bem, seja por mal, vou convencê-la.
z Conformativa: Expressam a conformidade de
Importante: A palavra “senão” pode funcionar
uma ideia com a da oração principal. Conforme,
como conjunção alternativa: Saia agora, senão cha-
marei os guardas! (pode-se trocá-la por “ou”). como, segundo, de acordo com, consoante etc.
z Explicativas: Ligam orações, de forma que em Ex.: Tudo ocorreu conforme o planejado.
uma delas explica-se o que a outra afirma. Que, por- Amanhã chove, segundo informa a previsão do
que, pois, (se vier no início da oração), porquanto. tempo.
Ex.: Estude, porque a caneta é mais leve que a
enxada! z Concessiva: Iniciam uma oração com uma ideia
Viva bem, pois isso é o mais importante. contrária à da oração principal. Embora, conquan-
to, ainda que, mesmo que, em que pese, posto que
Importante: “Pois” com sentido explicativo ini- etc.
cia uma oração e justifica outra. Ex.: Volte, pois sinto
LÍNGUA PORTUGUESA
Ex.: Quando viajei para Fortaleza, estive na Praia Dor/Tristeza Ai! Ui! Que pena!
do Futuro. Espanto Oh! Ah! Opa! Putz!
Mal cheguei à cidade, fui assaltado. Saudação Salve! Viva! Adeus! Tchau!
Medo Credo! Cruzes! Uh! Oh!
Importante!
É salutar lembrar que o sentido exato de cada
Os valores semânticos das conjunções não se interjeição só poderá ser apreendido diante do con-
prendem às formas morfológicas desses elemen- texto. Por isso, em questões que abordem essa classe
tos. O valor das conjunções é construído contex- de palavras, o candidato deve reler o trecho em que a
tualmente, por isso, é fundamental estar atento interjeição aparece, a fim de se certificar do sentido
expresso no texto.
aos sentidos estabelecidos no texto.
Isso acontece pois qualquer expressão exclamati-
Ex.: Se Mariana gosta de você, por que você não a
va que expresse sentimento ou emoção pode funcio-
procura? (Se = causal = já que) nar como uma interjeição. Lembre-se dos palavrões,
Por que ficar preso na cidade, quando existe tanto por exemplo, que são interjeições por excelência, mas
ar puro no campo? (Quando = causal = já que). que, dependendo do contexto, podem ter seu sentido
alterado.
Antes de concluirmos, é importante ressaltar o
Conjunções Integrantes papel das locuções interjetivas, conjunto de palavras
que funciona como uma interjeição, como: Meu Deus!
As conjunções integrantes fazem parte das orações Ora bolas! Valha-me Deus!
subordinadas; na realidade, elas apenas integram uma
oração principal à outra, subordinada. Existem apenas
dois tipos de conjunções integrantes: “que” e “se”.
CORREÇÃO LINGUÍSTICA E
z Quando é possível substituir o “que” pelo pronome
“isso”, estamos diante de uma conjunção integrante.
ESTRUTURAÇÃO DE FRASES, TENDO
EM VISTA SUA INTERFERÊNCIA NA
Ex.: Quero que a prova esteja fácil. (Quero. O quê? SIGNIFICAÇÃO TEXTUAL
Isso).
ORTOGRAFIA
z Sempre haverá conjunção integrante em orações
A ortografia é o ramo que estuda a variedade for-
substantivas e, consequentemente, em períodos
mal da escrita das palavras. Veja, por meio de algu-
compostos. mas regras, como acabar com suas dúvidas e escrever
corretamente.
Ex.: Perguntei se ele estava em casa. (Perguntei. O
quê? Isso). Emprego do X e do CH
Ex.: Sabe-se, que o Brasil é um país desigual Ex.: peixe, faixa, caixa, ameixa, queixo, baixo,
(errado). encaixe, paixão, frouxo
32 Sabe-se que o Brasil é um país desigual (certo). Exceção: recauchutar (e seus derivados) e caucho;
z Após as sílabas “en” e “me”. z O “S” tem sempre som de /z/ quando está entre
vogais. Sendo assim, palavras compostas deriva-
Ex.: enxada, enxame, enxaqueca, enxergar, enxu- das de uma palavra com “S” no início passam a ser
gar, mexerica, mexilhão, mexer, mexicano, enxovalho. escritas com “SS”, mantendo o som de /s/:
Algumas palavras formadas por prefixação (pre-
fixo “en” + radical) são escritas com “ch” (enchente, Ex.: Sala – Antessala / Sol – Girassol / Seguir
encharcar etc.). – Prosseguir.
Exceção: mecha (de cabelo);
z O “SS” é utilizado somente entre vogais:
z Em palavras de origem indígena e africana e pala-
Ex.: Passagem, pessoa, posse, possível.
vras inglesas aportuguesadas.
Emprego do C e QU
Ex.: xampu, xerife, xará, xingar, xavante;
É comum encontrarmos algumas palavras que
Outras palavras escritas com “X”: bexiga, laxativo, nos colocam na dúvida: usar C ou QU? Pois existem
caxumba, xenofobia, xícara, xarope, lixo, capixaba, palavras que podem ser escritas tanto de uma forma,
xereta, faxina, maxixe, bruxa, relaxar, roxo, graxa, como de outra. Veja:
puxar, rixa. Ex.: Catorze / quatorze; cociente / quociente; coti-
Algumas palavras com “CH”: chicória, ficha, chi- diano / quotidiano; cotizar / quotizar.
marrão, churrasco, chinelo, chicote, cachimbo, fanto- As seguintes palavras só podem ser escritas de
che, penacho, broche, salsicha, apetrecho, bochecha, uma forma:
brecha, pechincha, inchar, flecha, chute, deboche, Cinquenta, cinquentenário, cinquentão, cinquentona.
mochila, pichar, lincha, fechar, fachada, comichão,
chuchu, charque, cochicho. Emprego do K, W e Y
Ex.: Açougue, açúcar, caçula. z Palavras de origem africana: Jiló, jagunço, jabá.
É importante saber:
z Em início de palavras, o Ç e o SS não são usados.
O “S” inicia palavras quando seguido de qualquer z A conjugação do verbo “viajar”, no Presente do
uma das vogais: Subjuntivo, escreve-se com j: Que eles(as) viajem.
z Verbos no infinitivo escritos com “G” antes de “e”
Ex.: Sapato, segurança, situação, solteiro, sucesso. ou “i” têm o “G” substituído por “J” em algumas fle-
xões, para manter o mesmo som:
z O “C” inicia palavras (possuindo o mesmo som de
“S”) apenas com as vogais “e” e “i”: Afligir: aflija, aflijo;
Agir: ajam, ajo;
Ex.: Cenoura, cela, cigarro, cinema. Eleger: elejam, elejo. 33
REESCRITA DE FRASES: SUBSTITUIÇÃO E Locução Verbal
DESLOCAMENTO
Em vez de usar a forma única do verbo, é possível
A reescritura é um recurso essencial às ativida- substituir o verbo por uma locução verbal e vice-versa.
des comunicativas, sendo utilizada para corrigir Ex.:
eventuais erros ortográficos por exemplo ou, ainda,
z Vou solicitar os documentos amanhã / Solicitarei
para reformular o texto, tornando-o mais claro. No
os documentos amanhã.
contexto dos concursos públicos, para responder às
questões apresentadas, é necessário identificar qual é Verbo por Substantivo e Vice-versa
a alternativa que apresenta uma reescrita que man-
tém o sentido do texto original, ou seja, sem que haja Pode-se usar um substantivo correspondente no
mudança de compreensão, baseada na intenção do lugar de um verbo ou vice-versa, desde que isso faça
emissor da mensagem. sentido dentro do contexto.
A coesão é um dos principais pontos a se observar Ex.:
na produção de um texto e, consequentemente, na
reescritura, para manter a coerência e a harmonia do z Caminhar: caminho;
texto. Conjunções, advérbios, preposições e pronomes z Resolver: resolução;
são mecanismos linguísticos que contribuem para o z Trabalhar: trabalho;
estabelecimento de relações de sentido entre as partes z Necessitar: necessidade;
de um texto. Além disso, os sinais de pontuação têm z Estudar: estudos;
papel fundamental para a produção de sentidos em z Beijar: beijo;
um texto, devendo, também, ser analisados.
Vale frisar que os trechos reescritos precisam z O trabalho enobrece o homem / Trabalhar eno-
manter a essência do texto base, ou seja, a informação brece o homem.
principal. Ainda, é importante notar os tempos ver-
bais empregados e a ordem das palavras também. Voz Verbal
Após a reescrita, as frases precisam:
É possível mudar a voz verbal sem mudar a men-
sagem do enunciado.
z Manter o significado original;
Ex.:
z Manter a coesão;
z Não expressar opinião que não esteja na frase z Eu fiz todo o trabalho / Todo o trabalho foi feito
original; por mim.
z Respeitar a sequência das ideias apresentadas no
texto original. Palavra por Locução Correspondente
Há algumas maneiras de rescrever um texto. Des- Pode-se, na reescrita, trocar uma palavra por locu-
tacaremos, aqui, o deslocamento dos enunciados e a ção que corresponda a ela, ou vice-versa.
substituição de palavras ou trechos. Ex.:
deslocados em um período.
CONCEITOS BÁSICOS DA SINTAXE
Adjunto Adverbial
Ao selecionar palavras, nós as escolhemos entre
os grandes grupos de palavras existentes na língua,
Ex.: Participei de todas as aulas da faculdade na como verbos, substantivos ou adjetivos. Esses são gru-
semana passada. / Na semana passada, participei de pos morfológicos. Ao combinar as palavras em frases,
todas as aulas da faculdade. nós construímos um painel morfológico.
As palavras normalmente recebem uma dupla
Note que o texto, ao ser reescrito, apresenta o mes- classificação: a morfológica, que está relacionada à
mo sentido do original. No entanto, a fim de preservar classe gramatical a que pertence, e a sintática, rela-
a correção gramatical, foi necessário utilizar a vírgu- cionada à função específica que assumem em deter-
la logo após o trecho deslocado. minada frase. 35
Frase No exemplo anterior a população é:
Frase é todo enunciado com sentido completo. z O elemento sobre o qual se declarou algo (implo-
Pode ser formada por apenas uma palavra ou por um rou pela compra da vacina);
conjunto de palavras. z O elemento que pratica a ação de implorar;
Ex.: Fogo!
z O termo com o qual o verbo concorda (o verbo
Silêncio!
implorar está flexionado na 3ª pessoa do singular);
“A igreja, com este calor, é fornalha...” (Graciliano
Ramos) z O termo que pode ser substituído por um pronome
do caso reto.
Oração (Ele implorou pela compra da vacina da COVID-19.)
Período é o enunciado constituído de uma ou mais z O sujeito simples contém apenas um núcleo.
orações. Ex.: O povo pediu providências ao governador.
Classifica-se em: Sujeito: O povo
Núcleo do sujeito: povo
� Simples: possui apenas uma oração.
Ex.: O sol surgiu radiante. z Já o sujeito composto, o núcleo será constituído
Ninguém viu o acidente. de dois ou mais termos.
� Composto: possui duas ou mais orações. As luzes e as cores são bem visíveis.
Ex.: “Amou daquela vez como se fosse a última.” Sujeito: As luzes e as cores
(Chico Buarque) Núcleo do sujeito: luzes/cores
Chegou Em Casa E Tomou Banho.
Dica
PERÍODO SIMPLES – TERMOS DA ORAÇÃO
Para determinar o sujeito da oração, colocam-se
as expressões interrogativas quem? ou o quê?
Os termos que formam o período simples são dis-
Antes do verbo.
tribuídos em: essenciais (Sujeito e Predicado), inte-
grantes (complemento verbal, complemento nominal Ex.: A população pediu uma providência ao
e agente da passiva) e acessórios (adjunto adnominal, governador.
adjunto adverbial e aposto). quem pediu uma providência ao governador?
Resposta: A população (sujeito).
Termos Essenciais da Oração Ex.: O pêndulo do relógio iria de um lado para o
outro.
São aqueles indispensáveis para a estrutura básica o que iria de um lado para o outro?
da oração. Costuma-se associar esses termos a situa- Resposta: O pêndulo do relógio (sujeito).
ções analógicas, como um almoço tradicional brasi-
leiro constituído basicamente de arroz e feijão, por Tipos de Sujeito
exemplo. São eles: Sujeito e Predicado. Veremos a
seguir cada um deles. Quanto à função na oração, o sujeito classifica-se em:
SUJEITO
Simples
É o elemento que faz ou sofre a ação determinada DETERMINADO Composto
pelo verbo.
O sujeito pode ser: Elíptico
“de” no meio da frase, o termo “cabelo” não seria mais mas um estado momentâneo ou permanente que
sujeito, seria objeto indireto, um complemento verbal. relaciona o sujeito ao restante do predicado, que é
o predicativo do sujeito.
Precisa-se de cabelo.
z Predicativo do sujeito; função exercida por subs-
Assim, “de cabelo” seria um complemento verbal,
e não um sujeito da oração. Nesse caso, o sujeito é tantivo, adjetivo, pronomes e locuções que atri-
indeterminado, marcado pelo índice de indetermina- buem uma condição ou qualidade ao sujeito.
ção “-se”. Ex.: O garoto está bastante feliz.
Verbo de ligação: está.
z Voz passiva analítica (sujeito paciente) Predicativo do sujeito: bastante feliz.
Ex.: A minha saia azul está rasgada. Ex.: Seu batom é muito forte.
O sujeito está sofrendo uma ação, e não há presen- Verbo de ligação: é.
ça da partícula -se. Predicativo do sujeito: muito forte. 37
Predicado Verbal Ex.: “Fabiano marchou desorientado.” (Olavo Bilac)
Verbo intransitivo: marchou
Ocorre quando há dois núcleos significativos: um Predicativo do sujeito: desorientado
verbo (transitivo ou intransitivo) e um nome (predi-
cativo do sujeito ou, em caso transitivo, predicativo do No segundo exemplo, o termo “desorientado” indi-
objeto). Da natureza desse verbo é que decorrem os ca um estado do termo “Fabiano”, que também é sujei-
demais termos do predicado. to. Temos mais um caso de predicativo do sujeito.
O verbo do predicado pode ser classificado em
transitivo direto, transitivo indireto, verbo transi- Ex.: “Ptolomeu achou o raciocínio exato.” (Macha-
tivo direto e indireto ou verbo intransitivo. do de Assis)
Verbo transitivo direto: achou
z Verbo transitivo direto (VTD): é o verbo que exi- Objeto direto: o raciocínio
ge um complemento não preposicionado, o objeto Predicativo do objeto: exato
direto.
Ex.: “Fazer sambas lá na vila é um brinquedo.” No terceiro exemplo, o termo “exato” caracteriza
Noel Rosa um julgamento relacionado ao termo “o raciocínio”,
Verbo Transitivo Direto: Fazer. que é o objeto direto dessa oração. Com isso, podemos
concluir que temos um caso de predicativo do obje-
Ex.: Ele trouxe os livros ontem.
to, visto que “exato” não se liga a “Ptolomeu”, que é
Verbo Transitivo Direto: trouxe.
o sujeito.
z Verbo transitivo indireto (VTI): o verbo transiti- O que é o predicativo do objeto?
vo indireto tem como necessidade o complemen- É o termo que confere uma característica, uma
to acompanhado de uma preposição para fazer qualidade, ao que se refere.
sentido. A formação do predicativo do objeto se dá por um
Ex.: Nós acreditamos em você. adjetivo ou por um substantivo.
Verbo transitivo indireto: acreditamos Ex.: Consideramos o filme proveitoso.
Preposição: em Predicativo do objeto: proveitoso
Ex.: Frida obedeceu aos seus pais. Ex.: Chamavam-lhe vitoriosa, pelas conquistas.
Verbo transitivo indireto: obedeceu Predicativo do objeto: vitoriosa
Preposição: a (a + os) Para facilitar a identificação do predicativo do
Ex.: Os professores concordaram com isso. objeto, o recomendável é desdobrar a oração, acres-
Verbo transitivo indireto: concordaram centando-lhe um verbo de ligação, cuja função especí-
Preposição: com fica é relacionar o predicativo ao nome.
O filme foi proveitoso.
z Verbo transitivo direto e indireto (VTDI): é o Ela era vitoriosa.
verbo de sentido incompleto que exige dois com- Nessas duas últimas formas, os termos seriam pre-
plementos: objeto direto (sem preposição) e objeto dicativos do sujeito, pois são precedidos de verbos de
indireto (com preposição). ligação (foi e era, respectivamente).
Ex.: “Ela contava-lhe anedotas, e pedia-lhe ou-
tras.” (Machado de Assis) TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Verbo transitivo direto e indireto 1: contava
Objeto direto 1: anedotas São vocábulos que se agregam a determinadas
Objeto indireto 1: lhe estruturas para torná-las completas. De acordo com
Verbo transitivo direto e indireto 2: pedia a gramática da língua portuguesa, esses termos são
Objeto direto 2: outras divididos em:
Objeto indireto 2: lhe.
Complementos Verbais
z Verbo intransitivo (VI): É aquele capaz de cons-
truir sozinho o predicado, que não precisa de com-
São termos que completam o sentido de verbos
plementos verbais, sem prejudicar o sentido da
transitivos diretos e transitivos indiretos.
oração.
Ex.: Escrevia tanto que os dedos adormeciam.
z Objeto direto: revela o alvo da ação. Não é acom-
Verbo intransitivo: adormeciam.
panhado de preposição.
Ex.: Examinei o relógio de pulso.
Predicado Verbo-Nominal Gostaria de vê-lo no topo do mundo.
O técnico convocou somente os do Brasil. (os =
Ocorre quando há dois núcleos significativos: aqueles)
um verbo nocional (intransitivo ou transitivo) e um
nome (predicativo do sujeito ou, em caso de verbo Pronomes e sua relação com o objeto direto
transitivo, predicativo do objeto). Além dos pronomes oblíquos o(s), a(s) e suas
variações lo(s), la(s), no(s), na(s), “que” quase sem-
Ex.: “O homem parou atento.” (Murilo Mendes) pre exercem função de objeto direto, os pronomes
Verbo intransitivo: parou oblíquos me, te, se, nos, vos também podem exercer
Predicativo do sujeito: atento essa função sintática.
Ex.: Levou-me à sabedoria esta aula. (= “Levaram
Repare que no primeiro exemplo o termo “atento” quem? A minha pessoa”)
está caracterizando o sujeito “O homem” e, por isso, é Nunca vos tomeis como grandes personalidades.
38 considerado predicativo do sujeito. (= “Nunca tomeis quem? Vós”)
Convidaram-na para o almoço de despedida. (= verbos transitivos indiretos e diretos. Representa
“Convidaram quem? Ela”) o ser beneficiado ou o alvo de uma ação.
Depois de terem nos recebido, abriram a caixa. (= Ex.: Por favor, entregue a carta ao proprietário da
“Receberam quem? Nós”) casa 260.
Os pronomes demonstrativos o, a, os, as podem Gosto de ti, meu nobre.
ser objetos diretos. Normalmente, aparecem antes do Não troque o certo pelo duvidoso.
pronome relativo que. Vamos insistir em promover o novo romance de
Ex.: Escuta o que eu tenho a dizer. (Escuta algo: ficção.
esse algo é o objeto direto)
Observe bem a que ele mostrar. (a = pronome Objeto indireto e o uso de pronomes pessoais
feminino definido)
Pode ser representado pelos seguintes pronomes
z Objeto direto preposicionado oblíquos átonos: me, te, se, no, vos, lhe, lhes. Os pro-
nomes o, a, os, as não exercerão essa função.
Mesmo que o verbo transitivo direto não exija Ex.: Mostre-lhe onde fica o banheiro, por favor.
preposição no seu complemento, algumas palavras Todos os pronomes oblíquos tônicos (me, mim,
requerem o uso da preposição para não perder o sen- comigo, te, ti, contigo) podem funcionar como objeto
tido de “alvo” do sujeito. indireto, já que sempre ocorrem com preposição.
Além disso, há alguns casos obrigatórios e outros Ex.: Você escreveu esta carta para mim?
facultativos.
z Objeto indireto pleonástico: Ocorrência repetida
Exemplos com ocorrência obrigatória de preposição: dessa função sintática com o objetivo de enfatizar
uma mensagem.
Não entendo nem a ele nem a ti. Ex.: A ele, sem reservas, supliquei-lhe ajuda.
Respeitava-se aos mais antigos.
Ali estava o artista a quem nosso amigo idolatrava. COMPLEMENTO NOMINAL
Amavam-se um ao outro.
“Olho Gabriela como a uma criança, e não mulher Completa o sentido de substantivos, adjetivos e
feita.” (Ciro dos Anjos) advérbios. É uma função sintática regida de preposi-
ção e com objetivo de completar o sentido de nomes. A
Exemplos com ocorrência facultativa de preposição: presença de um complemento nominal nos contextos
de uso é fundamental para o esclarecimento do senti-
Eles amam a Deus, assim diziam as pessoas daque- do do nome.
le templo. Ex.: Tenho certeza de que tu serás aprovado.
A escultura atrai a todos os visitantes. Estou longe de casa e tão perto do paraíso.
Não admito que coloquem a Sua Excelência num Para melhor identificar um complemento nomi-
pedestal. nal, siga a instrução:
Ao povo ninguém engana. Nome + preposição + quem ou quê
Eu detesto mais a estes filmes do que àqueles. Como diferenciar complemento nominal de com-
No caso “Você bebeu dessa água?”, a forma “des- plemento verbal?
sa” (preposição de + pronome essa) precisa estar pre- Ex.: Naquela época, só obedecia ao meu coração.
sente para indicar parte de um todo, quando assim (complemento verbal, pois “ao meu coração” liga-se
for o contexto de uso. Logo, a pergunta é se a pessoa diretamente ao verbo “obedecia”)
bebeu uma porção da água, e não ela toda. Naquela época, a obediência ao meu coração pre-
valecia. (complemento nominal, pois “ao meu cora-
z Objeto direto pleonástico: É a dupla ocorrência ção” liga-se diretamente ao nome “obediência”).
dessa função sintática na mesma oração, a fim de
enfatizar um único significado. Agente da Passiva
Ex.: “Eu não te engano a ti”. (Carlos Drummond de É o complemento de um verbo na voz passiva ana-
Andrade) lítica. Sempre é precedido da preposição por, e, mais
raramente, da preposição de.
z Objeto direto interno: Representado por palavra Forma-se essencialmente pelos verbos auxiliares
que tem o mesmo radical do verbo ou apresenta ser, estar, viver, andar, ficar.
mesmo significado.
LÍNGUA PORTUGUESA
Será complemento nominal: se indicar o alvo � Enumerativo: usado para desenvolver ideias que
daquilo que expressa o substantivo. foram resumidas ou abreviadas em um termo ante-
Ex.: A preferência pelos novos alojamentos não rior. Mostra os elementos contidos em um só termo.
foi respeitada. Ex.: Víamos somente isto: vales, montanhas e
Notava-se o amor pelo seu trabalho. riachos.
Se vier ligado a um adjetivo ou a um advérbio: Apenas três coisas me tiravam do sério, a saber,
Ex.: Manteve-se firme em seus objetivos. preconceito, antipatia e arrogância.
z Recapitulativo ou resumidor: É o termo usado
Adjunto Adverbial para resumir termos anteriores. É expresso, nor-
malmente, por um pronome indefinido.
Termo representado por advérbios, locuções Ex.: Os professores, coordenadores, alunos, todos
adverbiais ou adjetivos com valor adverbial. Relacio- estavam empolgados com a feira.
na-se ao verbo ou a toda oração para indicar variadas Irei a Moçambique, Cabo Verde, Angola e Guiné-
circunstâncias. -Bissau, países africanos onde se fala português.
� Comparativo: Estabelece uma comparação implícita.
z Tempo: Quero que ele venha logo;
Ex.: Meu coração, uma nau ao vento, está sem
z Lugar: A dança alegre se espalhou na avenida; rumo.
z Modo: O dia começou alegremente;
� Circunstancial: Exprime uma característica
z Intensidade: Almoçou pouco; circunstancial.
z Causa: Ela tremia de frio; Ex.: No inverno, busquemos sair com roupas
z Companhia: Venha jantar comigo; apropriadas.
z Instrumento: Com a máquina, conseguiu lavar as � Especificativo: É o aposto que aparece junto a um
roupas; substantivo de sentido genérico, sem pausa, para
z Dúvida: Talvez ele chegue mais cedo; especificá-lo ou individualizá-lo. É constituído por
substantivos próprios.
z Finalidade: Vivia para o trabalho;
Exs.: O mês de abril.
z Meio: Viajou de avião devido à rapidez; O rio Amazonas.
40 z Assunto: Falávamos sobre o aluguel; Meu primo José.
z Aposto da oração: É um comentário sobre o Aposto: cozinheiro da família (relaciona-se ao
fato expresso pela oração, ou uma palavra que sujeito).
condensa.
Ex.: Após a notícia, ficou calado, sinal de sua PERÍODO COMPOSTO
preocupação.
O noticiário disse que amanhã fará muito calor – Observe os exemplos a seguir:
ideia que não me agrada. A apostila de Português está completa.
� Distributivo: Dispõe os elementos equitativamente. Um verbo: Uma oração = período simples
Ex.: Separe duas folhas: uma para o texto e outra Português e Matemática são disciplinas essen-
para as perguntas. ciais para ser aprovado em concursos.
Sua presença era inesperada, o que causou surpresa. Dois verbos: duas orações = período composto
O período composto é formado por duas ou mais
Dica orações. Num parágrafo, podem aparecer misturado
� O aposto pode aparecer antes do termo a que períodos simples e período compostos.
se refere, normalmente antes do sujeito.
