Tre Pi 208 - 2020
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Tre Pi 208 - 2020
Ano X , Número 208 Disponibilização: sexta-feira, 16 de outubro de 2020 Publicação: sábado, 17 de outubro de 2020
Gabinete da Presidência
Sumário
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL ..................................................................................................................................................................2
Atos da Presidência ...................................................................................................................................................................................2
Portarias .............................................................................................................................................................................................2
Secretaria Judiciária ...................................................................................................................................................................................3
Documentos Eletrônicos Publicados pelo PJe ....................................................................................................................................3
Pauta de Julgamento ........................................................................................................................................................................52
CORREGEDORIA REGIONAL ELEITORAL ....................................................................................................................................................53
PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL ....................................................................................................................................................53
ZONAS ELEITORAIS .......................................................................................................................................................................................53
1ª Zona Eleitoral .......................................................................................................................................................................................53
Editais ..............................................................................................................................................................................................53
5ª Zona Eleitoral .......................................................................................................................................................................................54
Portarias ...........................................................................................................................................................................................54
8ª Zona Eleitoral .......................................................................................................................................................................................55
Editais ..............................................................................................................................................................................................55
Sentenças ........................................................................................................................................................................................56
9ª Zona Eleitoral .......................................................................................................................................................................................59
Editais ..............................................................................................................................................................................................60
19ª Zona Eleitoral .....................................................................................................................................................................................60
Editais ..............................................................................................................................................................................................61
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 2
Atos da Presidência
Portarias
Designa, em face de permuta de jurisdição, o Juiz de Direito Geneci Benevides Ribeiro para responder pela 28ª Zona Eleitoral de Picos/PI e o
Juiz de Direito Adelmar de Sousa Martins para responder pela 62ª Zona Eleitoral do mesmo município.
O DESEMBARGADOR JOSÉ JAMES GOMES PEREIRA, PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ, no uso de suas
atribuições legais,
Considerando Decisão da Egrégia Corte deste Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, proferida em Sessão Judiciária Ordinária
por Videoconferência realizada em 5 de outubro de 2020 - Referente ao Processo Administrativo nº 0600360-75.2020.6.18.0000, permuta
de jurisdição eleitoral formulada pelos Magistrados Geneci Benevides Ribeiro e Adelmar de Sousa Martins, Titulares da 62ª e 28ª Zonas
Eleitorais respectivamente, ambas sediadas na circunscrição de Picos/PI;
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R E S O L V E:
Art. 1º Designar o Juiz de Direito GENECI BENEVIDES RIBEIRO, Titular da 3ª Vara da Comarca de Picos/PI, para o cargo de Juiz Eleitoral da
28ª Zona, sediada em Picos/PI, para o biênio 2020/2022, cujo termo inicial se deu no dia 21 de julho de 2020.
Art. 2º Designar o Juiz de Direito ADELMAR DE SOUSA MARTINS, Titular do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Picos/PI, para o
cargo de Juiz Eleitoral da 62ª Zona, sediada em Picos/PI, para o biênio 2020/2022, cujo termo inicial se deu no dia 13 de agosto de 2020.
Art. 3º Determinar aos Cartórios das Zonas Eleitorais supracitadas que procedam às lavraturas dos respectivos Termos de Posse e, ato
contínuo, ao encaminhamento destes à Secretaria do Tribunal.
Art. 5º Ficam revogadas as Portarias Presidência nº 573, de 1º de julho de 2020, e nº 672, de 12 de agosto de 2020.
Secretaria Judiciária
Processo 0600061-63.2020.6.18.0044
RECURSO ELEITORAL (11548) Nº 0600061-63.2020.6.18.0044 (PJe) - Baixa Grande do Ribeiro - PIAUÍ RELATOR: MINISTRO TEÓFILO
RODRIGUES FERREIRA RECORRENTE: RAÍ PEREIRA DA SILVA FEITOSA Advogado do(a) RECORRENTE: JOSÉ MARTINS SILVA JUNIOR - PI0008511
DECISÃO
Vistos, etc.
Trata-se de recurso interposto por RAÍ PEREIRA DA SILVA FEITOSA em face de decisão do Juízo da 44ª Zona Eleitoral, com sede em Ribeiro
Gonçalves-PI, que indeferiu seu requerimento de alistamento eleitoral no município de Baixa Grande do Ribeiro-PI.
O recorrente sustenta a tempestividade do recurso tendo como termo inicial o primeiro dia útil seguinte aos dias 1º e 15 de cada mês. Junta
àpeça recursal documento com o qual pretende demonstrar seu domicílio eleitoral no município em questão.
O Procurador Regional Eleitoral opinou pela extinção do processo, sem resolução de mérito, em razão da intempestividade do recurso (ID
4620870).
Intimado para manifestação acerca da preliminar na forma arguida pelo Ministério Público, o prazo conferido decorreu in albis, conforme
certidão de ID 4857870.
Éo que havia a relatar. Passo a decidir.
Já de início constato que o edital de indeferimento do requerimento de alistamento foi publicado no DJe nº 102 de 5/6/2020 e o protocolo do
recurso data de 22/6/2020 (ID 4441620).
Outrossim, conforme documento de ID 4541970, o Cartório Eleitoral certificou acerca da comunicação do indeferimento do RAE “seguindo
decisão da Douta Corregedoria Regional Eleitoral do Piauí, por e-mail, em 08/06/2020.”
O art. 18, §5º da Resolução TSE nº 21.538/2003, assim dispõe:
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes exigências:
§5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o
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estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 4
deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem àdisposição
dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao
requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem.
Nesse sentido, colaciono a seguinte ementa de julgado deste Regional:
RECURSO ELEITORAL. TRANSFERÊNCIA ELEITORAL. DOMICÍLIO (RESOLUÇÃO TSE Nº 21.538/2003). EXISTÊNCIA DE VÍNCULO AFETIVO E
FAMILIAR. RECUSO PROVIDO. - Em se tratando de indeferimento de requerimento de transferência, caberá recurso interposto pelo eleitor no
prazo de cinco dias, contados a partir da publicação. Inteligência do art. 18, §5º da Resolução TSE n.º 21.538/2003. (...) (TRE-PI, RE nº 0600017-
04.2020.6.18.0025, Relator: Juiz Aderson Antônio Brito Nogueira, de 7 de julho de 2020).
Portanto, ainda que considerado o como termo inicial a data da ciência da decisão por correspondência eletrônica, conforme observado pelo
Procurador Regional Eleitoral, o “presente Recurso éINTEMPESTIVO, posto que a comunicação da decisão de indeferimento foi feita, seguindo
decisão da Douta Corregedoria Regional Eleitoral do Piauí, por e-mail, em 08/06/2020 (ID 4541970), com início do prazo em 09/06/2020 e final
em 15/06/2020, e o recurso foi protocolado tão somente em 22/06/2020 (ID 4541620), portanto, fora do prazo legal.”
Eis o art. 52 do Regimento Interno deste Regional:
Art. 52. Poderá o relator extinguir ou negar seguimento a pedido ou a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em
confronto com súmula ou com jurisprudência dominante deste Tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior, ou deles não
conhecer em caso de manifesta incompetência, encaminhando os autos ao órgão que repute competente.
Àluz do exposto, monocraticamente, com fulcro no art. 52 do RITRE-PI, julgo extinto o feito sem resolução do mérito em razão de sua
intempestividade, a teor do §5º do art. 18 da Res. TSE nº 21.538/2003.
Intimações necessárias.
Transitado em julgado, arquivem-se.
Processo 0600080-07.2020.6.18.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ
GABINETE DE JUIZ MEMBRO DA CORTE
RECURSO ELEITORAL (11548) - 0600080-07.2020.6.18.0000 - Ipiranga do Piauí - PIAUÍ RECORRENTE: COLIGAÇÃO "COM O POVO SOMOS MAIS
FORTES" ADVOGADO: YANA DE MOURA GONÇALVES - OAB/PI12019 ADVOGADO: MARCELO NUNES DE SOUSA LEAL - OAB/PI4450
ADVOGADO: RICARDO RODRIGUES DE SOUSA MARTINS NETO - OAB/PI10268 ADVOGADO: CARLOS JOSÉ DA SILVA - OAB/PI14701 ADVOGADO:
DANIEL BORGES RAMOS - OAB/PI12017 ADVOGADO: MARIA FRANCINEIDE DA SILVA FONTES - OAB/PI5626 RECORRENTE: FRANCISCO ELVIS
RAMOS VIEIRA ADVOGADO: YANA DE MOURA GONçALVES - OAB/PI12019 ADVOGADO: MARCELO NUNES DE SOUSA LEAL - OAB/PI4450
ADVOGADO: RICARDO RODRIGUES DE SOUSA MARTINS NETO - OAB/PI10268 ADVOGADO: CARLOS JOSÉ DA SILVA - OAB/PI14701 ADVOGADO:
DANIEL BORGES RAMOS - OAB/PI12017 ADVOGADO: MARIA FRANCINEIDE DA SILVA FONTES - OAB/PI5626 RECORRIDO: JOSÉ SANTOS REGO
ADVOGADO: GIOVANA FERREIRA MARTINS NUNES SANTOS - OAB/PI3646 ADVOGADO: GEORGIA FERREIRA MARTINS NUNES - OAB/PI4314
RECORRIDO: ANTONIO GILVA RAMOS BARROSO ADVOGADO: GIOVANA FERREIRA MARTINS NUNES SANTOS - OAB/PI3646 ADVOGADO:
GEORGIA FERREIRA MARTINS NUNES - OAB/PI4314 RECORRIDO: TIAGO LEAL SOUZA ADVOGADO: LIVIA MARIA LIMA DOS SANTOS -
OAB/PI15016 ADVOGADO: RODRIGO AUGUSTO DA COSTA - OAB/PI5453 RECORRIDO: MARIA BERNADETE LOPES REGO ADVOGADO: GIOVANA
FERREIRA MARTINS NUNES SANTOS - OAB/PI3646 ADVOGADO: GEORGIA FERREIRA MARTINS NUNES - OAB/PI4314 RECORRIDO: EDWALDO
VIANA LIMA ADVOGADO: EDWALDO VIANA LIMA FILHO - OAB/PI14823 RECORRIDO: GILBERTO GONÇALVES IBIAPINO ADVOGADO: JOSÉ
ADALBERTO NOGUEIRA ROCHA - OAB/PI6060 RELATOR: JUIZ TEÓFILO RODRIGUES FERREIRA
DESPACHO
Considerando a juntada dos documentos retro, determino a intimação das partes para manifestação no prazo de 3 (três) dias.
Após, remetam os autos ao Procurador Regional Eleitoral para manifestação.
Teresina/PI, 25 de setembro de 2020.
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 5
Processo 0600016-34.2020.6.18.0020
RECURSO ELEITORAL Nº 0600016-34.2020.6.18.0020 (PJe) - Nova Santa Rita - PIAUÍ RELATOR: JUIZ TEÓFILO RODRIGUES FERREIRA
RECORRENTE: LIDOGÉRIO DE SÁ ROCHA Advogado do(a) RECORRENTE: CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA MARQUES - PI0008264A RECORRIDO:
JUÍZO DA 69ª ZONA ELEITORAL DE SÃO JOÃO DO PIAUÍ - PI
DECISÃO
Vistos, etc...
Trata-se de recurso eleitoral interposto por Lidogério de Sá Rocha contra decisão do Juízo Eleitoral da 69ª Zona Eleitoral que
indeferiu seu requerimento de transferência de domicílio eleitoral.
Providenciou-se a publicação do edital nº 17/2020, publicado no Diário da Justiça Eletrônico - DJE nº 102, pág. 275 de 05/06/2020.
O magistrado de primeiro grau manteve o indeferimento do pedido do eleitor e remeteu os autos a este Regional.
O Procurador Regional Eleitoral opinou pela extinção do processo, sem resolução do mérito, em razão da intempestividade do
recurso.
Intimado para se manifestar sobre a preliminar de intempestividade do recurso o recorrente nada falou sobre a preliminar
arguida.
Éo relatório.
Preliminarmente, por se tratar de matéria de ordem pública, de ofício constato a interposição intempestiva do recurso em
exame.
Conforme se observa( ID 3623470) o recurso foi interposto por Lidogério de Sá Rocha em 17/06/2020 e a decisão contida no
edital 17/2020 que indeferiu o pedido de transferência de domicílio do recorrente foi publicada no DJE no dia 05/06/2020, portanto, após o
fim do prazo legal para sua interposição.
Destaco que o prazo para interposição de recurso éde 3 (três) dias, conforme art. 258 do Código Eleitoral, vejam:
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, resolução ou despacho.
Sobre o assunto, oportuno colacionar excerto de julgado recente deste e. Tribunal:
“(…) O prazo de 5 dias, alegado pela parte recorrente, deve ser observado apenas quando da impugnação contra indeferimento de
transferência, segundo inteligência do art. 18, §5º, da Res. 21.538/03. No caso de recurso eleitoral em comento, o prazo a ser observado éo do
art. 258 do Código Eleitoral, qual seja, 3 (três) dias da data do despacho.” (TRE-PI, RE 68-82.2016.6.18.0032 - CLASSE 30, Relator: Juiz Geraldo
Magela e Silva Meneses, DJe nº 176 de 12/09/2016).
Eis a ementa do referido julgamento:
"RECURSO. TRANSFERÊNCIA ELEITORAL. DOMICILIO ELEITORAL. PRELIMINAR. INTEMPESTIVIDADE. RECURSO FORA DO PRAZO. RESOLUÇÃO
TSE Nº 21.538/2003. ART. 258 DO CÓDIGO ELEITORAL. NÃO CONHECIMENTO.
O recurso contra a decisão de cancelamento de transferência eleitoral deve observar os termos do art. 18, §5º, da Resolução TSE nº
21.538/2003 c/c art. 258 do Código Eleitoral.
Recurso não conhecido."
Desse modo, concluo que o presente recurso éintempestivo.
Face ao exposto, monocraticamente, de acordo com o artigo 52, caput, do RITRE/PI, nego seguimento ao Recurso interposto por
Lidogério de Sá Rocha, diante de sua intempestividade.
Publique-se. Intimações necessárias.
Teresina, 25 de setembro de 2020
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 6
Processo 0600055-56.2020.6.18.0044
RECURSO ELEITORAL (11548) Nº 0600055-56.2020.6.18.0044 (PJe) - Baixa Grande do Ribeiro - PIAUÍ RELATOR: JUIZ TEÓFILO RODRIGUES
FERREIRA RECORRENTE: SARA DOS SANTOS SILVA Advogado da RECORRENTE: JOSÉ MARTINS SILVA JUNIOR - PI0008511
DECISÃO
Vistos, etc.
Trata-se de recurso interposto por SARA DOS SANTOS SILVA, contra decisão do Juízo Eleitoral da 44ª Zona Eleitoral que indeferiu seu
requerimento de transferência de domicílio eleitoral.
O Chefe de cartório certifica a intempestividade do presente Recurso, interposto em 22/06/2020, haja vista a comunicação da decisão de
indeferimento ter sido feita, seguindo decisão da Douta Corregedoria Regional Eleitoral do Piauí, por e-mail, em 08/06/2020.
E-mail comunicando a decisão de indeferimento da transferência eleitoral em 08/06/2020(ID nº 4554220).
O magistrado de Primeiro Grau manteve o indeferimento do pedido do eleitora diante da intempestivamente.
O Procurador Regional Eleitoral opinou pelo não conhecimento do recurso, por ausência de requisito de admissibilidade, ante a
intempestividade.
Éo que havia a relatar. Passo a decidir.
De início, constato que o recurso foi interposto por SARA DOS SANTOS SILVA em 22/06/2020 e a comunicação da decisão de indeferimento da
transferência eleitoral ter sido feita, seguindo decisão da Douta Corregedoria Regional Eleitoral do Piauí, por e-mail, em 08/06/2020.
O art. 18, §5º da Resolução TSE nº 21.538/2003, assim dispõe:
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes exigências:
§5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o
deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem àdisposição
dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao
requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem.
Nesse sentido, colaciono a seguinte ementa de julgado deste Regional:
RECURSO ELEITORAL. TRANSFERÊNCIA ELEITORAL. DOMICÍLIO (RESOLUÇÃO TSE Nº 21.538/2003). EXISTÊNCIA DE VÍNCULO AFETIVO E
FAMILIAR. RECUSO PROVIDO. - Em se tratando de indeferimento de requerimento de transferência, caberá recurso interposto pelo eleitor no
prazo de cinco dias, contados a partir da publicação. Inteligência do art. 18, §5º da Resolução TSE n.º 21.538/2003. (...) (TRE-PI, RE nº 0600017-
04.2020.6.18.0025, Relator: Juiz Aderson Antônio Brito Nogueira, de 7 de julho de 2020).
Portanto, conforme observado pelo Procurador Regional Eleitoral, “o presente Recurso éINTEMPESTIVO, posto que a comunicação da decisão
de indeferimento foi feita, seguindo decisão da Douta Corregedoria Regional Eleitoral do Piauí, por e-mail, em 08/06/2020 (ID 4554170), com
início do prazo em 09/06/2020 e final em 15/06/2020, e o recurso foi protocolado tão somente em 22/06/2020 (ID 4553970), portanto, fora
do prazo legal.”
Eis art. 52 do Regimento Interno deste Regional:
Art. 52. Poderá o relator extinguir ou negar seguimento a pedido ou a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em
confronto com súmula ou com jurisprudência dominante deste Tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior, ou deles não
conhecer em caso de manifesta incompetência, encaminhando os autos ao órgão que repute competente.
Àluz do exposto, monocraticamente, com fulcro no art. 52, §1º-A, do RITRE-PI, não conheço do Recurso em razão da intempestividade.
Intimações necessárias.
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 7
Processo 0600344-24.2020.6.18.0000
PRESTAÇÃO DE CONTAS (11531) Nº 0600344-24.2020.6.18.0000 (PJe) - Teresina - PIAUÍ RELATOR: MINISTRO AGLIBERTO GOMES MACHADO
ASSISTENTE: COMISSAO PROV.REGIONAL DO PARTIDO SOCIAL LIBERAL, ANA LUCIA LIMA MACHADO, LUIS ANDRE DE ARRUDA MONT
ALVERNE Advogado do(a) ASSISTENTE: MARCUS VINICIUS DE QUEIROZ NOGUEIRA - PI9497
DECISÃO
Vistos, etc.
Trata-se de pedido de regularização de contas formulado pelo PARTIDO SOCIAL LIBERAL –PSL, por sua Comissão Provisória no Estado do Piauí,
atinente àcampanha de 2012, originalmente julgadas como não prestadas, nos termos do Acórdão TRE/PI n. 36882, de 02 de abril de 2013.
A inicial encontra-se no ID 4646020 e veio acompanhada dos documentos constantes dos IDs 4646070/4646120.
A Coordenadoria de Controle Interno –COCIN, no ID 5074020, consignou que a agremiação atendeu às disposições do art. 51, §2º, da
Resolução TSE nº 23.376/2012.
Na mesma linha, o Procurador Regional Eleitoral manifestou-se pelo recebimento da prestação de contas para fins de regularização (ID
5098970).
Éo relatório. DECIDO.
As contas referentes às eleições de 2012 do PARTIDO SOCIAL LIBERAL- PSL foram julgadas não prestadas, nos termos do Acórdão TRE/PI n.
36882, de 02 de abril de 2013, de modo que, pretendendo ver regularizada sua situação perante a Justiça Eleitoral, a agremiação partidária,
por meio dos presentes autos de Petição, apresentou a documentação que compõe os IDs 4646070/4646120.
A matéria éregida pela Resolução TSE n. 23.376/2012 que dispõe o seguinte:
Art. 51. O Juízo Eleitoral verificará a regularidade das contas, decidindo (Lei nº 9.504/97, art. 30, caput):
I –pela aprovação, quando estiverem regulares;
II –pela aprovação com ressalvas, quando verificadas falhas que não lhes comprometam a regularidade;
III–pela desaprovação, quando constatadas falhas que comprometam a sua regularidade;
IV –pela não prestação, quando:
a) não apresentados, tempestivamente, as peças e documentos de que trata o art. 40 desta resolução;
b) não reapresentadas as peças que as compõem, nos termos previstos no §2º do art. 45 e no art. 47 desta resolução;
c) apresentadas desacompanhadas de documentos que possibilitem a análise dos recursos arrecadados e dos gastos realizados na campanha.
§1ºTambém serão consideradas não prestadas as contas quando elas estiverem desacompanhadas de documentos que possibilitem a análise
dos recursos arrecadados e dos gastos de campanha e cuja falta não seja suprida no prazo de 72 horas, contado da intimação do responsável.
§2ºJulgadas não prestadas, mas posteriormente apresentadas, as contas não serão objeto de novo julgamento, sendo considerada a sua
apresentação apenas para fins de divulgação e de regularização no Cadastro Eleitoral ao término da legislatura, nos termos do inciso I do art.
53 desta resolução.
No caso, como bem avaliou a COCIN, órgão técnico contábil deste Tribunal, o partido apresentou prestação de contas nos moldes estatuídos
pela Resolução TSE nº 23. 376/2012, impondo-se, por conseguinte, a sua regularização.
Com essas considerações, na linha do parecer ministerial, DEFIRO o presente pedido de regularização das contas do Partido Social Liberal - PSL,
Comissão Provisória Estadual do Piauí, atinentes àcampanha de 2012.
Intime-se.
Arquive-se.
Teresina, 14 de outubro de 2020.
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Processo 0600031-33.2020.6.18.0010
ACÓRDÃO Nº 060003133-A
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ELEITORAL Nº 0600031-33.2020.6.18.0010. ORIGEM: GEMINIANO/PI (62ª ZONA ELEITORAL
–PICOS/PI)
Embargante: Maria Clara Moura de Sousa
Advogados: Diogo Josennis do Nascimento Vieira (OAB/PI: 8.754) e Luan Cantanhede Bezerra de Oliveira (OAB/PI: 17.571)
Relator: Desembargador Erivan José da Silva Lopes
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALISTAMENTO ELEITORAL. AUSÊNCIA DE OMISSÕES OU QUAISQUER OUTROS VÍCIOS QUE DEMANDEM A
INTEGRAÇÃO DO ACÓRDÃO EMBARGADO. PRETENSÃO DE REEXAME DA CAUSA. DESPROVIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
MANUTENÇÃO DO ACÓRDÃO.
1. Os embargos de declaração constituem instrumento processual destinado àcorreção de decisão quando eivada de omissão, contradição,
obscuridade ou quando houver necessidade de correção de erro material.
2. A omissão que desafia os declaratórios éaquela advinda do próprio julgamento e que se mostra prejudicial àcompreensão da causa, não
aquela deduzida com o fito de provocar nova decisão ou modificar o entendimento assentado pelo Tribunal.
3. Embargos de declaração, com pedido de efeitos infringentes, objetivando rediscussão da matéria já apreciada e julgada, àunanimidade por
esta Corte, desvirtua o objetivo do mencionado recurso.
4. Conhecimento e desprovimento dos embargos para manter o acórdão ora atacado.
Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Desembargador JOSÉ JAMES GOMES PEREIRA, ACORDAM os Membros do Tribunal Regional
Eleitoral do Piauí, por unanimidade, CONHECER dos embargos de declaração e NEGAR-LHES ACOLHIMENTO, na forma do voto do Relator.
Sala das Sessões por Videoconferência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí, em Teresina, 6 de outubro de 2020.
R E L A T ÓR I O
O SENHOR DESEMBARGADOR ERIVAN JOSÉ DA SILVA LOPES (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte,
Senhor Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
MARIA CLARA MOURA DE SOUSA opõe EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ID 4804170), com pedido de efeitos infringentes, em face do Acórdão
TRE/PI n° 060003133 (ID 4668020), que NEGOU PROVIMENTO ao Recurso Eleitoral interposto pela ora Embargante, mantendo a decisão de
primeiro grau pelo indeferimento do seu requerimento de alistamento eleitoral.
