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br
Data: 28.05.2024 19:06:36-0300
Diário da Justiça
Secretário Geral: Henrique Luiz da Silva Neto
PRESIDENTE
Des. Hilo de Almeida Sousa
VICE-PRESIDENTE
Des. Manoel de Sousa Dourado
CORREGEDOR
Des. Olímpio José Passos Galvão
CORREGEDOR EXTRAJUDICIAL
Des. Joaquim Dias de Santana Filho
TRIBUNAL PLENO
Des. Haroldo Oliveira Rehem
Des. Joaquim Dias de Santana Filho
Des. Sebastião Ribeiro Martins
Des. José James Gomes Pereira
Des. Erivan José da Silva Lopes
Des. Pedro de Alcântara Macêdo
Des. Hilo de Almeida Sousa
Des. Ricardo Gentil Eulálio Dantas
Des. Fernando Lopes e Silva Neto
Des. Olímpio José Passos Galvão
Des. Manoel de Sousa Dourado
Des. Jose Wilson Ferreira de Araujo Junior
Des. Aderson Antonio Brito Nogueira
Des. Agrimar Rodrigues de Araújo
Des. João Gabriel Furtado Baptista
Des. Francisco Gomes da Costa Neto
Des. Dioclécio Sousa da Silva
Des. Antonio Reis de Jesus Nollêto
Des. José Vidal de Freitas Filho
Desa. Maria do Rosário de Fátima Martins Leite Dias
ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
Diário da Justiça do Estado do Piauí
ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
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CRC C20AD532.
CONSIDERANDO que os servidores designados para o Plantão Judiciário gozam do direito a 01 (um) dia de folga por plantão efetivamente
realizado, conforme o disposto na Resolução nº 45, de 15 de dezembro de 2016, com com as alterações promovidas pela Resolução nº 177, de
27 de abril de 2020;
CONSIDERANDO a Decisão Nº 7492/2024 - PJPI/CGJ/SECCOR proferida nos autos do Processo SEI nº 24.0.000062070-6,
RESOLVE:
CONCEDER à servidora ANDRESA ILDEFONSO PAIXÃO, Analista Judicial, matrícula nº 32302, lotada na Vara Única da Comarca de
Jerumenha-PI, 03 (três) dias de folgas compensatórias, a serem usufruídas nos dias 10, 11 e 14 de junho de 2024, por ter laborado no Plantão
Judiciário de 1º Grau nos dias 15/02/2024, 20 e 21/04/2024, nos termos da Certidão Nº 13663/2024 - PJPI/COM/JER/FORJER/VARUNIJER (Id.
5522838 pág. 1) e Certidão Nº 13665/2024 - PJPI/COM/JER/FORJER/VARUNIJER (Id. 5522838 pág. 2).
PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.
SECRETARIA DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, em Teresina, 28 de maio de 2024.
Bacharela NÚBIA FONTENELE DE CARVALHO CORDEIRO
Secretária da Corregedoria Geral da Justiça
Documento assinado eletronicamente por Núbia Fontenele de Carvalho Cordeiro, Secretária da Corregedoria, em 28/05/2024, às 16:05,
conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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CRC 5CB7E4C9.
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CRC F1B58CCD.
AUTORIZAR o afastamento da servidora IANARA DE SOUSA ALENCAR, Oficiala de Justiça e Avaliadora, matrícula nº 31902, lotada na Central
de Mandados da Comarca de Oeiras-PI, para gozo de 06 (seis) dias de folgas, a serem usufruídas nos dias 03, 04, 05, 06, 07 e 10 de junho de
2024, como forma de compensação pelos serviços prestados ao Plantão Judiciário de 1º Grau, nos dias 25, 26, 27, 28, 29 e 30 de dezembro de
2023, conforme Certidão apresentada (Id. 5486384).
PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.
SECRETARIA DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, em Teresina, 28 de maio de 2024.
Bacharela NÚBIA FONTENELE DE CARVALHO CORDEIRO
Secretária da Corregedoria Geral da Justiça
Documento assinado eletronicamente por Núbia Fontenele de Carvalho Cordeiro, Secretária da Corregedoria, em 28/05/2024, às 16:05,
conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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CRC 96889AA4.
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CRC 0C384AE1.
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CRC 547DDF0E.
deslocamento às comarcas de Marcos Parente-PI, Uruçuí-PI e Ribeiro Gonçalves-PI, no período de 16 a 19 de junho de 2024, para realizar visita
institucional nas unidades judiciárias das comarcas acima referidas, conforme tabela adiante:
BENEFICIÁRIO DESCRIÇÃO VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL
VALOR TOTAL A SER PAGO: R$ 2.004,07 (DOIS MIL E QUATRO REAIS E SETE CENTAVOS)
Art. 2º DETERMINAR que, para o perfeito cumprimento do Provimento Conjunto nº 21/2019, de 01/10/2019, com as alterações posteriores, o
beneficiário das diárias referidas no art. 1º desta portaria, apresente, até o 5º (quinto) dia útil após o retorno, relatório de viagem, observando o
que dispõem os arts. 20 e 21 do Provimento acima referido.
PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.
GABINETE DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, em Teresina, 27 de maio de 2024.
DESEMBARGADOR JOAQUIM DIAS DE SANTANA FILHO
CORREGEDOR DO FORO EXTRAJUDICIAL DO ESTADO DO PIAUÍ
Documento assinado eletronicamente por Joaquim Dias de Santana Filho, Corregedor do Foro Extrajudicial, em 27/05/2024, às 21:28,
conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.tjpi.jus.br/verificar.php informando o código verificador 5524742 e o código
CRC A6ADF761.
VALOR TOTAL A SER PAGO: R$ 30.124,94 (TRINTA MIL CENTO E VINTE E QUATRO REAIS E NOVENTA E QUATRO CENTAVOS)
Art. 2º DETERMINAR que, para o perfeito cumprimento do Provimento Conjunto nº 21/2019, de 01/10/2019, e em obediência ao artigo 5º, §1º,
do Provimento Conjunto Nº 21/2019, com as alterações posteriores, o beneficiário das diárias referidas no art. 1º desta portaria, apresente, até o
5º (quinto) dia útil após o retorno, relatório de viagem, observando o que dispõem os arts. 20 e 21 do Provimento acima referido.
PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.
GABINETE DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, em Teresina, 24 de maio de 2024.
DESEMBARGADOR JOAQUIM DIAS DE SANTANA FILHO
CORREGEDOR DO FORO EXTRAJUDICIAL DO ESTADO DO PIAUÍ
Documento assinado eletronicamente por Joaquim Dias de Santana Filho, Corregedor do Foro Extrajudicial, em 28/05/2024, às 09:15,
conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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CRC 8DC32044.
Art. 1º. DESIGNAR servidores deste Tribunal de Justiça para atuar como fiscal e suplente da Ordem de Fornecimento (Contrato) Nº 116/2024
(5520526), a saber:
Fiscal: Rafaela Gomes Castelo Branco, Matrícula N° 29694
Suplente de Fiscal: Marília Carvalho Aragão, Matrícula Nº 32649
PUBLIQUE-SE, REGISTRE-SE E CUMPRA-SE.
Documento assinado eletronicamente por Henrique Luiz da Silva Neto, Secretário Geral, em 28/05/2024, às 12:37, conforme art. 1º, III, "b",
da Lei 11.419/2006.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.tjpi.jus.br/verificar.php informando o código verificador 5524533 e o código
CRC 18EDB25E.
3. EXPEDIENTES SEAD
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Diário da Justiça do Estado do Piauí
ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
Nome Classificação
Art. 2º DETERMINAR que os estagiários, ora convocados, procedam ao cadastro individual no prazo de 05 (cinco) dias úteis, a contar da data
da publicação desta Portaria, de forma online no endereço eletrônico www.tjpi.jus.br/intranet - Link "Estagiários", nos termos do Edital,
observando as instruções de preenchimento da ficha cadastral e as etapas para a sua conclusão, conforme as orientações da Seção de Cadastro
e Registro Funcional da Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas - SEAD (86 - 3218-0891).
Art. 3º O candidato convocado terá sua unidade de lotação publicada após a finalização do prazo de cadastro previsto no artigo anterior. O
candidato que não firmar Termo de Compromisso e iniciar suas atividades nas unidades de lotação ofertadas, no prazo de 05 (cinco) dias úteis,
será considerado desistente.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
PUBLIQUE-SE, REGISTRE-SE E CUMPRA-SE.
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE PESSOAS
Documento assinado eletronicamente por Paulo Silvio Mourão Veras, Secretário de Administração, em 28/05/2024, às 12:13, conforme art.
1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Nome Lotação
Nome Lotação
Art. 2º Os estagiários lotados no artigo anterior possuem o prazo de 05 (cinco) dias úteis para celebrarem Termo de Compromisso junto à
SEAD e à IES, bem como comparecerem à unidade de lotação para início de atividades.
PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CUMPRA-SE.
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE PESSOAS, TERESINA, maio de 2024
Documento assinado eletronicamente por Paulo Silvio Mourão Veras, Secretário de Administração, em 28/05/2024, às 12:44, conforme art.
1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
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Diário da Justiça do Estado do Piauí
ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
Ofício de Uruçuí-PI, bem como DESIGNAR DANIEL ANTONIO DE AQUINO NETO , CPF: 601.943.402.87, para responder precária e
interinamente pela serventia, até a assunção de tais unidades pelos novos delegatários, que tenham sido aprovados em concurso público de
provas e títulos, promovido na forma da disposição constitucional que rege a matéria ou até ulterior deliberação desta Corregedoria.
Art.2º. DETERMINAR a cessão de móveis, utensílios, computadores, documentos, equipamentos de informática e demais pertences do TJPI
porventura existentes na Serventia Extrajudicial do 2º Ofício de Uruçuí-PI ao novo interino, mediante assinatura de termo de guarda/devolução,
desde que com a referida cessão concorde o respectivo Juiz de Direito Corregedor Permanente da comarca;
Art. 3º. DETERMINAR que todos os livros notariais e de registro das serventias, bem como os valores existentes em depósito prévio, deverão, no
ato da transmissão do serviço, ser entregues à nova interina;
Art. 4º. Tão logo tome posse do serviço, o novo interino deverá:
a) providenciar inscrição junto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ, em atendimento ao que preceitua o art. 4º, inciso 9º, da
Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº. 1.863/2018;
b) apresentar, no ato da posse, os documentos relativos às exigências de boa conduta, contidas no art. 67 do Provimento 149/2023 (Código
Nacional de Normas da Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça - Foro Extrajudicial);
c) no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da transmissão do acervo, apresentar o seu plano de gestão, expondo, em especial, as
estimativas de despesas com prepostos e prestadores de serviço, para apreciação técnica pelos órgãos competentes do TJ/PI;
d) no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da transmissão do acervo, apresentar o plano de informatização da serventia, de acordo com o
regramento da Corregedoria do Foro Extrajudicial do Estado do Piauí, informando a empresa que será contratada;
e) observar o cumprimento integral do Provimento Nº 23/2019 - PJPI/TJPI/FERMOJUPI, bem como das decisões proferidas pelo Conselho de
Administração do FERMOJUPI;
f) providenciar o cadastro nos sistemas relacionados ao Malote Digital, sistema SEI, PJeCor, CRC-PI, CRC-Nacional, COBJUD, SIRC, IBGE,
Receita Federal/DOI, CENSEC, CNIB e outros porventura necessários às atribuições da serventia;
g) providenciar certificado digital; e
h) no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da transmissão do acervo, atualizar os dados da serventia extrajudicial no sistema "Justiça
Aberta".
Art. 5º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.
Desembargador JOAQUIM DIAS DE SANTANA FILHO
Corregedor do Foro Extrajudicial do Estado do Piauí
Documento assinado eletronicamente por Joaquim Dias de Santana Filho, Corregedor do Foro Extrajudicial, em 27/05/2024, às 21:20,
conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.tjpi.jus.br/verificar.php informando o código verificador 5525974 e o código
CRC 3BAF7BC0.
24.0.000055441-0
A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.tjpi.jus.br/verificar.php informando o código verificador 5528020 e o código
CRC D7F221E1.
24.0.000062675-5
Página 10
Diário da Justiça do Estado do Piauí
ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
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C Y N T H I A Assessora de G A B I N E T E D O
Valor unitário de R$ 300,00 (trezentos reais), totalizando o
DANIELLE BRITO Magistrado - Matrícula DESEMBARGADOR
valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais)
SILVA Nº 26865 HAROLDO REHEM
Art. 2º. Com o fito de garantir o perfeito cumprimento do Provimento nº 21/2019, DETERMINO que a beneficiária das diárias referidas no art. 1º
desta Portaria apresente, até o 5º (quinto) dia útil após seu regresso, Relatório de Viagem, conforme dispõe o art. 20 do mencionado Provimento,
devendo constar a identificação do beneficiário (nome, cargo e matrícula), informações sobre o deslocamento (motivo, destino, quantidade de
dias, detalhamento de viagem, data de ida e retorno) e informações sobre as diárias concedidas (quantidade, valor recebido a título de diárias e
ajuda de custo, bem como o valor a ser restituído, se houver).
PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.
GABINETE DO VICE-DIRETOR DA ESCOLA JUDICIÁRIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, em Teresina/PI, aos 24 (vinte e
quatro) dias do mês de maio de 2024.
Desembargador JOSÉ JAMES GOMES PEREIRA
Vice-Diretor da EJUD/PI
Documento assinado eletronicamente por José James Gomes Pereira, Desembargador, em 28/05/2024, às 09:53, conforme art. 1º, III, "b",
da Lei 11.419/2006.
7. PAUTA DE JULGAMENTO
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8. ATA DE JULGAMENTO
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8.1. ATA DE JULGAMENTO DA SESSÃO ORDINÁRIA DA EGRÉGIA 5ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO, POR
VIDEOCONFERÊNCIA, REALIZADA NO DIA 28 DE MAIO DE 20241977601
ATA DE JULGAMENTO DA SESSÃO ORDINÁRIA DA EGRÉGIA 5ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO, POR VIDEOCONFERÊNCIA,
REALIZADA NO DIA 28 DE MAIO DE 2024
Aos vinte e oito dias do mês de MAIO do ano de dois mil e vinte e quatro, reuniu-se em Sessão Ordinária, a 5ª CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO,
sob a presidência da Exma. Sra. Desa. Maria do Rosário de Fátima Martins Leite Dias, presentes os Excelentíssimos Senhores
Desembargadores, Des. Pedro De Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do Rosário De Fátima Martins Leite Dias,
com a assistência do Exmo. Sr. Dr. Antônio de Moura Júnior - Procurador de Justiça, com a bacharela Cristian Lassy Santos de Alencar,
Secretária substituta, que abriu a Sessão com as formalidades legais. Foi submetida à apreciação a ATA DE JULGAMENTO DA SESSÃO
ANTERIOR, realizada no dia 21 de maio de 2024, disponibilizada no dia 21 de maio de 2024 e publicada no DJ Nº 9.823 de22 de maio de 2024,
e até a presente data não foi impugnada - APROVADA, sem restrições. Registra-se que, visando promover maior acessibilidade, esta sessão de
julgamento contou com a interpretação para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) realizada pelos profissionais: Aleteia Cirilo Kyriacopoulos,
CPF. 263.229.168-23 e Alessandra Luna. Presente a acadêmica do curso de Direito da Faculdade: FACET, Danielle Vitório Sá de Carvalho, CPF.
003.522.893-84. Ausência justificada: não houve. PROCESSOS PAUTADOS JULGADOS: 02. 0761566-28.2023.8.18.0000 - Mandado de
Segurança. Impetrante: EWERTON RODRIGUES FERNANDES DO NASCIMENTO. Advogada: Maria de Fátima Costa Oliveira (OAB/PI Nº
18.234). Impetrado: EXMO. SR. GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ. Litisconsorte Passivo: ESTADO DO PIAUÍ E OUTRA. Procuradoria-
Geral do Estado do Piauí. Relatora: Desa. Maria do Rosário de Fátima Martins Leite Dias. DECISÃO: "Acordam os componentes da 5ª
Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade, DENEGAR A SEGURANÇA pleiteada. Custas na forma da
lei. Sem honorários advocatícios, porque incabíveis na espécie, nos termos do artigo 25 da Lei nº 12.016/2009, na forma do voto do Relator."
Participaram do julgamento os(as) Exmos(as). Srs(as).: Des. Pedro De Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do
Rosário De Fátima Martins Leite Dias. Ausência justificada: não houve. Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: Dr. Danilo
Mendes de Santana, OAB/PI 16.149, Procurador do Estado. 03. 0764398-34.2023.8.18.0000 - Agravo de Instrumento. Origem: Pio IX / Vara
Única. Agravante: WEVERNILSON FRANCISCO DE DEUS. Advogado: Uanderson Ferreira da Silva (OAB/PI Nº 5.456). Agravado: MUNICÍPIO
DE ALAGOINHA DO PIAUÍ. Procuradoria-Geral do Município de Alagoinha do Piauí. Advogado: Welson de Almeida Oliveira Sousa (OAB/PI Nº
8.570). Relator: Des. Pedro de Alcântara da Silva Macêdo. DECISÃO: "Acordam os componentes da 5ª Câmara De Direito Público do Tribunal
de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade, CONHECER e DAR PROVIMENTO ao presente Agravo de Instrumento, para confirmar a tutela
antecipada recursal antes deferida, na forma do voto do Relator." Participaram do julgamento os(as) Exmos(as). Srs(as).: Des. Pedro De
Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do Rosário De Fátima Martins Leite Dias. Ausência justificada: não houve.
Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: Dra. Catarina Queiroz Feijó (OAB/PI 18.788). 05. 0800867-76.2022.8.18.0077 -
Apelação Cível. Origem: Uruçuí / Vara Única. Apelante: HELOÍSA HELENA RIBEIRO DA SILVA. Advogados: Kayo Emanoel Teles Coutinho
Moraes (OAB/PI Nº 17.630) e outro. Apelado: ESTADO DO PIAUÍ. Procuradoria-Geral do Estado do Piauí. Relator: Des. Pedro de Alcântara da
Silva Macêdo. DECISÃO: "Acordam os componentes da 5ª Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, à
unanimidade, CONHECER do presente recurso, porém, NEGAR-LHE PROVIMENTO, com o fim de manter a sentença na sua integralidade,
majorando-se, entretanto, os honorários sucumbenciais em 2% (dois por cento) sobre o valor fixado na origem, em conformidade com o §11 do
art. 85 do CPC, com exigibilidade suspensa, em decorrência da concessão da gratuidade de justiça, na forma do art. 98, §3º, do mesmo Código,
permanecendo inalterado os demais termos. Sem parecer ministerial, na forma do voto do Relator." Participaram do julgamento os(as)
Exmos(as). Srs(as).: Des. Pedro De Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do Rosário De Fátima Martins Leite Dias.
Ausência justificada: não houve. Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: não houve. 07. 0024898-14.2016.8.18.0140 -
Apelações Cíveis. Origem: Teresina / 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública. Apelante / Apelado: ESPÓLIO DE SAMUEL MENDES DE
MORAES. Advogado: Antônio Anésio Belchior Aguiar (OAB/PI Nº 1.065). Apelado / Apelante: ESTADO DO PIAUÍ. Procuradoria-Geral do Estado
do Piauí. Apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ. Relator: Des. Pedro de Alcântara da Silva Macêdo. DECISÃO: "Acordam
os componentes da 5ª Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade, CONHECER de ambos os recursos,
e DAR PROVIMENTO à Apelação do Autor para condenar o Estado do Piauí ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
200.000,00 (duzentos mil reais), atualizada monetariamente a partir deste julgamento (Súmula 362 STJ2), e com juros moratórios desde o evento
danoso (Súmula 54 do STJ3), e determinar, ainda, o pagamento de custas e honorários advocatórios sucumbenciais, arbitrando-os em 10%,
sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 85, § 3.º, inciso II , do CPC.4, ao tempo em que NEGAR PROVIMENTO ao Recurso do
Estado do Piauí. Sem manifestação do Ministério Público Superior, na forma do voto do Relator." Participaram do julgamento os(as)
Exmos(as). Srs(as).: Des. Pedro De Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do Rosário De Fátima Martins Leite Dias.
Ausência justificada: não houve. Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: Dr. Danilo Mendes de Santana, OAB/PI 16.149,
Procurador do Estado. 08. 0826625-62.2022.8.18.0140 - Apelação Cível. Origem: Teresina / 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública. Apelante:
SÂMARA DE LISBOA DAMASCENO. Advogado: Marcelo Augusto Cavalcante de Souza (OAB/PI Nº 16.161). Apelados: FUNDAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ E OUTRO. Procuradoria-Geral do Estado do Piauí. Relator: Des. Pedro de Alcântara da Silva Macêdo.
DECISÃO: "Acordam os componentes da 5ª Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade, consonância
com o Ministério Público Superior, conhecer da Apelação Cível, mas lhe negar provimento, com o fim de manter a sentença integralmente,
entretanto, majorar os honorários sucumbenciais em 5% (cinco por cento) sobre o valor fixado na origem, nos termos do § 11 do art. 85 do CPC,
para totalizá-los em 15% (doze por cento), na forma do voto do Relator." Participaram do julgamento os(as) Exmos(as). Srs(as).: Des. Pedro
De Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do Rosário De Fátima Martins Leite Dias. Ausência justificada: não houve.
Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: Dr. Danilo Mendes de Santana, OAB/PI 16.149, Procurador do Estado. 09. 0831594-
28.2019.8.18.0140 - Apelação Cível / Remessa Necessária. Origem: Teresina / 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública. Apelante: RUDY
FALCÃO LOPES. Advogado: Hernan Alves Viana (OAB/PI Nº 5.954). Apelados: ESTADO DO PIAUÍ e outro. Procuradoria-Geral do Estado do
Piauí. Relator: Des. Pedro de Alcântara da Silva Macêdo. DECISÃO: "Acordam os componentes da 5ª Câmara De Direito Público do Tribunal
de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade, CONHECER do presente recurso, confirmar a liminar anteriormente deferida, e, em consonância
com o Ministério Público Superior (PI), DAR-LHE PROVIMENTO, com o fim de reformar a sentença e determinar que a autoridade impetrada,
Presidente da Fundação Universidade Estadual do Piauí, assegure ao candidato Apelante, Rudy Falcão Lopes, a participação no Curso de
Formação, destinado ao provimento do cargo de Perito de Polícia Civil de 3ª Classe (Edital nº 003/2018), na forma do voto do Relator."
Participaram do julgamento os(as) Exmos(as). Srs(as).: Des. Pedro De Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do
Rosário De Fátima Martins Leite Dias. Ausência justificada: não houve. Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: não
houve.10. 0823032-30.2019.8.18.0140 - Apelação Cível - Juízo de Retratação. Origem: Teresina / 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública.
Apelantes: DEUSELITA PESSOA CABRAL E OUTROS. Advogados: Suéllen Vieira Soares (OAB/PI Nº 5.942) e outro. Apelados: ESTADO DO
PIAUÍ E OUTRO. Procuradoria-Geral do Estado do Piauí. Relator: Des. Pedro de Alcântara da Silva Macêdo. DECISÃO: "Acordam os
componentes da 5ª Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade, VOTAR pela manutenção do Acórdão
recorrido, na sua integralidade, ratificado em vias de aclaratórios, devendo os autos retornarem à Vice-Presidência deste Tribunal, para as
providências cabíveis, na forma do voto do Relator." Participaram do julgamento os(as) Exmos(as). Srs(as).: Des. Pedro De Alcântara
Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do Rosário De Fátima Martins Leite Dias. Ausência justificada: não houve.
Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: Dr. Max Mauro Sampaio Portela, OAB/PI 8.8879. 11. 0826362-30.2022.8.18.0140 -
Apelação Cível. Origem: Teresina / 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública. Apelantes: JOÃO BATISTA DOS SANTOS E OUTRO. Advogado:
Francisco Soares Campelo Filho (OAB/PI Nº 2.734). Apelados: ESTADO DO PIAUÍ E OUTRO. Procuradoria-Geral do Estado do Piauí. Relator:
Des. Sebastião Ribeiro Martins. DECISÃO: "Acordam os componentes da 5ª Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do
Piauí, à unanimidade, CONHECER da Apelação, e DAR-LHE PROVIMENTO, reformando a sentença guerreada, para reconhecer o direito dos
autores ao pagamento da diferença correspondente às progressões salariais reconhecidas. Além disso, com o provimento do presente recurso, é
necessário o estabelecimento do ônus sucumbencial unicamente à parte ré, mantendo-se a verba honorária em 10% (dez por cento), nos moldes
do art. 85, § 3º, II, do CPC. Ausência de parecer ministerial, nos termos do art. 178 do CPC, na forma do voto do Relator." Participaram do
julgamento os(as) Exmos(as). Srs(as).: Des. Pedro De Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do Rosário De Fátima
Martins Leite Dias. Ausência justificada: não houve. Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: Dr. Danilo Mendes de Santana,
OAB/PI 16.149, Procurador do Estado. 13. 0750434-37.2024.8.18.0000 - Mandado de Segurança. Impetrante: JOSÉ CARLOS DA SILVA
RIBEIRO. Advogado: Marcelo Augusto Cavalcante De Souza (OAB/PI Nº 16.161). Impetrados: EXMO. SR. GOVERNADOR DO ESTADO DO
PIAUÍ E OUTRO. Litisconsorte Passivo: ESTADO DO PIAUÍ. Procuradoria-Geral do Estado do Piauí. Relator: Des. Sebastião Ribeiro Martins.
DECISÃO: "Acordam os componentes da 5ª Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade, CONHECER
do writ, DEFERIR o pedido de gratuidade da justiça, e no mérito, CONCEDER A SEGURANÇA. Sem honorários advocatícios, porque incabíveis
na espécie, nos termos do art. 25 da Lei nº 12.016/2009, na forma do voto do Relator." Participaram do julgamento os(as) Exmos(as).
Srs(as).: Des. Pedro De Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do Rosário De Fátima Martins Leite Dias. Ausência
justificada: não houve. Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: Dr. Danilo Mendes de Santana, OAB/PI 16.149, Procurador do
Estado. 14. 0001556-53.2015.8.18.0028 - Apelação Cível. Origem: Floriano / 2ª Vara. Apelante: ESTADO DO PIAUÍ. Procuradoria-Geral do
Estado do Piauí. Apelado: PAULO ROBERTO TEIXEIRA DE ARAÚJO COSTA. Advogados: Carlos Augusto Pereira Silva (OAB/PI Nº 8.716) e
outra. Relator: Des. Sebastião Ribeiro Martins. DECISÃO: "Acordam os componentes da 5ª Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça
do Estado do Piauí, à unanimidade, CONHECER da Apelação Cível para DAR-LHE PROVIMENTO, reformando a sentença combatida, para
reconhecer a prescrição bienal dos valores relativos aos depósitos de FGTS durante o vínculo de trabalho da requerente. Ausência de parecer
ministerial, nos termos do art. 178 do CPC, na forma do voto do Relator." Participaram do julgamento os(as) Exmos(as). Srs(as).: Des. Pedro
De Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa. Maria Do Rosário De Fátima Martins Leite Dias. Ausência justificada: não houve.
Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: Dr. Danilo Mendes de Santana, OAB/PI 16.149, Procurador do Estado. 15. 0001564-
30.2015.8.18.0028 - Apelação Cível. Origem: Floriano / 2ª Vara. Apelante: ESTADO DO PIAUÍ. Procuradoria-Geral do Estado do Piauí. Apelada:
LUSANIRA DA SILVA BARROS. Advogado: Carlos Augusto Pereira Silva (OAB/PI Nº 8.716). Relator: Des. Sebastião Ribeiro Martins.
DECISÃO: "Acordam os componentes da 5ª Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade, CONHECER
da Apelação Cível para DAR-LHE PROVIMENTO, reformando a sentença combatida, para reconhecer a prescrição bienal dos valores relativos
aos depósitos de FGTS durante o vínculo de trabalho da requerente. Além disso, com o improvimento total do pleito autoral, é necessário o
estabelecimento do ônus sucumbencial unicamente à parte autora, mantendo-se a verba honorária em 10% (dez por cento) sobre o valor da
causa e a suspensão das cobranças dos valores pelo prazo de 5 (cinco) anos, ou até ser comprovada a possibilidade em arcar com a
condenação aplicada, nos moldes do art. 98, §3º do CPC. Ausência de parecer ministerial, nos termos do art. 178 do CPC, na forma do voto do
Relator." Participaram do julgamento os(as) Exmos(as). Srs(as).: Des. Pedro De Alcântara Macêdo, Des. Sebastião Ribeiro Martins e Desa.
Maria Do Rosário De Fátima Martins Leite Dias. Ausência justificada: não houve. Impedimento/Suspeição: não houve. Sustentação oral: Dr.
Danilo Mendes de Santana, OAB/PI 16.149, Procurador do Estado. PROCESSOS ADIADOS: 01. 0764121-18.2023.8.18.0000 - Agravo de
Instrumento. Origem: Teresina / 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública. Agravantes: ESTADO DO PIAUÍ E OUTRA. Procuradoria-Geral do
Estado do Piauí. Agravado: JAIRO DE LIMA RODRIGUES. Advogada: Rayssa Nicole França Ferro Riotinto (OAB/PI Nº 17.676). Relatora: Desa.
Maria do Rosário de Fátima Martins Leite Dias. 04. 0809729-41.2022.8.18.0140 - Apelação Cível. Origem: Teresina / 2ª Vara dos Feitos da
Fazenda Pública. Apelante: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ. Procuradoria-Geral do Estado do Piauí. Apelado: KAYO
RENAN SANTOS COLARES. Advogado: Washington Luís Lopes Lima Júnior (OAB/PI Nº 18.477). Relator: Des. Pedro de Alcântara da Silva
Macêdo. 06. 0800076-03.2020.8.18.0102 - Apelação Cível. Origem: Marcos Parente / Vara Única. Apelante: RONALD FEITOSA AGUIAR.
Advogada: Maria Imaculada Gordiano de Oliveira Barbosa (OAB/CE Nº 8.667). Apelado: MUNICÍPIO DE ANTÔNIO ALMEIDA - PI. Advogado:
Uanderson Ferreira da Silva (OAB/PI Nº 5.456). Procuradoria-Geral do Município de Antônio Almeida. Relator: Des. Pedro de Alcântara da
Silva Macêdo. 12. 0764120-33.2023.8.18.0000 - Agravo de Instrumento. Origem: Teresina / 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública.
Agravantes: ESTADO DO PIAUÍ E OUTRA. Procuradoria-Geral do Estado do Piauí. Agravado: PAULO HENRIQUE PEREIRA DA SILVA
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JÚNIOR. Advogado: Marcelo Augusto Cavalcante de Souza (OAB/PI Nº 16.161). Relator: Des. Sebastião Ribeiro Martins. Foram ADIADOS
conforme certidão anexada aos autos. Do que, para constar, eu __________ (Bela. Cristian Lassy Santos de Alencar), Secretária da Sessão
substituta, lavrei a presente ata, sendo por mim subscrita, que após a sua publicação no Diário da Justiça e, não havendo impugnação, será
assinada pelo Presidente.
9. CONCLUSÕES DE ACÓRDÃOS
[]
Advogado(s) do reclamante: ANTONIO LUIS DE SOUSA REGISTRADO(A) CIVILMENTE COMO ANTONIO LUIS DE SOUSA
IMPETRADO: CENTRAL DE AUDIENCIA DE CUSTÓDIA DE TERESINA PIAUÍ
RELATOR(A): Desembargador JOSÉ VIDAL DE FREITAS FILHO
EMENTA
HABEAS CORPUS. - TRÁFICO DE DROGAS - DECISÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA. - GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. -
GRAVIDADE CONCRETA DA CONDUTA. - APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS. POSSIBILIDADE.- PACIENTE GENITORA
DE FILHO MENOR DE 12 ANOS. - SITUAÇÃO EXCEPCIONAL. ´- PRISÃO DOMICILIAR. - VIABILIDADE. - CONDIÇÕES PESSOAIS
FAVORÁVEIS. - CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. - ORDEM CONCEDIDA EM PARTE.
1. Encontrando-se a decisão que manteve a prisão preventiva do paciente devidamente fundamentada, demonstrando que a segregação cautelar
é necessária para a garantia da ordem pública, não há que se falar de constrangimento ilegal.
2. Possibilidade de substituição da prisão preventiva da paciente pela prisão domiciliar.
3. Ordem concedida em parte.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em Sessão Ordinária do Plenário Virtual, realizada no período de 17 a 24 de maio de 2024, acordam
os componentes da SEGUNDA CÂMARA ESPECIALIZADA CRIMINAL, à unanimidade, em dissonância com o parecer da Procuradoria-Geral de
Justiça, VOTAR pela CONCESSÃO PARCIAL DA ORDEM DE HABEAS CORPUS, substituindo a prisão preventiva pela prisão domiciliar da
paciente AMANDA VALÉRIA ROCHA ALVES, para submetê-la ao cumprimento de medidas cautelares, na forma do voto do Relator.
PLENÁRIO VIRTUAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, Teresina/PI.
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confessou a autoria do delito, mas apenas declarou em juízo possuir fotos íntimas da vítima em seu celular. Em contrapartida, em declaração
extrajudicial, negou a autoria do crime quanto à divulgação, afirmando apenas ter ameaçado a vítima. Sendo assim, não tem razão o apelante
quanto à aplicação da atenuante da confissão espontânea.
4. Recurso conhecido e não provido em conformidade com o parecer ministerial.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em Sessão Ordinária do Plenário Virtual, realizada no período de 17 a 24 de maio de 2024, acordam
os componentes da SEGUNDA CÂMARA ESPECIALIZADA CRIMINAL, à unanimidade, em conformidade com o parecer ministerial, CONHECER
do recurso interposto para NEGAR-LHE PROVIMENTO, mantendo a sentença a quo em todos os seus termos, na forma do voto do Relator.
PLENÁRIO VIRTUAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, Teresina/PI.
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APELAÇÃO CRIMINAL. RECURSO DA DEFESA. POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. 02 RÉUS. 01 APELANTE.
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. PENA-BASE: MÍNIMO LEGAL - POSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE FUNDAMENTO IDÔNEO.
SEGUNDA FASE: RECONHECIMENTO DA ATENUANTE PREVISTA NO ART. 65, INCISO III, "D", DO CÓDIGO PENAL - POSSIBILIDADE -
CONFISSÃO EXTRAJUDICIAL - PRECEDENTES STJ. AFASTAMENTO DA AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA - POSSIBILIDADE -
CONDENAÇÃO ANTERIOR TRANSITADA EM JULGADO POR POSSE DE DROGAS PARA CONSUMO PRÓPRIO (ART. 28 DA LEI N.
11.343/2006) - NÃO CONFIGURAÇÃO. PENA DE MULTA - SALÁRIO MÍNIMO COMO REFERÊNCIA - VIGENTE À ÉPOCA DOS FATOS - ART.
49, §1º, DO CÓDIGO PENAL. EXTENSÃO DOS EFEITOS AO CORRÉU - ART. 580 DO CPP. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
1. Pena-base: 1.1. Na hipótese, mostra-se inidônea a justificativa apontada pela juíza de primeiro grau para valorar negativamente a circunstância
judicial da culpabilidade, pois não basta que o julgador mencione que o acusado tinha consciência do fato cometido e que deveria ter agido
diversamente, sem evidenciar qualquer motivação concreta para justificar essa análise. Ademais, a análise da culpabilidade deve ser mais
precisa, considerando as circunstâncias específicas relacionadas à posse de arma, a fim de garantir que a aplicação da pena adicional seja
fundamentada de maneira adequada e proporcional aos elementos normativos do tipo penal em questão. Culpabilidade do agente afastada. 1.2.
Com relação às circunstâncias do crime, infere-se que a valoração negativa não foi adequadamente aplicada, pois, mais uma vez, a magistrada
mencionou que o acusado tinha consciência do fato cometido e que deveria ter agido diversamente, sem evidenciar qualquer motivação concreta
para justificar essa análise. Vetor circunstâncias do crime afastado.
2. O réu fará jus à atenuante da confissão espontânea nas hipóteses em que houver confessado a autoria do crime perante a autoridade, ainda
que a confissão não tenha sido utilizada pelo julgador como um dos fundamentos da condenação, e mesmo que seja ela parcial, qualificada,
extrajudicial ou retratada. Precedentes STJ. 2.1. No caso, diante da incontroversa confissão extrajudicial do apelante, conforme registrada no
termo de qualificação e interrogatório, mesmo sem o interrogatório do réu em juízo devido à impossibilidade de localização, torna-se imperativo o
reconhecimento da atenuante genérica.
3. A jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça estabelece que a condenação anterior pela conduta de porte de drogas, para consumo
próprio (art. 28 da Lei n. 11.343/2006), não constitui causa geradora para configurar maus antecedentes e/ou reincidência - sob pena de ofensa
ao princípio da proporcionalidade -, haja vista ser punível com medidas muito mais brandas, como "advertência sobre os efeitos das drogas",
"prestação de serviços à comunidade" e "medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo".
4. Não é cabível exigir que o sentenciado efetue o pagamento do valor correspondente ao salário mínimo vigente à época do pagamento, uma
vez que não há previsão legal nesse sentido. Assim, o valor do salário mínimo utilizado como referência para a pena de multa deve ser o vigente
à época dos fatos, nos termos do art. 49, §1º, do Código Penal.
5. Ponderadas as repercussões na dosimetria e, com base no art. 580 do Código de Processo Penal, estendidos os efeitos ao corréu.
6. Recurso conhecido e provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em Sessão Ordinária do Plenário Virtual, realizada no período de 17 a 24 de maio de 2024, acordam
os componentes da SEGUNDA CÂMARA ESPECIALIZADA CRIMINAL, à unanimidade, CONHECER do recurso interposto para DAR-LHE
PROVIMENTO, a fim de afastar os vetores judiciais "culpabilidade do agente" e "circunstâncias do crime" do cálculo da pena-base e estabelecer
o valor do salário mínimo utilizado como referência para a pena de multa o vigente à época dos fatos, nos termos do art. 49, §1º, do Código Penal
- ambos efeitos estendido ao corréu Rafael Pereira da Silva, nos termos do art. 580 do CPP; bem como reconhecer a atenuante da confissão
espontânea e afastar a agravante da reincidência da fase intermediária, com o consequente redimensionamento das penas, ficando a pena de
ALBERTO ALVES DOS SANTOS JÚNIOR em 1 (um) ano de detenção, no regime inicial aberto, e no pagamento de 10 (dez) dias-multa,
equivalendo cada dia-multa ao valor de 1/30 (um trinta avos) do valor do salário-mínimo vigente à época dos fatos, substituindo-a por uma
restritiva de direitos, prestação de serviços à comunidade, por igual período; e a de RAFAEL PEREIRA DA SILVA em 1 (um) ano e 2 (dois)
meses de detenção, no regime inicial semiaberto, e no pagamento de 11 (onze) dias-multa, equivalendo cada dia-multa ao valor de 1/30 (um
trinta avos) do valor do salário-mínimo vigente à época dos fatos, na forma do voto do Relator..
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penal. Deve-se, ainda, observar os requisitos previstos no artigo 313 do diploma processual penal brasileiro.
2. A custódia cautelar do paciente mostra-se suficientemente fundamentada, não havendo, portanto, como se reconhecer o constrangimento,
notadamente porque, ao contrário do que se alega na petição inicial, existem nos autos elementos concretos, e não meras conjecturas, que
apontam para o risco de ser afetada a ordem pública.
3. Em que pese o paciente seja detentor de condições pessoais favoráveis, é pacífico o entendimento de que a sua existência, por si só, não
autoriza a desconstituição da custódia cautelar, quando presentes outros elementos que a justifiquem.
4. O Superior Tribunal de Justiça sedimentou o entendimento de que a imprescindibilidade da preventiva decretada torna clarividente a
insuficiência das medidas cautelares alternativas, como ocorreu no presente caso.
5. Ordem denegada.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em Sessão Ordinária do Plenário Virtual, realizada no período de 17 a 24 de maio de 2024, acordam
os componentes da SEGUNDA CÂMARA ESPECIALIZADA CRIMINAL, à unanimidade, CONHECER do presente Habeas Corpus e DENEGAR a
ordem impetrada, em consonância com o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, na forma do voto do Relator.
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4. Ordem denegada.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em Sessão Ordinária do Plenário Virtual, realizada no período de 17 a 24 de maio de 2024, acordam
os componentes da SEGUNDA CÂMARA ESPECIALIZADA CRIMINAL, à unanimidade, NÃO CONHECER do presente Habeas Corpus quanto à
tese de ilegalidade do flagrante, mas CONHECER PARCIALMENTE do mandamus, e DENEGAR a ordem impetrada, em consonância com o
parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, na forma do voto do Relator.
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os componentes da SEGUNDA CÂMARA ESPECIALIZADA CRIMINAL, à unanimidade, CONHECER dos presentes embargos de declaração
para ACOLHÊ-LOS PARCIALMENTE, apenas para declarar a prescrição da pretensão punitiva estatal e, via de consequência, a extinção da
punibilidade do réu FERNANDO HONORIO RODRIGUES, nos termos do artigo 107, IV, c/c art. 109, V, c/c art. 110, §1º, c/c art. 115, todos do
Código Penal, quanto ao crime previsto no artigo 244-B, do ECA, mantendo incólume a condenação pelo crime previsto no artigo 157, §2º, II e
§2º-A, I, do Código Penal, fixada no acórdão embargado em 10 (dez) anos, 04 (quatro) meses e 13 (treze) dias de reclusão, em regime inicial
fechado, mais 24 (vinte e quatro) dias-multa, à mínima fração legal, na forma do voto do Relator.
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PRELIMINAR DE NULIDADE - VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE - PEDIDO NÃO CONHECIDO. MÉRITO: RECONHECIMENTO
DA ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA - POSSIBILIDADE - CONFISSÃO UTILIZADA PARA A FORMAÇÃO DO CONVENCIMENTO
DO JULGADOR - REDUÇÃO DA PENA AQUÉM DO MÍNIMO LEGAL - SÚMULA Nº 231/STJ - INVIABILIDADE. SUBSTITUIÇÃO DA PENA
CORPORAL POR INTERNAÇÃO CLÍNICA - IMPOSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE EXAME COMPROBATÓRIO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL - ARTIGO 149 DO CPP - AUSÊNCIA DE ELEMENTOS CONCRETOS - IMPRESCINDÍVEL DÚVIDA
RAZOÁVEL SOBRE A INTEGRIDADE MENTAL DO RÉU. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 2) APELO
DA ACUSAÇÃO: CONCURSO FORMAL - APLICAÇÃO DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA - INCIDÊNCIA DESSE ACRÉSCIMO
SOBRE O "QUANTUM" RESULTANTE DAS CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO PENAL PREVISTAS NO ART. 157, § 2º, DO CP. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.
1. Recurso da defesa.
1.1. Preliminar de nulidade: Não obstante tenha a defesa pleiteado nos pedidos pela nulidade, observa-se que esta não apresentou em suas
razões os motivos de fato e de direito pelos quais requer tal pleito. A parte deve indicar os motivos de fato e de direito que levaram ao seu
inconformismo com o ato judicial impugnado, contrapondo os fundamentos da sentença numa lógica pertinente entre a sentença e o
inconformismo, de acordo com o princípio da dialeticidade. 1.1.2. No caso em apreço, ficou claro que, nas razões recursais, a defesa deixou de
fundamentar o pedido de nulidade, o que configura uma violação ao princípio da dialeticidade recursal, o que, consequentemente, leva ao não
conhecimento do referido pleito.
1.2. Observa-se que as declarações do apelante foram empregadas para sustentar o decreto condenatório, na medida em que confessou a
prática delitiva, o que levou o próprio magistrado a deduzir, com base na comprovação da materialidade do crime, que esta está devidamente
consubstanciada por um farto conjunto de evidências, o qual inclui a confissão do réu em ambas as fases da persecução penal, razão pela qual
deve ser reconhecida a atenuante da confissão, contida no art. 65, III, alínea "d", do Código Penal. 1.2.1. Contudo, dado que a pena-base foi
estipulada no patamar mínimo previsto pela lei, não há qualquer modificação no quantum fixado, conforme preconiza a Súmula nº 231 do
Superior Tribunal de Justiça (STJ).
1.3. Na hipótese vertente, a defesa não logrou êxito em demonstrar que a condição de usuário de drogas sustentada pelo réu tenha lhe tolhido
total ou parcialmente a capacidade de entender o caráter ilícito de sua conduta ou de discernimento sobre seus atos e consequências. Insta
ressaltar que, para que seja eventualmente reconhecida a inimputabilidade ou a semimputabilidade, impõe-se a instauração de incidente de
insanidade mental em casos de dúvida razoável sobre a integridade mental do agente, nos moldes do art. 149 CPP. 1.3.1. Da mesma forma,
como bem aduzido pelo magistrado a quo, a simples apresentação de alegações não é suficiente para instaurar o incidente de insanidade mental,
pois, conforme estipulado pelo artigo 149 do Código de Processo Penal, é imprescindível que haja uma dúvida razoável sobre a integridade
mental do réu, fundamentada em elementos concretos, ou seja, a defesa deve não apenas alegar, mas demonstrar a necessidade da instauração
do incidente. 1.3.2. Deste modo, à míngua de qualquer elemento hábil a corroborar a tese defensiva, rechaço os pleitos requeridos pela defesa.
2. Recurso da defesa parcialmente conhecido e parcialmente provido.
3. Recurso da acusação.
3.1. Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal a majoração derivada do concurso formal de crimes não deve incidir sobre a pena-
base, mas sobre aquela a que já se ache acrescido o quantum resultante da aplicação das causas especiais de aumento a que se refere o §2º do
art. 157 do Código Penal (RTJ 91/935, RTJ 92/1380 e RTJ 97/674).
4. Ponderadas as repercussões na dosimetria.
5. Recurso da acusação conhecido e provido em conformidade com o parecer ministerial.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em Sessão Ordinária do Plenário Virtual, realizada no período de 17 a 24 de maio de 2024, acordam
os componentes da SEGUNDA CÂMARA ESPECIALIZADA CRIMINAL, à unanimidade, a) CONHECER PARCIALMENTE do recurso interposto
por ACACIO DOS SANTOS RODRIGUES para DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, a fim de reconhecer a atenuante da confissão espontânea
(art. 65, III, d, do CP); e b) CONHECER do recurso interposto pelo MINISTÉRIO PÚBLICO para DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, a fim de
aplicar as duas causas de aumento, uma da Parte Geral e outra da Parte Especial do Código Penal, de forma cumulativa, com a majorante da
Parte Geral incidindo sobre a pena resultante do primeiro aumento, referente à Parte Especial, consequentemente, resultando na pena definitiva
de 6 (seis) anos, 2 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, no regime inicial semiaberto, nos termos do art. 33, §§ 2º, "n", e 3º do Código
Penal, e no pagamento de 15 (quinze) dias-multa, na forma do voto do Relator.
PLENÁRIO VIRTUAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, Teresina/PI.
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
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PROVIDO.
1. A prescrição intercorrente da pretensão punitiva, instaurada após o trânsito em julgado de sentença condenatória irrecorrível para a acusação,
ou após o desprovimento de seu recurso, é regulamentada em conformidade com a pena concretamente aplicada na sentença.
2. No presente caso, desde a publicação da sentença condenatória (dia 16/11/2020) até os dias atuais transcorreu lapso temporal que excedeu
os dois anos previstos pela Lei de Drogas para a imposição estatal da pena, sem ocorrência de qualquer evento que pudesse suspender ou
interromper o curso prescricional. Consequentemente, torna-se imperiosa a declaração da extinção da punibilidade do apelante devido à
prescrição da pretensão punitiva do Estado, na modalidade intercorrente.
3. Recurso conhecido e provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em Sessão Ordinária do Plenário Virtual, realizada no período de 17 a 24 de maio de 2024, acordam
os componentes da SEGUNDA CÂMARA ESPECIALIZADA CRIMINAL, à unanimidade, CONHECER do presente recurso e DAR PROVIMENTO
para reconhecer a prescrição intercorrente, apenas no tocante ao crime previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/06, e declarar a extinção da
punibilidade de IRLANDO CASTRO SANTOS relativo ao crime citado, mantendo-se inalterados os demais termos da sentença condenatória, em
dissonância do parecer da Procuradoria Geral de Justiça, na forma do voto do Relator.
PLENÁRIO VIRTUAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, Teresina/PI.
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auferidos pela agravante não são suficientes para afastar a presunção de hipossuficiência.
3-Recurso provido
DECISÃO: "Acordam os componentes da 6ª Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade, votar pelo
conhecimento e provimento do recurso a fim de que seja concedido à agravante o benefício da justiça gratuita, na forma do voto do Relator."
EMENTA
APELAÇÃO CÍVEL. CHEQUE PRESCRITO. PROVA SUFICIENTE. DESNECESSIDADE DA DEMONSTRAÇÃO DA ORIGEM DO CHEQUE-
SUMULA Nº 531 DO STJ. EXCESSO DE EXECUÇÃO NÃO ANALISADO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.
1. Como se observa dos autos, a parte ré, ora apelante, não provou a existência de fato extintivo, impeditivo ou modificativo do direito perseguido
pelo apelado, porquanto lhe caberia o ônus da prova de que o cheque não era devido, ou que fora quitado, o que não ocorreu.
2. Ao contrário da ação de execução, ação monitória, de sua parte, contenta-se com o preenchimento dos requisitos do art. 700, caput e inciso I,
do CPC, correspondente ao art. 1.102-a, do CPC/73;
3. Logo, a documentação juntada pela parte autora se mostra suficiente para impor a obrigação de pagamento da dívida objeto da ação;
4. Na ação monitória, é desnecessária a declinação do negócio jurídico que deu origem ao cheque prescrito (súmula nº 531 do STJ)
5. O Magistrado sentenciante apenas transformou em título executivo o cheque prescrito, não vindo a nenhum momento manifestar sobre
cálculos, portanto, qualquer análise sobre os referidos cálculos nesta oportunidade configura-se indevida supressão de instância.
6. Recurso conhecido e improvido com a majoração dos honorários sucumbenciais em desfavor do apelante em 05% (cinco por cento), passando
para 15% (quinze por cento) do valor da causa.
DECISÃO: "Acordam os componentes da 6ª Câmara De Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade, votar pelo
CONHECIMENTO e IMPROVIMENTO do recurso de apelação cível, interposta pelo Município de Cocal-PI, mantendo a sentença ora apelada em
todos os seus termos e, com fulcro no art. 85, §11 do Código de Processo Civil, majorar os honorários sucumbenciais em desfavor do apelante
em 05% (cinco por cento), passando para 15% (quinze por cento) do valor da causa, na forma do voto do Relator."
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pela PERTO S A PERIFERICOS PARA AUTOMAÇÃO, reformando-se a sentença de origem, para reconhecer o cabimento do Mandado de
Segurança no presente caso e, aplicação da teoria da causa madura, consoante art. 1.013, § 3º, inciso I, do CPC, denegar a segurança ante
possibilidade de cobrança do ICMS-DIFAL e FECP, na forma do voto do Relator."
1. Não obstante o inconformismo do requerente/agravante, não há dúvida de que a alteração de entendimento jurisprudencial não se aplica
retroativamente aos casos já definitivamente julgados, ainda que em benefício do réu.
2. A esse respeito, a jurisprudência mantém o entendimento de que a retroatividade mais benéfica ao réu se ocorre somente caso se trate de lei,
o que não ocorre quando se tratar de entendimento jurisprudencial.
3. Portanto, de acordo com o decido, a análise do referido pedido não pode ser acolhido em sede de revisão criminal, pois, a alteração de
entendimento jurisprudencial não possui o condão de retroagir em benefício do réu nos casos que o processo de conhecimento não esteja mais
em curso.
4. Recurso conhecido e não provido.
DECISÃO: "Acordam os componentes das Câmaras Reunidas Criminais, do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, à unanimidade,
conhecer do agravo interno e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator".
INTIMA CONSTRUTORA QUEIROZ GALVAO S A - CNPJ: 33.412.792/0119-52 (ADV. JOSE MOREIRA DE ALBUQUERQUE JUNIOR - OAB
CE6401-A), nos autos do(a) APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000526-29.1999.8.18.0000 (PJe), 2ª Câmara de Direito Público - Relator Exmo. Sr. Des.
JOSE WILSON FERREIRA DE ARAUJO JUNIOR, da DESPACHO: "Vistos, etc.Considerando a certidão de ID. 16695329, segundo a qual a
Distribuição de 2ª grau informa não ser de sua competência a retirada de documentos estranhos ao processo, determino à Coordenadoria
Judiciária Cível que proceda à exclusão dos documentos constantes dos IDs. 13708616, 13708617 e 13708618, vez que não guardam qualquer
relação com os presentes autos, fazendo referência a processo diverso. Determino, ainda, que a Coordenadoria Judiciária Cível proceda à
habilitação dos advogados Rodrigo de Miranda Azevedo, OAB/PE 21.164 e Rodrigo de Figueiredo Tavares de Araújo, OAB/PE 25.921,
procuradores da empresa Construtora Queiroz Galvão S/A, conforme petição de ID. 13708619. Por fim, observo que, apesar das diligências
empreendidas, os autos seguem claramente incompletos, faltando as movimentações posteriores a junho de 2009, ressalvada a documentação
juntada em ID. 13708618. Desse modo, após a adoção das providências acima, determino a intimação das partes para, no prazo de 10 (dez)
dias, manifestarem-se acerca da ausência das movimentações posteriores a 2009, de tal forma a contribuir para sua conclusão."
COOJUDPLE, em Teresina, 28 de maio de 2024.
Illana de Araújo Costa Marinho. Servidora da Coordenadoria Judiciária do Pleno/SEJU
12.3. LISTAGEM DE BENS APREENDIDOS – FÓRUM TERESINA EDITAL BENS APREENDIDOS FÓRUM
TERESINA - SEM VÍNCULO PROCESSUAL SEI 24.0.000051997-51976570
2ª Publicação
O Diretor do Fórum Cível e Criminal da Comarca de Teresina e Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de Teresina, Doutor Teófilo
Rodrigues Ferreira, no uso de suas atribuições legais e em consonância com o Provimento 60/2020.