Ex.: Maior piloto de todos os tempos, Ayrton Sen- PERÍODO SIMPLES PERÍODO COMPOSTO
na marcou uma geração.
� Segundo “o gramático” Cegalla, quando o apos- O povo levantou-se cedo
to se refere a um termo preposicionado, pode ele Era dia de eleição
para evitar aglomeração
vir igualmente preposicionado.
Ex.: De cobras, (de) morcegos, (de) bichos, de
Para não esquecer:
tudo ele tinha medo.
� O aposto pode ter núcleo adjetivo ou adverbial. Período simples é aquele formado por uma só
Ex.: Tuas pestanas eram assim: frias e curvas. oração.
(adjetivos, apostos do predicativo do sujeito) Período composto é aquele formado por duas ou
Falou comigo deste modo: calma e maliciosa- mais orações.
mente. (advérbios, aposto do adjunto adverbial Classifica-se nas seguintes categorias:
de modo).
z Por coordenação: orações coordenadas assindéticas;
z Diferença de aposto especificativo e adjunto
adnominal: Normalmente, é possível retirar a Orações coordenadas sindéticas: aditivas, adver-
preposição que precede o aposto. Caso seja um sativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
adjunto, se for retirada a preposição, a estrutura
fica prejudicada. z Por subordinação:
Ex.: A cidade Fortaleza é quente.
(aposto especificativo / Fortaleza é uma cidade) Orações subordinadas substantivas: subjeti-
O clima de Fortaleza é quente.
vas, objetivas diretas, objetivas indiretas, com-
(adjunto adnominal / Fortaleza é um clima?)
pletivas nominais, predicativas, apositivas;
z Diferença de aposto e predicativo do sujeito: O Orações subordinadas adjetivas: restritivas,
aposto não pode ser um adjetivo nem ter núcleo explicativas;
adjetivo. Orações subordinadas adverbiais: causais,
Ex.: Muito desesperado, João perdeu o controle. comparativas, concessivas, condicionais, con-
(predicativo do sujeito; núcleo: desesperado – ad- formativas, consecutivas, finais, proporcionais,
jetivo) temporais.
Homem desesperado, João sempre perde o con-
trole. z Por coordenação e subordinação: orações for-
(aposto; núcleo: homem – substantivo) madas por períodos mistos;
z Orações reduzidas: de gerúndio e de infinitivo.
Vocativo
Período Composto por Coordenação
O vocativo é um termo que não mantém relação
sintática com outro termo dentro da oração. Não per- As orações são sintaticamente independentes. Isso
tence nem ao sujeito, nem ao predicado. É usado para significa que uma não possui relação sintática com
chamar ou interpelar a pessoa que o enunciador dese- verbos, nomes ou pronomes das demais orações no
ja se comunicar. É um termo independente, pois
período.
LÍNGUA PORTUGUESA
Ex.: Mesmo que chova, iremos à praia amanhã. por pronomes relativos;
� Orações subordinadas adverbiais condicionais: z Podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses
são introduzidas por: se, caso, desde que, salvo se, conectivos;
contanto que, a menos que etc. z Podem ser iniciadas por preposição ou locução
Ex.: Você terá sucesso desde que se esforce para prepositiva.
tal. Ex.: Terminada a prova, fomos ao restaurante.
O. S. Adv. reduzida de particípio: não começa com
� Orações subordinadas adverbiais conformati- conjunção
vas: são introduzidas por: como, conforme, segun- Quando terminou a prova, fomos ao restaurante.
do, consoante. (desenvolvida)
Ex.: Ele deverá agir conforme combinamos. O. S. Adv. Desenvolvida: começa com conjunção 43
Orações Reduzidas de Infinitivo Períodos Mistos
Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais. São períodos que apresentam estruturas oracio-
Se o infinitivo for pessoal, irá flexionar normalmente. nais de coordenação e subordinação.
Assim, às vezes aparecem orações coordenadas
z Substantivas: dentro de um conjunto de orações que são subordina-
Ex.: É preciso trabalhar muito. (O. S. substantiva das a uma oração principal.
subjetiva reduzida de infinitivo)
Deixe o aluno pensar. (O. S. substantiva objetiva
1ª oração 2ª oração 3ª oração
direta reduzida de infinitivo)
A melhor política é ser honesto. (O. S. substantiva O homem entrou na sala e pediu que todos calassem.
predicativa reduzida de infinitivo)
Este é um difícil livro de se ler. (O. S. substantiva verbo verbo verbo
completiva nominal reduzida de infinitivo)
Temos uma missão: subir aquela escada. (O. S. 1ª oração: oração coordenada assindética.
substantiva apositiva reduzida de infinitivo) 2ª oração: oração coordenada sindética aditiva
em relação à 1ª oração e principal em relação à 3ª
z Adjetivas: oração.
Ex.: João não é homem de meter os pés pelas 3ª oração: coordenada substantiva objetiva direta
mãos. em relação à 2ª oração.
O meu manual para fazer bolos certamente vai
agradar a todos. Resumindo: período composto por coordenação e
subordinação.
z Adverbiais: As orações subordinadas são coordenadas entre si,
Ex.: Apesar de estar machucado, continua jogan- ligadas ou não por conjunção.
do bola.
Sem estudar, não passarão. z Orações subordinadas substantivas coordena-
Ele passou mal, de tanto comer doces. das entre si
Ex.: Espero que você não me culpe, que não culpe
Orações Reduzidas de Gerúndio meus pais, nem que culpe meus parentes.
Oração principal: Espero
Podem ser coordenadas aditivas, substantivas apo- Oração coordenada 1: que você não me culpe
sitivas, adjetivas, adverbiais. Oração coordenada 2: que não culpe meus pais
Oração coordenada 3: nem que culpe meus
z Coordenada aditiva: parentes.
Ex.: Pagou a conta, ficando livre dos juros.
z Substantiva apositiva:
Ex.: Não mais se vê amigo ajudando um ao outro. Importante!
(subjetiva) O segredo para classificar as orações é per-
Agora ouvimos artistas cantando no shopping.
ceber os conectivos (conjunções e pronomes
(objetiva direta)
relativos).
z Adjetiva:
Ex.: Criança pedindo esmola dói o coração.
� Orações subordinadas adjetivas coordenadas
z Adverbial: entre si
Ex.: Temendo a reação do pai, não contou a Ex.: A mulher que é compreensiva, mas que é
verdade. cautelosa, não faz tudo sozinha.
Oração subordinada adjetiva 1: que é compreensiva
Orações Reduzidas de Particípio Oração subordinada adjetiva 2: mas que é
cautelosa
Podem ser adjetivas ou adverbiais.
� Orações subordinadas adverbiais coordenadas
� Adjetiva: entre si
Ex.: A notícia divulgada pela mídia era falsa. Ex.: Não só quando estou presente, mas também
Nosso planeta, ameaçado constantemente por quando não estou, sou discriminado.
nós mesmos, ainda resiste. Oração subordinada adverbial 1: quando estou
presente
� Adverbiais:
Oração subordinada adverbial 2: quando não
Ex.: Aceitas as condições, não haveria problemas.
estou
(condicional)
Dada a notícia da herança, as brigas começaram. � Orações coordenadas ou subordinadas no mes-
(causal/temporal) mo período
Comprada a casa, a família se mudou logo. Ex.: Presume-se que as penitenciárias cumpram
(temporal) seu papel, no entanto a realidade não é assim.
Oração principal: Presume-se
O particípio concorda em gênero e número com os Oração subordinada subjetiva da principal: as
termos referentes. penitenciárias cumpram seu papel
Essas orações reduzidas adverbiais são bem fre- Oração coordenada sindética adversativa da ante-
44 quentes em provas de concurso. rior: no entanto a realidade não é assim.
z Variação diatópica ou geográfica
NÍVEIS DE LINGUAGEM E SUA
ADEQUAÇÃO ÀS VÁRIAS SITUAÇÕES A variação diatópica pode ocorrer com sons dife-
rentes. Quando isso acontece, dizemos que ocorreu
COMUNICATIVAS uma variação diatópica fonética, já que fonética sig-
nifica aquilo que diz respeito aos sons da fala. Temos
A língua não é uma, ou seja, não é indivisível;
também o exemplo das variações que ocorrem em
ela pode ser considerada um conjunto de dialetos.
diversas partes do país. Em Curitiba, PR, os jovens cha-
Alguém já disse que em país algum se fala uma língua
mam de penal o estojo escolar para guardar canetas e
só, há várias línguas dentro da língua oficial. E no Bra-
lápis; no Nordeste, é comum usarem a palavra cheiro
sil não é diferente: pode-se até afirmar que cada cida-
para representar um carinho feito em alguém. O que
dão tem a sua. A essa característica da língua damos
em outras regiões se chamaria de beijinho. Macaxei-
o nome de variação linguística. De forma sintética,
ra, no Norte e no Nordeste, é a mandioca ou o aipim.
podemos dividir de duas formas a língua “brasileira”:
Essa variação denominamos diatópica lexical, já que
padrão formal e padrão informal; cada um desses
lexical significa algo relativo ao vocabulário.
tipos apresenta suas peculiaridades e espécies deriva-
das. Vejamos:
z Variação diastrática ou sociocultural
PADRÃO FORMAL
A variação diastrática, como também ocorre com
Norma Culta a diatópica, pode ser fonética, lexical e sintática,
dependendo do que seja modificado pelo falar do indi-
A norma culta da língua portuguesa é estabelecida víduo: falar adevogado, pineu, bicicreta, é exemplo de
pelos padrões definidos conforme a classe social mais variação diastrática fonética. Usar “presunto” no
abastada, detentora de poder político e cultural. As lugar de corpo de pessoa assassinada é variação dias-
pessoas cujo padrão social lhe permite gozar de pri- trática lexical. E falar “Houveram menas percas” no
vilégios na sociedade têm o poder de ditar, inclusive, lugar de “Houve menos perdas” é variação diastráti-
as regras da língua, direcionando o que é considerado ca sintática.
permitido e aquilo que não é.
z Variação diafásica ou estilística
Norma Padrão
A variação diafásica, como ocorreu com a diató-
A norma padrão diz respeito às regras organizadas pica e com a diastrática, pode ser também fonética,
nas gramáticas, estabelecendo um conjunto de regras lexical e sintática. Dizer “veio”, com o e aberto, não
e preceitos que devem ser respeitados na utilização por morar em determinado lugar nem porque todos
da língua. Essa norma apresenta um caráter mais abs- de sua camada social usem, é usar a variação diafá-
trato, tendo em vista que também considera fatores sica fonética. Um padre, em um momento de descon-
sociais, como a norma culta. tração, brincando com alguém, dizer “presunto” para
representar o “corpo de pessoa assassinada”, usa a
Língua Formal variação diafásica lexical. E, finalmente, um advo-
gado dizer “Encontrei ele”, também em momento
A língua formal não está, diretamente, associada de descontração, no lugar de “Encontrei-o” é usar a
a padrões sociais; embora saibamos que a influência variação diafásica sintática.
social exerce grande poder na língua, a língua formal
busca formalizar em regras e padrões as suas normas
a fim de estabelecer um preceito mais concreto sobre VARIAÇÃO DIAFÁSICA
a linguagem. Mudança no som, como
veio (pronúncia com E aber-
PADRÃO INFORMAL Diafásica fonética to) e more (pronúncia com
E fechado, assemelhando-
Coloquialismo -se quase a pronúncia de i)
Ocorre em contextos de
Diz respeito a qualquer traço de linguagem (foné- informalidade, em que há
tico, lexical, morfológico, sintático ou semântico) que
Diafásica lexical mais liberdade para usar
apresenta formas informais no falar e/ou escrever.
gírias e expressões lexicais
diferentes
Oralidade
Ocorre com a alteração
LÍNGUA PORTUGUESA
a) Não importa se o gato é preto ou branco, desde que Como o gerúndio é empregado predominantemente
ele pegue os ratos. com valor adverbial, o valor dessa forma verbal, nesse
b) As grandes ideias sempre encontram os homens que exemplo, é o de:
as procuram.
c) As ideias concordam bem mais entre si do que os a) Gerúndio temporal.
homens. b) Gerúndio condicional.
d) Todo o dia em que se trabalha é um dia perdido. c) Gerúndio concessivo.
e) A virtude premeditada é a virtude do vício. d) Gerúndio explicativo.
e) Gerúndio modal.
2. (FGV – 2019) Texto 3
5. (FGV – 2021) Segundo a norma culta, assinale a fra-
Os velhos estão sempre aconselhando os jovens a se em que o demonstrativo sublinhado está bem
guardar dinheiro. Digo que este é um mau conselho. empregado.
Não guardem um centavo; invistam em si mesmo ape-
nas. Eu nunca economizei um dólar sequer antes dos a) “Nada é gratuito nesse mundo em que vivemos.”
40 anos de idade. (Henry Ford) b) “É preciso sempre desculpar-se por ter agido bem —
Velhos e jovens no Texto 3 são originalmente adjetivos nada fere mais do que isso.”
que se encontram substantivados; o mesmo ocorre na c) “Marido e mulher amavam os hóspedes, porque sem
seguinte frase: aqueles acabavam brigando.”
d) “Isto que é estrangeiro tem sempre uma aparência
a) Os homens realmente educados são os autodidatas. aristocrática para nós.”
b) O que a escultura faz ao mármore, a instrução faz à e) “Não quero que as pessoas sejam muito gentis; isto
alma humana. me poupa do trabalho de gostar muito delas.”
c) Você é único. Se isso não é suficiente, algo se perdeu.
d) É difícil uma pessoa sentir-se confortável sem ter a 6. (FGV – 2021) Texto 3 – Machado de Assis e o fumo
própria aprovação.
e) O homem sem educação é a caricatura de si mesmo. 1. “Quando fumo, parece que aspiro a eternidade. Enlevo-
-me todo e mudo de ser. Divina invenção!”.
3. (FGV – 2019) O vocábulo “maior” se refere prioritaria- 2. “Fumar é um mau vício, mas é o meu único vício.”
mente a realidades que tenham uma extensão física; 3. “Fumar é a sentença fúnebre que nos acompanha em
nesse caso, a frase abaixo em que esse vocábulo foi toda parte.”
bem empregado é: 4. “O fumo impede as lágrimas, e ao mesmo tempo leva
ao cérebro uma espécie de nevoeiro salutar.”
a) Para maiores informações, leia o Código Penal. 5. “Depois da invenção do fumo não há solidão possível.”
b) Um dos maiores freios aos delitos não é a crueldade
das penas. As frases 3 e 4 do texto 3 mostram duas expressões
c) Não é a intensidade da pena, mas sua extensão, que adverbiais: “em toda parte” e “ao mesmo tempo”.
traz os maiores resultados. Os advérbios que equivalem semanticamente a essas
d) A maior punição de um crime não provém da lei. expressões são, respectivamente:
e) Já está lotada a maior prisão do país.
a) universalmente / simultaneamente.
4. (FGV – 2021) Texto 2 – Voz do Povo, Voz de Deus b) localizadamente / paulatinamente.
c) localmente / progressivamente.
“O vox populi, vox Dei parece referir-se à opinião públi- d) universalmente / cronologicamente.
ca, ao consenso da cidade, unânime ou em matéria e) situacionalmente / paulatinamente.
decisiva num determinado julgamento. Vale a senten-
ça ditada pela coletividade. 7. (FGV – 2019) “Perseguido pelo branco, o negro no
Creio tratar-se de outra origem, mais diretamente liga- Brasil escondeu as suas crenças nos terreiros das
da a um processo de consulta divina sendo o povo o macumbas e dos candomblés. O folclore foi a válvula
oráculo, a pítia da transmissão. pela qual ele se comunicou com a civilização branca,
Hermes, o Mercúrio de Roma, possuía em Acaia, ao impregnando-a de maneira definitiva. As suas primi-
norte do Peloponeso, um templo onde se manifestava, tivas festas cíclicas — de religião e magia, de amor,
respondendo as consultas dos devotos pela singular de guerra, de caça e de pesca... — entremostraram-se
e sugestiva fórmula das vozes anônimas. Purificado assim disfarçadas e irreconhecíveis.
o consulente, dizia em sussurro ao ouvido do ídolo o O negro aproveitou as instituições aqui encontradas e
seu desejo secreto, formulando a súplica angustiada. por elas canalizou o seu inconsciente ancestral:
Erguia-se, tapando as orelhas com as mãos, e vinha nos autos europeus e ameríndios do ciclo das janei-
até o átrio do templo, onde arredava os dedos, espe- ras, nas festas populares, na música e na dança, no
rando ouvir as primeiras palavras dos transeuntes. carnaval...”
Essas palavras eram a resposta do oráculo, a deci-
são do deus. Vox populi, vox Dei, na sua expressiva (Luís da Câmara Cascudo. Antologia do folclore brasileiro - Volume
I. São Paulo, Martins, 1956)
46
Os termos grifados no texto são conectores; o sentido respirar um instante com multas e exigências vexató-
inadequado de um desses conectores é: rias; enquanto pela sorrelfa* plantava no espírito dos
seus inquilinos um verdadeiro ódio de partido, que os
a) Pelo / agente de ação. incompatibilizava com a gente do “Cabeça-de-Gato”.
b) Nos / lugar. Aquele que não estivesse disposto a isso ia direitinho
c) Com / companhia. para a rua, “que ali se não admitiam meias medidas a
d) E / adição. tal respeito! Ah! ou bem peixe ou bem carne! Nada de
e) Por / meio. embrulho!”.
8. (FGV – 2021) Texto 1 AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço, 1890. Disponível em: http://www.
dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000015.pdf. Acesso em
27 jul. 2020.
“A instituição policial brasileira, segundo documenta-
ção existente no Museu Nacional do Rio de Janeiro,
* sorrelfa: dissimulação silenciosa para enganar ou
data de 1530, quando da chegada de Martim Afonso
iludir.
de Sousa enviado ao Brasil – Colônia por D. João III. A
Assinale a opção em que o vocábulo destacado se
pesquisa histórica revela que no dia 20 de novembro
encontra corretamente grafado segundo o sentido
de 1530, a polícia brasileira iniciava as suas ações, pro-
expresso entre parênteses.
movendo justiça e organizando os serviços de ordem
pública, como melhor entendesse nas terras conquis-
a) Num cortiço, não se pode contar muito com a descri-
tadas do Brasil. A partir de então a instituição policial
ção das pessoas. (Qualidade de quem é reservado)
brasileira passou por seguidas reformulações nos
b) O cortiço queria novos inquilinos e, por isso, não des-
anos de 1534, 1538, 1557, 1565, 1566, 1603, e, assim,
criminava ninguém. (Fazer distinção)
sucessivamente. Somente em 1808, com a chegada
c) O perfil dos inquilinos não diferia muito de um cortiço
do príncipe Dom João ao Brasil, a polícia começou a
para o outro. (Distinguir-se)
ser estruturada, comandada por um delegado e com-
d) Uma briga entre os moradores dos cortiços era emi-
posta por escrivães e agentes.”
nente. (Prestes a ocorrer)
e) Os moradores de um cortiço taxavam os do outro
Os termos sublinhados no texto 1 são conectores, ou
cortiço de serem pessoas baixas. (Pôr defeitos em
seja, ligam partes do texto; a opção abaixo em que o
alguém)
valor semântico de um desses termos não está corre-
tamente indicado é:
10. (FGV – 2021) A partir da leitura do Texto III, é correto
afirmar que
a) Segundo = conformidade.
b) Quando = tempo.
a) João Romão incitava, em seus inquilinos, a raiva pelos
c) Como = conformidade.
moradores do cortiço vizinho, levando-os a ter fre-
d) Assim = modo.
quentes confrontos corporais.
e) Com = companhia.
b) O cortiço de João Romão enfrentava problemas de
desocupação devido às consequências da febre ama-
9. (FGV – 2021) Atenção: as questões devem ser respon-
rela, que ceifou a vida de muitos de seus inquilinos.
didas a partir do Texto III.
c) A coexistência do cortiço de João Romão e do “Cabe-
ça-de-Gato”, desde que o primeiro foi inaugurado, fez
Texto III da rivalidade entre os cortiços algo famoso no bairro
todo.
À proporção que alguns locatários abandonavam a d) O aumento da população infantil no cortiço gerava
estalagem, muitos pretendentes surgiam disputando ônus para o proprietário, uma vez que crianças não
os cômodos desalugados. Delporto e Pompeo foram pagavam para morarem ali, ocupando o lugar de
varridos pela febre amarela e três outros italianos pagantes.
estiveram em risco de vida. O número dos hóspedes e) A animosidade que João Romão sentia pelo outro cor-
crescia, os casulos subdividiam-se em cubículos do tiço o fazia ameaçar com despejo os inquilinos que
tamanho de sepulturas, e as mulheres iam despejando não compartilhassem com ele desse sentimento.
crianças com uma regularidade de gado procriador.
Uma família, composta de mãe viúva e cinco filhas sol- 11. (FGV – 2019) “Nunca serei juiz. Neste grande vale onde
teiras, das quais destas a mais velha tinha trinta anos a espécie humana nasce, vive, morre, se reproduz, se
e a mais moça quinze, veio ocupar a casa que Dona cansa, e depois volta a morrer, sem saber como nem
Isabel esvaziou poucos dias depois do casamento de por quê, distingo apenas felizardos e desventurados”.
Pombinha.
LÍNGUA PORTUGUESA
A opção abaixo que mostra uma substituição semân- 17. (FGV – 2019) Texto 1
tica corretamente realizada, a partir de segmentos do
texto, é: O trecho a seguir é a primeira pergunta de uma entre-
vista em que o entrevistador (E) questiona a física
a) “passado recente” / passado ainda não esquecido. Cássia Fernandez (CF) sobre criatividade:
b) “ausência imperceptível” / ausência desapercebida.
c) “mundo contemporâneo” / mundo em evolução. (E) – Muito se fala sobre criatividade. Mas qual a defini-
d) “nova vida” / vida recente. ção mais aceita sobre o que é ser uma pessoa criativa?
e) “criminosos intocados” / criminosos não punidos. (CF) – Existem definições gerais de criatividade, utili-
zadas pelo senso comum, mas não existe um consen-
13. (FGV – 2021) Um bar na Escócia mostrava o seguinte so no mundo acadêmico. À medida que as pesquisas
cartaz: se aprofundam, vemos que o tema é mais e mais
complexo. Contudo, não se pode abrir mão de buscar
Amanhã: cerveja grátis só para escoceses! tornar essa definição mais precisa para que as estra-
Assinale a opção que mostra o lado humorístico do tégias educacionais sejam mais efetivas.
cartaz.
Numa entrevista, às vezes o entrevistador contamina a
a) Limitar a doação aos escoceses. futura resposta do entrevistado com o seu posiciona-
b) Nunca chegar o dia da gratuidade. mento; a pergunta abaixo, de uma suposta entrevista,
c) Indicar que escoceses bebem muito. que mostra essa característica é:
d) Dar cerveja é algo impossível na Escócia.
e) Criticar outras nacionalidades por não beberem. a) O que o senhor acha da definição de criatividade de
Machado de Assis?
14. (FGV – 2021) Texto 1 – Notícia b) Que estratégias educacionais o senhor recomenda
diante da total falta de criatividade nas escolas?
“Cientistas americanos apresentaram ontem resul- c) Quais as marcas definidoras de criatividade?
tados preliminares de uma vacina contra o fumo. O d) Como a tecnologia pode ajudar na implantação de um
medicamento impede que a nicotina — componente projeto educativo valorizador da criatividade?
do tabaco que causa dependência — chegue ao cére- e) É possível desenvolver uma educação pela criativida-
bro. Em ratos vacinados, até 64% da nicotina injetada de com professores já formados?
deixou de atingir o sistema nervoso central.”
18. (FGV – 2019) Texto 4
(O Globo, 18/12/99)
Assim que toca o sinal indicando o fim das aulas, um
Um dado, que está presente no Texto 1, sobre a desco- grupo de alunos sai correndo das salas. Eles não estão
berta anunciada é: com pressa de ir embora, como seria de se esperar
após nove horas e meia de atividade escolar, mas para
a) A razão de a nicotina causar mal aos fumantes. ir ao pátio, onde vão ensaiar para a fanfarra ou treinar
b) As várias consequências do uso da nicotina no organismo. handebol.
c) A indicação do tempo gasto nas pesquisas. Em um colégio onde 30% dos alunos repetiam ou
d) A certeza de a vacina ser altamente eficiente. abandonavam os estudos, houve um receio inicial em
e) A demonstração da total eficiência da vacina nos ratos. aumentar o tempo de classe, com o período integral.
A solução surpreendeu, fez aumentar o interesse dos
15. (FGV – 2019) Um jornal carioca publicou a seguinte jovens pelos estudos e melhorou os indicadores edu-
manchete nas páginas esportivas: cacionais da unidade.
Vasco obtém empréstimo para acertar pagamentos No texto 4, o segundo período do primeiro parágrafo,
Dessa manchete deduz-se que: em relação ao período anterior, mostra:
9 GABARITO
1 D
2 A
3 E
4 E
5 B
6 A
7 C
8 E
9 C
10 E
11 A
12 E
13 B
14 A
15 A
16 D
LÍNGUA PORTUGUESA
17 B
18 D
19 C
20 C
49
ANOTAÇÕES
50
Importante!
A soma ou subtração de dois números pares tem
resultado par.
MATEMÁTICA Ex.: 12 + 8 = 20; 12 – 8 = 4.
A soma ou subtração de dois números ímpares
tem resultado par.
