Física Lab09

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA
ENGENHARIA SEMESTRE 2020.2

PRÁTICA 9: DILATAÇÃO TÉRMICA (VIRTUAL)

ALUNO: Yago Castro dos Reis.


MATRÍCULA: 494531.
CURSO: Engenharia
Elétrica. TURMA: 09.
PROFESSOR:Francisco Wendel.
DATA E HORA DA REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 21/01/2021 10:00 ÀS 12:00 h
1 OBJETIVOS

 Estudar a dilatação térmica em função da temperatura;


 Determinar o coeficiente de dilatação linear de sólidos;
 Verificar o comportamento de uma lâmina bimetálica.

2 MATERIAL

 Filme sobre o comportamento de uma lâmina bimetálica ao ser aquecida:


Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=5FeNbSG9sDE> Acesso em: 25
jan. 2021.

 Filme para o procedimento (Parte 2) : Comportamento de uma lâmina


bimetálica com a variação da temperatura.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-L87D5HfXhc> Acesso em: 25
jan. 2021.

 Animação para exercitar a leitura de um relógio comparador:


Disponível em:<https://www.stefanelli.eng.br/relogio-comparador-virtual-simulador-milimetro/>
Acesso em: 25 jan. 2021.

 Link para a simulação para a realização dessa prática:

Disponível em:<https://www.geogebra.org/m/qbcjk4at> Acesso em: 25 jan. 2021.

3.INTRODUÇÃO

Todos os corpos presentes na natureza, sólidos, líquidos ou gasosos, quando submetidos a


um aquecimento ou resfriamento é provocado uma dilatação térmica no caso do aquecimento onde
tem fornecimento de calor ou uma contração térmica reduzindo a sua temperatura. Esse processo de
dilatação ou contração dos corpos é dado em virtude do aumento ou diminuição do grau de agitação
das moléculas presentes no corpo. Esse processo de dilatação dos corpos mediante a agitação das
moléculas pode apresentar três formas: linear, superficial e volumétrica (SANTOS, 2021).
A dilatação linear pode é caracterizada pelo aumento no comprimento de determinando objeto de
estudo quando submetido a um aquecimento térmico, o quanto um determinando objeto aumentou
seu comprimento quando submetido a um aumento de temperatura, ou seja, qual foi a dilatação do
seu comprimento (ΔL) quando se elevou a temperatura, esse valor pode ser calculado utilizando a
equação 1.1, onde o comprimento inicial (L0) é a medida do comprimento do material na
temperatura inicial, ΔT a variação de temperatura é definida na equação como ΔT e α é o
coeficiente de dilatação linear que indicada uma característica próprio de cada material, quanto
maior for o valor do coeficiente de dilatação linear do material maior a sua tendência de dilatação
quando submetido a um aquecimento.O coeficiente de dilatação linear (ΔL)de um determinado
material pode ser calculado utilizando a equação 1.2 (DIAS, 2018).

Um aparelho denominando como dilatômetro está designado exclusivamente para a


determinação do coeficiente de dilatação linear de sólidos em forma de “tubos”. Esse processo é
realizado advento de duas hastes presas na base onde é apoiado o tubo oco do material no qual se
queira encontrar o coeficiente de dilatação linear. Ademais, uma terceira haste, também presa na
base, é utilizada para garantir sustentação para o relógio comparador, que dever ser fixado
encostando a extremidade do turbo oco (DIAS, 2021).

Figura 01 – Comportamento de Lâmina Bimetálica quando submetido a um aquecimento.

Fonte:(DIAS, 2021, p. 04).


Uma lâmina bimetálica é um aparellho formado por dois metais de diferentes coeficientes de
dilatação, colados fortemente. Esse tipo de dispositivo é muito utilizado em aparelho conhecidos,
como ferro elétrico, o pisca-pisca, o termostato entre outros. A lâmina bimetálica apresenta-se
retilinea na temperatura na qual foi feita a colagem. Caso ela sofra um aumento de temperatura a
lâmina bimetálica tende a encurvar para lado do material com menor coeficiente de dilatação linear,
devido ao outro material apresentar uma maior dilatação e provocar tal fato, tal comportamento
pode ser visualizado na figura 01, onde o latão localizado na parte superior da lâmina bimetálica
apresenta um coeficiente de dilatação maior do que o invar (αlatão > αinvar ), assim, quando
submetido a uma elevação de temperatura a lâmina bimetálica sofre uma curvatura no sentido do
invar devido a dilatação do latão ser maior (DIAS,2021).

