Endocrino Da Reproducao Atv

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Fernanda Janke

RA:21032457-2

9° Medicina Veterinaria

O hipotálamo é o principal do sistema neuroendócrino no SNC. Onde ele se localiza na base do cérebro
ao lado do terceiro ventrículo. Sendo assim ele está em uma posição perfeita para receber informações
sensoriais, sendo que ele atua também na regulação de diversos hormônios bem como atua na
reprodução.

2. O ciclo circadiano é basicamente um ritmo endógeno que dura 24 horas, funcionando com ou sem
a ausência de luz e escuridão. Sabe se que eles são gerados em vários órgãos e sistemas sendo
sincronizados com fatores externos de luz e escuridão. A melatonina é identificada como o principal
hormônio relacionado aos ritmos circadianos, e é produzida pela glândula pineal durante as horas de
escuridão. Os núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo têm a capacidade de detectar o início do dia
e da noite, ajustando os ritmos circadianos do organismo com base na informação luminosa recebida
da retina, através do trato retino-hipotalâmico, e ajustam os ritmos circadianos em diversos tecidos e
órgãos do corpo.

3. A função principal do GnRH é regular a secreção das gonadotropinas LH e FSH, que são
fundamentais para a reprodução. A liberação de GnRH é influenciada por diversos fatores internos e
externos, ajustando-se para otimizar as funções reprodutivas conforme as necessidades fisiológicas e
ambientais do animal.

• Função do GnRH: O GnRH é um decapeptídeo que controla a liberação de duas gonadotropinas


hipofisárias principais: o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo-estimulante (FSH). No caso
da secreção de FSH, o GnRH atua como um fator permissivo, ou seja, ele permite que os gonadotrofos
da hipófise liberem FSH em pulsos constantes. Para o LH, a relação é mais direta, com cada pulso de
GnRH sendo seguido por um pulso de secreção de LH, fazendo com que a frequência de secreção do
LH seja totalmente controlada pelo hipotálamo através de variações na frequência de secreção do
GnRH.
• Condições de Liberação do GnRH: A frequência de secreção do GnRH varia de acordo com fatores
como a época do ano, a etapa do ciclo estral, a idade do animal, e o estado nutricional. Essa variação
na secreção, conhecida como secreção tônica, é crucial para o desenvolvimento folicular na fêmea.
Durante a fase lútea do ciclo estral, o GnRH também é secretado para estimular a liberação de pulsos
de LH necessários para promover a função do corpo lúteo, com uma frequência de secreção de GnRH
muito mais reduzida em comparação com a fase folicular. No macho, a produção tônica de GnRH
estimula a secreção de LH e FSH, essenciais para manter a função testicular adequada.

4. A ocitocina é um hormônio peptídico com importantes funções reprodutivas, incluindo:

• Indução de contrações uterinas: A ocitocina é crucial para iniciar as contrações durante o parto,
facilitando a expulsão do feto.
• Ejeção do leite: Durante a amamentação, a ocitocina promove a contração das células
mioepiteliais nas glândulas mamárias, facilitando a ejeção do leite.
• Formação de vínculo materno: A ocitocina desempenha um papel na formação do vínculo entre
a mãe e a sua cria, reforçando o comportamento de cuidado materno.
A ocitocina é produzida nos núcleos supraópticos e paraventriculares do hipotálamo e é liberada pela
neurohipófise (parte posterior da hipófise) em resposta a estímulos específicos, como a sucção do
mamilo durante a amamentação ou a distensão do colo uterino e vagina durante o parto.

5. A hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é um órgão do sistema endócrino composto
por três partes principais:
• Adenohipófise (Hipófise Anterior): É a parte anterior da hipófise, responsável pela produção e liberação
de diversos hormônios, incluindo gonadotropinas (como o LH e o FSH), prolactina, hormônio do
crescimento (GH), hormônio estimulante da tireoide (TSH), e o ACTH (hormônio adrenocorticotrópico).
A adenohipófise recebe sangue proveniente do hipotálamo através da circulação portal, além das
artérias hipofisárias média e inferior. Ela é uma estrutura de origem epitelial.
• Neurohipófise (Hipófise Posterior): É a parte posterior da hipófise e possui a função de armazenar
hormônios produzidos no hipotálamo (como a ocitocina e a vasopressina). Os hormônios são
transportados ao longo dos axônios dos neurônios hipotalâmicos até a neurohipófise, de onde são
liberados na circulação sanguínea.
• Hipófise Intermediária: Em mamíferos, a hipófise intermediária é considerada pouco importante. No
entanto, em outros vertebrados, ela é essencial para a secreção de hormônios que estimulam os
melanócitos, os quais regulam as alterações na pigmentação da pele.
A hipófise está localizada numa cavidade do osso esfenoide chamada sela túrcica, que forma o chão
do crânio e o teto do palato. Este órgão desempenha um papel crucial na regulação de várias funções
corporais, atuando como uma ponte entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, respondendo a
sinais do hipotálamo e controlando a liberação de hormônios que afetam o crescimento, o metabolismo,
a reprodução e muitos outros processos.