Ex.: 13 + 7 = 20; 13 – 7 = 6.
A soma ou subtração de um número par com
NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS,
outro ímpar tem resultado ímpar.
RACIONAIS E REAIS E SUAS Ex.: 14 + 5 = 19; 14 – 5 = 9.
PROPRIEDADES: ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, A multiplicação de números pares tem resultado
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO par.
Ex.: 8 x 6 = 48.
NÚMEROS NATURAIS A multiplicação de números ímpares tem resul-
tado ímpar:
Operações e Propriedades Ex.: 3 x 7 = 21.
A multiplicação de um número par por um núme-
Os números construídos com os algarismos de 0 a ro ímpar tem resultado par:
9 são chamados de naturais. O símbolo desse conjun- Ex.: 4 x 5 = 20.
to é a letra N, e podemos escrever os seus elementos
entre chaves:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, Números Inteiros
17, …}
Os três pontos “as reticências” indicam que este Os números inteiros são os números naturais e
conjunto tem infinitos números naturais. seus respectivos opostos (negativos). Veja:
O zero não é um número natural propriamente Z = {..., -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
dito, pois não é um número de “contagem natural”. O símbolo desse conjunto é a letra Z. Uma coisa
Por isso, utiliza-se o símbolo N* para designar os importante é saber que todos os números naturais
números naturais positivos, isto é, excluindo o zero. são inteiros, mas nem todos os números inteiros são
Vejam: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7…} naturais. Logo, podemos representar através de dia-
gramas e afirmar que o conjunto de números naturais
Dica está contido no conjunto de números inteiros ou ain-
da que N é um subconjunto de Z. Observe:
O símbolo do conjunto dos números naturais é
a letra N e podemos ter ainda, o símbolo N*, que
representa os números naturais positivos, isto é,
excluindo o zero.
Operações Resultados
Ex.: 115 + 35 é igual a 35 + 115.
+ + +
z Propriedade associativa: quando é feita a adição
- - +
de 3 ou mais números, podemos somar 2 deles,
primeiramente, e a depois somar o outro, em qual- + - -
quer ordem, que vamos obter o mesmo resultado.
- + -
Ex.: 2 + 3 + 5 = (2 + 3) + 5 = 2 + (3 + 5) = 10
Dica
z Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da
adição, pois qualquer número somado a zero é � A multiplicação de números de mesmo sinal
igual a ele mesmo. tem resultado positivo.
Ex.: 51 × 2 = 102; (-33) × (-3) = 99
Ex.: 27 + 0 = 27; 55 + 0 = 55. � A multiplicação de números de sinais diferen-
tes tem resultado negativo.
z Propriedade do fechamento: a soma de dois núme- Ex.: 25 × (-4) = -100; (-15) × 5 = -75
ros inteiros sempre gera outro número inteiro.
As principais propriedades da operação de
Ex.: a soma dos números inteiros 8 e 2 gera o multiplicação.
número inteiro 10 (8 + 2 = 10).
z Propriedade comutativa: A x B é igual a B x A, ou
� Subtração: subtrair dois números é o mesmo que seja, a ordem não altera o resultado.
diminuir, de um deles, o valor do outro. Ou seja,
subtrair 7 de 20 significa retirar 7 de 20, restando Ex.: 8 x 5 = 5 x 8 = 40.
13: 20 – 7 = 13.
z Propriedade associativa: (A x B) x C é igual a (C x B)
Veja mais alguns exemplos: x A, que é igual a (A x C) x B.
Subtrair 5 de 16: 16 -5 = 11
30 subtraído de 10: 30 – 10 = 20 Ex.: (3 x 4) x 2 = 3 x (4 x 2) = (3 x 2) x 4 = 24.
+ - - Dividendo = 18 x n + 15
Dividendo = 17 x (n+2) + 1
- + - 18 x n + 15 = 17 x (n+2) + 1
18n + 15 = 17n + 34 + 1
18n – 17n = 35 – 15
Dica n = 20
Logo, n.(n+2) = 20.(20+2) = 20.22 = 440. Resposta:
� A divisão de números de mesmo sinal tem Letra A.
resultado positivo.
Ex.: 60 ÷ 3 = 20; (-45) ÷ (-15) = 3 2. (FGV – 2019) O resultado da operação 2+3×4−1 é
� A divisão de números de sinais diferentes tem a) 13.
resultado negativo. b) 15.
Ex.: 25 ÷ (-5) = -5; (-120) ÷ 5 = -24 c) 19.
d) 22.
e) 23.
Esquematizando:
Primeiro vamos fazer a multiplicação e depois as
Dividendo demais operações:
Divisor
2 + 3 × 4 − 1 = 2 + 12 − 1 = 13
30 5 Resposta: Letra A.
0 6
3. (INSTITUTO AOCP – 2018) O total de números que
Quociente estão entre o dobro de 140 e o triplo de 100 é igual a
Resto
a) 17.
Dividendo = Divisor × Quociente + Resto b) 19.
30 = 5 · 6 + 0 c) 21.
d) 23.
As principais propriedades da operação de divisão. e) 25.
Propriedade comutativa: a divisão não possui essa Dobro de 140 = 280
propriedade. Triplo de 100 = 300
Total de números entre 280 e 300:
z Propriedade associativa: a divisão não possui essa 281 até 291 = 10 números
propriedade; 291 até 299 = 9 números
z Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu- 10 + 9 = 19 números.
Resposta: Letra B.
tro da divisão, pois ao dividir qualquer número
por 1, o resultado será o próprio número. 5. (INSTITUTO CONSULPLAN – 2019) Os símbolos das
operações que deverão ser inseridos nos quadrados
Ex.: 15 / 1 = 15. para que o cálculo seja verdadeiro são, respectivamen-
te: 4_3_2_1 = 10
z Propriedade do fechamento: aqui chegamos em
a) +/x/+
MATEMÁTICA
Z N
Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18 z Divisão de números reais: aplicamos o mesmo pro-
cedimento da divisão comum.
z Multiplicação de números decimais: aplicamos o
mesmo procedimento da multiplicação comum. Ex.: 5,7 ÷ 1,3 = 4,38
2,8 × 100 = 280
54 Ex.: 4,6 × 1,75 = 8,05 15 × 51 = 765
POTENCIAÇÃO Somando os algarismos: 1 + 2 + 3 + 6 = 12 (12 é
divisível por 3)
Potenciação é a operação matemática utilizada Logo, 1236 é divisível por 3.
para escrever de forma resumida números muito 1236/3 = 412
grandes, onde é feita a multiplicação de n fatores
iguais que se repetem. Divisibilidade por 4
z Exemplo I: potenciação de números naturais Um número é divisível por 4 quando os dois últi-
mos algarismos também são divisíveis por 4 ou nos
2 . 2 . 2 = 2³ = 8 números terminados em 00.
Para essa situação, temos: dois (2) é a base, três (3) Ex.: 3664 é divisível por 4, pois os dois últimos alga-
rismos, ou seja, “64” é divisível por 4.
é o expoente e o resultado da operação, oito (8), é a
Logo, 3664/4 = 916
potência.
Ex.: 1500 é divisível por 4, pois o final termina em 00.
Logo, 1500/4 = 375
z Exemplo II: potenciação de números fracionários
Divisibilidade por 5
(2/4)²= 2/4 . 2/4= 4/16
Quando uma fração é elevada a um expoente, seus Todos os números que possuem como último alga-
dois termos, numerador e denominador, são multipli- rismo os números 0 ou 5 são divisíveis por 5.
cados pela potência. Ex.: 550/5 = 110
Ex.: 1325/5 = 265
RADICIAÇÃO
Divisibilidade por 6
A radiciação calcula o número que elevado à
determinado expoente produz o resultado inverso da Todos os números que são divisíveis por 2 e por 3
potenciação. simultaneamente são divisíveis por 6.
Ex.: 366 é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo,
z Exemplo I: radiciação de números naturais então também é divisível por 6.
366/6 = 61
³⎷8 = ³⎷2³ = 2
Para essa situação, temos: três (3) é o índice, oito Divisibilidade por 7
(8) é o radicando e o resultado da operação, dois (2),
é a raiz. Devemos duplicar (dobrar) o algarismo das unida-
des e subtrair o resto do número. Se o resultado dessa
z Exemplo II: radiciação de números fracionários operação for divisível por 7, então o número é divisí-
vel por 7.
⎷4/16 = 2/4, pois (2/4)² = 4/16 Ex.: 385
A radiciação também pode ser aplicada às frações, Dobra o algarismo das unidades: 5 x 2 = 10
Subtrai o resto do número: 38 – 10 = 28
de modo que o numerador e o denominador tenham
O resultado é divisível por 7? Sim, pois 28/7 = 4
suas raízes extraídas.
Logo, 385 é divisível por 7.
385/7 = 55
Divisibilidade por 8
DIVISIBILIDADE , MÍNIMO MÚLTIPLO
COMUM E MÁXIMO DIVISOR COMUM Se os três últimos algarismos forem divisíveis por
8 ou for número terminado em 000, então esse núme-
ro será divisível por 8.
Quando temos problemas que envolvem divisão,
Ex.: 2000/8 = 250
sabe-se que precisamos de uma maneira mais eficien-
Ex.: 1256 é divisível por 8, pois os três últimos alga-
te e simples para poder achar o resultado. Pensando
rismos “256” é divisível por 8, ou seja, 256/8 = 32
nisso, temos as regras de divisibilidade, ou seja, ferra- Logo, 1256/8 = 157
mentas que nos ajudam nas operações de divisão. Há
apenas duas opções em relação ao resultado: a respos- Divisibilidade por 9
ta é exata ou não. Vejamos as diversas regras:
Um número é divisível por 9 quando a soma dos
Divisibilidade por 2 seus algarismos é divisível por 9.
Ex.: 5238 é divisível por 9?
Um número é divisível por 2 quando ele é par, ou Somando os algarismos: 5 + 2 + 3 + 8 = 18 (18 é
MATEMÁTICA
Um número é divisível por 3 quando a soma dos Todos os números terminados em 0 são divisíveis
seus algarismos é divisível por 3. por 10.
Ex.: 1236 é divisível por 3? Ex.: 1130/10 = 113 55
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM Veja um exemplo:
Na linha de montagem de uma fábrica, há duas
Os múltiplos de um número X são aqueles núme- luzes de sinalização, sendo que uma delas pisca a cada
ros que podem ser obtidos multiplicando X por outro 20 minutos e a outra pisca a cada 35 minutos. Se às
número natural. Agora observe o seguinte os múlti- 8 horas da manhã as duas luzes piscaram ao mesmo
plos dos números 4 e 6: tempo, isso irá ocorrer novamente às?
M(4) = 4,8,12,16,20,24,28,32,36,... Resolução:
M(6) = 6,12,18,24,30,36,42,... Observe “a cada 20 minutos” e “a cada 35 minu-
Quais são os múltiplos iguais (comuns) entre os tos”. Aqui temos uma ideia de repetição, pois se por
números? São eles: 12,24,36. E qual o menor deles? É exemplo se a luz que pisca a cada 20 minutos picar às
o número 12. 15h, ela irá piscar novamente depois de 20 minutos,
Sendo assim, o número 12 é o menor múltiplo ou seja, 15h20. Depois às 15h40, 16h etc.
comum entre 4 e 6, ou seja, o MMC entre 4 e 6 é igual Logo, esse é um tipo clássico de questão sobre
a 12. MMC.
z Montar uma coluna para os fatores primos e colu- zar a operação das frações):
nas para cada um dos números;
1 3
z Começar a divisão dos números pelo número que +
3 4
divide todos os números ao mesmo tempo;
z Parar a fatoração quando o número 1 for quem Note que o número 12 é o primeiro múltiplo, ao
divide todo os números ao mesmo tempo; mesmo tempo, de 3 e 4. Cada um desses denominado-
z O MDC será a multiplicação dos fatores primos res deverá ser dividido por 12 e, depois, deve-se multi-
utilizados. plicar o resultado pelos numeradores. 57
1 3 4 ×1 3×3 4+9 13 x = d0 (parte inteira) + 0, d-1, d-2, d-3, … (parte fracionária)
+ = + = =
3 4 12 ÷ 3 12 ÷ 4 12 12
Notação:
Dica
x = d0, d-1 d-2 d-3 … ou x = (d0, d-1 d-2 d-3 ...)10
3–4 2 (aqui, dividi-se sempre pelo menor número primo possível).
3–2 2 z Exemplos:
3–1 3
3 (apenas pode ser dividido por 1 e 3); z Representação racional tipo fração exata x2 = ½:
13 (apenas pode ser dividido por 1 e 13).
½ = 0,5 x2 = (0,5)10
Multiplicação de Fração
z Representação racional tipo dízima periódica x3 =
Fazer a multiplicação entre frações é muito sim- 1/3:
ples: basta multiplicar os numeradores entre eles e,
em seguida, os denominadores entre eles. Veja:
1/3 = 0,333… = 0 + 0,3 + 0,03 + 0,003 + …
2 5 2×5 10 x3 = (0,333…)10
× = =
3 4 3×4 12
z Representação na reta numérica:
Perceba que não chegamos ao resultado final da 1, 4142
operação, pois é necessário, ainda, simplificar a fração ... –2 –1 0 1 2 3 ...
o máximo possível. Para realizar esse procedimento,
deve-se achar um número que divide, ao mesmo tem- –3/2 –0,5 1/2 1,5 5/2
po, o denominador e o numerador. No exemplo dado, Pi = 3,14159...
10 ÷ 2
=
5 DÍZIMA PERIÓDICA
12 ÷ 2 6
Dízima periódica é um número que, quando escri-
Assim, chegamos no resultado final, pois não há to no sistema decimal, apresenta uma série infinita
mais como simplificar. de algarismos decimais que, a partir de certo algaris-
mo, se repetem em grupos de um ou mais algarismos,
Divisão de Fração ordenados sempre na mesma disposição, chamados
de período.
Para dividir frações, basta repetir a primeira fra-
ção e multiplicá-la pelo inverso da segunda fração.
Dízima Periódica Simples
Depois, realiza-se a multiplicação normalmente, da
mesma forma que aprendemos. Veja:
Numa dízima periódica simples, o período aparece
3 5 3 2 3×2 6 6÷2 3 imediatamente após a vírgula[1] (a parte decimal do
÷ = × = = = =
4 2 4 5 4×5 20 20 ÷ 2 10 número), pois não há anteperíodo, podendo ou não
ter uma parte inteira não nula.
Pode-se simplificar frações, dividindo o numera- Exemplos:
dor e o denominador pelo mesmo número. 0,333333… - "3" é o período.
0,420420420420… - "420" é o período.
DECIMAIS 0,43434343… - "43" é o período.
0,2548254825482548... - "2548" é o período.
Os números decimais podem ser fracionados em 5,292929... - "29" é o período.
somas, veja:
Dízima Periódica Composta
2,456... = 2 + 0,4 + 0,05 + 0,006 + ...
Na dízima periódica composta, pode haver uma
Uma representação decimal de um número real
parte inteira e há um ou mais algarismos entre a
não negativo x é a soma da forma:
vírgula e o período, que não entram na composição
d0 = d-110-1 + ... + d-n10-n + ... = x do período[1]. Esse conjunto de algarismos que apa-
recem na parte decimal sem participar do período é
Sendo d0 um número inteiro não negativo e d-n um chamado de anteperíodo.
número pertencente ao conjunto (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, Exemplos:
9), onde n = 1, 2, … . 0,5666… - "5" é o anteperíodo.
58 Por construção: 0,28666666… - "28" é o anteperíodo.
MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES E 0 0 0 1 1 1 1
PONDERADA 1 1 1 1 1 1 1
MÉDIA ARITMÉTICA 1 2 2 2 2 2 2
*
Para x = 4 x + y = 10
10x = 5x + 20
10 . 4 = 5 . 4 + 20 4x - y = 5
40 = 40
40 – 40 = 0 Nesse exemplo, não vamos precisar fazer uma
multiplicação, pois já temos a condição necessária
para eliminarmos o “y” da equação. Então, devemos
SISTEMAS DE EQUAÇÕES DE PRIMEIRO GRAU
fazer apenas a soma das equações. Veja:
(SISTEMAS LINEARES)
*
Em alguns casos, pode ser que tenhamos mais de x + y = 10
uma incógnita. Imagine que um exercício diga que: x
4x - y = 5
+ y = 10.
Perceba que há infinitas possibilidades de x e y 5x = 15
que tornam essa igualdade verdadeira: 2 e 8, 5 e 5, x=3
15 e -10, etc. Por esse motivo, faz-se necessário obter
mais uma equação envolvendo as duas incógnitas Substituindo o valor de “x” na primeira equação
para poder chegar nos seus valores exatos. Veja o achamos o valor de “y”:
exemplo abaixo:
x + y = 10
*
x + y = 10 3 + y = 10
y = 10 – 3
4x - y = 5 y=7
A principal forma de resolver esse sistema é usan-
Veja um outro exemplo que vamos precisar
do o método da substituição. Este método é muito sim-
multiplicar:
ples, e consiste basicamente em duas etapas:
*
Isolar uma das variáveis em uma das equações; x + y = 10
Substituir esta variável na outra equação pela
60 expressão achada no item anterior. x - 2y = 4
Multiplicando por -1 a primeira equação, temos: a) 42.
b) 36.
(
- x - y = - 10 c) 30.
d) 27.
x - 2y = 4
e) 24.
Fazendo a soma:
Me = 2.Mo
Após dar 5 balas = Me – 5 e Mo – 5. Agora, as de
(
- x - y = - 10
menta são o triplo das de morango:
x - 2y = 4 Me – 5 = 3.(Mo – 5)
-3y = -6 Me – 5 = 3.Mo – 15
y = -6 / -3 Me = 3.Mo – 10
y= 2 Na segunda equação, podemos substituir Me por
2.Mo.
Substituindo o valor de “y” na primeira equação 2.Mo = 3.Mo – 10
achamos o valor de “x”: 10 = 3.Mo – 2.Mo
10 = Mo
x + y = 10 O valor de Me é:
x + 2 = 10 Me = 2.Mo
x = 10 – 2 Me = 2.10
x=8 Me = 20
Total: 10 + 20 = 30 balas. Resposta: Letra C.
Por fim, coloque em prática o conhecimento adqui-
rido sobre esse assunto com questões comentadas de (CESPE-CEBRASPE – 2013) Considere que em um
bancas variadas. escritório de patentes, a quantidade mensal de pedi-
dos de patentes solicitadas para produtos da indústria
1. (VUNESP – 2018) Em um concurso somente para os alimentícia tenha sido igual à soma dos pedidos de
cargos A e B, cada candidato poderia fazer inscrição patentes mensais solicitadas para produtos de outra
para um desses cargos. Sabendo que o número de natureza. Considere, ainda, que, em um mês, além
candidatos inscritos para o cargo A era 3000 unidades dos produtos da indústria alimentícia, tenham sido
menor que o número de candidatos inscritos para o requeridos pedidos de patentes de mais dois tipos de
cargo B, e que a razão entre os respectivos números, produtos, X e Y, com quantidades dadas por x e y, res-
nessa ordem, era igual a 0,4, então é verdade que o pectivamente. Supondo que T seja a quantidade total
número de candidatos inscritos para o cargo B corres- de pedidos de patentes requeridos nesse escritório, no
pondeu, do total de candidatos inscritos, a referido mês, julgue os itens seguintes.
pedidos de patentes de Y.
5000/7000 = 5/7.
Resposta: Letra E. ( ) CERTO ( ) ERRADO
2. (FGV – 2017) O número de balas de menta que Júlia tinha Se, em determinado mês, a quantidade de pedidos de
era o dobro do número de balas de morango. Após dar 5 patentes do produto X foi igual ao dobro da quanti-
balas de cada um desses dois sabores para sua irmã, ago- dade de pedidos de patentes do produto Y, então a
ra o número de balas de menta que Júlia tem é o triplo do quantidade de pedidos de patentes de produtos da
número de balas de morango. O número total de balas indústria alimentícia foi o quádruplo da quantidade
que Júlia tinha inicialmente era: de pedidos de patentes de Y. 61
Sendo x o dobro de y, ou seja, x =2y, temos que: Lembre-se de que a maioria dos problemas envol-
a=x+y vendo esse tema são resolvidos utilizando essa pro-
a = 2y + y priedade fundamental. Porém, algumas questões
a=3 acabam sendo um pouco mais complexas e pode ser
Assim, as patentes da indústria alimentícia (“a”) útil conhecer algumas propriedades para facilitar.
são o triplo das patentes de Y. Resposta: Errado Vamos a elas.
Se T = 128 e a quantidade x foi 18 unidades a mais do Vamos entender um pouco melhor resolvendo um
questão-exemplo:
que a quantidade y, então a quantidade y foi supe-
Suponha que uma fábrica vai distribuir um prê-
rior a 25.
mio de R$10.000 para seus dois empregados (Carlos
Se T = 128, temos que x + y = 64. Foi dito ainda que:
e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma pro-
x = y + 18
porcional ao tempo de serviço deles na fábrica. Carlos
Substituindo x por y + 18, temos: está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos na
x + y = 64 fábrica. Quanto cada um vai receber?
(y + 18) + y = 64 Resolução:
y = 23 unidades. Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C
Resposta: Errado. a quantia que Carlos vai receber e D a quantia que
Diego vai receber, temos:
C D
=
3 2
RAZÃO E PROPORÇÃO
Utilizando a propriedade das somas externas:
RAZÃO E PROPORÇÃO COM APLICAÇÕES
C D C+D
=
A razão entre duas grandezas é igual a divisão 3 2 = 3+2
entre elas, veja:
Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas),
2 então podemos substituir na proporção:
C D C+D 10.000
5 = = = 2.000
3 2 3+2 = 5
Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se 2 está
para 5). Aqui cabe uma observação importante!
Já a proporção é a igualdade entre razões, veja: Esse valor 2.000, que chamamos de “Constante de
Proporcionalidade”, é que nos mostra o valor real das
2 4 partes dentro da proporção. Veja:
= C
3 6 = 2.000
3
Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6 (Lê-se 2 C = 2000 x 3
está para 3 assim como 4 está para 6). C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)
Os problemas mais comuns que envolvem razão e D
proporção é quando se aplica uma variável qualquer = 2.000
2
dentro da proporcionalidade e se deseja saber o valor
dela. Veja o exemplo: D = 2.000 x 2
D = 4.000 (esse é o valor de Diego)
2 x
= ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6
3 6 Assim, Carlos vai receber R$6.000 e Diego vai rece-
ber R$4.000.
Para resolvermos esse tipo de problema devemos
usar a Propriedade Fundamental da razão e propor- z Somas Internas
ção: produto dos meios pelos extremos. a c a+b c+d
= = =
Meio: 3 e x b d b d
Extremos: 2 e 6
Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles É possível, ainda, trocar o numerador pelo deno-
numa igualdade. Observe: minador ao efetuar essa soma interna, desde que
o mesmo procedimento seja feito do outro lado da
3·X=2.6 proporção.
3X = 12
X = 12/3 a
=
c
=
a+b
=
c+d
62 X=4 b d a c
Vejamos um exemplo: Logo,
x 2 2A
= = 1.000
14 - x 5 4
2A = 4 x 1.000
x + 14 - x 2+5 2A = 4.000
= A = 2.000
x 2
REGRA DA SOCIEDADE
z Soma com Produto por Escalar:
Diretamente Proporcional
a c a + 2b c + 2d
= = =
b d b d
Um dos tópicos mais comuns em questões de pro-
va é “dividir uma determinada quantia em partes
Vejamos um exemplo para melhor entendimento: proporcionais a determinados números. Vejamos um
Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000 exemplo para entendermos melhor como esse assun-
proporcionalmente ao número de anos trabalhados. to é cobrado:
São dois funcionários que trabalham há 2 anos na Exemplo:
empresa e três funcionários que trabalham há 3 anos. A quantia de 900 mil reais deve ser dividida em
Resolução: partes proporcionais aos números 4, 5 e 6. A menor
Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B dessas partes corresponde a:
o prêmio dos funcionários com 3 anos de empresa, Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes propor-
temos: cionais, respectivamente a 4, 5 e 6. Sendo assim, X é pro-
A B porcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é proporcional a
=
2 3 6, ou seja, podemos representar na forma de razão. Veja:
X+Y+Z 900.000
Agora multiplicando em cima e embaixo de um = 60.00
4+5+6 15 0
lado por 2 e do outro lado por 3, temos:
X
Aplicando a propriedade das somas externas, = 60.000
4
podemos escrever o seguinte: X = 60.000 x 4
MATEMÁTICA
X = 240.000
2A 3B 2A + 3B
= =
4 9 4+9 Inversamente Proporcional
Substituindo o valor da equação 2A + 3B na pro- É um tipo de questão menos recorrente, mas não
porção, temos: menos importante. Consiste em distribuir uma quan-
tia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um
2A 3B 2A + 3B quinhão inversamente proporcional a três números.
= = = 13.000 = 1.000
4 9 4+9 13 Vejamos um exemplo: 63
Exemplo: M 5
=
Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes T 8
inversamente proporcionais a 4, 5 e 6.
Vamos chamar de X as quantias que devem ser dis- A turma tem 120 alunos, então: T = 120
tribuídas inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, res- Fazendo os cálculos:
pectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao
total que dever ser distribuído para facilitar o nosso M 5
=
cálculo, veja: T 8
X X X M 5
+ + = 740.000 =
4 5 6 120 8
Assim, dividindo o M. M. C. pelo denominador e 2. (VUNESP – 2020) Em um grupo com somente pessoas
multiplicando o resultado pelo numerador temos: com idades de 20 e 21 anos, a razão entre o número
de pessoas com 20 anos e o número de pessoas com
15x 12x 10x 21 anos, atualmente, é 4/5. No próximo mês, duas pes-
+ + = 740.000
60 60 60 soas com 20 anos farão aniversário, assim como uma
pessoa com 21 anos, e a razão em questão passará a
37x ser de 5/8. O número total de pessoas nesse grupo é
= 740.000
60
a) 30.