Figura 02: Exemplo do funcionamento de um termostato.

Fonte:(GASPAR, 2013, p. 209)

Um bom exemplo de aparelho que utiliza a lâmina bimetálica é o termostato , esse consiste em
chaves que possibilitam o controle da temperatura de um sistema. Na figura 02 pode-se perceber a
atuação de uma lâmina bimétalica de um termostato (faixa vermelha e azul) que é posicionado entre
os terminais A e B de um circuito elétrico doméstico, sua função é manter a temperatura da água
aquecida em caldeiras. Primeiramente a lâmina bimetálica apresenta-se reta pressionando um botão
que liga o circuito como mostrado na figura ao lado esquerdo (figura b), na medida que a água vai
aquecendo a lâmina bimetálica também aquece encurvando desligando o circuito, ilustrado na
figura 00 ao lado direito (figura a) (GASPAR,2013)

ΔL = L0· α· ΔT (1.1)

α = ΔL/ L0· ΔT (1.2)


4. PROCEDIMENTO (Parte 1)

Figura 03 : Tela inicial da simulação: Dilatação Térmica.

Fonte: (DIAS, 2021, p. 03)

Na figura 03 está presente o arranjo inicial do simulador no qual será usado para realizar os
procedimentos da parte 1 desse relatório. Localizado à esquerda está um aparelho denominado
como banho térmico, que possibilita o aquecimento de líquidos, através dele possível aumentar o
líquido indicado da cor azul, esse líquido pode adentrar no interior de um tubo oco. Ademais,
mediante a essa interação do tubo oco com o líquido pode-se considerar que ambos irão possuir
sempre a mesma temperatura, dessa forma, quando o banho térmico indicar a temperatura do
líquido estará indicando também a temperatura do tubo oco, podendo a temperatura variar de 25 °C
(temperatura ambiente) até uma temperatura máxima de 150 °C. O simulador disponibiliza 5
amostras de tubo oco de diferentes materiais, cada amostra é acoplada no dilatômetro no ponto
indicado pela seta vermelha e tem sua extremidade direita tocando o relógio comparador. Dessa
maneira, o comprimento inicial (L0) do tubo oco na temperatura ambiente pode ser obtido com o
auxílio da régua (graduada em cm) disponibilizada no simulador, e conforme a temperatura vai
aumentando esse comprimento inicial vai aumentando, ou seja, o tubo oco vai apresentar uma
dilatação de modo a influenciar esse aumento no relógio comparador (DIAS,2021).

A realização dessa primeira parte do procedimento consiste em obter a variação do


comprimento do tubo oco de alguns materiais disponíveis no simulador. Para efetuar a prática
primeiramente será escolhido a amostra de aço para o preenchimento dos dados ( ΔL) na tabela 1,
logo mais, pressionando em “mostrar relógio” no simulador será inserido o mesmo no canto direito,
importante verificar se o relógio comparador está zerado, essa verificação pode ser realizada a partir
da visualização do ponteiro maior presente no relógio comparador esteja marcando no zero, caso
contrário com o auxílio do ponto vermelho na borda do relógio comparador é possível ajustar até o
zero pressionando o ponto vermelho e alterando a sua posição até que a escala externa “zero”
coincida com a posição do ponteiro ponteiro maior. Adiante, mediante a régua disponibilizada no
simulador, para efetuar a mediação do comprimento inicial do tubo oco na temperatura ambiente
(25 °C) dado importante para realização de cálculos, a medição pode ser realizada fixando o
começo da régua na esquerda em baixo da seta vermelha até a extremidade fechada do tubo que
toca o relógio comparador, utilizando o scroll do mouse é melhor identificado a visualização do
comprimento inicial do turbo oco. A variação de temperatura (ΔT) é sempre em relação a
temperatura inicial 25°C, como o banho térmico variar de 25°C até 150°C, assim, a cada aumento
de 25°C na variação de temperatura(ΔT) será medido o valor da variação do comprimento (ΔL), o
simulador pode parar o aumento de temperatura pressionando o botão inferior esquerdo que pausa a
simulação facilitando a obtenção na precisão da medida e a leitura da mesma. Será efetuado o
mesmo procedimento para as amostras de latão e chumbo para obtenção da variação do
comprimento do tubo oco conforme o aumento da temperatura (DIAS, 2021).

Tabela 1: Resultados “experimentais” para o tubo de AÇO.


