Biodiversidade A Variedade de Vida No Planeta Terra
Biodiversidade A Variedade de Vida No Planeta Terra
Biodiversidade A Variedade de Vida No Planeta Terra
plantas epfitas, liquens, fungos, nematelmintos, caros, protozorios e bactrias que habitam os topos das rvores. Outros habitats ainda muito pouco conhecidos so os recifes de coral, o assoalho do fundo do mar e o solo das florestas tropicais e das savanas. Pode-se ento concluir que a estimativa do nmero total de espcies vivendo no planeta Terra no reflete a realidade, sendo necessrio ainda muito estudo para se chegar a um nmero aproximado. A tarefa de catalogar todas as espcies to difcil, que talvez nunca seja completada. Entretanto de suma importncia
estabelecer padres na descrio e, principalmente, estudar a abundncia das espcies, para se testarem hipteses sobre a funo da diversidade das espcies no ecossistema. Hoje, pouco se conhece ainda sobre a biodiversidade em praticamente todos os ecossistemas. Constituem exceo as regies ridas, onde as espcies animais e vegetais vasculares so bem conhecidas, por ocorrem em nmero relativamente pequeno em
comparao com o das regies tropicais. Mas, mesmo nessas regies h muitos animais invertebrados e plantas no vasculares, incluindo fungos, que ainda precisam ser estudados. Tambm so pouco conhecidos nestas reas os organismos que vivem no solo, como as bactrias e os vrus. Por outro lado, nas regies tropicais, o conhecimento sobre a diversidade de espcies, apesar de seu alto grau, ainda bastante incipiente. Em muitos pases tropicais no h uma relao detalhada de plantas e animais de seu territrio. As melhores estimativas so relaes incompletas de pequenos animais, plantas e fungos que vivem em algumas pequenas reas estudadas. Falta ainda estudar e descrever organismos de solo, como bactrias e fungos. As espcies marinhas das regies temperadas e tropicais so provavelmente as menos conhecidas. Os oceanos tm grande diversidade de animais e vegetais (algas), e, obviamente, no se pode esquecer as profundezas do mar, as quais, at pouco tempo, acreditava-se
serem desprovidas de vida. Atualmente, os oceangrafos conhecem bem o assoalho ocenico, sua fauna abundante, com mais de oitocentas espcies catalogadas e mais de cem famlias de doze grupos de organismos. At mesmo em algumas regies do fundo do oceano, existem guas quentes de origem vulcnica, as chamadas chamins de sulfeto, ou block smokers, onde se acreditava no haver vida, mas que em 1991 foram encontradas dezesseis famlias de invertebrados vivendo exclusivamente nesse local (Grassle, 1989). Recentemente, oceangrafos registraram a ocorrncia de organismos unicelulares chamados, em seu conjunto, picoplncton, com dimetro entre um e quatro micrmetros. A produtividade do ecossistema marinho pode ter sido subestimada em mais de 50%, porque os oceangrafos ignoravam a existncia do picoplncton, principalmente porque no existiam mtodos apropriados para estud-lo. Outro problema srio que os cientistas ainda no sabem exatamente como a diversidade dos genes, ou gentipos, espcies e comunidades influenciam o ecossistema. Passados mais de cem anos, geneticistas, taxonomistas, evolucionistas e eclogos tm acumulado muito conhecimento sobre diversidade biolgica. No entanto, as
informaes geradas at agora atestam a importncia da diversidade para precisar a funo de muitos organismos no ecossistema. Mas uma correta teoria geral da biodiversidade ainda est por ser formulada. Isto porque a ameaa diversidade biolgica fato recente, e os cientistas podem conhecer como os sistemas vivos so influenciados pelas mudanas da diversidade. Como est ocorrendo uma rpida transformao da paisagem e da vida selvagem, h uma certa urgncia em se obterem tais informaes. O conhecimento sobre a biodiversidade tambm muito importante para avaliar o impacto das mudanas globais no clima.