X = 1.200.000 b) 29.
c) 28.
Agora basta substituir o valor de X nas razões para d) 27.
achar cada parte da divisão inversa. e) 26.
Tirando o MMC entre 1, 2 e 3 vamos achar 6. Temos: z Grandezas Diretamente Proporcionais: o aumento
de uma grandeza implica o aumento da outra;
36x
+
27x
+
16x
= 7.900 z Grandezas Inversamente Proporcionais: o aumen-
6 6 6 to de uma grandeza implica a redução da outra;
79x
= 7.900w Vamos esquematizar para sabermos quando será
6 direta ou inversamente proporcionais:
x = 600
DIRETAMENTE + / + OU - / -
Sendo assim, Sandra está inversamente proporcio- PROPORCIONAL
nal a:
9x 9 x 600
= = 2.700
2 2 Aqui uma grandeza aumenta e a outra diminui
(sinais diferentes)
(valor que Sandra irá receber é MAIOR que 2.500). Agora vamos esquematizar a maneira que iremos
Resposta: Errado. resolver os diversos problemas: 65
Regra de Três Composta
DIRETAMENTE MULTIPLICA CRUZADO
PROPORCIONAL
A Regra de Três Composta envolve mais de duas
variáveis. As análises sobre se as grandezas são direta-
INVERSAMENTE MULTIPLICA NA HORIZONTAL
PROPORCIONAL mente e inversamente proporcionais devem ser feitas
cautelosamente levando em conta alguns princípios:
Vejamos alguns exemplos para fixarmos um pouco z As análises devem sempre partir da variável
mais como isso tudo funciona: dependente em relação às outras variáveis;
z As análises devem ser feitas individualmente. Ou
z Um muro de 12 metros foi construído utilizando 2 seja, deve-se comparar as grandezas duas a duas,
160 tijolos. Caso queira construir um muro de 30 mantendo as demais constantes.
metros nas mesmas condições do anterior, quan- z A variável dependente fica isolada em um dos
tos tijolos serão necessários? lados da proporção.
Primeiro vamos montar a relação entre as gran- Vamos analisar alguns exemplos e ver na prática
dezas e depois identificar se é direta ou inversamente como isso tudo funciona:
proporcional.
z Se 6 impressoras iguais produzem 1000 panfletos
12 m -------- 2 160 (tijolos) em 40 minutos, em quanto tempo 3 dessas impres-
30 m -------- X (tijolos) soras produziriam 2000 desses panfletos?
Veja que de 12m para 30m tivemos um aumento (+) Da mesma forma que na regra de três simples,
e que para fazermos um muro maior vamos precisar vamos montar a relação entre as grandezas e analisar
de mais tijolos, ou seja, também deverá ser aumentado cada uma delas isoladamente duas a duas.
(+). Logo, as grandezas são diretamente proporcionais
e vamos resolver multiplicando cruzado. Observe: 6 (imp.) -------- 1000 (panf.) -------- 40 (min)
3 (imp.) -------- 2000 (panf.) -------- X (min)
12 m -------- 2 160 (tijolos)
Vamos escrever a proporcionalidade isolando a
parte dependente de um lado e igualando às razões da
30 m -------- X (tijolos)
seguinte forma – se for direta vamos manter a razão,
12 · X = 30 . 2160 agora se for inversa vamos inverter a razão. Observe:
12X = 64800
X = 5400 tijolos 40 ? ?
= #
X ? ?
Assim, comprovamos que realmente são necessá-
rios mais tijolos. Analisando isoladamente duas a duas:
6 (imp.) -------- 40 (min)
z Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para
3 (imp.) ---- ---- X (min)
corrigir as provas de um vestibular. Considerando
a mesma proporção, quantos dias levarão 30 pro- Perceba que de 6 impressoras para 3 impressoras
fessores para corrigir as provas? o valor diminui ( - ) e que o tempo irá aumentar ( + ),
pois agora teremos menos impressoras para realizar
Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos a tarefa. Logo, as grandezas são inversas e devemos
montar a relação e analisar: inverter a razão.
40 3 ?
5 (prof.) --------- 12 (dias) = #
X 6 ?
30 (prof.) -------- X (dias)
Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um Analisando isoladamente duas a duas:
aumento (+), mas como agora estamos com uma equi- 1000 (panf.) -------- 40 (min)
pe maior o trabalho será realizado mais rapidamente. 2000 (panf.) ------ -- X (min)
Logo, a quantidade de dias deverá diminuir (-). Des-
Perceba que de 1000 panfletos para 1200 panfle-
sa forma, as grandezas são inversamente proporcio-
tos o valor aumenta ( + ) e que o tempo também irá
nais e vamos resolver multiplicando na horizontal. aumentar ( + ). Logo, as grandezas são diretas e deve-
Observe: mos manter a razão.
2
5. (FUNCAB - 2015) Adriana e Leonardo investiram R$ -b ! b - 4ac
x=
20.000,00, sendo o 3/5 desse valor em uma aplicação 2a
que gerou lucro mensal de 4% ao mês durante dez
meses. O restante foi investido em uma aplicação,
que gerou um prejuízo mensal de 5% ao mês, durante -(-3) ± √(-3)2 - 4 × 1 × 2
o mesmo período. Ambas as aplicações foram feitas x=
no sistema de juros simples. 2×1
Pode-se concluir que, no final desses dez meses, eles
tiveram:
3! 9-8
x=
a) prejuízo de R$2.800,00. 2
b) lucro de R$3.200,00.
c) lucro de R$2.800,00. x= 3!1
2
d) prejuízo de R$6.000,00
e) lucro de R$5.000,00. 3+1
x1 = =2
2
3/5 de 20.000,00 = 12.000,00
12.000,00 · 4% = 480,00 3-1
x2 = =1
480 · 10 (meses) = 4.800 (juros) 2
O que sobrou 20.000,00 - 12.000,00 = 8.000,00. Apli-
cação que foi investida e gerou prejuízo de 5% ao Na fórmula de Báskara, podemos usar um discrimi-
mês, durante 10 meses:
nante que é representado por “Δ”. Seu valor é igual a:
8.000,00 · 5% = 400,00
400 · 10 meses= 4.000
Portanto 20.000,00 + 4.800(juros) = 24,800,00 - Δ = b2 - 4ac
4.000= 20.800,00 /10 meses= 2.080,00 lucros.
Resposta: Letra C. Assim, podemos escrever a fórmula de Báskara:
-b ! D
x=
2a
EQUAÇÕES DO 2º GRAU O discriminante fornece importantes informações
de uma equação do 2ª grau:
Equações do segundo grau são equações nas quais
o maior expoente de x é igual a 2.
Se Δ > 0 → A equação possui duas raízes reais e
Sua forma geral é expressa por: ax2 + bx + c = 0.
distintas
Onde a, b e c são os coeficientes da equação.
Se Δ = 0 → A equação possui duas raízes reais e
idênticas
a é sempre o coeficiente do termo em x²;
Se Δ < 0 → A equação não possui raízes reais
b é sempre o coeficiente do termo em x;
c é sempre o coeficiente ou termo independente.
Soma e Produto das Raízes
As equações de segundo grau têm 2 raízes, isto
Em uma equação ax2 + bx + c = 0, temos:
é, existem 2 valores de x que tornam a igualdade
verdadeira.
z a soma das raízes é dada por –𝑏/a;
Cálculo das Raízes da Equação z o produto das raízes é dado por 𝑐 / a
1. (FUNDATEC – 2011) Qual deve ser o valor de m para Medindo intervalos de tempos temos (hora – minu-
que a equação x2 + 6x + m = 0 tenha raízes reais iguais? to – segundo) que são os mais conhecidos. Veja como
se faz a relação nessa unidade:
a) 3. Para transformar de uma unidade maior para a
b) 9. unidade menor, multiplica-se por 60. Veja:
c) 6.
d) -9. 1 hora = 60 minutos
e) -3 4 h = 4 x 60 = 240 minutos
Para que a equação do segundo grau tenha raízes Para transformar de uma unidade menor para a
iguais, é preciso que o delta (discriminante) seja unidade maior, divide-se por 60. Veja:
igual a zero. Isto é, Δ = b2 - 4ac.
0 = 62 – 4.1.m 20 minutos = 20 / 60 = 2/6 = 1/3 da hora ou 1/3h.
0 = 36 – 4m
4m = 36 Para medir ângulos, a unidade básica é o grau.
Temos, então, as seguintes relações:
m = 9. Resposta: Letra B.
1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)
2. (CONSULPLAN – 2016) Julgue a afirmativa:
1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)
A soma das raízes da equação x2 - 5x + 6 = 0 é um
número ímpar. Aqui vale fazer uma observação: os minutos e os
segundos dos ângulos não são os mesmos do sistema
( ) CERTO ( ) ERRADO (hora – minuto – segundo). Os nomes são semelhantes,
mas os símbolos que os indicam são diferentes, veja:
A soma das raízes é: 1h32min24s é um intervalo de tempo ou um ins-
S = -b / a tante do dia.
S = -(-5) / 1 = 5. Resposta: Certo. 1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.
3. (IBFC – 2018) José perguntou ao seu avô Pedro, que MEDIDAS DE COMPRIMENTO
é professor de matemática, com que idade ele se for-
mou na faculdade. Pedro disse ao neto que sua idade A unidade principal tomada como referência é o
era o produto entre as raízes da equação x² -10x + 21 = metro. Além dele, temos outras seis unidades dife-
0. Nessas condições, assinale a alternativa que apre- rentes que servem para medir dimensões maiores ou
senta a idade que Pedro se formou na faculdade: menores. A conversão de unidades de comprimento
segue potências de 10. Veja o esquema a seguir:
a) 18.
b) 21. Km hm dam m dm cm mm
(quilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (mlímetro)
c) 24.
d) 27.
×10 ×10 ×10 ×10 ×10 ×10
Achando as raízes da equação:
x² -10x + 21 = 0 Km hm dam m dm cm mm
-(-10) ± √(-10)2 - 4 × 1 × 21
x= :10 :10 :10 :10 :10 :10
2×1
x= Exemplo: Converter 5,3 metros para centímetros:
10 ! 100 - 84 Para sair do metro e chegar no centímetro deve-
2 mos multiplicar por 100 (10x10), pois “andamos” duas
casas até chegar em centímetro. Logo,
MATEMÁTICA
x=
10 ! 16 5,3m = 5,3 x 100 = 530 cm.
2
10 + 4 MEDIDAS DE ÁREA (SUPERFÍCIE)
x1 = + =7
2
A unidade principal tomada como referência é o
10 - 4
x2 = - =7 metro quadrado. Além dele, temos outras seis unidades
2
diferentes que servem para medir dimensões maiores
O produto das raízes é igual a 7 × 3 = 21 anos. ou menores. A conversão de unidades de superfície
Resposta: Letra B. segue potências de 100. Veja o esquema a seguir 71
Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
(quilômetro
quadrado)
(hectômetro
quadrado)
(decâmetro
quadrado)
(metro (decímetro (centímetro
quadrado) quadrado) quadrado)
(mlímetro
quadrado)
GEOMETRIA: SÓLIDOS, POLÍGONOS,
CÍRCULOS, PROPORCIONALIDADE,
×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100 CONGRUÊNCIA, SEMELHANÇA,
PERÍMETRO E ÁREA DE FIGURAS
Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 PLANAS
1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg) Seja um ângulo e um ponto P qualquer, dizemos
que P será um Ponto Interior ao Ângulo, quando
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3) uma reta qualquer que passa por P intercepta os lados
do ângulo em dois pontos distintos A e B, de modo que
1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3) o ponto P seja obrigatoriamente um ponto entre A e B.
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
72
Ângulos adjacentes: dois ângulos serão cha-
mados de Adjacentes quando forem consecu-
tivos e não tiverem pontos internos em comum.
A
P
O
B
B
O
O
F
H
B
Setor Angular O
Vejamos de que maneira os ângulos podem ser Ângulos Opostos pelo Vértice
classificados.
Observação: o par de ângulos FÔG e HÔI são opos-
Ângulos Consecutivos: dois ângulos serão tos pelo vértice.
chamados de Consecutivos quando tiverem o
mesmo vértice e um lado em comum. Ângulo Reto: um ângulo será chamado de Reto
quando sua medida for igual a 90º.
A
B
MATEMÁTICA
C O B
Ângulos Suplementares
A
A
C
Bissetriz
O
O B
Ângulo Obtuso
O H
r
Ângulos Complementares
C
Observação: os ângulos IÔM e MÔH são comple-
mentares.
P r
A
r
C C
Círculo
Posições de alguns pontos em relação à Circunferência λ
O ponto P é externo à circunferência: d > r arco determinado pelo ângulo em uma circunferência
O ponto P pertence à circunferência: d = r com o centro em seu vértice. 75
z Ângulo Inscrito: chamamos de ângulo inscrito
aquele que tem vértice na circunferência e lados
A secantes à mesma. O arco da circunferência com pon-
tos internos ao ângulo é o seu arco correspondente.
O
A
Q
O
P
Ângulo em uma Circunferência
m (AOB) = AÔB
Vejamos abaixo:
O
P A
B D N
M O
P
C
B
Ângulo Central em uma Circunferência
PARALELISMO
A Retas Paralelas
B r
s
e Retas Perpendiculares
f
r
Retas Paralelas r e s cortadas pela Transversal t
r
MATEMÁTICA
A B
M
s
Ângulo Externo
C G
B
F
Soma dos ângulos internos de um Triângulo ABC
H
Observação: a Soma dos Ângulos Internos de um
triângulo é dada por: Â + B̂ + Ĉ = 180°. L M
Q O
Altura de um Triângulo
G
H
F
A
F
D B J
E
Polígono Côncavo
z 1° caso: 3� n � 9
Um polígono é convexo se, e somente se, qualquer n = 3 – Triângulo
reta suporte, de um lado do polígono, deixar todos os n = 4 – Quadrilátero
outros lados em um mesmo semi-plano dos dois que n = 5 – Pentágono
n = 6 – Hexágono
ela determina. n = 7 – Heptágono
n = 8 – Octógono
n = 9 – Eneágono
z 2º caso: n é múltiplo de 10
B
n = 10 – Decágono
n = 20 – Icoságono
n = 30 – Tricágono
n = 40 – Quadricágono
A n = 50 – Pentacágono
n = 60 – Hexacágono
n = 11 – Unodecágono
n = 17 – Heptdecágono
n = 26 – Hexaicoságono
n = 35 – Pentatricágono
n (n – 3)
MATEMÁTICA
d=
2
Polígono Convexo
Ângulos Internos de um Polígono Convexo
Observação: em um polígono convexo, a região
A soma dos ângulos internos de um polígono con-
poligonal é convexa.
vexo é dada pela expressão:
Por definição, um polígono que não é convexo é
côncavo Si = (n – 2) · 180º 79
Ângulos Externos de um Polígono Convexo A1
B1
z
A soma dos ângulos externos de um polígono con-
vexo é dada pela expressão: C1
W
Se = 360º D1
V
Perímetro de Polígonos
S
Quando nos referimos ao Perímetro de um Polí- T U
gono, estamos na prática indicando que nosso interes-
se diz respeito à soma dos lados deste. Portanto, para Polígonos Regulares
calcular o Perímetro de um Polígono qualquer, basta
somar os lados. QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS
A B
H
J
Q
P
Figura 55. Trapézio Isósceles
R
M
N
80
z Trapézio Escaleno: os lados não paralelos não são Todo Quadrilátero convexo em que as diago-
congruentes. nais se interceptam nos respectivos pontos médios é
Paralelogramo.
D C Losango: um quadrilátero é um Losango se, e
somente se, possuir os quatro lados congruentes.
B
A B
Trapézio Escaleno
Observação: AB = BC = CD = DA
Paralelogramo: um quadrilátero é Paralelogra-
mo se, e somente se, possuir os lados opostos paralelos. Propriedades dos Losangos
D C z Todo Losango tem as diagonais perpendiculares;
z Todo Paralelogramo que tem as diagonais perpen-
diculares é Losango;
z Todo Losango tem as diagonais nas bissetrizes
dos ângulos internos;
z Todo Paralelogramo que tem as diagonais nas bis-
setrizes dos ângulos internos é Losango.
B
b D
Área de um Retângulo
Área de um Paralelogramo
D D
Quadrado
Observação 1: AB = BC = CD = AD
Observação 2: Â = B̂ = Ĉ = D̂ = 90° h
L D
B
Área de um Quadrado H
Área de um Triângulo
Área de um Retângulo
Observação: A área é dada por:
A área de um Retângulo é dada pelo produto das
suas dimensões, comprimento vezes largura, ou seja, b·h
A=
82 base vezes a altura. 2
A área de um Triângulo Retângulo também é dada Área de um Trapézio
pelo produto da base pela altura, dividido por dois.
Temos duas situações no caso do cálculo da área do
B Trapézio.
A área de um Trapézio Isósceles é dada pela soma
das bases (maior e menor) multiplicada pela altura, divi-
dido por dois:
b
h D
b
B
Área de um Triângulo Retângulo
B
b
D
Área de um Trapézio Retângulo
(b + B) · h
A= 2
Área do Círculo
Área de um Losango P
r
MATEMÁTICA
d = 3,16 a = 6.66
D ɛ = 136.09°
Υ = 69,17° B
L
O
c = 4.17
r
δ = 94.8° b = 5.98
B
C
C'
Área de um Setor Circular
A = √ p · (p – a) · (p – b) · (p – c)
d' = 3,16
β1 = 94.8°
E'
e' = 2
A'
c
Congruência entre duas figuras planas (Pentágonos)
F
B
a g = 3.03
Ɵ = 98.82°
84
Q RAZÃO ENTRE ÁREAS
2.29
Razão entre Áreas de dois Triângulos Semelhantes
2.29 v = 120° P
σ = 120°
A razão entre as áreas de dois triângulos seme-
R u = 120° lhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança.
2.29
2.29 p = 120° O
ξ = 120°
M o = 120° 2.29
2.29
N
Q1 B
2.29
2.29 A’
v1 = 120° P1
σ1 = 120°
R1
u1 = 120° 2.29
2.29 p1 = 120° O1 C’ B’
ξ1 = 120°
M1 Dois Triângulos Semelhantes
o1 = 120°
2.29
2.29 Observação 1: área do Triângulo ABC: A1
N1
Observação 2: área do Triângulo A’ B’ C’: A2
s = 3.11
Razão entre Áreas de dois Polígonos Semelhantes
u = 1,95
A Razão entre as Áreas de dois Polígonos seme-
ω = 119.21°
Ψ = 46.47° lhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança.
T
U t = 2.77
E
S'
v' = 1.67
θ1 = 114.29°
s' = 3.11
μ1 = 80.03° V'
MATEMÁTICA
D
B
T' K1 = 46.47°
λ1 = 119.21°
u' = 1,95
t' = 2.77
U'
B’
C’
C’ E
A’
Quadrado inscrito em uma Circunferência
Dois Polígonos Semelhantes
K
L
Observação 1: Área do Polígono ABCDE: A1
Observação 2: Área do Polígono A’ B’ C’ D’ E’: A2
Observação 3: Razão de Semelhança: k
Observação 4: Razão entre as áreas dos Polígonos
ABCDE e A’ B’ C’ D’ E’:
A1
A2
= k2
J
B M
86
Abaixo seguem representados vários Polígonos Q
circunscritos em uma Circunferência.
C P
R
A
N
Hexágono circunscrito em uma Circunferência
B
GEOMETRIA ESPACIAL
Triângulo Equilátero circunscrito em uma Circunferência
Poliedros
G
São figuras espaciais formadas por diversas faces,
cada uma delas sendo um polígono regular que estu-
F damos anteriormente. Vamos conhecer os principais
poliedros, destacando alguns pontos importantes,
como área e volumes:
c a
b
a a
D
V = a × a × = a3
Dica
As faces do paralelepípedo são retangulares,
enquanto as faces do cubo são todas quadra-
das. A área total do cubo é a soma das 6 faces
J quadradas. Ou seja,
MATEMÁTICA
H
AT = 6a2
b·m (n · b) m
AB = n · =
2 2
AL = n · b · h → n paralelogramos
Base (n · b) m
Base AT = AL + 2AB = n · b · h + 2 = (n · b) (h + m)
2
(a)
Conhecendo os cálculos das áreas do prisma, para
achar o volume do prisma reto ou regular, basta fazer
o produto da área da base pela altura (h) do prisma:
V = AB · h
V = a · AB · cos α
Dica n·b·m
AL = → n triângulos
Como o prisma tem base e topo com o mesmo 2
polígono então a secção transversal vai definir o
n·b·m (n · b) m' (n · b) (m + m')
tamanho do corte nas arestas ou faces laterais, AT = AL + AB = + =
assim as áreas e volumes serão menores, mas 2 2 2
com as mesmas fórmulas de cálculos. m =h +m
2 2 ’2
89
A∆maior B3 H3 A3
= = =
A∆menor b3 h3 a3
AEFGH = 18; VF = 3; VB = 5;
ABmaior A2 AABCD VB2
= → =
ABmenor a2 AEFGH VF2
AABCD 52 AABCD 25 25 · 18
Conhecendo os cálculos das áreas da pirâmide, = → = → AABCD =
para achar o volume da pirâmide regular, basta fazer 18 32 18 9 9
o produto de um terço da área da base pela altura (h)
da pirâmide: 450
AABCD = = 50
9
1 n · b · m' · h
V= · AB · h =
3 6
CILINDRO
V=V =VVmaior −– V
(H– −h)h
(H )
b·A⋅ +AABbA AA A A
) h − H ( = V − V =V
A⋅b
menor=
Vmenor = B ++ ⋅
√A B ·BA⋅ ++bBA+
b 3 ronem roiam
33
maior B b
h
H B A
= =
h b a r
Importante!
O cilindro reto também é chamado de cilindro de
revolução, pois ele é gerado a partir da rotação
Tronco de cilindro reto e oblíquo.
de um retângulo em torno de um eixo que con-
tém um dos seus lados. g1 + g 2g1 + g2
E= , cilindro reto
E2= , cilindro reto
2
Secção meridiana de um cilindro é a interseção do AL = 2 ⋅ π ⋅ rA⋅ E= 2 · π · r · E
cilindro com um plano que contém as bases. Assim a L
g 2 g2 3 √33 33 √33 3 2
g
a Vcilindro = π ⋅ ⋅ g ⋅ · g ·=
Vcilindro = π · 4
⋅πg⋅= ⋅gπ⋅ ·
=g3 · π ⋅ g ⋅ ⋅ π = or
b 4 2 82 88 2 4
MATEMÁTICA
g1 g2
E E
A¹ r B¹ H
O¹
A¹ r B¹
O¹
G
Exemplo de Cone.
H-h
Um cone possui uma base formada por uma circun-
ferência de raio r, geratrizes (g) formadas por segmen-
tos com uma extremidade em um ponto V e a outra nos
pontos da circunferência da base. A altura do cone é a
distância h entre o vértice e o plano da base. R B
O cone é classificado em: cone oblíquo e cone reto. A
No primeiro, a reta VO é oblíqua ao plano da base, já O
no segundo, a reta VO é perpendicular ao plano da
base. A geratriz de um cone reto também é chamada
de apótema do cone. Tronco de cone.
A∆maior R3 H3
O tronco do cone é um sólido formado pelo corte = =
92 ou uma secção transversal no plano paralelo à base do A∆menor r3 h3
Ex.: Num tronco de cone, os perímetros das bases são ESFERA
16π cm e 8π cm e a geratriz G = 5cm, Figura 55, os valores
da altura, da área lateral e do volume do tronco são: Conceito, Elementos, Classificação, Áreas e Volumes
π · (3)
= · [82 + 8 · 4 + 42] = 112πcm3
3
R=4
A
O1
G=5
(H-h=k)
O1 r=4 A
k=(H-h)=h G=5
h
Exemplo de Fuso e Cunha esférica, respectivamente, da esquerda
para direita.
R-r=4
r=4
MATEMÁTICA
C B
C B A’
A’
C’ B’
C’ B’
Casos de Semelhança
C’ B’
F D C
G
C B
E
A O
D
F
I
C B
E
z BC é a hipotenusa;
z AB e AC são os catetos;
z AH é a altura relativa à hipotenusa;
z BH e CH são, respectivamente, as projeções dos
catetos AB e AC sobre a hipotenusa BC
b2 = a · n
c2 = a · m
a2 = b2 + c2
A C
h2 = m · n
b·c=a·h
Triângulo ABC Retângulo no Vértice A
RELAÇÕES MÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO
TEOREMA DE PITÁGORAS QUALQUER
O Teorema de Pitágoras diz que em todo triângu- z Lei dos Senos: em todo triângulo, as medidas dos
lo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é lados são proporcionais aos senos dos ângulos opos-
igual a soma dos quadrados das medidas dos catetos. tos e a razão de proporcionalidade é a medida do diâ-
metro da circunferência circunscrita ao triângulo.
B
Consideremos o triângulo ABC, inscrito na circun-
ferência de raio R:
A
a
b
c
C
c
R
A C a
b
Considere um Triângulo Retângulo ABC, com hipo- z Lei dos Cossenos: em todo triângulo, o quadrado
tenusa BC e altura AH. da medida de um lado é igual à soma dos quadra-
dos das medidas dos outros lados, menos o dobro
A do produto dessas medidas pelo cosseno do ângulo
que eles formam.