O aresto objurgado encontra-se ementado como segue, in verbis:
“RECURSO. REQUERIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL. PORTARIA CONJUNTA Nº 07/2020 TRE/CRE/COCRE. APRESENTAÇÃO PARCIAL DA
DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA. AUSÊNCIA DE CARTÃO CONTENDO 3 (TRÊS) ASSINATURAS IDÊNTICAS ÀCONSTANTE NO DOCUMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO APRESENTADO. RECURSO DESPROVIDO. MANUTENÇÃO DA DECISÃO.
1. O não cumprimento por completo das exigências contidas no art. 3º da Portaria Conjunta nº 07/2020 TRE/CRE/COCRE, de 20 de abril de
2020, que regulamenta o disposto na Resolução TSE nº 23.616/2020, no momento oportuno e, sobretudo após a solicitação da
complementação por parte do Cartório Eleitoral, enseja o indeferimento do alistamento eleitoral.
2. Recurso Desprovido.”
Sustenta a Embargante, em síntese, a necessidade da oposição dos presentes embargos para esclarecer omissão, porquanto a decisão não
apreciou as principais teses do Recurso Eleitoral e também para fins de prequestionar a matéria a ser eventualmente debatida no Tribunal
Superior Eleitoral.
Argumenta que por meio da documentação acostada aos autos, resta demonstrado o cumprimento dos requisitos para o seu alistamento
eleitoral, mais precisamente por meio do preenchimento do RAE, juntamente com o seu documento de identidade, fotografia pessoal, 3 (três)
assinaturas claras e idênticas ao documento pessoal apresentado, certidão de nascimento e comprovante de residência em nome da sua
genitora, a Sra. Maria Caetana de Moura Lima.
Ressalta que toda a documentação apresentada àJustiça Eleitoral estava devidamente assinada pela Embargante, assim como os documentos
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acostados aos autos. Frisa que a decisão éomissa ao não justificar de forma clara o porquê da referida documentação não ser suficiente para
completar as exigências contidas na legislação eleitoral, tendo em vista que a Embargante acostou aos autos todos os requisitos que lhe são
exigidos.
Ao final, requer o conhecimento e provimento dos presentes Embargos de Declaração, com efeitos modificativos, sanando-se os vícios
apontados, bem como em ordem sucessiva, sejam prequestionadas todas as matérias ora ventiladas, para possibilitar a interposição de
Recurso Especial.
O Procurador Regional Eleitoral (ID 4306020) manifesta-se pelo conhecimento e desprovimento dos embargos, consignando que “ao
compulsar as razões alinhadas, no que atine às ventiladas omissões do Acórdão, não se verifica a subsistência de qualquer vício no corpo da
decisão objurgada, donde se infere que o manejo do recurso sob comento teve o propósito manifesto de provocar novo julgamento acerca de
decisão já prolatada por esta Corte”.
Éo relatório.
VOTO
O SENHOR DESEMBARGADOR ERIVAN JOSÉ DA SILVA LOPES (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte,
Senhor Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
O Recurso écabível, tempestivo e foi interposto por parte legítima, bem como atende aos demais requisitos de admissibilidade, razão pela qual
dele conheço.
MARIA CLARA MOURA DE SOUSA opôs os presentes Embargos de Declaração (ID 4804170), com pedido de efeitos infringentes , em face do
Acórdão TRE/PI n° 060003133 (ID 4668020) que, por unanimidade, negou provimento ao Recurso Eleitoral manejado pela ora Embargante,
que objetivava a reforma da decisão do Juízo da 62ª Zona Eleitoral que indeferiu seu requerimento de alistamento eleitoral.
Os Embargos de Declaração constituem instrumento processual cuja finalidade éde corrigir decisão quando eivada de omissão, contradição,
obscuridade ou quando houver necessidade de correção de erros materiais, conforme dispõe o art. 275, do Código Eleitoral, Iítteris:
“Art. 275. São admissíveis embargos de declaração nas hipóteses previstas no Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
2015).”
Por sua vez, o art. 1.022 do Código de Processo Civil prevê as hipóteses de cabimento dos aclaratórios, in verbis:
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao
caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, §1°.”
Todavia, no caso em tela, em análise detida da decisão vergastada, não se detectou qualquer vício a ser sanado.
Argumenta a Embargante que a decisão está eivada de omissão, porquanto não apreciou as principais teses do Recurso Eleitoral, uma vez que
o atendimento dos requisitos para o seu alistamento eleitoral foram expressamente demonstrados por meio da documentação apresentada e,
ainda, que toda a documentação disponibilizada àJustiça Eleitoral estava devidamente assinada pela Embargante, assim como os documentos
acostados aos autos, no entanto, da simples leitura do Acórdão vergastado épossível observar a ausência da omissão apontada, conforme se
verifica no fragmento a seguir transcrito:
Desse modo, analisando detidamente os autos, observo que a Recorrente não satisfez os requisitos exigidos para o deferimento do pleito de
alistamento eleitoral , visto que, quando da realização do seu requerimento por meio da plataforma Título Net, não apresentou toda a
documentação necessária , sobretudo o cartão contendo 3 (três) assinaturas iguais àconstante no documento de identificação apresentado no
requerimento, como demanda o art. 3º, IV, “e”, da Portaria Conjunta nº 07/2020 TRE/CRE/COCRE. Cumpre destacar que em suas razões
recursais a Recorrente argumenta que toda a documentação apresentada no ato do requerimento de alistamento eleitoral encontrava-se
devidamente assinada , não existindo motivo para seu indeferimento sob este fundamento. Entretanto, não se fala em indeferimento em
razão da ausência de assinatura nos documentos apresentados, mas tão somente em decorrência da não apresentação do cartão contendo 3
(três) assinaturas, como prevê o disposto contido na portaria supracitada”.
Depreende-se da leitura do trecho destacado do Acórdão combatido que toda a documentação acostada pela Embargante, em seu
requerimento, fora devidamente analisada por esta Corte, concluindo-se pela manutenção da decisão de primeiro grau que indeferiu seu
pleito, em razão da ausência da apresentação de cartão contendo as 3 (três) assinaturas idênticas àconstante no documento de identificação
apresentado, requisito previsto no art. 3º, IV, “e”, da Portaria Conjunta nº 07/2020 TRE/CRE/COCRE, o qual fora atendido somente em grau
recursal, o que não tem sido admitido por esta Corte em razão da preclusão temporal, fato que restou consignado no Acórdão Embargado
consoante se observa no excerto a seguir:
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Ademais, ao analisar a documentação juntada aos autos pelo Cartório Eleitoral (ID 4079420), noto que a Recorrente fora cientificada por
meio do e-mail, a complementar a documentação apresentada. Entretanto, não há elementos que comprovem que a referida tenha cumprido
a solicitação. Ressalte-se, ainda, que somente quando da interposição do presente recurso, a Recorrente apresentou a documentação faltante
, contudo, conforme firme entendimento da Corte Eleitoral, não épossível a juntada de documentos na fase recursal, ante a preclusão
temporal (ID 4078820 –fl. 03). Destarte, tendo em vista a ausência do atendimento por completo das exigências legais contidas na
mencionada Portaria, no momento oportuno e, sobretudo após a solicitação da complementação por parte do Cartório Eleitoral, impende
concluir que deve ser mantida a decisão de indeferimento do pedido”.
Desse modo, constata-se que inexistem no aresto os vícios alegados. Em verdade, denota-se, da petição dos aclaratórios, que a intenção da
Embargante ésomente rediscutir a matéria já enfrentada por este Tribunal, o que não se admite na via estreita dos Embargos de Declaração.
Ademais, como bem pontua o Procurador Regional Eleitoral em seu parecer “não há dúvidas de que todas as questões ora suscitadas foram
devidamente enfrentadas no Acórdão embargado, de sorte que, eventual descontentamento ou irresignação da embargante com o decidido
deve ser aventado em sede de Recurso adequado e não em Embargos de Declaração, que não se prestam a provocar novo julgamento sobre
matéria já decidida em julgamento, mas tão somente sanar obscuridade, contradição, omissão ou erro material, o que não se vê nestes
aclaratórios”.
Convém destacar que a omissão que desafia os declaratórios éaquela advinda do próprio julgamento e que se mostra prejudicial
àcompreensão da causa, não aquela deduzida com o fito de provocar nova decisão ou modificar o entendimento assentado pelo Tribunal.
Reforçando este entendimento, a jurisprudência do colendo Tribunal Superior Eleitoral assentou que “Os embargos de declaração são cabíveis
para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de
ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material, não sendo cabível, portanto, para promover o rejulgamento dos temas recursais”
(Prestação de Contas nº 132317, Relator Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, DJE de 06/03/2018, página 38).
Este Tribunal Regional Eleitoral esposa idêntico posicionamento, no sentido de que “Os embargos de declaração servem tão somente para
integrar decisão eivada dos vícios da omissão, contradição e obscuridade, ou, ainda, para corrigir erro material (art. 1.022 do Código de
Processo Civil c/c o art. 275 do Código Eleitoral). Incabível sua utilização com o propósito de rediscutir matéria já examinada, tampouco como
veículo recursal com o fim de atacar pura e simplesmente os fundamentos adotados pelo juiz ou tribunal, num patente inconformismo
relacionado àdecisão judicial tomada (Recurso Contra Expedição de Diploma nº 18179, Relator Agrimar Rodrigues de Araújo, DJE de
13/06/2017, páginas 12/13).
O pedido de prequestionamento também não pode prosperar, ante a imprescindibilidade da existência de alguns dos vícios elencados no art.
275 do Código Eleitoral para o seu acolhimento, nos termos da sedimentada jurisprudência. Nesse sentido, a seguinte decisão do Tribunal
Superior, cuja ementa encontra-se vazada nos seguintes termos:
ELEIÇÕES 2012. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. "RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL.
USO INDEVIDO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. CANDIDATOS MEROS BENEFICIÁRIOS DA CONDUTA ILÍCITA. INELEGIBILIDADE
AFASTADA. ART. 1º, I, D, DA LC Nº 64/90. REGISTRO. NÃO INCIDÊNCIA. CASSAÇÃO. TÉRMINO DO MANDATO. PROVIMENTO JURISDICIONAL.
INUTILIDADE. INTERESSE DE AGIR. AUSÊNCIA. NÃO CONHECIMENTO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. REJEIÇÃO. 1. Segundo a novel redação do art.
275 do Código Eleitoral, dada pelo art. 1.067 da Lei nº 13.105/2015, são admissíveis embargos de declaração nas hipóteses previstas no Código
de Processo Civil, o qual, por sua vez, em seu art. 1.022, prevê o seu cabimento para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II -
suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material, o que não
se verifica na espécie. (...) 7. Nos termos do art. 489, §1º, IV, do CPC/2015, o órgão julgador não está obrigado a enfrentar todos os
argumentos deduzidos no processo, mas apenas aqueles capazes de, em tese, infirmar a conclusão do decisum. 8. O acolhimento dos
embargos de declaração para fins de prequestionamento pressupõe a existência, no acórdão embargado, de um dos vícios previstos no art.
275 do Código Eleitoral, o que não se verifica na espécie. Precedentes. 9. Embargos de declaração rejeitados. (Recurso Especial Eleitoral nº
87795, Relator Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, DJE de 27/03/2018). (grifei).
Oportuno mencionar o entendimento deste Tribunal Regional Eleitoral, conforme Acórdão TRE/PI 55694-A, da Relatoria do Juiz Daniel Santos
Rocha Sobral:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO EM AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL. PEDIDO DE CONCESSÃO DE EFEITO
PREQUESTIONATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS NA DECISÃO COLEGIADA. PRETENSÃO DE REEXAME DA CAUSA. REJEIÇÃO.
1. Tendo a Corte Eleitoral se manifestado fundamentadamente acerca de todas as questões relevantes para a solução da controvérsia,
inclusive, de forma bastante clara, sobre os pontos mencionados nos embargos, impõe-se o desprovimento dos aclaratórios.
2. Não havendo nenhuma mácula a ser sanada no acórdão pela via declaratória, resta prejudicado o pedido de concessão de efeito
prequestionatório, considerando que a jurisprudência já fixou o entendimento de que, mesmo para fins de prequestionamento, énecessário
que haja, no acórdão, algum dos vícios a que se refere o art. 275 do CE (TSE, Acórdão 33.579, 13.11.08, Min. Fernando Gonçalves). (Embargos
de Declaração na Ação de Investigação Judicial Eleitoral nº 556-94.2016.6.18.0013, Relator Juiz Federal Daniel Santos Rocha Sobral, Julgado na
sessão de 9/4/2018). (grifei)
Ressalte-se, contudo, que a rejeição dos Embargos, ante a inexistência de vícios de embargabilidade, não constitui, por si só, óbice àsubmissão
de eventual recurso às instâncias extraordinárias, uma vez que, em casos que tais, consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o
embargante suscitou, para fins de prequestionamento, nos termos do art. 1.025 do Código de Processo Civil, consagrando o denominado
prequestionamento ficto, disposição essa aplicável aos feitos eleitorais por força do art. 15 do mesmo Códex.
Por fim, dada a manifesta ausência de omissão, contradição, obscuridade ou erro material, não há, portanto, reparos a serem feitos no
Acórdão embargado.
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Ante o exposto, VOTO, em consonância com o Ministério Público Eleitoral, pelo CONHECIMENTO dos Embargos de Declaração, mas para lhes
NEGAR PROVIMENTO.
Écomo voto.
EXTRATO DA ATA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ELEITORAL Nº 0600031-33.2020.6.18.0010. ORIGEM: GEMINIANO/PI (62ª ZONA ELEITORAL
–PICOS/PI)
Embargante: Maria Clara Moura de Sousa
Advogados: Diogo Josennis do Nascimento Vieira (OAB/PI: 8.754) e Luan Cantanhede Bezerra de Oliveira (OAB/PI: 17.571)
Relator: Desembargador Erivan José da Silva Lopes
Decisão: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, por unanimidade, CONHECER dos embargos de declaração e NEGAR-
LHES ACOLHIMENTO, na forma do voto do Relator.
Processo 0600007-03.2020.6.18.0043
Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Juiz Federal AGLIBERTO GOMES MACHADO, ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral
do Piauí, por unanimidade, CONHECER do recurso e NEGAR-LHE PROVIMENTO, na forma do voto do Relator.
Sala das Sessões por Videoconferência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí, em Teresina, 5 de outubro de 2020.
R E L A T ÓR I O
O SENHOR JUIZ CHARLLES MAX PESSOA MARQUES DA ROCHA (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte,
Senhor Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Trata-se de Recurso Eleitoral interposto por DANIELLE MENDES VIEIRA (ID 3322020), em face de decisão proferida pelo Juízo da 43ª Zona
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Eleitoral que INDEFERIU o seu requerimento de transferência eleitoral para o município de Regeneração/PI.
Na decisão de 1º grau (Decisão 1406/2020 –43ª ZE –Evento 0978044 do SEI nº 0008882-67.2020.6.18.8043), o MM. Juiz Eleitoral indeferiu o
requerimento de transferência, fundamentado na ausência de comprovação de domicílio.
Irresignada, a recorrente alega, em suas razões, que possui vínculo familiar com o município de Regeneração/PI, na medida em que
apresentou comprovante de residência em nome de sua avó materna, Iraci Mendes, bem como em razão de seus pais e irmã residirem e
votarem no município.
Juntou ao recurso os mesmos documentos trazidos quando do requerimento de transferência (IDs 3322070, 3322120 e 3322170).
Certidão comunicando que a eleitora foi notificada para complementar a documentação através de contato telefônico, em virtude de mesma
não ter informado endereço de e-mail no momento do requerimento, contudo, não sanou as pendências apontadas (ID 3322270).
Certidão atestando a tempestividade do recurso (ID 3322420).
O douto Procurador Regional Eleitoral manifestou-se no sentido de que fosse instado o Cartório Eleitoral da 43ª Zona, para complementar a
documentação acostada, juntada do RAE e demais documentos apresentados pela eleitora (ID 3404820).
Procuração de habilitação anexada ao ID 3420820.
Despacho (ID 3444920) determinando a notificação do Cartório Eleitoral da 43ª Zona para apresentar os documentos referentes a pedido
alistamento da eleitora.
Informação (ID 3765370) comunicando o cumprimento do despacho (ID 3444320). Documentos colacionados ao ID 3765420.
Parecer do eminente Procurador Regional Eleitoral (ID 4359870) pelo conhecimento e desprovimento do recurso, considerando que, ao tempo
do preenchimento do RAE, a recorrente não apresentou os documentos necessários àcomprovação do vínculo com o município para o qual
pleiteou a transferência.
Vieram-me os autos conclusos.
Éo relatório, Senhor Presidente.
VOTO
O SENHOR JUIZ CHARLLES MAX PESSOA MARQUES DA ROCHA (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte,
Senhor Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
O presente recurso étempestivo, foi interposto por parte legítima e preenche os demais requisitos de admissibilidade, razões pelas quais
merece ser conhecido.
Conforme relatado, a eleitora Danielle Mendes Vieira interpôs o presente recurso com o escopo de reformar a decisão do Juiz da 43ª ZE que
indeferiu seu pedido de transferência eleitoral para o município de Regeneração –PI.
Sustenta a recorrente que possui vínculo familiar com o município em comento, na medida que seus pais e irmã moram na cidade, tendo
apresentado documento de residência em nome de sua avó, Iraci Mendes.
Por sua vez, a decisão de indeferimento (ID 3322470) fundamenta-se ma ausência de comprovante de vínculo e no fato de que as pendências
apontadas em sede de diligências não terem sido sanadas.
Pois bem.
A transferência de domicílio eleitoral encontra-se regulada especialmente no Código Eleitoral e na Resolução TSE nº 21.538/2003. Veja-se.
Código Eleitoral:
Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor requerer ao juiz do novo domicílio sua transferência, juntando o título anterior.
§1º A transferência só será admitida satisfeitas as seguintes exigências:
I - entrada do requerimento no cartório eleitoral do novo domicílio até 100 (cem) dias antes da data da eleição;
II - transcorrência de pelo menos 1 (um) ano da inscrição primitiva;
III - residência mínima de 3 (três) meses no novo domicílio, atestada pela autoridade policial ou provada por outros meios convincentes. (grifos
acrescidos)
Resolução TSE nº 21.538/2003:
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes exigências:
I –recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo estabelecido pela legislação vigente;
II –transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência;
III –residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor (Lei nº 6.996/82, art. 8º); (grifos
acrescidos)
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Art. 65. A comprovação de domicílio poderá ser feita mediante um ou mais documentos dos quais se infira ser o eleitor residente ou ter
vínculo profissional, patrimonial ou comunitário no município a abonar a residência exigida. (grifos acrescidos)
A jurisprudência do TSE acrescenta, ainda, a possibilidade de comprovação de domicílio mediante a comprovação dos vínculos políticos,
econômicos, sociais ou familiares (REspe - Recurso Especial Eleitoral no 37481 - barra de santana/PB, Acórdão de 18/02/2014, Relator(a) Min.
MARCO AURÉLIO MENDES DE FARIAS MELLO, Relator(a) designado(a) Min. JOSÉ ANTÔNIO DIAS TOFFOLI, DJE - Diário de justiça eletrônico,
Tomo 142, Data 4/8/2014, Página 28/29).
Em razão da pandemia do novo Coronavírus, a Justiça Eleitoral instituiu medidas de atendimento virtual, através de e-mail, de telefone e do
sistema “Título Net”, regulamentando e uniformizando procedimentos através da Resolução TSE nº Resolução TSE nº 23.616/2020, que, para
tornar-se exequível, foi expedida, no âmbito do TRE-PI, a Portaria Conjunta nº 7/2020 TRE/CRE/COCRE, de 20 de abril de 2020, com as
exigências necessárias àsubstituição do atendimento presencial, dentre as quais, as estabelecidas em seu art. 3º, verbis:
Art. 3º Para fins de requerimentos de inscrição, revisão ou transferência de domicílio, nas hipóteses previstas no art. 2º, §2º desta Portaria
Conjunta, o eleitor requerente deverá:
I –preencher os dados cadastrais em pré-atendimento eleitoral, no serviço "Título Net", desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral e
disponibilizado no site do TRE-PI;
II –informar, no campo observações, um e-mail para receber eventuais diligências do cartório eleitoral;
III –informar, no campo observações, quando pretender realizar uma operação de revisão, qual dos motivos descritos no art. 2º, §2º, incisos
III, IV ou V fundamenta o seu pedido;
IV –anexar no formulário de solicitação de operação do cadastro no Título Net os seguintes documentos:
a) imagem frente e verso do documento oficial de identificação;
b) imagem do comprovante de residência;
c) para alistandos do sexo masculino, de 18 a 45 anos de idade, imagem do comprovante de quitação militar;
d) fotografia do requerente segurando, ao lado de sua face, o documento oficial de identificação encaminhado de acordo com a alínea ‘a’
deste inciso, devendo ser apresentada mais de uma fotografia, caso seja necessário para identificar a frente e o verso do documento; e
e) fotografia de "cartão de assinaturas", produzido pelo próprio requerente, contendo 3 (três) assinaturas idênticas, em papel branco, devendo
ser iguais àconstante do documento de identificação.
Conforme consta do ID 3765420, a eleitora apresentou, originariamente, os seguintes documentos: I) espelho do RAE, devidamente
preenchido; II) fotografia segurando o documento de identificação; III) documento de identificação, em frente e verso; IV) cartão de
assinaturas e V) comprovante de endereço, em nome de terceiro.
Após análise dos documentos acostados junto ao Juízo de Primeiro Grau, constato que a recorrente não informou e-mail quando do
preenchimento do pedido de alistamento eleitoral na plataforma "Título Net", não cumprindo o requisito disposto no art. 3º, II da Portaria
Conjunta Nº 7/200: informar, no campo observações, um e-mail para receber eventuais diligências do Cartório Eleitoral.
Como se observa, também, a recorrente, para fins de comprovar o vínculo com o município, apresentou tão somente cópia de fatura de água
em nome da Sra. Iraci Mendes de L. Silva, com a qual não comprovou qualquer relação de parentesco.
Notificada por contato telefônico para complementar a documentação necessária, em virtude de não ter informado endereço de e-mail no
momento do requerimento, a eleitora deixou transcorrer o prazo sem qualquer manifestação (ID 3322270).
Posteriormente, por ocasião da interposição do presente recurso a eleitora acostou o mesmo comprovante de residência (ID 3322070) e, mais
uma vez, não demonstrou nenhum laço familiar com a titular da conta.
Dessa forma, entendo que os documentos acostados não são aptos a comprovar a residência, tampouco vínculo afetivo ou familiar da eleitora
com o município de Regeneração.
Nesse sentido, essa Corte Eleitoral tem decidido de forma reiterada, consoante arestos a seguir transcritos:
RECURSO. ALISTAMENTO ELEITORAL. APRESENTAÇÃO PARCIAL DA DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA. COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA EM NOME DE
TERCEIRO. NÃO DEMONSTRAÇÃO DO VÍNCULO. AUSÊNCIA DE DOCUMENTO DE QUITAÇÃO COM O SERVIÇO MILITAR. RECURSO DESPROVIDO.
MANUTENÇÃO DA DECISÃO.
1. O não cumprimento por completo das exigências contidas no art. 3º da Portaria Conjunta nº 07/2020 TRE/CRE/COCRE, de 20 de abril de
2020, que regulamenta o disposto na Resolução TSE nº 23.616/2020, no momento oportuno e, sobretudo após a solicitação da
complementação por parte do Cartório Eleitoral, enseja o indeferimento do requerimento de alistamento eleitoral.
2. Recurso Desprovido.
(TRE-PI - RE: 060000681 CRISTALÂNDIA DO PIAUÍ - PI, Relator: ERIVAN JOSÉ DA SILVA LOPES, Data de Julgamento: 24/08/2020, Data de
Publicação: DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Data 04/09/2020)
RECURSO ELEITORAL. INDEFERIMENTO DE TRANSFERÊNCIA DE DOMICÍLIO ELEITORAL. NÃO COMPROVAÇÃO DE VÍNCULO RESIDENCIAL,
PROFISSIONAL OU FAMILIAR. DOCUMENTAÇÃO INSUFICIENTE.