FAZ SABER, a quem interessar ou possa estar interessado que DETERMINO a Publicação do presente Edital de Notificação de bens
apreendidos decorrentes de procedimentos judiciais que perderam seu vínculo com seus feitos há mais de 90 (noventa) dias, listados no anexo
deste edital, referente ao Processo SEI 24.0.000051997-5, no prazo de 15 (quinze) dias, serão levados a descarte, leilão e/ou dada destinação
diversa, em observância ao Manual de Destinação e Gestão dos Bens Apreendidos do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, que orienta os
Magistrados a promoverem leilão, doação a entidades assistenciais ou promover a sua destruição e descarte em lixo apropriado, caso não
estejam em condições de uso.
ANOTA-SE, por oportuno, que o referido edital de notificação tem por finalidade instar eventuais proprietários a se apresentarem para reclamá-
los, conforme determina o artigo 726 do Código de Processo Civil, devendo se apesentar junto à Diretoria do Fórum Cível e Criminal da Comarca
de Teresina, localizado à Praça Des. Edgard Nogueira s/n, Bairro Cabral - Centro Cívico. CEP 64000-830 - Teresina-PI. E-mail:
[email protected]
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RELAÇÃO DE VEÍCULOS
MODELO PLACA CHASSI
RELAÇÃO DE MOTOS
MODELO PLACA CHASSI
12.4. LISTAGEM DE BENS APREENDIDOS – FÓRUM TERESINA EDITAL BENS APREENDIDOS FÓRUM
TERESINA - SEM VÍNCULO PROCESSUAL SEI 24.0.000056892-51976596
2ª Publicação
LISTAGEM DE BENS APREENDIDOS - FÓRUM TERESINA
EDITAL BENS APREENDIDOS FÓRUM TERESINA - SEM VÍNCULO PROCESSUAL SEI 24.0.000056892-5
O Diretor do Fórum Cível e Criminal da Comarca de Teresina e Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de Teresina, Doutor Teófilo
Rodrigues Ferreira, no uso de suas atribuições legais e em consonância com o Provimento 60/2020.
FAZ SABER, a quem interessar ou possa estar interessado que DETERMINO a Publicação do presente Edital de Notificação de bens
apreendidos decorrentes de procedimentos judiciais que perderam seu vínculo com seus feitos há mais de 90 (noventa) dias, listados no anexo
deste edital, referente ao Processo SEI 24.0.000056892-5, no prazo de 15 (quinze) dias, serão levados a descarte, leilão e/ou dada destinação
diversa, em observância ao Manual de Destinação e Gestão dos Bens Apreendidos do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, que orienta os
Magistrados a promoverem leilão, doação a entidades assistenciais ou promover a sua destruição e descarte em lixo apropriado, caso não
estejam em condições de uso.
ANOTA-SE, por oportuno, que o referido edital de notificação tem por finalidade instar eventuais proprietários a se apresentarem para reclamá-
los, conforme determina o artigo 726 do Código de Processo Civil, devendo se apesentar junto à Diretoria do Fórum Cível e Criminal da Comarca
de Teresina, localizado à Praça Des. Edgard Nogueira s/n, Bairro Cabral - Centro Cívico. CEP 64000-830 - Teresina-PI. E-mail:
[email protected]
REPUBLICAR em 07 dias.
1-HONDA CG 125, VERMELHA, OSTENTANDO PLACA LVQ-7640
LACRE: 1825626
DEMANDA: 00038465-83
VEC: 6911
2-HONDA CG, ANO 99, COR AZUL ESCURO, SEM BANCO, SEM PLACA
LACRE: 1828058
DEMANDA: 00074027-40
VEC: 11314
3-HONDA/CG 125, COR VERDE, PLACA CMS-1256
LACRE: 1828098
DEMANDA: 00073779-65
VEC: 7817
Página 44
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
VEC: 5711
24-HONDA/NXR BROS 160, COR BRANCA, PLACA PIX-1036
DEMANDA: 00030962-32
VEC: 11191
25-HONDA/CG 150 TITAN KS, COR BRANCA, PLACA LCN-5661
LACRE: 1828196
DEMANDA: 00033249-22
VEC: 5941
26-HONDA/BIZ 125 ES, COR VERMELHA, SEM PLACA
LACRE: 1831266
VEC: SEM
27-HONDA/CG 125, COR VERMELHA, SEM PLACA, SEM BANCO
LACRE: 1828191
DEMANDA: 00070020-94
VEC: SEM
28-HONDA NX-4 FALCON, COR PRATA, PLACA HXJ-0400
LACRE: 1827332
DEMANDA: 00001641-37
VEC: 723
29-HONDA/CG 125, COR AZUL, SEM PLACA
DEMANDA: 00036911-24
VEC: 6779
30-HONDA TITAN, COR PRETA, SEM PLACA
LACRE: 1827312
DEMANDA: NÃO LOCALIZADA
VEC: SEM
31-HONDA/CG150 FAN ESDI, COR PRETA, PLACA PIF-3806
LACRE: 1831268
DEMANDA: 00077979-58
VEC: SEM
32-HONDA XRE 300 ABS, COR VERMELHA, PLACA QYJ-0I99
LACRE: 1828094
DEMANDA: 00073344-22
VEC: 11691
33-HONDA CG, COM BANCO RASGADO, COR PRETA, SEM PLACA
DEMANDA: 74333-33
VEC: SEM
34-HONDA POP, COR PRETA, PLACA NIT-2999
LACRE: 1838152
DEMANDA: 00075519-63
VEC: SEM
35-HONDA/CG 125 FAN KS, COR PRETA, PLACA NII-5536
LACRE: 1831278
DEMANDA: 00077344-37
VEC: SEM
36-HONDA /CG 125 FAN KS, COR AZUL, PLACA NID-8D31
LACRE: 1829961
DEMANDA: 00077981-18
VEC: SEM
37-HONDA /CG 150 FAN ESDI, COR PRETA, PLACA PSJ-2590
DEMANDA: 00074659-95
VEC: SEM
38-HONDA BIZ, COR VINHO/ROSA, PLACA PIG-9225
DEMANDA: 00075695-25
VEC: SEM
39-YAMAHA /YBR 125K, COR ROXA, PLACA DJJ-6710
LACRE: 1829987
DEMANDA: 00077029-52
VEC: SEM
40-HONDA CG, COR ROXA, PLACA LVP-3487
LACRE: 1838147
DEMANDA: 00075521-23
VEC: SEM
41-HONDA /CG 125 TITAN, COR VERDE, PLACA LWG-3640
LACRE: 1829989
DEMANDA: 00076946-76
VEC: SEM
42-CARCAÇA HONDA CG
LACRE: 1832071
DEMANDA: 74334-22
VEC: SEM
43-SUZUKI, COR PRETA, PLACA LVI-3885
LACRE: 1838146
DEMANDA: 00075520-34
VEC: SEM
44-YAMAHA/YBR, COR PRETA, SEM PLACA, ADESIVO SHOW MOTOS
LACRE: 1838148
DEMANDA: 00075522-12
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VEC: SEM
45-HONDA/XRE 190, COR PRETA, PLACA PIQ-0270
LACRE: 1829984
DEMANDA: 00076945-87
VEC: SEM
46-YAMAHA /YBR 125K, COR VERMELHA ENFERRUJADA, SEM PLACA
LACRE: 1827737
DEMANDA: 00074691-98
VEC: SEM
47-HONDA A/CG TITAN, COR VERMELHA, PLACA HOX-5508
DEMANDA: 00074335-10
VEC: SEM
48-HONDA CG, COR PRETA, PLACA OUD-8222
DEMANDA: 00075168-05
VEC: SEM
49-SUNDOWN/MAX 125 SED, COR VERMELHA, PLACA NIH0250
DEMANDA: 00077028-63
VEC: SEM
50-YAMAHA/YBR125 FACTOR E, COR BRANCA, PLACA PIA0684
LACRE: 1828144
DEMANDA: 00072776-17
VEC: 11776
51-CARCAÇA DE UMA HONDA CG150 TITAN, PLACA NMX-9952
LACRE: 1828190
DEMANDA: 00039969-74
52-HONDA CG 150 FAN ESI, COR PRETA, PLACA OEG-4245
LACRE: SEM
DEMANDA: 00034073-16
53-HONDA /CBX 200 STRADA, COR AZUL/ROXA, SEM PLACA
LACRE: 1828052
DEMANDA: 00073986-57
VEC: SEM
54-HONDA/CG "LIQUIGAS", COR BRANCA COM VERDE, PLACA NIO-4360
LACRE: 1832048
DEMANDA: 00074662-44
VEC: 11365
55-YAMAHA, COR PRETA, SEM PLACA
LACRE: 1828152
DEMANDA: 00074660-66
VEC: 11860
56-YAMAHA/FACTOR YBR125, COR PRETA, SEM PLACA
LACRE: 1828183
DEMANDA: 00069508-28
VEC: 11855
57-HONDA /CG 125 TITAN, COR VERMELHA, SEM PLACA
LACRE: 1825665
DEMANDA: 00068720-66
VEC: SEM
58-HONDA /CG 125 TITAN, COR VERMELHA, PLACA HOX-8496
LACRE: 1831484
DEMANDA: 00068646-72
VEC: SEM
59-HONDA CG 125 TITAN, COR CINZA, SEM PLACA
LACRE: 1828125
DEMANDA: 00073070-23
VEC: SEM
60-HONDA CG TITAN, COR VERMELHA, SEM BANCO, SEM PLACA
DEMANDA: 00074025-62
VEC: SEM
61-HONDA /CG 125 FAN KS, COR PRETA, SEM PLACA
LACRE: 1825647
DEMANDA: 00070276-01
VEC: SEM
62-HONDA /C100 BIZ ES, COR BRANCA DESBOTADA, SEM PLACA
LACRE AZUL: 001503
DEMANDA: 00024173-16
VEC: SEM
63-HONDA /CG 160 TITAN, COR VERMELHA COM RODA AZUL, SEM PLACA
LACRE: 1827347
DEMANDA: 00069502-85
VEC: SEM
64- HONDA125, ANO 1997, COR AZUL DESBOTADO, RODA VERMELHA, SEM PLACA
LACRE: 1828079
DEMANDA: 00074030-99
VEC: SEM
65-HONDA /CG 160 FAN, COR PRETA, SEM PLACA
LACRE: 1828110
DEMANDA: 00025793-83
Página 47
Diário da Justiça do Estado do Piauí
ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
VEC: SEM
66-YAMAHA /YBR 125K, COR VERMELHA, SEM PLACA
LACRE: 1825643
DEMANDA: 00070083-38
VEC: SEM
67-HONDA /BIZ 110I, COR PRATA, PLACA QRO-2971
LACRE: 1828112
DEMANDA: 00071145-70
VEC: SEM
12.5. LISTAGEM DE BENS APREENDIDOS – FÓRUM TERESINA EDITAL BENS APREENDIDOS FÓRUM
TERESINA - SEM VÍNCULO PROCESSUAL SEI 24.0.000058929-91976624
2ª Publicação
LISTAGEM DE BENS APREENDIDOS - FÓRUM TERESINA
EDITAL BENS APREENDIDOS FÓRUM TERESINA - SEM VÍNCULO PROCESSUAL SEI 24.0.000058929-9
O Diretor do Fórum Cível e Criminal da Comarca de Teresina e Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de Teresina, Doutor Teófilo
Rodrigues Ferreira, no uso de suas atribuições legais e em consonância com o Provimento 60/2020.
FAZ SABER, a quem interessar ou possa estar interessado que DETERMINO a Publicação do presente Edital de Notificação de bens
apreendidos decorrentes de procedimentos judiciais que perderam seu vínculo com seus feitos há mais de 90 (noventa) dias, listados no anexo
deste edital, referente ao Processo SEI 24.0.000058929-9, no prazo de 15 (quinze) dias, serão levados a descarte, leilão e/ou dada destinação
diversa, em observância ao Manual de Destinação e Gestão dos Bens Apreendidos do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, que orienta os
Magistrados a promoverem leilão, doação a entidades assistenciais ou promover a sua destruição e descarte em lixo apropriado, caso não
estejam em condições de uso.
ANOTA-SE, por oportuno, que o referido edital de notificação tem por finalidade instar eventuais proprietários a se apresentarem para reclamá-
los, conforme determina o artigo 726 do Código de Processo Civil, devendo se apesentar junto à Diretoria do Fórum Cível e Criminal da Comarca
de Teresina, localizado à Praça Des. Edgard Nogueira s/n, Bairro Cabral - Centro Cívico. CEP 64000-830 - Teresina-PI. E-mail:
[email protected]
REPUBLICAR em 07 dias.
RELAÇÃO DOS VEÍCULOS
1-YAMAHAFACTOR YBR, SEM PLACA, COR ROXA
LACRE: 1827391,LAUDO MT 130/2020, VEC: SEM
2-HONDA/CG 125 CARGO, COR BRANCA, SEM PLACA, SEM MOTOR
CHASSI : 9C2JA0101KR107911, VEC: SEM
3-HONDA CG 125 TITAN, COR PRETA, PLACA LVF-9693
CHASSI: 9C2JC2501RR21181, VEC:8271
4-CARCAÇA DE UMA POP 100, COM CANO USA,
OSTENTANDO PLACA NIN-4142 (ORIGINAL PIP-5768)
CHASSI: 9C2HB0210FR035502, MOTOR: HB02E1F035502, VEC: 7684
5-SHINERAY XY 50 Q, SEM PLACA, COR VERMELHA
CHASSI: LXYXCBL01A0222463, VEC: 11516
6-HONDA POP, COR VERMELHA, SEM PLACA
LACRE: 1827738, DEMANDA: 00049812-56, VEC: 8557
7-YAMAHA FACTOR YBR125 K, COR PRETA, PLACA OEA-7577
CHASSI: 9C6KE1520B0014480, VEC: 9698
8-HONDA NXR150 BROS ES, COR PRETA, SEM PLACA
CHASSI: 9C2KD04209R504026, VEC: 11353
9- HONDA NXR150 BROS ES, COR ROSA, PLACA NIC-4659
CHASSI: 9C2KD0550CR506079, VEC: 6175
10- DAFRA SUPER 100, PLACA NID-2307, COR PRATA
CHASSI: 95VAC1G588M010455, VEC: 8702
11- HONDA/CG 150 FAN ESDI, COR AZUL COM BRANCO, SEM PLACA
LACRE: 1827746, DEMANDA: 00053726-24, VEC: SEM
12- HONDA XRE 300, COR BRANCA, PLACA CAIU (OEE-0592)
LACRE: 1831275, DEMANDA: 00028947-73, VEC: SEM
13-HONDA /BIZ 125 ES, COR VERMELHA, SEM PLACA
LACRE: 1827304, VEC: SEM
14- HONDA, COR VERMELHA, SEM PLACA
LACRE: 1836391, LAUDO MT 89/2016
15-HONDA, COR PRETA, SEM PLACA
LACRE: 1828129,DEMANDA: 00026253-96,VEC: SEM
16- YAMAHA YBR, COR PRATA, SEM PLACA
LAUDO MT 224/2014, VEC: SEM
17-I/YINGANG US1 1, COR VERMELHA, SEM PLACA
CHASSI: LY4YAGAC0B0002056, VEC: SEM
18-HONDA POP 100, COR VERMELHO DESBOTADO, SEM PLACA
LACRE: 1828188, DEMANDA: 00031742-82, VEC: 6974
19-KASINSKI CRZ 150 10, COR VERMELHA COM BRANCO,
PLACA EQR-3836, CHASSI: 93FSMDCBBBM001570, VEC: 8746
20-CARCAÇA ENFERRUJADA DE UMA TRAXX STAR,
SEM BANCO, SEM PLACA, CHASSI: 9?1BXKBB88B004252, VEC: SEM
21-HONDA CG 125 TODAY, COR VERMELHA,SEM PLACA
CHASSI: 9C2JC1801LR552289, VEC: 6672
22-HONDA CG 125 TITAN, TANQUE PRETO FOSCO
COM RODA VERMELHA, SEM PLACA, LACRE: 079383 LARANJA
DEMANDA: 00034059-97, CHASSI: 9C2JC250VVR146638, VEC: 6279
23-HONDA/CG150 FAN ESDI, COR PRETA, SEM PLACA
CHASSI : 9C2KC1680CR467933, VEC: SEM
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
24- YAMAHA/YBR125 FACTOR K1, COR PRETA COM ROXO, SEM PLACA
CHASSI: 9C6KE1950E0001116, VEC: 11300
25- HONDA/CG 125 FAN KS, COR PRETA, SEM PLACA
CHASSI: 9C2JC4110DR415896, VEC: 10958
26-YAMAHA FACTOR, COR BRANCA, SEM PLACA
CHASSI: 9C6KE1950E004724,VEC: SEM
27- YAMAHA/XTZ 125K, COR PRETA, SEM PLACA
CHASSI: 9C6KE1260A0017570, VEC: 5350
28- HONDA/BIZ 100 ES, COR PRETA, SEM PLACA
CHASSI: 9C2HC1420ER014523, VEC: 151
29 - HONDA/CG 125 TITAN KS, COR VERDE, SEM PLACA
CHASSI: 9C2JC30103R102185, VEC: 7943
30-HONDA FAN CG, COR PRETA, SEM PLACA
CHASSI: 9C2?C4110AR623437,VEC: SEM
31- HONDA/POP100, COR BRANCA, BANCO RASGADO
PELA METADE, SEM PLACA
CHASSI: 9C2HB0210ER416583, VEC: 6491
32- HONDA/CG 125I FAN, COR VERMELHA, SEM PLACA
CHASSI: 9C2JC6900HR302512, VEC: 7239
33- HONDA /CG 160 FAN ESDI, COR VERMELHA, PLACA CAIU ( PIV-3752)
LACRE: 1827724, DEMANDA: 00025799-26, LAUDO MT 131/2019,VEC: SEM
34-HONDA/CG 150 TITAN ES, COR PRETA, SEM PLACA
CHASSI: 9C2KC08504R021736, VEC: 6440
35- HONDA CG 125 FAN, COR PRETA, SEM PLACA
VEC: SEM
36- HONDA/CG 150 TITAN KS, SEM TANQUE, SEM CARENAGENS, SEM RODAS E PLACA
LACRE: 1831280, DEMANDA: 00077341-60, VEC: SEM
37 - MOTOR DA MARCA FPT
LACRE: 1832025, DEMANDA: 00075171-54, VEC: SEM
38- MOTOR VW
LACRE: 1832024, DEMANDA: 00075172-43,VEC: SEM
39- MOTOR DE UMA MOTOCICLETA HONDA
LACRE: 1832031, DEMANDA: 00075081-46,VEC: SEM
40- MOTOR DE UM NISSAN MARCH, PLACA QPN-7032
MOTOR: HR10056058A, VEC: SEM
41-MOTOR DE UMA HONDA
LACRE: 1832026, DEMANDA: 00075170-65, VEC: SEM
42-MOTOR DE UMA YAMAHA
LACRE: 1832027, DEMANDA: 00075084-13,VEC: SEM
43- MOTOR DE UMA HONDA
LACRE: 1832029, DEMANDA: 00075080-57, VEC: SEM
44-CARCAÇA COM CHASSI DE UMA DAFRA/TVS APACHE RTR 150
LACRE: 1825649, DEMANDA: 00070277-90
45- CARCAÇA COM CHASSI DE UMA YAMAHA
LACRE: 1832022, DEMANDA: 00075173-32
46- MOTOR DE UMA HONDA
LACRE: 1832032, DEMANDA: 00075083-24
12.6. publicação1977424
PROCESSO Nº: 0002957-47.2012.8.18.0140
CLASSE: EXECUÇÃO FISCAL (1116)
ASSUNTO(S): [ICMS / Incidência Sobre o Ativo Fixo]
EXEQUENTE: ESTADO DO PIAUI
EXECUTADO: EMANUEL ARAUJO CAMELO - ME
SENTENÇA - A exequente através da petição retro requereu a extinção do presente processo de execução fiscal, em face do adimplemento do
débito realizado pela executada.
Assim, e de acordo com o art. 156, I, do CTN, c/c arts. 924, II, e 925, ambos do Código de Processo Civil, declaro extinta a presente Execução
Fiscal e determino que seja levantada qualquer restrição que porventura tenha recaído sobre o patrimônio da executada ou de seus sócios, em
razão da presente execução.
Sem custas, nos termos do art. 90, § 3º do CPC/2015.
Determino que sejam levantadas quaisquer restrições que tenham recaído sobre o patrimônio da executada em razão da presente execução.
Uma vez que houve interesse extintivo de ambas as partes, verifico a ausência de interesse recursal, motivo pelo qual o trânsito em julgado se
antecipa para o momento da publicação da sentença. Arquivem-se os autos.
TERESINA-PI, 14 de março de 2024.
Juiz(a) de Direito da 4ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina
12.7. publicação1977425
PROCESSO Nº: 0011136-43.2007.8.18.0140
CLASSE: EXECUÇÃO FISCAL (1116)
ASSUNTO(S): [ICMS / Incidência Sobre o Ativo Fixo]
EXEQUENTE: ESTADO DO PIAUI
EXECUTADO: CENTRO DE MOTOS E PECAS LTDA - ME
SENTENÇA - A exequente através da petição retro requereu a extinção do presente processo de execução fiscal, em face do adimplemento do
débito realizado pela executada.
Assim, e de acordo com o art. 156, I, do CTN, c/c arts. 924, II, e 925, ambos do Código de Processo Civil, declaro extinta a presente Execução
Fiscal e determino que seja levantada qualquer restrição que porventura tenha recaído sobre o patrimônio da executada ou de seus sócios, em
razão da presente execução.
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
12.8. publicação1977426
PROCESSO Nº: 0822840-58.2023.8.18.0140
CLASSE: EXECUÇÃO FISCAL (1116)
ASSUNTO(S): [Nao Cumulatividade]
EXEQUENTE: ESTADO DO PIAUI
EXECUTADO: MILENA PAMELA OLIVEIRA SILVA LTDA
SENTENÇA - A exequente através da petição retro requereu a extinção do presente processo de execução fiscal, em face do adimplemento do
débito realizado pela executada.
Assim, e de acordo com o art. 156, I, do CTN, c/c arts. 924, II, e 925, ambos do Código de Processo Civil, declaro extinta a presente Execução
Fiscal e determino que seja levantada qualquer restrição que porventura tenha recaído sobre o patrimônio da executada ou de seus sócios, em
razão da presente execução.
Sem custas, nos termos do art. 90, § 3º do CPC/2015.
Uma vez que houve interesse extintivo de ambas as partes, verifico a ausência de interesse recursal das mesmas, motivo pelo qual o trânsito em
julgado se antecipa para o momento da publicação da sentença.
Não obstante, intimem-se as partes da presente sentença, e tão logo arquivem-se os autos com as devidas baixas.
TERESINA-PI, data da assinatura eletrônica.
Dra. Lucyane Martins Brito
Juiz(a) de Direito da 4ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina
base no art. 107, IV, do Código Penal, e determino o arquivamento deste procedimento investigatório, em razão da extinção da
punibilidade por prescrição punitiva.
Arquive-se com baixa processual imediata.
Cumpra-se imediatamente.
TERESINA-PI, data e assinatura eletrônicas.
Valdemir Ferreira Santos
Juiz de Direito da Central de Inquéritos de Teresina
homicídio qualificado na forma do art. 121, § 2º, I, III e IV c/c art. 14, II, todos do Código Penal c/c art. 7, I, da Lei Federal 11.340/06.
Narra a denúncia que, RAIMUNDO ARAUJO DOS SANTOS (acusado) e MARIA DE JESUS BATISTA SANTOS (vítima) mantiveram um
relacionamento que, à época do crime, havia sido encerrado por esta, razão pela qual RAIMUNDO passou a direcionar constantes ameaças à
pessoa de MARIA DE JESUS. No dia 16 de junho de 2013, por volta das 22h30min, MARIA DE JESUS estava em sua residência, quando fora
surpreendida com uma ordem para abrir o portão de entrada do imóvel. Após verificar silenciosamente e perceber que se tratava da pessoa de
RAIMUNDO, retornou ao interior da casa. RAIMUNDO, no entanto, não desistiu de seu intento e subiu no muro da residência, de onde passou a
dar ordens à vítima, que relutava em falar com o acusado e permitir que este adentrasse o imóvel. Neste ínterim, RAIMUNDO arremessou em
direção MARIA DE JESUS uma bomba caseira, fabricada a partir de uma garrafa de vidro - contendo mistura de líquidos inflamáveis ligada a um
pavio (que no momento do arremesso tinha a ponta em chamas). A garrafa, naturalmente, quebrou-se, resvalando o composto líquido no chão e
no corpo da vítima. Em intervalo de tempo exíguo, a vítima teve seu corpo dominado pelas chamas, a começar pelos membros inferiores e peça
de short que trajava do momento do atentado, espalhando-se pela blusa e, em seguida, atingindo de maneira voraz o braço direito, bem como os
cabelos e as sobrancelhas. Desesperada, MARIA DE JESUS gritava sem ideia do que fazer para pôr fim às chamas, quando, socorrida por seu
filho, foi levada para o chuveiro e o fogo, que continuava a espalhar-se por seu corpo, foi contido. Com a chegada do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência - SAMU, dada a gravidade das lesões, vítima foi levada diretamente ao Hospital de Urgência de Teresina - HUT.
O processo teve o seu trâmite regular, com citação, Defesa Preliminar e instrução processual.
O Ministério Público ofereceu as alegações finais, pugnando pela pronúncia pela prática do delito tipificado no artigo 121, §2º, I, III e IV c/c art. 14,
II do Código Penal Brasileiro, sob as diretrizes do art. 7º, I da Lei nº 11.340/2006.
A Defesa apresentou alegações finais requerendo a impronúncia do acusado, alegando ausente prova testemunhal sujeita ao contraditório que
indique a suposta autoria do fato.
Brevemente relatados, passo a decidir.
O crime doloso contra a vida cuja autoria e materialidade se apuram no presente processo está descrito, segundo consta da denúncia e
alegações finais de acusação, no art. 121, §2º, I, III e IV do CPB - Homicídio Qualificado, cuja tipificação assim prescreve, verbis:
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
Homicídio qualificado:
§ 2° Se o homicídio é cometido:
(...)
I- mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
De acordo com o art. 413 do CPP, o juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de
indícios suficientes de autoria ou de participação.
A materialidade está devidamente comprovada pelo laudo de exame pericial, fotografias e atestado médico constante nos autos.
Quanto aos indícios de autoria, os depoimentos colhidos na instrução apontam convincentes indícios de que o acusado tenha sido o autor dos
fatos. Vejamos:
A testemunha de acusação José Tarcísio Braga de Azevedo Filho disse que a vítima estava com a camada interna da pele aparecendo; que a
vítima disse que tinha sido um rapaz que vivia com ela e tiveram uma briga; que encontraram o acusado na avenida; que o acusado não reagiu;
que não lembra se o acusado negou ou não; que a vítima disse que o acusado tinha jogado pelo muro; que o acusado estava alcoolizado; que
não lembra dos detalhes da abordagem; que a vítima somente deu as informações; que não lembra se a vítima tinha sido atendida; que somente
lembra que foi a noite; que tinha um rapaz no local e acredita que era o filho da vítima; que a região era na pedra mole; que o local onde o
acusado foi encontrado era perto da casa da vítima; que a vítima deu o nome do acusado; que não lembra qual a reação do acusado ao ser
informado o motivo da prisão.