A
b c
h
b c
n m
CB
H
a C B
a
t1 t2
A A’
C B
B B’
D D’
Pelo Teorema da Bissetriz Interna, temos a seguin-
te igualdade:
AC AB
=
Feixe de Retas Paralelas cortadas por Transversais CD BD
C C’
D D’ C
a B x
y
Feixe de Retas Paralelas, Transversais e Teorema de Tales Teorema da Bissetriz Externa 97
Pelo teorema da bissetriz externa, temos a seguin- Suponha que em três cidades, Brasília, Belo Hori-
te igualdade: zonte e Rio de Janeiro, existam quatro rodovias que
ligam Brasília a Belo Horizonte e outras cinco rodo-
vias que ligam Belo Horizonte ao Rio de Janeiro.
AC AB
= Usando o princípio multiplicativo podemos saber de
CD BD quantas formas diferentes podemos chegar ao Rio de
Janeiro, saindo de Brasília e passando por Belo Hori-
Observação 1: AD é a bissetriz do ângulo exter- zonte. Usando a ideia dos conjuntos A e B anteriores
no ao triângulo ABC no vértice A, ou seja, divide este
temos o conjunto A ligando Brasília a Belo Horizonte e
ângulo externo em dois ângulos congruentes.
o conjunto B ligando Belo Horizonte ao Rio de Janeiro:
Observação 2: utilizando as medidas dos lados da
figura 52, temos:
A = {a₁, a₂, a₃, a₄} e B = {b₁, b₂, b₃, b₄, b₅}
b c (a1, b1), ⋯ ,(a1, b5) → 5 pares
=
y x (a2, b1), ⋯ ,(a2, b5) → 5 pares
4 linhas ∙
∙
∙
PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E NOÇÕES
(a4, b1), ⋯ ,(a4, b5) → 5 pares
DE PROBABILIDADE
5 + 5 + ⋯ + 5 = 4 ∙ 5 = 20
PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO E ADITIVO DA
CONTAGEM Assim, são 20 formas diferentes de chegar ao Rio
O princípio multiplicativo, também conhecido de Janeiro, saindo de Brasília e passando por Belo
como o princípio fundamental da contagem, é defi- Horizonte.
nido em duas situações diferentes, sendo a primeira Generalizando o princípio multiplicativo para
quando se deseja fazer a contagem da combinação qualquer quantidade de conjuntos temos:
de elementos entre dois ou mais conjuntos, ou seja,
cruzamento todos com todos. A segunda é quando se
A = {a₁, a₂, ⋯, an₁} n(A) = n₁
quer contar elementos dessas combinações, mas res-
tringindo elementos a serem combinados. B = {b₁, b₂, ⋯, bn₂} n(B) = n₂
Na primeira situação podemos inicialmente traba-
lhar com dois conjuntos A e B, sendo, A = {a₁,a₂, ⋯, am} ∙
∙
com m elementos e B = {b1, b2, ⋯, bn}com n elementos. ∙
Com isso, podemos formar da combinação de A com B
uma quantidade m ∙ n (princípio multiplicativo) de Z = {z₁, z₂, ⋯, zn } n(Z) = nr
pares ordenados (ai, bj) com ai ∈ A e bj ∈ B. Podemos
r
∙
m linhas ∙
∙
98 n+n+⋯+n=m∙n
desses conjuntos de interesse. Por exemplo, qual a
(a1, a2), ⋯ ,(a1, am) → m – 1 pares quantidade de números inteiros positivos abaixo de
(a2, a1), ⋯ ,(a2, am) → m – 1 pares 1000, formado pelos dígitos {1, 2, 3}. Note que não foi
informada a quantidade de algarismos que devem ter
∙ esses números inteiros, assim eles podem ser conjun-
m linhas ∙ to de números de 1 algarismo ou números de 2 alga-
∙
rismos ou ainda número de 3 algarismos. Não entram
números de 4 algarismos pois eles devem estar abaixo
(am, a1), ⋯ ,(am, am–1) → m – 1 pares de 1000. Para resolver esse problema, iremos utili-
(m – 1)+(m – 1)+ ⋯ +(m – 1) = m ∙ (m – 1) zar primeiro o princípio multiplicativo e logo após o
princípio da adição, onde somaremos os resultados de
cada um dos possíveis conjuntos de números em rela-
Voltando ao exemplo do início da seção temos ção ao seus algarismos. Onde temos OU entenda como
o conjunto B, com a lei de formação sendo, um con- SOMA (princípio aditivo), assim temos:
junto finito de números de três algarismos distintos
formado pelos dígitos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Para nume- 1algarismo: três possíveis: 1,2,3;
rar todos elementos de B, n(B)=?, B={123, 124, 125, ...,
876}, por ser muito grande esse conjunto é necessário 2algarismo: 3 ∙ 3 =9 possíveis (princípio multiplicativo);
utilizar uma técnica de contagem. Aqui podemos usar 3algarismos: 3 ∙ 3 ∙ 3=27 possíveis(princípio multiplicativo);
o princípio da multiplicação, com o caso de restrição,
onde para serem elementos distintos, o que aparecer A união:3+9+27=39 casos (princípio aditivo)
no primeiro algarismo não pode aparecer no segundo,
PROBABILIDADE
nem no terceiro, ou seja, o número 111 não é elemen-
to de B:
As origens da probabilidade remetem ao século
XVI e suas aplicações se limitavam a jogos de azar.
A = {a₁, a₂, a₃, a₄, a₅, a₆, a₇, a₈} = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} Hoje, a utilização das probabilidades ultrapassou o
→ B = {123, 124, 125, ⋯, 876} âmbito dos jogos. O governo e as empresas incorpo-
raram a teoria das probabilidades em seus processos
(a1, a2, a3), ⋯ ,(a1, a7, a8) → 7 ∙ 6pares (prin- diários de deliberações.
cípio multiplicativo) O estudo das probabilidades indica que existe um
(a2, a1, a3), ⋯ ,(a2, a7, a8) → 7 ∙ 6pares elemento de acaso, ou de incerteza, quanto à ocor-
rência ou não de um evento futuro. Assim, em muitos
8 linhas ∙ casos é impossível afirmar por antecipação o que irá
∙ ocorrer, mas por meio de dados históricos e da expe-
∙ riência, é possível dizer o quão provável é a ocorrên-
cia de um determinado evento. Alguns exemplos de
(a8, a1, a2), ⋯ ,(a8, a7, a6) → 7 ∙ 6pares aplicação nos negócios ou no governo são a previsão
7 ∙ 6+7 ∙ 6+ ⋯ +7 ∙ 6=8 ∙ 7 ∙ 6 = 336 da procura de um novo produto, o cálculo dos custos
de produção, a compra de apólices de seguro, o prepa-
Assim, são 336 números distintos formados por ro de um orçamento, a avaliação do impacto da redu-
três algarismos distintos com os dígitos de 1 a 8. ção de impostos sobre a inflação. Tudo isso contém
Generalizando então o princípio multiplicativo, algum elemento de acaso.
com restrição para elementos distintos, para qualquer As probabilidades são úteis no desenvolvimento de
quantidade de elementos temos: estratégias, como por exemplo, se as chances de lucro
são boas, os investidores sentem-se mais inclinados
a aplicar seu dinheiro, uma empresa pode negociar
Se A = {a₁, a₂, ⋯, am}, n(A) = m seriamente com um sindicato quando há forte amea-
ça de greve ou pode investir em um novo equipamen-
com sequências do tipo: (ai,al, ⋯,aj, ⋯,ak)
to, se há boa chance de recuperar o dinheiro.
r elementos
As probabilidades são utilizadas para exprimir a
chance de ocorrência de determinado evento e assim
modelando o acaso.
Importante!
Simulação do lançamento de uma moeda honesta 1000 vezes em
Experimento aleatório ou processo aleatório é
relação a suas respectivas frequências relativas.
qualquer fenômeno que gere resultados incertos
ou casuais, podendo ser repetido indefinidamen-
Já na definição clássica, definido o processo alea-
te sob as mesmas condições. Inicialmente não tório e seu espaço amostral, temos a relação entre o
se conhece seus resultados, mas pode-se des- número de eventos favoráveis e o número de resul-
crever todos possíveis. tados possíveis. Assim, a probabilidade do evento de
interesse é definida como o número de eventos (pon-
PROBABILIDADE EM ESPAÇOS AMOSTRAIS tos ou elementos) favoráveis divididos pelo número
EQUIPROVÁVEIS de elementos do espaço amostral:
Teorema 1: A probabilidade de um evento impos- Teorema 5: Se A e B são dois eventos do espaço amos-
sível ocorrer é P(Փ) = 0. tral Ω, então a probabilidade P(A – B) = P(A) – P(A ∩ B).
Prova: A = (A – B) ∪ (A ∩ B) e (A – B) ∩ (A ∩ B) = ∅
Demonstração:
R . Ad .
Seja Ω o espaço amostral de um processo aleatório. P(A) = P[(A – B)∪(A ∩ B)] = P(A – B) + P(A ∩ B)
Sabe-se que Ω = Ω + Փ, então aplicando a função pro- P(A – B) = P(A) – P(A ∩ B)
babilidade de ambos os lados se têm:
Para eventos independentes alguns desses teore-
Ω=Ω+Փ mas, axiomas ou corolário anteriores viram a regra
P(Ω) = P(Ω) + P(Փ) do “E” e regra do “OU”. Na regra do “e” a probabili-
1 = 1 + P(Փ) dade de ocorrência entre dois eventos A e B simulta-
P(Փ) = 0 neamente é P(A e B) = P(A) × P(B) = P(A ∩ B) . E a regra
do “ou” a probabilidade de ocorrer o evento A ou o
Outra forma de prova:
evento B é P(A ou B) = P(A) + P(B) = P(A ∪ B), assim “e”
Prova: A ⊆ Ω e A ∩ ∅ = ∅ e A ∪ ∅ = A
→ × e “ou” → +.
P(A) = P(A ∪ ∅) = P(A) + P(∅)
P(∅) = P(A) – P(A) = 0 PROBABILIDADE CONDICIONAL
AC = Ω – A P(A ∩ B)
P(A | B) = , P(B) > 0
P(AC) = P(Ω) – P(A) P(B)
MATEMÁTICA
P(AC) = 1 – P(A)
Caso esteja-se interessado na probabilidade con-
Outra forma de prova: dicional do evento B em relação ao evento A então
tem-se:
Se A ∩ AC = ∅ e A ∪ AC = Ω: P(AC) = 1 – P(A):
R·Ad ii P(A ∩ B)
P(A ∪ AC) = P(A) + P(AC) = P(Ω) = 1 P(B | A) = , P(A) > 0
P(AC) = 1 – P(A) P(A) 101
Se os eventos são independentes, então a probabi- independência entre esses eventos e aplicar os teore-
lidade do evento A acontecer, sabendo que o evento B mas e axiomas vistos anteriormente.
já ocorreu, não altera e tem-se então: P(A | B) = P(A). Por exemplo, se temos um experimento aleatório
Daí, temos que a independência entre dois eventos formado pelo espaço amostral de moedas dentro de
pode ser verificada a partir da igualdade: P(A ∩ B) = uma bolsa feminina, sendo que dentro dessa bolsa
P(A) × P(B). A prova é feita simplesmente substituindo existam duas moedas de 1centavo, três moedas de
P(A) no teorema da probabilidade condicional. 10centavos e quatro moedas de 1real. Se duas moe-
Supondo um experimento aleatório de um lança- das são retiradas aleatoriamente dessa bolsa, qual
mento de um dado de seis faces, qual seria a probabi- seria, por exemplo, a probabilidade de ambas moedas
lidade da face superior do dado ser maior ou igual a 4 serem de 1centavo, fazendo as retiradas com reposi-
sabendo que ela é par? No lançamento de um dado, o ção? O espaço amostral de cada retirada é dado por Ω
espaço amostral é Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, vamos definir o = {1c, 1c, 10c, 10c, 10c, 1R, 1R, 1R, 1R}, assim em cada
evento A como sendo face superior par, e o evento B retirada temos que o espaço amostral tem 9 resulta-
face superior maior ou igual a 4. Então, A = {2, 4, 6) e B dos possíveis. Para retirar moedas com reposição,
= {4, 5, 6}, qual a P(B | A) = ? fazemos retirada da primeira moeda, calculando-se a
probabilidade de ocorrência de interesse e após isso,
ela retorna à bolsa para poder participar da segunda
P(A ∩ B)
P(B | A) = , P(A) > 0 retirada, assim da primeira retirada para a segunda o
P(A) espaço amostral não se altera.
Logo, para calcular a probabilidade de duas moe-
das retiradas e as duas serem simultaneamente de
1centavo (1c), temos que lembrar do conceito de even-
tos independentes, em que a primeira retirada não
interfere no resultado da segunda, assim podemos
usar a regra do “e”, em que ocorrendo as duas retira-
das sucessivamente seria o mesmo que a intersecção
entre os eventos na primeira e na segunda retirada,
logo temos:
Agora, vamos determinar P(A), P(B) e P(A ∩ B):
2 2 4
n ( A) 3 1 3
( A)== n(A)
P P(A) = =
1 P(1ce1c) = P(1c ∩ 1c) = × =
n (Ω ) 6 = 26
n(Ω)
=
2
9 9 81
n(B ) = 3 = 13
n(B)
1 P ( A ∩Aonde
B ) em1 3cada1 retirada
2 2 o numerador é a quanti-
( B ) ==
P P(B) = = ⇒ P ( |BA)
⇒ P(B | A=) = dade de resultados
= = favoráveis
⋅ = para o evento moeda de
n (Ω ) 6 26
n(Ω) 2 P1 (centavo
A) e1o 2denominador
3 1 3 é a quantidade de resulta-
A ∩ B )2 2 11
n(A n∩(B) dos possíveis ou espaço amostral. Em cada retirada,
P∩
P(A ( AB)∩= B ) = = == = perceba que da primeira para segunda retirada os
n(Ω)n ( Ω ) 6 6 33 valores não mudaram, pois como o cálculo está sendo
feito para amostragem com reposição, significa que a
P(A ∩ B) 1/3 1 2 2 primeira retirada volta para a bolsa e o espaço amos-
= = · = tral para a segunda retirada continua o mesmo, ou
P(A) 1/2 3 1 3
seja, não se altera.
Portanto, a probabilidade de que a face superior Agora se pensarmos nesse mesmo experimento
do dado seja maior ou igual a 4 sabendo que ela é par aleatório e no mesmo cálculo de probabilidade, mas
é de 2/3. agora com uma amostragem sem reposição, ou seja,
retira-se a primeira moeda, calcula-se a probabilida-
PROBABILIDADE DE DOIS EVENTOS SUCESSIVOS E de da primeira retirada, e esta não retorna à bolsa,
EXPERIMENTOS BINOMIAIS logo, o espaço amostral irá alterar, sendo menor que o
inicial. Assim, para a probabilidade de ambas moedas
Probabilidade de Dois Eventos Sucessivos serem de 1centavo temos:
z Me é a média exponencial;
P (2 A) = 29, P (2 %6226
A )=
% ,9229, =% 62
)A262,(9P2 = )A 2( P
% z Te é a tendência exponencial;
P(2A) = 29,62%
z P é a previsão de consumo no mês.
Com probabilidade de A ganhar sendo p e probabi-
Considerando os métodos da média simples e da
lidade de A perder sendo q.
média ponderada, as previsões de consumo no mês 5
Uma grande quantidade de problemas que envol-
seriam, respectivamente, de:
vem cálculo de probabilidades pode apresentar exa-
tamente as mesmas características do problema
a) 127 e 127.
descrito, o que leva à construção de um modelo esta-
b) 127 e 136.
tístico teórico, conhecido também como distribuição
c) 127 e 142.
Binomial.
d) 136 e 127.
Esse tipo de problema então pode ser resolvido
e) 136 e 142.
diretamente pelo experimento Binomial ou distri-
buição Binomial, onde determina-se a probabilidade
de se obterem k sucessos em n tentativas. Para isso, 3. (FGV – 2019) A partir dos axiomas da Teoria das Pro-
temos a função de probabilidade dada por: babilidades, algumas proposições podem ser estabe-
lecidas, para quaisquer eventos não vazios, dentre as
quais estão:
P(X = k) = Ckn· pk · qn – k,
a) P(A ∪ B) ≤ P(A) + P(B) − P(A) · P(B)
Em que P(X = k) é a probabilidade de que o evento
b) Se A ⊂ Bentão P(A) · P(B) < P(A) · P(B)
aconteça k vezes em n tentativas, p é a probabilidade
c) Se P(A) · P(A) = 0, 25 então P(A) ≠ P(A)
de um sucesso, q é a probabilidade de fracasso (q=1 –
d) P(A ∩ B) = P(A) · P(B) => P(A ∩ B) = P(A) · P(B)
p) e a combinação de resultados possíveis no espaço
e) Se A ⊂ Be A ≠ B então P(B) > P(A)
amostral igual a:
MATEMÁTICA
a) 20% e 50%. 12. (FGV – 2021) Gabriel entra em uma lanchonete com
b) 20% e 70%. R$ 80,00 para comprar sanduíches e sucos. Cada
c) 50% e 70%. sanduíche custa R$ 13,50 e cada suco custa R$ 5,60.
d) 0% e 70%. Gabriel compra a maior quantidade possível de san-
e) 30% e 50%. duíches com os R$ 80,00 e, com o que sobra, compra
a maior quantidade de sucos possível. Ao final, Gabriel
6. (FGV – 2019) Dizemos que um número de 5 algaris- ficou com:
mos é “soteronês” se a soma de seus algarismos é 18,
os 5 algarismos são diferentes e o número é ímpar. a) R$ 2,40.
b) R$ 2,20.
Assinale a opção que mostra um número “soteronês”. c) R$ 1,30.
d) R$ 1,20.
a) 23456. e) R$ 0,70.
b) 12456.
c) 65421. 13. (FGV – 2018) André, Beatriz, Carlos e Doris fazem as
d) 65321. seguintes afirmações sobre a distância entre a empre-
e) 54623. sa em que trabalham e o shopping mais próximo:
7. (FGV – 2019) Em uma rodovia em linha reta, uma árvo- André: é de, no mínimo, 6 km.
re foi plantada a 15 metros de um ponto de ônibus. Beatriz: é de, no máximo, 3 km.
Depois, a cada 10 metros, a partir dessa primeira árvo- Carlos: não passa de 5 km.
re, no sentido em que se afasta do ponto de ônibus, Doris: não chega a 4 km.
foram sendo plantadas outras árvores.
Sabe-se que todos eles erraram em suas estimativas.
A distância da sexta árvore ao ponto de ônibus é Sendo d a distância, em quilômetros, entre a empresa
e o shopping mais próximo, tem-se que
a) 75 m.
b) 65 m. a) d < 3.
c) 55 m. b) 3 < d < 4.
d) 50 m. c) 4 < d < 5.
e) 45 m. d) 5 < d < 6.
e) d > 6.
8. (FGV – 2021) O número de cinco algarismos 2021U é
divisível por 9. O resto da divisão desse número por 7 é: 14. (FGV – 2021) Joana pagou uma conta vencida, com
juros de 5%, no valor total (juros incluídos) de R$
a) 1. 382,20. Se Joana tivesse pagado a conta até o venci-
b) 2. mento, teria economizado:
c) 3.
d) 4. a) R$ 18,20.
e) 5. b) R$ 19,11.
c) R$ 20,32.
9. (FGV – 2021) A quantidade de números ímpares de d) R$ 20,60.
2021 até 2051 é: e) R$ 21,22.
a) 31. 15. (FGV – 2018) Laura pagou R$ 11,20 por 350g de pre-
b) 30. sunto. No mesmo estabelecimento, Regina comprou
c) 17. 600g do mesmo presunto. O valor pago por Regina foi:
d) 16.
e) 15. a) R$ 20,70.
104
b) R$ 19,80. É correto concluir que:
c) R$ 19,20.
d) R$ 18,30. a) Pedro percorreu 12 m a mais que Paulo.
e) R$ 18,10. b) Pedro percorreu 12 m a menos que Paulo.
c) Pedro percorreu 4 m a mais que Paulo.
16. (FGV – 2019) Sabe-se que 3 recenseadores, com a d) Pedro percorreu 4 m a menos que Paulo.
mesma capacidade de trabalho, entrevistam 360 pes- e) Pedro e Paulo percorreram distâncias iguais.
soas em 8 dias. O número de dias que 2 desses recen-
seadores levarão para entrevistar 510 pessoas é: 20. (FGV – 2019) A figura a seguir mostra dois polígonos
regulares iguais, com um vértice em comum e apoia-
a) 14. dos em uma mesma reta.
b) 15.
c) 16.
d) 17.
e) 18.
2 B
3 D
A seguir, o número que está abaixo de cada figura 4 C
representa a soma dos números escondidos nos triân-
gulos sombreados. O número que está escondido no 5 C
triângulo do meio é: 6 C
7 B
8 E
9 D
a) 7.
b) 9. 10 C
c) 12.
11 B
d) 15.
e) 19. 12 C
16 D
17 D
MATEMÁTICA
18 B
19 A
20 B
Dois soldados, Pedro e Paulo, caminharam de A até C
por caminhos diferentes: Pedro percorreu os lados AB
e BC, e Paulo percorreu os segmentos AP, PQ e QC.
105
ANOTAÇÕES
106
NOÇÕES BÁSICAS DE BIOLOGIA E ANATOMIA HUMANA
A célula é descrita como a menor unidade funcional e estrutural formadora dos seres vivos. É constituída por,
pelo menos, três estruturas: membrana plasmática, citoplasma e material genético.
Podem apresentar organelas, que são como pequenos órgãos, com formas e funções diferentes, que se unem
para realizar atividades essenciais ao metabolismo e à sobrevivência da célula. Têm tamanho microscópico.
Considerando sua constituição e estrutura, as células são classificadas em dois tipos básicos: procariontes e
eucariontes, além de apresentarem diferentes formas e funções em um organismo. Observe as particularidades
de cada tipo a seguir.
Células Procariontes
São células que apresentam o material genético disperso no citoplasma, ou seja, não possuem núcleo envol-
vido por membrana nuclear. São encontradas no Reino Monera (Archaea e Bactéria). Exemplos: bactérias e
cianobactérias.
Mesossomo
Nucleótido
(DNA)
Citoplasma Flagelo
Membrana plasmática
Células Eucariontes
As células eucariontes são aquelas que possuem um núcleo verdadeiro, ou seja, o material genético dessas
células é envolto por uma membrana nuclear, denominada carioteca. Normalmente, são maiores do que as pro-
cariontes. Possuem estruturas membranosas em seu interior, as chamadas organelas.
São classificadas em dois tipos: animal e vegetal. São encontradas em todos os grupos, com exceção do Reino
Monera (único grupo procarionte).
Lísossomo Ribossomo
Membrana Plasmática
Aparelho de
Golgi
Citoplasma
Retículo
Endoplasmático
Rugoso
Peroxissomo
Centríolo
Núcleo
Retículo
Endoplasmático Liso
Mitocôndria
Peroxissomo
Retículo
Endoplasmático Núcleo
COMPONENTES CITOPLASMÁTICOS
Importante! Existe uma teoria denominada teoria da endossimbiose, que consiste na hipótese de que mito-
côndrias e cloroplastos se originaram a partir de uma célula procarionte. Dessa forma, ambos foram fagocitados,
de maneira independente, por uma célula eucarionte e passaram a viver em simbiose desde então. As provas
dessa teoria baseiam-se no fato de que essas duas organelas apresentam membrana dupla e DNA próprio.
MEMBRANA PLASMÁTICA
A membrana celular é constituída por carboidratos, lipídeos e proteínas. Sua organização é estabelecida de
acordo com o modelo mosaico fluido, ou seja, apresenta uma bicamada lipídica (fosfolipídios) que permite a
movimentação de estruturas conectadas a ela. Esses lipídeos mantêm a integridade e estabilização da membrana.
Proteínas associadas à membrana plasmática permitem a passagem de substâncias através da membrana e
podem atuar no reconhecimento de sinais químicos vindos do meio externo. Carboidratos podem ser encontrados
apenas na parte externa da membrana plasmática e têm a importante missão de reconhecimento de patógenos,
por exemplo.
Ademais, a membrana celular apresenta permeabilidade seletiva, ou seja, seleciona moléculas que podem
entrar e sair da célula.
É importante compreender também os tipos de transporte realizados através da membrana. Eles podem ser
classificados como passivos ou ativos.
