Apostila de Metrologia - Rev. 04
Apostila de Metrologia - Rev. 04
Apostila de Metrologia - Rev. 04
METROLOGIA
METROLOGIA – REVISÃO - 04 1
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Elaboração
CIDT LAS – Centro Integrado de Desenvolvimento do Trabalhador
“Luiz Adelar Scheuer”
Unidade Operacional
METROLOGIA – REVISÃO - 04 2
Sumário
1.Introdução ............................................................................................................. 5
2. Unidades de medidas e suas conversões ....................................................... 6
2.1 O milímetro ........................................................................................................ 6
2.2 A polegada ......................................................................................................... 7
3. Régua Graduada, Metro e Trena .................................................................. 10
3.1 Regua Graduada ............................................................................................. 10
3.2 Metro Articulado .............................................................................................. 16
3.3 Trena ................................................................................................................. 17
4.Paquímetro tipos e uso ..................................................................................... 19
4.1 Paquímetro universal com relógio ............................................................... 20
4.2 Paquímetro com bico móvel (basculante) ................................................. 21
4.3 Paquímetro de profundidade ........................................................................ 21
4.4 Paquímetro duplo............................................................................................ 22
4.5 Paquímetro digital .......................................................................................... 22
4.6 Traçador de altura ......................................................................................... 22
4.7 Paquímetro sistema métrico ......................................................................... 26
4.8 Paquímetro sistema inglês ............................................................................ 30
5. Transformações de Unidade ........................................................................... 36
6. Micrômetro Sistema Métrico ........................................................................... 40
6.1 Micrômetro com resolução de 0,01 mm..................................................... 40
6.2 Leitura no sistema inglês ............................................................................. 45
6.3 Micrômetro interno de três contatos ........................................................... 49
6.4 Outros tipos de micrometros ........................................................................ 53
7. Verificadores ...................................................................................................... 61
7.1 Réguas de fio retificado (biselada) .............................................................. 61
7.2 Esquadro de precisão ..................................................................................... 63
7.3 Cilindro-padrão e coluna-padrão ................................................................. 65
7.4 Verificador de raio .......................................................................................... 66
7.5 Verificador de folga ........................................................................................ 67
8. Calibradores ....................................................................................................... 54
8.1 Calibrador tampão (para furos) ................................................................... 55
8.2 Calibrador de boca ......................................................................................... 55
8.3 Calibrador de rosca ........................................................................................ 58
9. Bloco Padrão ...................................................................................................... 69
9.1 Técnica de empilhamento ............................................................................. 72
10.Relógio comparador ........................................................................................ 77
10.1 Relógio comparador eletrônico ..................... Erro! Indicador não definido.
10.2 Relógio com ponta de contato de alavanca (apalpador) ...................... 84
11.Goniômetro ....................................................................................................... 90
12. Tolerância ......................................................................................................... 94
12.1 Tolerância dimensional ................................... Erro! Indicador não definido.
12.2 Afastamentos ................................................................................................ 95
13. Referências Bibliográficas ............................................................................. 98
METROLOGIA – REVISÃO - 04 3
Apresentação
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
METROLOGIA – REVISÃO - 04 4
1.Introdução
Metrologia é a ciência das medidas e das medições, ou seja, o conhecimento dos
pesos, medidas e sistemas de unidades dos povos antigos e modernos, pois desde
os tempos mais remotos o homem já sentia necessidade de pesar, avaliar e medir
tudo que utilizava.
Além disso, a metrologia ajuda a combater o desperdício de matéria-prima e a
reduzir o consumo por meio da calibração de componentes e equipamentos. Desta
forma, consegue aumentar a produtividade e minimizar os riscos de rejeição do
produto.
Quando alguém vai à loja de autopeças para comprar alguma peça de reposição,
tudo que precisa é dizer o nome da peça, a marca do carro, o modelo e o ano de
fabricação.
Com essas informações, o vendedor é capaz de fornecer exatamente o que a
pessoa deseja em poucos minutos. Isso acontece devido à normalização, isto é, por
causa de um conjunto de normas estabelecidas de comum acordo entre fabricantes
e consumidores.
Essas normas simplificam o processo de produção e garantem um produto
confiável, que atenda às necessidades do consumidor. Um dos dados mais
importantes para a normalização é exatamente a unidade de medida.
Graças a ela, você tem certeza de que o parafuso quebrado que prendia a roda
de seu carro poderá ser facilmente substituído, uma vez que é fabricado com
unidades de medida também padronizadas.
Na Mecânica, o conhecimento das unidades de medida é fundamental para a
realização de qualquer tarefa específica nessa área.
No entanto, não basta saber e conhecer as unidades de medidas, bem como as
sua conversões, é preciso também conhecer os tipos de instrumentos de medidas, a
forma correta de utilização e seleção do instrumento e mais ainda, saber os
processos de leitura de medidas de cada instrumento.
Neste módulo, estaremos tratando destes assuntos, numa abordagem simples e
dinâmica, propiciando um aprendizado consistente e dinâmico, baseado em
atividades rotineiras dos meios de produção na área do metal-mecânica.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 5
2. Unidades de medidas e suas conversões
2.1 O milímetro
Em Matemática, você já aprendeu que, para medir as coisas de modo que todos
entendam, é necessário adotar um padrão, ou seja, uma unidade de medida.