A testemunha de acusação Joaquim Camilo de Freitas Desidério disse que lembra do fato; que era PM, na época; que no local estava o filho da
vítima; que estava todo mundo abalado; que deram o primeiro suporte; que crê que a vítima tenha sido atendida pelo SAMU; que o acusado foi
encontrado; que foi dado voz de prisão; que não lembra se a vítima estava no local ou tinha sidi atendida pelo SAMU; que quem apontou o autor
foi o filho da vítima; que o filho afirmou que a vítima tinha sido atingida por um tipo de coquetel molotov; que o coquetel teria sido jogado da
grade; que não sabe afirmar sobre os motivos; que o acusado apenas confirmou sua identificação; que o acusado estava frio; que não sabe se o
acusado jogou o objeto através do portão ou sobre o muro; que não encontraram o acusado com nenhum objeto do crime; que o acusado estava
há duas quadras da via; que o acusado estava caminhando na via; que junto com o acusado estava somente a equipe da PM; que não sabe se o
acusado também morava no bairro.
O acusado Raimundo Araújo dos Santos, ao ser interrogado, utilizou do seu direito de ficar em silêncio.
Da análise dos autos, afere-se que não há provas suficientes para pronunciar o acusado. Conforme análise dos depoimentos acima, nenhuma
das pessoas ouvidas em instrução processual viram os acusados na cena do crime, apenas indicações de terceiros que o apontaram como autor
dos fatos. A vítima nem seu filho foram encontradas para serem ouvidas nessa fase processual.
Assim sendo, se no inquérito foram colhidas provas suficientes para o recebimento da denúncia, na presente fase processual tais provas foram
infirmadas, não se mostrando idôneas para remeter o acusado ao Tribunal do Júri. Assevero que admitir a pronúncia baseada em elementos do
inquérito, sem que tais provas tivessem sido ao menos minimamente ratificadas em juízo, seria reduzir o valor do juízo de prelibação a zero.
Nesse sentido, precedente abaixo:
HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSO PENAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO. PRONÚNCIA DERIVADA DE ELEMENTOS
OBTIDOS EXCLUSIVAMENTE NO INQUÉRITO POLICIAL. EVIDÊNCIA NÃO CONFIRMADA EM JUÍZO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
PARECER MINISTERIAL ACOLHIDO. ORDEM DE HABEAS CORPUS CONCEDIDA PARA RESTABELECER A SENTENÇA DE
IMPRONÚNCIA DO PACIENTE. 1. É certo que, por demandar revolvimento de matéria fático-probatória, a via estreita do habeas corpus não é
adequada para examinar teses sobre ausência de provas ou sobre falta de indícios suficientes de autoria e de materialidade delitiva. Todavia,
esta Corte firmou orientação no sentido de que não se admite que a pronúncia esteja lastreada somente em elementos probatórios colhidos na
fase investigativa e que não foram ratificados em juízo. Desse entendimento destoou a Corte de origem. 2. Com efeito, no caso em análise, ao
impronunciar o Paciente, o Magistrado singular afirmou que os elementos de autoria se restringem a informações que "não foram confirmadas,
em sede judicial, tampouco corroboradas por outras provas". 3. O Tribunal a quo, porém, reformou a decisão de primeira instância, afirmando
que, "em sede de pronúncia, a decisão pode estar amparada nos elementos informativos produzidos durante a fase investigativa", e que o acervo
probatório colhido na esfera inquisitorial é suficiente para submeter o Paciente a julgamento perante o Tribunal do Júri. 4. Nesse contexto, em que
os relatos das testemunhas não foram assertivos sobre a suposta prática de tentativa de homicídio pelo Paciente, e a própria vítima, em juízo,
limitou-se a informar que, "segundo o que ficou sabendo, teria sido o acusado o autor dos disparos", está evidenciado o constrangimento ilegal
resultante da decisão de pronúncia baseada em meros elementos de informação, os quais não são suficientes para fundamentar a decisão de
pronúncia. Precedentes. 5. Ordem de habeas corpus concedida, em conformidade com o parecer ministerial, para restabelecer a sentença de
impronúncia. (STJ - HC: 683878 RS 2021/0241295-9, Data de Julgamento: 17/05/2022, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe
23/05/2022).
Diante do exposto e tudo mais que consta dos autos, IMPRONUNCIO RAIMUNDO ARAÚJO DOS SANTOS, tendo em vista que não há provas
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contundentes suficientes para levar o acusado ao Tribunal Popular do Júri, nos termos art. 414 do CPP, que aponta, não se convencendo da
existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.
P.R.I.
Após as formalidades legais, arquivem-se os autos dando baixa na distribuição.
TERESINA/PI, 27 de maio de 2024.
Fernando José Alves Silva
Juiz(a) de Direito da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina
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12.17. Publicação1977445
PROCESSO Nº: 0026352-29.2016.8.18.0140
CLASSE: EXECUÇÃO FISCAL (1116)
ASSUNTO(S): [ICMS / Incidência Sobre o Ativo Fixo]
EXEQUENTE: ESTADO DO PIAUI
EXECUTADO: ADEGA IRMAOS CORAGEM LTDA - ME
SENTENÇA
A exequente através da petição retro requereu a extinção do presente processo de execução fiscal, em face do adimplemento do débito realizado
pela executada.
Assim, e de acordo com o art. 156, I, do CTN, c/c arts. 924, II, e 925, ambos do Código de Processo Civil, declaro extinta a presente Execução
Fiscal e determino que seja levantada qualquer restrição que porventura tenha recaído sobre o patrimônio da executada ou de seus sócios, em
razão da presente execução.
Condeno a executada ao pagamento de honorários advocatícios os quais arbitro em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos termos do
art. 85, §§ 2º e 3º, I, do CPC.
Sem custas, nos termos do art. 90, § 3º do CPC/2015.
Ausente interesse recursal, arquivem-se os autos com as devidas baixas.
TERESINA-PI, 12 de março de 2024.
Juiz(a) de Direito da 4ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina
12.19. Publicação1977455
PROCESSO Nº: 0800949-15.2022.8.18.0140
CLASSE: EXECUÇÃO FISCAL (1116)
ASSUNTO(S): [Nao Cumulatividade]
EXEQUENTE: ESTADO DO PIAUI
EXECUTADO: J. R. V. DE AZEVEDO - EPP
SENTENÇA
A exequente através da petição retro requereu a extinção do presente processo de execução fiscal, em face do adimplemento do débito realizado
pela executada.
Assim, e de acordo com o art. 156, I, do CTN, c/c arts. 924, II, e 925, ambos do Código de Processo Civil, declaro extinta a presente Execução
Fiscal e determino que seja levantada qualquer restrição que porventura tenha recaído sobre o patrimônio da executada ou de seus sócios, em
razão da presente execução.
Sem custas, nos termos do art. 90, § 3º do CPC/2015.
Uma vez que houve interesse extintivo de ambas as partes, verifico a ausência de interesse recursal das mesmas, motivo pelo qual o trânsito em
julgado se antecipa para o momento da publicação da sentença.
Não obstante, intimem-se as partes da presente sentença, e tão logo arquivem-se os autos com as devidas baixas.
TERESINA-PI, 12 de março de 2024.
Juiz(a) de Direito da 4ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
acusada ser ré em ação penal diversa, com fatos anteriores aqueles que ensejaram sua prisão em flagrante nestes autos, conforme se infere do
Processo n°0853339-25.2023.8.18.0140, onde foi condenada, sem trânsito em julgado, pela prática do crime de furto qualificado, deve-se frisar o
entendimento das Cortes Superiores, no sentido de que investigações e ações penais em curso não estão aptas a ensejar o afastamento da
benesse processual do art.33, §4°, LAD, tese essa submetida ao regime de repercussão geral, nos termos do julgamento do RE n. 591.054/SC.
Nesta conjuntura, segue a jurisprudência da Corte Superior de Justiça: "1. A dosimetria da pena é o procedimento em que o magistrado, no
exercício de discricionariedade vinculada, utilizando-se do sistema trifásico de cálculo, chega ao quantum ideal da pena com base em suas
convicções e nos critérios previstos abstratamente pelo legislador. 2. O cálculo da pena é questão afeta ao livre convencimento do juiz, passível
de revisão pelo STJ somente em situações excepcionais de notória ilegalidade ou de abuso de poder que possam ser aferidas de plano, sem
necessidade de dilação probatória. 3. Os requisitos específicos para reconhecimento do tráfico privilegiado estão expressamente previstos no §
4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, a saber, que o beneficiário seja primário, tenha bons antecedentes, não se dedique a atividades criminosas e
não integre organização criminosa. 4. Inquéritos ou ações penais em curso, sem condenação definitiva, não constituem fundamentos idôneos
para afastar o tráfico privilegiado, sob pena de violação do princípio constitucional da presunção de inocência (RE n. 591.054/SC, submetido ao
regime de repercussão geral). 5. Configura constrangimento ilegal a presunção de que o agente se dedica a atividades criminosas pela simples
existência de inquéritos ou ações penais em curso, sem condenação criminal definitiva. 6. Agravo regimental desprovido. (Grifo nosso). (STJ -
AgRg no HC: 660560 CE 2021/0115008-4, Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data de Julgamento: 05/10/2021, T5 - QUINTA
TURMA, Data de Publicação: DJe 08/10/2021)". (grifo nosso) Ainda nesse sentido, trago o decisum da Suprema Corte: PENA - FIXAÇÃO -
ANTECEDENTES - INQUÉRITOS E PROCESSOS EM CURSO - DESINFLUÊNCIA. O Pleno do Supremo, por ocasião do julgamento do recurso
extraordinário nº 591.054, de minha relatoria, assentou a neutralidade, na definição dos antecedentes, de inquéritos ou processos em tramitação,
considerado o princípio constitucional da não culpabilidade. PENA - CAUSA DE DIMINUIÇÃO - ARTIGO 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/2006 -
CONDENAÇÕES NÃO DEFINITIVAS. Não cabe afastar a causa de diminuição prevista no artigo 33, § 4º, da Lei de Drogas com base em
condenações não alcançadas pela preclusão maior. (HC 166385, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 14/04/2020,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-118 DIVULG 12-05-2020 PUBLIC 13-05-2020). (grifo nosso) Contudo, haja vista justamente o fato de a acusada
ter sido condenada em ação penal diversa, com fatos anteriores aos que ensejaram a sua prisão em flagrante nestes autos, compreendo que
descabe a concessão da benesse legal em seu patamar máximo, diante da necessidade de maior reprovabilidade por parte do Estado. Por
consequência, atenuo a pena em 1/2. Assim, inexistente causa de aumento da pena a incidir, FIXO a pena definitiva da ré JOYCE MARIA SILVA
FERNANDES LIMA em 03 (três) anos, 03 (três) meses e 05 (cinco) dias de reclusão e pagamento de 325 (trezentos e vinte e cinco) dias-multa,
ao valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos.Nesta conjuntura, em atenção ao que dispõe o art.33, §2°, c, CP, e,
observando o mandamento legal do art.59, III do Código Penal, fixo o REGIME ABERTO para a ré iniciar o cumprimento da pena, em Casa de
Albergado ou estabelecimento prisional que possua o regime fixado. A despeito do que prescrevem o artigo 42 do Código Penal e o §2º do artigo
387 do Código de Processo Penal, a medida em que a detração não oportunizará o início da execução da pena em regime mais brando, deixo-a
a cargo do juiz da execução, nos moldes do artigo 66, III, "c" da Lei 7.210/1984. No que tange à substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos aos condenados por tráfico de drogas, reconhecida a inconstitucionalidade da vedação prevista na parte final do artigo 33,
§4º da Lei 11.343/2006 (Habeas Corpus n.º 97.256/RS), ora inexiste óbice para a concessão do benefício, desde que, por óbvio, preenchidos os
requisitos do artigo 44 do Código Penal, o que observo no caso em tela. Desse modo, SUBSTITUO a pena privativa de liberdade por 02 (duas)
penas restritivas de direito, conforme mandamento legal do art.44, §2º, CP, deixando a cargo do Juízo da Execução a forma de cumprimento
destas, ante o disposto no art. 66, V, "a" da Lei 7.210/1984. Concedo à ré o direito de recorrer em liberdade, tendo em vista a incompatibilidade
do regime prescrito para o início de cumprimento da pena com a segregação cautelar. Por consequência, REVOGO a prisão preventiva de
JOYCE MARIA SILVA FERNANDES LIMA.Condeno a ré ao pagamento de custas processuais, não sendo a mesma pessoa hipossuficiente nos
termos da lei. Da prescrição da pretensão punitiva Em atenção ao disposto no Provimento n°149/2023 do TJ-PI, passo agora ao cálculo da
prescrição punitiva referente ao crime de tráfico de droga (art.33, caput da Lei 11.343/06), ora imputado à sentenciada. Nesta conjuntura,
verificado que a pena máxima, em abstrato, para o delito em comento é de 15 (quinze) anos, o cálculo de prescrição regula-se pelo disposto no
art.109, I do CP, observando-se a prescrição da pretensão punitiva na data provável de 07/11/2043.Ademais, em que pese o disposto no art.2º do
mencionado Provimento, deixo de realizar o cálculo prescricional com relação à pena em concreto, haja vista que, para a sua análise é
necessária a formalização do trânsito em julgado do decisum (art.110, §1º, CP). Logo, não havendo termo inicial para exame do referido lapso
prescricional, pois ainda não aberto o prazo para interposição recursal, inviabilizada está sua apreciação.DISPOSIÇÕES FINAIS EXPEÇAM-SE
incontinenti os competentes Alvarás de Soltura em nome dos acusados LUAN PABLO COSTA SOUSA e JOYCE MARIA SILVA FERNANDES
LIMA .Oportunamente, após o trânsito em julgado desta decisão: a) Lance-se o nome da ré no rol dos culpados; b) Proceda-se ao recolhimento
dos valores atribuídos a título de pena pecuniária e custas, conforme o disposto pelo art. 686, do Código de Processo Penal; c) Oficie-se ao
Tribunal Regional Eleitoral deste Estado, comunicando a condenação da ré, com suas devidas identificações, acompanhada de fotocópia da
presente sentença, para cumprimento quanto ao disposto pelo art. 71, §2º, do Código Eleitoral c/c art. 15, III, da Constituição Federal; d)
Conforme as disposições do art.63 da Lei 11.343/06 e do Provimento n°59/2020 do Tribunal de Justiça do Piauí, determino o descarte da balança
de precisão, dos aparelhos celulares e dos demais objetos não destinados, especificados no Formulário de Remessa (ID n°52179894) e na
informação de ID n°46378786 (fls.138), ora sob Custódia do Poder Judiciário, ante a não comprovação de origem lícita ou propriedade legítima,
sem prejuízo de destinação diversa, a ser feita pelo Projeto Destinar, do TJ-PI. Oficie-se à COREGUARC. Determino a destruição dos
entorpecentes apreendidos. OFICIE-SE ao DENARC. O veículo apreendido já fora restituído ao legítimo proprietário, pela Autoridade Policial.
Sem pedidos de restituição pendentes de apreciação.Expedientes necessários. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Teresina-PI, 27 de maio de
2024. Juiz(a) de Direito da 6ª Vara Criminal da Comarca de Teresina
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consoante o livre convencimento motivado. Com isto, a exasperação da pena base deve se efetivar à luz da proporcionalidade e da
razoabilidade. Nesta esteira, conforme critério sugerido pela melhor doutrina (Ricardo Augusto Schimitt) bem como pelo Superior Tribunal de
Justiça, deve incidir para cada circunstância negativa o acréscimo de 1/8 (um oitavo) da diferença entre as penas mínima e máxima cominadas
em abstrato ao delito, haja vista que são 8 (oito) as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, de modo que se tem que a valoração para
cada circunstância desfavorável o quantum de 15 (quinze) meses.
Atento ao disposto no art. 42 da Lei Antidrogas, que atribui maior reprovabilidade e considera com preponderância sobre o previsto no art. 59 do
Código Penal as circunstâncias da natureza e quantidade da substância entorpecente ou do produto. Em atenção ao art. 42, as circunstâncias
preponderantes constituem fundamento idôneo à exasperação da pena base em patamar além do trazido pelo art. 59 do CP. Posto isto, somo ao
quantum de 15 (quinze) meses o quantum de 02 (dois) meses para cada preponderante, ante os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
É posicionamento consolidado no STJ:
3. A "quantidade e a natureza da droga apreendida constituem fundamentos aptos a ensejar a exasperação da pena-base, por demonstrar maior
reprovabilidade da conduta" (AgRg no AREsp 674.735/SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 13/12/2016, DJe
19/12/2016). 4. Inexistindo patente ilegalidade na análise do art. 42 da Lei n.º 11.343/2006 e do art. 59 do Código Penal, o quantum de
aumento a ser implementado em decorrência do reconhecimento das circunstâncias judiciais desfavoráveis fica adstrito à prudente
discricionariedade do juiz, não havendo como proceder ao seu redimensionamento na via estreita do habeas corpus. 5. Não há constrangimento
ilegal na fixação de regime inicial mais gravoso, tendo em vista a existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis, que permitiu a fixação da
pena-base acima do mínimo legal, dada a interpretação conjunta dos arts. 59 e 33, §§ 2º e 3.º, do Código Penal. 6. Ordem de habeas corpus
denegada. (HC 471.443/PE, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em 19/02/2019, DJe 11/03/2019). (grifo nosso).
Estabelecidas as balizas acima, passo à dosimetria da pena do réu JESONIEL NASCIMENTO MIRANDA.
Inicialmente, analiso as circunstâncias do art. 59 do Código Penal, além das moduladoras preponderantes previstas especificamente no art. 42 da
Lei nº 11.343/2006:
Culpabilidade: normal à espécie.
Antecedentes: não há o que valorar.
Conduta Social: inexistem nos autos elementos para uma análise negativa.
Personalidade: sem elementos para uma valoração negativa.
Motivos: o motivo do crime, o lucro fácil, é inerente ao tipo penal.
Circunstâncias do crime: são os elementos que influenciam na gravidade do delito, mas não o compõem. É o modus operandi. No caso, é
inerente ao tipo penal.
Consequências do crime: é o resultado da própria ação do agente. É a instabilidade que o delito traz à sociedade e a busca do lucro fácil,
inerente à elementar do tipo penal. A conduta do réu não produziu nenhuma consequência extrapenal.
Comportamento da vítima: não há o que valorar, pois a vítima é indeterminada, tratando-se de toda coletividade.
Natureza das drogas: em que pese a apreensão de cocaína e crack, drogas de alto poder deletério, uma vez encontrados, respectivamente,
2,51 g e 0,2 g dos aludidos entorpecentes, descabe a valoração negativa da presente vetorial, conforme entendimento assentado pelo Superior
Tribunal de Justiça (HC 533.480/PE, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 05/11/2019, DJe 12/11/2019 e AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL Nº 1612802 - PI - 2019/0328753-2).
Quantidade das drogas: apreendido com o réu o total de 125,43 g de entorpecentes, valoro negativamente a presente vetorial.
Para o delito de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06) que prevê abstratamente a pena de reclusão de 05 (cinco) a 15 (quinze) anos e multa,
ante a análise das circunstâncias supra, fixo a pena-base em 06 (seis) anos e 05 (cinco) meses de reclusão, e pagamento de 640 (seiscentos e
quarenta) dias-multa, ao valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato (OUTUBRO/2023).
Existe circunstância atenuante. Identificado que milita em favor do réu a atenuante legal prevista no art. 65, III, "d" do CP, vez que confessou a
autoria do crime de tráfico de drogas, atenuo a expiação básica em 1/6.
Inexistente circunstância agravante a computar, fixo, nesta fase intermediária, a pena em 05 (cinco) anos, 04 (quatro) meses e 05 (cinco) dias
de reclusão, e pagamento de 533 (quinhentos e trinta e três) dias-multa, ao valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do
fato (OUTUBRO/2023).
Há causa de diminuição da pena a computar. O acusado faz jus à diminuição de pena prevista no §4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. Observo
que o réu atende a todos os requisitos legais elencados, pois é primário e não exsurge dos autos elementos que evidenciem maus antecedentes,
dedicação às atividades criminosas e nem integração em organização criminosa.
Em que pese, ao tempo do delito em análise, o acusado já responder à Ação Penal diversa, conforme observância aos autos do Processo nº
0811334-56.2021.8.18.0140, que tramita perante a 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, em que foi denunciado por tentativa de
homicídio, deve-se frisar o entendimento das Cortes Superiores, no sentido de que investigações e Ações Penais em curso não estão aptas a
ensejar o afastamento da benesse processual do art.33, §4°, LAD, tese essa submetida ao regime de repercussão geral, nos termos do
julgamento do RE n. 591.054/SC.
Nesta conjuntura, segue a jurisprudência da Corte Superior de Justiça:
"1. A dosimetria da pena é o procedimento em que o magistrado, no exercício de discricionariedade vinculada, utilizando-se do sistema trifásico
de cálculo, chega ao quantum ideal da pena com base em suas convicções e nos critérios previstos abstratamente pelo legislador. 2. O cálculo
da pena é questão afeta ao livre convencimento do juiz, passível de revisão pelo STJ somente em situações excepcionais de notória ilegalidade
ou de abuso de poder que possam ser aferidas de plano, sem necessidade de dilação probatória. 3. Os requisitos específicos para
reconhecimento do tráfico privilegiado estão expressamente previstos no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, a saber, que o beneficiário seja
primário, tenha bons antecedentes, não se dedique a atividades criminosas e não integre organização criminosa. 4. Inquéritos ou ações penais
em curso, sem condenação definitiva, não constituem fundamentos idôneos para afastar o tráfico privilegiado, sob pena de violação do
princípio constitucional da presunção de inocência (RE n. 591.054/SC, submetido ao regime de repercussão geral). 5. Configura
constrangimento ilegal a presunção de que o agente se dedica a atividades criminosas pela simples existência de inquéritos ou ações penais em
curso, sem condenação criminal definitiva. 6. Agravo regimental desprovido. (Grifo nosso). (STJ - AgRg no HC: 660560 CE 2021/0115008-4,
Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data de Julgamento: 05/10/2021, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 08/10/2021)".
(grifo nosso)
Ainda nesse sentido, trago o decisum da Suprema Corte:
PENA - FIXAÇÃO - ANTECEDENTES - INQUÉRITOS E PROCESSOS EM CURSO - DESINFLUÊNCIA. O Pleno do Supremo, por ocasião do
julgamento do recurso extraordinário nº 591.054, de minha relatoria, assentou a neutralidade, na definição dos antecedentes, de inquéritos ou
processos em tramitação, considerado o princípio constitucional da não culpabilidade. PENA - CAUSA DE DIMINUIÇÃO - ARTIGO 33, § 4º, DA
LEI Nº 11.343/2006 - CONDENAÇÕES NÃO DEFINITIVAS. Não cabe afastar a causa de diminuição prevista no artigo 33, § 4º, da Lei de
Drogas com base em condenações não alcançadas pela preclusão maior. (HC 166385, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma,
julgado em 14/04/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-118 DIVULG 12-05-2020 PUBLIC 13-05-2020). (grifo nosso)
Contudo, compreendo que a diminuição deverá ser estabelecida em patamar inferior ao máximo, haja vista justamente o fato de o acusado
responder à Ação Penal diversa, obstando, portanto, a concessão da benesse em sua fração absoluta, diante da necessidade de maior
reprovabilidade por parte do Estado. Por consequência, atenuo a expiação em 1/3.
Assim, inexistente causa de aumento da pena a incidir, FIXO A PENA DEFINITIVA de JESONIEL NASCIMENTO MIRANDA em 03 (três) anos,
06 (seis) meses e 23 (vinte e três) dias de reclusão, e pagamento de 355 (trezentos e cinquenta e cinco) dias-multa, ao valor de 1/30 (um
trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato (OUTUBRO/2023).
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Em atenção ao que dispõe o art. 33, § 2°, do Código Penal, fixo o REGIME ABERTO para o réu iniciar o cumprimento da pena, recomendando a
Casa de Albergado ou estabelecimento prisional que possua o regime fixado.
A despeito do que prescreve o artigo 42 do Código Penal e o § 2º do artigo 387 do Código de Processo Penal, na medida em que a detração não
oportunizará o início da execução da pena em regime mais brando, deixo-a a cargo do juiz da execução, nos moldes do artigo 66, III, "c", da Lei
7.210/1984.
No que tange à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos aos condenados por tráfico de drogas, reconhecida a
inconstitucionalidade da vedação prevista na parte final do artigo 33, § 4º, da Lei 11.343/2006 (Habeas Corpus nº 97.256/RS), ora inexiste óbice
para a concessão do benefício, desde que, por óbvio, preenchidos os requisitos do artigo 44 do Código Penal, o que observo no caso em tela.
Desse modo, SUBSTITUO a pena privativa de liberdade por 02 (duas) penas restritivas de direito, conforme mandamento legal do art. 44, §
2º, do Código Penal, deixando a cargo do Juízo da Execução a forma de cumprimento destas, ante o disposto no art. 66, V, "a", da Lei
7.210/1984.
Concedo ao réu o direito de responder em liberdade e recorrer solto, ante a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de
direitos já destacada neste decisum.
Custas pelo réu, haja vista estar assistido por Advogada particular, não sendo pessoa hipossuficiente, nos termos da lei.
Da prescrição da pretensão punitiva
Em atenção ao disposto no Provimento nº 149/2023 do TJ-PI e nos termos do art. 109 do Código Penal, observo a prescrição da pretensão
punitiva, referente ao crime de tráfico de drogas ora imputado ao sentenciado JESONIEL NASCIMENTO MIRANDA, na data provável de
15/02/2040.
Ademais, em que pese o disposto no art. 2º do mencionado Provimento, deixo de realizar o cálculo prescricional com relação à pena em
concreto, haja vista que, para a sua análise, é necessária a formalização do trânsito em julgado do decisum (art.110, §1º, CP). Logo, não
havendo termo inicial para exame do referido lapso prescricional, pois ainda não aberto o prazo para interposição recursal, inviabilizada está sua
apreciação.
DISPOSIÇÕES FINAIS
EXPEÇA-SE incontinenti o Alvará de Soltura em nome do sentenciado JESONIEL NASCIMENTO MIRANDA.