1. A comprovação do domicílio eleitoral se faz mediante a apresentação de documentos ou certidão de oficial de justiça que atestem a
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residência do eleitor no município ou a existência de vínculo profissional, patrimonial ou comunitário com a localidade onde deseja exercer o
direito de voto, nos termos da Resolução TSE nº 21.538/2003. Precedentes desta Corte Regional.
2. Eleitora não logrou demonstrar residência no domicílio eleitoral desejado, nem possuir vínculo profissional, patrimonial ou comunitário com
o mesmo. Documentação apresentada relativa a terceiro cuja mera declaração de que a recorrente reside no município não constitui
documento hábil a comprovar qualquer vinculação familiar ou afetiva. 3. Assim, não restou comprovada qualquer vinculação residencial,
familiar, profissional, patrimonial ou afetiva com a localidade de Geminiano/PI.
4 Mantida decisão de indeferimento proferida no requerimento de transferência eleitoral.
(TRE-PI - RE: 060003218 GEMINIANO - PI, Relator: THIAGO MENDES DE ALMEIDA FÉRRER, Data de Julgamento: 18/08/2020, Data de
Publicação: DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Data 27/08/2020)
Com essas considerações, tendo em vista a ausência de comprovação de domicílio no município, impende concluir que deve ser mantida a
decisão de indeferimento do pleito.
Ante o exposto, VOTO, em consonância com o parecer ministerial, pelo conhecimento e DESPROVIMENTO do presente recurso, para manter
íntegra a decisão de primeiro grau que indeferiu o requerimento de alistamento eleitoral de Danielle Mendes Vieira, para o município de
Regeneração –PI.
EXTRATO DA ATA
RECURSO ELEITORAL Nº 0600007-03.2020.6.18.0043. ORIGEM: REGENERAÇÃO/PI (43ª ZONA ELEITORAL)
Recorrente: Danielle Mendes Vieira
Advogada: Jaqueliny de Oliveira Pereira (OAB/PI: 14.511)
Relator: Juiz Charlles Max Pessoa Marques da Rocha
Decisão: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, por unanimidade, CONHECER do recurso e NEGAR-LHE PROVIMENTO,
na forma do voto do Relator.
Processo 0600041-61.2020.6.18.0080
ACÓRDÃO Nº 060004161
RECURSO ELEITORAL Nº 0600041-61.2020.6.18.0080. ORIGEM: MATIAS OLÍMPIO/PI (80ª ZONA ELEITORAL)
Recorrente: Edna Maria de Carvalho Pereira
Advogados: Thiago Henrique Viana Lima (OAB/PI: 7.558) e Lara Fortes Portela de Carvalho (OAB/PI: 17.665)
Interessado: Partido SOLIDARIEDADE, de Matias Olímpio/PI
Relator: Juiz Aderson Antônio Brito Nogueira
RECURSO ELEITORAL. FILIAÇÃO PARTIDÁRIA. AUSÊNCIA DE ENVIO DE NOME DE FILIADO. LISTA ESPECIAL. PEDIDO DE INCLUSÃO. PARTIDO
NÃO FOI INTIMADO PARA INTEGRAR O POLO PASSIVO DA DEMANDA. AUSÊNCIA DE CONTRADITÓRIO. RETORNO DOS AUTOS AO JUÍZO DE
ORIGEM PARA O REGULAR PROCESSAMENTO DO FEITO.
- A análise e possível deferimento do registro de candidatura do recorrente independem do resultado do presente recurso, tendo em vista que
a própria Lei das Eleições, em seu artigo 11, §10, dispõe que “as condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no
momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que
afastem a inelegibilidade”. Logo, a demonstração da filiação poderá ser feita nos autos correspondentes ao seu Requerimento de registro de
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candidatura.
- A matéria édisciplinada pelo art. 19, caput e §2º da Lei nº 9.096/95, regulamentada pela Resolução TSE nº 23.596/2019 e Portaria TSE nº
357/2020 (processamento de relações especiais do mês de junho de 2020)
- O transcurso dos prazos estabelecidos no cronograma fixado pela Portaria TSE nº 357/2020 não autoriza, por si só, o indeferimento do
pedido, já que remanesce a possibilidade de que o reconhecimento da filiação seja declarado pela Justiça Eleitoral, ainda que o processamento
dos dados só ocorra futuramente.
- O Partido não foi citado para integrar o polo passivo da relação jurídica. Ofensa ao contraditório e àampla defesa.
- Recurso conhecido e parcialmente provido, a fim de anular a sentença impugnada e determinar o retorno dos autos ao Juízo de origem para
o regular prosseguimento do feito.
Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Juiz AGLIBERTO GOMES MACHADO, ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do
Piauí, por unanimidade, CONHECER do recurso e DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, na forma do voto do Relator.
Sala das Sessões por Videoconferência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí, em Teresina, 5 de outubro de 2020.
R E L A T ÓR I O
O SENHOR JUIZ ADERSON ANTÔNIO BRITO NOGUEIRA (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte, Senhor
Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Trata-se de Recurso Eleitoral interposto por EDNA MARIA DE CARVALHO PEREIRA contra decisão do MM. Juiz Eleitoral da 80ª ZE que extinguiu
sem julgamento do mérito o processo que em que pleiteava a inclusão do seu nome em lista especial de filiação partidária no município de
Matias Olímpio-PI.
Na origem, a requerente alega que se filiou ao Partido Solidariedade –PS em 04/04/2020, porém seu nome não consta da relação oficial de
filiados informados ao Tribunal Superior Eleitoral, embora tenha sido informado tempestivamente e conste na relação de filiados internos no
site do TSE. Ao final, requer o deferimento do pedido para inclusão do seu nome na lista oficial de filiados do Partido Solidariedade. Junta
documentação de IDs 4956470, 4956520, 4956570, 4956620 e 4956670.
Em sentença, o MM Juiz da 80ª Zona entendeu ter sido intempestivo o pedido formulado na inicial e declarou o processo extinto sem
resolução do mérito.(ID 4956920)
Irresignada, a recorrente interpôs o presente recurso eleitoral. Sustenta que a filiação partidária pode ser provada por qualquer modo idôneo
e não apenas pela relação de filiados encaminhada àJustiça Eleitoral, mormente considerando que a atuação humana pode ensejar falhas por
desídia ou má-fé. Assevera que a prova de filiação partidária para efeito de candidatura pode ser discutida até mesmo em registro de
candidatura. Assim, a preclusão para o requerimento de lista especial não émotivo para extinção do processo sem julgamento do mérito. Ao
final, pugna pelo reconhecimento da sua filiação partidária junto ao Partido Solidariedade de Matias Olímpio em 01/04/2020 e que seja
incluído seu nome em lista especial de filiados. Junta documentos, dentre os quais: declaração subscrita pelo presidente da comissão municipal
do Partido Solidariedade, na qual afirma que a recorrente está filiada ao partido desde 01/04/2020 e que éatribuição exclusiva do partido a
inclusão do nome e do título do filiado na lista; relação interna de filiados e ficha de filiação assinada em 01/04/2020.
Manifestação do Ministério Público Eleitoral perante a Zona pelo conhecimento e desprovimento do recurso. (ID 4957570)
O Procurador Regional Eleitoral, no seu parecer de ID 5003120, manifesta-se pelo provimento parcial do recurso, para o fim de anular a
sentença impugnada e determinar o retorno dos autos ao Juízo de origem para o regular prosseguimento do feito.
Éo relatório.
VOTO
O SENHOR JUIZ ADERSON ANTÔNIO BRITO NOGUEIRA (RELATOR):
O recurso écabível, tempestivo e interposto por parte legítima, razões pelas quais deve ser conhecido.
Conforme relatado, a recorrente insurge-se contra decisão que declarou o processo extinto sem resolução de mérito, tendo em vista a
intempestividade do pedido, em que buscava autorização para inclusão do seu nome em lista especial do Partido Solidariedade do município
de Matias Olímpio - PI.
Inicialmente, torna-se necessário situar juridicamente a questão posta, fazendo citação dos dispositivos legais aplicáveis. Sobre o tema dispõe
o art. 19 da Lei nº 9.096/95:
Art. 19. Deferido internamente o pedido de filiação, o partido político, por seus órgãos de direção municipais, regionais ou nacional, deverá
inserir os dados do filiado no sistema eletrônico da Justiça Eleitoral, que automaticamente enviará aos juízes eleitorais, para arquivamento,
publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito de candidatura a cargos eletivos, a relação dos nomes de todos os seus
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filiados, da qual constará a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e das seções em que estão inscritos.
§1º Nos casos de mudança de partido de filiado eleito, a Justiça Eleitoral deverá intimar pessoalmente a agremiação partidária e dar-lhe
ciência da saída do seu filiado, a partir do que passarão a ser contados os prazos para ajuizamento das ações cabíveis.
§2º Os prejudicados por desídia ou má-fé poderão requerer, diretamente àJustiça Eleitoral, a observância do que prescreve o caput deste
artigo.
Para regulamentar tais prazos e disciplinar as demais questões atinentes àfiliação, o Tribunal Superior Eleitoral editou a Resolução nº 23.596,
de 20 de agosto de 2019. Cito dispositivos pertinentes àmatéria enfrentada:
Art. 11. Na segunda semana dos meses de abril e outubro de cada ano, o partido, por seus órgãos de direção municipal/zonal,
estadual/regional ou nacional, enviará àJustiça Eleitoral para arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação para efeito de
candidatura, a relação atualizada dos nomes de todos os seus filiados na respectiva zona eleitoral, da qual constará, também, o número dos
títulos eleitorais e das seções em que estão inscritos e a data do deferimento das respectivas filiações (Lei nº 9.096/1995, art. 19, caput).
(...)
§2º Os prejudicados por desídia ou má-fé poderão requerer, diretamente ao juiz da zona eleitoral, a intimação do partido para que cumpra, no
prazo que fixar, não superior a dez dias, o que prescreve o caput deste artigo, sob pena de desobediência, observado o disposto no art. 16
desta resolução.
Art. 12. As relações de filiados deverão ser elaboradas pelo partido em aplicação específica do Módulo Externo do FILIA e submetidas àJustiça
Eleitoral pela rede mundial de computadores, em ambiente próprio do sítio eletrônico do TSE reservado aos partidos políticos.
Parágrafo único. Para efeito do disposto nesta resolução, adotar-se-á a seguinte nomenclatura:
I - relação ordinária relação cujos dados serão fornecidos pelos partidos políticos nos meses de abril e outubro de cada ano;
II - relação especial relação cujos dados serão fornecidos pelos partidos políticos em cumprimento a determinação judicial, nos termos do §2º
do art. 11 desta resolução, que será efetivada, no Módulo Interno do FILIA, pelo cartório eleitoral;
Art. 16. As relações especiais, submetidas àJustiça Eleitoral em atendimento do disposto no §2º do art. 11 desta resolução, serão processadas
em procedimento próprio nos meses de junho e dezembro.
Em consonância com o artigo 38 da supracitada resolução, que prevê que “A Presidência do TSE expedirá os atos regulamentares necessários
àfiel execução desta resolução”, foi editada a Portaria nº 357/2020, que estabelece cronograma de processamento de relações especiais do
mês de junho de 2020. No referido ato, foi fixada a data de 16 de junho de 2020 como o último dia para inserção do nome do filiado
prejudicado na relação especial de filiados pelos partidos políticos via sistema FILIA, bem como o dia 19 de junho de 2020 seria o último dia
para autorização pelo Cartório Eleitoral de processamento de relação especial.
Entretanto, a recorrente postulou a sua inclusão na relação especial de filiados apenas no dia 02 de setembro de 2020, data do protocolo do
presente processo, ou seja, quase três meses após o prazo final estabelecido na Portaria TSE nº 357/2020, razão pela qual o MM Juiz a quo
decidiu pela extinção sem resolução de mérito.
Em que pese terem sido desobedecidos os prazos para submissão da lista geral, bem como inserção do nome da recorrente por meio da lista
especial, entendo que a decisão de primeiro grau merece ser parcialmente reformada haja vista que, conforme discorrido pelo Eminente
Procurador Regional Eleitoral, depreende-se que “o transcurso do cronograma fixado pela Portaria TSE nº 357/2020 não autoriza, por si só, a
extinção do feito sem resolução de seu mérito, já que remanesce a possibilidade de que o reconhecimento da filiação seja declarado pela
Justiça Eleitoral, ainda que o processamento dos dados só ocorra futuramente”. Desse modo, devido àimpossibilidade técnica de inclusão do
nome do recorrente em lista especial no FILIA, “a situação torna-se passível de ser resolvida no próximo prazo ordinário de envio de listas”.
Neste mesmo sentido esta Colenda Corte decidiu, no último dia 10 de agosto, sob relatoria do Exmo. Dr. Charlles Max Pessoa Marques da
Rocha, o processo nº 0600015-03.2020.6.18.0003. Cito a ementa:
RECURSO ELEITORAL. FILIAÇÃO PARTIDÁRIA. AUSÊNCIA DE INCLUSÃO DO NOME DO RECORRENTE NA LISTA DE FILIADOS DA AGREMIAÇÃO
PARTIDÁRIA. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO PARTIDO PARA INTEGRAR O POLO PASSIVO DA DEMANDA. OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL.
PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. RETORNO DOS AUTOS ÀZONA ELEITORAL DE ORIGEM PARA A REGULAR CONSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO
JURÍDICA PROCESSUAL E PROSSEGUIMENTO NORMAL DO FEITO.
1. O transcurso do prazo estabelecido no cronograma fixado pela Portaria TSE nº 357/2020 não autoriza, por si só, a extinção do feito sem
resolução de seu mérito, já que remanesce a possibilidade de que o reconhecimento da filiação seja declarado pela Justiça Eleitoral, podendo
o processamento dos dados ocorrer em nova oportunidade.
2. A agremiação partidária não foi citada para integrar o polo passivo da relação jurídica, conquanto a parte autora tenha requerido a sua
inclusão no feito. Ofensa ao devido processo legal e seus consectários (contraditório e ampla defesa).
3. Conhecimento e parcial provimento do recurso. Retorno nos autos àZona Eleitoral de origem para a regular formação da relação jurídica
processual e trâmite do feito.
Portanto, e considerando especialmente que a análise e possível deferimento do registro de candidatura da recorrente independe do
resultado do presente recurso, entendo que a sentença vergastada merece ser anulada, devendo os autos retornarem ao Primeiro Grau, a fim
de que seja devidamente citado o Partido Político para integrar a presente lide e, ao final, que seja proferido julgamento de mérito,
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 17
EXTRATO DA ATA
RECURSO ELEITORAL Nº 0600041-61.2020.6.18.0080. ORIGEM: MATIAS OLÍMPIO/PI (80ª ZONA ELEITORAL)
Recorrente: Edna Maria de Carvalho Pereira
Advogados: Thiago Henrique Viana Lima (OAB/PI: 7.558) e Lara Fortes Portela de Carvalho (OAB/PI: 17.665)
Interessado: Partido SOLIDARIEDADE, de Matias Olímpio/PI
Relator: Juiz Aderson Antônio Brito Nogueira
Decisão: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí,por unanimidade, CONHECER do recurso e DAR-LHE PARCIAL
PROVIMENTO, na forma do voto do Relator.
Processo 0600364-15.2020.6.18.0000
JUSTIÇA ELEITORAL
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ
GABINETE DO JUIZ FEDERAL MEMBRO DA CORTE
DESPACHO
DETERMINO àSecretaria Judiciária que providencie a intimação da interessada para se manifestar, no prazo de 3 (três) dias, sobre as diligências
solicitadas pelo Controle Interno no ID 5321620, na forma do art. 64, §3º, c/c o art. 80, §2º, V, ambos da Resolução TSE n. 23.607/2019.
Cumpra-se.
Após, voltem os autos conclusos.
Teresina, 15 de outubro de 2020.
Processo 0600048-64.2020.6.18.0044
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 18
ADVOGADO: JOSE MARTINS SILVA JUNIOR - OAB/PI0008511 RELATOR: JUIZ THIAGO MENDES DE ALMEIDA FERRER
DECISÃO
Vistos, etc.
Trata-se de recurso apresentado via PJe por ELISÂNGELA DA SILVA ROCHA contra decisão do Juizo Eleitoral da 44ª ZE-Ribeiro Gonçalves/PI,
que INDEFERIU seu pedido de transferência eleitoral para o município de Baixa Grande do Ribeiro/PI.
Petição de recurso e outros documentos juntados nos IDs 4549670 e 4549720.
Certidão do Cartório da 44ª Zona Eleitoral de que o recurso foi intempestivo (ID 4549270). Juntada cópia do RAE e os documentos
apresentados, através do serviço Título Net, no pedido de alistamento eleitoral do recorrente, bem como e-mail solicitando complementação
da documentação e e-mail comunicando o indeferimento do RAE (ID 4549820).
Na peça recursal (ID 4549670), a recorrente alega que “A contagem do prazo para impugnação começa a partir dos dias 1º ou 15 de cada mês,
ainda que a publicação da relação de eleitores tenha sido feita fora dessas datas, nos termos do art. 57 do Código Eleitoral e da Resolução n.º
21.538/03” e, com base nisso defende a tempestividade do recurso ; além disso, requer que seja provido o recurso e deferido o requerimento
de transferência eleitoral, argumentando que a eleitora apresentou documentos que atestam o vínculo existente com o Município,
preenchendo, portanto, todas as exigências elencadas na Resolução do TSE nº 21.538/2003.
O Ministério Público Eleitoral que atua junto à44ª Zona Eleitoral apresentou contrarrazões (ID 4549920) requerendo o provimento do recurso
por entender que “na análise dos documentos apresentados a recorrente comprova seu vínculo com o município através de comprovantes de
endereço emitidos em seu nome pelo banco e por empresa estabelecida no local, comprovando assim o vínculo com o município de Baixa
Grande do Ribeiro/PI” .
Em decisão (ID 4550020), o Exmo. Sr. Juiz a quo manteve a decisão recorrida e determinou a remessa dos autos a este Tribunal Regional
Eleitoral do Piauí.
O douto Procurador Regional Eleitoral, em seu parecer (ID 4651920), manifestou-se pelo “NÃO CONHECIMENTO do recurso, por ausência de
requisito de admissibilidade, ante a intempestividade”.
Constatada a ausência de procuração nos autos, foi determinada a intimação da recorrente para que se manifestasse sobre a preliminar de
intempestividade e apresentasse o devido instrumento de mandato para constituição de advogado. O recorrente deixou transcorrer in albis o
prazo (IDs 4658170, 5347320 e 5248070).
Éo relatório. Decido.
Compulsando os autos, verifiquei que não consta instrumento de mandato para constituição de advogado da recorrente, embora tenha sido
dada oportunidade para regularização (IDs 4658170 e 5347320).
Pois bem. O procedimento de transferência, por meio do qual os eleitores requerem sua alteração de domicílio eleitoral, possui natureza
administrativo-eleitoral, entretanto, no momento da apresentação de impugnação/recurso, passa a ter viés jurisdicional e, neste ponto, deve
atender a todos os requisitos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade recursal, dentre os quais está a necessária capacidade postulatória
para a prática de atos jurisdicionais, materializada mediante a outorga de poderes de representação por instrumento de mandato.
Sobre o tema, o Código de Processo Civil estabelece que:
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para
praticar ato considerado urgente.
§1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias,
prorrogável por igual período por despacho do juiz.
§2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas
e por perdas e danos.
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo
razoável para que seja sanado o vício.
(...)
§2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.
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(Grifos nossos)
Dessa forma, constatada a ausência de mandato outorgado, o recurso não deve ser conhecido, pois, para postular em juízo, a parte deve ser
representada por advogado, ante a necessária capacidade postulatória para a prática de atos jurisdicionais, materializada mediante a outorga
de poderes de representação por instrumento de mandato, sem o qual não poderá o advogado peticionar em nome da parte, salvo para evitar
preclusão, decadência/prescrição ou praticar atos urgentes (arts. 103 e 104 do CPC).
DISPOSITIVO:
Ante o exposto, nos termos do que dispõe o Artigo 76, §2º, I, do CPC, bem como o Art. 52 do Regimento Interno deste Tribunal, NÃO
CONHEÇO do presente recurso.
Processo 0600006-55.2017.6.18.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ
GABINETE DE JUIZ MEMBRO DA CORTE
PRESTAÇÃO DE CONTAS (11531) - 0600006-55.2017.6.18.0000 - Teresina - PIAUÍ REQUERENTE: PROS ADVOGADO: MARCELO NUNES DE
SOUSA LEAL - OAB/PI4450 RELATOR: JUIZ TEÓFILO RODRIGUES FERREIRA
DESPACHO
Encaminhem-se os autos àSecretaria Judiciária com fins de providenciar a intimação do presidente, do tesoureiro e daqueles que
desempenharam funções equivalentes no exercício financeiro da prestação de contas, para que integrem a relação processual, constituindo
advogado, bem como para que se manifestem em relação aos atos até então praticados, no prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do art. art.
31, I, “b”, c.c. art. 39, todos da Res. TSE nº 23.604/2019.
Publique-se.
Intimem-se.
Teresina/PI, 13 de outubro de 2020.
Processo 0600008-68.2020.6.18.0081
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Soares, Gerimario Ribeiro de Lima, Guilherme de Moura Rego, Jaynara Ferreira dos Santos, Kelles Raiane da Silva Moura, Luciana Vieira Silva,
Maria Auxiliadora Leal, Maria do Socorro Silva Neves, Maria Leocília dos Santos, Mariana Gonçalves Paixão, Raelson Pereira da Silva, Versiane
Gonçalves de Carvalho e Vinício da Conceição Santana
Advogado: Diogo Josennis do Nascimento Vieira (OAB/PI: 8.754)
Recorrido: Sérgio de Oliveira
Advogado: Claudi Pinheiro de Araújo (OAB/PI: 264-B)
Relator: Juiz Charlles Max Pessoa Marques da Rocha
RECURSO ELEITORAL. TRANSFERÊNCIA DE DOMICÍLIO ELEITORAL. DECISÃO DE DEFERIMENTO DO PEDIDO DOS ELEITORES. NÃO REALIZAÇÃO
DE DILIGÊNCIAS NO JUÍZO ELEITORAL. COMPROVAÇÃO REGULAR DO DOMICÍLIO ELEITORAL APENAS POR PARCELA DOS ELEITORES
RECORRIDOS. COMPROVAÇÃO DE RESIDÊNCIA POR MEIO DE DECLARAÇÃO SUBSCRITA PELA PRESIDENTE DO SINDICATO RURAL DO
MUNICÍPIO. DOCUMENTO DESPROVIDO DE PRESUNÇÃO DE VERACIDADE. PARCIAL PROVIMENTO.
1. A teor do art. 65, da Resolução TSE nº 21.53 8/2003, “a comprovação de domicílio poderá ser feita mediante um ou mais documentos dos
quais se infira ser o eleitor residente ou ter vínculo profissional, patrimonial ou comunitário no município a abonar a residência exigida.”
2. Na espécie, para fins de comprovação do domicílio eleitoral, parcela dos eleitores recorridos apresentaram apenas uma declaração de
residência subscrita pela Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Campinas do Piauí-PI, documento não admitido para essa
finalidade, ante a ausência de presunção de veracidade das declarações nele contida. Os demais eleitores recorridos comprovaram
regularmente, através de documentação idônea, o domicílio eleitoral no município pretendido.
3. A comprovação do domicílio eleitoral éfeita mediante a apresentação, pelo eleitor, de documentos idôneos que atestem a sua residência,
ou a manutenção de vínculo(s) admitidos pela legislação e/ou pela jurisprudência do TSE que habilitem a fixação do seu domicílio eleitoral no
município pretendido.