T (oC) 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0 150,0
ΔL (mm) 0,00 0,180 0,360 0,540 0,720 0,900
ΔT (oC) 0,0 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0
Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 2: Resultados “experimentais” para o tubo de LATÃO.


T (oC) 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0 150,0
ΔL (mm) 0,00 0,300 0,600 0,900 1,200 1,50
ΔT (oC) 0,0 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0
Fonte: Elaborado pelo autor.

Tabela 3:Resultados “experimentais” para o tubo de CHUMBO.


T (oC) 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0 150,0
ΔL (mm) 0,00 0,435 0,870 1,31 1,74 2,18
ΔT (oC) 0,0 25,0 50,0 75,0 100,0 125,0
Fonte: Elaborado pelo autor.
5 . PROCEDIMENTO (Parte 2): Comportamento de uma lâmina bimetálica com a variação
da temperatura.
Assista ao filme: https://www.youtube.com/watch?v=-L87D5HfXhc. Neste filme é possível ver em
primeiro plano uma lâmina bimetálica sendo aquecida por uma vela.
Explicação:

O sistema disponibilizado no filme para análise, funciona semelhante ao termostato.


Primeiramente, temos um circuito elétrico, no qual está ligado uma lâmina bimetálica que
possibilitará o funcionamento do sistema e uma ventoinha que será necessária para resfriar o
sistema. Dessa maneira, funcionando como um controlador de temperatura que determina a faixa
de variação em certos limites , o limite superior é estabelecido através do aquecimento da lâmina
bimetálica por uma vela que conforme a temperatura vai aumentando a lâmina bimetálica vai
dilatando, possivelmente o material que apresenta-se na parte inferior tem um coeficiente de
dilatação linear maior do que o material localizado na parte superior, fazendo com que a lâmina
bimetálica se encurve para a parte superior devido a maior dilatação do material inferior, devido a
essa curva é proporcionado o fechamento do circuito realizando o acionamento do sistema, que
nesse momento liga a ventoinha conectada resfriando a lâmina bimetálica que diminui a curva
abrindo novamente o sistema. Ademais, esse processo se matem constante enquanto a fonte de calor
(vela) estiver acesa.

6 .QUESTIONÁRIO

1- Trace em um mesmo gráfico a dilatação térmica (ΔL) em função da variação da temperatura (ΔT) para
os resultados encontrados para o Aço e para o Chumbo.

Figura 04: Apresentação gráfica do comportamento da dilatação térmica (ΔL) em função da variação da
temperatura (ΔT).

Fonte: Elaborada pelo Autor.


2- O que representa o coeficiente angular do gráfico da questão anterior? Justifique.

Para os Resultados experimentais realizados com o tubo de AÇO:

Coordenadas cartesianas dos pontos utilizados para o cálculo:

Ponto (0,00 ; 0,00) e Ponto ( 0,900 ; 125,0)


Cálculo do coeficiente angular:
a = ΔL/ΔT ; a = (L – L0) / (T - T0)
a = ( 0,900 – 0,00) / (125,0 – 0,00)
a = 0.0072 = 7,2·10-3 mm/°C

Para os Resultados experimentais realizados com o tubo de Chumbo:

Coordenadas cartesianas dos pontos utilizados para o cálculo:


Ponto (0,00 ; 0,00) e Ponto ( 2,18 ; 125,0)
Cálculo do coeficiente angular::
a = ΔL/ΔT ; a = (L – L0) / (T - T0)
a = ( 2,18 – 0,00) / (125,0 – 0,00)
a = 2,18 / 125,0
a = 0.0174 = 1,74·10-2 mm/°C

Utilizando a equação 1.1, temos:

ΔL = L0· α· ΔT (1.1)

ΔL = L0· α· ΔT
ΔL/ΔT= L0· α

Para o aço:
Dados:
L0 = 60,0 cm = 600 mm
α = 12,0·10-6 °C-1

Cálculo:
ΔL/ΔT = L0· α

ΔL/ΔT = 600 · 12,0·10-6


ΔL/ΔT = 7,2 · 10-3 mm/°C

Para o chumbo:
Dados:
L0 = 60,0 cm = 600 mm

α = 29,0·10-6 °C-

Cálculo:
ΔL/ΔT = L0· α

ΔL/ΔT = 600 · 29,0·10-6


ΔL/ΔT = 1,74·10-2 mm/°C

Assim:

a = ΔL/ΔT= L0· α

Dispondo-se da equação 1.1, pode-se perceber que a razão entre a variação do comprimento (ΔL)
sobre a variação de temperatura (ΔT), que determina o valor do coeficiente angular das retas
presentes no gráfico da imagem 04, é igual a multiplicação do comprimento inicial do objeto (L0)
com o seu respectivo coeficiente de dilatação linear do material (α).