6. Liberação do hormônio luteinizante (LH) é regulada pelo hormônio liberador de gonadotrofina


(GnRH) produzido pelo hipotálamo. O GnRH é secretado em pulsos para a eminência média do
hipotálamo, onde entra nos capilares do sistema portal hipotálamo-hipofisário. Esse sistema transporta
o GnRH até os gonadotropos na adeno-hipófise (hipófise anterior), estimulando-os a secretar LH e
FSH.

A frequência e amplitude dos pulsos de GnRH determinam a secreção de LH. Em condições normais,
a secreção pulsátil de GnRH é essencial para a regulação adequada da liberação de LH, que por sua
vez desempenha papéis cruciais na reprodução, incluindo o estímulo ao crescimento folicular e indução
da ovulação na fêmea. A variação na frequência e amplitude dos pulsos de GnRH pode ser influenciada
por diversos fatores, incluindo feedback hormonal, estado nutricional, estressores ambientais e fatores
sazonais, ajustando assim a função reprodutiva às condições internas e externas do organismo.

O hormônio luteinizante (LH) na fêmea desempenha papéis fundamentais no ciclo reprodutivo,


incluindo:

• Estímulo ao crescimento folicular e à secreção de estrogênios: O LH atua nas células da teca interna
do folículo ovárico, estimulando a produção de androgênios que, posteriormente, são convertidos em
estrogênios pelas células da granulosa sob a influência do FSH. Este processo é essencial para o
desenvolvimento do próprio folículo, estimulando a mitose das células da granulosa e a secreção de
líquido folicular.
• Indução da ovulação: Aumentos na produção de estrogênios pelo folículo em desenvolvimento levam
a um feedback positivo sobre o hipotálamo, provocando a liberação de um grande pico de GnRH. Isso,
por sua vez, induz a secreção do pico pré-ovulatório de LH, desencadeando uma série de mudanças
no folículo que resultam na ovulação.
• Suporte à formação do corpo lúteo: Após a ovulação, a secreção tônica de LH em pequenos e pouco
frequentes pulsos é necessária para completar a formação do corpo lúteo e estimular a secreção de
progesterona por ele.
A liberação de LH é, portanto, crucial para o funcionamento reprodutivo adequado na fêmea,
influenciando diretamente o ciclo estral, a ovulação e o suporte lúteo, regulando a reprodução e a
fertilidade.

7. O hormônio folículo-estimulante (FSH) na fêmea tem funções vitais no processo reprodutivo, que
incluem:

• Estímulo ao Crescimento Folicular: O FSH é essencial para o crescimento e desenvolvimento


dos folículos ovarianos. Ele atua sobre as células da granulosa dos folículos, promovendo a
sua proliferação, o que é crucial para o desenvolvimento folicular inicial e a formação do
ambiente necessário para o oócito.
• Aumento da Produção de Estrogênio: Ao estimular as células da granulosa, o FSH também
promove a produção de estrogênio, um hormônio vital para o desenvolvimento e manutenção
do ciclo estral e para preparar o trato reprodutivo feminino para uma possível gravidez.

A liberação do FSH é regulada pelo hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) do hipotálamo. O


GnRH é secretado em pulsos para a adenohipófise, onde estimula a liberação de FSH (e LH). A
frequência e amplitude desses pulsos de GnRH são cruciais para a regulação adequada da secreção
de FSH, com a interação entre GnRH, FSH, e outros hormônios sendo essencial para o ciclo
reprodutivo.

Além disso, a secreção de FSH é influenciada por feedbacks negativos e positivos dos níveis de
estrogênio e inibinas produzidas pelos folículos ovarianos. Quando os níveis de estrogênio são baixos,
como no início do ciclo estral, há um estímulo à liberação de FSH. À medida que os folículos crescem
e produzem mais estrogênio, o aumento deste hormônio inicia um feedback negativo que reduz a
liberação de FSH, regulando assim o ciclo reprodutivo e garantindo a seleção e desenvolvimento de
apenas um folículo dominante ou um conjunto limitado de folículos em espécies poliovulatórias.