representada por todas as espcies de seres vivos existentes no planeta: desde a baleia azul a maior espcie animal do mundo at as microscpicas bactrias, invisveis a olho nu, incluindo os pandas, smbolo dos animais em extino, e mesmo o prprio homem. Representa, portanto, o contedo vivo da Terra no seu conjunto: tudo o que vive nas montanhas, nas florestas, nos oceanos. encontrada em todos os nveis, desde a molcula de DNA at a biosfera, englobando no s todas as espcies de plantas, animais e micro-organismos, mas tambm os processos ecolgicos e os ecossistemas aos quais pertencem. A biodiversidade refere-se portanto variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade gentica dentro das populaes e entre espcies, a variedade de espcies da flora, da fauna, de fungos macroscpicos e de micro-organismos, a variedade de funes ecolgicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas. Ainda, a biodiversidade refere-se tanto ao nmero (riqueza) de diferentes categorias biolgicas quanto abundncia relativa (equitabilidade) dessas categorias. Inclui tambm variabilidade em nvel local (alfa diversidade), complementariedade biolgica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Em
resumo, ela inclui a totalidade dos recursos vivos, ou biolgicos, e dos recursos genticos e seus componentes. A expresso Diversidade Biolgica foi criada por Thomas Lovejoy em 1980, ao passo que o termo Biodiversidade foi usado pela primeira vez pelo entomologista E. O. Wilson, em 1986, num relatrio apresentado ao primeiro Frum Americano sobre diversidade biolgica, organizado pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA [National Research Council (NRC)]. O termo Biodiversidade foi sugerido a Wilson pelos integrantes do NRC, a fim de substituir a expresso Diversidade comunicao. No h uma definio consensual de Biodiversidade. Uma delas : "Biodiversidade a medida da diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas". Esta definio inclui diversidade dentro da espcie, entre espcies e diversidade comparativa entre ecossistemas. Outra definio, mais desafiante, : "Biodiversidade a totalidade dos genes, espcies e ecossistemas de uma regio". Esta definio unifica os trs nveis tradicionais de diversidade entre seres vivos: - diversidade gentica - diversidade dos genes em uma espcie; - diversidade de espcies - diversidade entre espcies; - diversidade de ecossistemas - diversidade em nvel mais alto de organizao, incluindo todos os nveis de variao desde o gentico. A diversidade de espcies a mais fcil de estudar, mas h uma tendncia da cincia oficial em restringir o estudo da diversidade ao conhecimento dos genes. Como se pode constatar, o significado de Biodiversidade abrangente para a variedade natural; inclui o nmero e a frequncia de espcies ou genes, alm dos respectivos ecossistemas. Consideram-se trs Biolgica, considerada menos eficaz em termos de
nveis distintos para express-la: em um nvel mais microscpico pode-se falar em diversidade gentica, que a totalidade de diferentes genes presentes em um determinado universo. Em escala intermediria tem-se a diversidade de espcies, que a totalidade de espcies que vivem em um determinado universo; e, em escala mais macroscpica, a diversidade de ecossistemas, que a totalidade de ecossistemas existentes em um determinado universo. A importncia da biodiversidade est na relao direta da influncia que exerce no Planeta, como: regular o clima; proteger e manter os solos; fazer a fotossntese, disponibilizando o oxignio
necessrio respirao e a matria bsica para os alimentos, roupas e medicamentos. O grande valor da biodiversidade justifica investimentos visando sua conservao, sobretudo em razo do seu potencial para a biotecnologia atual, especialmente na engenharia gentica, e para a gerao de novas culturas alimentcias e industriais. Portanto, a
biodiversidade tambm traz benefcios econmicos, o que representa mais um incentivo para sua conservao. O emprego de espcies silvestres em pesquisas de melhoramento gentico tem alcanado xito graas ao desenvolvimento da biotecnologia. Os resultados so, principalmente, a obteno de cultivos resistentes a pragas, doenas e condies adversas do meio ambiente, e, mesmo, a melhoria da qualidade organoltica (aparncia, sabor etc.). As experincias mais conhecidas so feitas com arroz, abacaxi, banana, batata e trigo. Alm disso, muitas plantas possuem princpios ativos que podem ser utilizados na elaborao de medicamentos. As florestas tropicais e os recifes de corais abrigam grande variedade de plantas e animais: so os ecossistemas com maior nmero de espcies do Planeta, ou, como os ecologistas denominam, com alto grau de riqueza de espcies. Contudo, mesmo em ambientes uniformes