3- Calcule (mostrar os cálculos) o coeficiente de dilatação linear de cada material estudado


nesta prática e compare com os valores respectivos da literatura (citar a fonte). Indique o erro
percentual em cada caso.

Para o cálculo do coeficiente de dilatação linear de cada material estudado nesta prática será
utilizado a equação 1.2 :

α = ΔL / L0· ΔT (1.2)

Cálculo para o coeficiente de dilatação linear do aço (αaço):


Dados:

ΔL = 0,180 mm
L0 = 60,0 cm = 600 mm
ΔT = 25,0 °C

αaço = 0,180 / 600 · 25,0


αaço = 0,180 / 15000
αaço = 0,0000120 °C-1 = 12,0·10-6 °C-1

Cálculo para o coeficiente de dilatação linear do aço (αlatão):


Dados:
ΔL = 0,900 mm
L0 = 60 cm = 600 mm
ΔT = 75,0 °C

αlatão = 0,900 / 600 · 75,0


αlatão= 0,900 / 45000
αlatão = 0,0000200 °C-1 = 20,0·10-6 °C-1

Cálculo para o coeficiente de dilatação linear do aço (αchumbo):


Dados:
ΔL = 0,870 mm
L0 = 60 cm = 600 mm
ΔT = 50,0 °C

α chumbo = 0,870/ 600 · 50,0


α chumbo = 0,870 / 30000
α chumbo = 0,0000290 °C-1 = 29,0·10-6 °C-1

Figura 05 : Apresentação do coeficiente de dilatação linear de algumas substâncias.

Fonte: (HALLIDAY, RESNICK, . WALKER, 2009. 189 p. )


Dando prosseguimento, por meio dos dados obtidos experimentalmente para o valor do
coeficiente de dilatação linear de cada material (α aço,αlatão,αchumbo) e pelos dados teóricos apresentados
na figura 05, pode-se determinar e efetuar o cálculo do erro percentual da realização do
experimento.

Cálculo do Erro Percentual para o Aço (E%(aço)):

Valor experimental do coeficiente de dilatação linear do aço (α(aço-exp)) = 12,0·10-6 °C-1


Valor teórico do coeficiente de dilatação linear do aço (α(aço-teo)) = 11·10-6 °C-1

E%(aço) = [|(α(aço-teo) – α(aço-exp)) | / α(aço-teo)]·100


E%(aço) = [|11·10-6 - 12,0·10-6 | / 11·10-6]·100
E%(aço) = [1,0·10-6 / 11·10-6]·100
E%(aço) = [0,091]·100
E%(aço) = 9,1 %
Cálculo do Erro Percentual para o Latão (E%(latão)):

Valor experimental do coeficiente de dilatação linear do latão (α(latão-exp)) = 20,0·10-6 °C-1


Valor teórico do coeficiendo de dilatação linear do latão (α(latão-teo)) = 19·10-6 °C-1

E%(latão) = [|(α(latão-teo) – α(latão-exp)) | / α(latão-teo)]·100


E%(latão) = [|20·10-6 - 19·10-6 | / 19·10-6]·100
E%(latão) = [1,0·10-6 / 19·10-6]·100
E%(latão) = [0,053]·100
E%(latão) = 5,3 %
Cálculo do Erro Percentual para o Chumbo (E%(chumbo) ):

Valor experimental do coeficiente de dilatação linear do chumbo (α(chumbo-exp)) = 29,0·10-6 °C-1


Valor teórico do coeficiente de dilatação linear do chumbo (α(chumbo-teo)) = 29·10-6 °C-1

E%(chumbo) = [|(α(chumbo-teo) – α(chumbo-exp)) | / α(chumbo-teo)]·100


E%(chumbo) = [|29·10-6 - 29,0·10-6 | / 29·10-6]·100
E%(chumbo) = [ 0 / 29·10-6]·100
E%(chumbo) = 0 %

4 - Na figura abaixo vemos uma junta de dilatação em uma ponte. Justifique a necessidade de
juntas de dilatação em pontes e outras estruturas em função dos resultados da prática
realizada.
Figura 06: Exemplo do impacto da atuação da dilatação térmica em construções.

Fonte:(GOUVEIA, 2021).