Oportunamente, após o trânsito em julgado desta decisão, tomem-se as seguintes providências:
a) Expeça-se a Guia de Execução Definitiva em desfavor do acusado, para cumprimento das penas;
b) Lance-se o nome do Réu no rol dos culpados;
c) Proceda-se ao recolhimento dos valores atribuídos a título de pena pecuniária e custas, em conformidade com o disposto pelo art. 686, do
Código de Processo Penal;
d) Oficie-se ao Tribunal Regional Eleitoral deste Estado, comunicando a condenação do Réu, com suas devidas identificações, acompanhada de
fotocópia da presente sentença, para cumprimento quanto ao disposto pelo art. 71, § 2º, do Código Eleitoral c/c art. 15, III, da Constituição
Federal;
e) Autorizo a incineração da droga apreendida. Oficie-se à DEPRE;
f) Determino, sem prejuízo de seu eventual aproveitamento, nos termos do Projeto Destinar, o descarte dos celulares apreendidos, ante a não
comprovação de sua propriedade legítima e lícita durante o trâmite do feito. Por fim, determino a destruição da balança de precisão, do rolo de
papel filme, da bolsa cor preta e das folhas de anotações. Oficie-se à COREGUARC.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Teresina-PI, 27 de maio de 2024.
Juiz(a) de Direito da 6ª Vara Criminal da Comarca de Teresina
12.23. Decisão1977470
PROCESSO Nº: 0827441-10.2023.8.18.0140
CLASSE: INTERDITO PROIBITÓRIO (1709)
ASSUNTO: [Esbulho / Turbação / Ameaça]
REQUERENTE: JOSE ROQUE
REQUERIDO: JOSÉ CARLOS
DECISÃO
Vistos.
Em análise aos autos, verifica-se ter a Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Piauí juntado ao feito a certidão de ID 56617040, que atesta o
óbito da parte autora.
Nesse sentido, impõe-se a regularização imediata de tal vício.
Consoante o Código de Processo Civil:
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará
prazo razoável para que seja sanado o vício.
Art. 313. Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
(...)
§ 2º Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte:
II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso,
dos herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a
respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito.
Nestes autos, porém, não constam quaisquer informações sobre o espólio do autor, seus sucessores ou herdeiros.
Além disso, não incumbe ao procurador da parte falecida a regularização da representação processual, eis que com a morte da parte outorgante
cessam os efeitos do mandato, cabendo na verdade àqueles mencionados no art. 313, §2º, II, do CPC.
Com efeito, inexistindo outros meios de intimar o espólio do autor, seus sucessores ou herdeiros, a fim de regularizar o polo ativo da ação,
necessário se faz proceder a intimação por edital destes, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a respectiva
habilitação no prazo designado.
Dessa forma, determino a intimação por edital do ESPÓLIO de JOÃO ROQUE, bem como dos HERDEIROS DE JOÃO ROQUE, devendo o
referido edital ser veiculado no diário de justiça, com prazo de 60 (sessenta) dias, com advertência de que, caso não manifestado
interesse na sucessão processual, o processo será extinto sem resolução do mérito, nos termos do art. 313, §2º, II, do CPC.
Mantenha-se o processo suspenso até ulterior deliberação quanto à regularização do polo ativo, nos termos do Art. 689 do CPC.
Transcorrido o prazo do edital sem manifestação, voltem-me os autos conclusos para julgamento.
Expedientes necessários. Cumpra-se.
TERESINA-PI, 13 de maio de 2024.
Juiz(a) de Direito do(a) 9ª Vara Cível da Comarca de Teresina
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
12.26. SENTENÇA1977483
PROCESSO Nº: 0848840-32.2022.8.18.0140
CLASSE: AÇÃO PENAL - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (283)
ASSUNTO(S): [Roubo Majorado]
AUTOR: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PIAUI
REU: ROMARIO CARVALHO DE FARIAS
SENTENÇA
EMENTA: DIREITO PENAL. AUTORIA E MATERIALIDADE AUFERIDAS DURANTE A INSTRUÇÃO. CONDENAÇÃO QUE SE IMPÕE.
ROUBO CIRCUNSTANCIADO CONSUMADO. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE NO RECONHECIMENTO. OBSERVÂNCIA DO ART. 226, DO
CPP. RÉU MULTIRREINCIDENTE.
Vistos etc.
O Ministério Público do Estado do Piauí, no uso de suas atribuições legais, com base no Inquérito Policial que instrui o presente feito, ofereceu
denúncia (ID nº 46315627) contra ROMÁRIO CARVALHO DE FARIAS devidamente qualificado nos autos, dando-o como incurso nas penas
previstas no art. 157 §2º, II e §2º-A, I, do CP, pela prática do seguinte fato delituoso (...)
Ante o exposto, em face dos fundamentos já relatados, JULGO PROCEDENTE A DENÚNCIA, para CONDENAR o denunciado ROMÁRIO
CARVALHO DE FARIAS, brasileiro, natural de Esperantina-PI, nascido em 16/02/1994, CPF nº 071.626.583-42, RG n.º 3.339.416 SSP-PI, filho
de Francisca Pinto de Carvalho e Domingos de Farias de Cordeiro Neto, como incurso nas penas do art. 157, §2º, II, e inciso I do §2º-A do
CP (...)
Em caso de interposição de recurso, expeça-se guia de execução provisória
Após o trânsito em julgado:
a)encaminhem o boletim individual do réu para o Instituto de Identificação;
b)oficiem ao TRE/PI para os fins no disposto no art. 15, III da Constituição Federal;
c) expeça-se a guia de execução junto ao BNMP e encaminhá-la, acompanhada dos documentos previstos na Resolução Nº 113/2010, do
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, à DIS1GRATER.
Intimações necessárias, na forma do art. 392, do CPP.
Realizadas as diligências de lei e com o trânsito em julgado da sentença, arquivem-se os presentes autos, com baixa na distribuição.
P.R.I.
TERESINA-PI, datado eletronicamente.
Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho
Juiz(a) de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
12.30. Sentença1977490
AVISO DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA/8ª VARA CRIMINAL
DISTRIBUIÇÃO. 0001981-30.2018.8.18.0140.
CRIMES. Art. 1º, I E II C/C §2º, AMBOS DA LEI Nº 9.455/1997 (LEI DE TORTURA).
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
SENTENÇA: "Vistos, etc..... É o relatório. (...)ANTE O EXPOSTO: APLICO O ART. 383 DO CPP AO CASO PARA ALTERAR A
TIPIFICAÇÃO IMPUTADA AOS ACUSADOS EX CB PM WANDERLEY RODRIGUES DA SILVA e EX SD PM ERASMO DE MORAIS
FURTADO, QUALIFICADOS NOS AUTOS, PARA ART. 1º, I, "A" E II C/C ART, §4º, I, DA LEI Nº 9.455/1997 (CRIME DE TORTURA
MAJORADA), E DO SD PM NAFTALE DE SOUSA BORGES E CB PM EDVALDO DE OLIVEIRA COSTA, QUALIFICADOS NOS AUTOS,
PARA ART. 1º, §2º C/C §4º, I, AMBOS DA LEI Nº 9.455/1997 (CRIME DE TORTURA; JULGO PROCEDENTE A IMPUTAÇÃO DELITIVA
CONTIDA NA DENÚNCIA PARA, COM FULCRO NO ART. 1º, I, "A" E II, C/C §4º, I DA LEI Nº 9.455/1997 (CRIME DE TORTURA
MAJORADA), CONDENAR O RÉU EX CB PM WANDERLEY RODRIGUES DA SILVA, BRASILEIRO, CPF Nº 335.235.658-04, TÍTULO
ELEITORAL Nº 315256430159, NASCIDO NO DIA 23/01/1985, FILHO DE RUFINO ALVES DA SILVA E NEUZA RODRIGUES DA SILVA, À
PENA DE 03 (TRÊS) ANOS, 07 (SETE) MESES E 12 (DOZE) DIAS DE RECLUSÃO EM REGIME ABERTO; JULGO PROCEDENTE A
IMPUTAÇÃO DELITIVA CONTIDA NA DENÚNCIA PARA, COM FULCRO NO ART. 1º, I, "A" E II, C/C §4º, I DA LEI Nº 9.455/1997 (CRIME DE
TORTURA MAJORADA), CONDENAR O RÉU EX SD PM ERASMO DE MORAIS FURTADO, BRASILEIRO, NASCIDO EM 12/03/1984, CPF
011.852.873-45, TÍTULO ELEITORAL 27891271554, FILHO DE ANTÔNIO FURTADO COELHO BELLEZA NETO E RAIMUNDA GOMES DE
MORAIS, À PENA DE 03 (TRÊS) ANOS, 07 (SETE) MESES E 12 (DOZE) DIAS DE RECLUSÃO EM REGIME ABERTO;JULGO
PROCEDENTE A IMPUTAÇÃO DELITIVA CONTIDA NA DENÚNCIA PARA, COM FULCRO NO ART. 1º, §2º C/C §4º, I, DA LEI Nº 9.455/1997,
CONDENAR SD PM NAFTALE DE SOUSA BORGES, BRASILEIRO, POLICIAL MILITAR, IDENTIDADE PMPI Nº 1014727-13, CPF Nº
034.001.453-94, TÍTULO ELEITORAL 39028331503, NASCIDO EM 21/02/1990, FILHO DE JOSÉ BORGES DE OLIVEIRA FILHO E ISABEL
CRISTINA DOURADO DE SOUSA BORGES, À PENA DE 01 (UM) ANO, 09 (NOVE) MESES E 10 (DEZ) DIAS DE DETENÇÃO, EM REGIME
ABERTO; E JULGO PROCEDENTE A IMPUTAÇÃO DELITIVA CONTIDA NA DENÚNCIA PARA, COM FULCRO NO ART. 1º, §2º C/C §4º, I,
DA LEI Nº 9.455/1997, CONDENAR CB PM EDVALDO DE OLIVEIRA COSTA, BRASILEIRO, POLICIAL MILITAR, RGPM 1013639-08, CPF Nº
024.990.003-33, TÍTULO ELEITORAL Nº 34719891503, NASCIDO EM 30/01/1987, FILHO DE EDVALDO RODRIGUES DA COSTA E NONIA
MARIA LOPES DE OLIVEIRA COSTA, À PENA DE 01 (UM) ANO, 09 (NOVE) MESES E 10 (DEZ) DIAS DE DETENÇÃO, EM REGIME
ABERTO.Por não terem sido presos em flagrante delitos, tendo os fatos sido investigados por IPM; por ter sido condenado em regime
aberto; por se tratar de fato ocorrido em 2017; por terem passado os réus soltos durante a instrução criminal; por todo o exposto,
MANTENHO O DIREITO DOS RÉUS EX CB PM WANDERLEY RODRIGUES DA SILVA, EX SD PM ERASMO DE MORAIS FURTADO, SD PM
NAFTALE DE SOUSABORGES E CB PM EDVALDO DE OLIVEIRA COSTA, QUALIFICADO NOS AUTOS, DE APELAR EM
LIBERDADE.Réus soltos.Expedientes necessários.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Cumpra-se.Teresina-PI, 27 de maio de
2024.VALDÊNIA MOURA MARQUES DE SÁ.JUÍZA DE DIREITO TITULAR DA 8ª VARA CRIMINAL DE TERESINA (JUSTIÇA MILITAR)
A testemunha de acusação José Tarcísio Braga de Azevedo Filho disse que a vítima estava com a camada interna da pele aparecendo; que a
vítima disse que tinha sido um rapaz que vivia com ela e tiveram uma briga; que encontraram o acusado na avenida; que o acusado não reagiu;
que não lembra se o acusado negou ou não; que a vítima disse que o acusado tinha jogado pelo muro; que o acusado estava alcoolizado; que
não lembra dos detalhes da abordagem; que a vítima somente deu as informações; que não lembra se a vítima tinha sido atendida; que somente
lembra que foi a noite; que tinha um rapaz no local e acredita que era o filho da vítima; que a região era na pedra mole; que o local onde o
acusado foi encontrado era perto da casa da vítima; que a vítima deu o nome do acusado; que não lembra qual a reação do acusado ao ser
informado o motivo da prisão.
A testemunha de acusação Joaquim Camilo de Freitas Desidério disse que lembra do fato; que era PM, na época; que no local estava o filho da
vítima; que estava todo mundo abalado; que deram o primeiro suporte; que crê que a vítima tenha sido atendida pelo SAMU; que o acusado foi
encontrado; que foi dado voz de prisão; que não lembra se a vítima estava no local ou tinha sidi atendida pelo SAMU; que quem apontou o autor
foi o filho da vítima; que o filho afirmou que a vítima tinha sido atingida por um tipo de coquetel molotov; que o coquetel teria sido jogado da
grade; que não sabe afirmar sobre os motivos; que o acusado apenas confirmou sua identificação; que o acusado estava frio; que não sabe se o
acusado jogou o objeto através do portão ou sobre o muro; que não encontraram o acusado com nenhum objeto do crime; que o acusado estava
há duas quadras da via; que o acusado estava caminhando na via; que junto com o acusado estava somente a equipe da PM; que não sabe se o
acusado também morava no bairro.
O acusado Raimundo Araújo dos Santos, ao ser interrogado, utilizou do seu direito de ficar em silêncio.
Da análise dos autos, afere-se que não há provas suficientes para pronunciar o acusado. Conforme análise dos depoimentos acima, nenhuma
das pessoas ouvidas em instrução processual viram os acusados na cena do crime, apenas indicações de terceiros que o apontaram como autor
dos fatos. A vítima nem seu filho foram encontradas para serem ouvidas nessa fase processual.
Assim sendo, se no inquérito foram colhidas provas suficientes para o recebimento da denúncia, na presente fase processual tais provas foram
infirmadas, não se mostrando idôneas para remeter o acusado ao Tribunal do Júri. Assevero que admitir a pronúncia baseada em elementos do
inquérito, sem que tais provas tivessem sido ao menos minimamente ratificadas em juízo, seria reduzir o valor do juízo de prelibação a zero.
Nesse sentido, precedente abaixo:
HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSO PENAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO. PRONÚNCIA DERIVADA DE ELEMENTOS
OBTIDOS EXCLUSIVAMENTE NO INQUÉRITO POLICIAL. EVIDÊNCIA NÃO CONFIRMADA EM JUÍZO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
PARECER MINISTERIAL ACOLHIDO. ORDEM DE HABEAS CORPUS CONCEDIDA PARA RESTABELECER A SENTENÇA DE
IMPRONÚNCIA DO PACIENTE. 1. É certo que, por demandar revolvimento de matéria fático-probatória, a via estreita do habeas corpus não é
adequada para examinar teses sobre ausência de provas ou sobre falta de indícios suficientes de autoria e de materialidade delitiva. Todavia,
esta Corte firmou orientação no sentido de que não se admite que a pronúncia esteja lastreada somente em elementos probatórios colhidos na
fase investigativa e que não foram ratificados em juízo. Desse entendimento destoou a Corte de origem. 2. Com efeito, no caso em análise, ao
impronunciar o Paciente, o Magistrado singular afirmou que os elementos de autoria se restringem a informações que "não foram confirmadas,
em sede judicial, tampouco corroboradas por outras provas". 3. O Tribunal a quo, porém, reformou a decisão de primeira instância, afirmando
que, "em sede de pronúncia, a decisão pode estar amparada nos elementos informativos produzidos durante a fase investigativa", e que o acervo
probatório colhido na esfera inquisitorial é suficiente para submeter o Paciente a julgamento perante o Tribunal do Júri. 4. Nesse contexto, em que
os relatos das testemunhas não foram assertivos sobre a suposta prática de tentativa de homicídio pelo Paciente, e a própria vítima, em juízo,
limitou-se a informar que, "segundo o que ficou sabendo, teria sido o acusado o autor dos disparos", está evidenciado o constrangimento ilegal
resultante da decisão de pronúncia baseada em meros elementos de informação, os quais não são suficientes para fundamentar a decisão de
pronúncia. Precedentes. 5. Ordem de habeas corpus concedida, em conformidade com o parecer ministerial, para restabelecer a sentença de
impronúncia. (STJ - HC: 683878 RS 2021/0241295-9, Data de Julgamento: 17/05/2022, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe
23/05/2022).
Diante do exposto e tudo mais que consta dos autos, IMPRONUNCIO RAIMUNDO ARAÚJO DOS SANTOS, tendo em vista que não há provas
contundentes suficientes para levar o acusado ao Tribunal Popular do Júri, nos termos art. 414 do CPP, que aponta, não se convencendo da
existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.
P.R.I.
Após as formalidades legais, arquivem-se os autos dando baixa na distribuição.
TERESINA/PI, 27 de maio de 2024.
Fernando José Alves Silva
Juiz(a) de Direito da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina
12.37. Sentença1977511
AVISO DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA/8ª VARA CRIMINAL
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
DISTRIBUIÇÃO. 0000369-23.2019.8.18.0140.
SENTENÇA: "Vistos, etc..... É o relatório. (...).ANTE O EXPOSTO, JULGO IMPROCEDENTE A DENÚNCIA E COM FULCRO NO ART. 439,
"E", DO CPPM, ABSOLVO O RÉU SGT PMPI AVELAR DOS REIS MOTA, BRASILEIRO, POLICIAL MILITAR, NATURAL DE BERTOLÍNIA -
PI, NASCIDO EM 16/10/1971, IDENTIDADE PMPI Nº 10.9848-91, FILHO DE MANOEL MESSIAS MOTA E DE MARIA FLORACI LOPES DOS
REIS, DAS IMPUTAÇÕES QUE LHE FORAM FEITAS COMO INCURSO NAS PENAS DO ART. 1º, I, "A", DA LEI Nº 9.455/1997, EM RAZÃO
DE NÃO EXISTIR NOS AUTOS PROVAS CONTUNDENTES PARA UM VEREDICTO CONDENATÓRIO, SENDO SUSCITADA A DÚVIDA
QUANDO DO CONFRONTO ENTE A NEGATIVA DE AUTORIA DO ACUSADO E AS DECLARAÇÕES DA VÍTIMA, ENSEJANDO A
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DO IN DUBIO PRO REO, ISENTANDO-O ASSIM DE QUALQUER RESPONSABILIDADE
PENAL TRAZIDA PARA O BOJO DO PROCESSO.Não constam nos autos bens apreendidos vinculados a este processo.Réu
solto.Expedientes necessários.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Cumpra-se.Teresina-PI, 27 de maio de 2024. VALDÊNIA MOURA
MARQUES DE SÁ.JUÍZA DE DIREITO TITULAR DA 8ª VARA CRIMINAL DE TERESINA (JUSTIÇA MILITAR)
12.39. Sentença1977520
AVISO DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA/8ª VARA CRIMINAL
PROCESSO Nº: 0830741-48.2021.8.18.0140
CLASSE: AÇÃO PENAL MILITAR - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (11037)
ASSUNTO(S): [Desaparecimento, consunção ou extravio]
AUTOR: CORREGEDORIA DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PIAUÍ (COREG), MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
REU: ANTONIO LUIS FERNANDES JANUARIO
SENTENÇA: "Vistos, etc..... É o relatório. (...)Considerando a pena imposta ao sentenciado e a sua vida pregressa, decidiu o CPJ, a
unanimidade e com fulcro nos arts. 84 e 85 do CPM, c/c os arts. 606, 607 e 608, todos do CPPM, conceder ao mesmo, pelo período de 02
(dois) anos, o benefício da suspensão condicional da pena (SURSIS), devendo o sentenciado manifestar-se se ACEITA OU NÃO NA
AUDIÊNCIA ADMONITÓRIA que será designada após o trânsito em julgado.Tendo sido o réu condenado em regime aberto e
encontrando-se em liberdade, concedo o direito de apelar em liberdade.Expedientes necessários.Publique-se. Registre-se, intimem-se.Sem
mais requerimentos, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo.Cumpra-se.Teresina-PI, 24 de maio de 2024.Dr RAIMUNDO JOSE DE
MACAU FURTADO Juíz de Direito Auxiliar da 8ª Vara Criminal deTeresina-PI/Justiça Militar.
12.40. Sentença1977544
AVISO DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA/8ª VARA CRIMINAL
PROCESSO Nº: 0000156-88.2020.8.18.0008
CLASSE: AÇÃO PENAL MILITAR - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (11037)
ASSUNTO(S): [Crime Culposo, Desaparecimento, consunção ou extravio]
AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
REU: EDILSON MENDES DA SILVA
SENTENÇA: "Vistos, etc..... É o relatório. (...)Considerando a pena imposta ao sentenciado e a sua vida pregressa, decidiu o CPJ, a
unanimidade e com fulcro nos arts. 84 e 85 do CPM, c/c os arts. 606, 607 e 608, todos do CPPM, conceder ao mesmo, pelo período de 02
(dois) anos, o benefício da suspensão condicional da pena (SURSIS), devendo o sentenciado manifestar-se se ACEITA OU NÃO NA
AUDIÊNCIA ADMONITÓRIA que será designada após o trânsito em julgado.Tendo sido o réu condenado em regime aberto e
encontrando-se em liberdade, concedo o direito de apelar em liberdade.Expedientes necessários.Publique-se. Registre-se, intimem-se.Sem
mais requerimentos, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo.Cumpra-se.Teresina-PI, 24 de maio de 2024..Dr RAIMUNDO JOSE DE
MACAU FURTADO Juíz de Direito Auxiliar da 8ª Vara Criminal deTeresina-PI/Justiça Militar.
12.41. DECISÃO1977550
PROCESSO Nº: 0003824-11.2010.8.18.0140
CLASSE: EXECUÇÃO FISCAL (1116)
ASSUNTO: [ICMS / Incidência Sobre o Ativo Fixo]
EXEQUENTE: ESTADO DO PIAUI
INTERESSADO: COSTA BRASIL DISTRIBUIDORA LTDA
DECISÃO: "[...]Desta forma, evidenciada a intempestividade do recurso, deixo de conhecer os embargos de declaração e determino o
arquivamento provisório dos autos, tendo em vista já ter decorrido mais de 1(ano) da suspensão processual implementada em 09 de maio de
2018, conforme consignado na decisão de ID nº 25265956. Intimem-se e cumpra-se. TERESINA-PI, data da assinatura digital. Juiz(a) de
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
12.45. Sentença1977562
AVISO DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA/8ª VARA CRIMINAL
DISTRIBUIÇÃO. 0000323-34.2019.8.18.0140.