dos oceanos, ambiente praticamente inacessvel ao homem, centenas de micro-organismos, outros animais invertebrados e alguns poucos
vertebrados podem ser encontrados. Estes prodgios da natureza tm intrigado e encantado o homem, pois, na realidade, dessa variedade de espcies que ele vem retirando os recursos para seu sustento. O homem utiliza plantas e animais para se alimentar e vestir, construir casas, elaborar medicamentos e perfumes... e, quando o faz de forma que no deixa tempo para a natureza se recuperar, coloca em perigo esta imensa riqueza de espcies. Por exemplo, de acordo com o relatrio da IUCN (International Union for Conservation of Nature and Natural Resources) de 1990, a taxa de extino de insetos por ao humana de cinco mil espcies por ano. Se continuar nesse ritmo, a taxa de reduo da diversidade aumenta gradativamente, com a consequente reduo da variabilidade gentica das espcies vegetais cultivadas e selvagens, em razo da importncia dos insetos na polinizao. Diante disso, os seres humanos sero certamente bastante afetados em seu bem-estar. O homem influi na biodiversidade da Terra de maneira direta e indireta. O uso de recursos renovveis, por exemplo, afeta diretamente a diversidade de espcies. Exemplos claros disso so os reflexos da indstria
extrativista, da explorao de madeira e da indstria pesqueira, que exploram indiscriminadamente as espcies teis ao homem e, ao mesmo tempo, destroem as espcies que no possuem valor comercial. A agricultura e a criao de animais tambm destroem ou modificam a flora e a paisagem nativas. A biodiversidade afetada indiretamente quando se utilizam combustveis fsseis e principalmente a madeira (lenha) como fonte de energia e tambm quando se alteram cursos de rios ao construir represas para gerao de energia ou para abastecimento de gua. Intencional ou acidentalmente, introduzem-se espcies exticas, as quais reduzem a biodiversidade, e destroem-se barreiras naturais e franjas florestais, que so habitats especficos de certas plantas e animais.
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Outro fator, caracterstico do padro de desenvolvimento dos homens e que afeta diretamente a diversidade das espcies, a gerao, cada vez maior, de produtos qumicos txicos, assim como de metais pesados, principalmente mercrio, cdmio e cobre, e compostos orgnicos. o caso dos inseticidas e fungicidas utilizados na agricultura, que, quando aplicados, penetram no solo, encaminhando-se para os rios, lagos e oceanos; alguns, como o metano e o CFC (clorofluorcarbono), vo para a atmosfera.
indivduos de uma mesma espcie, dentro da qual fluem genes livres sob condies naturais. Isto quer dizer que, em um dado momento, todos os seres normais e fisiologicamente aptos so capazes de cruzar com seres da mesma espcie ou, pelo menos, que sejam ligados geneticamente a eles, atravs de outros indivduos reprodutores. Por definio, indivduos de uma espcie no cruzam livremente com indivduos de outras espcies. Esta definio de espcie, apesar de ser a mais aceita, no se ajusta bem a plantas e alguns animais nos quais ocorre hibridizao ou cuja reproduo sexual foi substituda por autofertilizao ou partenognese; nestes casos, o conceito de espcie deve ser substitudo por divises arbitrrias. Especiao nada mais que a formao de uma nova espcie, processo no qual a mutao e a seleo natural geram variao gentica e morfolgica dentro de uma linhagem de organismos (Wright, 1978). Para explicar como se forma uma espcie, utiliza-se o fenmeno chamado especiao geogrfica. Esse processo tem incio quando uma populao dividida por uma barreira geogrfica (rio, deserto, brao de mar etc.) de modo que estes dois segmentos da populao fiquem separados, sem nenhum tipo de contato entre eles. Com o passar do tempo, os dois ambientes vo sofrendo modificaes e se diferenciando 11
um do outro. Em cada um, atravs da seleo natural, os indivduos mais adaptados sobrevivem, e os que no conseguem se adaptar s novas condies ambientais morrem. Em cada segmento (nova populao), os indivduos cruzam-se entre si por geraes, e, com o passar do tempo, cada nova populao possuir caractersticas morfolgicas e genticas diferentes daquelas da populao que lhe deu origem: tm-se, ento, duas novas espcies.
