GUILHERME FURTADO LOPES DE MACEDO - Relatorio 5

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 6

1

Laboratório de física II

PROFA. DOROTÉIA DE FÁTIMA BOZANO

DILATAÇÃO TÉRMICA DE SÓLIDOS

Guilherme Furtado Lopes de Macedo

Campo Grande – MS (Mato Grosso do Sul), Brasil


outubro, 2022
2

I-Objetivos
‘O objetivo do experimento foi estudar o fenômeno de dilatação térmica de uma
barra metálica e determinar o coeficiente de dilatação térmica do material constituinte
da barra.

II- Introdução teórica


Quando um sistema físico tem sua temperatura aumentada as partículas desse
mesmo sistema são agitadas, quando isto ocorre, a amplitude de vibração das
moléculas é aumentada e consequentemente a distância média entre elas. Por
consequência, este aumento também leva um aumento nas dimensões lineares do
sistema, este aumento é a chamado de dilatação térmica, caso a temperatura do
sistema for diminuída as distancias também diminuirão, consequentemente, as
dimensões lineares também, esta sendo chamada de contração térmica.
Este conceito é de suma importância para construções civis como edifícios e
pontes, pois, são deixadas folgas em locais específicos para que o material possa
dilatar, uma vez que, caso o material expanda a estrutura de toda construção pode ser
afetada. Sendo assim, quando ocorre uma dilatação térmica ela pode ser categorizada
em três tipos: linear, superficial e volumétrica. Quando um corpo tem sua temperatura
aumentada e as dimensões alteradas são lineares como comprimento, diâmetro, raio,
etc a dilatação é linear, desta forma o corpo sofrerá uma alteração Δ𝐿 em suas
dimensões, este fator Δ𝐿 pode ser encontrado pela Equação 1:

Δ𝐿 = 𝐿𝑓 (𝑇𝑓 ) − 𝐿0 (𝑇0 ) = 𝐿0 𝑇0 𝛼(𝑇𝑓 − 𝑇0 ) = 𝐿0 𝑇0 𝛼Δ𝑇 (1)

Onde: 𝐿0 é a dimensão linear a temperatura inicial 𝑇0 e 𝛼 é o coeficiente de


dilatação linear. Analisando a Equação 1, nota-se que, o gráfico da variação de
temperatura pelo aumento da dimensão é linear podendo ser visto Figura 1:
Figura 1: Comportamento da variação de uma dimensão linear, L, de um sólido em função da
variação da temperatura, ΔT de pequenas amplitudes.

Fonte: [1]

Baseado na Figura 1 podemos achar o coeficiente linear de dilatação térmica:


Δ𝐿
𝐿0
𝛼 = tan φ = Δ𝑇
(2)

Ademais, a coeficiente de dilatação térmica depende diretamente da estrutura


molecular do material, dessa forma, pode-se aquecer igualmente duas barras, se seus
materiais forem diferentes o acréscimo em suas dimensões também será.
3

Tratando da dilatação superficial, dizemos que quando ocorre uma variação na


área Δ𝑆 a dilatação é superficial, Δ𝑆 pode ser definido pela Equação 2:
Δ𝑆 = 𝑆0 𝛽Δ𝑇 (2)
Onde 𝑆0 é a área inicial, Δ𝑇 é a variação de temperatura do sistema estudado e
𝛽 é o coeficiente de dilatação superficial.

Tratando da dilatação volumétrica, dizemos que quando ocorre uma variação na


área Δ𝑆 a dilatação é volumétrica, Δ𝑉 pode ser definido pela Equação 3:

Δ𝑉 = 𝑉0 γΔ𝑇 (3)

Onde 𝑉0 é o volume inicial, Δ𝑇 é a variação de temperatura do sistema estudado


e 𝛾 é o coeficiente de dilatação volumétrica. Sendo assim, conseguimos correlacionar
os coeficientes de dilatação de cada caso, isto é mostrado na Equação 4:

𝛽 = 2𝛼 e 𝛾 = 3𝛼 (4)

É importante ressaltar que os coeficientes de dilatação se demonstrando


impactantes em cenários específicos, no caso de líquidos a dilatação volumétrica é de
suma importância, no caso da dilatação superficial e linear depende do formato do
objeto.

