Centro Universitário de Brasília Faculdade de Ciências Da Saúde
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Centro Universitário de Brasília Faculdade de Ciências Da Saúde
Brasília – 2002
Centro Universitário de Brasília
Faculdade de Ciências da Saúde
Licenciatura em Ciências Biológicas
Brasília – 2002
Dedico este trabalho a todas as pessoas
que preservam a natureza e aos pesquisadores
que de alguma forma esclarecem os
comportamentos dos animais.
AGRADECIMENTO
1 – Introdução .............................................................................................................. 1
2 – Fatores Causais ...................................................................................................... 3
3 – Mecânica da migração ........................................................................................... 4
4 – Riscos da migração ................................................................................................ 5
5 – Métodos de estudo da migração ............................................................................ 6
6 – Migração em diferentes grupos animais ................................................................ 6
6.1 – Insetos migratórios .................................................................................. 7
6.2 – Peixes migratórios ................................................................................... 8
6.3 – Répteis migratórios ............................................................................... 10
6.4 – Aves migratórias ................................................................................... 13
6.5 – Mamíferos migratórios ......................................................................... 16
7 – Conclusão ............................................................................................................ 21
8 – Referência Bibliográfica .......................................................................................22
1. INTRODUÇÃO
2. FATORES CAUSAIS
Os membros de uma espécie movem-se para uma área quando ela é rica em
recursos e a deixam quando o lugar torna-se menos sustentável, independente dos
locais apresentarem uma localização distante (Alcock, 1993).
O deslocamento migratório apresenta três causas principais: alimentares,
gaméticas e climáticas. Isto porque o animal deve apresentar um comportamento
adaptativo ao suprimento alimentar e ao ambiente reprodutivo. Estes três fatores estão
intimamente ligados, pois o clima controla a produção de alimento e a maior duração
do dia na primavera é um estímulo para o desenvolvimento gonadal das espécies
(Ricard, 1969; Orr, 1986).
O clima tem uma influência evidente sobre os movimentos migratórios, onde
calor e frio extremos criam um ambiente desfavorável. Outros fatores, como duração
mutável do dia e até mesmo periodicidade lunar, podem influenciar na migração.
Algumas espécies diferem nas épocas climáticas de migração em relação à idade e ao
sexo, como é o caso de algumas aves onde, geralmente, os filhotes migram primeiro
que os adultos, e machos e fêmeas que migram em meses distintos (Orr, 1986).
O globo possui dois tipos de estação climática bem definidos. No Hemisfério
Norte o inverno ocorre de dezembro a fevereiro, a primavera de março a maio, o
verão de junho a agosto e o outono de setembro a novembro. Já no Hemisfério Sul
acontece ao contrário: o verão ocorre de dezembro a fevereiro, o outono de março a
maio, o inverno de junho a agosto e a primavera de setembro a novembro. Logo, essa
variação climática existente no globo possibilita que os animais viajem longas
distâncias entre os hemisférios a favor de sua sobrevivência (Sick, 1983). Para os
endotérmicos migratórios, como aves, morcegos e baleias, a menor duração de luz
diária no final do verão e outono, no Hemisfério Norte, está relacionada com o
deslocamento para o Sul e, inversamente, a maior duração de luz diária na primavera
está associada com o deslocamento para o Norte (Orr, 1986).
Algumas mudanças fisiológicas estão associadas à migração dos animais,
como é o caso de armazenamento de energia e do período reprodutivo. O clima
possibilita que alguns animais percebam o período migratório e relacionem o ciclo
reprodutivo com o deslocamento anual para suas áreas de procriação (Orr, 1986).
3. MECÂNICA DA MIGRAÇÃO
4. RISCOS DA MIGRAÇÃO
Estudos mostram que muitas espécies de cetáceos têm o Brasil como rota
migratória, sendo ocupantes sazonais, como é o caso da Bacia de Campos, localizada
ao longo da costa norte do Rio de Janeiro. Ocorrem na região 22 espécies de
cetáceos, entre eles botos, golfinhos e baleias, a presença desses animais está
associada a áreas de atividades do ciclo de vida e em função das disponibilidades de
presas. Porém, a cada período de migração ocorrem encalhes de vários indivíduos,
quase sempre no retorno às áreas de alimentação. Ao final da época de reprodução os
animais estão mais debilitados, aumentam também os riscos de ataque de predadores,
em especial para fêmeas e filhotes recém nascidos (Beneditto & Ramos, 2001).
Os mamíferos usam para orientação os sentidos olfativos, visuais e auditivos,
assim como temperatura da água e correntes oceânicas. A marcação em baleias é feita
através de disparos de transmissores para dentro de seu corpo, os quais podem
apresentar certos problemas, como corrosão e quebra devido às grandes mudanças de
pressão (Orr, 1986).
7 – CONCLUSÃO
BARNES, R. D. 1990. Zoologia dos Invertebrados. 4. ed. Livraria Roca, São Paulo,
cap. 1.
ORR, R. T. 1986. Biologia dos Vertebrados. 5. ed. Livraria Roca, São Paulo, cap. 11.
RICARD, M. 1969. The mistery of animal migration. Editora Paladin, London, 205p.