Processo Industrial Siderúrgico

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Processo industrial siderúrgico

A indústria siderúrgica é a responsável pela produção de aço. Este material é


uma liga de ferro e carbono utilizada no mundo inteiro.

A siderurgia é o conjunto de processos e técnicas utilizadas na produção do


aço, um material composto principalmente por ferro e carbono.

É uma indústria essencial para a fabricação de uma ampla gama de produtos,


desde estruturas de construção até peças de automóveis e equipamentos
industriais.

O processo siderúrgico envolve a transformação do minério de ferro em ferro-


gusa, que é então refinado e convertido em aço por meio de diferentes
métodos.

Esses métodos podem incluir a fusão em altos-fornos, aços elétricos, aciaria a


oxigênio básico e outros processos avançados, dependendo das
características desejadas do aço final.

O aço começou a ser utilizado a partir da Revolução Industrial. Foi nesse


período que fornos foram desenvolvidos para corrigir e adicionar propriedades
ao ferro. Estas propriedades, que são características do aço, incluem:
resistência ao desgaste, ao impacto, à corrosão, entre outros.

De maneira geral, a indústria utiliza óxido de ferro ou minério de ferro misturado


com areia fina, e carvão mineral ou vegetal para produção de aço. Este carvão
é utilizado no processo produtivo com duas funções. A primeira delas é como
combustível e a segunda como redutor.

Tanto o ferro quanto o carbono são encontrados abundantemente na natureza.


Consequentemente, isso faz com que a produção seja feita em larga escala e
com baixo custo.

Nesse sentido, para que o aço seja produzido, são quatro fases no processo
produtivo. A primeira é a preparação da carga, seguindo para etapa de
redução, refino e por fim a laminação.

Etapa 1: Preparação da carga

Na siderurgia, a matéria prima para produção de aço é o minério de ferro. E na


primeira etapa do processo produtivo desse material, o minério de ferro é
aglomerado utilizando cal e finos de coque.

Ao final desta etapa, o produto que resulta é chamado de sinter. Já o carvão


utilizado é processado na coqueria e transformado em coque.

Obs: COQUE
De forma resumida, o processo de coqueificação é a “destilação” por pirólise ou decomposição
térmica do carvão mineral ao abrigo do ar, que após o desprendimento da matéria volátil obtêm-
se um resíduo sólido, poroso e carbonoso denominado coque.

Etapa 2: Redução

Nesta etapa do processo produtivo, as matérias primas são carregadas no alto


forno, que serve para provocar a separação do ferro do seu minério. Para isso,
acontece uma reação de redução química.

O que acontece é que a produção de calor funde a carga metálica e faz com
que um novo processo ganhe espaço, que é a redução do minério de ferro em
um metal líquido chamado ferro-gusa.

O coque pulverizado é soprado pela parte de baixo do alto forno. A separação


acontece quando o carbono proveniente do coque entra em contato com o
oxigênio do minério de ferro.

O ferro-gusa se trata de uma liga de ferro e carbono, mas que possui um teor
de carbono muito elevado. Este é um produto intermediário, mas que algumas
indústrias do setor metalúrgico consideram como produto final, pois não
continuam o processo produtivo até a obtenção do aço.

Etapa 3: Refino

Depois da redução, a próxima etapa é realizar o refino do ferro-gusa. Para isso


são utilizadas aciarias a oxigênio ou elétricas que transformam o gusa líquido
ou sólido e a sucata de ferro e aço em aço líquido.

Para obter esse resultado, parte do carbono que está contido no ferro-gusa é
removido junto com outras impurezas. Então, o aço líquido é solidificado em
equipamentos de lingotamento contínuo que produzem semi-acabados,
lingotes e blocos.

Etapa 4: Laminação

Por fim, a etapa de laminação do aço é quando há conformação mecânica de


chapas, tiras ou folhas de aço. Este processo é, na verdade, uma deformação
plástica que dois ou mais cilindros causam a partir de rotação constante.

O objetivo dessa etapa é proporcionar um novo perfil para o aço, bem como
refinar suas microestruturas. Durante a etapa de laminação do aço observa-se
a redução da espessura da peça de trabalho, bem como o aumento do seu
comprimento e largura.

As peças de aço laminado são encontradas no dia a dia das pessoas, pois são
utilizadas nas indústrias automotivas, rodoviária, ferroviária, construção civil,
mineração, etc.

RISCOS
Por existir uma grande variedade de atividades é possível ter alguns riscos no
local de trabalho, conforme os exemplos abaixo:

Riscos Químicos: gases como CO (monóxido de carbono), CO2 (dióxido de


carbono), H2S (sulfeto de hidrogênio), SO2 (dióxido de enxofre), NH3
(amoníaco) e H2 (hidrogênio) liberados durante a operação e queima de
combustíveis; poeiras e fumos metálicos no alto forno; presença do benzeno,
substância cancerígena, em que requer um tratamento especial.

Riscos Físicos: radiação não ionizantes no alto forno; ruído com os


sopradores ou pelo arco voltaico atingindo níveis acima de 105dB; calor por
exposições as altas temperaturas, especialmente em áreas de corrida de gusa
e carregamento de carro torpedo; poeira de refratários proveniente da
recuperação de panelas e conversores, entre outros.

O Carro Torpedo tem a função de transportar o gusa do alto-forno para a aciaria e


necessita ser muito resistente as altas temperaturas, tendo a capacidade de receber
150t de gusa.

Riscos Ergonômicos: posturas inadequadas para realização de determinada


atividade, como excesso de peso na movimentação manual de cargas,
especialmente em níveis diferentes, escadas, rampas, estruturas, entre outros.

Riscos de Acidentes: em transporte ferroviário, especialmente em passagens


de nível com veículos e equipamentos móveis; corte na utilização de
ferramentas e máquinas no processo produtivo; quedas em pontes rolantes,
especialmente em acessos de entrada e saída são altamente perigosas e
crítica); quedas durante as manutenções no que se refere as condições de
desgaste de toda e qualquer estrutura a ser acessada. Siderurgias possuem
alto nível corrosivo em suas operações nas estruturas metálicas; explosões;
incêndios; vazamentos de gás e/ou de produtos químicos, entre outros.

Classificação das usinas

As usinas são classificadas segundo seus processos produtivos:

Integradas

Que operam as três fases básicas (redução, refino e laminação); participam de


todo o processo produtivo e produzem aço.

Semi-integradas

Que operam duas fases: refino e laminação. Estas usinas partem de ferro
gusa, ferro esponja ou sucata metálica adquiridas de terceiros para transformá-
los em aço em aciarias elétricas e sua posterior laminação.
Não integradas

Operam apenas uma fase do processo: processamento (laminação ou trefilas)


ou redução.

Laminação

É onde estão os relaminadores, geralmente de placas e tarugos, adquiridos de


usinas integradas ou semi-integradas e os que relaminam material sucatado.

Trefilação

As trefilarias são unidades que dispõem apenas de trefilas, em que produtores


de arames e barras utilizam o fio-máquina como matéria prima.

Redução

É na fase da redução que ocorre a produção de ferro gusa.

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