109
No transporte passivo, consideramos que não z Microfilamentos: Organizam-se em filamentos
ocorre gasto de energia, ou seja, a passagem de subs- individuais ou em forma de malhas (redes de fila-
tâncias é a favor do gradiente de concentração (do mentos), constituídos por actina. São responsáveis
lado onde a substância está mais concentrada para o pela locomoção celular ou de partes específicas da
lado em que ela está menos concentrada). célula e pela forma apresentada por ela. Atuam na
Além disso, o transporte passivo é subdividido em contração muscular, situação em que a actina se
dois tipos: osmose e difusão. Na osmose, temos a associa à miosina. Também participam de proces-
passagem de solventes através da membrana, sendo a sos de locomoção por pseudópodes e do estrangu-
água o solvente universal. Já na difusão temos a pas- lamento na telófase da divisão celular, em que a
sagem de solutos. Quando esses solutos atravessam célula se divide em duas novas células;
diretamente a membrana, ou mesmo através de poros z Filamentos intermediários: Apresentam estrutu-
presentes na membrana, dizemos que é um caso de ra em formato de cabo. Constituídos por queratina,
difusão simples. Entretanto, se os solutos atravessa- são importantes para manter a estabilização da
rem a membrana com a ajuda de proteínas, teremos célula e em casos de resistência à tensão. Esses fila-
um caso de difusão facilitada. mentos são os responsáveis por manter o núcleo
E quando o transporte não for a favor do gradien- e as organelas em posições específicas dento da
te de concentração? Quando a substância atravessa célula. Podem ser encontrados, por exemplo, nas
a membrana, indo de onde está menos concentrada microvilosidades intestinais, na lâmina nuclear e
para onde ela está mais concentrada, dizemos que o em conexões entre o tipo desmossomos.
transporte ocorre contra o gradiente de concentra-
ção. Nesse caso, o transporte é classificado como um Agora que conhecemos os tipos celulares que
transporte ativo, pois precisa haver gasto de ener- existem (células procariontes e eucariontes) e as
gia para a atravessar a membrana. Como principal estruturas que compõem cada um deles (membrana
exemplo, temos a bomba de sódio e potássio (Na+/ plasmática, núcleo, material genético e organelas),
K+). podemos seguir para outras atividades importantes
Agora que entendemos bem como funciona a realizadas por essas unidades tão fundamentais ao
membrana plasmática das células, podemos seguir bom funcionamento do nosso organismo.
para o núcleo celular, região de extrema importância As células são capazes de crescer e se reproduzir,
no controle das atividades celulares. assim como nós. Essa reprodução favorece a multipli-
cação celular, conhecida como divisão celular.
NÚCLEO
REPRODUÇÃO CELULAR
É considerado a maior organela de células euca-
riontes. É a região que controla as atividades celula- As reproduções, ou divisões, celulares podem ser
res, e também é onde ocorre o processo de replicação do tipo mitose e do tipo meiose.
do DNA. Dentro do núcleo, encontra-se o nucléolo, É importante saber que, na mitose, uma célula
local onde são formados os ribossomos. É constituído gera duas idênticas a ela, enquanto, na meiose, uma
por membrana dupla e apresenta poros que permi- célula (“2n”) gera quatro células com a metade do
tem trocas entre núcleo e citoplasma. Entretanto, para material genético da célula inicial/célula mãe (quatro
ultrapassar os limites do núcleo é necessário possuir células “n”).
uma sequência de aminoácidos específica, denomina- Além disso, a meiose ocorre apenas em processos
da sequência sinal.
de formação de gametas (espermatozoide em homens
Dentro do núcleo, podemos encontrar a molécula
e ovócitos II nas mulheres), sendo a mitose o proces-
de DNA associada a proteínas histonas, formando a
so responsável pela divisão em qualquer outro tipo
cromatina. Assim como a célula tem o citoplasma, o
celular.
núcleo é preenchido por nucleoplasma.
No núcleo, ocorrem os processos de transcrição
e de tradução da molécula de DNA. Após, o RNA for- Dica
mado é capaz de passar pelos poros e migra para o Células humanas têm 2n=46 cromossomos, ou
citoplasma, levando a informação necessária para a
seja, 23 pares de cromossomos da mãe unidos
produção de proteínas, através da tradução.
a 23 pares de cromossomos do pai. Caso uma
dessas células realize mitose, essa célula origi-
CITOESQUELETO E MOVIMENTO CELULAR
nará duas células 2n com 46 cromossomos. Se
O citoesqueleto consiste em um conjunto de fibras essa mesma célula realizar meiose, ela originará
com funções associadas a sustentação, forma, movi- quatro células n, com 23 cromossomos. Entre-
mento e posicionamento da célula. Está presente tanto, e se essa célula inicial for “n”? Então, ela
apenas em células eucariontes animais. Encontra-se originará 2 células n, em processos de mitose, e
dividido em três partes: não terá a possibilidade de realizar meiose, afi-
nal, como formaria células “n/2”?
z Microtúbulos: Cilindros ocos e sem ramificação
constituídos por moléculas de tubulina, que se ori- Tanto a mitose quanto a meiose seguem um ciclo
ginam a partir de uma região denominada centro celular que contém uma fase de interfase constituída
organizador de microtúbulos. Podem formar um por G1, S e G2.
esqueleto rígido em algumas células e auxiliam os Em G0, a célula mantém-se em quiescência celular
movimentos de proteínas motoras entre diferentes (sem proliferação). Podemos considerar que, em G1,
estruturas dentro das células. Em células vegetais, ela basicamente aumenta seu volume; em S, duplica
participam da organização da parede celular (de o DNA, e, em G2, confere enzimas necessárias para a
celulose). Já em células animais, eles se associam a divisão celular. Se estiver tudo “ok”, ela inicia o pro-
110 estruturas locomotoras, como cílios e flagelos; cesso de divisão.
Então, vamos entender as etapas de cada um dos Dica
processos de divisão celular?
Na fase II da meiose, o processo é similar ao que
Mitose ocorre na mitose.
Sua função é a de revestir o corpo e as superfícies dos órgãos, além de fornecer proteção, absorver substâncias
e permitir a percepção de estímulos. Essas são funções específicas do epitélio de revestimento.
Pode ser classificado de duas formas, de acordo com o número ou com o formato de células.
Considerando o número de células que forma cada camada:
É importante ressaltar que esses tecidos podem apresentar subdivisões. Por exemplo, o epitélio simples pode
ser cúbico ou prismático, epitélio estratificado pavimentoso, de transição ou prismático. Esses conceitos ficarão
mais claros na tabela de exemplos interessantes, apresentada mais à frente.
Importante!
Existe, também, um epitélio que é classificado como de transição. Ele é um tipo especial de epitélio. Suas
células apresentam formato variável conforme a distensão do órgão que elas formam. Como exemplo, temos
as células encontradas em grande quantidade no tecido da bexiga urinária, as quais têm aparência globosa
quando a bexiga está vazia e formato achatado quando ela está cheia.
EXEMPLOS INTERESSANTES
Pele
É o maior órgão do corpo humano. Tem função protetora do organismo como um todo e, também, de órgãos
internos.
Ela é composta por três camadas de tecidos:
z Epiderme: Camada visível, formada por células mortas ou que estão para morrer. É a camada mais externa
da pele;
z Derme: Localizada logo abaixo da epiderme. É onde se encontram as raízes dos pelos, as terminações nervo-
sas, os vasos sanguíneos e o colágeno;
z Hipoderme (ou Tecido Subcutâneo): Camada mais interna da pele. É onde ficam as gorduras, as veias e os
músculos. É composto por células repletas de gordura, participando diretamente do processo de isolamento
térmico.
Derme
Glândula sebácea
Glândula
sudorípara
Hipoderme
Correspondem aos pelos (proteção e controle da temperatura corporal), às unhas (proteção) e a algumas glân-
dulas exócrinas, como, por exemplo, as glândulas sebáceas (lubrificação da pele).
Mucosa
Caracterizada como um tecido epitelial que reveste o corpo internamente — isto é, reveste órgãos e superfícies
internas.
As mucosas são formadas por epitélio acoplado a tecido conjuntivo, formando uma camada responsável por
revestir cavidades úmidas do organismo. O tecido conjuntivo, aqui, recebe o nome de lâmina própria. Como
exemplos, temos a mucosa da boca, do estômago, do intestino, do nariz, do pulmão, do útero, entre outras.
MUSCULAR
O tecido muscular é responsável por grande parte da movimentação do corpo. É constituído por fibras mus-
culares (miócitos), as quais apresentam citoplasma rico em células proteicas, o que permite a realização de
contrações.
É, também, composto por fibras proteicas dos tipos actina (formadora dos filamentos finos) e miosina (forma-
dora dos filamentos espessos).
É um tecido associado ao tecido conjuntivo de matriz extracelular, constituída por lâmina basal e fibras
reticulares.
O tecido muscular encontra-se dividido em três tipos básicos: 113
Músculo estriado esquelético
Músculo liso
z Muscular Liso: Formado por células fusiformes que apresentam núcleos centrais. Sua aparência não é estria-
da, por isso, é denominada “lisa”. Apresenta contrações lentas e involuntárias e, portanto, está associada
à movimentação involuntária do organismo. Pode ser encontrada na bexiga, no útero, no trato digestório e
nas artérias, por exemplo. São revestidas por lâmina basal. São capazes de se dividir em indivíduos adultos,
atuando em situações de aumento dos órgãos ou reparo tecidual. Em gestantes, ocorre um aumento numérico
e volumétrico dessas células;
z Muscular Estriado Esquelético: Formado por células alongadas e com vários núcleos (multinucleadas). Os
núcleos ocupam a região mais periférica das células. Tem, como função, a contração voluntária do organismo.
Devido à conexão com os ossos, está associado à locomoção. Suas fibras musculares são constituídas por mio-
fibrilas, que consistem em um conjunto de sarcômeros (responsáveis pela contração muscular). Essas células
não se multiplicam em indivíduos adultos, mas podem sofrer hipertrofia como consequência de exercício
físico.
Fibra muscular
Miofibrila
Sarcômero
z Muscular Estriado Cardíaco: Forma o tecido cardíaco, sendo de grande importância para a contração do
coração. A diferença em relação ao músculo estriado esquelético é que, aqui, os núcleos são em número de um
ou dois e ocupam posição central nas células. Apresenta fibras constituídas por bainha de tecido conjuntivo,
rica em capilares sanguíneos. Possui discos intercalares (conhecidos como linhas transversais), com especiali-
zações de membrana — zonas de adesão, desmossomos e junções comunicantes que permitem a ocorrência de
conexão elétrica entre as células desse tecido. As contrações são involuntárias, rápidas e contínuas.
Importante: Células musculares apresentam nomes especiais para algumas estruturas: sua membrana plas-
mática é denominada sarcolema. Seu citoplasma é conhecido como sarcoplasma, e o Retículo Endoplasmático
recebe o nome de Retículo Sarcoplasmático.
CONJUNTIVO
O Tecido Conjuntivo é responsável por nutrir, dar sustentação e preencher espaços entre os tecidos. Sua com-
posição inclui grande quantidade de células, a matriz extracelular e as fibras. O que define cada um dos tipos de
tecido conjuntivo é a composição da matriz e o conjunto celular que o compõe.
Os diferentes tipos de tecido conjuntivo possuem células também específicas, além de uma matriz extracelular
114 constituída por diferentes moléculas e fibras, o que determina a função desenvolvida.
A matriz extracelular pode ser: Tecido Conjuntivo Ósseo
z Gelatinosa (tecido conjuntivo frouxo e denso); Apresenta grande quantidade de matriz extrace-
z Líquida (tecido sanguíneo); lular rica em fibras colágenas, glicoproteínas e pro-
z Flexível (tecido cartilaginoso); teoglicanos. A matriz é calcificada por deposição de
z Rígida (tecido ósseo). cristais de cálcio sobre as fibras, o que torna esse teci-
do mais rígido do que os outros tecidos.
Dessa forma, o tecido conjuntivo encontra-se divi- As células específicas desse tecido são os osteóci-
dido em tecido conjuntivo propriamente dito e em tos (células ósseas maduras) e os osteoblastos (célu-
tecidos conjuntivos de propriedades especiais (adipo- las ósseas jovens).
so, cartilaginoso, ósseo e sanguíneo).
Tecido Conjuntivo Hematopoiético
Propriedades relacionadas ao Tecido Conjuntivo:
Apresenta matriz extracelular líquida que rece-
z Preenchimento de espaços entre tecidos;
be o nome de plasma, local onde são encontradas as
z Nutrição de tecidos avasculares;
células sanguíneas (glóbulos vermelhos, ou hemá-
z Reserva energética em adipócitos; cias, associados ao transporte de gases respiratórios;
z Produção de células sanguíneas na medula óssea, glóbulos brancos, ou leucócitos, associados à defesa
algumas, inclusive, que atuam na defesa do orga- do organismo; e plaquetas, ou fragmentos celulares,
nismo (glóbulos brancos). associadas ao processo de coagulação sanguínea).
Esse tecido tem, como função, a formação de célu-
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito las sanguíneas e de componentes do sangue. É encon-
trado na medula óssea e dentro de alguns ossos longos
Tem, como função, unir tecidos, preenchendo e do corpo, como, por exemplo, nas extremidades do
sustentando os tecidos e estruturas ao redor. Apresen- fêmur e do úmero.
ta grande quantidade de matriz extracelular, além de
fibras proteicas dos tipos colágena, elástica e reticular. NERVOSO
É subdividido em tecido conjuntivo denso e frou-
xo. Veremos, a seguir, as propriedades de cada um É o tecido responsável pela comunicação entre os
deles. órgãos do indivíduo e o meio externo. Essa comunica-
ção é do tipo elétrica, ocorre de forma rápida e é reali-
z Tecido Conjuntivo Denso zada através de sinapses químicas entre os neurônios.
Neurônios são as células mais representativas des-
Matriz extracelular abundante e com predominân- se tecido. Atuam juntamente com células da glia. Eles
cia de fibras colágenas. Fibroblastos estão presentes. É são a base para que as mensagens sejam recebidas,
encontrado em epitélio e em tendões. É associado à processadas e para que as respostas sejam geradas.
Transmitem informações através de neurotransmis-
resistência em casos de pressão mecânica.
sores e impulsos elétricos.
z Tecido Conjuntivo Frouxo
Neurônio
Matriz extracelular em pequena quantidade, rico
Oligodendrócitos Micróglia
Intestino
delgado Reto
Órgãos Digestórios
Artéria carótica
comum
Artéria subciávia
Tronco Braquiocefálico
Aorca
Veia cava superior
Artérias
Artérias pulmonares pulmonares
Veias pulmonares
Veias pulmonares
Átrio esquerdo
Átrio direito Valva semilunar
Valva
Valva atrioventricular
atrioventricular Ventrículo
esquerdo
Corda cardíaca
Septo
Ventrículo direto
Veia cava
inferior
O batimento do coração apresenta sincronia com os movimentos de sístole e diástole, que são movimentos de
contração e relaxamento do órgão, respectivamente. Durante cada contração, ocorre o bombeamento do sangue,
e, a cada relaxamento, o coração é novamente preenchido pelo sangue.
Importante!
Existe uma região responsável por originar os batimentos cardíacos: é o chamado nó sinoatrial. Por defini-
ção, é uma região de aglomeração celular capaz de produzir impulsos elétricos.
Vasos Sanguíneos
Como já citado, os vasos sanguíneos são responsáveis por transportar o sangue pelo corpo, levando oxigênio e
glicose a todas as células. Compõem um grande sistema formado por tubos fechados, por onde o sangue circula.
Em geral, podemos dizer que existem três tipos de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os capilares.
z Artérias: Definidas como vasos que partem do coração, levando o sangue para os órgãos e os tecidos do corpo.
O sangue presente no interior desses vasos apresenta alta pressão. Quando as artérias se ramificam, passam
a se chamar arteríolas;
z Capilares: Vasos muito delgados que realizam a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos do corpo;
z Veias: Vasos que levam o sangue de volta ao coração. O sangue presente no interior desses vasos apresenta
baixa pressão, diferente do que ocorre nas artérias. Uma característica específica desses vasos é a presença de
válvulas que impedem o refluxo sanguíneo.
118
Agora, observe as figuras a seguir, que trazem uma ótima representação das principais artérias e veias do
corpo humano:
119
A esta altura, já sabemos quem são as estruturas Já as plaquetas são, na verdade, fragmentos de
envolvidas no transporte de sangue. Sendo assim, células que têm extrema importância durante a for-
vamos usar o que já aprendemos para aprofundar- mação da rede de proteção contra hemorragias, ou
mos os estudos em circulação sanguínea? seja, durante o processo de coagulação sanguínea.
A circulação do sangue em mamíferos é do tipo Você já consegue visualizar como o sangue age em
dupla, ou seja, apresenta duas formas: pode acontecer nosso organismo?
na forma de grande ou pequena circulação: O sangue alcança vários órgãos e tecidos do corpo.
Nos capilares, ocorrem as trocas gasosas, que é quan-
z A pequena circulação (ou circulação pulmonar) do, enfim, o oxigênio presente no sangue é passado
envolve: coração → pulmão → coração; para os tecidos e o gás carbônico produzido na respi-
z A grande circulação (ou circulação sistêmica) ração celular é deixado para o sangue.
envolve: coração → corpo (tecidos) → coração. Os capilares reúnem-se, formando vênulas, que
formam as veias, as quais levam esse sangue pobre
Para entender ambas com maiores detalhes, em oxigênio e rico em gás carbônico de volta para o
vamos descrever os processos enquanto observamos coração. O sangue é transportado até o coração por
a imagem a seguir. meio da veia cava e entra pelo átrio direito.
Esse sangue, agora rico em gás carbônico e pobre
Pulmão em oxigênio, é enviado para o ventrículo direito e de
Artéria Pulmonar
lá é bombeado para os pulmões por meio das artérias
pulmonares. Lá, passa novamente pelo processo de
Veias Pulmonares hematose e todo o processo é reiniciado. Esse é um
Veia Cava
dos motivos dele ser tão importante para nós.
Artéria Aorta
Você imagina o que pode ser uma parede torácica? Ela é uma ligação existente entre estruturas que formam
um tipo de gaiola de proteção, flexível, porém com força suficiente para manter seu interior em bom funciona-
mento. Ali, podemos encontrar uma estrutura esquelética unida a músculos, nervos e artérias.
No tórax, está o esqueleto torácico, com uma abertura na face superior e outra na porção inferior. É com-
posto por esterno, costelas (12 pares), vértebras torácicas (12) e articulações, como os discos intervertebrais, por
exemplo.
Podemos observar na figura a seguir que essa parede envolve um espaço, o qual é preenchido por várias estru-
turas corporais anatômicas.
Articulação
esternoclavicular Incisura jugular
Mediastino
Encontra-se localizado na linha média do corpo, dentro da parede torácica, em um espaço entre as cavidades
pleurais, ou seja, entre os dois sacos pleurais. Anatomicamente, é dividido em mediastino superior e inferior,
tomando como referência os vasos da região basal do coração.
Parede torácica
Mediastino
O mediastino superior está localizado acima do nível do pericárdio, tendo na região anterior o timo, e, em sua
região posterior, a veia cava superior, o arco aórtico, a traqueia e o esôfago, por exemplo.
Já o mediastino inferior apresenta três sub-regiões: anterior, médio e posterior. Na anterior, temos o timo; na
média, temos o coração, o pericárdio, o nervo frênico, grandes artérias e alguns dos principais brônquios; final-
mente, na região posterior, temos o ducto torácico, a artéria torácica e o esôfago.
Pulmões
Os pulmões são dois órgãos esponjosos alojados dentro da caixa torácica. Eles são divididos internamente
em regiões denominadas lobos. O pulmão direito é maior do que o esquerdo e apresenta três lobos, enquanto o
122 esquerdo tem apenas dois lobos.
Além disso, os pulmões são revestidos por uma fina membrana, a pleura, responsável pela proteção do órgão
e por ajudar no deslizamento entre tecidos que ocorre a cada respiração, durante as contrações e expansões dos
pulmões. Tudo isso permite que o órgão tenha ótima capacidade elástica e de complacência em seu estado normal.
Observe a figura a seguir, que ilustra muito bem a anatomia do pulmão:
Fissura
Fissura obliqua Lobo superior
horizontal
Lobo
Fissura
Lobo obliqua
superior
superior
Lobo Fissura Fissura
superior horizontal obliqua
Lobo
Lobo Lobo
Incisura inferior
médio médio
cardíaca
Lobo Lobo Incisura
inferior Lobo
inferior inferior cardíaca
Margem inferior
Fissura Língula
obliqua
PULMÃO DIREITO PULMÃO ESQUERDO
A. Vista anterior B. Vistas laterias
Fissura oblíqua
Lobo inferior do
pulmão direito Lobo inferior do
pulmão esquerdo
C. Vista anterior
123
Vejamos, de forma esquemática, os componentes z Medula Espinhal
do SNC e do SNP:
É um cordão cilíndrico que parte da base do encé-
SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO PERI- falo, percorre toda a coluna vertebral e se aloja dentro
CENTRAL (SNC) FÉRICO (SNP) das perfurações das vértebras. Da Medula Espinhal,
Encéfalo partem 31 pares de nervos raquidianos.
� Cérebro Tem como funções: receber as informações de diver-
� Cerebelo sas partes do corpo e enviá-las para o encéfalo, e vice-ver-
Nervos cranianos (12 pares) sa, além de ser responsável pelos atos reflexos (reflexo
� Tronco Encefálico
Nervos raquidianos (31 pares) medular).
� Mesencéfalo
Terminações nervosas
� Ponte
� Bulbo
Medula
z Encéfalo
SUBSTÂNCIA
Constitui cerca de 90% da massa encefálica. Sua BRANCA
superfície é bastante pregueada (aumento da superfí-
cie). É dividido em dois hemisférios (esquerdo e direi- CANAL MEDULAR
to) e em duas partes: SUBSTÂNCIA CINZENTA
Córtex (externo): Substância cinzenta (corpos Atente-se para não confundir Medula Espinhal
neuronais); e Medula Óssea. A Medula Espinhal é encontrada
Região interna: Substância branca (dendritos dentro das vértebras da coluna vertebral. Já a Medu-
e axônios). la Óssea é encontrada no interior dos ossos longos e
esponjosos, desempenhando funções do tecido hema-
Principais estruturas que ocupam o cérebro e suas topoiético, como a produção de células sanguíneas.
funções:
Dica
Corpo caloso Cortex cerebral Ossos do crânio
Cérebro No encéfalo, a substância cinzenta é mais exter-
Meninges
na, enquanto a branca é mais interna.
Epífise Na medula, é o contrário: a substância cinzenta é
Lobo mais interna e a branca, mais externa.
frontal
Lobo z Ato Reflexo
occipital
Tálamo
Hipotálamo Ocorre em situações de risco ou emergência. Nesses
casos, a medula espinhal elabora respostas rápidas, sem
Hipófise Cerebelo
Mesencéfalo
a interferência do encéfalo. Exemplo: resposta patelar.
Ponte O mecanismo de resposta envolve apenas um
Bulbo Medula espinhal
neurônio sensitivo (aferente), a medula e um neurô-
nio motor (eferente). Por esse motivo, a resposta ao
z Tálamo: Reorganização dos estímulos nervosos e estímulo é mais rápida.
percepção sensorial (consciência);
z Hipotálamo: Regulador da homeostase corpo- z Meninges
ral, controle da temperatura e do apetite, balanço
hídrico e controle da hipófise e de outras glândulas; Tanto o encéfalo quanto a medula são protegidos
z Cerebelo: Responsável pelo equilíbrio do cor- por membranas denominadas meninges. Elas são des-
po, pelo tônus e vigor muscular, pela orientação critas como um conjunto de membranas que reveste e
espacial e pela coordenação dos movimentos. A protege o Sistema Nervoso Central (SNC).
ingestão de álcool afeta o cerebelo, prejudicando Essas membranas são classificadas como: dura-
a coordenação dos movimentos. É por esse motivo -máter (mais externa), aracnoide (intermediária) e
que uma pessoa bêbada fica tonta, com dificulda- pia-máter (mais interna). Além disso, é importante
des em manter o equilíbrio do corpo; lembrar que o espaço entre elas é preenchido por
z Tronco Encefálico: líquido cefalorraquidiano (ou líquor).
Vale notar que a meningite é uma infecção menin-
Mesencéfalo: Recepção e coordenação da con- gocócica causada por bactérias que se alojam no inte-
tração muscular e postura corporal; rior dessas membranas, podendo gerar inflamação ou
Ponte: Manutenção da postura corporal, equilí- até infecção generalizada.
brio do corpo e tônus muscular;
Sistema Nervoso Periférico (SNP)
Bulbo: Controle dos batimentos cardíacos, con-
trole dos movimentos respiratórios e controle z Nervos
da deglutição (engolir).
São fios finos formados por vários axônios de neurô-
nios envolvidos por tecido conjuntivo que transmitem
mensagens de várias partes do corpo para o Sistema
Nervoso Central ou destes para as regiões corporais.
124
Observe a seguir a classificação dos nervos, que pode ser feita quanto ao tipo de neurônio e quanto à posição
anatômica.
Quanto ao tipo de neurônio:
I. OLFATIVO
II. ÓPTICO
III. Oculomotor
IV. TROCLEAR
V. TRIGÊMEO
VI. ABDUCENTE
VII. FACIAL
VIII. VESTÍBULO-COCLEAR
IX. GLOSSOFARÍNGEO
X. VAGO
XI. ESPINHAL ACESSÓRIO
XII. HIPOGLOSSO
TIPO DE
NERVO FUNÇÃO
NEURÔNIO
Espinhal acessório Motor Relacionado com a inervação dos músculos esqueléticos e com a
movimentação
São nervos mistos que apresentam ramificações ao longo da medula. São os responsáveis pela inervação da
cabeça, do tronco e dos membros superiores. Esses 31 pares encontram-se divididos em 8 de nervos cervicais, 12
de nervos torácicos, 5 de nervos lombares, 5 de nervos sacrais e 1 de nervo coccígeo. Para facilitar o entendimen-
to, observe a figura a seguir. 125
as pupilas se dilatarão, a saliva será inibida, deixan-
do a boca seca, os batimentos cardíacos aumentarão,
a bexiga relaxará, adrenalina e noradrenalina serão
liberadas, entre outras consequências. Já o parassim-
pático, nessa situação, agirá tentando equilibrar o
organismo após a situação de estresse. Assim, atuará
contraindo as pupilas, estimulando a salivação, dimi-
nuindo a frequência dos batimentos cardíacos, con-
traindo a bexiga, levando à liberação de acetilcolina.