4. Recurso parcialmente provido.
Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Juiz Federal Agliberto Gomes Machado, ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do
Piauí, por unanimidade, CONHECER do recurso e DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, para reformar a decisão recorrida apenas em relação aos
eleitores ALINE MAURIZ RODRIGUES DA SILVA, DAYANNE SOUSA GONÇALVES, DELZENIR DE SOUSA SILVA, GERIMARIO RIBEIRO DE LIMA,
KELLES RAIANE DA SILVA MOURA, LUCIANA VIEIRA SILVA, MARIA DO SOCORRO SILVA NEVES e MARIA LEOCÍLIA DOS SANTOS, ante a ausência
de comprovação, por documentação hábil, de vínculos no município de Campinas do Piauí - PI aptos àfixação de seus domicílios eleitorais,
mantendo-se íntegra a decisão em relação aos demais eleitores recorridos, na forma do voto do Relator.
Sala das Sessões por Videoconferência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí, em Teresina, 5 de outubro de 2020.
R E L A T ÓR I O
O SENHOR JUIZ CHARLLES MAX PESSOA MARQUES DA ROCHA (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte,
Senhor Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Trata-se de Recurso Eleitoral interposto pela COMISSÃO PROVISÓRIA DO PARTIDO REPUBLICANO BRASILEIRO –PRB (REPUBLICANOS) DO
MUNICÍPIO DE CAMPINAS DO PIAUÍ-PI, em face da decisão de primeiro grau que deferiu a transferência do domicílio eleitoral, para o
município de Campinas do Piauí-PI, dos eleitores: ALINE MAURIZ RODRIGUES DA SILVA; ANTONIA MARIA DA SILVA; DAYANNE SOUSA
GONÇALVES; DELZENIR DE SOUSA SILVA; FRANCILENE BATISTA SOARES; GERIMARIO RIBEIRO DE LIMA; GUILHERME DE MOURA REGO;
JAYNARA FERREIRA DOS SANTOS; KELLES RAIANE DA SILVA MOURA; LUCIANA VIEIRA SILVA; MARIA AUXILIADORA LEAL; MARIA DO SOCORRO
SILVA NEVES; MARIA LEOCÍLIA DOS SANTOS; MARIANA GONÇALVES PAIXÃO; RAELSON PEREIRA DA SILVA; SERGIO DE OLIVEIRA; VERSIANE
GONÇALVES DE CARVALHO; e VINICIO DA CONCEIÇÃO SANTANA.
Alegou que, após diligências encetadas pelo recorrente, verificou-se que os recorridos não residem nos endereços por eles indicados nos
Requerimentos de Transferências de Domicílio Eleitoral.
Esclareceu que essa constatação fora feita somente com o exame do teor do Relatório de Inscrição e Transferência de Domicílio Eleitoral e
através de diligencias encetadas pelo representante do recorrente nos endereços indicados no Relatório. Informou que, por causa da
pandemia causada pelo novo corona vírus e por causa da suspensão do atendimento presencial, por prazo indeterminado, não foi possibilitado
ter acesso (presencialmente) a outros documentos dos quais se pudesse inferir terem ou não, os recorridos, algum vínculo (específico) com o
município de Campinas do Piauí. Acrescentou que não foram encetadas, pela 81ª zona eleitoral, quaisquer diligências para constar se os
recorridos residem ou não nos endereços por eles indicados.
Requereu, ao final, o acesso a todos os documentos que instruíram os Requerimentos de Transferência e Alimento Eleitoral dos Recorridos; a
conversão do julgamento em diligência, para verificação in loco da residência declarada pelos recorridos; e, no mérito, a reforma da r.
sentença recorrida, indeferindo-se as transferências de domicílio eleitoral dos recorridos.
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Juntou a procuração e o Edital de deferimento dos RAEs nos IDs 4270070 e 4270120, respectivamente.
Certidão de tempestividade do recurso no ID 4270170.
Despacho (ID 4455370) determinando a notificação dos recorridos e a juntada dos documentos que instruíram os RAEs.
Certidão de cumprimento do despacho acostada ao ID 4270270. Foram juntados os documentos nos IDs. 4270320 a 4271170.
Após a juntada da documentação pelo Cartório Eleitoral, o recorrente apresentou a petição acostada ao ID 4272270, reiterando o pedido de
indeferimento das transferências de domicílio eleitoral dos impugnados ALINE MAURIZ RODRIGUES DA SILVA; DAYANNE SOUSA GONÇALVES;
DELZENIR DE SOUSA SILVA; GERIMARIO RIBEIRO DE LIMA; KELLES RAIANE DA SILVA MOURA; LUCIANA VIEIRA SILVA; MARIA AUXILIADORA
LEAL, MARIA DO SOCORRO SILVA NEVES; MARIA LEOCÍLIA DOS SANTOS; FRANCILENE BATISTA SOARES; GUILHERME DE MOURA REGO;
SÉRGIO DE OLIVEIRA e VERSIANE GONÇALVES DE CARVALHO.
Contrarrazões apresentadas pelos recorridos no ID 4273320. Juntaram documentos aos IDs. 4273370 a 4274270.
Nova petição do recorrente (ID 4274370), reiterando o pedido de indeferimento dos requerimentos de transferências de domicílio eleitoral
dos recorridos/impugnados: - ALINE MAURIZ RODRIGUES DA SILVA; DAYANNE SOUSA GONÇALVES; DELZENIR DE SOUSA SILVA; GERIMARIO
RIBEIRO DE LIMA; KELLES RAIANE DA SILVA MOURA; LUCIANA VIEIRA SILVA; MARIA AUXILIADORA LEAL; MARIA DO SOCORRO SILVA NEVES;
MARIA LEOCÍLIA DOS SANTOS; FRANCILENE BATISTA SOARES; GUILHERME DE MOURA REGO; SÉRGIO DE OLIVEIRA e VERSIANE GONÇALVES
DE CARVALHO.
No ID 4274470 foram juntadas as contrarrazões do recorrido Sergio de Oliveira.
Petição do recorrente pugnando pelo desentranhamento das contrarrazões de Sérgio de Oliveira (ID 4274570), ante a intempestividade de sua
apresentação.
Despacho de ID 4274620, mantendo o indeferimento e determinando a remessa dos autos ao TRE-PI.
Petição apresentada pelo advogado de Sérgio de Oliveira (ID 4274720), requerente a anotação do seu nome na capa virtual do processo.
Certidão da Secretaria Judiciária do TRE-PI (ID 4280670) dando conta da verificação e ratificação da autuação.
A Procuradoria Regional Eleitoral, em parecer de ID 4306070, manifestou-se pelo conhecimento e, no mérito, pelo parcial provimento do
recurso, para:
a) manter o deferimento da transferência do domicílio eleitoral de MARIA AUXILIADORA LEAL, ANTONIA MARIA DA SILVA, MARIANA
GONÇALVES PAIXÃO, RAELSON PEREIRA DA SILVA, JAYNARA FERREIRA DOS SANTOS, FRANCILENE BATISTA SOARES, VERSIANE GONÇALVES DE
CARVALHO, SERGIO DE OLIVEIRA, VINÍCIO DA CONCEIÇÃO SANTANA e GUILHERME DE MOURA REGO para o município de Campinas do Piauí; e
b) indeferir a transferência do domicílio eleitoral de MARIA DO SOCORRO SILVA NEVES, DELZENIR DE SOUSA SILVA, GERIMARIO RIBEIRO DE
LIMA, ALINE MAURIZ RODRIGUES DA SILVA, DAYANNE SOUSA GONÇALVES, KELLES RAIANE DA SILVA MOURA, MARIA LEOCÍLIA DOS SANTOS e
LUCIANA VIEIRA SILVA para o município de Campinas do Piauí.
Éo relatório, Senhor Presidente.
VOTO
O SENHOR JUIZ CHARLLES MAX PESSOA MARQUES DA ROCHA (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte,
Senhor Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
1. DA PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA E DA OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE PROCESSUAL:
Os recorridos aduziram a presente preliminar com vistas ao não conhecimento do presente recurso, por ausência de impugnação específica,
em ofensa ao princípio da dialeticidade.
Argumentam que, dentre os requisitos do art. 319, VI, do CPC, está a necessária indicação das “provas com as quais o autor pretende
demonstrar a verdade dos fatos alegados”, como uma forma de garantir o perfeito exercício do direito constitucional ao contraditório e
àampla defesa, previsto no art. 5.º, LV, da Constituição Federal.
Sustentam que, no caso, o recorrente não indica, em momento algum, quaisquer provas ou meios idôneos para elidir as provas carreadas aos
autos quando dos requerimentos e as razões de decidir do r. Juízo eleitoral de piso, deixando inequívoca a impossibilidade de defesa acerca de
fatos alegados sem provas, pelo que resta nitidamente configurada a inépcia do recurso, incorrendo em grave e invencível cerceamento de
defesa.
Observa, ainda, que o recorrente não individualizou suas impugnações, pelo contrário, de modo raso e genérico, desprovido de quaisquer
provas, apenas acabou por demonstrar seu mero descontentamento através de um recurso aos requerimentos de transferência de domicílio
eleitoral deferidos na 81ª Zona Eleitoral, Campinas do Piauí. Argumenta que “era imprescindível que a parte recorrente tivesse questionado os
deferimentos de forma individualizada, através de provas contundentes e específicas, de cada recorrido, para, assim, enquanto participante da
marcha processual, os recorridos pudessem exercer seu direito, constitucional, de contrapor aquele que o demanda."
Pois bem.
A Constituição Federal de 1988 dispõe que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes” (art. 5º, LV, CF/88). Em reforço a esses postulados, o Novo CPC (Lei nº
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13.105/2015) prevê, como um ônus do Juiz, zelar pelo efetivo contraditório, nos seguintes termos:
Art. 7º Éassegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos
ônus, aos deveres e àaplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
No caso em apreço, o recorrente afirma que, com base no Relatório de Inscrições e Transferências do Lote de RAEs (Edital nº12), publicado no
Diário da Justiça Eletrônico no dia 22/05/2020 e, depois ter feito suas diligências, “verificou-se que NENHUM dos 18(dezoito) recorridos, acima
relacionados, reside nos endereços por eles indicados nos Requerimentos de Transferências de Domicílio Eleitoral.”
Nessas circunstâncias, apesar de o recorrente ter informado que não teve acesso a outros documentos para se certificar da existência de
outros vínculos com o município de Campinas do Piauí –PI, écerto que suas impugnações restaram especificadas de forma individualizada,
tendo se insurgido contra os vínculos residenciais discriminados no Relatório de Inscrições e Transferências do Lote de RAEs (Edital nº12) e
individualizados também nas razões recursais.
Não vislumbro, portanto, qualquer ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, ou mesmo ao princípio da
dialeticidade. Ademais, todos os documentos que serviram de base para a demonstração das residências dos recorridos (IDs
4270320/4271170) foram acostados aos autos por determinação do Juiz Eleitoral (despacho de ID 4270220), antes da apresentação de suas
contrarrazões (ID 4273320), sem prejuízo para as respectivas defesas.
Com essas considerações, VOTO, em harmonia com o parecer ministerial, pela rejeição da presente questão preliminar.
2. DO MÉRITO:
O presente recurso étempestivo, foi interposto por parte legítima e preenche os demais requisitos de admissibilidade, razões pelas quais
merece ser conhecido.
Conforme relatado, a COMISSÃO PROVISÓRIA DO PARTIDO REPUBLICANO BRASILEIRO –PRB (REPUBLICANOS) DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS
DO PIAUÍ-PI interpôs o presente recurso em face da decisão de primeiro grau que deferiu a transferência do domicílio eleitoral dos eleitores
recorridos para o município de Campinas do Piauí-PI.
Alega, em síntese, com base em diligências por ele realizadas, nos endereços constantes Relatório de Inscrições e Transferências do Lote de
RAEs (Edital nº12), verificou-se que os eleitores recorridos não residem nos endereços por eles indicados nos Requerimentos de Transferências
de Domicílio Eleitoral.
O Ministério Público Eleitoral, em seu parecer de ID 4306070, manifestou-se pelo parcial provimento do recurso, para indeferir apenas os
requerimentos de MARIA DO SOCORRO SILVA NEVES, DELZENIR DE SOUSA SILVA, GERIMARIO RIBEIRO DE LIMA, ALINE MAURIZ RODRIGUES
DA SILVA, DAYANNE SOUSA GONÇALVES, KELLES RAIANE DA SILVA MOURA, MARIA LEOCÍLIA DOS SANTOS e LUCIANA VIEIRA SILVA, deferindo-
se, por conseguinte os requerimentos dos demais eleitores recorridos.
Não obstante a análise dos vínculos dos eleitores com o município pretendido, feita pelo recorrente nas petições de IDs 4272270/4274370,
com base na documentação juntada aos autos pelo Cartório Eleitoral, sem reafirmar o pedido inicial em relação a todos os eleitores, devo
analisar tais vínculos considerando os documentos de todos os recorridos constantes das razões recursais (ID 4270020), uma vez que não
foram excluídos expressamente do polo passivo pelo recorrente.
Pois bem.
A transferência de domicílio eleitoral encontra-se regulada especialmente no Código Eleitoral e na Resolução TSE nº 21.538/2003. Veja-se.
Código Eleitoral:
Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor requerer ao juiz do novo domicílio sua transferência, juntando o título anterior.
§1º A transferência só será admitida satisfeitas as seguintes exigências:
I - entrada do requerimento no cartório eleitoral do novo domicílio até 100 (cem) dias antes da data da eleição;
II - transcorrência de pelo menos 1 (um) ano da inscrição primitiva;
III - residência mínima de 3 (três) meses no novo domicílio, atestada pela autoridade policial ou provada por outros meios convincentes. (grifos
acrescidos)
Resolução TSE nº 21.538/2003:
Art. 18. A transferência do eleitor só será admitida se satisfeitas as seguintes exigências:
I –recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo estabelecido pela legislação vigente;
II –transcurso de, pelo menos, um ano do alistamento ou da última transferência;
III –residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor (Lei nº 6.996/82, art. 8º); (grifos
acrescidos)
Art. 65. A comprovação de domicílio poderá ser feita mediante um ou mais documentos dos quais se infira ser o eleitor residente ou ter
vínculo profissional, patrimonial ou comunitário no município a abonar a residência exigida. (grifos acrescidos)
A jurisprudência do TSE acrescenta, ainda, a possibilidade de comprovação de domicílio mediante a comprovação dos vínculos políticos,
econômicos, sociais ou familiares (REspe - Recurso Especial Eleitoral no 37481 - Barra de Santana/PB, Acórdão de 18/02/2014, Relator(a) Min.
MARCO AURÉLIO MENDES DE FARIAS MELLO, Relator(a) designado(a) Min. JOSÉ ANTÔNIO DIAS TOFFOLI, DJE - Diário de justiça eletrônico,
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13. MARIA LEOCÍLIA DOS SANTOS - juntou uma declaração de residência subscrita pela Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Campinas do Piauí (ID 4270920), o que não constitui documento hábil àcomprovação do domicílio eleitoral;
14. MARIANA GONÇALVES PAIXÃO - juntou comprovante de domicílio em nome de Erinalda Gonçalves de Carvalho (ID 4270970), que,
segundo consta do seu documento de identidade, trata-se de sua mãe, demonstrando, assim, a presença de vínculo familiar apto àfixação de
seu domicílio eleitoral no município de Campinas do Piauí;
15. RAELSON PEREIRA DA SILVA - juntou comprovante de domicílio em nome de Esmeralda Raimunda da Silva (ID 4271020), que, consoante
seu documento de identidade, trata-se de sua mãe, demonstrando, assim, a presença de vínculo familiar apto àfixação de seu domicílio
eleitoral no município de Campinas do Piauí;
16. SERGIO DE OLIVEIRA - juntou comprovante de residência em nome de Maria José da Conceição Silva (ID 4271070), que, consoante certidão
de casamento (fl. 4), trata-se de sua sogra, o que demonstra a presença de vínculo familiar apto àfixação de seu domicílio eleitoral no
município de Campinas do Piauí;
17. VERSIANE GONÇALVES DE CARVALHO juntou comprovante de residência em nome de Erinalda Gonçalves de Carvalho (ID 4271120), que,
consoante consta do documento de identidade da titular da fatura (fl. 06), trata-se de sua irmã, o que comprova a presença de vínculo familiar
apto àfixação de seu domicílio eleitoral no município de Campinas do Piauí; e
18. VINÍCIO DA CONCEIÇÃO SANTANA - juntou um recibo de entrega da declaração do ITR do ano de 2019 (ID 4271170), em seu próprio nome,
com endereço na Localidade Poço da Pedra, Zona Rural de Campinas do Piauí –PI, o que demonstra seu vínculo patrimonial apto àfixação do
seu domicílio eleitoral no município de Campinas do Piauí.
Dessa forma, restaram evidenciados vínculos hábeis àfixação do domicílio eleitoral no município de Campinas do Piauí –PI, nos termos da
legislação de regência, apenas em relação aos recorridos: ANTÔNIA MARIA DA SILVA, FRANCILENE BATISTA SOARES, GUILHERME DE MOURA
REGO, JAYNARA FERREIRA DOS SANTOS, MARIA AUXILIADORA LEAL, MARIANA GONÇALVES PAIXÃO, RAELSON PEREIRA DA SILVA, SERGIO DE
OLIVEIRA, VERSIANE GONÇALVES DE CARVALHO e VINÍCIO DA CONCEIÇÃO SANTANA.
Âncora Por outro lado, considerando que não foram realizadas diligências nos endereços declarados nos respectivos RAEs, não foram
suficientes para a comprovação de vínculos no município de Campinas do Piauí –PI, os documentos apresentados pelos recorridos: ALINE
MAURIZ RODRIGUES DA SILVA, DAYANNE SOUSA GONÇALVES, DELZENIR DE SOUSA SILVA, GERIMARIO RIBEIRO DE LIMA, KELLES RAIANE DA
SILVA MOURA, LUCIANA VIEIRA SILVA, MARIA DO SOCORRO SILVA NEVES e MARIA LEOCÍLIA DOS SANTOS.
Como écediço, a comprovação do domicílio eleitoral éfeita mediante a apresentação, pelo eleitor, de documentos idôneos (dotados de
presunção de veracidade, ainda que relativa, em razão da fé pública deferida a quem o expede) que atestem a sua residência, ou a
manutenção de vínculo(s) admitidos pela legislação e/ou pela jurisprudência do TSE que habilitem a fixação do seu domicílio eleitoral no
município pretendido.
Nesse sentido, cito jurisprudência:
RECURSO ELEITORAL. CERTIDÃO POSTERIOR REVOGA ANTERIOR. DOMICÍLIO ELEITORAL NÃO COMPROVADO. ÔNUS DO ELEITOR. RECURSO
PROVIDO.
1. Certidão de oficial de justiça posterior prevalece sobre a certidão anterior no que lhe for contrária, desde que seja igualmente especial ou
geral.
2. O ônus de comprovar o domicílio eleitoral, através de prova idônea, édo requerente. (Precedente TRE-GO: RE nº 1883).
3. Inexistindo nos autos prova concreta que ratifique o domicílio eleitoral do recorrente, mesmo no seu mais amplo conceito, impõe-se o
indeferimento da transferência de domicílio eleitoral1.(Precedente no TRE-GO: RE nº 3798).
4. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (grifei)
(RECURSO ELEITORAL n 4704, ACÓRDÃO n 10493 de 07/04/2010, Relator(aqwe) NEY TELES DE PAULA, Publicação: DJ - Diário de justiça,
Volume 064, Tomo 1, Data 15/04/2010, Página 19/20)
Assim, tendo em vista que a comprovação do domicílio eleitoral constitui ônus do eleitor, não restando suficientemente demonstrado, por
documentação hábil, o domicílio eleitoral de parcela dos eleitores recorridos, forçoso concluir pelo provimento parcial do presente recurso.
Ante o exposto, VOTO, em consonância com o parecer ministerial, pelo conhecimento e PARCIAL PROVIMENTO do presente recurso, para
reformar a decisão recorrida apenas em relação aos eleitores ALINE MAURIZ RODRIGUES DA SILVA, DAYANNE SOUSA GONÇALVES, DELZENIR
DE SOUSA SILVA, GERIMARIO RIBEIRO DE LIMA, KELLES RAIANE DA SILVA MOURA, LUCIANA VIEIRA SILVA, MARIA DO SOCORRO SILVA NEVES e
MARIA LEOCÍLIA DOS SANTOS, ante a ausência de comprovação, por documentação hábil, de vínculos no município de Campinas do Piauí –PI
aptos àfixação de seus domicílios eleitorais, mantendo-se íntegra a decisão em relação aos demais eleitores recorridos.
Écomo voto, Senhor Presidente.
EXTRATO DA ATA
RECURSO ELEITORAL Nº 0600008-68.2020.6.18.0081. ORIGEM: CAMPINAS DO PIAUÍ/PI (81ª ZONA ELEITORAL)
Recorrente: Partido Republicano Brasileiro-PRB, Comissão Provisória de Campinas do Piauí/PI
Advogado: Inácio Alves Barbosa (OAB/PI: 9.365)
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Recorridos: Aline Mauriz Rodrigues da Silva, Antônia Maria da Silva, Dayanne Sousa Gonçalves, Delzenir de Sousa Silva, Francilene Batista
Soares, Gerimario Ribeiro de Lima, Guilherme de Moura Rego, Jaynara Ferreira dos Santos, Kelles Raiane da Silva Moura, Luciana Vieira Silva,
Maria Auxiliadora Leal, Maria do Socorro Silva Neves, Maria Leocília dos Santos, Mariana Gonçalves Paixão, Raelson Pereira da Silva, Versiane
Gonçalves de Carvalho e Vinício da Conceição Santana
Advogado: Diogo Josennis do Nascimento Vieira (OAB/PI: 8.754)
Recorrido: Sérgio de Oliveira
Advogado: Claudi Pinheiro de Araújo (OAB/PI: 264-B)
Relator: Juiz Charlles Max Pessoa Marques da Rocha
Decisão: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, por unanimidade, CONHECER do recurso e DAR-LHE PARCIAL
PROVIMENTO, para reformar a decisão recorrida apenas em relação aos eleitores ALINE MAURIZ RODRIGUES DA SILVA, DAYANNE SOUSA
GONÇALVES, DELZENIR DE SOUSA SILVA, GERIMARIO RIBEIRO DE LIMA, KELLES RAIANE DA SILVA MOURA, LUCIANA VIEIRA SILVA, MARIA DO
SOCORRO SILVA NEVES e MARIA LEOCÍLIA DOS SANTOS, ante a ausência de comprovação, por documentação hábil, de vínculos no município
de Campinas do Piauí - PI aptos àfixação de seus domicílios eleitorais, mantendo-se íntegra a decisão em relação aos demais eleitores
recorridos, na forma do voto do Relator.
Processo 0600063-69.2020.6.18.0032
DESPACHO
Vistos, etc.
Determino àSecretaria Judiciária que INTIME o DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PARTIDO CIDADANIA no Município de Altos –PI, ora recorrente, na
pessoa de seu representante, para apresentar instrumento de procuração do advogado MARCUS VINICIUS SANTOS SPINDOLA RODRIGUES, no
prazo de 2 (dois) dias, o qual subscreve a petição de recurso, sob pena de não conhecimento deste, a teor do art. 76, §2º, I, do CPC.
Após a adoção das providências acima, devolvam-se os autos conclusos a este Relator para o regular trâmite processual.
PUBLIQUE-SE. INTIME-SE. CUMPRA-SE.
Teresina/PI, 14 de outubro de 2020.
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Processo 0600046-94.2020.6.18.0044
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ
GABINETE DO JUIZ MEMBRO DA CORTE
RECURSO ELEITORAL (11548) 0600046-94.2020.6.18.0044
[Alistamento Eleitoral - Inscrição Eleitoral]
RECORRENTE: CUSTODIA PAULO DA SILVA
Advogado(s) do reclamante: JOSE MARTINS SILVA JUNIOR
Relator: TEÓFILO RODRIGUES FERREIRA
DESPACHO
Considerando a possibilidade de não conhecimento do recurso, determino a intimação da parte recorrente para manifestação, no
prazo de 03 (três) dias, sobre a preliminar suscitada pelo Procurador Regional Eleitoral.