Em decorrência das construções civis estarem sujeitas a variações climáticas do ambiente,


consequentemente a temperatura do material no qual foi projetado a estrutura também irá sofrer
alterações, de tal maneira que, ao diminuir a temperatura a estrutura apresente uma contração do
mesmo modo ao elevar a temperatura a estrutura apresente uma dilatação, podendo até mesmo
ocorrer algum dano na estrutura física como ilustrado na figura 06, que mostra uma dilatação
térmica provocada na estrutura que pode trazer danos maiores.

Figura 07: Exemplos de juntas de dilatação.

Fonte:(GASPAR, 2013, p. 209).


Dessa maneira, esses juntas de dilatação podem ser definidas como dispositivos tecnológicos
de proteção, seu principal objetivo é evitar deformações que possam aparecer na estrutura devido a
exposição a variabilidade de temperatura e até mesmo possibilitar o funcionamento de máquinas e
estruturas que sofrem dilatação térmica. Ademais, na figura 07, ilustra-se na parte superior uma
junta de dilatação térmica que apresenta em sua estrutura dentes que se interpenetram com
propósito de garantir o tráfego ou a movimentação de veículos seja realizada com êxito. Logo mais,
na parte inferior na figura 07 mostra-se um junta de dilatação térmica com sistema de vedação,
trata-se de uma espécie de sanfona feita de um material plástico especial no qual mantém a estrutura
firme e protegida contra rupturas provenientes de dilatações térmicas (GASPAR, 2013).

5- Uma lâmina bimetálica consiste de duas tiras metálicas rebitadas. A tira superior é de aço e
a tira inferior é de latão. O que aconteceria com a lâmina bimetálica em um dia muito frio?
Justifique.

Para explicação será considerado os valores dos coeficientes de dilatação linear de cada

material obtido experimentalmente, . Sendo, o coeficiente de dilatação do aço (αaço) igual a 12·10-6

°C-1 e o coeficiente de dilatação linear do latão (αlatão) igual a 20·10-6 °C-1, uma vez que o latão
apresenta um coeficiente de dilatação linear maior do que a do aço (αlatão > αaço), isso indica que ao

diminuir a temperar o latão teria uma maior contração comparado ao aço o que denota uma
curvatura no sentido do latão.
6 - Explique o que ocorre ao período de um relógio de pêndulo com o aumento da
temperatura. Com o aumento da temperatura, o relógio de pêndulo passa a adiantar, atrasar
ou permanece marcando as horas corretamente?
Figura 08 – Funcionamento do relógio de pêndulo com o pêndulo compensado.

Fonte: (CALÇADA e SAMPAIO, 2012, p.33).

T = 2·π √ L/ g (2.1)
Advento da equação 2.1 pode-se verificar que o período (T) de um pêndulo, ou seja, o tempo
necessário para realizar um oscilação completa, depende do comprimento (L) do pêndulo. No
entanto, o comprimento do pêndulo está sujeito a variações conforme a temperatura seja alterada,
devido a dilatação térmica provocada no material. Decorrente desse fato, no verão, o comprimento
(L) do pêndulo aumenta, analisando pela equação 2.1 quando (L) aumenta o período (T) também
aumenta resultando no atraso do relógio, pois o mesmo bate mais devagar. Dessa maneira, no
inverno, com a influência da temperatura o comprimento (L) diminui sofrendo uma contração
térmica, analisando pela equação 2.1 quando (L) diminui o período (T) resultante também diminui,
resultando em adiantamento do relógio, pois o mesmo bate mais depressa (CALÇADA e
SAMPAIO, 2012).

Em conseguinte, para solucionar essa fato foi proposto o pêndulo compensado apresentado na
figura 08, que consiste no incremento de mais quatro barras metálicas paralelas a barra pendular
original. As barras identificadas como 1 e 2 são fabricadas do mesmo material e apresentam um
baixo valor do coeficiente de dilatação linear, já as duas barras identificadas por 3 são fabricadas
com outro material que apresenta um valor alto do coeficiente de dilatação linear (CALÇADA e
SAMPAIO, 2012).

Dessa forma, quando o relógio de pêndulo recebe um aquecimento de temperatura, levando


consideração o modelo de pêndulo compensado, o relógio continua marcando certamente as
horas, visto que a dilatação do comprimento do fio do pêndulo foi compensando pelo método
explicado.

