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VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS

VITAMINAS
LIPOSSOLÚVEIS

BIOQUÍMICA 1
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS

VITAMINAS
LIPOSSOLÚVEIS

CONTEÚDO: FABIANA SCARPA D’ANGELO


CURADORIA: PEDRO SULTANO

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VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4

VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS ...................................................................... 4

Vitamina A (Retinol) .....................................................................................................4

Vitamina D .......................................................................................................................5

Vitamina E (Tocoferol) .................................................................................................6

Vitamina K .......................................................................................................................7

REFERÊNCIAS ................................................................................................. 8

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VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS

INTRODUÇÃO vitamina C; ou lipossolúveis: vitaminas A,


D, E e K. Ao contrário das vitaminas
Vitaminas são compostos orgânicos hidrossolúveis, que devem ser parte da
necessários ao adequado funcionamento nossa dieta diária, as vitaminas
lipossolúveis podem ser armazenadas no
do organismo uma vez que desempenham
corpo em quantidades suficientes para
e regulam funções fisiológicas essenciais
muitos meses.
no metabolismo e crescimento.
De um modo geral, as vitaminas funcionam
A descoberta das vitaminas se deu ao como coezimas e cofatores enzimáticos,
acaso pela observação de sinais e essenciais ao metabolismo energético,
sintomas em passageiros de grandes funcionam como antioxidante com efeito
navegações nas quais a alimentação era direto na sobrevida e manutenção dos
pobre em alimentos frescos. Mia tecidos celulares, e também atuam como
especificamente, se deu pela observação hormônio, à exemplo temos a vitamina D.
de sintomas característicos do quadro de
hipovitaminose de ácido ascórbico VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
(Vitamina C), ao qual se deu o nome de
Escorbuto. Vitaminas lipossolúveis são transportadas
na corrente sanguínea por transportadores
Foi somente em 1912 que um jovem, específicos de lipídeos, como quilomícrons
chamado Casimir Funk, conseguiu isolar e VLDL. Assim como os lipídeos, são
do farelo de arroz uma amina que, após armazenados no tecido adiposo e no
estudos, foi por ele considerada vital, fígado, e não são eliminadas pelos rins,
dando a ela o nome de Vitamina. justamente por serem hidrofóbicas.

A maioria das vitaminas não pode ser Desse modo, a ingestão excessiva de
sintetizada pelas células dos tecidos vitaminas lipossolúveis pode provocas
humanos, com exceção das vitaminas D e quadros de hipervitaminoses com graves
K. Apesar disso, a produção das vitaminas complicações.
que podem ser sintetizadas por bactérias
da flora intestinal se dá em pequena VITAMINA A (Retinol)

quantidade, sendo importante obtermos


Encontramos a vitamina A em alimentos
através da dieta.
como brócolis, fígado de animais, gema de
As vitaminas podem ser divididas em ovo, pera, cenouras, nabo, agriões, mamãe,
hidrossolúveis: vitaminas do complexo B e

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espinafre, abobora, tomate e leites expressão gênica no desenvolvimento do


enriquecidos. tecido epitelial, incluindo a pele.

A hipovitaminose de vitamina A causa


Em suas várias formas, a vitamina A
funciona como um hormônio e como sintomas relacionados à secura dos olhos
pigmento fotossensível do olho. O (xeroftalmia), queratinização da pele
pigmento alaranjado, por exemplo, é (degeneração da camada epitelial da pele)
chamado caroteno, sendo este o precursor e nictalopia (cegueira noturna) estando
da vitamina A. está relacionada à dificuldade de captar

Dentre as suas funções podemos citar: pequenas quantidades de luz.

ação antioxidante, hormônio atuando no


Por outro lado, a Hipervitaminose da
fator de crescimento, desenvolvimento de
vitamina A em gestantes pode levar à má
membros e organogenia nas etapas
formação fetal. Pode também ocorrer
iniciais embrionárias, e sensibilidade a luz.
osteofitose e hiperostose.

O beta caroteno, após ser ingerido, é


VITAMINA D
clivado formando duas moléculas
chamadas de retinol (vitamina A1), o qual À exceção da regra, a vitamina D pode ser
ainda não é ativo. Para ser ativado, o sintetizada pelo organismo, além de ser
retinol é oxidado em 11-cis retinal, um encontrada em alimentos como peixes e
pigmento fotossensível com a função de ovo.
captar a luz que chega na retina. Ao captar
A vitamina D3, presente na pelo dos
a luz, forma-se o retinal trans que sinaliza
humanos, é aquela que pode ser
o neurônio e transmite o sinal para o SNC
armazenada. Em compostos vitamínicos
que irá interpretar o estímulo elétrico de
está apresenta-se a vitamina D2
forma determinada, sendo assim, o retinal
(ergocalciferol) formado pela radiação com
inicia a resposta dos bastonetes e cones da
UV do ergosterol de leveduras. As
retina à luz, produzindo o sinal neuronal ao
vitaminas D2 e D3 têm os mesmos efeitos
sistema nervoso central.
biológicos.
O retinal na forma cis pode sofrer uma
outra oxidação formando o ácido retinóico Para estar em sua forma ativa, a vitamina
com importantes funções hormonais, mais D presente na pele passa por dois
especificamente no crescimento e processos de hidroxilação: sua forma
diferenciação das células epiteliais. inativa (7-deidrocolesterol) sofre ativação
Atuando por meio de proteínas receptoras no por uma reação fotoquímica catalisada pelo
núcleo da célula, o ácido retinóico regula a componente UV da luz solar formando o