As extines passadas
Registros fsseis mostram que mudanas drsticas no ambiente constituem a maior causa de extino de espcies (Signor, 1990). Ao longo da histria geolgica do planeta, em intervalos de milhes de anos, extines massivas na Terra eliminaram a maior parte das espcies de animais e plantas. Exemplo tpico o desaparecimento dos dinossauros: ainda hoje h dvidas a respeito do fenmeno que causou a extino desses gigantescos rpteis. Acredita-se que tais extines sejam resultado de uma devastao, que s poderia ser provocada por mudanas radicais do meio ambiente, como tentam explicar a teoria da radiao csmica e a do bombardeio de meteoros. A histria geolgica mostra que a extino de espcies sempre ocorreu e faz parte do processo de evoluo desde o incio da vida. Todas as espcies que hoje vivem na Terra so remanescentes dos vrios bilhes de espcies que j existiram, sucedendo-se umas s outras. O desaparecimento de espcies tambm deriva de interao mtua entre elas, como competio do e predao, Por e tambm algumas de constantes no
transformaes
ambiente.
exemplo,
mudanas
ambiente fsico e principalmente no clima, que so pouco previsveis, afetam de maneira direta as espcies. Em alguns casos, parece possvel que a diversidade gentica d a organismos e ecossistemas a capacidade de recuperao
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depois que mudanas ambientais ocorrem. Assim, especiao e extino no constituem eventos isolados, pelo contrrio, fazem parte de um mesmo processo natural: ao mesmo tempo em que novas espcies vo surgindo em resposta a modificaes do ambiente, outras, j existentes, vo desaparecendo por no se adequarem a essas modificaes. Os gelogos tm demonstrado que as catstrofes so fenmenos normais na histria da Terra, como parte do processo de gradualismo. Entretanto, efeitos globais provocados pelo homem podem influenciar diretamente o desaparecimento de espcies. Por exemplo, se as teorias sobre o efeito estufa estiverem corretas, a temperatura da Terra estar trs graus mais elevada em 2010, de maneira que muitas espcies que no suportam variao de temperatura, como aquelas que vivem nos recifes de coral, iro desaparecer, ou ento algumas sero beneficiadas em detrimento de outras, incrementando a competio e favorecendo espcies oportunistas. De fato, qualquer espcie pode se extinguir, mas sempre h um influxo de novas espcies e assim a vida continua. Se hoje h aproximadamente trinta milhes de espcies, e cada espcie perdura por um milho de anos em mdia, ento dez novas espcies duram s cem mil anos aproximadamente (como os bilogos acreditam). Diante disso, cem novas espcies podem ser geradas a cada ano. Os cientistas so frequentemente informados das extines das espcies, mas o
aparecimento de novas espcies muito difcil de ser constatado, porque muitas espcies esto inseridas na classe dos pequenos invertebrados e na categoria de espcies pouco conhecidas, constituindo, por isso, o grupo das pouco estudadas. Assim, h poucos estudos documentados a respeito de especiao. Mas o que se sabe que cada espcie um grande depsito de informaes genticas. O nmero de genes varia de cerca de mil, em algumas bactrias, e dez mil, em alguns fungos, at quatrocentos mil ou mais, em plantas com flores e alguns animais. Um mamfero tpico, como o rato caseiro, possui cerca de cem mil genes (Wilson, 1994). Esse
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conjunto encontrado integral em todas as clulas, organizado a partir de quatro fios de DNA, cada qual com um bilho de pares de nucleotdeos. Cada ser humano tem cerca de cem mil genes. Isto significa que, para arquivar os dados do mapeamento e sequenciamento do genoma humano, seria necessrio o equivalente a duzentas mil listas telefnicas de mil pginas cada uma. A diversidade gentica entre dois seres humanos
quaisquer , em mdia, de 0,1%, ou seja, afeta cerca de trs bases de DNA. Sendo assim, um catlogo para arquivar apenas as diferenas genticas da populao do planeta teria cerca de um quatrilho de dados. A biodiversidade o resultado de uma longa evoluo biolgica que produziu continuamente novas espcies. Neste planeta, seres vivos desaparecem, assim como outros animais e vegetais, obviamente desconhecidos, nascem. Uma nova espcie fruto de inmeras interaes que se processam por etapas sucessivas e distintas. A atual biodiversidade no esttica: a imagem do mundo em um dado momento, e sua composio muda constantemente. um sistema em constante evoluo, tanto do ponto de vista das espcies como tambm de um s organismo. A meiavida mdia de uma espcie de um milho de anos, e 99% das espcies que j viveram na Terra esto hoje extintas. A Biodiversidade no se distribui igualmente na Terra. Ela , sem dvida, maior nos trpicos. Quanto maior a latitude, menor o nmero de espcies, e as populaes tendem a ter maiores reas de ocorrncia. Este fenmeno, que envolve disponibilidade energtica e mudanas climticas em regies de alta latitude, conhecido como efeito Rapoport. Diferentes regies do globo possuem diferentes nmeros de espcies. A riqueza de espcies tende a variar de acordo com a
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disponibilidade energtica, hdrica (clima, altitude) e tambm com suas histrias evolutivas.