7 - Uma pequena esfera de alumínio pode atravessar um anel de aço. Entretanto, aquecendo a
esfera, ela não conseguirá mais atravessar o anel. (a) O que aconteceria se aquecêssemos o
anel e não a esfera? (b) O que aconteceria se aquecêssemos igualmente o anel e a esfera?

Resposta:

(a) Se submetemos o anel de aço a um aquecimento isso provocaria um aumento na sua


espessura, possibilitando a passagem da esfera com maior facilidade, devido a dilatação térmica
provocada no anel de aço com aumento de temperatura.
(b) Verificando o valor do coeficiente de dilatação linear do aço (α aço)encontrado experimentalmente
igual a 12·10-6 °C-1 e verificando o valor do coeficiente de dilatação linear do alumínio (αalumínio) na
tabela da figura 00, igual a 23·10-6 °C-1.Dessa forma, como o coeficiente de dilatação linear do
alumínio é maior do que do aço (αaluminio >αaço), assim, a tendência quando ambos submetidos ao
mesmo aumento de temperatura é que a esfera se dilate mais do que o anel de aço, impossibilitando
a passagem da esfera pelo anel de aço.

7. CONCLUSÃO

Ressaltar a priori a importância na qual tem esse conhecimento físico tem para inúmeros
casos presentes no âmbito social, de tal forma que é necessário analisar o espaço e o material no
qual será utilizado por exemplo para construir uma ponte, o conhecimento perante a dilatação
linear de determinado material pode enaltecer a confiabilidade perante a realização daquele
projeto, uma vez que omitindo pode gerar danos para a estrutura. Nesse prática também foi
aprendido a funcionalidade de uma lâmina bimetálica uma vez que o fator físico da dilatação
linear presente em ambos os materiais que fazem parte da sua estrutura pode contribuir para a
funcionalidade de alguns dispositivos que estão presentes no dia a dia,
Em suma, pode-se dizer que advento da fundamentação teórica foi possível determinar de
forma prática o coeficiente de dilatação linear de três materiais distintos (aço, latão e chumbo),
apresentando também o erro percentual (E%(aço) ,E%(latão) e E%(cumbo)) obtido comparando a uma
fonte da literatura, no qual foi possível perceber um percentual de erro pequeno para a amostra de
aço e de latão, um dos fatores que pode ter contribuído para esse erro aparecer é o alinhamento
com o zero no relógio comparador que é fornecido no simulador da prática. Mediante os dados
obtidos experimentalmente, pode-se observar nas tabelas 1,2 e 3 que de fato na medida com que a
variação de temperatura aumenta (ΔT), a variação dadilatação linear (ΔL) apresentada pelo
material também aumenta, esse comportamento também pode ser visto no gráfico apresentado na
figura 03. Por conseguinte, mediante a compreensão da dilatação linear dos objetos foi possível
solucionar questionamentos perante o assunto, por exemplo as questões 6 e 7 do questionário
presente nesse relatório.
REFERÊNCIAS

DIAS, L. N. Roteiro da Prática 09: Dilatação Térmica (Virtual). Fortaleza: UFC, 2021. Disponível
em:https://drive.google.com/file/d/16f_BJeYh93TEtbdKYW4ii4CYTXXic7Fx/view?
fbclid=IwAR1U9pRrjlORK7l2AQMlRAXo_KkWsefBkpuL5vGn54sdSDwzp7vRow5LQHU.
Acesso em: 25 jan. 2021.

SANTOS, Marco Aurélio da Silva.Física: dilatação térmica e calorimetria. Dilatação térmica e


calorimetria. 2021. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/dilatacao-termica-
calorimetria.htm#:~:text=O%20processo%20de%20contra%C3%A7%C3%A3o%20e,do%20grau
%20de%20agita%C3%A7%C3%A3o%20delas.. Acesso em: 25 jan. 2021.

HALLIDAY, D. RESNICK, R. WALKER, J. Fundamentos de Física:Gravitação, Ondas e


Termodinâmica. 8. ed. Volume 2. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 189 p.

GASPAR, Alberto. Compreendendo a Física: Ondas, Óptica e Termodinâmica. 2. ed. São Paulo:
Ática, 2013. 209 p.

CALÇADA, Caio Sérgio; SAMPAIO, José Luiz.Física Clássica: Termologia, Óptica e Ondas. 1.
ed. Volume 2. São Paulo: Atual, 2012. 33 p.

GOUVEIA, Rosimar.Física: Dilatação Linear. 2018. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/dilatacao-linear/. Acesso em: 25 jan. 2021.

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