Em Mecânica, a unidade de medida mais comum é o milímetro, cuja abreviação
é mm. Ela é tão comum que, em geral, nos desenhos técnicos, essa abreviação
(mm) nem aparece.
O milímetro é a milésima parte do metro, ou seja, é igual a uma parte do metro
que foi dividido em 1.000 partes iguais.Provavelmente, você deve estar pensando:
“Puxa! Que medida pequenininha! Imagine dividir o metro em 1.000 partes!”.
Pois, na Mecânica, essa unidade de medida é ainda considerada enorme, quando se
pensa no encaixe de precisão, como no caso de rolamentos, buchas, eixos.
E essa unidade é maior ainda para instrumentos de medição, como calibradores ou
blocos-padrão.
Assim, a Mecânica emprega medidas ainda menores que o milímetro, como mostra a
tabela a seguir.
Exercício 1
Identifique as medidas, escrevendo 1, 2, 3 ou 4 nos parênteses
( 1 ) milímetros
( 2 ) décimos de milímetro
( 3 ) centésimos de milímetro
( 4 ) milésimos de milímetro
( )0,6 mm
( )0,003 mm
METROLOGIA – REVISÃO - 04 6
2.2 A polegada
A polegada é outra unidade de medida muito utilizada em Mecânica,
principalmente nos conjuntos mecânicos fabricados em países como os Estados
Unidos e a Inglaterra.
Embora a unificação dos mercados econômicos da Europa, da América e da Ásia
tenha obrigado os países a adotarem como norma o Sistema Métrico Decimal, essa
adaptação está sendo feita por etapas.
Um exemplo disso são as máquinas de comando numérico computadorizado, ou
CNC - Computer Numerical Control, que vêm sendo fabricadas com os dois sistemas
de medida. Isso permite que o operador escolha o sistema que seja compatível com
aquele utilizado em sua empresa.
Por essa razão, mesmo que o sistema adotado no Brasil seja o sistema métrico
decimal, é necessário conhecer a polegada e aprender a fazer as conversões para o
nosso sistema. A polegada, que pode ser fracionária ou decimal, é uma unidade de
medida que corresponde a 25,4 mm.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 7
Como se chegar a essas frações?
Você que estudou frações em Matemática já sabe que algumas das que estão na
escala mostrada acima podem ser simplificadas. Por exemplo:
Uma polegada decimal equivale a uma polegada fracionária, ou seja, 25,4 mm.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 8
Exercício 6
METROLOGIA – REVISÃO - 04 9
Exercício 10 Determine a distância no desenho a seguir.
Introdução
A régua graduada, o metro articulado e a trena são os mais simples entre os
instrumentos de medida linear.
A régua apresenta-se, normalmente, em forma de lâmina de aço-carbono ou de aço
inoxidável.
Nessa lâmina estão gravadas as medidas em centímetro (cm) e milímetro (mm),
conforme o sistema métrico, ou em polegada e suas frações, conforme o sistema
inglês.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 10
Régua graduada, metro e trena Tipos e usos.
Régua sem encosto: Nesse caso, devemos subtrair do resultado o valor do ponto de
referência.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 11
Régua de dois encostos: Dotada de duas escalas: uma com referência interna e
outra com referência externa. É utilizada principalmente pelos ferreiros.
Características
METROLOGIA – REVISÃO - 04 12
Verificando o entendimento
METROLOGIA – REVISÃO - 04 13
Leitura no sistema inglês de polegada fracionária
Nesse sistema, a polegada divide-se em 2, 4, 8, 16... partes iguais.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 14
Verificando o entendimento
Conservação ·
Evitar que a régua caia ou a escala fique em contato com as ferramentas comuns de
trabalho. ·
Evitar riscos ou entalhes que possam prejudicar a leitura da graduação. ·
Não flexionar a régua: isso pode empená-la ou quebrá-la. ·
Não utilizá-la para bater em outros objetos. ·
Limpá-la após o uso, removendo a sujeira.
Aplicar uma leve camada de óleo fino, antes de guardar a régua graduada.
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3.2 Metro Articulado
METROLOGIA – REVISÃO - 04 16
Conservação ·
- Abrir o metro articulado de maneira correta.
- Evitar que ele sofra quedas e choques. ·
- Lubrificar suas articulações.
3.3 Trena
Não se recomenda medir perímetros com trenas de bolso cujas fitas sejam curvas.
As trenas apresentam, na extremidade livre, uma pequenina chapa metálica dobrada
em ângulo de 90º.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 17
Teste sua aprendizagem. Faça os exercícios a seguir e confira suas respostas com
as do gabarito.
Exercício 1
Os instrumentos mais comuns de medidas lineares são:
a) ( ) paquímetro, régua graduada, altímetro;
b) ( ) régua graduada, metro articulado, trena;
c) ( ) torquímetro, trena, paquímetro;
d) ( ) esquadro, compasso, metro articulado.