127
Assinale:
Considerando que, no instante t, foi acrescentada uma a) Caso as hemácias fiquem murchas, a solução é
substância capaz de inibir a cadeia respiratória, é cor- hipotônica.
reto afirmar que, antes da aplicação do inibidor: b) Caso as hemácias fiquem murchas, a solução é
hipertônica.
c) Caso as hemácias fiquem inchadas, a solução é
a) Ambas as substâncias são transportadas ativamente
hipertônica.
através da membrana.
d) Caso as hemácias fiquem ligeiramente inchadas, a
b) Ambas as substâncias são transportadas passiva-
solução é isotônica.
mente através da membrana.
e) Caso as hemácias fiquem rompidas, a solução é
c) A substância 1 é transportada ativamente e a 2
hipertônica.
passivamente.
d) A substância 1 é transportada passivamente e a 2
ativamente. 5. (FGV – 2013) Metaforicamente falando, se uma célu-
e) Os dados dos gráficos não permitem distinguir trans- la eucariótica fosse representada como um castelo,
porte ativo de passivo. suas proteínas seriam:
3. (FGV – 2016) Células animais retiradas de um mesmo a) As paredes e muros, pois as proteínas constituem a
local foram colocadas em soluções de diferentes con- maioria das membranas celulares.
centrações de oxigênio, de modo que todos os demais b) As carruagens e carroças, pois as proteínas são
fatores se mantivessem constantes. Em seguida, foi necessárias apenas para o transporte.
medido o fluxo de absorção do íon potássio (K+) atra- c) As lareiras e fornos, pois as proteínas são a maior fon-
vés da membrana das células observadas. te de energia química da célula.
d) A biblioteca, porque as proteínas armazenam toda a
informação do indivíduo e funcionam como moldes de
Os resultados estão na tabela a seguir.
informações que são passadas a futuras gerações.
e) As pessoas, pois as proteínas orquestram, controlam
CONCENTRAÇÃO DE O2 TAXA DE ABSORÇÃO e executam uma série de eventos como sinalização,
(%) DE K+ (UNID/MIN) morte, formato, manutenção, proteção etc.
3 58
4 65
5 65
Com relação aos dados fornecidos pela tabela, analise Ele informou aos alunos que uma delas correspondia
as afirmativas a seguir. à mitocôndria de células da pele e a outra, à de células
de um músculo estriado.
I. A absorção de K+ é sempre feita por transporte ativo, Após diversas discussões intermediadas pelo profes-
em qualquer concentração de O2. sor, os alunos concluíram que a mitocôndria prove-
II. A partir de 4% de O2, a absorção de K+ parou. niente das células musculares correspondia:
III. A célula não consegue absorver mais que 65 unidades
de K+/minuto. a) À figura 1, uma vez que, sendo menor e com mais cris-
tas, apresenta maior absorção de glicose e oxigênio.
b) À figura 1, uma vez que, tendo mais cristas, apresenta
maior produção de ATP.
128
c) À figura 1, uma vez que, sendo menor e com mais cris- 9. (FGV – 2019) Assinale a opção que indica as estrutu-
tas, apresenta maior superfície de contato com a acti- ras que impedem o refluxo de sangue para os ventrícu-
na e a miosina. los do coração.
d) À figura 2, uma vez que, sendo maior e com menos
cristas, pode produzir maior quantidade de ATP. a) As válvulas das veias cavas.
e) À figura 2, uma vez que, sendo maior e com mais cris- b) O septo que separa os átrios.
tas, consome menos energia para produzir ATP. c) As valvas atrioventriculares.
d) As valvas semilunares.
7. (FGV – 2012) A decomposição dos tecidos cadavéri- e) O septo que separa os ventrículos.
cos se dá, inicialmente, devido:
10. (FGV – 2016) A figura a seguir representa um cora-
a) À ação de bactérias existentes nas partes mais inter- ção humano no qual as veias cavas foram represen-
nas do organismo. tadas como um único vaso, assim como as veias
b) À ação de larvas depositadas por insetos atraídos por pulmonares.
odores provenientes do cadáver.
c) À ação de decomposição feita por fungos e bactérias
depositados por insetos.
d) Às secreções feitas pelos golgiossomos das células
de glândulas endócrinas.
e) À ruptura da membrana de lisossomos e liberação de
enzimas digestivas.
12. (FGV – 2012) “Os primeiros médicos gregos come- 15. (FGV – 2019) Uma professora estava iniciando o estu-
teram um erro, ao considerar as veias como os úni- do dos vertebrados com seus alunos. Para isso, per-
cos vasos sanguíneos. O fato de as artérias estarem guntou se eles sabiam a característica que determina
vazias nos cadáveres levou os a pensar que se tratava que animais pertencem ou não a este grupo.
de vasos condutores de ar (em grego, a palavra “arté-
ria” significa “conduto de ar”)”. Um aluno levantou a mão e respondeu, corretamente,
que era a presença de:
(Isaac Asimov – Breve História da Biologia.)
a) Esqueleto.
O relato acima se deve ao fato de as artérias: b) Ossos.
c) Glândulas mamárias.
a) Seguirem o sentido dos tecidos para o coração. d) Coluna vertebral.
b) Apresentarem válvulas internas que impedem o retor- e) Postura ereta.
no do sangue.
c) Apresentarem paredes elásticas que ajudam a bom- 16. (FGV – 2016) A microfotografia a seguir representa
bear o sangue. uma seção de um músculo estriado, seguida de um
d) Estarem ligadas a extensa rede de capilares. esquema indicativo das seções visíveis na foto.
e) Conduzirem o sangue dos pulmões ao coração.
9 GABARITO
1 D
2 D
3 C
11 A
12 C
13 B
14 E
15 D
16 A
17 A
18 E
19 E
132
z Comunhão dos meios de prova: Significa não
apenas que as partes e o juiz podem levar provas
aos autos, como também que a prova, uma vez
autuada, aproveita a todos.
z Provas do inquérito: As provas do inquérito
NOÇÕES DE PROVA NO valem para o convencimento, desde que repetidas
em juízo e se encontrem em harmonia com as cole-
PROCESSO PENAL tadas durante a instrução processual. Podem ser
úteis tanto à acusação quanto também à defesa. Se
confirmadas pela instrução processual, favorecem
à acusação. Já se em contradição e desarmonia,
contribuem para a declaração de inocência.
DA PROVA
Perícias e documentos produzidos na fase inqui-
DISPOSIÇÕES GERAIS sitorial são revestidos de eficácia probatória sem a
necessidade de serem repetidos no curso da ação
No processo, através das provas, é possível compro- penal por se sujeitarem ao contraditório diferido. Fon-
var a existência da verdade de um fato, que influencia te: Jurisprudência em teses (STJ). Fonte: Jurisprudên-
diretamente no momento de convencer o julgador. cia em teses (STJ).
Serão discutidos os possíveis meios de provas e
como o julgador avaliará cada uma, observando os Art. 155 Parágrafo único: Somente quanto ao esta-
tipos de valoração dessas provas. do das pessoas serão observadas as restrições esta-
Serão abordados os principais princípios que belecidas na lei civil
estão diretamente ligados às provas apresentadas no
processo penal, buscando demonstrar a importância z Liberdade probatória: A liberdade probatória
delas para identificação da verdade e da justiça que é não é absoluta. Sofre limites quanto ao estado
o principal objetivo do processo. das pessoas em que vale a lei civil. As provas não
podem ser obtidas por meios ilícitos.
DAS PROVAS NO PROCESSO PENAL
Art. 156 A prova da alegação incumbirá a quem a
A prova é o ato que busca comprovar a veracidade fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
dos fatos, e também, reconstruir um fato passado afim I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal,
de instruir o julgador. Dessa forma, será comprovada a produção antecipada de provas consideradas
a autenticidade dos fatos. urgentes e relevantes, observando a necessidade,
O autor Lopes Jr. (2017, p. 344) informa que o pro- adequação e proporcionalidade da medida;
cesso penal e a prova integram os modos de constru- II – determinar, no curso da instrução, ou antes de
ção do convencimento do julgador que influenciará proferir sentença, a realização de diligências para
na sua convicção e legitimará a sentença. dirimir dúvida sobre ponto relevante
A prova geralmente é produzida na fase judicial,
pois permite a manifestação da outra parte, respei- Ônus da Prova e In Dubio Pro Reo
tando assim, o princípio do contraditório e da ampla
defesa, direito de ser julgado de acordo com as provas Inicialmente, cabe ressaltar que os certames públi-
produzidas, em contraditório e diante de um juiz com- cos usualmente se atrelam à literalidade da Lei, sendo
petente, com todas as garantias.
assim, é indiscutível que o candidato tenha o conheci-
O art. 155, do Código de Processo Penal, preceitua
mento do art. 156 do Código de Processo Penal. Ade-
no mesmo sentido, informando que o juiz formará sua
convicção pelas provas produzidas em contraditório mais, para elucidar os conceitos por trás do artigo, é
judicial, não podendo fundamentar exclusivamente necessário que seja estabelecido os conceitos de ônus
nos elementos da investigação. Isso porque as provas da prova e in dubio pro reo.
z Objeto da prova: Não é apenas a hipótese delitiva O acusado não tem obrigação de comprovar
contida na denúncia que é objeto da prova, mas o que quer que seja, embora possa e deva contri-
toda tese relevante para a aplicação da lei penal, buir para a demonstração de sua inocência. Esse é o
que surgir no curso do processo, e suas circunstân- real significado da norma esculpida no caput dessa
cias, sejam elas favorável à defesa ou à acusação. disposição. 133
Ao imputar a prática de delito de homicídio, por Conceito de Prova Ilícita
exemplo, é asseverado na denúncia, embora implicita-
mente, que o fato não foi praticado em legítima defesa. A prova ilícita é aquela produzida com violação de
Caso ela venha a ser confirmada como tese de defe- normas constitucionais ou legais. Nem sempre, mas
sa, caberá à acusação comprovar sua inocorrência. normalmente é produzida em violação de normas
A defesa pode e deve contribuir para essa prova, mas penais. Aliás, pode se dizer que essa é uma caracte-
não tem o ônus. Percebe-se que o réu é inocente. Possui rística da prova ilícita, normalmente ela constitui
assim, uma situação jurídica de inocência. crime. A interceptação de comunicações telefônicas,
de informática ou telemática constitui crime tipifi-
z In dubio pro reo: Como frisado anteriormente, o cado no artigo 10 da Lei nº 9.296, de 1996. Os delitos
réu é inocente a inocência do réu não precisa ser de violação de correspondência, telegráfica e radioe-
construída, mas, ao contrário, desconstituída pelo létrica encontram-se previstos no artigo 151 do CP. A
MP. Essa interpretação é consequência da significa- obtenção de depoimento mediante coação configura
ção do processo como garantia do indivíduo, da pre- delito de abuso de autoridade. A violação de domicílio
sunção de inocência, do princípio in dubio pro reo. constitui crime do artigo 250 do CP. A violação de sigi-
A dúvida sempre favorecerá o acusado, no que diz lo bancário está prevista na Lei Complementar nº 105,
respeito à prática da hipótese delitiva. Em delito de de 2001. Como dissemos, embora comumente a pro-
homicídio, se o acusado alegar, sem provar, legítima va ilícita seja delito (o que já em muito contribui para
defesa, compete ao MP demonstrar que a conduta do diferenciá-la da nulidade), nem sempre o é. Damos
réu não se deu sob o manto dessa excludente de anti- exemplo de prova ilícita que não constitui delito: a
juridicidade. Restando a dúvida quanto a ter ou não gravação ambiental em alguns casos.
o acusado agido em legítima defesa, a decisão há de Perceba que o § 1º do art. 157, dita duas exceções
ser a de absolvição, pois que sua situação jurídica de quanto a possibilidade de se utilizar a prova derivada
inocência não foi eficazmente desconstituída. das ilícitas, sendo: quando a prova derivada não pos-
suir nexo de causalidade com a prova ilícita, quando
Art. 157 São inadmissíveis, devendo ser desen- a prova derivada puder ser obtida de forma indepen-
tranhadas do processo, as provas ilícitas, assim dente da ilícita.
entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais. Art. 158 Quando a infração deixar vestígios, será
§ 1º São também inadmissíveis as provas deriva- indispensável o exame de corpo de delito, dire-
das das ilícitas, salvo quando não evidencia- to ou indireto, não podendo supri-lo a confis-
do o nexo de causalidade entre umas e outras, são do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.690,
ou quando as derivadas puderem ser obtidas de 2008).
por uma fonte independente das primeiras. Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do
§ 2º Considera-se fonte independente aquela que exame de corpo de delito quando se tratar de crime
por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, que envolva:(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018
próprios da investigação ou instrução criminal, seria I – violência doméstica e familiar contra mulher;
capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova II – violência contra criança, adolescente, idoso ou
declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão pessoa com deficiência. (Incluído dada pela Lei nº
judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. 13.721, de 2018)
§ 4º (VETADO)
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova decla-
Trata-se de um tema muito cobrado em provas,
rada inadmissível não poderá proferir a sentença ou
acórdão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) portanto muita atenção! O caput do art. 158 dita que,
quando a infração deixar vestígios é indispensável o
exame de corpo de delito seja direto ou indireto. A
Garantia e Fundamento Constitucionais
confissão não é capaz de suprir a falta do exame de
corpo delito. Lembre-se: sempre que a infração deixar
z Garantia constitucional: É a seguinte redação do vestígios será necessário o exame de corpo de delito.
inciso LVI, artigo 5º, da CF: “São inadmissíveis, no O exame de corpo de delito terá prioridade na sua
processo, as provas obtidas por meios ilícitos”. realização, quando se tratar de: violência doméstica
z Fundamento constitucional: O fundamento da e familiar contra a mulher; violência contra criança,
proibição da prova ilícita está ancorado no artigo adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
5º, inciso X, da CF: “São invioláveis a intimidade, a Para compreender um pouco mais, veja as defini-
vida privada, a honra e a imagem das pessoas (…)” ções a seguir:
Formalidades do Exame
z Perito oficial: É aquele investido no cargo por força de Lei e não por simples nomeação do juiz.
z Revogação parcial da Súmula 361 do STF: Diz referida Súmula que no processo penal, é nulo o exame rea-
lizado por um só perito, considerando-se impedido o que tiver funcionado anteriormente na diligência de
apreensão (vide jurisprudência posterior à publicação da Súmula). Essa Súmula só tem validade, em prin-
cípio, para a perícia não oficial, pois que, atualmente, a perícia oficial é realizada por um só perito.
z Perícia inoficial e lavratura do auto pelo escrivão: No caso do § 1º do art. 159, o escrivão lavrará o auto
respectivo, que será assinado pelos peritos e, se presente ao exame, também pela autoridade. O laudo, que
poderá ser datilografado, será subscrito e rubricado em suas folhas por ambos os peritos (artigo 179, pará-
grafo único).
z Suspeição dos peritos: Ver nossas anotações ao artigo 280.
z Falta de compromisso: Constitui mera irregularidade, segundo jurisprudência majoritária.
Importante!
Jurisprudência
Competência do chefe do Poder Executivo para a iniciativa de legislar sobre o funcionamento de órgão admi-
nistrativo de perícia: Compete ao chefe do Poder Executivo a iniciativa para legislar sobre o funcionamento de
órgão administrativo de perícia (ADI 2.616/PR, rel. minº Dias Toffoli, julgado em 19-11-2014, acórdão publica-
do no DJE de 10-2-2015 – Informativo 768, Plenário).
É desnecessária a realização de perícia para a identificação de voz captada nas interceptações telefônicas,
salvo quando houver dúvida plausível que justifique a medida. Fonte: Jurisprudência em teses (STJ).
Art. 160 Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responde- NOÇÕES DE PROVA NO PROCESSO PENAL
rão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado,
em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
Quanto aos quesitos mencionados nesse artigo: Diz o art. 176 que “a autoridade e as partes poderão formular
quesitos até o ato da diligência”.
Art. 161 O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
z Qualquer dia: Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deve determi-
nar, se a infração for das que deixa vestígios, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras
perícias (inciso VII, art. 6º). O exame pode ser feito em qualquer dia, inclusive nos feriados, sábados e domin-
gos, antes que desapareçam os vestígios.
z Crimes contra a propriedade imaterial: No delito contra a propriedade imaterial, “no caso de haver o crime
deixado vestígio, a queixa ou a denúncia não será recebida se não for instruída com o exame pericial dos obje-
tos que constituam o corpo de delito”. 137
Autópsia e Óbito Cadáver, Fotografias e Desenhos
Art. 162 A autópsia será feita pelo menos seis Art. 165 Para representar as lesões encontradas no
horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evi- cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao
dência dos sinais de morte, julgarem que possa ser laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou
feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. desenhos, devidamente rubricados.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bas-
tará o simples exame externo do cadáver, quando z Documentos que acompanham o exame: Os
não houver infração penal que apurar, ou quando documentos relacionados no dispositivo devem
as lesões externas permitirem precisar a causa da
ser juntados ao exame, e também todos os demais
morte e não houver necessidade de exame inter-
que possam colaborar para o correto esclareci-
no para a verificação de alguma circunstância
relevante. mento dos fatos.
z O estado das coisas: O estado das coisas não pode § 4º – A pena é de reclusão de dois a oito anos, e
ser alterado até a chegada dos peritos, sob pena multa, se o crime é cometido:
de prejudicar o exame pericial. Caso tenha havido I – com destruição ou rompimento de obstáculo à
alteração do estado das coisas, o perito registrará subtração da coisa;
no laudo tal fato e relatará as consequências des- II – com abuso de confiança, ou mediante fraude,
sas alterações para a elucidação dos fatos. escalada ou destreza”.
z Obrigação da autoridade policial: De acordo com
o parágrafo 1º do art. 6º, “logo que tiver conheci-
z E ao delito de dano (artigo 163 do CP): “Destruir,
mento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá dirigir-se ao local, providenciando inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena – deten-
para que não se alterem o estado e conservação ção, de um a seis meses, ou multa”.
das coisas, até a chegada dos peritos criminais”. z Indispensabilidade do exame de corpo de deli-
z Acidente de trânsito: Segundo a Lei nº 5.970, de to: Nesses delitos, o exame de corpo de delito é
2. (FGV – 2021) No dia 03/03/2020, a residência de Hugo a) Poderia ser obtido a partir da produção de provas de
foi furtada e de seu interior foi subtraída uma televi- qualquer natureza, tendo em vista que adotado pelo
são. Para ingressar no local e praticar o crime, José Direito Processual Penal brasileiro o princípio do livre
arrombou a porta de entrada da residência enquanto convencimento motivado.
essa estava vazia. b) Dependeria de laudo pericial direto e, ainda que tives-
O vizinho de Hugo presenciou os fatos e descreveu as sem desaparecidos os vestígios, o exame indireto não
características de José para a polícia, sendo esse deti- seria suficiente.
do ainda na posse do bem subtraído. c) Exigiria exame de corpo de delito, que poderia ser dire-
O autor foi denunciado pelo crime de furto qualificado to ou indireto, ainda que realizado por um perito, mas
pelo rompimento de obstáculo. Nem a vítima nem o a confissão não seria suficiente.
vizinho foram ouvidos em juízo e os policiais afirma- d) Dependeria de realização de exame pericial, que pode-
ram em sede judicial que encontraram o acusado na ria, porém, ser suprido pela confissão do réu.
posse da TV furtada. O réu, por sua vez, confessou o e) Exigiria realização de exame pericial, exame esse que
crime e a forma como entrou na residência, apesar de deveria ser realizado por dois peritos oficiais.
não ter sido realizado exame pericial no local.
5. (FGV – 2012) Caio, integrante de uma central sindical,
Quanto à imputação a José da qualificadora do rompi- é denunciado pelo Ministério Público do Distrito Fede-
mento de obstáculo, assinale a afirmativa correta. ral e Territórios perante o juízo singular sob a acusa-
ção da prática do crime de lesão corporal de natureza
a) Poderá ser imputada ao réu, pois houve exame pericial grave, já que, de acordo com a inicial, teria agredido
indireto. Tício, Senador da República, durante um discurso pro-
b) Não poderá ser imputada ao réu, diante da ausência ferido pelo parlamentar. No curso do processo, a defe-
de exame pericial de local, que poderia ser realizado sa de Caio pleiteia a absolvição de seu cliente, uma
por um perito oficial. vez que, embora tenha ele confessado a agressão,
142
não teria vindo aos autos o exame de corpo de delito e
nenhuma testemunha teria deposto em juízo.
ANOTAÇÕES
A esse respeito, é correto afirmar que o magistrado deverá:
Assinale:
9 GABARITO
1 C
2 B
3 B
4 C
5 A
6 A
143
ANOTAÇÕES
144
O primeiro deles seria um desentendimento seu
com seu vizinho em uma eventual construção irregu-
lar, que extrapola o direito de um e invade o direito
do outro.
Num segundo momento, imagine que você foi fla-
NOÇÕES DE DIREITO grado por uma viatura policial ao avançar um sinal
vermelho em alta velocidade.
ADMINISTRATIVO Veja que, em que pese caber discussões de defesa
de direitos em ambos os exemplos, as normas apli-
cáveis aos casos não são as mesmas. No primeiro
exemplo há uma clara igualdade, o que não ocorre no
segundo momento.
PRINCÍPIOS EXPRESSOS E IMPLÍCITOS Para começar a entender o regime jurídico-admi-
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA nistrativo, ou seja, o regime jurídico ao qual se sub-
mete a Administração Pública quando da sua atuação,
NOÇÃO GERAL DE PRINCÍPIO deveremos entender dois princípios, chamados pela
doutrina em Direito Administrativo de supra prin-
Os princípios são a base de um ordenamento jurí- cípios ou princípios implícitos da Administração
Pública:
dico, anteriores até mesmo à existência das normas,
pois influenciam no próprio processo legislativo.
z Supremacia do interesse público;
Podem constar expressamente ou não, tendo como
z Indisponibilidade do interesse público.
característica terem enunciados genéricos, para apli-
cação num máximo possível de situações.
Com base na supremacia do interesse público serão
Os princípios possuem alto nível de abstração,
criadas prerrogativas para proteger o interesse públi-
outra característica que irá permitir a sua aplicabili-
co diante do interesse particular. Exemplo: presunção
dade a um grande número de situações.
de veracidade e legitimidade dos atos administrativos.
Também poderão ser utilizados para análise da Já a indisponibilidade do interesse público irá im-
validade de normas constantes do ordenamento jurí- por restrições ao uso da coisa pública, também com
dico, assim como a sua correta interpretação. intuito de proteção: inalienabilidade condicionada
Não há hierarquia na aplicação dos princípios. dos bens públicos.
Eles devem ser interpretados de forma harmônica. No Importante ressaltar que a Administração Pública
entanto, isso não impede que um ou outro esteja mais nem sempre estará atuando sob este regime jurídi-
presente quando da análise de uma situação concre- co-administrativo, apesar de esta ser a regra. Have-
ta. Nesse ponto, não falaremos de hierarquia, mas da rá situações em que a Administração Pública estará
mera aplicabilidade do princípio à situação concreta atuando de igual para igual com o particular, sujeita
trazida à análise. a um regime de direito privado. Portanto, dito isso,
Vamos enumerar as características dos princípios vamos organizar essa parte do raciocínio.
colocadas até então:
z Regime jurídico de direito público: conceito restri-
z Generalidade; to (regime jurídico-administrativo);
z Abstração; z Regime jurídico de direito privado.
z Ausência de hierarquia entre si;
z Interpretação e validação de regras. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS COM PREVISÃO
CONSTITUCIONAL
Vejamos agora sobre as regras. Elas serão menos
genéricas e abstratas. Ainda que aplicáveis eventual- Vamos começar a conhecer cada um dos princí-
mente a várias situações correlatas, elas já procuram pios. Conheceremos os princípios expressos da Cons-
tituição Federal. É importante que você saiba que há
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
se aproximar da realidade dos fatos, apresentando
comandos mais claros e concretos. princípios expressos em várias outras normas que não
No Brasil temos alguns critérios que podem ser uti- são a CF, de 1988. Conheceremos aqui apenas os cons-
lizados para a solução do conflito entre regras: tantes do caput do art. 37. Vejamos a sua literalidade.
z Hierárquico: prevalece a de maior hierarquia. Ex.: Art. 37 A administração pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
CF/88 sobre qualquer norma interna;
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
z Cronológico: prevalecerá a lei mais nova sobre o aos princípios de legalidade, impessoalidade,
tema; moralidade, publicidade e eficiência e, também,
z Especialidade: prevalecerá a lei mais específica ao seguinte:
sobre o tema.
Veja que a aplicabilidade do caput é bastante am-
REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO pla: todos os poderes, todas as esferas, administração
direta e indireta.
O regime jurídico pode ser definido como conjunto Você deve decorar esses princípios, fazendo uso do
de normas que irá orientar uma determinada relação famoso LIMPE, que traz a inicial de cada um dos prin-
jurídica. Vejamos dois exemplos para que, desde já, cípios constantes do caput.
seja possível ter em mente que esse conjunto de nor-
mas poderá variar de acordo com a situação. 145
Legalidade conteúdo moral que muitas vezes não consta expres-
sa e claramente do texto legal, mas deve ser aplicado
O princípio da legalidade tem sua origem no pelo agente público quando da sua atuação.
próprio estado de Direito. Vejamos o art. 1º, da Importante citar que a moralidade se aplica tanto
Constituição. ao agente público, quanto ao particular que defende
seu interesse diante da Administração Pública.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada Há na Constituição outro mandamento que expõe
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e a importância do princípio da moralidade, constante
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Demo- do art. 5º. Vejamos.
crático de Direito e tem como fundamentos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção
Em um Estado de Direito, a vida das pessoas, assim de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei-
como também do Estado, será pautada no que cons- ros e aos estrangeiros residentes no País a inviola-
tar da lei. No entanto, a interpretação do princípio da bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,
legalidade terá abordagens diferentes quando olhar- à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
mos para o particular ou para o agente público. (...)