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colecalciferol, ainda não ativo, que cai na Além disso, a vitamina D induz a
corrente sanguínea. Vale lembrar que diferenciação de células do sistema imune,
podemos obter diretamente por fontes sendo importante, por exemplo, no
alimentícias.
microambiente tumoral onde pode inibir a
Pelo transporte de lipoproteínas, a
proliferação e a angiogênese das células
vitamina D3 chega ao fígado e ao tecido
adiposo. No fígado, forma-se a 35- cancerígenas.
hidroxivitamina D3 a qual se encaminha
aos rins onde está presente a enzima 25- A hipovitaminose de D3 está relacionada à
hidroxilase. Esta, atuando sobre a 25- quadros de comprometimento ósseo,
hidroxi D3 origina finalmente a forma como raquitismo e osteomalácia em
ativada da vitamina D: 1a,25-di- crianças e osteoporose em adultos. O
hidroxivitamina D3 (calcitriol). raquitismo, por exemplo, é comum em
climas frios, em que as roupas pesadas
Diante de grande quantidade de vitamina bloqueiam o componente UV da luz solar
D3 na corrente sanguínea, o fígado pode necessário para a produção da vitamina
D3 na pele. Por outro lado, o excesso de
inibir a atividade hidroxilase da enzima 25-
vitamina D pode levar ao desenvolvimento
hidroxilase, impedindo que ocorra o
de litíase renal, calcificação de tecidos
primeiro processo de hidroxilação. De moles e polidipsia.
maneira inversa, diante de pequenas
quantidades de vitamina D3, o rim VITAMINA E (Tocoferol)
consegue estimular a atuação da enzima
Chamamos de vitamina E o grupo de
para aumentar a produção da vitamina D3
lipídeos compostos por um anel aromático
ativa.
e uma cadeia longa de isoprenoides – os
A principal ação da vitamina D3 diz tocoferóis. Podemos encontrar a vitamina
respeito à metabolização da matriz óssea E nos seguintes alimentos: óleos vegetais
e ao controle da calcemia uma vez que (de amendoim, girassol, soja e oliva), feijão,
estimula a absorção de cálcio e fosfato nozes, ovos e cereais integrais.
pelo intestino e consegue inibir a atuação
A principal função da vitamina E é a
do paratormônio (PTH) diante de grandes
atuação antioxidante, graças à reação do
quantidades de cálcio na corrente
anel aromático com formas ativas do
sanguínea. Vale lembrar que o PTH atua
oxigênio, protegendo a membrana celular
estimulando a ação osteoclástica de
da ação deletéria do estresse oxidativo,
reabsorção óssea, aumentando os níveis
mais especificamente sob a forma ativa
de cálcio no sangue.
alfa tocoferol. Este, sob a forma reduzida,

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é oxidado pelas espécies reativas do através a ativação dos fatores de


oxigênio, ao invés dos componentes coagulação II, VII, IX e X conhecidos como
celulares, protegendo-os. “dependentes de vitamina k”. O anel
aromático da vitamina K passa por um ciclo
A regeneração da vitamina E para sua de oxidação e redução durante a formação
forma reduzida pode ser realizada pela da protrombina ativa, proteína do plasma
sanguíneo essencial na coagulação. Uma
vitamina c.
deficiência de vitamina K retarda a
coagulação sanguínea, o que pode ser
A carência de vitamina E está relacionada
fatal.
à lise da membrana de eritrócitos, ataxia
por dano ao tecido muscular, Além de agir no processo de coagulação, a
anormalidades de coagulação, retinopatia vitamina k também atua na regulação da
e neuropatia periférica. matriz óssea pela ativação da osteocalcina
que promove a calcificação óssea e síntese
Por outro lado, com relação ao quadro de
proteica. A osteolcalcina só atua se estiver
Hipervitaminose podemos destacar
na sua forma ativa carboxilada, a qual se
quadros de fadiga muscular, além de
dá por atuação da vitamina K. esse fato
competir com a vitamina K pela sua função
explica o risco de osteoporose em
coagulante.
pacientes com deficiência de vitamina K.
VITAMINA K
A Hipervitaminose de vitamina K está
A vitamina K pode ser dividida em três relacionada ao aumento do processo de
formas: K1 – proveniente da dieta, K2 – coagulação que pode causar
sintetizada pela flora bacteriana, K3 – hiperbilirrubinemia neonatal, que cursa
forma industrial. Está presente em com intensa icterícia, além de dispneia e
vegetais de folha verde como espinafre, rubor de extremidades.
brócolis e couve, além de banana, ovos e
fígado de animais. À exceção da maioria
das outras vitaminas, uma pequena
quantidade da vitamina k pode ser
produzida pelas bactérias da flora
intestinal.

Sua principal função consiste na


participação do processo de coagulação

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REFERÊNCIAS

Bioquímica – Ácidos Nucleicos – Vitaminas Lipossolúveis (Professor Rafael Simões).


Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>.

BERG, J. M., TYMOCZKO, J. L. & STRYER, L. Bioquímica (5ª Ed.). Rio de Janeiro: Editora
Guanabara Koogan, 2004.

LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição,


2014. Ed. Artmed.

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