Processo 0600032-18.2020.6.18.0010
Cuida-se de Recurso Especial de ID PJe nº 5007220, aviado pela eleitora LARISSA ANEDINA DA CONCEIÇÃO SOUSA em face do Acórdão nº
060003218 (ID 4599470), cuja ementa encontra-se vazada nos seguintes termos:
RECURSO ELEITORAL. INDEFERIMENTO DE TRANSFERÊNCIA DE DOMICÍLIO ELEITORAL. NÃO COMPROVAÇÃO DE VÍNCULO RESIDENCIAL,
PROFISSIONAL OU FAMILIAR. DOCUMENTAÇÃO INSUFICIENTE.
1. A comprovação do domicílio eleitoral se faz mediante a apresentação de documentos ou certidão de oficial de justiça que atestem a
residência do eleitor no município ou a existência de vínculo profissional, patrimonial ou comunitário com a localidade onde deseja exercer o
direito de voto, nos termos da Resolução TSE nº 21.538/2003. Precedentes desta Corte Regional.
2. Eleitora não logrou demonstrar residência no domicílio eleitoral desejado, nem possuir vínculo profissional, patrimonial ou comunitário com
o mesmo. Documentação apresentada relativa a terceiro cuja mera declaração de que a recorrente reside no município não constitui
documento hábil a comprovar qualquer vinculação familiar ou afetiva.
3. Assim, não restou comprovada qualquer vinculação residencial, familiar, profissional, patrimonial ou afetiva com a localidade de
Geminiano/PI.
4 Mantida decisão de indeferimento proferida no requerimento de transferência eleitoral.
5. Recurso conhecido e desprovido.
Contra o acórdão, foram interpostos Embargos de Declaração (ID 4686870), os quais foram rejeitados conforme segue:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE VÍCIO DE OMISSÃO. NÍTIDO INTERESSE NA REDISCUSSÃO DA CAUSA. DESPROVIMENTO DOS
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Sustenta o recorrente, em síntese, que o aresto apontado violou os arts. 42 e 55 do Código Eleitoral, sob a alegação de que a documentação
juntada aos autos do Recurso Inominado Eleitoral comprova cabalmente todos os requisitos para o deferimento do regular alistamento
eleitoral, qual seja, comprovante de residência apresentado juntamente com documento que atesta a moradia da Recorrente no imóvel
residencial de propriedade da Sra. Jacqueline Maria de Lima, sua parente de 2º grau, não havendo, portanto, motivos para o indeferimento da
transferência eleitoral.
Suscita também dissídio jurisprudencial entre acórdãos de Tribunais Regionais Eleitorais pátrios e o Acórdão nº 060003218, ora guerreado,
com base na alegação de que “expressamente definem o conceito de domicílio eleitoral como amplo, assegurando a comprovação do
domicílio eleitoral por meio da existência de vínculo afetivo, econômico, social ou político.”
Ao final, pugna pelo conhecimento e total provimento do Recurso Especial Eleitoral, para reformar o Acórdão nº 060003218-A, sendo deferido
o pedido de Alistamento Eleitoral com o devido reconhecimento da comprovação de Domicílio Eleitoral realizado pela recorrente, que
demonstrou aptamente seu vínculo com o Município de Geminiano –PI.
Inicialmente, observo que o Recurso Especial foi interposto tempestivamente (certidão ID n. 5007720). Acerca do cabimento do apelo, dispõe
o art. 276 do Código Eleitoral, in verbis:
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior:
I –especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais.
Écediço que incumbe ao recorrente indicar expressamente, nas razões do Recurso Especial, os dispositivos de lei que entende terem sido
violados, exprimindo, com transparência, os motivos buscados para fins de reforma do acórdão, sob pena de a falta de fundamentação ensejar
a aplicação da Súmula 284 do Pretório Excelso.
A recorrente afirma que o Acórdão nº 060003218 fora proferido contra expressas disposições legais contidas nos arts. 42 e 55, do Código
Eleitoral, visto que, em sua ótica, “está comprovado categoricamente pela documentação juntada aos autos, bem como, pela própria
jurisprudência dos Tribunais Superiores, que não há o que se questionar o alistamento citado.”
Aduz que a Corte se baseou em premissa fática equivocada, quando entendeu que a recorrente não possui domicílio eleitoral em Geminiano
–PI, mesmo tendo esta apresentado “extrato de energia elétrica em nome do proprietário do imóvel acompanhando de declaração do próprio
proprietário a respeito da residência da Sra. Larissa Anedina, o que demonstra, por si só, a existência de vínculo residencial da recorrente com
o Município de Geminiano –PI.”
No ponto, registro que tal violação somente se constataria em sendo acolhida a tese da recorrente, quanto ao próprio mérito da ação, pelo
que não se revela clara e induvidosa a violação legal invocada.
Com efeito, a matéria posta em debate, com todos os documentos apresentados foi devidamente apreciada, tendo o Tribunal,
fundamentadamente, àluz da norma de regência, esclarecido no acórdão vergastado os seguintes pontos:
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 28
“Percebe-se, pois, que, apesar de não ser necessário para a configuração do domicílio eleitoral o animus de permanência no local com a
fixação da residência do cidadão, deve haver a constatação de vínculo profissional, patrimonial ou afetivo, para que se possa abonar o período
mínimo de residência. Não se pode admitir que o seu conceito abarque situações de total desvinculação do eleitor ao município, possibilitando
transferência sem a legitimidade necessária para defender os interesses da comunidade a que representa.
In casu, consoante parecer do Ministério Público Eleitoral de 2º grau, verifico que a recorrente não logrou demonstrar residir no domicílio
eleitoral desejado nem possuir vínculo profissional, patrimonial ou comunitário com o mesmo, já que apresentou apenas documentação
relativa a terceiro (Sra Jacqueline Maria de Lima - ID 4172570) cuja mera declaração de que a eleitora reside em Geminiano/PI não constitui
documento hábil a comprovar qualquer vinculação familiar ou afetiva.
Assim, considerando que os documentos apresentados não são aptos comprovar o domicílio eleitoral pretendido nem evidenciam a existência
de vínculos familiares, profissionais, afetivos e comunitários com o município de Geminiano/PI, entendo irreparável a decisão recorrida.”
Portanto, para reconhecer a violação legal suscitada, seria necessário o reexame do contexto fático-probatório, o que éinviável na via
extraordinária.
Ademais a recorrente não se desincumbiu do ônus de comprovar o dissídio jurisprudencial levantado na peça recursal para embasar sua
admissibilidade, com as respectivas circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados, bem como a indicação da similitude
fática e jurídica entre eles.
Ressalto que para o C. TSE “a demonstração da divergência jurisprudencial pressupõe cotejo analítico de modo a evidenciar-se a similitude
fática entre as hipóteses confrontadas e não se perfaz com a mera transcrição de ementas e de trechos de acórdãos de julgados. Incide no
caso o disposto na Súmula nº 28/TSE.” (AI - Agravo Regimental em Agravo de Instrumento nº 3158 - GOIÂNIA –GO, Relator(a) Min. Tarcisio
Vieira De Carvalho Neto, DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 192, Data 03/10/2019, Página 32/33).
Assim, fica clara que a real proposta do expediente ora analisado érediscutir as matérias de fato por meio do reexame das provas, conduta
vedada em sede de Recurso Especial, conforme a Súmula 24 do C. TSE e Súmulas 7/STJ e 279/STF. Nesse sentido, cito a seguinte decisão do
Colendo Tribunal Superior Eleitoral:
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. ELEIÇÕES 2006. PROPAGANDA ELEITORAL. RECURSO PREJUDICADO. REEXAME DE
PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.
I - A análise das circunstâncias em que ocorreu o fato, conforme requer o agravante, para que se faça o reenquadramento jurídico, implica no
revolvimento de toda matéria já discutida pela Corte regional, providência vedada por esse Tribunal em recurso especial, a teor da Súmula 279
do STF.
II - O reenquadramento jurídico dos fatos pelo TSE épossível desde que a análise se restrinja às premissas fáticas assentadas pela Corte de
origem.
III - No caso, os fatos delineados no acórdão do TRE/MS não seriam suficientes para que o TSE afastasse a conclusão da Corte de origem sem o
reexame da matéria fático-probatória, vedado nesta instância (Súmula 279 do STF).
IV - Agravo regimental improvido.
(Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral 28172, da relatoria do Ministro Enrique Ricardo Lewandowski, publicado no DJE em
21.09.2009).
Destarte, a recorrente não logrou êxito em comprovar a inobservância às disposições legais, tampouco em provar divergência jurisprudencial
acerca da matéria em debate.
Ante o exposto, nego seguimento ao Recurso Especial, tendo em vista a ausência dos pressupostos de admissibilidade previstos no art. 276 do
Código Eleitoral.
Intimações necessárias.
Teresina, 28 de setembro de 2020.
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 29
Processo 0600384-06.2020.6.18.0000
R E L A T ÓR I O
O SENHOR DESEMBARGADOR JOSÉ JAMES GOMES PEREIRA (RELATOR): Senhores Membros desta Egrégia Corte, Senhor Procurador Regional
Eleitoral, Senhores Advogados e demais gradas pessoas,
Trata-se de proposta de alteração da Resolução nº 387, de 27 de março de 2020, que instituiu as sessões de julgamento por meio de
videoconferência no âmbito do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí e disciplina o seu procedimento.
A proposta de alteração foi instaurada por deliberação do Tribunal Superior Eleitoral, considerando a necessidade de compatibilização das
sessões plenárias realizadas por videoconferência com o disposto no art. 60 da Res.-TSE nº 23.609/2019, conforme Parecer GAB-SPR nº
1/2020 (ID Pje nº 5102170, fls. 4/6).
A Secretaria Judiciária informou que, atendendo àdeterminação da Presidência, sufragada pela Corte, em consonância com a manifestação do
Procurador Regional Eleitoral, na reunião por videoconferência realizada em 28.9.2020, após a sessão de julgamento, apresentou proposta de
alteração da Resolução TRE-PI nº 387, de 27 de março de 2020 (Informação nº 16548 –TRE/PRESI/DG/SJ/COSAP, fl. 17 –ID nº 5102170).
Anexa aos autos a exposição de motivos contemplando todos os fundamentos fáticos e jurídicos atinentes àmodificação proposta (fls. 18/20
do ID. 5102170).
Instado a se manifestar, o Ministério Público Eleitoral opinou favoravelmente àalteração na minuta de Resolução TRE-PI nº 387/2020, nos
termos em que posta, a fim de que sejam realizados os ajustes necessários nas sessões de julgamento por videoconferência, visando atender,
especialmente, a particularidade dos feitos que dispensam publicação de pauta, no âmbito do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. (ID nº
5230170).
Éo relatório.
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 30
VOTO
O SENHOR DESEMBARGADOR JOSÉ JAMES GOMES PEREIRA (RELATOR): A novel proposta de alteração da Resolução TRE-PI nº 387/2020,
consoante explicitado nos autos, originou-se a partir de provocação ao TSE quanto àforma de compatibilização das sessões plenárias
realizadas por videoconferência com o direito a sustentação dos advogados nos feitos que, durante o período eleitoral, podem ser levados a
julgamento independentemente de inclusão em pauta de julgamento.
De fato, o contexto excepcional da pandemia tem imposto a necessidade de ajustes àprática de diversos atos de natureza administrativa e
jurisdicional relacionados ao processo eleitoral, de modo que éjustificada e imprescindível compatibilizar a normatização referente às sessões
de julgamento por meio eletrônico com as garantias ao pleno exercício da ampla defesa, as prerrogativas inscritas no Estatuto da Advocacia
(Lei nº 8.906/1994) e as regras processuais de caráter geral e especial.
Dessa forma, a questão cinge-se a assegurar que o procedimento previsto no art. 60 da Res.-TSE nº 23.609/20191, diante do atual cenário
imposto pela pandemia do novo Coronavírus, seja conciliado com a garantia dos advogados de participarem das sessões plenárias por
videoconferência na hipótese em que não haverá publicação de pauta, como ocorre no julgamento de recursos em registro de candidatura,
em representações fundadas no art. 96 da Lei nº 9.504/1997 e em direito de resposta, significando na prática que não haveria antecedência de
um dia para a preparação do ingresso do advogado na sessão virtual.
Assim, a alteração sugerida, tendo como premissa as particularidades relatadas, estabeleceu os ajustes necessários atinentes ao horário limite
para a publicação da lista contendo processos relacionados para julgamento na sessão; o horário limite para o requerimento da inscrição para
sustentação oral ou presença; o meio pelo qual será solicitada a inscrição; o meio pelo qual será enviado o link de acesso àsessão de
julgamento; e informação sobre a ferramenta utilizada para a videoconferência, contendo a orientação aos interessados para que procedam
previamente a instalação e eventuais testes por sua conta.
Nesse sentido, feitas essas considerações iniciais, passo àanálise das modificações propostas no normativo de regência das sessões deste jaez,
especificamente o art. 4º, da Resolução TRE/PI nº 387, de 27 de março de 2020, a seguir transcrito:
“Art. 4º Aos advogados será garantido o acesso ao ambiente de transmissão da sessão para, remotamente, fazerem uso da palavra para a
sustentação oral e para esclarecerem eventuais questões de fato, devendo o Tribunal disponibilizar e-mail para inscrição, bem como para
repassar as orientações técnicas necessárias.
§1º Deverá o advogado zelar pelas condições técnicas para a transmissão audiovisual de sua sustentação oral.
§2º Caberá ao advogado encaminhar solicitação ao e-mail referido no caput para participar da sessão, em até 2 horas antes do seu início, e
poderá encaminhar memoriais, a qualquer tempo, ao e-mail dos Membros da Corte constante do Anexo único desta Resolução.”
Verifica-se, portanto, que o texto vigente não contempla um procedimento técnico específico para garantir a participação dos advogados em
ambiente virtual nos feitos que, durante o período eleitoral, podem ser apresentados para julgamento independentemente de inclusão em
pauta.
Com efeito, a minuta propõe no artigo 4º os seguintes ajustes:
“Art. 4º Aos advogados será garantido o acesso ao ambiente de transmissão da sessão para, remotamente, fazerem uso da palavra para a
sustentação oral e para esclarecerem eventuais questões de fato, devendo o Tribunal disponibilizar formulário em sua página na internet para
inscrição, bem como repassar as orientações técnicas necessárias.
………………………………………………………………………
§2º Caberá ao advogado encaminhar solicitação por meio do formulário referido no caput para participar da sessão, em até 2 horas antes do
seu início, e poderá encaminhar memoriais, a qualquer tempo, ao e-mail dos Membros da Corte constante do Anexo único desta Resolução.
§3º No período indicado no calendário eleitoral, em relação aos processos e recursos das eleições que podem ser apresentados em mesa para
julgamento independentemente de publicação de pauta, o advogado poderá encaminhar a solicitação referida no §2º até 1 hora antes da
sessão, devendo a Secretaria Judiciária providenciar a disponibilização na página do TRE-PI da relação dos feitos a serem apreciados até as 11
horas do dia da sessão, caso esta se realize no turno vespertino, ou até as 19 horas do dia anterior, caso se realize no turno matutino.
§4º No último dia para apreciação dos pedidos de registro de candidaturas e respectivos recursos (Lei 9.504/97, art. 16, §1º), podem ser
julgados feitos não relacionados na lista prevista no §3º.”
Destaco que a unidade técnica na exposição de motivos anexa aos autos, pontua que “embora prática e eficiente, a sistemática prevista em
seu art. 4º para viabilizar a participação dos advogados na sessão teve que ser revista, mercê de problemas no e-mail institucional da Justiça
Eleitoral. Assim, em razão de problemas no envio e recebimento de mensagens a destinatários externos, foi solicitada àSTI a criação de
formulário, disponível na página da Internet do TRE-PI, visando garantir maior segurança no recebimento dos pedidos de advogados para
participação nas sessões por videoconferência. Além desse problema técnico a motivar-lhe adequação, este mesmo art. 4º deve ser alterado
também tendo em vista garantir a participação dos advogados na sessão por videoconferência no julgamento de processos que, nas datas
indicadas no calendário eleitoral, podem ser apresentados em mesa para julgamento independentemente de publicação de pauta. Há que se
estabelecer procedimentos que lhes garantam ciência antecipada dos feitos a serem julgados, bem como tempo hábil para requerer
participação”.
Diante disso, a alteração sugerida compatibiliza-se com as diretrizes do c. TSE (Ofício-Circular GAB-SPR nº 376/2020), de modo que assegura a
operacionalização e participação dos advogados nas sustentações orais na sessão de julgamento por meio eletrônico, nas hipóteses que os
processos relacionados ao pleito podem ser apresentados em mesa para julgamento independentemente de publicação de pauta.
Desta forma, considerando que a presente proposição guarda sintonia com as normas de processo, as garantias processuais das partes, a
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prevenção de nulidades de julgamento por cerceamento de defesa, e que foi regulamentada de forma clara e adequada, entendo que o
instrumento normativo está apto a ser aprovado.
Ante o exposto, VOTO, em consonância com o parecer ministerial, pela aprovação da minuta de Resolução, determinando sua conversão em
instrumento definitivo pela unidade competente.
Écomo voto.
EXTRATO DA ATA
DECISÃO: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, por unanimidade, APROVAR a minuta de resolução, determinando
sua conversão em instrumento definitivo pela unidade competente, na forma do voto do Relator.
Processo 0600286-89.2018.6.18.0000
DESPACHO
Intime-se o REQUERENTE: COMISSAO PROVISORIA DO PMB - PARTIDO DA MULHER BRASILEIRA DO PIAUI, MARIA DAS GRACAS DA SILVA
AMORIM, MARIA DO CARMO DA SILVA, responsáveis pela movimentação financeira no exercício de 2017 para, no prazo de 30 (trinta) dias
(art. 36, §3º, I, e §7º, da Resolução TSE nº 23.604/2019), e consoante requisição de diligências formulada pela COCIN (Informação ID
5327970):
1. Reapresentar Relação de Responsáveis, identificando o presidente, o tesoureiro e os responsáveis pela movimentação financeira do partido,
bem como seus substitutos (art. 29, IX, da Res. TSE nº 23.464/2015);
2. Apresentar cópia das faturas da Agespisa, relativas aos meses de Janeiro a Setembro de 2017;
3. Retificar o valor da fatura da Agespisa, constante do Termo de Doação do mês de Dezembro/2017, tendo em vista que o valor da fatura
apresentada éde R$ 40,74 e o valor constante do Termo de Doação éde R$ 39,77;
4. Apresentar Recibos de Doação relativo as doações de Água (Agespisa);
5. Apresentar Recibos de Doação relativo as doações de Energia Elétrica.
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Cumpra-se.
Processo 0600037-79.2020.6.18.0094
ACÓRDÃO Nº 060003779
RECURSO ELEITORAL Nº 0600037-79.2020.6.18.0094. ORIGEM: CAJAZEIRAS DO PIAUÍ/PI (94ª ZONA ELEITORAL - OEIRAS/PI)
Recorrente: Carlos Alberto Silvestre de Sousa, Presidente do Órgão Provisório do Partido Progressista –PP de Cajazeiras do Piauí/PI
Advogado: Welton Alves dos Santos (OAB/PI: 10.199)
Recorrida: Conceição de Maria Paula Sousa Lima
Advogado: Vinícius Gomes Pinheiro de Araújo (OAB/PI: 18.083)
Relator: Juiz Agliberto Gomes Machado
RECURSO ELEITORAL. TRANSFERÊNCIA DE DOMICÍLIO. RES. TSE N. 21.538/2003. JUNTADA DE DOCUMENTO NA FASE RECURSAL.
IMPOSSIBILIDADE. RECURSO PROVIDO.
1 - Em razão do efeito preclusivo, não se admite a juntada de documentos na fase recursal.
2 –Não satisfeitas as exigências previstas na Resolução TSE n. 21.538/2003, deve ser indeferido o pleito de transferência de domicílio eleitoral.
3 - Recurso conhecido e provido.
Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Desembargador JOSÉ JAMES GOMES PEREIRA, ACORDAM os Membros do Tribunal Regional
Eleitoral do Piauí, por unanimidade, CONHECER do recurso e DAR-LHE PROVIMENTO, na forma do voto do Relator.
Sala das Sessões por Videoconferência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí, em Teresina, 7 de outubro de 2020.
JUIZ AGLIBERTO GOMES MACHADO
Relator
R E L A T ÓR I O
O SENHOR JUIZ AGLIBERTO GOMES MACHADO (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte, Senhor
Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Trata-se de recurso interposto pelo Presidente do Partido Progressista –PP, de Cajazeiras do Piauí –PI, contra decisão proferida pelo Juízo
Eleitoral da 94ª Zona (Oeiras/PI), que deferiu pedido de transferência de domicílio eleitoral de CONCEIÇÃO DE MARIA PAULA SOUSA LIMA,
inscrição n. 0238 5531 1520, para o município de Cajazeiras do Piauí-PI.
Em suas razões (ID 4511670), o recorrente aduziu, em síntese, que: “a recorrida/impugnada nasceu e se casou em Oeiras-PI, consta uma fatura
de energia elétrica em nome de Ronaldo Franco Rodrigues, com endereço de imóvel da Localidade Retiro, Cajazeiras do Piauí - PI, e um
contrato do citado imóvel com Benedito Pereira Lima, inclusive aqui há indícios de fraude porque esse mesmo contrato está nos autos do RIAE
0600035-12.2020.6.18.0094, que fora protocolado há poucos minutos, além do que Ronaldo Pereira Lima éSecretário da Prefeitura de
Cajazeiras do PI, e como não há nenhum documento que comprove o vínculo da impugnada com Benedito, e sendo o referido contrato não
está sequer assinado por 2 testemunhas, apesar do conteúdo dizer que está, impondo-se a reforma do ‘decisum’ para indeferir a transferência
eleitoral da impugnada” (SIC).
Nas contrarrazões recursais constantes do ID 4512420, a recorrida alegou que: a) “possui um imóvel, juntamente com seu marido, na zona
rural do Município de Cajazeiras do Piauí em 03 de fevereiro de 2020”; b) “acerca da relação conjugal entre a Recorrida e o Sr. Benedito
Pereira Lima, está sendo enviada Certidão de Casamento para que seja comprovado que os dois são casados; e c) “participa ativamente da
vida política de Cajazeiras do Piauí, participando de discussões políticas, o que, por si só, émotivo para ser configurado o vínculo político”.
No ID 4512070, constam os documentos anexados pela eleitora quando da apresentação do RAE, quais sejam: RG, fotografia de cartão de
assinaturas, contrato de locação de imóvel residencial firmado entre Benedito Pereira Lima e Ronaldo Franco Rodrigues, bem como
comprovante de endereço em nome deste último.
Em sua manifestação, o Procurador Regional Eleitoral pugnou pelo desprovimento do recurso, para manter a decisão que deferiu o pedido de
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VOTO
O SENHOR JUIZ AGLIBERTO GOMES MACHADO (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte, Senhor
Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Presentes os pressupostos recursais de admissibilidade, objetivos e subjetivos, conheço do recurso.
Conforme relatado, trata-se de recurso interposto pelo Presidente do Partido Progressista –PP, de Cajazeiras do Piauí –PI, contra decisão
proferida pelo Juízo Eleitoral da 94ª Zona (Oeiras/PI), que deferiu pedido de transferência de domicílio eleitoral de CONCEIÇÃO DE MARIA
PAULA SOUSA LIMA, inscrição n. 0238 5531 1520, para o município de Cajazeiras do Piauí-PI.
A Resolução TSE nº 21.538/03, em seu art. 18, inciso III, exige que a transferência do eleitor só será admitida se satisfeita a residência mínima
de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor (Lei nº 6.996/1982, art. 8º).