Exercício 2
Para medir canais ou rebaixos internos, usa-se régua:
a) ( ) rígida;
b) ( ) com encosto;
c) ( ) de profundidade;
d) ( ) sem encosto.
Exercício 3
No sistema métrico, cada centímetro na escala é dividido em:
a) ( ) 10 partes iguais;
b) ( ) 1 mm;
c) ( ) 10 mm;
d) ( ) 100 partes iguais.
Exercício 4
No comércio, o metro articulado é encontrado nas versões de:
a) ( ) 3 mm e 5 mm;
b) ( ) 1 m e 2 m;
c) ( ) 2 mm e 3 mm;
d) ( ) 0,10 mm e 0,20 mm.
Exercício 5
Quanto à geometria, as fitas das trenas podem ser :
a) ( ) circulares
b)( ) lineares
c) ( ) planas ou curvas
d)( ) elípticas
METROLOGIA – REVISÃO - 04 18
4.Paquímetro tipos e uso
Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um cursor.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 19
Tipos e usos Paquímetro universal
METROLOGIA – REVISÃO - 04 20
4.2 Paquímetros com bico móvel (basculante)
Empregado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros
diferentes.
• haste simples
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4.4 Paquímetros duplo
Serve para medir dentes de engrenagens.
Princípio do nônio
A escala do cursor é chamada de nônio ou vernier, em homenagem ao português
Pedro Nunes e ao francês Pierre Vernier, considerados seus inventores.
O nônio possui uma divisão a mais que a unidade usada na escala fixa.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 22
No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões
equivalentes a nove milímetros (9 mm). Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre
o primeiro traço da escala fixa e o primeiro traço da escala móvel.
Essa diferença é de 0,2 mm entre o segundo traço de cada escala; de 0,3 mm entre
o terceiros traços e assim por diante.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 23
Cálculo de resolução
As diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro podem ser
calculadas pela sua resolução. A resolução é a menor medida que o instrumento
oferece. Ela é calculada utilizando-se a seguinte fórmula:
Exemplo:
METROLOGIA – REVISÃO - 04 24
Teste sua aprendizagem, fazendo os exercícios a seguir
Exercício 1
Para medir dimensões lineares internas, externas, de profundidade e de ressaltos,
usa-se o seguinte instrumento:
a) ( ) graminho;
b) ( ) régua graduada;
c) ( ) compasso;
d) ( ) paquímetro.
Exercício 2
Quando é necessário grande número de medidas com rapidez, usa-se o paquímetro:
a) ( ) universal, com relógio indicador;
b)( ) com bico móvel;
c) ( ) de profundidade;
d) ( ) duplo.
Exercício 3
Para medir peças cônicas ou com rebaixos, que apresentam diâmetros diferentes,
usa-se paquímetro:
a) ( ) de profundidade;
b) ( ) com bico móvel (basculante);
c) ( ) com relógio indicador;
d) ( ) universal com relógio.
Exercício 4
Com o paquímetro duplo mede-se:
a) ( ) passo de engrenagem;
b) ( ) coroa de engrenagem;
c) ( ) dentes de engrenagem;
d) ( ) pinhão de engrenagem.
Exercício 5
A escala do cursor do paquímetro chama-se:
a) ( ) escala fixa;
b)( ) escala de milímetros;
c)( ) escala de polegadas;
d)( ) nônio ou vernier.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 25
4.7 Paquímetros sistema métrico
Na escala fixa ou principal do paquímetro, a leitura feita antes do zero do nônio
corresponde à leitura em milímetro.
Em seguida, você deve contar os traços do nônio até o ponto em que um deles
coincidir com um traço da escala fixa.
Depois, você soma o número que leu na escala fixa ao número que leu no nônio.
Para você entender o processo de leitura no paquímetro, são apresentados, a
seguir, dois exemplos de leitura.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 26
• Escala em milímetro e nônio com 20 divisões.
Verificando o entendimento
METROLOGIA – REVISÃO - 04 27
METROLOGIA – REVISÃO - 04 28
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4.8 Paquímetros sistema inglês
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Verificando o entendimento
Com base no exemplo, fazer as leituras de polegada milésimal a seguir. Escreva a
medida lida em cada uma das linhas pontilhadas.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 31
Leitura de polegada fracionária
No sistema inglês, a escala fixa do paquímetro é graduada em polegada e frações de
polegada.
A partir daí, vale a explicação dada no item anterior: adicionar à leitura da escala fixa
a do nônio. Exemplo:
METROLOGIA – REVISÃO - 04 32
EXEMPLO:
Total:
REGRA PRÁTICA
EXEMPLO:
Resolução:
METROLOGIA – REVISÃO - 04 33
Teste sua aprendizagem fazendo os exercícios de leitura a seguir.
Leia cada uma das medidas em polegada fracionaria e escreva a medida na linha
abaixo de cada desenho.