III- Materiais e métodos


Neste experimento foram utilizados uma trena, um termômetro digital, um
dilatômetro, similar ao da Figura 2, munido de um relógio comparador, similar ao da
Figura 3:

Figura 2 - Equipamento para medida da dilatação de uma haste metálica, constituído por: banho
térmico, relógio comparador, termopar, barra metálica.

Fonte:[1]
4

Figura 3 – Relógio comparador utilizado para medida variação do comprimento da haste metálica.
A menor divisão da escala do relógio comparador é igual a 10 μm (10-6 m). Uma volta completa do
ponteiro é igual a 1mm.

Fonte:[1]

Com estes equipamentos os seguintes procedimentos foram feitos:

1. O comprimento inicial (em temperatura ambiente) da haste, 𝐿0 , foi medido com


a trena.
2. A temperatura ambiente 𝑇0 foi medida utilizando o termômetro digital.
3. O visor do relógio comparador foi ajustado até apresentar 0 mm.
4. O equipamento foi ligado para geração de vapor d'água e fazer circular vapor
em torno da barra até a temperatura da mesma estabilizar, em torno de 96°𝐶,
foi aguardado 3 minutos.
5. O equipamento de vapor de água foi desligado. A temperatura da barra
começou a diminuir fazendo o ponteiro maior do relógio comparador se
movimentar.
6. Para cada avanço do ponteiro do relógio comparador de 20 μm (uma divisão
maior do relógio comparador) o valor da temperatura foi medido.
7. O procedimento anterior foi repetido até que a barra atingisse uma temperatura
de aproximadamente 36°𝐶.

IV- Resultados e discussões


Seguindo o procedimento experimental apresentado conseguimos demonstrar a
seguinte tabela:
Tabela 1: tabela da variação de comprimento da barra, 𝚫𝑳, em função da

temperatura da barra, 𝚫𝑻.

∆T(°𝐶) ∆L/L0 (mm)


73,9 0,034
70,5 0,068
66,6 0,103
5

63 0,137
56 0,171
53 0,205
48,8 0,240
45,9 0,274
43,1 0,308
40,3 0,342
36,9 0,377
34,1 0,411
32,2 0,445
30 0,479
27,6 0,514
24,1 0,548
24 0,582
22,5 0,616
20 0,651
17,6 0,685
15,5 0,719
Fonte:Autor

Com os dados apresentados na Tabela 1 pode demonstrar o gráfico presente na figura


4:

Figura 4: Gráfico de 𝚫𝑳/𝚫𝑳𝟎 (mm) em função da variação de temperatura 𝚫𝑻 (°C)

0,5

0,4
LL0

0,3

0,2

30 40 50 60
T

Fonte: Autor
6

Os dados utilizados na Figura 4 não representam em sua completude toda a


amostragem coletada, isso foi feito para uma melhor análise com menor erro. Desta
forma, podemos apresentar a equação da melhor reta e o coeficiente 𝑟 2 :

𝑦 = −12,2.10−6 𝑥 + 0,8384 (5)

𝑟 2 = 0,99178 (6)

Por comparação vemos que o coeficiente angular, consequentemente o


coeficiente de dilatação linear, é 𝛼 = 12,2.10−6 𝐶 −1 e como o 𝑟 2 e perto de 1 podemos
dizer que o comportamento do gráfico é fortemente linear. Desta forma, sabemos que o
coeficiente linear do aço é de 𝛼 = 12.10−6 𝐶 −1 , logo, podemos afirmar que a barra
metálica utilizada no experimento é de aço e o coeficiente linear tem um erro percentual
de 1,66%.

V – Conclusão
Neste experimento o comportamento de uma barra metálica foi estudado uma
vez que sua temperatura foi aumentada e reduzida e como seu comprimento variou em
função disso. Constatou-se que, o material da barra metálica é aço e que o
comportamento de sua dilatação é linear.

VI-Referências Bibliográficas
[1] BOZANO, Dorotéia de Fátima. PRÁTICA 05. DILATAÇÃO TÉRMICA DE SÓLIDOS
. Brasil: Autora, 2022. 7 p.

Você também pode gostar