Ao regulamentar especificamente o tema domicílio eleitoral, o art. 65 da mesma resolução estabeleceu que “a comprovação de domicílio
poderá ser feita mediante um ou mais documentos dos quais se infira ser o eleitor residente ou ter vínculo profissional, patrimonial ou
comunitário no município a abonar a residência exigida.” (Grifos acrescidos)
No particular, quando da apresentação do RAE, a interessada juntou aos autos fotos dos documentos pessoais, bem como cópia de fatura de
energia elétrica em nome de Ronaldo Franco Rodrigues, e, ainda, contrato de locação de imóvel residencial firmado entre aquele e Benedito
Pereira Lima (terceiros estranhos ao feito, com os quais a recorrente não havia na ocasião demonstrado qualquer vínculo).
Posteriormente, quando da apresentação das contrarrazões recursais, a recorrida colacionou aos autos mais documentos, os quais, porém,
não devem ser conhecidos, uma vez que se operou na espécie o efeito preclusivo.
Em caso similar e a partir do mesmo fundamento, em recente julgado de pedido de transferência de domicílio, ao apreciar o RE n. 0600009-
70.2020.6.18.0043, na sessão do dia 07/07/2020, esta Corte Regional, por maioria, decidiu não conhecer dos documentos apresentados a
destempo na fase recursal.
Com essas considerações, VOTO, em dissonância com o parecer ministerial, pelo conhecimento e provimento do recurso para reformar a
decisão de primeiro grau e indeferir o pedido de transferência de domicílio eleitoral de CONCEIÇÃO DE MARIA PAULA SOUSA LIMA, inscrição n.
0238 5531 1520, para o município de Cajazeiras do Piauí-PI.
Éo voto.
EXTRATO DA ATA
RECURSO ELEITORAL Nº 0600037-79.2020.6.18.0094. ORIGEM: CAJAZEIRAS DO PIAUÍ/PI (94ª ZONA ELEITORAL - OEIRAS/PI)
Recorrente: Carlos Alberto Silvestre de Sousa, Presidente do Órgão Provisório do Partido Progressista –PP de Cajazeiras do Piauí/PI
Advogado: Welton Alves dos Santos (OAB/PI: 10.199)
Recorrida: Conceição de Maria Paula Sousa Lima
Advogado: Vinícius Gomes Pinheiro de Araújo (OAB/PI: 18.083)
Relator: Juiz Agliberto Gomes Machado
Decisão: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, por unanimidade, CONHECER do recurso e DAR-LHE PROVIMENTO, na
forma do voto do Relator.
Processo 0600266-64.2019.6.18.0000
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 34
Dourado Gonçalves
Advogado: Luis Gustavo Cromwell Lima Pacífico (OAB/PI: 17.677)
Relator: Juiz Thiago Mendes de Almeida Férrer
PETIÇÃO. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE EXERCÍCIO FINANCEIRO. ANO DE 2016. CONTAS ORIGINALMENTE JULGADAS NÃO PRESTADAS. PEDIDO
DE REGULARIZAÇÃO. INDEFERIMENTO.
1. Pedido de regularização das contas do antigo Partido Ecológico Nacional - PEN, atual PATRIOTAS, referente ao exercício financeiro de 2016,
cujas contas foram julgadas não prestadas por este e. TRE/PI.
2. As exigências regulamentares previstas nas disposições do art. 58 da Resolução TSE nº 23.604/2019 para regularização da situação de
inadimplência não foram atendidas, haja vista que, conquanto devidamente intimados, o partido e os agentes financeiros responsáveis
deixaram de apresentar documentos indispensáveis para a análise do requerimento pela unidade técnica do tribunal.
3. A ausência de tais documentos dificulta ou impede a constatação de impropriedade ou irregularidade na aplicação de recursos públicos
recebidos, recebimento de recursos de origem não identificada, de fonte vedada ou irregularidade que afete a confiabilidade do requerimento
apresentado. Tal fato prejudicou a análise técnica do pedido de regularização, o que implica na negativa de tal pleito.
4. Indeferimento do pedido de regularização das contas.
Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Desembargador JOSÉ JAMES GOMES PEREIRA, ACORDAM os Membros do Tribunal Regional
Eleitoral do Piauí, por unanimidade, INDEFERIR o pedido de regularização das contas, na forma do voto do Relator.
Sala das Sessões por Videoconferência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí, em Teresina, 6 de outubro de 2020.
R E L A T ÓR I O
O SENHOR JUIZ THIAGO MENDES DE ALMEIDA FÉRRER (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte, Senhor
Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Trata-se de pedido de regularização de contas formulado pelo antigo PARTIDO ECOLÓGICO NACIONAL –PEN, por sua Comissão Provisória no
Piauí, atual Partido PATRIOTAS, atinente ao exercício financeiro do ano de 2016, originalmente julgadas como não prestadas, nos termos do
Acórdão TRE/PI nº 8498, publicado em 24/10/2017.
Instrumento de procuração apresentado na fl. 04 do ID 1341270.
A inicial (ID 1341170) veio acompanhada de documentos IDs 1341220 e 1341270.
Inicialmente fora constatada a não apresentação dos arquivos contendo o balanço patrimonial e demonstrativo do resultado do exercício no
formato que possibilitasse sua publicação no Diário de Justiça Eletrônico –DJe.
Após diligência, o partido apresentou em Secretaria mídia contendo os referidos demonstrativos contábeis, os quais foram devidamente
publicados, conforme edital ID 1581270, não tendo sido impugnado (certidão ID 1693170).
Em primeira manifestação da Coordenadoria de Controle Interno –COCIN (ID 2552770), esta apontou irregularidades, consistente nas
ausências dos seguintes documentos: 1 - extratos bancários das contas nº 25.188-7 e 25.241-7, fornecidos pela instituição financeira, relativos
ao período ao qual se refiram as contas prestadas, demonstrando a movimentação financeira ou a sua ausência, em sua forma definitiva,
contemplando todo o exercício ao qual se referem as contas; 2 - documentos fiscais que comprovem a efetivação dos gastos realizados com
recurso oriundo do fundo Partidário e/ou outros recursos; 3 - Parecer do Conselho Fiscal ou órgão competente da Fundação mantida pelo
partido político, se houver; 4 - demonstração da avaliação dos bens doados (cessão de imóvel, água e energia), mediante a comprovação dos
preços habitualmente praticados pelo doador e a sua adequação aos praticados no mercado, com indicação da fonte de avaliação; 5 - recibos
de doações estimáveis em dinheiro; 6 - comprovante de propriedade do imóvel cedido pelo doador ao Partido; 7 - recibos de doações
financeiras, sendo que há doações recebidas na conta bancária de nº 1126938; 8 - O Livro Diário apresentado não está autenticado em
Cartório.
Mesmo devidamente intimados (ID 2607070), os interessados não se manifestaram, conforme certidão ID 2777620.
No parecer técnico conclusivo, a COCIN (ID 3247220) apontou que não houve repasses do Fundo Partidário para o PEN. Destacou ainda a
persistência das seguintes irregularidades: 1 - ausência dos extratos bancários das contas nº 25.188-7 e 25.241-7, fornecidos pela instituição
financeira, relativos ao período ao qual se refiram as contas prestadas, demonstrando a movimentação financeira ou a sua ausência, em sua
forma definitiva, contemplando todo o exercício ao qual se referem as contas; 2 - ausência de documentos fiscais que comprovem a efetivação
dos gastos realizados com recurso oriundo da fonte Outros Recursos; 3 - ausência de demonstração da avaliação dos bens doados (cessão de
imóvel, água e energia), mediante a comprovação dos preços habitualmente praticados pelo doador e a sua adequação aos praticados no
mercado, com indicação da fonte de avaliação; 4 - ausência dos recibos de doações estimáveis em dinheiro; 5 - ausência de comprovante de
propriedade do imóvel cedido pelo doador ao Partido; 6 - ausência dos recibos de doações financeiras, sendo que há doações recebidas na
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conta bancária de nº 1126938; 7 - O Livro Diário apresentado não está autenticado em Cartório, embora tal falha seja uma mera
impropriedade.
Diante da subsistência das irregularidades, opinou a unidade técnica pela não regularização das contas do Partido Ecológico Nacional –PEN,
referente ao exercício financeiro do ano de 2016, por não se relevar em adequação ao disposto no art. 59, da Resolução TSE nº 23.464/2015.
Despacho ID 3257570, no qual este Relator determinou a intimação dos responsáveis financeiros pelas contas (presidente e tesoureiro), para
regularizarem a representação processual, haja vista que não apresentaram procuração ad judicia nos autos.
Devidamente intimados (IDs 3565620 e 3565670), o Presidente e o Tesoureiro do Partido Ecológico Nacional - PEN não se manifestaram.
Parecer do Procurador Regional Eleitoral no ID 4227270, pugnando pela não regularização das contas do partido, diante da não apresentação
de documentos imprescindíveis para a análise das contas, dificultando ou impedindo a constatação de impropriedade ou irregularidade na
aplicação de recursos públicos recebidos, recebimento de recursos de origem não identificada, de fonte vedada ou irregularidade que afete a
confiabilidade do requerimento apresentado.
Diante dos pareceres técnico e do Ministério Público Eleitoral, este Relator determinou a intimação do partido e dos responsáveis financeiros
para se manifestarem a respeito das falhas indicadas naqueles opinativos (ID 4726470). Estes, no entanto, deixaram transcorrer in albis o
prazo sem qualquer manifestação.
Éo relatório, Senhor Presidente.
VOTO
O SENHOR JUIZ THIAGO MENDES DE ALMEIDA FÉRRER (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte, Senhor
Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Conforme relatado, as contas referentes ao exercício financeiro do ano de 2016 do antigo PARTIDO ECOLÓGICO NACIONAL –PEN (atual
PATRIOTAS), por seu Diretório Regional no Piauí, foram julgadas não prestadas por esta Corte em 24/10/2017 (Acórdão TRE/PI nº 8498), de
modo que, pretendendo ver regularizada sua situação perante a Justiça Eleitoral, a agremiação partidária, por meio dos presentes autos,
apresentou a documentação que compõe os IDs 1341220 e 1341270.
Inicialmente, destaco que os responsáveis financeiros pelas contas do Partido, Gustavo Cromwell de Carvalho Pacífico e Fábio Dourado
Gonçalves, não constituíram advogados nos autos, conquanto tenha sido devidamente intimados para tanto (despacho ID 3257570 e certidões
ID 3708570 e 3708770), conforme determina a Resolução TSE nº 23.604/2019, em seu artigo 32.
Entrementes, este Relator procedeu ao processamento do feito, nos termos do citado artigo 32, o qual dispõe que “Verificando a ausência ou
a irregularidade da representação processual do órgão partidário ou dos responsáveis, o juiz ou relator suspenderá o processo e marcará
prazo razoável para ser sanado o defeito, sob pena de prosseguimento regular do feito, com fluência dos respectivos prazos processuais a
partir da data da publicação do ato judicial no Diário da Justiça Eletrônico.”
Assim, tendo sido adotadas as providências consistentes nas intimações de todos os atos processuais por meio do Diário de Justiça Eletrônico
do TRE/PI da presente prestação de contas se encontra formalmente regular.
No que tange ao mérito, a matéria pertinente àregularização de contas está disciplinada pela Resolução TSE nº 23.604/2019:
“Art. 58. Transitada em julgado a decisão que julgar as contas não prestadas, os órgãos partidários podem requerer a regularização da
situação de inadimplência para suspender as consequências previstas no art. 47.
§1º O requerimento de regularização:
I - pode ser apresentado pelo próprio órgão partidário, ou pelo(s) hierarquicamente superior(es);
II - deve ser autuado na classe Regularização da omissão de prestação de contas anual partidária, consignando-se os nomes dos responsáveis,
e distribuído por prevenção ao juiz ou ao relator que conduziu o processo de prestação de contas a que ele se refere;
III - deve ser instruído com todos os dados e documentos que deveriam ter sido apresentados àépoca da obrigação de prestar contas a que se
refere o requerimento;
IV - não deve ser recebido com efeito suspensivo;
V - deve ser submetido ao exame técnico para verificação :
a) se foram apresentados todos os dados e documentos que deveriam ter sido apresentados originalmente; e
b) se há impropriedade ou irregularidade na aplicação de recursos públicos recebidos, recebimento de recursos de origem não identificada, de
fonte vedada ou irregularidade que afete a confiabilidade do requerimento apresentado.
§2º Caso constatada impropriedade ou irregularidade na aplicação dos recursos do Fundo Partidário, do Fundo Especial de Financiamento de
Campanha ou no recebimento dos recursos de que tratam os arts. 12 e 13, o órgão partidário e seus responsáveis devem ser notificados para
fins de devolução ao erário, se já não houver sido demonstrada a sua realização”. (Grifos nossos)
Conforme consta na norma acima citada, transitada em julgado a decisão que julgar as contas como não prestadas, os órgãos partidários
poderão requerer a regularização da situação de inadimplência para suspender as consequências quanto a perda do direito ao recebimento da
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quota do Fundo Partidário, do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e a suspensão do registro ou da anotação do órgão partidário,
após decisão, com trânsito em julgado, precedida de processo regular que assegure ampla defesa.
Ao que se percebe da redação do referido dispositivo, o pedido não deve ser apreciado como se julgamento das contas fosse, mas sim como
pedido de regularização, com o objetivo de afastar os efeitos decorrentes da inércia partidária, seguindo-se, para tanto, o procedimento
disposto na resolução, de forma a evitar a perpetuidade da sanção.
Ao processar o pedido de regularização, este deverá ser submetido a uma análise técnica com a finalidade de verificar se todos os dados e
documentos que deveriam ter sido apresentados com a prestação de contas original o foram nesta oportunidade. Além disso, deve ser
verificado se o órgão partidário incorreu em irregularidade ou impropriedade quanto àaplicação de recursos públicos recebidos, recebimento
de recursos de origem não identificada, de fonte vedada ou irregularidade que afete a confiabilidade do requerimento apresentado.
In casu, a unidade técnica identificou várias irregularidades na documentação apresentada pelo interessado, a saber: 1 - ausência dos extratos
bancários das contas nº 25.188-7 e 25.241-7, fornecidos pela instituição financeira, relativos ao período ao qual se refiram as contas prestadas,
demonstrando a movimentação financeira ou a sua ausência, em sua forma definitiva, contemplando todo o exercício ao qual se referem as
contas; 2 - ausência de documentos fiscais que comprovem a efetivação dos gastos realizados com recurso oriundo da fonte Outros Recursos;
3 - ausência de demonstração da avaliação dos bens doados (cessão de imóvel, água e energia), mediante a comprovação dos preços
habitualmente praticados pelo doador e a sua adequação aos praticados no mercado, com indicação da fonte de avaliação; 4 - ausência dos
recibos de doações estimáveis em dinheiro; 5 - ausência de comprovante de propriedade do imóvel cedido pelo doador ao Partido; 6 -
ausência dos recibos de doações financeiras, sendo que há doações recebidas na conta bancária de nº 1126938; 7 - O Livro Diário apresentado
não está autenticado em Cartório, embora tal falha seja uma mera impropriedade.
Oportunizada àparte a possibilidade de dizer acerca das falhas apontadas, esta não se manifestou (certidão ID 2777620)
A COCIN, diante da inércia do partido, emitiu parecer conclusivo (ID 3247220), apontando que no ano de 2016, não constaram repasses de
cotas de recursos do Fundo Partidário para o Partido em questão, conforme se observa do Demonstrativo de Receitas e Gastos (ID 1341270
–fl. 28) e Demonstrativos disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, ratificou as falhas detectadas no parecer de
diligências e opinou pela não regularização das contas anuais, o que foi integralmente acompanhado pelo Procurador Regional Eleitoral (ID
422770).
De fato, verifico que as irregularidades apontadas no presente pedido de regularização das contas do PEN (atual PATRIOTAS) não foi instruído
com todos os dados e documentos que deveriam ter sido apresentados àépoca da obrigação de prestar contas a que se refere o requerimento,
conforme exige o art. 58, §1º, inciso III, da Resolução TSE nº 23.604/2019.
Com efeito, verifica-se a ausência de documentos indispensáveis para a análise das contas, tais como: a) extratos bancários; b) documentos
fiscais que comprovem a efetivação dos gastos realizados com recursos oriundos do Fundo Partidário; c) demonstração da avaliação do bem
ou do serviço doado, mediante a comprovação dos preços habitualmente praticados pelo doador e a sua adequação aos praticados no
mercado, com indicação da fonte de avaliação; d) recibos de doações estimáveis em dinheiro; e) instrumento de cessão e comprovante de
propriedade do bem cedido pelo doador; f) não apresentação dos recibos de doações financeiras, dentre outros.
A ausência desses documentos dificulta ou impede a constatação de impropriedade ou irregularidade na aplicação de recursos públicos
recebidos, recebimento de recursos de origem não identificada, de fonte vedada ou irregularidade que afete a confiabilidade do requerimento
apresentado. Tal fato prejudicou a análise técnica do pedido de regularização, o que implica na negativa de tal pleito.
Nesse sentido, cito precedentes de diversos tribunais regionais eleitorais do país que entendem pela não regularização das contas de exercício
financeiro, ante a ausência de observância dos requisitos previstos na norma de regência, a saber (sem destaques nos originais):
TRE/RN
PETIÇÃO. PARTIDO POLÍTICO. CONTAS DO EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2015. JULGADA NÃO PRESTADA. REQUERIMENTO DE REGULARIZAÇÃO.
NÃO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS MÍNIMOS. INDEFERIMENTO. 1- Julgadas não prestadas, as contas anuais não serão objeto de novo
julgamento, sendo considerada a sua apresentação tardia apenas para fins de regularização de situação eleitoral e suspensão das
consequências eventualmente impostas àagremiação em virtude de sua mora judicialmente reconhecida. 2- O requerimento de regularização
deve observar o rito previsto na Res.-TSE nº 23.546/2017 para o processamento da prestação de contas, devendo ser instruído com todos os
dados e documentos previstos no art. 29 (§ 1º do art. 59 da resolução de regência). 3- Na espécie, todavia, o partido peticionante não
apresentou a documentação obrigatória de forma integral, permanecendo na falta mesmo depois de intimado para supri-la. 4- Pedido a que se
indefere.
(TRE-RN - PET: 060012928 NATAL - RN, Relator: WLADEMIR SOARES CAPISTRANO, Data de Julgamento: 06/08/2019, Data de Publicação: DJE -
Diário de justiça eletrônico, Data 09/08/2019, Página 4-5)
TRE/MT
PETIÇÃO. PEDIDO DE REGULARIZAÇÃO DE CONTAS NÃO PRESTADAS. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE PARTIDO POLÍTICO. EXERCÍCIO FINANCEIRO
2005. PRP. ART. 59, DA RESOLUÇÃO TSE Nº 23.464/2015. NÃO ATENDIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. AUSÊNCIA DA APRESENTAÇÃO DE
DOCUMENTOS ESSENCIAIS. REGULARIZAÇÃO INDEFERIDA. 1. A ausência de apresentação de documentos essenciais, arrolados no art. 29, da
Resolução TSE nº 23.464/15, impõe o indeferimento do pedido de regularização de contas, anteriormente julgadas como não prestadas nos
moldes do art. 59, da Resolução TSE nº 23.464/2015; 2. Regularização indeferida.
(TRE-MT - PET: 60000883 CUIABÁ - MT, Relator: JACKSON FRANCISCO COLETA COUTINHO, Data de Julgamento: 13/08/2019, Data de
Publicação: DEJE - Diário de Justiça Eletrônico, Tomo 2996, Data 30/08/2019, Página 13)
TRE/ES
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PETIÇÃO. PEDIDO DE REGULARIZAÇÃO DE CONTAS JULGADAS NÃO PRESTADAS. PARTIDO POLÍTICO. EXERCÍCIO FINANCEIRO 2006. NÃO
ATENDIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. AUSÊNCIA DA APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS ESSENCIAIS. REGULARIZAÇÃO INDEFERIDA. 1. Além
da agremiação não ter apresentado todos os documentos elencados no art. 29, da Resolução TSE nº 23.546/2017, deixou de regularizar as
assinaturas na peça "Parecer da Comissão Executiva ou do Conselho Fiscal do Partido" e, nas peças apresentadas, consta assinatura de
tesoureiro estranho àcomposição registrada no âmbito da Justiça Eleitoral e, com relação àausência de extrato bancário, ao consultar o
Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS), foi identificado que, diferentemente das informações prestadas naquele ano, o
partido tinha conta bancária aberta em seu nome na Caixa Econômica Federal, comprometendo, desse modo, a veracidade das informações ali
consignadas. 2. Regularização indeferida.
(TRE-ES - PET: 1897 VILA VELHA - ES, Relator: HELIMAR PINTO, Data de Julgamento: 12/09/2018, Data de Publicação: DJE - Diário Eletrônico da
Justiça Eleitoral do ES, Data 19/09/2018, Página 3-4)
TRE/RJ
PETIÇÃO. REGULARIZAÇÃO DAS CONTAS NÃO PRESTADAS. PRESTAÇÃO DE CONTAS. PARTIDO POLÍTICO. ÓRGÃO DE DIREÇÃO ESTADUAL.
CONTAS JULGADAS COMO NÃO PRESTADAS. EXERCÍCIO FINANCEIRO. 2016. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS MÍNIMOS RELATIVOS AOS RECURSOS
DO FUNDO PARA EXAME DE CONTAS. REJEIÇÃO DA REGULARIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO DAS CONTAS. MANUTENÇÃO DA SUSPENSÃO DO
RECEBIMENTO DE RECURSOS ORIUNDOS DO FUNDO PARTIDÁRIO. 1. Após a intimação dos requerentes para se manifestarem sobre o
relatório preliminar, não foram apresentados diversos documentos faltantes, em especial o balanço patrimonial e a demonstração de
resultado do exercício. 2. A ausência de tais documentos impede o prosseguimento da análise técnica, em razão da inexistência de elementos
mínimos que possibilitem a análise da movimentação de recursos. 3. A não apresentação do balanço patrimonial e da demonstração de
resultado do exercício inviabiliza, por si só, o prosseguimento do processo de prestação de contas, uma vez que, consoante art. 31, §§1º a 3º,
da Resolução TSE nº 23.464/2015, tais documentos devem ser publicados no Diário de Justiça Eletrônico, sendo a publicação o termo inicial do
prazo para a consulta dos autos por qualquer interessado, ao qual se segue a publicação de edital para que o Ministério Público ou qualquer
partido político possa impugnar a prestação de contas. 4. Rejeição da regularização da prestação de contas, ficando mantida a suspensão do
recebimento de recursos oriundos do Fundo Partidário, conforme prolatado no acórdão 188-63.2017.6.19.0000, referente ao julgamento da
prestação de contas do exercício financeiro de 2016, em que por unanimidade julgaram-se não prestadas.
(TRE-RJ - PET: 060453556 RIO DE JANEIRO - RJ, Relator: RAPHAEL FERREIRA DE MATTOS, Data de Julgamento: 31/10/2018, Data de Publicação:
DJERJ - Diário da Justiça Eletrônico do TRE-RJ, Tomo 287, Data 13/11/2018, Página 14/16)
Com essas considerações, VOTO, em consonância com a manifestação do Ministério Público Eleitoral, pelo INDEFERIMENTO do presente
pedido de regularização do registro do PARTIDO ECOLÓGICO NACIONAL –PEN, atual PATRIOTAS, Diretório Regional no Piauí, atinente ao
exercício financeiro do ano de 2016.
Écomo voto, Sr. Presidente.
EXTRATO DA ATA
PETIÇÃO Nº 0600266-64.2019.6.18.0000. ORIGEM: TERESINA/PI
Requerentes: Comissão Provisória do PATRIOTA (antigo Partido Ecológico Nacional –PEN), Gustavo Cromwell de Carvalho Pacífico e Fábio
Dourado Gonçalves
Advogado: Luis Gustavo Cromwell Lima Pacífico (OAB/PI: 17.677)
Relator: Juiz Thiago Mendes de Almeida Férrer
Decisão: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, por unanimidade, INDEFERIR o pedido de regularização das contas, na
forma do voto do Relator.