Exercícios
METROLOGIA – REVISÃO - 04 34
METROLOGIA – REVISÃO - 04 35
Colocar a medida no paquímetro em polegada fracionária, para abrir um paquímetro
em uma medida dada em polegada fracionária, devemos:
1º passo –
Verificar se a fração tem denominador 128. Se não tiver, deve-se substituí-la pela
sua equivalente, com denominador 128. Exemplo:
2º passo –
3º passo –
METROLOGIA – REVISÃO - 04 36
5. Transformações de Unidade
1 - POLEGADA FRACIONÁRIA EM MILÍMETRO
Ex:
"
3 3x25,4 76
a) 2” = 2 x 25,4 = 50,8mm b) = 9,525mm
8 8 8
12,7
" "
a) 12,7mm = 25,4
x 128 =
0,5 x128 64
= simplificando:
32 16 8 4 2 1
128 128 128 64 32 16 8 4 2
REGRA PRÁTICA
"
12,7 x5,04 64,008 64 1
a) 12,7mm = simplificando:
128 128 128 2
"
19,8 x5,04 99,792 100 25
b) 19,8mm = , simplificando:
128 128 128 32
"
0,125" x128 16 8 1
a) 0,125”=
128 128 64 8
METROLOGIA – REVISÃO - 04 37
4 - POLEGADA FRACIONÁRIA EM POLEGADA MILESIMAL
" "
3 3 5 5
a) 0,375" b) 0,3125"
8 8 16 16
5,08 18
a) 5,08mm = 0,200" b) 18mm = 0,7086"
25,4 25,4
METROLOGIA – REVISÃO - 04 38
Transformação de Medidas - Complete as lacunas:
15,875 mm
.875"
.375"
3/16”
31,75 mm
1.3125"
2 7/16"
25,00 mm
.125"
15/16”
13,493 mm
5/32”
76,2 mm
3.750”
11,1125 mm
5/128”
4.875”
60,325 mm
2 3/16”
METROLOGIA – REVISÃO - 04 39
6. Micrômetro Sistema Métrico
METROLOGIA – REVISÃO - 04 40
Exemplos:
a)
b)
METROLOGIA – REVISÃO - 04 41
Micrômetro com resolução de 0,001 mm
Quando no micrômetro houver nônio, ele indica o valor a ser acrescentado à leitura
obtida na bainha e no tambor.
A medida indicada pelo nônio é igual à leitura do tambor, dividida pelo número de
divisões do nônio.
Se o nônio tiver dez divisões marcadas na bainha, sua resolução será:
4º passo - leitura dos milésimos com o auxílio do nônio da bainha, verificando qual
dos traços do nônio coincide com o traço do tambor.
A leitura final será a soma dessas quatro leituras parciais.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 42
Exercícios.
É importante que você aprenda a medir com o micrômetro. Para isso, leia as
medidas indicadas nas figuras.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 43
METROLOGIA – REVISÃO - 04 44
Micrômetro Sistema inglês
METROLOGIA – REVISÃO - 04 45
Verificando o entendimento
Leia as medidas e escreva-as nas linhas abaixo de cada desenho.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 46
Verificando o entendimento
Leia as medidas e escreva-as nas linhas correspondentes.
Conservação
• Limpar o micrômetro, secando-o com um pano limpo e macio (flanela).
• Untar o micrômetro com vaselina líquida, utilizando um pincel.
• Guardar o micrômetro em armário ou estojo apropriado, para não deixá-lo exposto
à sujeira e à umidade.
• Evitar contatos e quedas que possam riscar ou danificar o micrômetro e sua escala.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 47
Exercícios.
Escreva as medidas abaixo de cada ilustração.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 48
Micrômetro interno
Tipos de micrômetro interno
METROLOGIA – REVISÃO - 04 49
Para obter a resolução, basta dividir o passo do fuso micrométrico pelo número de
divisões do tambor.
Precaução:
Devem-se respeitar, rigorosamente, os limites mínimo e máximo da capacidade de
medição, para evitar danos irreparáveis ao instrumento.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 50
O micrômetro tubular utiliza hastes de extensão com dimensões de 25 a 2.000 mm.
As hastes podem ser acopladas umas às outras. Nesse caso, há uma variação de 25
mm em relação a cada haste acoplada.
Observação:
A calibração dos micrômetros internos tipo paquímetro e tubular é feita por meio de
anéis de referência, dispositivos com blocos padrão ou com micrômetro externo.
Os micrômetros internos de três contatos são calibrados com anéis de referência.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 51
Faça os exercícios de leitura a seguir :
METROLOGIA – REVISÃO - 04 52
6.4 Outros tipos de micrometros
Micrômetro de profundidade: usado para medir profundidades, possui hastes
intercambiáveis de 25 em 25 mm
METROLOGIA – REVISÃO - 04 53
7. Calibradores
Seguindo as diretrizes da empresa para implantar um programa de qualidade e
produtividade, um dos funcionários alertou o supervisor sobre a perda de tempo em
medir um grande lote de peças semelhantes com paquímetro e micrômetro (medição
direta).
Medição indireta
A medida indireta por comparação consiste em confrontar a peça que se quer medir
com aquela de padrão ou dimensão aproximada. Assim, um eixo pode ser medido
indiretamente, utilizando-se um calibrador para eixos, e o furo de uma peça pode ser
comparado com um calibrador tampão.