Abordagens da biodiversidade
Para os bilogos geneticistas, a Biodiversidade a diversidade de genes e organismos. Eles estudam processos como mutao, troca de genes e dinmica do genoma, que ocorrem em nvel de DNA e constituem, talvez, a evoluo. Bilogos zologos e botnicos consideram que a
Biodiversidade no apenas a diversidade de populaes de organismos e espcies, mas tambm a forma como estes organismos funcionam. Organismos organismos surgem da e desaparecem. espcie ou Locais de so colonizados Algumas por
mesma
outra.
espcies
desenvolvem organizao social ou outras adaptaes com vantagem evolutiva. As estratgias de reproduo dos organismos dependem do ambiente. Para os ecologistas, a Biodiversidade tambm a diversidade de interaes duradouras entre espcies. Isto se aplica tambm ao bitopo, seu ambiente imediato, e ecorregio em que os organismos vivem. Em cada ecossistema, os organismos so parte de um todo, interagem uns com os outros mas tambm com o ar, a gua e o solo que os envolvem. A cultura humana tem sido determinada pela
Biodiversidade. Ao mesmo tempo, as comunidades humanas tm dado forma diversidade da natureza nos nveis gentico, de espcie e ecolgico. A Biodiversidade fonte primria de recursos para a vida diria, fornecendo alimento (colheitas, animais domsticos, recursos florestais e peixes), fibras para roupas, madeira para construes,
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remdios e energia. Esta "diversidade de colheitas" tambm chamada agrobiodiversidade. Os ecossistemas tambm fornecem "suportes de
produo" (fertilidade do solo, polinizadores, decompositores de resduos etc.) e "servios", como purificao do ar e da gua, moderao do clima, controle de inundaes, secas e outros desastres ambientais. A importncia econmica dos recursos naturais para a comunidade crescente. Novos produtos so desenvolvidos graas a biotecnologias, criando novos mercados. Para a sociedade, a
biodiversidade tambm um campo de trabalho e lucro. Assim, necessrio estabelecer um manejo sustentvel destes recursos. Finalmente, o papel da Biodiversidade "ser um espelho das relaes dos seres humanos com as outras espcies de seres vivos", uma viso tica dos direitos, deveres e educao.
Bibliografia Consultada
BARBIERI, E. 1998. Biodiversidade: Capitalismo verde ou ecologia social? Editora Cidade Nova. So Paulo. 89p. GRASSLE, J.F. 1989. Species diversity in deep-sea communities. Trends in ecology and evolution. N. 4, p. 12-15. ROSIQUE, J. e BARBIERI, E. 1992. Ecologia. Preservar para viver. So Paulo: Cidade Nova. SIGNOR, P.W. 1990. The geological history of diversity. Annual Review of Ecology and Systematics, n. 21, p. 509-539. SOLBRIG, O.T. 1996. The origin and function of biodiversity. Annual Environment Editions. n. 95/96, p. 216-224. WILSON, O.E. 1994. Diversidade da vida. So Paulo. Companhia das Letras. 347p.
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