SENTENÇA: "Vistos, etc..... É o relatório. (...).ANTE O EXPOSTO, COM FULCRO NO ART. 386, VII, DO CPP. JULGO IMPROCEDENTE A
DENÚNCIA ABSOLVENDO O RÉU JOÃO VICTOR RODRIGUES MELO, BRASILEIRO, NATURAL DE TERESINA (PI), NASCIDO EM
14.12.1997, PORTADOR DO RG Nº 3112757 - SSPPI, INSCRITO NO CPF Nº 045.481.483-61, FILHO DE VERONICA RODRIGUES MELO,
DAS IMPUTAÇÕES PREVISTAS NO ART. 155, §1º E §4º, IV C/C ART. 14, II DO CP, EM RAZÃO DE NÃO EXISTIR NOS AUTOS PROVAS
CONTUNDENTES PARA UM VEREDICTO CONDENATÓRIO, SENDO SUSCITADA A DÚVIDA AO CONFRONTO ENTRE A NEGATIVA DE
AUTORIA DO ACUSADO E AS DECLARAÇÕES DA VÍTIMA, PORÉM, ESTAS SEM O APOIO DO RECONHECIMENTO DE PESSOA, FACE
AO DESCUMPRIMENTO DO PROCEDIMENTO ADEQUADO PREVISTO NO ART. 226 DO CPP, ENSEJANDO A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO
CONSTITUCIONAL DO IN DUBIO PRO REO, ISENTANDO-O ASSIM DE QUALQUER RESPONSABILIDADE PENAL TRAZIDAS PARA O
BOJO DO PROCESSO.DETERMINO A CISÃO DO PROCESSO EM RELAÇÃO AO CORRÉU FRANCINALDO SEBASTIÃO CALIXTO DOS
SANTOS.Réu solto.Expedientes necessários.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Cumpra-se.Teresina-PI, 28 de maio de 2024.VALDÊNIA
MOURA MARQUES DE SÁ.JUÍZA DE DIREITO TITULAR DA 8ª VARA CRIMINAL DE TERESINA (JUSTIÇA MILITAR)
12.46. Sentença1977565
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
12.47. Sentença1977567
AVISO DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA/8ª VARA CRIMINAL
DISTRIBUIÇÃO. N.º 0001715-09.2019.8.18.0140
SENTENÇA: "Vistos, etc..... É o relatório. (...)DIANTE DE TODO O EXPOSTO JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE A IMPUTAÇÃO
DELITIVA CONTIDA NA DENÚNCIA PARA CONDENAR: ANDRÉ FELIPE FERREIRA MONTE, BRASILEIRO, NASCIDO EM 05/03/1999,
NATURAL DE TERESINA/PI, RG N.º 4.044.595, CPF N.º 074.813.503-02, FILHO DE ALCÂNGELA MARIA DA CONCEIÇÃO E FRANCISCO
SANTANA DO MONTE, ÀS PENAS DE 06 (SEIS) ANOS, 04 (QUATRO) MESES E 24 (VINTE E QUATRO) DIAS DE RECLUSÃO, A SER
CUMPRIDA INICIALMENTE EM REGIME SEMIABERTO, E AO PAGAMENTO DE 15 (QUINZE) DIAS-MULTA, CADA UM EQUIVALENTE A
1/30 (UM TRIGÉSIMO) DO SALÁRIO-MÍNIMO VIGENTE À ÉPOCA DO FATO, PELA PRÁTICA DO DELITO TIPIFICADO NO ART. 157, §2º II
C/C ART. 70, AMBOS DO CÓDIGO PENAL (ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO DE AGENTES, POR TRÊS VEZES - CONCURSO
FORMAL); JANDERSON WENDEL BARROS FERRAZ, BRASILEIRO, NASCIDO EM 23/08/2000, NATURAL DE TERESINA-PI, RG N.º
3.575.009 SSP/PI, CPF N.º 079.195.293-28, FILHO DE EVA JACQUELINE BARROS FERRAZ, ÀS PENAS DE 06 (SEIS) ANOS, 04 (QUATRO)
MESES E 24 (VINTE E QUATRO) DIAS DE RECLUSÃO, A SER CUMPRIDA INICIALMENTE EM REGIME SEMIABERTO, E AO
PAGAMENTO DE 15 (QUINZE) DIAS-MULTA, CADA UM EQUIVALENTE A 1/30 (UM TRIGÉSIMO) DO SALÁRIO-MÍNIMO VIGENTE À
ÉPOCA DO FATO, PELA PRÁTICA DO DELITO TIPIFICADO NO ART. 157, §2º II C/C ART. 70, AMBOS DO CÓDIGO PENAL (ROUBO
MAJORADO PELO CONCURSO DE AGENTES, POR TRÊS VEZES - CONCURSO FORMAL); JULIANO ALVES FERREIRA, BRASILEIRO,
NASCIDO EM 12/05/1989, NATURAL DE TERESINA-PI, RG N.º 2.937.347 SSP/PI, CPF N.º 046.812.953-70, FILHO DE MARIA ASSUNÇÃO
DA SILVA E CARLOS ALBERTO DE SOUSA, ÀS PENAS DE 06 (SEIS) ANOS, 04 (QUATRO) MESES E 24 (VINTE E QUATRO) DIAS DE
RECLUSÃO, A SER CUMPRIDA INICIALMENTE EM REGIME SEMIABERTO, E AO PAGAMENTO DE 15 (QUINZE) DIAS-MULTA, CADA UM
EQUIVALENTE A 1/30 (UM TRIGÉSIMO) DO SALÁRIO-MÍNIMO VIGENTE À ÉPOCA DO FATO, PELA PRÁTICA DO DELITO TIPIFICADO
NO ART. 157, §2º II C/C ART. 70, AMBOS DO CÓDIGO PENAL (ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO DE AGENTES, POR TRÊS VEZES
- CONCURSO FORMAL).A pena aplicada aos sentenciados impede qualquer forma de substituição de pena privativa de liberdade por outras
penas de diferente espécie, nos termos do art. 44, I, do CP, como também, impede a suspensão condicional da pena ou qualquer outro benefício,
pela vedação disposta no art. 77, do mesmo diploma legal.Quanto ao art. 387, IV, do CPP, deixo de fixar valor mínimo de indenização cível,
tendo em vista que o órgão acusatório absteve-se de formular o respectivo pedido na peça vestibular.Determino à Secretaria dessa Vara
Criminal:a) Lance-se o nome dos sentenciados no rol dos culpados;b) Proceda-se o cálculo e expeça-se mandado para pagamento das
custas e multa pelos sentenciados ANDRÉ FELIPE FERREIRA MONTE, JANDERSON WENDELL BARROS FERRAZ e JULIANO ALVES
FERREIRA em 10 (dez) dias (art. 50 do CP), sob as penas do art. 51 do CP e inclusão dos seus nomes no Sistema SERASAJUD
(Provimento Conjunto nº 42/2021 - PJPI/TJPI/SECPRE (Id: 2606808);c) Comunique-se ao Egrégio Tribunal Regional Eleitoral o teor da decisão
para fins de suspensão dos direitos políticos dos réus;d) Comunique-se a sentença retro às vítimas, conforme determina o art. 201, § 3º, do CPP
(Nova redação - Lei nº 11.690/2008);e) Expeça-se a guia de trânsito em julgado, provisória ou definitiva (após o trânsito em julgado), sendo que
expedida a guia de recolhimento definitiva, os autos da ação penal serão remetidos à distribuição para alteração da situação de parte para
"arquivado" e baixa na autuação para posterior arquivamento, na forma do §4º, do art. 2º da Resolução 113 de 20 de abril de 2010 do Conselho
Nacional de Justiça;f) Os sentenciados tiveram a liberdade provisória concedida em 04/11/2019 (ID n.º 26776097 - fls. 608/610). ANDRÉ
FELIPE FERREIRA MONTE teve sua prisão preventiva novamente decretada, tendo sido mantida conforme decisão proferida em
27/06/2023 (ID n.º 42815637 - fls. 01/04). Contudo, o referido acusado foi posto em liberdade por força da decisão exarada no Habeas
Corpus n.º 0753940-21.2024.8.18.0000, de relatoria do Des. Pedro de Alcântara da Silva Macêdo (ID n.º 57188993). Portanto, todos os
sentenciados encontram-se em liberdade e, considerando a fixação do regime SEMIABERTO para o início do cumprimento da pena,
CONCEDO-LHES O DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE.g) INTIME-SE O MINISTÉRIO PÚBLICO PARA SE MANIFESTAR SOBRE O
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DA MOTOCICLETA HONDA CB 300R, COR VERMELHA, PLACA OEE 4817- PI, CONSTANTE DO DOCUMENTO
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
DE ID N.º 26776097 (FLS. 449/452). h) INTIMEM-SE OS SENTENCIADOS, NO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS, PARA QUE COMPROVEM A
PROPRIEDADE DOS SEGUINTES BENS, E CASO POSSUAM INTERESSE, SOLICITEM A RESPECTIVA RESTITUIÇÃO:01 MOCHILA
VERMELHA, 01 BONÉ NAS CORES PRETA, VERMELHA E BRANCA, 01 CAMISA BRANCA COM LISTRAS PRETAS, 02 CORDÕES DE
METAL, 01 CAMISA REGATA DE COR AZUL, MARCA ADIDAS DENVER 20, 01 CAMISA NAS CORES VERMELHA, AZUL E CINZA, 01
CAPACETE NA COR PRETA, 01 RELÓGIO DE PULSO.EM CASO DE INÉRCIA, DETERMINO A DESTRUIÇÃO DOS REFERIDOS OBJETOS,
CONFORME O DISPOSTO NO ART. 326, II E III, DO PROVIMENTO N.º 151/2023 DA CGJ/PI.i) DETERMINO A DESTRUIÇÃO DA PISTOLA
TAURUS AIRSOFT COM CARREGADOR, NOS TERMOS DO ART. 326, IV, DO PROVIMENTO N.º 151/2023 DA CGJ/PI.Após o cumprimento
de todas as formalidades legais e o trânsito em julgado, determino o arquivamento e baixa deste feito.Réus soltos.Expedientes
necessários.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Cumpra-se.Teresina-PI, 28 de maio de 2024..VALDÊNIA MOURA MARQUES DE SÁ.JUÍZA
DE DIREITO TITULAR DA 8ª VARA CRIMINAL DE TERESINA (JUSTIÇA MILITAR)
12.48. Sentença1977569
AVISO DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA/8ª VARA CRIMINAL
DISTRIBUIÇÃO. N.º 0805645-94.2022.8.18.0140
SENTENÇA: "Vistos, etc..... É o relatório. (...)ANTE TODO O EXPOSTO, O CONSELHO PERMANENTE DE JUSTIÇA DECIDIU, POR
UNANIMIDADE, E COM FULCRO NOS ART. 303 E 319, AMBOS DO CPM, CONDENAR O 2º SGT PM RG 10.9597-91 RIVELINO PEREIRA
DE SOUZA, QUALIFICADO NOS AUTOS, À PENA DE 04 (QUATRO) ANOS, 05 (CINCO) MESES E 10 (DEZ) DIAS DE RECLUSÃO, EM
REGIME SEMIABERTO, APLICANDO-SE SUBSIDIARIAMENTE O ART. 33 DO CP AO CPM, SEM DIREITO AO SURSIS, DE ACORDO COM
O ART. 606, CAPUT, DO CPPM..Determino à Secretaria, após o trânsito em julgado que: Lance-se o nome do sentenciado no rol dos culpados;
Proceda-se o cálculo e expeça-se mandado para pagamento das custas pelo sentenciado em 10 (dez) dias (art. 50 do CP), sob as penas do art.
51 do CP e inclusão do seu nome no Sistema SERASAJUD (Provimento Conjunto nº 42/2021 - PJPI/TJPI/SECPRE (Id: 2606808);
Comunique-se ao Egrégio Tribunal Regional Eleitoral o teor da decisão para fins de suspensão dos direitos políticos;Comunique-se a sentença
retro ao Comandante Geral da PMPI e ao Corregedor Geral da PMPI; O sentenciado encontra-se solto. Por ter sido condenado em regime
SEMIABERTO e não se enquadrar nas hipóteses do art. 255 do CPPM, CONCEDO-LHE O DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE.Tendo
em vista a condenação do réu a pena superior a 02 (dois) anos, deve-se aplicar ao caso o art. 103 do CPM c/c art. §4º do art. 125 da
CF/88. Desta feita, INTIME-SE o Ministério Público Militar para DAR INÍCIO aos procedimentos cabíveis para perda da graduação.Réu
solto.Expedientes necessários.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.Cumpra-se.Teresina-PI, 28 de maio de 2024.VALDÊNIA MOURA
MARQUES DE SÁ.JUÍZA DE DIREITO TITULAR DA 8ª VARA CRIMINAL DE TERESINA (JUSTIÇA MILITAR)
b) CONDENO o acusado WALISSON ALVES DA SILVA, anteriormente qualificado,como incurso nas penas do crime tipificado no art. 33, caput,
da Lei 11.343/06 e ABSOLVO-O da imputação da prática do delito encartado no art. 35 do mesmo diploma legal, conforme inteligência do
art.386, VII do CPP.
DOSIMETRIA DA PENA
Em atenção ao mandamento constitucional inserido no artigo 5°, XLVI, impõe-se a individualização motivada da pena. Passo a dosá-la, em estrita
observância ao disposto pelos artigos 59 e 68, caput, do Código Penal, bem como artigo 42 da Lei Antidrogas. Adoto os Princípios da
Razoabilidade e da Proporcionalidade na dosimetria da pena base para o tráfico de drogas nos limites fixados, abstratamente, na Lei.
Ainda, a legislação não estabelece parâmetros específicos para o aumento da pena-base pela incidência de alguma circunstância de gravidade,
contanto que respeitados os limites mínimo e máximo abstratamente cominados ao delito, constituindo elemento de discricionariedade do juiz
consoante o livre convencimento motivado. Com isto, a exasperação da pena base deve se efetivar à luz da proporcionalidade e da
razoabilidade. Nesta esteira, conforme critério sugerido pela melhor doutrina (Ricardo Augusto Schimitt) bem como pelo Superior Tribunal de
Justiça, deve incidir para cada circunstância negativa o acréscimo de 1/8 (um oitavo) da diferença entre as penas mínima e máxima cominadas
em abstrato ao delito, haja vista que são 8 (oito) as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, de modo que se tem que a valoração para
cada circunstância desfavorável o quantum de 15 (quinze) meses.
Atento ao disposto no art. 42 da Lei Antidrogas, que atribui maior reprovabilidade e considera com preponderância sobre o previsto no art. 59 do
Código Penal as circunstâncias da natureza e quantidade da substância entorpecente ou do produto. Em atenção ao art. 42, as circunstâncias
preponderantes constituem fundamento idôneo à exasperação da pena base em patamar além do trazido pelo art. 59 do CP. Posto isto, somo ao
quantum de 15 (quinze) meses o quantum de 02 (dois) meses para cada preponderante, ante os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
É posicionamento consolidado no STJ:
3. A "quantidade e a natureza da droga apreendida constituem fundamentos aptos a ensejar a exasperação da pena-base, por demonstrar maior
reprovabilidade da conduta" (AgRg no AREsp 674.735/SP, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 13/12/2016, DJe
19/12/2016). 4. Inexistindo patente ilegalidade na análise do art. 42 da Lei n.º 11.343/2006 e do art. 59 do Código Penal, o quantum de
aumento a ser implementado em decorrência do reconhecimento das circunstâncias judiciais desfavoráveis fica adstrito à prudente
discricionariedade do juiz, não havendo como proceder ao seu redimensionamento na via estreita do habeas corpus. 5. Não há constrangimento
ilegal na fixação de regime inicial mais gravoso, tendo em vista a existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis, que permitiu a fixação da
pena-base acima do mínimo legal, dada a interpretação conjunta dos arts. 59 e 33, §§ 2º e 3.º, do Código Penal. 6. Ordem de habeas corpus
denegada. (HC 471.443/PE, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em 19/02/2019, DJe 11/03/2019). grifo nosso.
Estabelecidas as balizas acima, passo à dosimetria da pena de cada réu.
a) Da dosimetria da pena do réu DIEGO ALVES CARDOSO
Inicialmente, analiso as circunstâncias judiciais genéricas listadas no art. 59 do Código Penal, do ora condenado pela prática do crime de tráfico
de drogas, além dos vetores preponderantes do art. 42, Lei nº 11.343/06:
Culpabilidade: normal à espécie.
Antecedentes: deixo de valorar, consoante súmula nº 444 do STJ.
Conduta Social: inexistem nos autos elementos para uma análise negativa.
Personalidade: sem elementos para uma valoração negativa.
Motivos: o motivo do crime, o lucro fácil, é inerente ao tipo penal.
Circunstâncias do crime: são os elementos que influenciam na gravidade do delito, mas não o compõem. É o modus operandi. No caso, é
inerente ao tipo penal.
Consequências do crime: é o resultado da própria ação do agente. É a instabilidade que o delito traz à sociedade e a busca do lucro fácil,
inerente à elementar do tipo penal. A conduta do réu não produziu nenhuma consequência extrapenal.
Comportamento da vítima: não há o que valorar, pois a vítima é indeterminada, tratando-se de toda coletividade.
Natureza da droga: considerando a apreensão de maconha, deixo de valorar a circunstância em alude.
Quantidade da droga: apreendido com o réu o total de 469g de maconha, valoro negativamente a presente vetorial.
Para o delito de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06) que prevê abstratamente a pena de reclusão de 05 (cinco) a 15 (quinze) anos e multa,
ante a análise das circunstâncias supra, fixo a pena-base em 06 (seis) anos e 05 (cinco) meses de reclusão, e pagamento de 640 (seiscentos e
quarenta) dias-multa, ao valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato (ABRIL/2023).
Inexistentes atenuantes/agravantes a incidir, mantenho, nesta fase intermediária, a pena em 06 (seis) anos e 05 (cinco) meses de reclusão, e
pagamento de 640 (seiscentos e quarenta) dias-multa, ao valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato (ABRIL/2023).
Há causa de diminuição da pena a computar. O acusado DIEGO ALVES CARDOSO faz jus à diminuição de pena prevista no §4º do art. 33 da
Lei 11.343/2006. Observo que o réu atende a todos os requisitos legais elencados, pois é primário e não exsurge dos autos elementos que
evidenciem maus antecedentes, dedicação às atividades criminosas e nem integração em organização criminosa.
Em que pese o acusado ser réu em Ações Penais diversas, conforme observância aos autos do Processo nº 0000097-29.2019.8.18.0140 e nº
0001137-46.2019.8.18.0140, que tramitam perante a 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, em que foi denunciado por homicídio
qualificado e por dupla tentativa de homicídio c/c homicídio consumado, respectivamente, bem como se infere da Ação Penal de nº 0806496-
70.2023.8.10.0060, em que foi denunciado também pelo delito de homicídio qualificado c/c homicídio tentado c/c integrar Organização Criminosa,
que tramita na Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados de São Luís-MA, deve-se frisar o entendimento das Cortes Superiores, no
sentido de que investigações e Ações Penais em curso não estão aptas a ensejar o afastamento da benesse processual do art.33, §4°, LAD, tese
essa submetida ao regime de repercussão geral, nos termos do julgamento do RE n. 591.054/SC.
Nesta conjuntura, segue a jurisprudência da Corte Superior de Justiça:
"1. A dosimetria da pena é o procedimento em que o magistrado, no exercício de discricionariedade vinculada, utilizando-se do sistema trifásico
de cálculo, chega ao quantum ideal da pena com base em suas convicções e nos critérios previstos abstratamente pelo legislador. 2. O cálculo
da pena é questão afeta ao livre convencimento do juiz, passível de revisão pelo STJ somente em situações excepcionais de notória ilegalidade
ou de abuso de poder que possam ser aferidas de plano, sem necessidade de dilação probatória. 3. Os requisitos específicos para
reconhecimento do tráfico privilegiado estão expressamente previstos no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, a saber, que o beneficiário seja
primário, tenha bons antecedentes, não se dedique a atividades criminosas e não integre organização criminosa. 4. Inquéritos ou ações penais
em curso, sem condenação definitiva, não constituem fundamentos idôneos para afastar o tráfico privilegiado, sob pena de violação do
princípio constitucional da presunção de inocência (RE n. 591.054/SC, submetido ao regime de repercussão geral). 5. Configura
constrangimento ilegal a presunção de que o agente se dedica a atividades criminosas pela simples existência de inquéritos ou ações penais em
curso, sem condenação criminal definitiva. 6. Agravo regimental desprovido. (Grifo nosso). (STJ - AgRg no HC: 660560 CE 2021/0115008-4,
Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data de Julgamento: 05/10/2021, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 08/10/2021)".
(grifo nosso)
Ainda nesse sentido, trago o decisum da Suprema Corte:
PENA - FIXAÇÃO - ANTECEDENTES - INQUÉRITOS E PROCESSOS EM CURSO - DESINFLUÊNCIA. O Pleno do Supremo, por ocasião do
julgamento do recurso extraordinário nº 591.054, de minha relatoria, assentou a neutralidade, na definição dos antecedentes, de inquéritos ou
processos em tramitação, considerado o princípio constitucional da não culpabilidade. PENA - CAUSA DE DIMINUIÇÃO - ARTIGO 33, § 4º, DA
LEI Nº 11.343/2006 - CONDENAÇÕES NÃO DEFINITIVAS. Não cabe afastar a causa de diminuição prevista no artigo 33, § 4º, da Lei de
Drogas com base em condenações não alcançadas pela preclusão maior. (HC 166385, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma,
julgado em 14/04/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-118 DIVULG 12-05-2020 PUBLIC 13-05-2020). (grifo nosso)
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Contudo, compreendo que a diminuição deverá ser estabelecida em patamar mínimo, haja vista justamente o fato de o acusado responder a
Ações Penais diversas, obstando, portanto, a concessão da benesse em fração superior ao mínimo legal, diante da necessidade de maior
reprovabilidade por parte do Estado. Por consequência, atenuo a expiação em 1/6.
Assim, inexistente causa de aumento da pena a incidir, FIXO A PENA DEFINITIVA de DIEGO ALVES CARDOSO em 05 (cinco) anos, 04
(quatro) meses e 05 (cinco) dias de reclusão, e pagamento de 533 (quinhentos e trinta e três) dias-multa, ao valor de 1/30 (um trigésimo)
do salário mínimo vigente à época do fato (ABRIL/2023).
Em atenção ao que dispõe o art. 33, § 2°, do Código Penal e o art. 111 da Lei de Execuções Penais, fixo o REGIME SEMIABERTO para o réu
iniciar o cumprimento da pena, na Colônia Agrícola Major César ou estabelecimento prisional que possua o regime fixado.
Considerando o que prescrevem o artigo 42 do Código Penal e o § 2º do artigo 387 do Código de Processo Penal, na medida em que a detração
não oportunizará o início da execução da pena em regime mais brando, deixo-a a cargo do juiz da execução, nos moldes do artigo 66, III, "c", da
Lei 7.210/1984.
No que tange à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos aos condenados por tráfico de drogas, reconhecida a
inconstitucionalidade da vedação prevista na parte final do artigo 33, § 4º, da Lei 11.343/2006 (Habeas Corpus nº 97.256/RS), ora inexiste óbice
para a concessão do benefício, desde que, por óbvio, preenchidos os requisitos do artigo 44 do Código Penal, o que inocorre no caso, em razão
da quantidade da reprimenda total imposta ao réu. Assim, DEIXO de substituir a pena.
Mantenho o réu preso, de modo que não lhe concedo o direito de recorrer em liberdade. É pacífica a jurisprudência no sentido de que não
se oportuniza o direito de recorrer em liberdade ao réu que permaneceu sob custódia durante toda a instrução criminal, não constituindo
constrangimento ilegal a manutenção de sua custódia pela sentença condenatória, assim como também é pacífico o entendimento de que não faz
jus ao direito de recorrer em liberdade quando ainda persistirem os motivos que ensejaram a decretação da sua prisão preventiva para a garantia
da ordem pública.
Como exemplo da posição jurisprudencial sedimentada acerca do assunto, o aresto abaixo, verbis:
"(...) III - A jurisprudência pátria já pacificou o entendimento de que não se concede o direito de recorrer em liberdade àquele que
permaneceu custodiado durante toda a instrução criminal, não caracterizando constrangimento ilegal a preservação da sua custódia
pela sentença condenatória, mormente quando permanecerem hígidos os motivos insertos no artigo 312 do Código de Processo
Penal." (Acórdão n.1077331, 20170110334782 APR, Relator: NILSONI DE FREITAS CUSTÓDIO, Revisor: JOÃO BATISTA TEIXEIRA, 3ª
TURMA CRIMINAL, Data de Julgamento: 22/02/2018, Publicado no DJE: 28/02/2018. Pág.: 333/344). grifo nosso.
Sem embargo dos fundamentos expostos, ressalto que a decisão que originariamente decretou a segregação cautelar em 17/04/2023 (ID nº
39676839), a que indeferiu, em consonância com parecer ministerial, o pedido de revogação da prisão preventiva em 01/11/2023 (ID nº
48586570) e em 21/11/2023 (ID nº 49512049), mantendo, por consequência, a segregação cautelar do acusado, não padecem de ilegalidade.
Além disso, o cenário fático no qual foram proferidas as decisões retro mencionadas não se alterou, encontrando-se, inclusive, consolidada a
convicção outrora externada com a condenação.
Destaco, no ensejo, a considerável quantidade de entorpecente, mais precisamente 469 g (quatrocentos e sessenta e nove gramas) de maconha,
a apreensão conjunta de significativa quantia de dinheiro em cédulas trocadas e o contexto em que se deu a ação policial, formalizando cenário
que revela a gravidade concreta do delito e impõe a manutenção da custódia cautelar do mesmo, a fim de se resguardar a ordem pública e a paz
social.
Não se pode desprezar ainda que DIEGO ALVES CARDOSO responde a três processos pelas supostas práticas de homicídio qualificado (ação
penal nº 0000097-29.2019.8.18.0140 na 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina), de dupla tentativa de homicídio c/c homicídio
consumado (ação penal nº 0001137-46.2019.8.18.0140 na 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina) e de homicídio qualificado c/c
homicídio tentado c/c integrar Organização Criminosa (ação penal nº 0806496-70.2023.8.10.0060 na Vara Especial Colegiada dos Crimes
Organizados de São Luís-MA), circunstâncias que evidenciam a periculosidade concreta do agente e o risco à paz social e ordem pública,
demonstrando, pois, a imperiosidade da manutenção da segregação cautelar do réu.
Corroborando com este entendimento, colaciono os seguintes julgados:
"[...] 3. Consoante pacífico entendimento desta Corte Superior de Justiça, a quantidade, a natureza ou a diversidade dos entorpecentes
apreendidos podem servir de fundamento ao decreto de prisão preventiva (AgRg no HC 550.382/R0, Rei. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA
TURMA, DJe 13/3/2020). [...] (STJ -RHC: 14 3945 SE 2021/0073612-1, Relator: Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, Data de Julgamento:
20/04/2021, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 26/04/2021). grifo nosso.
"[...] 3. A existência de maus antecedentes, reincidência, atos infracionais pretéritos, inquéritos ou mesmo ações penais em curso denota o risco
de reiteração delitiva e constitui fundamentação idônea a justificar a segregação cautelar. Precedentes. 4. A jurisprudência da Suprema Corte é
no sentido de que "a periculosidade do agente e a fundada probabilidade de reiteração criminosa constituem fundamentação idônea para a
decretação da custódia preventiva." (HC 150.906 AgR, Rel. Ministro ROBERTO BARROSO, PRIMEIRA TURMA, DJe de 25/04/2018.) [...]". (STJ -
RHC: 105591 GO 2018/0308800-4, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 13/08/2019, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação:
DJe 27/08/2019) (g.n.).
Por oportuno, "consigne-se que é inviável a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, pois a gravidade concreta da
conduta delituosa indica que a ordem pública não estaria acautelada com a soltura do recorrente." (RHC 136.715, Ministro Ribeiro Dantas
Relator, em 22/10/2020).
Destarte, considerando a periculosidade concreta do agente sob foco e seu histórico infracional, a exigir a intervenção estatal para evitar a prática
de outros delitos, reputo imperiosa a manutenção da prisão preventiva, para garantia da ordem pública e asseguramento da lei penal, revelando-
se, portanto, inadequadas e insuficientes as medidas cautelares diversas da segregação.
Assim, MANTENHO a prisão preventiva do réu DIEGO ALVES CARDOSO, nos termos dos artigos 312 e 387, §1º, do Código de Processo
Penal, combinado com o artigo 2°, § 3°, da Lei n° 8.072/90.
Expeça-se a Guia de Execução Provisória, a qual deverá ser encaminhada ao Setor de Distribuição do Primeiro Grau da Comarca de Teresina
- DIS1GRATER, juntamente com o substrato processual, conforme disposições do Provimento nº 126/2023 da Corregedoria Geral do Tribunal de
Justiça do Piauí.
Custas pelo acusado, haja vista estar assistido por Advogada particular, não sendo pessoa hipossuficiente nos termos da lei.
Da prescrição da pretensão punitiva quanto ao delito imputado a DIEGO ALVES CARDOSO
Em atenção ao disposto no Provimento nº 149/2023 do TJ-PI e nos termos do art. 109 do Código Penal, observo a prescrição da pretensão
punitiva, referente ao crime de tráfico de drogas (art. 33, caput da Lei 11.343/06) ora imputado ao sentenciado DIEGO ALVES CARDOSO, na
data provável de 31/10/2043.
Ademais, em que pese o disposto no art. 2º do mencionado Provimento, deixo de realizar o cálculo prescricional com relação à pena em
concreto, haja vista que, para a sua análise, é necessária a formalização do trânsito em julgado do decisum (art.110, §1º, CP). Logo, não
havendo termo inicial para exame do referido lapso prescricional, pois ainda não aberto o prazo para interposição recursal, inviabilizada está sua
apreciação.
b) Da dosimetria da pena do réu WALISSON ALVES DA SILVA
Inicialmente, analiso as circunstâncias judiciais genéricas listadas no art. 59 do Código Penal, do ora condenado pela prática do crime de tráfico
de drogas, além dos vetores preponderantes do art. 42, Lei nº 11.343/06:
Culpabilidade: normal à espécie.
Antecedentes: não há o que valorar.
Conduta Social: inexistem nos autos elementos para uma análise negativa.
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Há atenuante genérica a computar, pois reconhecido que em prol do réu milita a minorante prevista no art. 65, III, d, CP, porquanto confessou a
autoria do crime de tráfico em Juízo. Portanto, atenuo a reprimenda em 1/6.
Ademais, verifico a incidência da agravante prevista no art. 61, I, CP, haja vista tratar-se de réu multirreincidente, com condenações transitadas
em julgado nos autos dos Processos n° 0009634-58.2019.8.11.0006 (data do trânsito - 25/10/2021) e n°0005956-45.2013.8.11.0006 (data do
trânsito - 21/01/2014), ambas pelo crime de roubo majorado, além da condenação definitiva pelo delito de tráfico de drogas majorado no processo
de nº 1080988-55.2018.8.13.0702 (data do trânsito - 24/06/2019). Nesta conjuntura, não decorrido o quinquênio depurador (art.64, I, CP), há de
se reconhecer a agravante em alude.
Na espécie, ante a verificação de múltiplas condenações definitivas em face do acusado há de se reconhecer a fração de aumento em patamar
superior ao mínimo. Logo, agravo a pena em 1/4.
Neste sentido, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
"[...]II - Na hipótese, verifica-se que houve fundamentação idônea a lastrear o valor fracionário utilizado em patamar diverso a 1/6 (um sexto), em
razão do paciente ser multirreincidente, circunstância essa que possibilita o agravamento da pena no patamar estabelecido pelas instâncias
originárias. Precedentes. [...] VII - Além do paciente ostentar reincidência, existem circunstâncias judiciais desfavoráveis na análise da primeira
fase da dosimetria. Logo, fixada a pena em 7 (sete) anos, 1 (um) mês e 21 (vinte e um) dias de reclusão, o regime inicial fechado é o adequado
para o cumprimento da sanção, nos termos do art. 33, § 2º, alínea b e § 3º, do Código Penal. Habeas Corpus não conhecido. (STJ - HC: 448142
RJ 2018/0101706-5, Relator: Ministro FELIX FISCHER, Data de Julgamento: 05/06/2018, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe
08/06/2018) (g.n.)