Calibradores
Quando isso acontece, as peças estão dentro dos limites de tolerância, isto é, entre
o limite máximo e o limite mínimo, quer dizer: passa/não-passa.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 54
7.1 Calibrador tampão (para furos)
O funcionamento do calibrador tampão é bem simples: o furo que será medido deve
permitir a entrada da extremidade mais longa do tampão (lado passa), mas não da
outra extremidade (lado não passa).
O lado não passa tem uma marca vermelha. Esse tipo de calibrador é normalmente
utilizado em furos e ranhuras de até 100 mm.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 55
Calibrador de boca separada
Para dimensões muito grandes, são utilizados dois calibradores de bocas separadas:
um passa e o outro não-passa.
Os calibradores de bocas separadas são usados para dimensões compreendidas
entre 100 mm e 500 mm.
Calibrador chato
Para dimensões internas, na faixa
de 80 a 260 mm, tendo em vista a
redução de seu peso, usa-se o
calibrador chato ou calibrador de
contato parcial.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 56
A Para dimensões acima de 260 mm, usa-se o calibrador tipo vareta, que são hastes
metálicas com as pontas em forma de calota esférica.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 57
Calibrador cônico Morse
O calibrador cônico Morse possibilita ajustes com aperto enérgico entre peças que
serão montadas ou desmontadas com frequência.
Sua conicidade é padronizada, podendo ser macho ou fêmea.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 58
Calibrador regulável de rosca
Conservação
METROLOGIA – REVISÃO - 04 59
Marque com X a resposta correta:
Exercício 1
Medição indireta é feita com:
a) ( ) paquímetro;
b) ( ) micrômetro;
c) ( ) calibradores;
d) ( ) escala.
Exercício 2
As dimensões de furo cilíndrico estará dentro das tolerâncias quando o
calibrador tampão (passa/não-passa):
Exercício 3
A dimensão de um eixo estará dentro das tolerâncias quando o calibrador
de bocas (passa/não-passa):
Exercício 4
Para comparar o diâmetro interno de um furo cilíndrico e o diâmetro médio
de uma rosca externa, usam-se os calibradores:
Exercício 5
Para comparar dimensões internas acima de 260 mm, usa-se:
a) ( ) calibrador tampão;
b) ( ) calibrador chato;
c) ( ) calibrador cônico Morse;
d) ( ) calibrador de varetas.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 60
8. Verificadores
O Supervisor treinou o pessoal para medição indireta com calibradores. Falta treiná-
lo no uso de verificadores. Os verificadores também são usados para medição
indireta. Nesta aula, são estudados os seguintes verificadores: régua de controle,
esquadro de precisão, gabarito, escantilhão e fieiras.
Régua de controle
Réguas de controle são instrumentos para a verificação de superfícies planas,
construídas de aço, ferro fundido ou de granito. Apresentam diversas formas e
tamanhos, e classificam-se em dois grupos:
- réguas de fios retificados;
- réguas de faces lapidadas, retificadas ou rasqueteadas.
Para verificar a planicidade de uma superfície, coloca-se a régua com o fio retificado
em contato suave sobre essa superfície, verificando se há passagem de luz. Repete-
se essa operação em diversas posições.
Régua triangular - Construída de aço-carbono, em forma de triângulo, com canais
côncavos no centro e em todo o comprimento de cada face temperada, retificada e
com fios arredondados. É utilizada na verificação de superfícies planas, onde não se
pode utilizar a biselada.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 61
Réguas de faces retificadas ou rasqueteadas
Existem três tipos de régua com faces retificadas ou rasqueteadas:
- de superfície plana;
- paralela plana;
- triangular plana.
Dimensões
Sempre que for possível, a régua deve ter um comprimento maior que o da
superfície que será verificada.
As dimensões das réguas encontradas no comércio estão indicadas nos catálogos
dos fabricantes.
Condições de uso
Verifique se as arestas ou faces de controle estão em perfeitas condições, antes de
usar as réguas.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 62
Conservação
· Não pressionar nem atritar a régua de fios retificados contra a superfície.
· Evitar choques.
· Não manter a régua de controle em contato com outros instrumentos.
· Após o uso, limpá-la e lubrificá-la adequadamente (a régua de granito não deve ser
lubrificada).
· Guardar a régua de controle em estojo.
· Em caso de oxidação (ferrugem) nas superfícies da régua de aço ou ferro fundido,
limpá-las com pedra-pomes e óleo. Não usar lixa.
Forma
Esquadro simples ou plano de uma só peça.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 63
Esquadro de base com lâmina lisa, utilizado também para traçar.
Tamanho
Os tamanhos são dados pelo comprimento da lâmina e da base: l1 e l2.
Exemplo: esquadro de 150 x 100 mm (ver figura anterior).
Conservação
· Manter os esquadros livres de batidas.
· Conservá-los sem rebarbas, limpos.
· Lubrificá-los e guardá-los em lugar onde não haja atrito com outras ferramentas (o
esquadro de granito não deve ser lubrificado).
METROLOGIA – REVISÃO - 04 64
8.3 Cilindro-padrão e coluna-padrão
É um esquadro de forma cilíndrica, fabricado de aço-carbono temperado e retificado.