Processo 0600289-73.2020.6.18.0000
JUSTIÇA ELEITORAL
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ
GABINETE DO JUIZ FEDERAL MEMBRO DA CORTE
PRESTAÇÃO DE CONTAS (11531) 0600289-73.2020.6.18.0000
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 38
INTERESSADO: PARTIDO DA MOBILIZACAO NACIONAL DIRETORIO ESTADUAL - PI REQUERENTE: RAVENNA DE CASTRO LIMA AZEVEDO, CARLOS
ALBERTO CARDOSO AZEVEDO
Advogado(s) do reclamante: SIMONY DE CARVALHO GONCALVES
INTERESSADO: PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ
DESPACHO
Verifico que, embora notificados, os agentes responsáveis Ravenna de Castro Lima Azevedo e Carlos Alberto Cardoso Azevedo, não
constituíram advogados nos autos (certidão de ID 5335670).
Desse modo, determino o retorno do feito ao seu regular andamento, para fins de que a Secretaria Judiciária providencie a intimação do
Diretório Estadual do Partido da Mobilização Nacional - PMN no Piauí, por meio de sua advogada, para o atendimento das diligências
requeridas pela Coordenadoria de Controle Interno no ID 4156020, no prazo de 20 (vinte) dias, a teor do art. 35, §3º, da novel Resolução TSE
n. 23.604/2019.
Cumpra-se.
Após, voltem os autos conclusos.
Teresina/PI, 15 de outubro de 2020.
Processo 0600084-09.2020.6.18.0044
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ
GABINETE DE JUIZ MEMBRO DA CORTE
RECURSO ELEITORAL (11548) - 0600084-09.2020.6.18.0044 - Ribeiro Gonçalves - PIAUÍ LITISCONSORTE: JAIRO BORGES DOS SANTOS
MENEZES ADVOGADO: EDYANE RODRIGUES DE MACEDO - OAB/PI0012384 RECORRENTE: DIRETORIO ESTADUAL DO PARTIDO PROGRESSISTA -
PP -PI ADVOGADO: IVILLA BARBOSA ARAUJO - OAB/PI8836000A RELATOR: JUIZ ADERSON ANTONIO BRITO NOGUEIRA
D E C I S ÃO
Trata-se de recurso interposto por Jairo Borges dos Santos Menezes, em face de sentença proferida pelo M. M. Juiz da 44ª Zona que extinguiu
o processo com julgamento do mérito.
O requerente formulou pedido de regularização de filiação partidária com a data de 14/01/2020, para fins de preenchimento do requisito de
elegibilidade da filiação no prazo de 6 meses.
Certidão do Chefe de Cartório da 44ª Zona Eleitoral (ID 5051320), extraída do SistemaFiliaWeb, demonstrando que o Sr. Jairo Borges dos
Santos Menezes consta como filiado ao Partido Progressista de Ribeiro Gonçalves/PI, desde 04/02/2020.
Manifestação do Partido (ID 5051970). Alega que o requerente éfiliado ao Progressista desde 14/01/2020, e que houve falha humana na
inserção dos dados no sistema FILIA.
O juiz de primeiro grau julgou improcedente o pedido (ID 5052270), extinguindo o processo com julgamento do mérito, na forma do art. 487, I,
do CPC. No que diz respeito ao pedido de declaração da condição de elegibilidade, dispôs restar prejudicada, tendo em vista a improcedência
do pedido e, ainda, porque deve ser analisada em procedimento próprio (Requerimento de Registro de Candidatura).
Recurso interposto no dia 22/09/2020. (ID 5052520).
Parecer da Procuradoria Regional Eleitoral no sentido de que seja o recorrente instado, para se manifestar quanto ao real interesse jurídico na
demanda, em vista da constatação de que o Sr. Jairo Borges dos Santos Menezes encontra-se regularmente filiado ao Partido Progressista - PP,
com data de 04/02/2020. (ID 5099520)
O recorrente formulou pedido de desistência do recurso. (ID 5111820).
Éo relatório. Decido.
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 39
Consoante relatado, o recorrente formulou pedido de desistência do recurso. Acerca do tema, o art. 998 do Código de Processo Civil assim
preceitua:
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
Impende salientar que não se vislumbra na matéria trazida aos autos - filiação partidária - qualquer violação a interesses transindividuais,
motivo pelo qual, deve ser homologado o pedido.
Ademais, a petição de desistência foi subscrita por advogado devidamente habilitado e com poderes específicos para tal procedimento,
consoante a procuração ID 5051670.
Ante o exposto, homologo a desistência do presente recurso, com fulcro no art. 52,§1º-B do Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral
do Piauí c/c Art. 485, VIII do Código de Processo Civil.
Intimem-se.
Dê-se ciência ao Ministério Público Eleitoral.
Teresina/PI, 15 de outubro de 2020.
Processo 0600368-52.2020.6.18.0000
DESPACHO
O PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE (PSOL) apresenta prestação de contas referente às eleições de 2010, conforme documentos sob ID
4991420.
A Secretaria Judiciária certifica, entretanto, que o Partido requerente teve suas contas de campanha das eleições de 2010 julgadas
desaprovadas por este Tribunal, em 21/06/2011, nos termos do Acórdão TRE-PI 445115, com trânsito em julgado ocorrido em 11/07/2011 (ID
5362370).
Isto posto, intime-se o Partido requerente, em cumprimento ao disposto no art. 10 do CPC, para, no prazo de 5 (cinco) dias, manifestar-se
acerca de possível reconhecimento de coisa julgada como fundamento de extinção do processo sem resolução de mérito, nos termos do art.
485, V, do CPC.
Após, com ou sem manifestação, voltem conclusos.
Cumpra-se.
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 40
Processo 0601473-35.2018.6.18.0000
ACÓRDÃO Nº 060147335
PRESTAÇÃO DE CONTAS Nº 0601473-35.2018.6.18.0000 (PJE). ORIGEM: TERESINA/PI
Requerente: Partido Socialismo e Liberdade (PSOL/PI)
Advogados: Wallyson Soares dos Anjos (OAB/PI: 10.290), Yoanna Lais Xavier Araújo (OAB/PI: 15.381), Raimundo de Sousa Oliveira (OAB/PI:
5.506), Raimundo Vitor Barros Dias (OAB/PI: 10.649), Elenilza dos Santos Silva (OAB/PI: 9.979) e Luis Francivando Rosa da Silva (OAB/PI: 7.301)
Interessados: Luciana Pereira Monteiro e Francisco Waldilio da Silva Sousa
Relator: Juiz Thiago Mendes de Almeida Férrer
PRESTAÇÃO DE CONTAS. ELEIÇÕES 2018. DIRETÓRIO ESTADUAL DE PARTIDO POLÍTICO. DOAÇÃO NÃO REGISTRADA NA PRESTAÇÃO DE
CONTAS PARCIAL. MERA IMPROPRIEDADE. OMISSÃO DE RECEITAS E DESPESAS. IRREGULARIDADES NÃO SANADAS. AUSÊNCIA DE EXTRATOS
BANCÁRIOS E NÃO ABERTURA DE CONTA BANCÁRIA. IRREGULARIDADES DE NATUREZA GRAVE. DESAPROVAÇÃO DAS CONTAS.
IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE.
1. Aprofundamento do exame das receitas arrecadadas: foram identificadas doações recebidas em data anterior àdata inicial de entrega da
prestação de contas parcial mas não informadas àépoca. Tal vício se apresenta como mera impropriedade que não afetou a confiabilidade das
contas e nem prejudicou a fiscalização pela Justiça Eleitoral.
2. Omissão de receitas e gastos eleitorais: foram identificadas transferências de recursos realizadas pelo prestador de contas em exame a
candidatos ou partidos políticos com informações divergentes nas prestações de contas dos beneficiários. Outrossim, foram identificadas
omissões relativas às despesas constantes na prestação de contas e aquelas presentes na base de dados da Justiça Eleitoral. Após a
apresentação das justificativas, verificou-se que as falhas não foram sanadas, e estas correspondem a 35,04% (trinta e cinco vírgula zero
quatro por cento) do total arrecadado. Assim, impossível a aplicação dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade ao presente caso,
além de constituir falhas de natureza grave, sendo imperiosa a desaprovação das contas neste aspecto.
3. Ausência de extratos bancários e abertura de conta: o partido informou que não procedeu àabertura da conta bancária “Outros Recursos” e,
por conseguinte, não houve apresentação de extratos de tal conta. Irregularidade de natureza grave, porquanto impede o efetivo controle da
movimentação financeira do partido, o que compromete a transparência e confiabilidade da prestação de contas.
4. Contas desaprovadas. Suspensão do recebimento das cotas do Fundo Partidário pela agremiação pelo prazo de 01 (um) mês, sanção a ser
aplicada no ano seguinte ao trânsito em julgado da presente decisão.
Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Desembargador ERIVAN JOSÉ DA SILVA LOPES, ACORDAM os Membros do Tribunal Regional
Eleitoral do Piauí, por unanimidade, DESAPROVAR as contas do Diretório Estadual do PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE –PSOL do Piauí,
referentes às eleições de 2018, na forma do voto do Relator.
Sala das Sessões por Videoconferência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí, em Teresina, 13 de outubro de 2020.
JUIZ THIAGO MENDES DE ALMEIDA FÉRRER
Relator
R E L A T ÓR I O
O SENHOR JUIZ THIAGO MENDES DE ALMEIDA FÉRRER (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte, Senhor
Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Trata-se de prestação de contas de campanha, apresentada pelo Diretório Estadual do PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOL do Piauí,
referente àcampanha eleitoral de 2018.
O partido apresentou formulário de prestação de contas parcial em 14/09/2018 –ID 65311.
Em 07/11/2018, a agremiação apresentou a prestação de contas final, com os demonstrativos e documentos respectivos (IDs 218420, 218470,
218520, 218570 e 218620).
Em 08/11/2018 foi publicado edital de prestação de contas (ID 244170).
Instado a se manifestar, o Ministério Público Eleitoral formulou parecer –ID 313120 –no qual requer a observância da efetivação do mínimo de
30% do montante do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para financiar candidaturas de mulheres para as
eleições majoritárias e proporcionais, bem como a efetivação de recursos do Fundo Partidário e o Fundo Especial de Financiamento de
Campanha para financiar candidaturas de mulheres nas eleições majoritárias e proporcionais em idêntico percentual de candidaturas de
mulheres, caso sejam acima do mínimo legal.
Em 19/12/2018 foi apresentada a prestação de contas retificadora (IDs 871770, 871820, 871870, 871920, 871970, 872020, 872070 e 872120).
A Comissão de Análise das Prestações de Contas sugeriu, por meio do Relatório Preliminar para Expedição de Diligências (ID 1301070), que
fosse apresentada a prestação de contas retificadora, acompanhada de todos os documentos necessários àanálise.
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 41
Intimado acerca do relatório preliminar de diligências (ID 1340820), o partido nada respondeu, conforme certidão ID 1446720.
O presidente da agremiação foi intimado pessoalmente acerca do parecer preliminar de diligências (ID 1974120), quedando-se inerte mais
uma vez (ID 1997320).
A COCIN emitiu parecer técnico conclusivo pela NÃO PRESTAÇÃO das contas (ID 2164820) em razão das seguintes falhas:
I) Item 1.1 - Não apresentação de peças obrigatórias: não foram apresentados os extratos das contas bancárias destinadas àmovimentação de
recursos do Fundo Partidário e “Outros Recursos”, bem como o instrumento de mandato para constituição de advogado pelo prestador de
contas e seus representantes;
II) Item 3.1 –Omissão de receitas e gastos eleitorais: foram identificadas transferências de recursos realizadas pelo prestador de contas em
exame a outros candidatos ou partidos políticos com informações divergentes nas prestações de contas dos beneficiários;
III) Item 3.2 –Omissão de despesas eleitorais: foram identificadas omissões relativas às despesas constantes na presente prestação de contas e
aquelas constantes da base de dados da Justiça Eleitoral;
IV) Item 4.1 –Regularidade de despesas realizadas com recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha –FEFC: foram identificadas
inconsistências nas despesas pagas com recursos do FEFC;
V) Item 5.1 –Análise da movimentação financeira: não houve indicação de informações referentes às contas bancárias de Outros Recursos na
prestação de contas e na base de dados do extrato eletrônico;
VI) Item 5.2 –Análise da movimentação financeira: foram detectadas divergências entre as informações da conta bancária informada na
prestação de contas em exame e aquelas presentes nos extratos eletrônicos enviados àJustiça Eleitoral;
VII) Item 5.3 –Análise da movimentação financeira: há contas bancárias na base de dados dos extratos eletrônicos que não estão registrados
na prestação de contas em exame;
VIII) Item 5.4 –Análise da movimentação financeira: há divergências na movimentação financeira registrada na prestação de contas e aquela
registrada nos extratos eletrônicos;
IX) Item 6.1 –Aprofundamento do exame das receitas arrecadadas: foram identificadas doações recebidas em data anterior àdata inicial de
entrega da prestação de contas parcial mas não informadas àépoca.
Por fim, a unidade técnica sugeriu o recolhimento ao Erário do valor de R$ 15.938,00 (quinze mil, novecentos e trinta e oito reais), em razão
das inconsistências na utilização de recursos oriundos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha –FEFC.
Foi proferido despacho (ID 2247570) determinando a citação pessoal do prestador de contas para que apresente instrumento de mandato
para constituição de advogado, o qual foi devidamente cumprido, conforme certidão ID 2296220. Porém, mais uma vez, o partido nada
apresentou (ID 2329020).
Instado a se manifestar, o Ministério Público Eleitoral posicionou-se pela NÃO PRESTAÇÃO das contas do partido por violação a diversos
dispositivos da Resolução TSE nº 23.553/2017 (ID nº 2356720), bem como pela devolução dos recursos financeiros do FEFC que foram
indevidamente utilizados, na forma do parecer conclusivo da COCIN.
Em sessão plenária realizada em 19/11/2019 este tribunal julgou como não prestadas as contas do PSOL relativas às eleições de 2018 (ID
2484970).
Opostos embargos de declaração pelo partido, em novo julgamento o e. TRE/PI acolheu preliminar ex officio de ausência de citação do
presidente, tesoureiro e substitutos para constituição de advogado nos autos e, por conseguinte, anulou o acórdão anterior (ID 2897770).
O PSOL opôs novos embargos de declaração (ID 3071620), e este tribunal acolheu parcialmente os aclaratórios para esclarecer obscuridade
apontada, e acrescentar aos fundamentos da decisão recorrida a determinação de que o presidente, o tesoureiro e seus substitutos fossem
intimados pessoalmente para se manifestarem sobre o parecer de diligências (ID 1301070) além de constituírem advogado nos autos (ID
3212120).
Os responsáveis financeiros foram devidamente intimados, conforme IDs 3961120, 3961170 e 3961220.
O PSOL, por meio de sua presidente, apresenta manifestação sobre o parecer de diligência no ID 4101520. Anexa documento no ID 4101520 e
procuração ad judicia no ID 4101620.
Por determinação deste Relator, a COCIN apresenta parecer conclusivo (ID 4981120), no qual opina pela desaprovação das contas, em face da
impropriedade consistente no recebimento de doações que não foram informadas na prestação de contas parcial (item 6.1), bem como diante
da persistência das seguintes irregularidades:
I) Item 1.1 - Não apresentação de peças obrigatórias: não foram apresentados os extratos das contas bancárias destinadas àmovimentação de
recursos do Fundo Partidário e “Outros Recursos”, bem como o instrumento de mandato para constituição de advogado pelo prestador de
contas e seus representantes;
II) Item 3.1 –Omissão de receitas e gastos eleitorais: foram identificadas transferências de recursos realizadas pelo prestador de contas em
exame a outros candidatos ou partidos políticos com informações divergentes nas prestações de contas dos beneficiários;
III) Item 3.2 –Omissão de despesas eleitorais: foram identificadas omissões relativas às despesas constantes na presente prestação de contas e
aquelas constantes da base de dados da Justiça Eleitoral;
IV) Item 5.1 –Análise da movimentação financeira: não houve indicação de informações referentes às contas bancárias de Outros Recursos na
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VOTO
O SENHOR JUIZ THIAGO MENDES DE ALMEIDA FÉRRER (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte, Senhor
Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Conforme relatado, trata-se de prestação de contas apresentada pelo Diretório Estadual do PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOL,
referente às eleições 2018.
Os autos apontam uma realização de despesas da ordem de R$ 104.730,01 (cento e quatro mil, setecentos e trinta reais e um centavo) e uma
arrecadação total de R$ 106.168,01 (cento e seis mil, cento e sessenta e oito reais e um centavo) completamente proveniente do FEFC.
Quanto àarrecadação e aplicação de recursos financeiros e estimáveis em campanhas eleitorais, a disciplina está na Lei nº 9.504/97,
regulamentada pela Resolução TSE nº 23.553/2017, que trouxe os preceitos direcionadores das prestações de contas de candidatos e partidos
políticos no pleito de 2018.
No âmbito dessa análise das contas, o que se busca éa proteção ao interesse público, de modo a aferir a lisura na utilização dos recursos em
campanhas eleitorais, possibilitando a verificação de sua origem e a regularidade de sua aplicação.
In casu, a Coordenadoria de Controle Interno –COCIN, em seu Parecer Conclusivo (ID 4981120), opinou pela desaprovação das contas em
razão da impropriedade do item “6.1” e, sobretudo, das irregularidades apontadas nos itens “1.1”, 3.1, 3.2 e 5.1”, sobre as quais passo a
discorrer pontualmente:
I) Item 6.1 –Aprofundamento do exame das receitas arrecadadas
A COCIN aponta que foram identificadas doações recebidas em data anterior àdata inicial de entrega da prestação de contas parcial, mas não
informadas àépoca.
O partido recebeu do Diretório Nacional, em 17/08/2018, o valor de R$ 106.168,01 (cento e seis mil, cento e sessenta e oito reais e um
centavo). No entanto, deixou de informar esse valor na prestação de contas parcial.
O partido apresenta justificativa aduzindo que àépoca dos fatos, era leigo quanto àtempestividade das medidas de controle.
Pois bem. Sobre o tema, o art. 50, §6º, da Resolução TSE nº 23.553/2017 estabelece que a não apresentação tempestiva da prestação de
contas parcial ou a sua entrega de forma que não corresponda àefetiva movimentação de recursos pode caracterizar infração grave, a ser
apurada na oportunidade do julgamento da prestação de contas final.
Considerando as informações apresentadas, houve descumprimento ao citado dispositivo, fato aliás não negado pela parte. Entretanto, a
própria COCIN concluiu que tal inconsistência se caracteriza como mera impropriedade por não impedir a análise das contas.
Neste sentido, entendo que tal impropriedade não tem o condão de, por si só, comprometer a confiabilidade das contas, haja vista que não
resultou em qualquer prejuízo para a análise da prestação de contas final.
II) Item 1.1 - Não apresentação de peças obrigatórias
Nesse item, a COCIN aponta que não foram apresentados os extratos das contas bancárias destinadas àmovimentação de recursos “Outros
Recursos”.
Acerca da irregularidade, a agremiação partidária apresentou manifestação (IDs 2472170 e 2472220), na qual esclarece que não houve registro
da conta bancária Outros Recursos (doações para campanha) porque esta não foi aberta, tendo sido toda a movimentação financeira da
campanha registrada na conta bancária FEFC.
No entanto, nos termos do art. 10, §2, da Resolução TSE nº 23.553/2017, éobrigatória para os partidos políticos e os candidatos a abertura de
conta bancária específica, e tal obrigação deve ser cumprida pelos partidos políticos e pelos candidatos, mesmo que não ocorra arrecadação
e/ou movimentação de recursos financeiros.
Além disso, o mesmo normativo preceitua, em seu art. 60, §1º, que, mesmo na hipótese de não ter havido movimentação de recursos
financeiros, conforme alegado pela parte, tal ausência deve ser comprovada pelos extratos bancários ou declaração firmada pelo gerente da
instituição financeira.
Dessa forma, a completa ausência dos extratos bancários da conta “Outros Recursos” ou a não apresentação de outro documento apto a
demonstrar que não houve movimentação financeira constitui irregularidade de natureza grave, por prejudicar a efetiva fiscalização pela
Justiça Eleitoral e pela sociedade, bem como por macular a fidedignidade das contas, seguindo decisões anteriores desta Corte[1].
II) Item 3.1 –Omissão de receitas e gastos eleitorais
A COCIN informa que foram identificadas transferências de recursos realizadas pelo prestador de contas em exame a candidatos ou partidos
políticos, com informações divergentes nas prestações de contas dos beneficiários:
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Sobre essa irregularidade, o partido se manifestou (ID 2472120), apontando que as despesas foram corrigidas e registradas no Sistema SPCE
com seus respectivos anexos, assim como foram as transferências e doações corrigidas e registradas na aba “despesas” e “doações a terceiro”.
Entretanto, a COCIN informa que “permanecerem as divergências acima listadas, as quais não se encontram registradas nas contas sob
análise, motivo pelo qual subsiste a presente irregularidade, por comprometer a consistência e confiabilidade nas contas prestadas.”
Com efeito, o art. 56, I, j, da Resolução TSE nº 23.553/2017, estabelece que a prestação de contas deve ser composta por todas as despesas
realizadas pelo partido em favor de seus candidatos. A divergência entre tais valores nas declarações prestadas pelo partido e pelos candidatos
revela indícios de omissão de gastos eleitorais, o que constitui irregularidade de natureza grave, apta a comprometer a transparência das
contas.
Além disso, registro relevante a conclusão destacada pelo d. Procurador Regional Eleitoral, em seu parecer ID 5113670, de que “embora o item
3.1 refira-se a doações estimadas, devemos consignar que se tratam de recursos de origem do FEFC, que, pela natureza de recurso público,
sua utilização deve se pautar pela transparência e estar claramente evidenciada para uma melhor apuração pelas instâncias de controle.”
Destaque-se que os gastos cujas irregularidades persistem resultam no valor de R$ 25.186,66 (vinte e cinco mil, cento e oitenta e seis reais e
sessenta e seis centavos), o que, aliado às omissões apontadas no item a seguir, revelam magnitude suficiente para se afastar a aplicação dos
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade no caso.
III) Item 3.2 –Omissão de despesas eleitorais.
Foram identificadas omissões relativas às despesas constantes na presente prestação de contas e aquelas constantes da base de dados da
Justiça Eleitoral, obtidas mediante circularização e/ou informações voluntárias de campanha, e/ou confronto com notas fiscais eletrônicas de
gastos eleitorais:
Sobre essa irregularidade, o partido se manifestou (ID 2472120), revelando que as despesas foram corrigidas e registradas no Sistema SPCE
com seus respectivos anexos.
Entrementes, a COCIN informa que subsiste a irregularidade apontada, tendo em vista que o partido não registrou as despesas, tampouco
justificou as notas fiscais emitidas no período eleitoral e não registradas na prestação de contas.
De fato, mais uma vez esclareço que a prestação de contas deve vir acompanhada de todas as receitas e despesas efetuadas pelo prestador de
contas, a teor do disposto no art. 56, I, g, da Resolução TSE nº 23.553/2017.
A ausência dessas informações demonstra omissão de gastos, irregularidade de natureza grave que compromete a consistência e a
confiabilidade das contas.
No caso, os gastos omitidos resultam no montante de R$ 12.020,37 (doze mil e vinte reais e trinta e sete centavos), os quais, associados ao
gastos apontados no item acima (3.1), no valor de R$ 25.186,66 (vinte e cinco mil, cento e oitenta e seis reais e sessenta e seis centavos),
somam o valor de R$ 37.207,03 (trinta e sete mil, duzentos e sete reais e três centavos). Tal montante, tido por irregular, corresponde 35,04%
(trinta e cinco vírgula zero quatro por cento) da arrecadação total do partido, que foi de R$ 106.168,01 (cento e seis mil, cento e sessenta e
oito reais e um centavo).