Sem outras atenuantes e/ou agravantes da pena a considerar, fixo a pena, nesta fase intermediária, em 09 (nove) anos, 05 (cinco) meses e 16
(dezesseis) dias de reclusão e pagamento de 938 (novecentos e trinta e oito) dias-multa, ao valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo em
vigor.
Não há causa de diminuição da pena a computar. Pertine aqui enfatizar que o acusado GUILHERME KENNEDY ARAÚJO CASTILHO não faz
jus à diminuição de pena prevista no §4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, que prescreve a aplicação de minorante em prol do réu primário, de
bons antecedentes, que não se dedicar às atividades criminosas, nem integrar organização criminosa, situação não vislumbrada nestes autos,
razão pela qual descabe o acolhimento do pleito de defesa em alegações finais formulado neste tópico.
Conforme já destacado, em desfavor do réu pesam três condenações transitadas em julgado, sendo uma pela prática do crime de tráfico de
drogas majorado (art. 33, caput, c/c art. 40, V, da Lei 11.343/2006) e outras duas condenações definitivas pelos delitos de roubo majorado,
reincidência que inviabiliza a diminuição de pena prevista no §4º do art. 33 da Lei 11.343/2006.
Vale aqui frisar que a reincidência, registro que lhe retira a primariedade, é apta, por si só, a ensejar afastamento da benesse processual, sem
que fique caracterizado o bis in idem. De acordo com este entendimento, o Superior Tribunal de Justiça, conforme segue:
"1. A dosimetria da reprimenda penal, atividade jurisdicional caracterizada pelo exercício de discricionariedade vinculada, realiza-se dentro das
balizas fixadas pelo legislador. 2. Constatada pelas instâncias ordinárias a reincidência do acusado, ainda que por delito de natureza diversa, fica
afastada a possibilidade de reconhecimento do tráfico privilegiado. 3. O juiz pode fixar regime inicial mais gravoso do que aquele relacionado
unicamente com o quantum da pena ao considerar a eventual existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis, especialmente a natureza ou a
quantidade da droga, até mesmo sua forma de acondicionamento, desde que fundamente a decisão. 4. Agravo regimental desprovido". (STJ -
AgRg no AREsp: 2000600 SP 2021/0343035-7, Data de Julgamento: 24/05/2022, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 26/05/2022).
grifo nosso.
Ainda nesse sentido, o entendimento da Corte Suprema:
"1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no sentido da inviabilidade de utilização do habeas corpus como sucedâneo de
revisão criminal, ressalvados os casos de manifesta ilegalidade. 2. Conforme o art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, é viável a diminuição da pena, de
1/6 a 2/3, para o agente primário, sem antecedentes, que não se dedica a atividades delituosas nem integra organização criminosa. 3. A
reincidência, ainda que não específica, impede o reconhecimento da minorante do tráfico privilegiado, uma vez que se destina a réu primário. 4.
Agravo regimental ao qual se nega provimento". (STF - HC: 223979 SP, Relator: ANDRÉ MENDONÇA, Data de Julgamento: 22/05/2023,
Segunda Turma, Data de Publicação: PROCESSO ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 19-06-2023 PUBLIC 20-06-2023). grifo nosso.
Existe causa de aumento a incidir. Neste tópico, reconhecido que o réu, efetivamente, transportou o material entorpecente apreendido do
estado do Mato Grosso para o estado do Piauí, atravessando, para tanto, as divisas de diversas unidades da federação, exaspero a pena em
1/3, haja vista a considerável distância entre as capitais, que demonstra o longo trajeto percorrido pelo acusado na empreitada delituosa. No
ensejo, destaco que "a distância percorrida e/ou o número de fronteiras ultrapassadas pelo agente podem lastrear a escolha da fração de
aumento de pena decorrente da interestadualidade do delito" (HC 373.523/SP, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA,
julgado em 14/08/2018, DJe 21/08/2018).
Sem outras causas de aumento a considerar, FIXO A PENA DEFINITIVA de GUILHERME KENNEDY ARAÚJO CASTILHO, para o crime
encartado no art. 33, caput, c/c art. 40, V, da Lei 11.343/2006, em 12 (doze) anos, 07 (sete) meses e 11 (onze) dias de reclusão e
pagamento de 1.251 (mil duzentos e cinquenta e um) dias-multa, ao valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época do fato
(SETEMBRO/2023).
B) Do crime de Uso de documento falso (art. 304 do Código Penal)
Inicialmente, analiso as circunstâncias judiciais genéricas listadas no art. 59 do CP, do ora condenado.
Culpabilidade: normal à espécie.
Antecedentes: o réu é condenado com trânsito em julgado por ações penais diversas. Contudo, deixo para considerar as aludidas condenações
por ocasião da segunda fase da dosimetria, de sorte a não incorrer em bis in idem.
Conduta Social: invocando os fundamentos externados no mesmo tópico do processo dosimétrico do narcotráfico, avalio negativamente o
presente vetor.
Personalidade: deixo de valorar, ante o que dispõe a Súmula nº 444 do STJ.
Motivos: o motivo do crime é inerente ao tipo penal, e à própria criminalização.
Circunstâncias do crime: é inerente ao tipo penal.
Consequências do crime: a conduta do réu não produziu nenhuma consequência extrapenal.
Comportamento da vítima: não há o que valorar, pois a vítima é indeterminada, tratando-se da fé pública.
Para o delito de Uso de Documento Falso (art. 304 do Código Penal) aplica-se a pena a cominada à falsificação ou à alteração que, em se
tratando de documento público (art. 297 do Código Penal), é de dois a seis anos de reclusão, e multa. Destarte, ante a análise da circunstância
supra, fixo a pena-base em 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão, e pagamento de 10 (dez) dias-multa, ao valor de 1/30 (um trigésimo)
do salário mínimo vigente à época dos fatos (SETEMBRO/2023).
Há atenuante genérica a computar, pois reconhecido que em prol do réu milita a minorante prevista no art.65, III, d, CP, porquanto confessou a
autoria do crime de uso de documento falso em Juízo. Portanto, atenuo a reprimenda em 1/6.
Ademais, verifico a incidência da agravante prevista no art. 61, I, CP, haja vista tratar-se de réu multirreincidente, conforme fundamentos já
invocados na dosimetria do crime de tráfico de drogas. Nesta quadra, ante a verificação de múltiplas condenações definitivas em face do acusado
há de se reconhecer a fração de aumento em patamar superior ao mínimo. Logo, agravo a pena em 1/4.
Sem outras atenuantes e/ou agravantes da pena a considerar, fixo a pena, nesta fase intermediária, em 02 (dois) anos, 07 (sete) meses e 07
(sete) dias de reclusão e pagamento de 10 (dez) dias-multa, ao valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos
(SETEMBRO/2023).
Assim, não observada a incidência de causas de diminuição e/ou aumento da pena, FIXO a pena definitiva de GUILHERME KENNEDY
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ANO XLVI - Nº 9828 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Maio de 2024 Publicação: Quarta-feira, 29 de Maio de 2024
ARAÚJO CASTILHO, para o crime de uso de documento público falso (art. 304 do CP), em 02 (dois) anos, 07 (sete) meses e 07 (sete)
dias de reclusão e pagamento de 10 (dez) dias-multa, ao valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos
(SETEMBRO/2023).
Do concurso material
Ante o concurso material, nos moldes do art. 69 do Código Penal, FIXO a PENA DEFINITIVA de GUILHERME KENNEDY ARAÚJO CASTILHO
em 15 (quinze) anos, 02 (dois) meses e 18 (dezoito) dias de reclusão e pagamento de 1.261 (mil, duzentos e sessenta e um) dias-multa,
ao valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos (SETEMBRO/2023).
Em atenção ao que dispõe o art.33, §2°, a, CP, e, observando o mandamento legal do art.59, III do Código Penal, fixo o REGIME FECHADO
para o réu iniciar o cumprimento da pena, na Penitenciária Regional Irmão Guido ou estabelecimento prisional que possua o regime fixado,
indeferindo, nesta quadra, o pedido de defesa em manifestações finais.
A despeito do que prescrevem o artigo 42 do Código Penal e o §2º do artigo 387 do Código de Processo Penal, na medida em que a detração
não oportunizará o início da execução da pena em regime mais brando, deixo-a a cargo do juiz da execução, nos moldes do artigo 66, III, "c", da
Lei 7.210/1984.
No que tange à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos aos condenados por tráfico de drogas, reconhecida a
inconstitucionalidade da vedação prevista na parte final do artigo 33, §4º da Lei 11.343/2006 (Habeas Corpus nº 97.256/RS), ora inexiste óbice
para a concessão do benefício, desde que, por óbvio, preenchidos os requisitos do artigo 44 do Código Penal, o que inocorre no caso, em razão
da quantidade da reprimenda imposta ao réu, motivo pelo qual, DEIXO de substituir a pena.
Mantenho o réu preso, de modo que não lhe concedo o direito de recorrer em liberdade. É pacífica a jurisprudência no sentido de que não
se oportuniza o direito de recorrer em liberdade ao réu que permaneceu sob custódia durante a instrução criminal, não constituindo
constrangimento ilegal a manutenção de sua custódia pela sentença condenatória, assim como também é pacífico o entendimento de que não faz
jus ao direito de recorrer em liberdade quando ainda persistirem os motivos que ensejaram a decretação da sua prisão preventiva para a garantia
da ordem pública.
Como exemplo da posição jurisprudencial sedimentada acerca do assunto, o aresto abaixo, verbis:
"(...) III - A jurisprudência pátria já pacificou o entendimento de que não se concede o direito de recorrer em liberdade àquele que
permaneceu custodiado durante toda a instrução criminal, não caracterizando constrangimento ilegal a preservação da sua custódia
pela sentença condenatória, mormente quando permanecerem hígidos os motivos insertos no artigo 312 do Código de Processo
Penal." (Acórdão n.1077331, 20170110334782 APR, Relator: NILSONI DE FREITAS CUSTÓDIO, Revisor: JOÃO BATISTA TEIXEIRA, 3ª
TURMA CRIMINAL, Data de Julgamento: 22/02/2018, Publicado no DJE: 28/02/2018. Pág.: 333/344). grifo nosso.
Sem embargo dos fundamentos expostos, ressalto que a decisão que originariamente decretou a prisão cautelar, assim como a que revisou de
ofício, respectivamente proferidas em 01/09/2023 (ID nº 45944630) e 04/12/2023 (ID nº 50057343), não padecem de ilegalidade. Além disso, o
cenário fático no qual foram proferidas as decisões retro mencionadas não se alterou, encontrando-se, inclusive, consolidada a convicção outrora
externada com a condenação.
Destaco que todo o contexto fático, quando analisado conjuntamente às provas carreadas nestes autos, como a apreensão de 3,224 kg (três
quilogramas e duzentos e vinte e quatro decigramas) de COCAÍNA, que denota a expressiva quantidade, além da natureza altamente nociva da
cocaína, bem como a forma de acondicionamento do narcótico apreendido no episódio revelam a gravidade concreta do delito de tráfico de
drogas atribuído ao réu, vicissitude que reforça a imprescindibilidade da prisão cautelar do acusado, em garantia à ordem pública. Friso, nesse
aspecto, que não se trata de traficante eventual, pois o próprio acusado declinou em depoimento prestado em ambiência policial que já havia feito
diversas viagens a Teresina, transportando entorpecentes, versão que se encontra em consonância com o próprio histórico criminal do
sentenciado, o qual ostenta uma condenação pelo delito de tráfico de drogas majorado, conforme já destacado.
Não se pode desprezar, ainda, que GUILHERME KENNEDY ARAÚJO CASTILHO responde atualmente a duas ações penais, sendo uma na
qual foi denunciado pela suposta prática do delito de roubo, conforme se depreende da ação de nº 1003754-97.2021.8.11.0006 (3ª Vara Criminal
de Cárceres/MT) e da ação de nº 0000036-78.2020.8.10.0069 (Comarca de Araioses/Maranhão), em que foi denunciado pelo delito de tráfico de
drogas. Logo, também pelo histórico delitivo do réu, se apresenta a custódia cautelar como providência a ser necessariamente mantida, para
resguardar a ordem pública.
Nesta quadra cumpre assinalar que o histórico infracional do réu também tem o condão de justificar a decretação da medida extrema, em
garantia da ordem pública, verbis:
"1. O art. 312 do Código de Processo Penal apresenta como pressupostos da prisão preventiva o periculum libertatis e o fumus commissi delicti,
este caracterizado pela prova da existência do crime e indício suficiente de autoria; aquele representado pela garantia da ordem pública, da
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal. 2. Os fundamentos utilizados para
decretar a prisão preventiva não se mostram ilegais ou desarrazoados, especialmente porque ressaltado, pelas instâncias ordinárias,
que o Paciente possui ações penais em andamento pelos crimes de ameaça, resistência e homicídio, circunstâncias aptas a justificar, a
princípio, a imposição da medida extrema para a garantia da ordem pública, pois tais fatos revelam o risco concreto de reiteração
delitiva do Recorrente. 3. A existência de maus antecedentes, reincidência, atos infracionais pretéritos, inquéritos ou mesmo ações
penais em curso denota o risco de reiteração delitiva e constitui fundamentação idônea a justificar a segregação cautelar. Precedentes.
4. A jurisprudência da Suprema Corte é no sentido de que "a periculosidade do agente e a fundada probabilidade de reiteração criminosa
constituem fundamentação idônea para a decretação da custódia preventiva." ( HC 150.906 AgR, Rel. Ministro ROBERTO BARROSO,
PRIMEIRA TURMA, DJe de 25/04/2018.) 5. Existência de condições pessoais favoráveis não tem o condão de, por si só, desconstituir a custódia
antecipada, caso estejam presentes outros requisitos de ordem objetiva e subjetiva que autorizem a decretação da medida extrema. 6. Por fim,
demonstrada pelas instâncias ordinárias, com expressa menção à situação concreta, a presença dos pressupostos da prisão preventiva, não se
mostra suficiente a aplicação de quaisquer das medidas cautelares alternativas à prisão, elencadas na nova redação do art. 319 do Código de
Processo Penal, dada pela Lei n.º 12.403/2011. 7. Recurso ordinário em habeas corpus desprovido". (STJ - RHC: 105591 GO 2018/0308800-4,
Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 13/08/2019, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/08/2019) (g.n.).
Por oportuno, "consigne-se que é inviável a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, pois a gravidade concreta da
conduta delituosa indica que a ordem pública não estaria acautelada com a soltura do recorrente." (RHC 136.715 (Ministro Ribeiro Dantas
Relator, em 22/10/2020).
Desse modo, imprescindível a necessidade de manutenção do recolhimento ao cárcere, a fim resguardar a ordem pública, ante o risco de
reiteração delitiva, a exigir do Estado a adoção das providências necessárias para impedir a prática de outros delitos, revelando-se, por
conseguinte, inadequadas e insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão.
Assim, MANTENHO a prisão preventiva do réu GUILHERME KENNEDY ARAÚJO CASTILHO, nos termos dos artigos 312 e 387, §1º do
Código de Processo Penal, combinado com o artigo 2°, § 3°, da Lei n° 8.072/90.
Expeça-se a Guia de Execução Provisória, a qual deverá ser encaminhada ao Setor de Distribuição do Primeiro Grau da Comarca de Teresina
- DIS1GRATER, juntamente com o substrato processual, conforme disposições do Provimento nº 126/2023 da Corregedoria Geral do Tribunal de
Justiça do Piauí.
Condeno o réu ao pagamento de custas processuais. No entanto, demonstrada a hipossuficiência econômica, suspendo a exigibilidade do
recolhimento das custas, nos termos do art. 98, § 3º, do CPC, analogicamente aplicado, vez que assistido pela Defensoria Pública do Estado do
Piauí.
Da prescrição da pretensão punitiva
Em atenção ao disposto no Provimento nº 149/2023 do TJ-PI, passo agora ao cálculo da prescrição punitiva referente aos crime de tráfico de
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drogas (arts. 33 c/c 40, V, da Lei 11.343/2006) e uso de documento falso (art. 304, do Código Penal) ora imputados ao sentenciado GUILHERME
KENNEDY ARAÚJO CASTILHO.
Nesta conjuntura, verificado que a pena máxima, em abstrato, para os delitos em comento são, respectivamente, de 15 (quinze) anos e 06 (seis)
anos, o cálculo de prescrição regula-se pelo disposto no art. 109, I e III, do Código Penal, observando-se a prescrição da pretensão punitiva na
data provável de 23/11/2043 para o tráfico de drogas e a data de 23/11/2035, para o crime de uso de documento falso (art. 304 do CP).
Ademais, em que pese o disposto no art. 2º do mencionado Provimento, deixo de realizar o cálculo prescricional com relação à pena em
concreto, haja vista que, para a sua análise, é necessária a formalização do trânsito em julgado do decisum (art.110, §1º, CP). Logo, não
havendo termo inicial para exame do referido lapso prescricional, pois ainda não aberto o prazo para interposição recursal, inviabilizada está sua
apreciação.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Oportunamente, após o trânsito em julgado desta decisão, tomem-se as seguintes providências:
a) Expeça-se a Guia de Execução Definitiva em desfavor do condenado, para cumprimento da pena;
b) Lance-se o nome do Réu no rol dos culpados;
c) Proceda-se ao recolhimento dos valores atribuídos a título de pena pecuniária e custas, conforme o disposto pelo art. 686, do Código de
Processo Penal;
d) Oficie-se ao Tribunal Regional Eleitoral deste Estado, comunicando a condenação do Réu, com suas devidas identificações, acompanhada de
fotocópia da presente sentença, para cumprimento quanto ao disposto pelo art. 71, §2º, do Código Eleitoral c/c art. 15, III, da Constituição
Federal;
e) Autorizo a incineração da droga apreendida. Oficie-se à DEPRE;
f) Determino, sem prejuízo de seu eventual aproveitamento nos termos do Projeto Destinar do TJPI, o descarte do celular apreendido, ante a não
comprovação de sua propriedade legítima e lícita durante o trâmite do feito e vinculação à prática delitiva. Por fim, determino a destruição da
mochila preta, ante seu valor irrisório e a vinculação à prática delitiva, além dos demais objetos apreendidos. Oficie-se à COREGUARC.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Teresina-PI, 26 de maio de 2024.
Juiz(a) de Direito da 6ª Vara Criminal da Comarca de Teresina
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autoria e prova da materialidade delitiva, consubstanciados no depoimento da vítima e nos depoimentos testemunhais, em sede policial e de ação
penal; além do Relatório de Ocorrência Policial às fls.16 - ID 27757041 e no Laudo de Exame Pericial - Lesão Corporal às fls. 18 - ID 27757041".
A Defesa requereu a desclassificação da conduta do acusado para lesão corporal, determinando a remessa dos autos ao juízo competente, nos
termos do art. 419, do Código de Processo Penal. Ocorre que, de acordo com as provas acostadas nos autos, este pedido não merece prosperar
visto que se configurou a tentativa de homicídio conforme preceitua o art. 14, do Código Penal Brasileiro
Assim, observa-se que restaram satisfeitos os requisitos do art. 413, do CPP ("a fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da
materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação"), para levar o processo a julgamento pelo Conselho de
Sentença.
A decisão de pronúncia encerra a primeira etapa do procedimento dos crimes da competência do Tribunal do Júri, caracterizando-se como um
juízo positivo de admissibilidade da acusação, a dispensar, nesse momento processual, prova incontroversa da autoria do delito, em toda sua
complexidade normativa.
Portanto, para permitir o julgamento do acusado por seu juiz natural, a lei processual penal exige, tão somente, que haja prova da existência do
crime e indícios suficientes de sua autoria (presentes nesse caso concreto), tendo em vista que nessa fase inicial (judicium accusationis), não há
julgamento de mérito e não se afirma, peremptoriamente, a responsabilidade penal pelo crime imputado ao agente. A competência para avaliar,
de modo conclusivo, os fatos e julgar o acusado compete ao Conselho de Sentença.
Desse modo, a tese sustentada pela Defesa - desclassificar a conduta do acusado para lesão corporal - não merece acolhimento, diante do
animus necandi demonstrado nos autos.
Ressalta-se que para considerar a ocorrência desclassificação, conforme determina o art. 419, do CPP, é necessário que o delito apontado na
acusação não se inclua nos de competência do Tribunal do Júri, o que não ocorreu no caso em apreço. Dos elementos de prova constantes dos
autos, não é possível vislumbrar uma clara e inquestionável situação que possa levar à desclassificação do crime.
Sobre o tema, destaca-se o seguinte entendimento jurisprudencial:
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PRONÚNCIA. DESCLASSIFICAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. QUALIFICADORAS. 1. Do conjunto probatório coligido, a materialidade foi comprovada e há suficientes indícios de
autoria para a submissão do agravante ao Tribunal popular. Assim, presentes estão os requisitos do art. 413 do Código de Processo Penal, e
dessume-se do acórdão que foram produzidas provas em juízo que indicam a autoria delitiva do agravante. Desse modo, havendo indícios da
prática de crime doloso contra a vida, faz-se necessária a pronúncia, para que o Juiz natural da causa aprecie o mérito da imputação. 2. A
alteração do entendimento das instâncias de origem, a fim de concluir que a dinâmica dos fatos teria ocorrido de forma diversa, de
forma a desclassificar a conduta para a forma culposa, demandaria análise probatória, providência vedada na via eleita. 3. Por fim, vale
consignar que esta Corte Superior entende que "a exclusão de qualificadoras somente é possível, na fase da pronúncia, se manifestamente
improcedentes, sob pena de usurpação da competência dos jurados" (AgRg no AREsp n. 2.043.486/MT, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta
Turma, julgado em 2/8/2022, DJe de 10/8/2022). 4. Agravo regimental desprovido. (AgRg no HC n. 893.318/SP, relator Ministro Antonio Saldanha
Palheiro, Sexta Turma, julgado em 29/4/2024, DJe de 3/5/2024.)
Vale frisar que a decisão de pronúncia encerra mero juízo de admissibilidade, cujo objetivo é submeter o acusado ao julgamento popular, eis que
nessa fase vigora o princípio in dubio pro societate em contraposição ao princípio do in dubio pro reo.
Com relação às qualificadoras, que a Defesa requer que afaste a qualificadora do motivo fútil e a do recurso que impossibilitou a defesa da
vítima, tem-se que somente devem ser afastadas se forem manifestamente improcedentes e em flagrante contrariedade com as provas.
No que se refere à qualificadora do motivo fútil (art. 121, §2º, II), de acordo com as provas colhidas durante a instrução processual, constatou-se
que o crime praticado foi desprovido de qualquer justificativa lógica que possa explicar a conduta praticada. Quanto à qualificadora prevista no
art. 121, § 2o, inciso IV, CP (à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do
ofendido), consta que a vítima teria sido surpreendida quando o acusado arremessou meio químico (água sanitária) em seus olhos, o que foi
comprovado mediante laudos acostados aos autos da presente ação. Assim, considerando as circunstâncias em que teria ocorrido o delito, cabe
ao Conselho de Sentença decidir se tal fato caracteriza emprego de recurso que impossibilitou a defesa do ofendido.
Em relação ao pedido de revogação da prisão preventiva, pleiteado pela Defesa, MANTENHO a decisão que decretou a referida prisão, tendo
em vista que estão presentes os requisitos legais autorizadores da segregação cautelar, bem como os fundamentos que a caracterizam, quais
sejam: a necessidade de garantir a ordem pública, assegurar a periculum libertatis aplicação da lei penal e por conveniência da instrução criminal.
Com efeito, cabe-nos destacar que foi empreendidas várias diligências para localizar o acusado, mas encontra-se em local incerto e não sabido.
Además, consta nos autos que está foragido do sistema prisional desde 09/10/2013 e, conforme a tese nº 1 da "Jurisprudência em Teses" do
STJ, edição nº 32, "a fuga do distrito da culpa é fundamentação idônea a justificar o decreto da custódia preventiva para a conveniência da
instrução criminal e como garantia da aplicação da lei penal". Quanto à conveniência (necessidade) da instrução criminal, da mesma forma,
subsiste razão, pois o fato de o acusado não ter sido localizado, bem como não ter se apresentado para prestar esclarecimentos, dificulta o
normal seguimento do feito.
Nesse sentido precedente abaixo:
HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO. AMEAÇA. GRAVIDADE EM CONCRETO DO DELITO. RÉU QUE
FORAGIU APÓS A PRÁTICA DO DELITO. FUNDAMENTOS IDÔNEOS E SUFICIENTES A JUSTIFICAR A MANUTENÇÃO DA PRISÃO.
EXCESSO DE PRAZO. NÃO CONFIGURAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE DESÍDIA DO JUDICIÁRIO NO IMPULSIONAMENTO DA AÇÃO PENAL.
PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 21/STJ. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AUSÊNCIA. (...) 4. Em relação aos
fundamentos da custódia cautelar, de acordo com reiteradas decisões desta Corte Superior, as prisões cautelares são medidas de índole
excepcional, somente podendo ser decretadas ou mantidas caso demonstrada, com base em elementos concretos dos autos, a efetiva
imprescindibilidade da restrição ao direito constitucional à liberdade de locomoção. 5. No caso, em que pesem as alegações da defesa, foi
apresentada fundamentação concreta para a decretação da prisão preventiva, consubstanciada na garantia da ordem pública em razão
da gravidade em concreto do delito, na conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal. 6. Como se vê do
acórdão a quo, o paciente está sendo acusado de conduta grave, in concreto, porquanto, mesmo proibido judicialmente de se aproximar da
vítima, foi armado até o apartamento dela, em um condomínio fechado, a ameaçou de morte e a trancou no quarto, bem como colocou uma fita
adesiva em sua boca, fazendo com que a ofendida, desesperada, se atirasse do 4º andar do prédio para salvar sua vida, aproveitando-se que o
paciente havia saído por alguns momentos e ido até a garagem, o que lhe provocou lesões graves (fl. 14). Além disso, consta da última
decisão que manteve a prisão que o acusado empreendeu fuga e permaneceu na condição de foragido, somente sendo preso em razão
da exitosa ação da Polícia (fl. 84). 7. Ordem denegada. (HC n. 714.093/SP, relator Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, julgado em
29/3/2022, DJe de 1/4/2022.)
Ante o exposto, e tudo mais que dos autos consta, PRONUNCIO o acusado DAVI GOMES VIEIRA, nos termos do art. 413 do CPP.
Em atenção ao princípio da inocência, deixo de lançar o nome do acusado no rol dos culpados.
Publique-se, registre-se e intimem-se.
Cumpra-se.
TERESINA-PI, 27 de maio de 2024.
Juiz(a) de Direito da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina
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e a vítima jogava cerveja; que a vítima estava com duas amigas, "Kika" e Rayane; que ia a sua casa fazer comida e voltava para o bar; que
estava bebendo e quando viu já tinha feito a besteira; que não atirou com a intenção de matar a vítima; que não estava armada no bar; que
saiu sozinha e pegou a arma na sua casa; que atirou para cima e disse "mulher, me deixa em paz"; que a arma era de um rapaz que se
envolveu quando se separou do seu esposo; que lembra de um tiro; que depois do ocorrido vendeu sua casa e saiu do bairro; que só frequenta
o bairro em datas comemorativas por casa da sua mãe e sogra.