Vejamos a legalidade aplicável ao particular, cons- LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para
tante do art. 5º, da Carta Magna. propor ação popular que vise a anular ato lesi-
vo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Art. 5º (...) Estado participe, à moralidade administrativa, ao
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
fazer alguma coisa senão em virtude de lei; ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Veja que o mandamento para o particular é per-
missivo. Ele poderá fazer tudo que não estiver proibi- Publicidade
do em lei. Será obrigado a algo apenas quando da lei
constar. A importância do princípio da publicidade está na
Essa não é a interpretação do princípio da lega- própria existência e exercício da democracia. Como
lidade para o agente público. Aqui já cabe falar em poderiam os cidadãos fiscalizar a atuação do Estado e
legalidade administrativa. Ao agente público será per- seus governantes sem saber o que está acontecendo?
mitido tudo que a lei autorizar ou mandar. Ou seja, a A publicidade trará a transparência necessária para
relação é oposta. Não é um mandamento permissivo, que os administrados possam exercer a democracia.
mas restritivo. No entanto, devemos saber que tal princípio não
tem aplicação absoluta. Há situações em que o sigilo,
Impessoalidade a título de exceção, deverá prevalecer.
É o caso, por exemplo, de operações sigilosas de
O princípio da impessoalidade, também conheci- investigações de ilícitos ou mesmo inquéritos cuja
do como princípio da finalidade, tem como objetivo publicidade possa ofender a privacidade de uma
maximizar os resultados da Administração Pública eventual vítima.
para a sociedade como um todo. Ele irá impedir, por Há, por outro lado, atos que devem ser publicados
meio de cada uma de suas facetas, o direcionamento para que gerem efeitos, pois como poderiam ser os
da atuação do Estado tanto para o interesse de um par- particulares cobrados a respeito de determinado ato
ticular ou um grupo específico de particulares, como ou norma do qual não tiveram a devida ciência?
para o próprio interesse do agente público tomador Nesse raciocínio, temos três tipos de atos conforme
de decisão. a necessidade ou não da sua publicidade.
A partir disso temos algumas leituras possíveis
para o princípio. Uma delas é a aplicação do princípio z Atos sigilosos: não podem ser publicados;
da impessoalidade por meio da ausência de qualquer z Atos internos: não precisam ser publicados, pois
tipo de promoção pessoal do agente público cometen- não causam impacto nos administrados;
te, buscando apenas o interesse público. z Atos externos: precisam ser publicados para ciên-
Outra leitura possível passará pelo tratamento iso-
cia dos interessados.
nômico dos administrados. A isonomia permite o tra-
tamento diferenciado de acordo com diferenças entre
Há ainda a possibilidade de obtenção de informa-
os administrados. É o que você vê na reserva de vagas
ções por parte dos administrados, trazida no art. 5º,
para idosos, por exemplo.
da CF, de 1988:
Portanto, temos dois tipos de isonomia, a saber:
Art. 5º [...]
z Isonomia horizontal: pessoas em situações seme-
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos
lhantes devem ser tratadas da mesma forma;
públicos informações de seu interesse particular,
z Isonomia vertical: pessoas em situações diferentes ou de interesse coletivo ou geral, que serão presta-
podem ter tratamentos distintos. das no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível
Moralidade à segurança da sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independente-
A moralidade administrativa estará intimamente mente do pagamento de taxas:
ligada ao conceito de certo e errado, honesto e deso- b) a obtenção de certidões em repartições públicas,
nesto, extrapolando a letra fria da lei. No entanto, não para defesa de direitos e esclarecimento de situa-
146 para desobedecê-la, mas para complementar com um ções de interesse pessoal;
Eficiência Princípios da Proporcionalidade e Razoabilidade
O princípio da eficiência foi introduzido no caput Não há unanimidade na doutrina na forma como
do art. 37, da CF, de 1988, por meio da Emenda Cons- se correlacionam esses dois princípios. No entanto,
titucional de 1998, tendo como objetivo, juntamente passaremos aqui a leitura que nos parece mais fre-
com a mudança de outros dispositivos, aumentar a quente em provas.
eficiência do Estado brasileiro. Entenderemos a proporcionalidade como um sub-
A atuação da Administração Pública dentro desse princípio da razoabilidade. A proporcionalidade é
contexto, tentando se aproximar do conceito de admi- fácil de ser entendida quando falamos da duração de
nistração gerencial, deverá buscar a maximização das um processo judicial ou administrativo. Aliás, direito
receitas do Estado, economicidade do gasto público, constante do art. 5º, da CF, de 1988:
corte de gastos desnecessários etc.
Art. 5º [...]
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administra-
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO
tivo, são assegurados a razoável duração do pro-
PÚBLICA
cesso e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação.
O princípio implícito ao ordenamento jurídico é
aquele que não está escrito em norma alguma, mas Já para entender a proporcionalidade eu vou
se pode depreender do conjunto das normas deste pedir que você imagine um outro cenário. Imagine
ordenamento. Em Direito Administrativo, a doutrina uma multidão de manifestantes que possuem alguns
nos trará inúmeros princípios. Uns são, naturalmen- objetos que podem causar danos ou ferimentos, mas
te, mais citados e importantes, e serão observados a sabe-se que não possuem arma de fogo. Caso haja
seguir. necessidade de conter os manifestantes, seria razoá-
vel por parte do policiamento o uso de armamentos
Princípio da Autotutela não letais.
No entanto, dentro dessa escolha correta o agente
Segundo o princípio da autotutela, a Administra- público deverá medir o correto uso desse meio. Não
ção Pública poderá rever seus atos, podendo revogá- poderá usar indiscriminadamente o material, uma
-los ou anulá-los conforme o caso. vez que ele é adequado. O uso desproporcional de
Esse direito não é irrestrito, encontrando limite no um material adequado àquela situação poderá trazer
art. 54, da Lei n° 9.784, de 1999, Processo Administra- problemas aos administrados.
tivo Federal.
Princípio da Continuidade do Serviço Público
Art. 54 O direito da Administração de anular os
atos administrativos de que decorram efeitos favo- Os serviços públicos garantem serviços essenciais
ráveis para os destinatários decai em cinco anos, à população, por isso não podem, como regra, serem
contados da data em que foram praticados, salvo interrompidos, mas fornecidos permanentemente.
comprovada má-fé. Tal importância traz impacto inclusive no direito
de greve de servidores públicos.
Os efeitos causados por essa revisão podem variar.
Caso seja uma anulação, pois era viciado o ato admi- Art. 37 [...]
nistrativo, os efeitos serão, em regra, retroativos. VII - o direito de greve será exercido nos termos e
No caso de se tratar de revogação, que é quando nos limites definidos em lei específica;
o ato não é viciado, mas se tornou inconveniente, os
efeitos não serão retroativos. A Lei 8.987, de 1995, que trata de concessão de ser-
Por fim, a revisão pode resultar em manutenção viços públicos, traz a mitigação da exceção do contrato
do ato anteriormente praticado, sendo mero exercício não cumprido (exceptio non adimpleti contractus). Um
Compreendido também como coercibilidade, sig- A tipicidade diz respeito à necessidade de respei-
nifica que os atos administrativos se impõem aos des- tar as finalidades específicas delimitadas pela lei, para
tinatários, independentemente de sua concordância, cada espécie de ato administrativo. Dependendo da
finalidade que o Poder Público almeja, existe um ato
outorgando-lhes deveres e obrigações. A imperativi-
definido em lei. A lei deve sempre estabelecer os tipos
dade garante ao Poder Público a capacidade de produ- de atos e suas consequências, promovendo ao particu-
zir atos que geram consequências perante terceiros. O lar a garantia de que a Administração Pública não fará
Estado somente consegue alcançar seus objetivos de uso de atos inominados, sem tipificação, que impõe
forma eficiente se ele se encontrar em posição supe- obrigações cuja previsão legal não existe. É um atri-
rior aos seus governados. buto que deriva do próprio princípio da legalidade.
A justificativa da criação unilateral, ainda que
contra a vontade dos administrados, dos atos admi- Dica
nistrativos é o Poder coercitivo do Estado, também
A tipicidade é uma característica marcante da
denominado Poder Extroverso ou Poder de Império.
expropriação de bens particulares pelo Poder
Esse não é um atributo comum a todos os atos, mas Público. É o caso de desapropriação adminis-
tão somente aos que impõem obrigações aos adminis- trativa, hipótese em que o Poder Público tem a
trados. Assim, não têm essa característica os atos que prerrogativa de tirar da esfera de alguma pessoa
outorgam direitos (autorização, permissão, licença), física a titularidade sobre bem imóvel, transfor-
bem como aqueles meramente administrativos (cer- mando-o em bem público. Para tanto, deve reali-
tidão, parecer). zar um procedimento envolvendo aspectos mais
complexos, como a declaração de utilidade ou
Exigibilidade necessidade pública (art. 5º, XXIV, da CF/1998),
bem como a necessidade de prévia indenização
Consiste no atributo que permite à Administração ao particular que teve seu bem expropriado, em
Pública aplicar sanções aos particulares por violação pecúnia (§ 3º, do art. 182, da CF/1988).
da ordem jurídica, sem a necessidade de recorrer ao
processo judicial, que é demasiado longo e repleto CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
de solenidades. A exigibilidade permite ao Adminis-
trador aplicar as sanções administrativas, como mul- Atos administrativos existem dos mais variados
tipos. Para efeitos didáticos, costuma-se dividir e
tas, advertências e interdição de estabelecimentos
agrupá-los, formando-se uma verdadeira classificação
comerciais. desses atos. Portanto, passemos a analisar as diversas
modalidades de atos administrativos, observando os
Autoexecutoriedade seguintes critérios:
z Extinção ipsu iure pelo cumprimento dos efei- Por tratar-se de questão de mérito, a revogação
tos: é a extinção que ocorre pelo cumprimento somente pode ser decretada pela própria Administra-
integral dos efeitos do ato administrativo. É a ção Pública. É, também, decorrência do princípio da
extinção natural esperada por todo ato adminis- autotutela: a Administração Pública tem competência
trativo. Pode ocorrer mediante: para anular e revogar seus atos, sendo descabida a
manifestação do Poder Judiciário nos atos adminis-
Esgotamento do conteúdo, como a vacina- trativos discricionários. A revogação é elaborada pela
ção de enfermos após expedição de ordem de mesma autoridade que praticou o ato principal.
entrega das vacinas; O ato revocatório é sempre secundário, consti-
Execução da ordem, como o guinchamento de tutivo e discricionário. Seu objeto será sempre o ato
veículo; administrativo ou a relação jurídica anterior perfei-
Implemento de condição resolutiva ou ter- ta e eficaz, destituído de qualquer vício. A revogação
mo final, como o prazo final para renovação atinge somente os atos discricionários: para os atos
152 da CNH; vinculados, a medida cabível é a anulação.
Por fim, em relação a seus efeitos, a revogação não Contraposição
pode atingir as situações jurídicas do passado. Isso
significa que a revogação produz efeitos futuros, não É o modo de extinção que ocorre com a expedição
retroativos, ou ex nunc. Há a possibilidade do particu- de um segundo ato, fundado em competência diversa,
lar, que se sentiu prejudicado com a referida medida, cujos efeitos são contrapostos aos do ato inicial.
ingressar em juízo com pedido de indenização contra É uma espécie de revogação praticada por autori-
a Administração. dade distinta da que expediu o ato inicial. Exemplo:
nomeação de um funcionário anteriormente exonera-
Anulação do de seu cargo.
1. (FGV – 2021) Os princípios de Direito Administrativo 4. (FGV – 2018) Determinado Governador nomeou o
definem a organização e a forma de proceder de um irmão do Presidente da Assembleia Legislativa do
ente estatal, orientando a atuação da Administração mesmo Estado para exercer cargo em comissão em
seu gabinete. Em troca, o Deputado Estadual que exer-
Pública.
ce a presidência da casa parlamentar nomeou a irmã
de tal Governador para cargo em comissão, não por
Como integrante da administração direta do Estado de
critérios técnicos e sim para completar a designação
São Paulo, a Polícia Militar estadual deve observar os
recíproca.
princípios expressos da Administração Pública, previs-
tos na Constituição da República, da:
Na hipótese em tela, ambos os agentes políticos des-
respeitaram a súmula vinculante do STF que veda o
a) Legitimidade, pessoalidade, economicidade, publici-
nepotismo cruzado e violaram diretamente o princípio
dade e eficácia.
informativo expresso da administração pública da:
b) Legitimidade, impessoalidade, moralidade, disponibili-
dade e eficiência.
a) Publicidade, porque qualquer ato administrativo de
c) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
nomeação deve ser precedido de estudo técnico.
eficiência.
b) Autotutela, eis que qualquer ato administrativo deve
d) Publicidade, competitividade, economicidade, disponi- buscar o interesse público e não o privado.
bilidade e eficácia. c) Proporcionalidade, uma vez que o ato administra-
e) Transparência, celeridade, competitividade, moralida- tivo deve guardar relação com o clamor público por
de e disponibilidade. moralidade.
d) Impessoalidade, pois o ato de administrativo não pode
2. (FGV – 2019) João, agente de fiscalização do Municí- servir para satisfazer a favorecimentos pessoais.
pio de Salvador na área de meio ambiente e serviços e) Razoabilidade, haja vista que a utilização de símbolos,
públicos, no exercício da função, efetuava fiscalização imagens e nomes deve ser do administrador, não do
ostensiva e permanente das ações de acondiciona- ente público.
mento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento
e destino final do entulho produzido por determinada 5. (FGV – 2018) O princípio da eficiência na Administra-
sociedade empresária do ramo de construção civil, ção Pública foi previsto expressamente pela Emenda
que construía um prédio novo no Município. Constitucional 19/1998, dando origem a novos dis-
Apesar de verificar diversas irregularidades durante positivos legais para orientar o comportamento dos
a fiscalização, para deixar de adotar as providências agentes públicos.
administrativas e legais aplicáveis, João recebeu pro-
pina no valor de dez mil reais do particular interessado. Assinale a opção que apresenta um procedimento
aplicado na Administração Pública decorrente do prin-
No caso em tela, a conduta de João violou, frontal e cípio da eficiência.
diretamente, o princípio expresso da Administração
Pública da: a) Vedação de promoção pessoal.
b) Avaliação periódica de desempenho.
a) Publicidade, pois deixou de cumprir a ordem de ser- c) Autorização de créditos adicionais.
viço que determinou a fiscalização e foi publicada no d) Delegação da competência tributária.
Diário Oficial. e) Foro por prerrogativa de função.
b) Ampla defesa, pois deveria ter iniciado processo admi-
nistrativo antes de qualquer ato fiscalizatório. 6. (FGV – 2017) Com relação aos princípios da Adminis-
c) Autotutela, porque, em caso de flagrante de ato ilegal, tração Pública, analise as afirmativas a seguir.
o agente público é obrigado a aplicar as penalidades
previstas em lei. I. Os atos administrativos devem ser imparciais, man-
d) Moralidade, pois se afastou da honestidade, lealdade tendo-se a igualdade entre o interesse público e o
e boa-fé no exercício da função pública. privado.
e) Motivação, pois deveria fundamentar, em qualquer II. O administrador público deve fazer as coisas sob a
caso, as razões pelas quais deixou de aplicar as san- regência da lei imposta, ou seja, só pode fazer o que a
ções legais. lei autoriza.
III. O princípio da publicidade dá ao administrador público
3. (FGV – 2019) O Município de Salvador elaborou plano o poder discricionário da escolha do melhor veículo.
estratégico para melhorar as atividades de fiscaliza-
ção pelos agentes de trânsito e transporte e as condi- Está correto o que se afirma em:
ções de segurança, higiene e conforto dos veículos do
154 sistema de transporte público. a) I, apenas.
b) apenas.
II, 9. (FGV – 2019) O Supremo Tribunal Federal inibe a apli-
c) III, apenas. cação de severas sanções a entidades federativas
d) I e II, apenas. por ato de gestão anterior à assunção dos deveres
e) I, II e III. públicos do novo gestor, a fim de não dificultar sua
governabilidade, caso esteja tomando as providências
7. (FGV – 2019) O Defensor Público, Dr. João, estava em necessárias para sanar o prejuízo causado pela ges-
férias deferidas para todo o mês de janeiro. Ocorre que tão anterior.
o Defensor Público-Geral do Estado do Rio de Janeiro,
no dia 16 de janeiro, praticou ato administrativo deter- De acordo com a doutrina de Direito Administrativo,
minando a interrupção de férias do Dr. João no dia 30 trata-se da aplicação do princípio da administração
de janeiro, por necessidade do serviço, para que ele pública da:
comparecesse a uma importante audiência pública
marcada para aquele dia. No dia 23 de janeiro, o che- a) Impessoalidade diferida das sanções.
fe da Defensoria recebeu o ofício anunciando o adia- b) Continuidade mitigada do gestor.
mento sine die da audiência pública, razão pela qual c) Responsabilidade subsidiária do gestor.
praticou novo ato administrativo, revogando o anterior d) Intranscendência subjetiva das sanções.
de interrupção de férias e mantendo integralmente as e) Segurança jurídica objetiva.
férias do Dr. João, na forma originalmente deferida.
10. (FGV – 2018) Próximo do término da construção de
Tal ato administrativo de revogação da interrupção de um túnel que passa sob um morro onde existe uma
férias do Dr. João foi praticado pelo Defensor Público- grande comunidade, os peritos verificam que, em fun-
-Geral com base no princípio da administração pública ção do peso das casas, a construção desabaria.
da: O governador do Estado, tomando ciência do fato,
decide realizar a desapropriação de 100 casas que se
a) Intranscendência, segundo o qual o administrador localizavam na encosta do morro, mesmo sofrendo
público está vinculado à veracidade dos motivos duras críticas de grupos da população.
expostos para a prática de qualquer ato administrativo.
b) Autotutela, que permite ao administrador público revo- Ao agir, pautando-se nos princípios da Administração
gar seus próprios atos inoportunos ou inconvenientes, Pública, o governador teve a sua decisão motivada,
sem necessidade de manifestação prévia judicial. especificamente, pelo princípio:
c) Continuidade, haja vista que o administrador público
não pode interromper sem justo motivo e contraditório a) Da autotutela.
prévio as férias de um servidor público. b) Da legalidade.
d) Legalidade, na medida em que o administrador públi- c) Da especialidade.
co deveria ter oportunizado o contraditório e a ampla d) Da supremacia do interesse público sobre o privado.
defesa ao Dr. João antes da interrupção de suas férias. e) Da segurança jurídica.
e) Eficiência, eis que a interrupção de férias enseja inde-
nização em favor do servidor prejudicado e, diante do 11. (FGV – 2018) De acordo com a moderna doutrina e
desaparecimento do justo motivo, deve-se evitar dano jurisprudência de Direito Administrativo, o instituto
ao erário. que visa à garantia dos princípios da proteção à boa-
-fé, da segurança jurídica e da confiança, necessários
8. (FGV – 2019) Amed possui um pequeno quiosque à formação e ao desenvolvimento da noção de Estado
na praia do Porto da Barra, em Salvador, onde vende de Direito, relativizando as consequências de vícios de
quibes, esfirras e mate, garantindo o sustento de sua legalidade de atos administrativos, é conhecido como:
esposa e seus nove filhos.
Durante uma fiscalização da vigilância sanitária, o fis- a) Teoria dos motivos determinantes.
cal verificou que uma das luvas descartáveis, utiliza- b) Supremacia do interesse administrativo.
a) Da competência, que é a atribuição normativa da legi- 17. (FGV – 2019) No bojo de um processo judicial, o
timação para a prática de um ato administrativo. Magistrado determinou ao servidor público João, ocu-
b) Da finalidade, em que se aplica o princípio da supre- pante do cargo efetivo de Técnico Judiciário lotado
macia do interesse privado sobre o público. no cartório daquele juízo, que certificasse acerca da
c) Da forma, segundo o qual todo ato administrativo deve data de protocolo de certo recurso apresentado pelo
ser publicado no prazo de quinze dias no diário oficial. réu, para fins de aferição de sua tempestividade. Aten-
d) Do motivo, que está inserido no âmbito da íntima con- dendo à ordem do Juiz de Direito, João subscreveu a
vicção do administrador com finalidade privada. certidão.
e) Da capacidade, que, em regra, é discricionária, não
havendo margem de liberdade para o administrador. De acordo com a doutrina de Direito Administrativo,
levando em conta a classificação do ato administrati-
14. (FGV – 2018) Dentre os elementos do ato administra- vo quanto ao grau de liberdade do agente e quanto aos
tivo, a doutrina de Direito Administrativo elenca a com- seus efeitos, o ato administrativo praticado por João é
petência, que é a atribuição normativa de legitimação chamado, respectivamente, de:
para a prática de determinado ato.
a) Discricionário e concreto.
Nesse contexto, é característica da competência b) Composto e interno.
administrativa a sua: c) Vinculado e declaratório.
d) De gestão e abstrato.
a) Prorrogabilidade, pois a competência relativa se pror- e) De império e constitutivo.
roga, caso o administrado não se oponha na primeira
oportunidade processual. 18. (FGV – 2018) A vigilância sanitária municipal, em
b) Irrenunciabilidade, apesar de o agente público poder fiscalização de rotina em determinado restaurante,
delegá-la ou avocá-la, nos casos permitidos pela lei. constatou a utilização de produtos impróprios para o
c) Delegabilidade, como regra geral, como nos casos de consumo, bem como o risco de desabamento de uma
edição de atos normativos. escada interna usada pelos clientes, que dá acesso ao
d) Avocabilidade, quando se chama para si competência segundo andar.
originariamente de agente de hierarquia superior. Diante do constatado, a autoridade administrati-
e) Discricionariedade, eis que ao agente público é facul- va competente municipal interditou o restaurante,
tada a possibilidade de atuar quando for provocado. mediante a prática de ato administrativo:
15. (FGV – 2021) Diante do acúmulo de serviço em razão a) De império, com base na prerrogativa do poder de
da grande demanda em sua competência originária e polícia.
com o objetivo de conferir maior eficiência e celeridade b) De gestão, com base na prerrogativa do poder
em questões administrativas, o Delegado-Geral de Polí- hierárquico.
cia Civil do Estado Alfa praticou ato administrativo dele- c) De expediente, com base na prerrogativa do poder
gando sua competência para a Secretaria Executiva de normativo.
Polícia decidir recursos administrativos hierárquicos. d) Vinculado, com base na prerrogativa do poder
disciplinar.
O mencionado ato de delegação é: e) Discricionário, com base na prerrogativa do poder
regulamentar.
a) Inválido, porque os atos previstos como de competên-
cia do Delegado-Geral não podem ser delegados, em 19. (FGV – 2018) João, Oficial de Justiça do Tribunal de
respeito ao poder hierárquico. Justiça de Santa Catarina, se aposentou. Três meses
b) Inválido, porque a legislação proíbe expressamente a depois, foi informado que o Tribunal de Contas Esta-
delegação de decisão de recursos administrativos. dual não aprovou o ato administrativo de sua aposen-
c) Lícito, porque a competência administrativa é impres- tadoria, eis que faltam dois meses para completar o
critível, improrrogável e irrenunciável. tempo de contribuição necessário.
d) Lícito, porque a competência é delegável, exceto nos
casos de competência exclusiva definida em lei. A interferência da Corte de Contas, no caso em tela,
e) Lícito, porque a competência é delegável, exceto para em tese, é:
a edição de atos normativos.
a) Ilegítima, eis que o ato administrativo de aposentadoria
16. (FGV – 2019) Em matéria de classificação dos atos é simples, e o Tribunal de Contas não tem competência
administrativos quanto ao grau de liberdade do para interferir em ato administrativo do Poder Judiciário.
administrador público que o pratica, o ato de primei- b) Ilegítima, eis que o ato administrativo de aposentado-
ra lotação de um Técnico Superior Especializado da ria é composto, sendo formado pela manifestação do
Defensoria Pública aprovado em concurso público em Diretor de Recursos Humanos e Presidente do TJSC,
determinado órgão e o ato de remoção por antiguida- sem controle pelo Tribunal de Contas.
de de um Defensor Público são, respectivamente, cha- c) Ilegítima, eis que o ato administrativo de aposentado-
mados de atos: ria é composto, e a apreciação da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria do Tribunal
a) Simples e de império. de Contas imprescinde do contraditório e da ampla
156 b) Discricionário e vinculado. defesa.
d) Legítima, eis que o ato administrativo de aposentado-
ria é simples e deve ser praticado somente pelo agen-
ANOTAÇÕES
te público competente para tal, qual seja, o Presidente
do Tribunal de Contas.
e) Legítima, eis que o ato administrativo de aposentado-
ria é complexo, e a apreciação da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria do Tribunal de
Contas prescinde do contraditório e da ampla defesa.
a) Discricionário e requisitório.
b) Enunciativo e ordinatório.
c) Vinculado e precário.
d) Executório e constitutivo.
e) Normativo e declaratório.
9 GABARITO
1 C
2 D
3 E
4 D
5 B
6 B
7 B
8 A
9 D
10 D
11 C
14 B
15 B
16 B
17 C
18 A
19 E
20 B
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ANOTAÇÕES
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