Usa-se para verificação de superfícies em ângulo de 90º, quando a face de
referência é suficientemente ampla para oferecer bom apoio.
Gabaritos
Em determinados trabalhos em série, há necessidade de se lidar com perfis
complexos, com furações, suportes e montagens. Nesse caso, utilizam-se gabaritos
para verificação e controle, ou para facilitar certas operações.
Verificador de raio
Serve para verificar raios internos e externos. Em cada lâmina é estampada a
medida do raio. Suas dimensões variam, geralmente, de 1 a 15 mm ou de 1/32 a ½.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 65
8.4 Verificadores de raio
Usa-se para verificar superfícies em ângulos. Em cada lâmina vem gravado
o ângulo, que varia de 1º a 45º.
Verificador de rosca
Usa-se para verificar roscas em todos os sistemas.
Em suas lâminas está gravado o número de fios por polegada ou o passo da rosca
em milímetros.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 66
8.5 Verificadores de folga
O verificador de folga é confeccionado de lâminas de aço temperado, rigorosamente
calibradas em diversas espessuras. As lâminas são móveis e podem ser trocadas.
São usadas para medir folgas nos mecanismos ou conjuntos.
Fieira
Os dois modelos acima são de aço temperado. Caracterizam-se por uma série de
entalhes. Cada entalhe corresponde, rigorosamente, a uma medida de diâmetro de
fios ou espessuras de chapas, conforme a fieira adotada.
A verificação é feita por tentativas, procurando o entalhe que se ajusta ao fio ou à
chapa que se quer verificar.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 67
Marque com X a resposta correta.
Exercício 1
As réguas de controle destinam-se à verificação de superfície:
a) ( ) plana-padrão;
b) ( ) plana;
c) ( ) perpendicular;
d) ( ) circular;
Exercício 2
O esquadro é utilizado para verificar superfícies em ângulos:
Exercício 3
Os calibradores escantilhão, ângulo de 59º e folga servem, respectivamente, para:
Exercício 4
O instrumento destinado à verificação de espessura e diâmetro é:
a) ( ) verificador de folga;
b) ( ) verificador de raios;
c) ( ) fieira;
d) ( ) verificador de diâmetro;
METROLOGIA – REVISÃO - 04 68
9. Bloco Padrão
Uma empresa admitiu três operários para o setor de ferramentaria. Os operários
eram mecânicos com experiência. Mas, de Metrologia, só conheciam o paquímetro e
o micrômetro. Por isso, eles foram submetidos a um treinamento.
O primeiro estudo do treinamento foi sobre blocos-padrão. Vamos, também,
conhecer esses blocos mais de perto?
Blocos-padrão
Ao longo do tempo, diversos padrões foram adotados: o pé, o braço etc. Mais tarde,
no século XVIII, foi introduzido, na França, o sistema métrico.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 69
Muito utilizados como padrão de referência na indústria moderna, desde o laboratório
até a oficina, são de grande utilidade nos dispositivos de medição, nas traçagens de
peças e nas próprias máquinas operatrizes.
Classificação
METROLOGIA – REVISÃO - 04 70
De acordo com o trabalho, os blocos-padrão são encontrados em quatro classes.
Nota
São encontrados também numa classe denominada K, que é classificada entre as
classes 00 e 0, porque apresenta as características de desvio dimensional dos
blocos-padrão classe 0, porém com desvio de paralelismo das faces similar aos
blocos-padrão da classe 00. É normalmente utilizado para a calibração de blocos-
padrão nos laboratórios de referência, devido ao custo reduzido em relação ao bloco
de classe 00.
Aço
Atualmente é o mais utilizado nas indústrias. O aço é tratado termicamente para
garantir a estabilidade dimensional, além de assegurar dureza acima de 800 HV.
Metal duro
São blocos geralmente fabricados em carbureto de tungstênio. Hoje, este tipo de
bloco-padrão é mais utilizado como bloco protetor. A dureza deste tipo de bloco
padrão situa-se acima de 1.500 HV.
Cerâmica
O material básico utilizado é o zircônio. A utilização deste material ainda é recente, e
suas principais vantagens são a excepcional estabilidade dimensional e a resistência
à corrosão. A dureza obtida nos blocos-padrão de cerâmica situa-se acima de 1400
HV.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 71
Erros admissíveis
METROLOGIA – REVISÃO - 04 72
Os blocos são colocados de forma cruzada,
um sobre o outro. Isso deve ser feito de
modo que as superfícies fiquem em contato.
Para a montagem dos demais blocos, procede-se da mesma forma, até atingir
a medida desejada. Em geral, são feitas duas montagens para se estabelecer os
limites máximo e mínimo da dimensão que se deseja calibrar, ou de acordo com
a qualidade prevista para o trabalho (IT).
Exemplo:
Os blocos-padrão podem ser usados para verificar um rasgo em forma de rabo de
andorinha com roletes, no valor de 12,573 + 0,005. Devemos fazer duas montagens
de blocos-padrão, uma na dimensão mínima de 12,573 mm e outra na dimensão
máxima de 12,578 mm.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 73
Exemplo:
Blocos e acessórios
METROLOGIA – REVISÃO - 04 74
Existe um suporte, acoplado a uma base, que serve para calibrar o micrômetro
interno de dois contatos.