Da análise dos depoimentos acima, não há como apontar que tenha ocorrido o animus necandi. Ora, acusada e vítima estavam num clima de
animosidade causado pelo fato de o esposo de Marcilene ter tido um relacionamento extraconjugal com a ofendida. No dia dos fatos, conforme
depoimentos das testemunhas, a vítima provocava acusada, falando sobre tal relacionamento. Não há como negar que a acusada efetuou os
disparos, porém o tiro (ou tiros) dados não atingiram a vítima.
Em seu depoimento, a ofendida diz que os tiros foram dados em sua direção. Ocorre que as testemunhas dizem que os tiros não foram em
direção a ela. Chama-se a atenção para o fato de que vítima e acusada estavam próximas fisicamente. Ora, se esta tivesse a intenção
efetivamente de matar a vítima, poderia ter direcionado os tiros a fim de acertá-la ou até a surpreendido com um tiro a queima-roupa.
Assim sendo, a inconsistência do depoimento da vítima, o fato de essa ter provocado a acusada e de os disparos terem sido incruentos, todo
esse contexto faz concluir que não há apontamentos para a configuração do delito doloso contra a vida. Assevere-se que uma sessão de júri,
deveras solene e dotada de dispendiosidade, não pode ser vulgarizada, só devendo ocorrer quando houve indícios idôneos da autoria de crime
doloso contra a vida; o que não é o caso.
Como bem asseverado pela acusação e Defesa, deve o crime previsto no art. 121, §2º, II c/c art. 14, II do CP ser desclassificado para o delito
de disparo de arma de fogo previsto no art. 15 da Lei 10.826/03.
Diante do exposto e tudo mais que consta dos autos, DESCLASSIFICO A CONDUTA da acusada MARCILENE MARIA DA SILVA para o
delito previsto no art. 15 da Lei 10.826/03.
Tendo em vista a desclassificação do crime, deveria haver a declinação de competência. Ocorre que a denúncia foi recebida em 28 de maio de
2014, ou seja, há mais de 10 anos. O crime previsto no art. 15 da Lei 10.826/03 tem pena máxima de 4 anos de reclusão, prescreve, portanto,
em 8 anos, nos termos do art. 109, IV do CP. Diante disso, afere-se que operou-se a extinção da punibilidade pela prescrição da pena em
abstrato.
Conforme Provimento 149, de 11 de outubro de 2023, segue anexo documento contendo informação relativa à prescrição declarada.
Dessa forma, após o trânsito em julgado da presente decisão, determino o arquivamento do feito com a pertinente baixa na distribuição.
P. R. I.
TERESINA-PI, 28 de maio de 2024.
Juiz(a) de Direito da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina
Editais do Conselho Nacional de Justiça. Dado e passado nesta cidade e comarca de Teresina, Estado do Piauí, aos 28 de maio de 2024
(28/05/2024). Eu, MARCELLE MADEIRA NORONHA, digitei.
LISABETE MARIA MARCHETTI
Juíza de Direito da 7ª Vara Criminal da Comarca de Teresina
Em cumprimento ao teor disposto em sentença de ID 52994206 da Ação de Alimentos nº 0830974-74.2023.8.18.0140, em que tem como partes
P.J.DA S. e M. P. D. S. M. e J.P.M. e, para que chegue ao conhecimento de todos e não possam no futuro alegar ignorância, publique-se a
sentença acima mencionada, cujo teor em dispositivo segue adiante transcrito: "Fundamento e decido. Satisfeitas as exigências de ingresso e
desenvolvimento processual, como ficou patenteado quando da análise dos documentos que instruem o feito e em consonância ao parecer
ministerial, homologo o acordo inserto no ID 45500176, nos termos transcritos no documento, firmado e devidamente assinados pelos
convenentes, para que surta os jurídicos e legais efeitos, que passam a fazer parte integrante e inseparável desta decisão. Tendo, pois, a
transação força de sentença entre as partes, julgo extinto o processo, com resolução de mérito, nos termos do CPC 354 c/c CPC 487, III, "b". Dê-
se ciência ao Ministério Público. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Transitada em julgado a presente sentença, arquivem-se os
autos com baixa definitiva na distribuição. PELO PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS, CELERIDADE E ECONOMIA
PROCESSUAL, ESTA SENTENÇA, DESDE QUE ASSINADA DIGITALMENTE, VALERÁ COMO INSTRUMENTO HÁBIL DO QUE DECIDIDO.
Teresina-PI, data da assinatura eletrônica. Juíza de Direito da 3ª Vara de Família da Comarca de Teresina."
Teresina, 28 de maio de 2024.
FABRICIAH AGUIAR CHINELLI
Secretaria da 3ª Vara de Família da Comarca de Teresina
Conselho Nacional de Justiça (onde permanecerá pelo prazo de seis meses), ficando dispensado o cumprimento desta determinação enquanto a
plataforma não for criada e estiver em efetivo funcionamento, tudo nos termos do disposto no artigo 755 § 3º do Código de Processo Civil. Esta
sentença SERVIRÁ como EDITAL, publicando-se o dispositivo dela pelo Órgão Oficial por três vezes, com intervalo de dez dias. Esta sentença,
certificado o Trânsito em julgado, SERVIRÁ como MANDADO DE INSCRIÇÃO, dirigido ao Cartório do Registro Civil Competente, nos termos do
artigo 89 c/c o artigo 106 da Lei nº 6.015/73. Esta sentença SERVIRÁ como TERMO DE COMPROMISSO DE CURATELA DEFINITIVO e
CERTIDÃO DE CURATELA, independentemente de assinatura da pessoa nomeada como curador, nos termos acima determinados. Registre-se,
e após transitada em julgado, arquivem-se estes autos observadas as formalidades legais. Intime-se o curador quanto a obrigação de prestar,
anualmente, contas de sua administração a este juízo, apresentando o balanço do respectivo ano. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Cumpridas
as formalidades legais, arquivar com baixa na distribuição. PARNAÍBA-PI, 09/01/2024.. - ANNA VICTÓRIA MUYLAERT SARAIVA SALGADO -
Juíza de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de Parnaíba, em substituição
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audiência de instrução e julgamento, justificando concretamente sua necessidade para deslinde do caso, ou se a dispensa de plano, julgando o
caso nos termos apresentados (CPC, art. 355, incs. I e II). No ato, em observância ao princípio da causalidade, todas as provas documentais
devem ser carreadas aos autos sob pena de não serem conhecidas, exceto tratando-se de fato novo (CPC, art. 434 e ss). . Eu, FRANCISCO
VALENTIM NETO, analista judicial, digitei e subscrevi.
PICOS, 28 de maio de 2024.
FRANCISCO VALENTIM NETO
3ª Vara da Comarca de Picos
EDITAL DE CITAÇÃO
Prazo de 10 (dez) dias
A Dra. MARIA LUIZA DE MOURA MELLO E FREITAS, Juíza de Direito desta cidade e comarca de TERESINA, Estado do Piauí, na forma da lei,
etc...
FAZ SABER a quem interessar possa e o conhecimento deste deva pertencer que tramita neste Juizado da 1ª Vara da Infância e da Juventude,
desta Cidade e Comarca de Teresina, Capital do Estado do Piauí, uma Ação de Guarda de Infância e Juventude(Processo nº 0830332-
72.2021.8.18.0140), requerida por V. M. da C. S., ficando por este Edital CITADOo Sr. ELIDON RODRIGUES DE SOUSA CASTRO, residente
e domiciliado em endereço ignorado, para querendo, oferecer resposta escrita com o prazo de 10(dez) dias, nos termos do art. 158, § 4º,
do ECA, iniciando-se o prazo para contestação no primeiro dia útil após o prazo dilatório de 20(vinte) dias, devendo indicar as provas a
serem produzidas e oferecer rol de testemunhas e documentos, se for o caso, com a advertência de que será nomeado curador
especial em caso de revelia, nos termos do artigo 257, IV, do CPC. Transcorrido o prazo editalício sem manifestação da parte,
encaminhem-se os autos à Defensoria Pública (Curadoria de Ausentes) atuante junto a esteJuízo. E para que chegue ao conhecimento
dos interessados e não possam no futuro alegar ignorância, foi expedido o presente edital que será publicado no Diário de Justiça e nas
plataformas de editais do Conselho Nacional de Justiça. Dado e Passado nesta Cidade e Comarca de TERESINA, Estado do Piauí, aos 28 de
maio de 2024 (28/05/2024).
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PRELIMINAR. VIOLAÇÃO À DIALETICIDADE. REJEIÇÃO. QUADRO DEMENCIAL PROGRESSIVO. NOMEAÇÃO. CURADOR. ORDEM DE
PREFERÊNCIA LEGAL. CONDIÇÕES MAIS ADEQUADAS. MELHOR INTERESSE DO INTERDITANDO. PREVALÊNCIA. IRMÃO ESCOLHIDO
COM ANUÊNCIA DOS DEMAIS. AUSÊNCIA DE OPOSIÇÃO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Consoante a orientação do c. Superior Tribunal de
Justiça, não há afronta ao princípio da dialeticidade recursal se foram expostos os motivos de fato e de direito que evidenciam a intenção da parte
em alcançar a reforma da decisão prolatada na instância originária. 2. A ordem de preferência prevista no artigo 1.775 do CC/02, de que as
pessoas mais próximas ao curatelado exerçam a curatela, pode ceder se houver demonstração de que outro familiar mais distante, ou até
terceiro, detém condições mais adequadas de exercer o encargo de suprir as necessidades do interditando. Deve prevalecer, no particular, o
melhor interesse do incapaz. 3. Conquanto se extraia dos autos que a relação entre os irmãos seja permeada de conflitos, a escolha de um deles
como curador contou com a anuência de quase todos os demais filhos do casal e não houve a oposição de outro parente, com exceção do
Apelante, o que denota a adequação ao encargo. 4. O caderno processual demonstra que o curador nomeado detém compatibilidade com o
múnus, que será fiscalizado pelo Juízo e pelo Ministério Público, além de deter relação de afinidade e afeto com os interditados, de modo que
reúne as melhores condições para a preservação dos interesses dos pais e, por conseguinte, afasta a necessidade de nomeação de curador
dativo. 5. Apelação conhecida e não provida. Preliminar rejeitada. (TJ-DF 07291512320188070016 - Segredo de Justiça 0729151-
23.2018.8.07.0016, Relator: Robson Teixeira de Freitas, Data de Julgamento: 27/01/2022, 8ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no PJe
: 04/02/2022 . Pág.: Sem Página Cadastrada.) Portanto, vislumbro que a concessão da curatela à requerente se coaduna com o princípio do
melhor interesse, haja vista o acervo documental constante dos autos, dando conta que a pretensa curadora dispensa os cuidados necessários à
interdita. Assim, imperiosa se faz a substituição, considerando a necessidade de proteção dos interesses da interdita. Ante o exposto, acolhendo
o parecer ministerial, JULGO PROCEDENTE o pedido, para NOMEAR a Sra. MARIA JOSÉ ARAÚJO BRITO, como curadora de ANA MARIA
SILVA ARAÚJO, em substituição ao antigo detentor do múnus, a Sra. MARIA DOS REMÉDIOS SILVA AMORIM, extinguindo o feito com
resolução do mérito, na forma do art. 487, I do CPC. Sem custas, em face do benefício da justiça gratuita concedido. O Curador não poderá
por qualquer modo onerar ou alienar quaisquer bens móveis, imóveis, ou de qualquer natureza, pertencentes à interdita, sem autorização judicial.
Os valores recebidos de entidade previdenciária deverão ser aplicados exclusivamente na saúde, alimentação e no bem estar do interdito.
Cumpra-se o disposto nos art. 755, § 3º do CPC, publicando-se os editais. Inscreva a sentença no Registro Civil. Publique-se na Impressa Oficial
por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 dias. Esta sentença SERVIRÁ como EDITAL. Esta sentença, certificado o Trânsito em julgado, SERVIRÁ
como MANDADO DE INSCRIÇÃO, dirigido ao Cartório do Registro Civil Competente, nos termos do artigo 89 c/c o artigo 106 da Lei nº 6.015/73.
Esta sentença SERVIRÁ como TERMO DE COMPROMISSO DE CURATELA DEFINITIVO e CERTIDÃO DE CURATELA, independentemente de
assinatura da pessoa nomeada como curadora, nos termos acima determinados. Registre-se, e após transitada em julgado, arquivem-se estes
autos observadas as formalidades legais. Intime-se o(a) curador(a) quanto a obrigação de prestar, anualmente, contas de sua administração a
este juízo, apresentando o balanço do respectivo ano, bem como quanto aos crimes e infrações administrativas descritos nos artigos 89 e 91 da
lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência. As determinações proferidas por este Juízo e outros da área de família, consistentes em
decisão/sentença estão sendo operacionalizados, na parte final do seu dispositivo, já com as determinações que deverão ser cumpridas por
aqueles a quem são dirigidas, dispensando a expedição de ofício/mandado ou qualquer outro que se processe ao seu cumprimento. Assim,
espera este Juízo que a ordem judicial determinada na decisão acima seja imediatamente cumprida pelos órgãos competentes, advertindo que o
seu descumprimento importará em crime previsto no art. 12 da Lei nº 1.079/1950 e importará na aplicação das penalidades previstas em lei.
Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Cumpridas as formalidades legais, certifique-se o trânsito em julgado e arquivem-se os autos.
Parnaíba (PI), data registrada no sistema. CAIO EMANUEL SEVERIANO SANTOS E SOUSA - Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de
Parnaíba-PI, em substituição
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SENTENÇA
Vistos, etc.
O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL apresentou proposta de suspensão condicional do processo em face de EVANGELISTA BELINO DA
SILVA devidamente qualificado na inicial acusatória, durante dois anos, segundo as condições fixadas em audiência.
Parecer ministerial, onde requereu que fosse declarada a extinção da punibilidade do acusado, com base no art. 89, §5º da Lei n° 9.099/95.
Vieram-me os autos conclusos.
É o relatório. Decido.
FUNDAMENTAÇÃO.
Não havendo preliminares, passo ao mérito da questão.
De acordo com o art. 89, § 5º, da Lei nº 9.099/95, se decorrer o prazo de suspensão e não ocorrer a revogação do benefício, será considerada
extinta a punibilidade.
Dessa forma, considerando que o réu cumpriu todas as condições impostas durante o período de suspensão do processo, com fundamento no §
5º, do art. 89, da Lei nº 9.099/95, JULGO extinta a punibilidade do réu EVANGELISTA BELINO DA SILVA.
Caso haja fiança paga nos autos, autorizo a restituição.
Sem custas na forma da lei.
P. R. I.
Após o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição.
PICOS-PI, 25 de abril de 2024.
Juiz(a) de Direito da 5ª Vara da Comarca de Picos
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de crime na presença de filhos menores (HC 461.478), no caso em apreço o menor Álvaro presenciou os fatos e precisou realizar tratamento
psiquiátrico.
2. (=) Quanto aos antecedentes, sua vida ante acta está imaculada tecnicamente, não havendo certidão que comprove sua reincidência;
3. (=) Sua conduta social, que se reflete na convivência no grupo e sociedade e não se confundem com os seus antecedentes criminais (STJ. 5ª
Turma. HC 494.616-PR, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 25/06/2019) presume-se boa, não havendo nenhuma circunstância
que ateste o contrário.
4. (=) Sua personalidade, não há elementos suficientes para valorar negativamente.
5. (=) Os motivos, embora extremamente reprováveis e repugnantes, já integram o tipo penal.
6. (=) As circunstâncias do crime são comuns aos fatos.
7. (=) Quanto as consequências do crime, estas são insertas ao tipo penal
8. (=) O comportamento da vítima, circunstância neutra, em nada influiu.
Na primeira fase da dosimetria da pena, presente apenas uma circunstância judicial valorada negativamente, fixo a pena base em 07 (sete)
meses de detenção.
Na segunda fase, tendo em vista a incidência da circunstância agravante prevista no art. 61, inc. II, alínea "f" do CP, por se tratar de violência
contra a mulher, já que a vítima era esposa do acusado, agravo a pena em 1/6 (um sexto) passando a dosá-la em 08 meses e 05 dias de
detenção, pena que torno definitiva ante a inexistência de causas de aumento ou de diminuição da pena.
Do regime inicial de cumprimento da pena.
O regime inicial de cumprimento de pena é o regime aberto (art. 33, §2°, alínea "c", do CP).
Do direito de recorrer em liberdade.
Ante a pena aplicada e considerando que o réu permaneceu solto durante toda a instrução processual, concedo-lhe o direito de recorrer em
liberdade.
Das custas judiciais.
Condeno o réu ao pagamento das custas, nos termos do art. 804, do CPP.
I - PROVIDÊNCIAS FINAIS
a) Dos bens apreendidos ou fiança para destinação.
De acordo com o art. 91, inciso II, do CP, do Provimento N° 151/2023 (Código de Normas da Corregedoria no âmbito do Estado do Piauí),
registro que não há bens apreendidos ou fiança pendentes de destinação;
b) Da análise dos prazos prescricionais, de acordo com o Provimento N° 149/2023/CGJ-TJPI
Considerando que a Corregedoria Geral de Justiça do Piauí, nos arts. 1° e 2°, determinou no Provimento supracitado que os Juízes de
competência criminal, ao prolatarem sentença realizem o cálculo da prescrição da pretensão punitiva em abstrato e em concreto, passo a análise
individualizada e registro a inclusão dos anexos dos cálculos.
Em abstrato: O crime do art. 129, 9° possui pena máxima de 03 anos de detenção, já o crime do art. 24-A, da LMP possui pena máxima de 02
anos de detenção. Os crimes citados prescrevem em 08 anos e 04 anos, respectivamente. Considerando a data do recebimento da denúncia, em
03 de março 2022, a pretensão da pretensão punitiva estatal encontra-se válida.
Em concreto: A pena em concreto do crime do art. 129, 9°, do CP foi fixada em 08 meses e 05 dias de detenção, prescreve em 03 anos.
Considerando que a denúncia foi recebida em 103 de março de 2022, será alcançada apenas em 02 de março de 2025.
c) Nos termos do 21 da LMP, comunique-se a vítima sobre a prolação dessa sentença.
d) Após o trânsito em julgado, face o princípio da presunção de inocência: procedam-se as anotações de praxe, comunicando-se a Justiça
Eleitoral para os fins previstos no art. 15, III, da Constituição Federal e expeça-se a competente guia de execução definitiva (Res. 113, CNJ), com
atestado de pena a cumprir, encaminhando-a ao juízo da execução penal local.
e) Expedida a guia e pagas as custas, arquive-se, definitivamente, até a notícia da extinção da pena.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
PICOS-PI, datado e assinado eletronicamente.
FABRÍCIO PAULO CYSNE DE NOVAES
Juiz(a) de Direito da 4ª Vara da Comarca de Picos
14. OUTROS
[]
com vistas a estabelecer uma justa e adequada resposta penal do Estado, capaz de atender aos princípios da necessidade e suficiência, para
repressão e prevenção dos crimes, passo à individualização das penas relativas ao delito apurado (art. 14 da Lei n° 10.826/2003).
1ª FASE: CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS - ART. 59 DO CP
Na ausência de parâmetro legal para fins de fixação da pena mínima na primeira fase, sigo a orientação firmada no STJ de promover o aumento
ideal de 1/8 (um oitavo) a cada circunstância judicial negativamente valorada, a incidir sobre o intervalo de pena abstratamente estabelecido no
preceito secundário do tipo penal incriminador (STJ, HC n. 556.629/RJ, 5ª T., Data do Julgamento: 03/03/2020).
a) Culpabilidade: não excede os limites da norma penal;
b) Antecedentes: o acusado não possui condenação com trânsito em julgado, nada havendo a valorar;
c) Conduta Social: a mera suposição de envolvimento criminal materializada por investigação ou ação penal em andamento não pode refletir em
valoração negativa da conduta do agente, sob pena de ofensa ao art. 5°, inciso LVII, da CF (STJ, HC n°81866/DF). Portanto, não há elementos
concretos que venham a desabonar o seu modo de vida, ou seja, sua interação com o meio em que convive;
d) Personalidade: trata-se de valoração da história pessoal da vida de cada pessoa, da sua índole, dos antecedentes biopsicológicos, de modo
que meras afirmações e juízos valorativos com base em ações que tramitam em desfavor do sentenciado, desprovidos de fundamentação
esclarecedora da situação evidenciada, padecem de motivação autorizadora da exasperação da pena - base (STJ, HC 834439/SP; STJ, HC
279605/AM; STJ, HC n° 130.835/MS; STJ, HC 136685/RS; e STJ, HC 296065/PE). Dessa forma, não há laudos/elementos que possam informar
a respeito da personalidade do agente, não podendo esta omissão ser levada em conta em seu desfavor;
e) Motivos do Crime: normal à espécie, inexistindo elementos a serem levados em consideração;
f) Circunstâncias do Crime: comum ao tipo penal;
g) Consequências: não extrapolou os próprios limites da figura típica;
h) Comportamento da vítima: não há que ser considerado, por se tratar de delito contra a incolumidade pública e inexiste nos autos qualquer
elemento que indique influência da sociedade para a prática do crime.
Diante disso, fixo a pena base em 02 (dois) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa.
2ª FASE: ATENUANTES E AGRAVANTES
Na segunda fase de fixação da pena, não concorrem circunstâncias agravantes. Banda outra, reconheço a incidência das atenuantes previstas
no artigo 65, incisos I e III, alínea "d" do Código Penal (menoridade relativa e confissão espontânea), mas, tendo em vista que a pena-base foi
fixada no mínimo legal, deixo de aplicá-las, em observância a Súmula 231, do Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Em razão disso, converto a reprimenda anterior em intermediária.
3ª FASE: CAUSAS DE DIMINUIÇÃO E AUMENTO DA PENA
Na terceira fase, inexistem causas de diminuição ou aumento de pena a serem valoradas.
Assim, fixo a PENA DEFINITIVA em 02 (dois) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa.
Atendendo às condições econômicas do réu (assistido pela Defensoria Pública, portanto, presumidamente hipossuficiente), arbitro cada dia-multa
no patamar mínimo, ou seja, à razão de 1/30 (um trigésimo) do salário-mínimo vigente à época dos fatos (art. 60, CPB).
As multas deverão ser atualizadas quando da execução, na forma do art. 49, §2º, do Código Penal Brasileiro.
A pena privativa de liberdade deverá ser cumprida, inicialmente, no regime ABERTO, com espeque no artigo 33, §2º, alínea "c", do Código Penal.
Levando em conta as condições acima delineadas, em conformidade com o art. 44 do Código Penal, substituo a pena privativa de liberdade
por duas restritivas de direitos, a ser designada pela VEP, nos prazos que forem estipulados pelo Juízo da Execução.
RECURSO EM LIBERDADE (Art. 387, §1º do CPP)
Ao compulsar os autos, observo que o sentenciado respondeu a presente ação penal em liberdade, de tal forma que, apenas mediante decisão
fundamentada em razões contemporâneas, pode ser decretada a prisão preventiva, conforme vasta e pacífica jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça (STJ - HC: 610493 DF 2020/0227164-3, Relator: Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, Data de Julgamento: 20/04/2021, T6 -
SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 18/08/2021).
Assim, concedo ao sentenciado o direito de recorrer em liberdade neste processo, considerando que respondeu o processo em liberdade e
que inexiste razão para decretação de sua prisão neste comenos processual, com fulcro nos artigos 316 e 387, §1º, ambos do Código de
Processo Penal.
APLICAÇÃO DO §2º, DO ART. 387 DO CPP:
Deixo de efetuar a detração penal, pois além de ter sido concedido o direito de recorrer em liberdade, inexiste informação quanto ao andamento
das demais prisões/condenações existentes em seu desfavor. Logo, caberá tal providência ao Juiz da Execução Penal.
Deixo de arbitrar indenização, vez que não houve maiores prejuízos à sociedade (crime de perigo abstrato), pelo que deixo de fixar reparação de
danos.
Condeno o sentenciado ao pagamento de custas processuais, observado o disposto no art. 804 do CPP.
As questões relativas aos efeitos da assistência judiciária deverão ser apreciadas pelo juízo da execução, a quem cabe fixar as condições de
adimplemento, e se for o caso, autorizar o parcelamento do valor devido, conforme disposto no artigo 169 e parágrafos da LEP.
Não sendo encontrado o sentenciado no endereço constante nos autos, a intimação deste deverá ser feita por meio de edital.
Após o trânsito em julgado:
a) proceda-se o preenchimento restante do Boletim Individual e remessa ao Instituto de Identificação, com as formalidades legais;
b) comunique-se ao TRE do Piauí para fins de suspensão dos direitos políticos do sentenciado, enquanto durarem os efeitos da condenação (art.
15, III, da CF/88);
c) confirmada a sentença, expeça-se a guia de execução definitiva, observando as disposições contidas na Resolução 417/21 do Conselho
Nacional de Justiça e, por fim, encaminhando-se à VEP na forma do Provimento nº 126, de 23 de fevereiro de 2023;
d) quanto ao valor recolhido a título de fiança, sua deliberação ficará à cargo do Juiz da VEP, pois a devolução do saldo deve ocorrer somente
depois de deduzidos os encargos a que o sentenciado estiver obrigado, com fulcro no art. 347 do Código de Processo Penal.
Intimem-se o sentenciado, representante do Ministério Público Estadual, bem como a Defensoria Pública Estadual, todos na forma da lei.
Realizadas as diligências de lei e com o trânsito em julgado da sentença, arquivem-se os presentes autos, com baixa na distribuição.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se e Cumpra-se.
TERESINA-PI, 21 de maio de 2024.
JOÃO ANTÔNIO BITTENCOURT BRAGA NETO
Juiz(a) de Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Teresina - rp
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inseparável desta decisão. Assim, tendo a transação efeito de sentença entre as partes, julgo extinto o processo com resolução de mérito,
nos termos do art. 354 c/c o art. 487, inciso III, alínea "b" do CPC 2015. Sem custas (...) Publique-se. Registre-se. Intime-se e Cumpra-se.
TERESINA-PI, 22 de abril de 2024.LIRTON NOGUEIRA SANTOS- Juiz(a) de Direito da Centro Judiciário de Solução de Conflitos e
Cidadania da Comarca de Teresina II - CENAJUS.
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Belém do Piauí - PI
LUIZA TOME LIMA LEAL, Brasileira, Solteira, LAVRADORA, natural de Jaicós - PI, nascida
em 21 de Dezembro de 1999, possui 24 anos, portadora do RG nº 4295357, expedido por
SSP, inscrita no CPF nº 079.951.293-19, filha de FRANCISCO LUIS LEAL e LENILDA
MARIA DE JESUS LIMA, residente e domiciliada em Povoado MUNDO NOVO ZONA
RURAL Belém do Piauí - PI
Se alguém souber de impedimento entre ambos, que o declare na forma da lei, exibiram os
documentos exigidos pelo art.1.525 do Novo Código Civil.
Se alguém souber de impedimento entre ambos, que o declare na forma da lei.
Padre Marcos - PI, 27 de Maio de 2024. Isadora dos Santos Paiva, Oficial(a) do Registro
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