8. A progesterona é produzida principalmente pelas células do corpo lúteo e também é secretada pela
placenta em algumas espécies. Este hormônio desempenha um papel sinérgico com os estrogênios
em várias funções reprodutivas, incluindo o crescimento do epitélio glandular do útero e da glândula
mamária. As funções principais da progesterona estão relacionadas à gestação, onde ela:

• Inibe comportamentos sexuais que podem ser arriscados para uma gestação já estabelecida.
• Inibe as contrações uterinas, provoca o fechamento do cérvix e estimula as glândulas
endometriais a secretar substâncias que, em conjunto, são chamadas de leite uterino ou
histotrofe, nutrindo o embrião antes da implantação.
• Regula a expressão de uma grande quantidade de genes envolvidos na formação e
crescimento da placenta, na vascularização desta e no transporte de nutrientes para o feto.
• Atua negativamente sobre a secreção de GnRH e gonadotropinas, inibindo o desenvolvimento
folicular e a ovulação. Durante a fase lútea do ciclo e a gestação, na maioria das espécies, não
ocorrem ovulações.
Portanto, a progesterona é essencial para o sucesso da gestação, desde a preparação do útero para
o embrião até a manutenção da gestação, inibindo a ocorrência de novas ovulações e promovendo um
ambiente estável para o desenvolvimento fetal.
A produção da progesterona ocorre principalmente nas células do corpo lúteo, mas também é
secretada pela placenta em algumas espécies. Este hormônio desempenha um papel crucial em várias
funções reprodutivas, agindo sinergicamente com os estrogênios para promover o crescimento do
epitélio glandular do útero e da glândula mamária.

As principais funções da progesterona estão voltadas para garantir o sucesso da gestação após a
concepção. Ela inibe comportamentos sexuais que podem ser arriscados para uma gestação já
estabelecida, inibe as contrações uterinas, provoca o fechamento do cérvix, e estimula as glândulas
endometriais a secretar substâncias que, coletivamente, são chamadas de leite uterino ou histotrofe,
que nutre o embrião principalmente antes da implantação. Além disso, a progesterona regula a
expressão de uma ampla gama de genes envolvidos na formação e crescimento da placenta, na
vascularização desta e no transporte de nutrientes para o feto. Ela também exerce um feedback
negativo sobre a secreção de GnRH e gonadotropinas, inibindo o desenvolvimento folicular e a
ovulação, de modo que, na maioria das espécies, não ocorrem ovulações durante a fase lútea do ciclo
nem durante a gestação. A progesterona e os progestágenos sintéticos são amplamente utilizados no
controle artificial da reprodução.

9. Os estrogênios são produzidos nas células granulosas do folículo ovárico das fêmeas e nas células
de Sertoli do testículo dos machos. A produção de estrogênios ocorre a partir da aromatização de
andrógenos produzidos pelas células da teca interna (nas fêmeas) ou pelas células de Leydig (nos
machos). Quando o hormônio folículo-estimulante (FSH) se liga ao seu receptor nas células da
granulosa ou nas de Sertoli, ativa-se a enzima aromatase, que resulta na conversão de andrógenos
em estrogênios.

Funções dos Estrogênios:


• Concepção e Gravidez: A principal missão dos estrogênios é garantir que as fêmeas
permaneçam grávidas, promovendo efeitos físicos e comportamentais orientados para atrair o
macho, como o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e a produção de
feromonas.
• Receptividade Sexual: Promovem a conduta de receptividade sexual necessária para permitir
a cópula, preparam os órgãos genitais femininos para a mesma e para o transporte bem-
sucedido dos espermatozoides para o oviduto.
• Modificações Genitais: Induzem o espessamento do epitélio vaginal, aumentam as defesas a
nível genital, a produção de muco cervical, a abertura do cérvix e o aumento das contrações
uterinas. Essencial para desencadear o pico pré-ovulatório de LH, permitindo assim a presença
do ovócito no oviduto quando chegam os espermatozoides.

10. A progesterona é produzida principalmente nas células do corpo lúteo dos ovários após a ovulação,
e também é secretada pela placenta durante a gravidez em muitas espécies. Em algumas
circunstâncias, quantidades significativas de progesterona podem ser produzidas em outros tecidos,
como a adrenal.

Funções da Progesterona
• Preparação do Endométrio: A progesterona prepara o revestimento do útero (endométrio) para
a possível implantação de um embrião. Se a implantação ocorrer, a progesterona ajuda a
manter o endométrio para sustentar a gravidez inicial.
• Inibição da Ovulação: A progesterona desempenha um papel na inibição da liberação de mais
óvulos durante a gravidez ao manter a supressão do eixo hipotálamo-pituitária, prevenindo
assim a ovulação.
• Suporte à Gravidez: Mantém as condições ideais no útero para a gravidez continuar. Ela
também estimula o tecido mamário para preparar a lactação.
• Regulação do Ciclo Menstrual: A progesterona regula a fase lútea do ciclo menstrual e a queda
nos níveis de progesterona é um dos gatilhos para o início da menstruação.
• Efeitos em Outros Sistemas: Tem influências em vários outros sistemas do corpo, incluindo o
sistema cardiovascular, o metabolismo ósseo e o cérebro, onde pode afetar o humor e a função
cognitiva.
A produção e regulação da progesterona são fundamentais para a reprodução e a manutenção da
gravidez, além de terem efeitos significativos em outras áreas da saúde feminina.

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