Nele, pode-se montar uma ponta para traçar, com exatidão, linhas paralelas à base.
Geralmente, os acessórios são fornecidos em jogos acondicionados em
estojos protetores.
Conservação
· Evitar a oxidação pela umidade, marcas dos dedos ou aquecimento utilizando luvas
sempre que possível.
· Limpar os blocos após sua utilização com benzina pura, enxugando-os com
camurça ou pano. Antes de guardá-los, é necessário passar uma leve camada de
vaselina (os blocos de cerâmica não devem ser lubrificados).
· Evitar contato dos blocos-padrão com desempeno, sem o uso dos blocos
protetores.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 75
Marque V para as questões verdadeiras e F para as falsas.
Exercício 1
a) ( ) Para fazer uma medida é necessário estabelecer um padrão de referência.
b) ( ) Na mecânica, o pé, o braço, o palmo são utilizados como padrão de referência.
c) ( ) Os blocos-padrão são padronizados nas dimensões de 30 ou 35mm x 9mm, variando
somente a espessura.
d) ( ) As dimensões dos blocos-padrão são encontrados somente em mm.
e) ( ) Os blocos-padrão são usados somente em laboratórios.
f) ( ) Os blocos-padrão protetores são mais resistentes, mas não seguem as normas de
tolerância dos blocos-padrão comum.
g) ( ) A espessura dos blocos-padrão protetores são, normalmente, 1, 2 ou 2,5 mm.
h) ( ) Os blocos-padrão são distribuídos em quatro classes.
i) ( ) Os blocos-padrão utilizados em laboratório são os de classe OO.
j) ( ) Os blocos-padrão são constituídos em aço, carboneto de tungstênio, e cerâmica.
l) ( ) Em geral são feitas duas montagens de blocos- padrão: uma na cota máxima e outra
na cota mínima.
m) ( ) Faz-se a combinação de blocos-padrão de forma progressiva, utilizando o maior
número possível de blocos.
n) ( ) Os acessórios diversificam a utilização dos blocos-padrão.
o) ( ) Os blocos não se oxidam devido ao acabamento lapidado.
Exercício 2
Dois corpos metálicos com superfície de contato lapidados podem apresentar
aderência devido a:
a) ( ) atração magnética
b) ( ) ausência de impureza e umidade
c) ( ) atração molecular
d) ( ) pressão demasiada
Exercício 3
Monte blocos-padrão em mm para comparar as dimensões abaixo. Use o menor
número possível de blocos. A espessura do bloco protetor é 2.000mm.
a) 14,578 ± 0,001
b) 23,245 + 0,005
+0
c) 23,245 + 0,002
- 0,003
d) 23.282 ± 0,001
e) 102,323 ± 0,005
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10. Relógio comparador
Introdução
Medir a grandeza de uma peça por comparação é determinar a diferença da
grandeza existente entre ela e um padrão de dimensão predeterminado.
Daí originou-se o termo medição indireta.
Também se pode tomar como padrão uma peça original, de dimensões conhecidas,
que é utilizada como referência.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 77
Em alguns modelos, a escala dos relógios se apresenta perpendicularmente em
relação a ponta de contato (vertical).
E, caso apresentem um curso que implique mais de uma volta, os relógios
comparadores possuem, além do ponteiro normal, outro menor, denominado
contador de voltas do ponteiro principal.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 78
10.1 Relógios Comparadores Eletrônicos
Este relógio possibilita uma leitura rápida, indicando instantaneamente a medida no
display em milímetros, com conversão para polegada, zeragem em qualquer ponto e
com saída para miniprocessadores estatísticos.
Mecanismos de amplificação
Os sistemas usados nos mecanismos de amplificação são por engrenagem, por
alavanca e mista.
A ponta de contato move o fuso que possui uma cremalheira, que aciona um trem
de engrenagens que, por sua vez, aciona um ponteiro indicador no mostrador.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 79
Nos comparadores mais utilizados, uma volta completa do ponteiro corresponde a
um deslocamento de 1 mm da ponta de contato.
Como o mostrador contém 100 divisões, cada divisão equivale a 0,01 mm.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 80
A figura abaixo representa a montagem clássica de um aparelho com capacidade de
± 0,06 mm e leitura de 0,002 mm por divisão.
Amplificação mista
Condições de uso
Antes de medir uma peça, devemos nos certificar de que o relógio se encontra em
boas condições de uso.
A verificação de possíveis erros é feita da seguinte maneira: com o auxílio de um
suporte de relógio, tomam-se as diversas medidas nos blocos-padrão. Em seguida,
deve-se observar se as medidas obtidas no relógio correspondem às dos blocos.
Observação:
Antes de tocar na peça, o ponteiro do relógio comparador fica em uma posição
anterior a zero.
Assim, ao iniciar uma medida, deve-se dar uma pré-carga para o ajuste do zero.
Colocar o relógio sempre numa posição perpendicular em relação à peça, para não
incorrer em erros de medida.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 81
Aplicações dos relógios comparadores
METROLOGIA – REVISÃO - 04 82
Conservação ·
- Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça.
- Levantar um pouco a ponta de contato ao retirar a peça.
- Evitar choques, arranhões e sujeira.
- Manter o relógio guardado no seu estojo.
- Os relógios devem ser lubrificados internamente nos mancais das - engrenagens.
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10.2 Relógio com ponta de contato de alavanca (apalpador)
É um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica.
Seu corpo monobloco possui três guias que facilitam a fixação em diversas posições.
Existem dois tipos de relógios apalpadores.
Um deles possui reversão automática do movimento da ponta de medição; outro tem
alavanca inversora, a qual seleciona a direção do movimento de medição
ascendente ou descendente. O mostrador é giratório com resolução de 0.01 mm,
0.002 mm, .001" ou .0001".
Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande variedade de aplicações,
tanto na produção como na inspeção final.
Exemplos:
- Excentricidade de peças.
- Alinhamento e centragem de peças nas máquinas.
- Paralelismos entre faces.
- Medições internas.
- Medições de detalhes de difícil acesso.
Exemplos de aplicação
METROLOGIA – REVISÃO - 04 84
Conservação
- Evitar choques, arranhões e sujeira.
-Guardá-lo em estojo apropriado.
- Montá-lo rigidamente em seu suporte.
-Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça.
- Verificar se o relógio é antimagnético antes de colocá-lo em contato com a mesa
Magnética.
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METROLOGIA – REVISÃO - 04 86
Verificando o entendimento Observações
- A posição inicial do ponteiro pequeno mostra a carga inicial ou de medição.
- Deve ser registrado se a variação é negativa ou positiva.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 87
METROLOGIA – REVISÃO - 04 88
Marque com X a resposta correta.
Exercício 1
O relógio comparador é um instrumento de medição que verifica:
a) ( ) medidas, superfícies planas, concentricidade e paralelismo, com leitura direta;
b) ( ) medidas, superfícies planas, concentricidade e paralelismo, com leitura
indireta;
c) ( ) medidas, superfícies planas, concentricidade e paralelismo, somente para
peças de grandes dimensões;
d) ( ) medidas, superfícies planas, concentricidade e paralelismo, apenas para
peças de pequenas dimensões.
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11.Goniômetro
O goniômetro é um instrumento de medição ou de verificação de medidas
angulares.
Tipos
METROLOGIA – REVISÃO - 04 90
Cálculo da resolução
Leitura do goniômetro
Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com o traço zero do nônio. Na
escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido
anti-horário.
A leitura dos minutos, por sua vez, é realizada a partir do zero do nônio, seguindo
a mesma direção da leitura dos graus.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 91
Assim, nas figuras acima, as medidas são, respectivamente:
METROLOGIA – REVISÃO - 04 92
METROLOGIA – REVISÃO - 04 93
12. Tolerância
12.1 Tolerâncias Dimensionais
É muito difícil executar peças com as medidas rigorosamente exatas porque todo
processo de fabricação está sujeito a imprecisões.
Sempre acontecem variações ou desvios das cotas indicadas no desenho.
Entretanto, é necessário que peças semelhantes, tomadas ao acaso, sejam
intercambiáveis, isto é, possam ser substituídas entre si, sem que haja necessidade
de reparos e ajustes.
A prática tem demonstrado que as medidas das peças podem variar, dentro de
certos limites l, para mais ou para menos, sem que isto prejudique a qualidade.
Esses desvios aceitáveis nas medidas das peças caracterizam o que chamamos de
tolerância dimensional, que é o assunto que você vai aprender nesta aula.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 94
12.2 Afastamentos
Os afastamentos são desvios aceitáveis das dimensões nominais, para mais ou
menos, que permitem a execução da peça sem prejuízo para seu funcionamento e
Intercambiabilidade.
Eles podem ser indicados no desenho técnico como mostra a ilustração a seguir:
O sinal + (mais) indica que os afastamentos são positivos, isto é, que as variações
da dimensão nominal são para valores maiores.
METROLOGIA – REVISÃO - 04 95
Verificando o entendimento
Analise a vista ortográfica cotada e faça o que é pedido.
• afastamento inferior:...................................................................................... ;
• dimensão mínima:........................................................................................... .
Dentre as medidas abaixo, assinale com um X as cotas que podem ser dimensões
efetivas deste ressalto:
20,5 ( ) 20,04 ( ) 20,06 ( ) 20,03 ( )
METROLOGIA – REVISÃO - 04 96
A cota Ø 16 apresenta dois afastamentos com sinal - (menos), o que indica que os
afastamentos são negativos: - 0,20 e - 0,41.
Quando isso acontece, o afastamento superior corresponde ao de menor valor
numérico absoluto. No exemplo, o valor 0,20 é menor que 0,41; logo, o afastamento -
0,20 corresponde ao afastamento superior e - 0,41 corresponde ao afastamento
inferior.
Para saber qual a dimensão máxima que a cota pode ter basta subtrair o
afastamento superior da dimensão nominal.
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13. Referências Bibliográficas
METROLOGIA – REVISÃO - 04 98