Inaplicável, pois, no caso, os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.
IV) Item 5.1 –Análise da movimentação financeira
A COCIN revela que não houve indicação de informações referentes às contas bancárias de Outros Recursos na prestação de contas e na base
de dados do extrato eletrônico.
O partido, em sua manifestação (ID 2472120), retrata que não houve registro da conta bancária Outros Recursos (Doações para campanha),
haja vista que a referida conta não foi aberta, tendo sido toda a movimentação financeira da campanha registrada na conta bancária FEFC.
A COCIN aponta que subsiste a irregularidade mencionada, diante da ausência de informações acerca da conta bancária Outros Recursos, de
abertura obrigatória.
Com efeito, a prestação de contas deve ser composta pelos extratos das contas bancárias abertas em nome do candidato e do partido político,
inclusive da conta aberta para movimentação de recursos do Fundo Partidário e daquela aberta para movimentação de recursos do Fundo
Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), quando for o caso, nos termos exigidos pelo inciso III do art. 3º desta resolução,
demonstrando a movimentação financeira ou sua ausência, em sua forma definitiva, contemplando todo o período de campanha, vedada a
apresentação de extratos sem validade legal, adulterados, parciais ou que omitam qualquer movimentação financeira, a teor do art. 56, I, a, da
Resolução TSE nº 23.553/2017.
Além disso, o art.10 da citada Resolução estabelece que éobrigatória a abertura de conta bancária.
A ausência de abertura de conta impossibilidade o efetivo controle da movimentação financeira das contas de campanha do partido. Tal
irregularidade éde natureza grave e, assim, enseja a desaprovação das contas.
CONCLUSÃO
Portanto, após exame dos achados relacionados pelo órgão técnico em seu parecer conclusivo, entendo como mera impropriedade a
inconsistência apontada no item 6.1 (doação não informada na prestação de contas parcial); porém considero graves as irregularidades
descritas nos itens 1.1 e 5.1 (ausência de extrato bancário da conta Outros Recursos e ausência de abertura da respectiva conta), 3.1 e 3.2
(omissão de receitas e gastos eleitorais), as quais comprometeram a confiabilidade das contas e prejudicaram a fiscalização pela Justiça
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Eleitoral.
Por tais irregularidades entendo que as contas devem ser desaprovadas, não sendo possível aplicar os princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade ao caso em tela, visto que o valor envolvido nas falhas (35% - trinta e cinco por cento) extrapola o mínimo previsto pela
jurisprudência consolidada do Colendo TSE e desta Corte Eleitoral.
DISPOSITIVO:
Diante do exposto, em consonância com parecer técnico conclusivo da COCIN e com a manifestação do Ministério Público Eleitoral, VOTO pela
DESAPROVAÇÃO das contas do Diretório Estadual do PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE –PSOL do Piauí, referente às eleições de 2018, nos
termos do art. 77, III, da Resolução TSE nº 23.553/2017.
Como consequência, ponderando a gravidade das irregularidades detectadas no presente processo, e considerando ainda o juízo de
proporcionalidade inerente ao direito sancionatório, bem como as consequências práticas da decisão, voto pela suspensão do recebimento
pelo partido das cotas do Fundo Partidário pelo prazo de 01(um) mês, a qual deverá ser aplicada no ano seguinte ao trânsito em julgado da
presente decisão, a teor do art. 77, §§4º e 6º, da Resolução TSE nº 23.553/2017.
Écomo voto.
[1] PRESTAÇÃO DE CONTAS. ELEIÇÕES DE 2018. CANDIDATO. CARGO. DEPUTADO FEDERAL. FALHAS. AUSÊNCIA DOS EXTRATOS
BANCÁRIOS DA CONTA BANCÁRIA OBRIGATÓRIA “OUTROS RECURSOS”. ART. 10 C/C ART. 56, II, “A”, RES. TSE N.º 23.553/2017. FALHA GRAVE.
DEMAIS FALHAS, ANALISADAS EM CONJUNTO, IMPORTAM EM MAIS DE 10% DO TOTAL DE GASTOS DA CAMPANHA DO CANDIDATO.
OCORRÊNCIAS SUFICIENTE PARA DESAPROVAR AS CONTAS. PARECER TÉCNICO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO PELA DESAPROVAÇÃO.
DESAPROVAÇÃO DAS CONTAS. - A ausência de extratos bancários que contemplem todo o período de campanha eleitoral constitui falha de
natureza grave capaz de ensejar, por si só, a desaprovação das contas. Precedentes. - Impossibilidade de aplicação dos princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade diante da gravidade da falha apontada e considerando que as falhas, analisadas em conjunto, importam
em mais de 10% do total de gastos da campanha do candidato. - Contas desaprovadas, nos termos do art. 77, III, da Resolução TSE n.º
23.553/2017. - Determinação de devolução de recursos públicos. (TRE-PI- PC 060164914. TERESINA-PI, Relator: PEDRO DE ALCÂNTARA DA
SILVA MACEDO. Data de Julgamento: 14/12/2018, Publicado em sessão: 14/12/2018)
PRESTAÇÃO DE CONTAS. ELEIÇÕES 2018. CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL. AUSÊNCIA DE EXTRATOS BANCÁRIOS DAS CONTAS DE
CAMPANHA. ANÁLISE DA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA PREJUDICADA. INFORMAÇÕES DIVERGENTES DE DOAÇÃO DE CAMPANHA ENTRE
CANDIDATOS. IRREGULARIDADES. COMPROMETIMENTO DA CONFIABILIDADE E DA FISCALIZAÇÃO DAS CONTAS. INVIABILIDADE DE APLICAÇÃO
DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. DESAPROVAÇÃO DAS CONTAS. Na linha do entendimento firmado pelo TSE,
“a não apresentação de extratos bancários referentes a todo o período de campanha évício grave que enseja a desaprovação das contas.”
(Precedente: Recurso Especial Eleitoral nº 38233, Acórdão, Relator(a) Min. Admar Gonzaga, Publicação: DJE –Diário de justiça eletrônico,
Tomo 64, Data 03/04/2019, Página 44). (…) Contas desaprovadas. (TRE-PI –PC: 060162231. TERESINA/PI, Relator: ASTROGILDO MENDES DE
ASSUNÇÃO FILHO, Data de Julgamento: 05/08/2019, Data de Publicação: DJE –Diário da Justiça Eletrônico, Data 15/08/2019, Página 15)
PRESTAÇÃO DE CONTAS. DEPUTADA FEDERAL. ELEIÇÕES 2018. RESOLUÇÃO TSE Nº 23.553/2017. AUSÊNCIA DE EXTRATOS BANCÁRIOS DE
CONTAS “OUTROS RECURSOS” E “FUNDO PARTIDÁRIO”. AUSÊNCIA DE REGISTROS RELATIVOS AOS SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS E DE
CONTABILIDADE. OMISSÃO DE GASTOS ELEITORAIS. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. DESAPROVAÇÃO. 1. A não
apresentação dos extratos bancários das contas destinadas àmovimentação de “Outros Recursos” e de recursos do “Fundo Partidário”
constitui irregularidade que, em conjunto com outras falhas, écapaz de prejudicar a efetiva fiscalização pela Justiça Eleitoral. (...) 5. Contas
desaprovadas. (TRE-PI –PC: 060171154. TERESINA/PI, Relator: THIAGO MENDES DE ALMEIDA FÉRRER, Data de Julgamento: 21/08/2019, Data
de Publicação: DJE –Diário da Justiça Eletrônico, Data 04/09/2019, Página 4)
PRESTAÇÃO DE CONTAS. ELEIÇÕES 2018. CANDIDATO AO CARGO DE DEPUTADO FEDERAL. NÃO APRESENTAÇÃO DOS EXTRATOS DA CONTA
BANCÁRIA “OUTROS RECURSOS”. OMISSÃO DO REGISTRO NA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE GASTOS COM SERVIÇOS DE CONTABILIDADE.
DIVERGÊNCIA ENTRE O VALOR REGISTRADO NA PRESTAÇÃO DE CONTAS E O DECLARADO NO TERMO DE DOAÇÃO. AUSÊNCIA DE
INFORMAÇÕES ACERCA DA ABERTURA DA CONTA BANCÁRIA DESTINADA ÀMOVIMENTAÇÃO DE OUTROS RECURSOS. IRREGULARIDADES
GRAVES QUE COMPROMETEM A REGULARIDADE DAS CONTAS. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E
RAZOABILIDADE. DESAPROVAÇÃO DAS CONTAS. 1. Ausência de peças integrantes: não foram apresentados os extratos referentes àconta
bancária destinada àmovimentação de Outros Recursos. Tal falha, em conjunto com outras irregularidades pode comprometer a higidez das
contas apresentadas, ensejando a sua reprovação. (...) 8. Contas desaprovadas. (TRE-PI –PC: 060189170. TERESINA/PI, Relator: THIAGO
MENDES DE ALMEIDA FÉRRER, Data de Julgamento: 21/08/2019, Data de Publicação: DJE –Diário da Justiça Eletrônico, Data 04/09/2019,
Página 20)
PRESTAÇÃO DE CONTAS. ELEIÇÕES 2018. CANDIDATO. RENÚNCIA ÀCANDIDATURA. AUSÊNCIA DE EXTRATOS BANCÁRIOS. FALHA DE
NATUREZA GRAVE. AFRONTA AOS DITAMES DA RESOLUÇÃO TSE N. 23.553/2017. COMPROMETIMENTO DA REGULARIDADE DAS CONTAS.
DESAPROVAÇÃO. 1. Éobrigatória a prestação de contas referente ao período de campanha de candidato que haja renunciado àsua candidatura
(art. 48, §8º, da Resolução TSE nº 23.553/2017). 2. A não apresentação de extratos bancários e/ou de declaração emitida pelo banco
certificando a ausência de movimentação financeira constitui falha de natureza grave, capaz de ensejar, por si só, a desaprovação das contas.
3. Contas desaprovadas. (TRE-PI –PC: 060196879. TERESINA –PI, Relator: DANIEL SANTOS ROCHA SOBRAL, Data de Julgamento: 12/02/2019,
Data de Publicação: DJE –Diário da Justiça Eletrônico, Data 22/02/2019)
EXTRATO DA ATA
PRESTAÇÃO DE CONTAS Nº 0601473-35.2018.6.18.0000 (PJE). ORIGEM: TERESINA/PI
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Decisão: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, por unanimidade, DESAPROVAR as contas do Diretório Estadual do
PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE –PSOL do Piauí, referentes às eleições de 2018, na forma do voto do Relator.
Processo 0600007-45.2020.6.18.0029
ACÓRDÃO Nº 060000745 -A
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ELEITORAL Nº 0600007-45.2020.6.18.0029. ORIGEM: PIO IX/PI (29ª ZONA ELEITORAL)
Embargante: Jaíles Raimundo Vieira
Advogado: Juarez José Antão de Alencar (OAB/PI: 9.388)
Relator: Desembargador Erivan José da Silva Lopes
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. TRANSFERÊNCIA ELEITORAL. CÓPIA DE FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA EM NOME DE TERCEIRO. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DE DOMICÍLIO ELEITORAL. INDEFERIMENTO. MANUTENÇÃO DA DECISÃO. JUNTADA, QUANDO DA REALIZAÇÃO DO
REQUERIMENTO, CÓPIA DE DOCUMENTO COMPROVANDO VÍNCULO COMUNITÁRIO COM A LOCALIDADE. PROVIMENTO DOS EMBARGOS.
1. A Corte Eleitoral já se posicionou no sentido de que a cópia de Carteira de Identidade, comprovando que o eleitor énatural do município em
que se requer o alistamento eleitoral, apresenta-se suficiente a demonstrar o vínculo comunitário com a localidade, impende concluir que os
embargos devem ser providos.
2. Conhecimento e provimento, com efeitos modificativos, dos Embargos de Declaração para alterar o decidido no acórdão embargado e
deferir o requerimento de transferência eleitoral.
Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Desembargador JOSÉ JAMES GOMES PEREIRA, ACORDAM os Membros do Tribunal Regional
Eleitoral do Piauí, por unanimidade, CONHECER dos embargos de declaração e DAR-LHES ACOLHIMENTO, na forma do voto do Relator.
Sala das Sessões por Videoconferência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí, em Teresina, 7 de outubro de 2020.
R E L A T ÓR I O
O SENHOR DESEMBARGADOR ERIVAN JOSÉ DA SILVA LOPES (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte,
Senhor Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
JAÍLES RAIMUNDO VIEIRA opõe EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ID 4927320), com pedido de efeitos infringentes, em face do Acórdão TRE/PI n°
060000745 (ID 4734020), que NEGOU PROVIMENTO ao Recurso Eleitoral interposto pelo ora Embargante, mantendo a decisão de primeiro
grau pelo indeferimento do seu requerimento de transferência eleitoral para o Município de Pio IX/PI.
O aresto objurgado encontra-se ementado como segue, in verbis:
RECURSO. REQUERIMENTO DE TRANSFERÊNCIA ELEITORAL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE DOMICÍLIO. JUNTADA DE DOCUMENTOS EM
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 46
VOTO
O SENHOR DESEMBARGADOR ERIVAN JOSÉ DA SILVA LOPES (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte,
Senhor Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
O Recurso écabível, tempestivo e foi interposto por parte legítima, bem como atende aos demais requisitos de admissibilidade, razão pela qual
dele conheço.
JAÍLES RAIMUNDO VIEIRA opôs os presentes Embargos de Declaração (ID 4927320), com pedido de efeitos infringentes, em face do Acórdão
TRE/PI n° 060000745 (ID 4734020), que, por unanimidade, e, em consonância com o parecer ministerial, negou provimento ao Recurso
Eleitoral manejado pelo ora Embargante, que objetivava a reforma da decisão do Juízo da 29ª Zona Eleitoral que indeferiu seu requerimento
de transferência eleitoral.
Os Embargos de Declaração constituem instrumento processual cuja finalidade éde corrigir decisão quando eivada de omissão, contradição,
obscuridade ou quando houver necessidade de correção de erros materiais, conforme dispõe o art. 275, do Código Eleitoral, Iitteris:
Art. 275. São admissíveis embargos de declaração nas hipóteses previstas no Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de
2015).
Por sua vez, o art. 1.022 do Código de Processo Civil prevê as hipóteses de cabimento dos aclaratórios, in verbis:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao
caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, §1°.
Pois bem. Analisando os autos, verifica-se que assiste razão ao Ministério Público Eleitoral.
Deveras, o fundamento para a manutenção da decisão de indeferimento do requerimento de transferência foi, unicamente, a ausência de
comprovação de domicílio eleitoral.
No entanto, a despeito de o eleitor ter se baseado apenas na cópia de fatura de energia elétrica em nome de terceiro para demonstrar seu
domicílio eleitoral, examinando os autos, observa-se que também foi colacionada, quando da realização do requerimento, cópia da Carteira de
Identidade (ID 3978270) comprovando que o eleitor nasceu no Município de Pio IX/PI, demonstrando, portanto, o vínculo comunitário com a
localidade.
Destarte, considerando que a Corte Eleitoral já se posicionou no sentido de que a cópia de Carteira de Identidade, comprovando que o eleitor
énatural do Município em que se requer o alistamento eleitoral, apresenta-se suficiente a demonstrar o vínculo comunitário com a localidade,
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EXTRATO DA ATA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ELEITORAL Nº 0600007-45.2020.6.18.0029. ORIGEM: PIO IX/PI (29ª ZONA ELEITORAL)
Embargante: Jaíles Raimundo Vieira
Advogado: Juarez José Antão de Alencar (OAB/PI: 9.388)
Relator: Desembargador Erivan José da Silva Lopes
Decisão: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, por unanimidade, CONHECER dos embargos de declaração e DAR-
LHES ACOLHIMENTO, na forma do voto do Relator.
Processo 0600303-57.2020.6.18.0000
PETIÇÃO (1338) Nº 0600303-57.2020.6.18.0000 (PJe) - Teresina - PIAUÍ RELATOR: AGLIBERTO GOMES MACHADO INTERESSADO: JOSÉ
SEVERINO DOS SANTOS FILHO Advogado do(a) INTERESSADO: DAVID RODRIGUES DOS SANTOS - PI18934
D E C I S ÃO
Vistos etc.
Trata-se de pedido de regularização de contas formulado por JOSÉ SEVERINO DOS SANTOS FILHO, candidato ao cargo de deputado federal nas
Eleições 2018, originalmente, julgadas como não prestadas, nos autos do Processo n. 06001309-70.2018.6.18.0000.
A inicial compõe o ID 3997720 e veio acompanhada dos documentos de IDs 3997820/3998120.
Posteriormente, atendendo àdiligência requerida pela unidade técnica, o requerente colacionou a documentação constante dos IDs
4845020/4845120.
A Coordenadoria de Controle Interno (COCIN), em parecer conclusivo de ID 5141820, opinou pela regularização das contas do interessado.
Parecer do Procurador Regional Eleitoral no ID 5268570, manifestando-se pela regularização das contas do requerente, com a ressalva de que
a quitação eleitoral somente ocorrerá com o final da legislatura para a qual concorreu.
Éo relatório. DECIDO.
Conforme relatado, as contas referentes àcampanha eleitoral de 2018 do então candidato ao cargo de deputado federal, JOSÉ SEVERINO DOS
SANTOS FILHO, foram julgadas não prestadas, nos autos do Processo n. 06001309-70.2018.6.18.0000, de modo que, pretendendo ver
regularizada sua situação perante a Justiça Eleitoral, apresentou a documentação que compõe os IDs 3997820/3998120.
A matéria éregida pela Resolução TSE n. 23.553/2017, que dispõe o seguinte:
“Art. 83. A decisão que julgar as contas eleitorais como não prestadas acarreta:
I - ao candidato, o impedimento de obter a certidão de quitação eleitoral até o final da legislatura, persistindo os efeitos da restrição após esse
período até a efetiva apresentação das contas;
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(...)
§1º Após o trânsito em julgado da decisão que julgar as contas como não prestadas, o interessado pode requerer, na forma do disposto no
§2º deste artigo, a regularização de sua situação para:
I - no caso de candidato, evitar que persistam os efeitos do impedimento de obter a certidão de quitação eleitoral após o final da legislatura;
ou
(...)
§2º O requerimento de regularização:
I - pode ser apresentado:
a) pelo candidato interessado, para efeito da regularização de sua situação cadastral;
(...)
II - deve ser autuado na classe Petição, consignando-se os nomes dos responsáveis, e distribuído por prevenção ao juiz ou relator que conduziu
o processo de prestação de contas a que ele se refere;
III - deve ser instruído com todos os dados e documentos previstos no art. 56 desta resolução utilizando-se, em relação aos dados, o sistema de
que trata o art. 57;
IV - não deve ser recebido com efeito suspensivo;
V - deve observar o rito previsto nesta resolução para o processamento da prestação de contas, no que couber, com a finalidade de verificar:
a) eventual existência de recursos de fontes vedadas;
b) eventual existência de recursos de origem não identificada;
c) ausência de comprovação ou irregularidade na aplicação de recursos oriundos do Fundo Partidário e/ou do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha (FEFC);
d) outras irregularidades de natureza grave.”
Com efeito, após a análise dos documentos juntados no ID 5074420, a CONCIN opinou pela regularização das contas do então candidato José
Severino dos Santos Filho, relativas àcampanha eleitoral 2018, uma vez que, de fato, restaram sanadas todas as omissões detectadas(ID
5141770).
Com essas considerações, na linha dos pareceres técnico e ministerial, defiro o pedido de regularização das contas de JOSÉ SEVERINO DOS
SANTOS FILHO, candidato ao cargo de deputado federal nas eleições 2018, ressaltando que o requerente fica impedido de obter certidão de
quitação eleitoral até o final da legislatura para a qual concorreu (2019/2022), a teor do art. 83, I e §1º, I, da Resolução TSE nº 23.553/2017.
Intime-se.
Cientifiquem-se o Ministério Público e a unidade do Tribunal responsável pela atualização do cadastro eleitoral.
Arquive-se.
Teresina (PI), 15 de outubro de 2020.
Processo 0600319-11.2020.6.18.0000
ACÓRDÃO Nº 060031911
PRESTAÇÃO DE CONTAS Nº 0600319-11.2020.6.18.0000. ORIGEM: TERESINA/PI
Interessados: Partido da Causa Operária –PCO/PI, Maria de Lourdes Soares Melo e Renato Farac Galata
Relator: Juiz Thiago Mendes de Almeida Férrer
PRESTAÇÃO DE CONTAS - PARTIDO POLÍTICO - EXERCÍCIO FINANCEIRO 2019 - NOTIFICAÇÃO DO PARTIDO -TRANSCURSO DO PRAZO SEM
MANIFESTAÇÃO - CONTAS JULGADAS NÃO PRESTADAS - SUSPENSÃO DO REPASSE DE NOVAS COTAS DO FUNDO PARTIDÁRIO ENQUANTO
PERDURAR A INADIMPLÊNCIA.
1 - O Partido da Causa Operária - PCO/PI, apesar de devidamente notificado para prestar suas contas referentes ao exercício de 2019,
permaneceu inerte, em total afronta ao no art. 4º, II e art. 28, II, da Resolução TSE nº 23.604/2019.
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2 - Contas julgadas não prestadas, nos termos art. 45, inciso IV, alínea “a”, da Resolução TSE nº 23.604/2019, com a perda do direito ao
recebimento de novas cotas do Fundo Partidário, nos termos do art. 47, inciso I, da mencionada Resolução.
3 - Impossibilidade da suspensão da anotação do Órgão Regional, em razão de disposição normativa contida nos artigos 47, inciso II, e 73, da
Resolução TSE nº 23.604/2019.
Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Desembargador JOSÉ JAMES GOMES PEREIRA, ACORDAM os Membros do Tribunal Regional
Eleitoral do Piauí, por unanimidade, JULGAR NÃO PRESTADAS as contas do Diretório Regional do Partido da Causa Operária –PCO/PI,
referentes ao exercício financeiro de 2019, na forma do voto do Relator.
Sala das Sessões por Videoconferência do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí, em Teresina, 7 de outubro de 2020.
R E L A T ÓR I O
O SENHOR JUIZ THIAGO MENDES DE ALMEIDA FÉRRER (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte, Senhor
Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Trata-se de processo relativo a não apresentação de prestação de contas anual do diretório estadual do Partido da Causa Operária –PCO,
referente ao exercício financeiro de 2019 (ID nº 4225070).
Compulsando os autos, verifica-se que, mesmo após serem devidamente intimados, o Partido da Causa Operária - PCO e os seus
representantes não apresentaram as contas referentes ao exercício 2019 (intimações nos IDs 4360120, 4360170, 4360220 e 4360270, e
certidão no ID 4359970).
Nesse contexto, este Relator determinou a imediata suspensão do repasse das cotas do Fundo Partidário àagremiação omissa, na forma do
art. 30, III da Resolução TSE nº 23.604/2019.
Em seguida, em cumprimento ao disposto no art. 30, III da Resolução TSE nº 23.604/2019, os autos foram encaminhados àCoordenadoria de
Controle Interno - COCIN deste Egrégio Tribunal (ID 4685470), tendo apresentado parecer ID 4814720 com as seguintes informações:
“Relativamente aos extratos bancários, informa-se, após consulta aos extratos eletrônicos disponíveis no Sistema de Prestação de Contas
Anual (SPCA), por meio do Sistema de Autenticação e Autorização da Justiça Eleitoral (ODIN), Portal SPCA, na página do Tribunal Superior
Eleitoral - TSE (link:
http://inter01.tse.jus.br/spca.extratobancario/consultarContasDirecao.action?codigoOrgao=3&nrPartido=29&sgUe=PI&anoExercicio=2019,
não constar extrato de nenhuma instituição bancária para o Diretório Regional do Partido em questão, consoante demonstrativo anexo.
Verifica-se, também, depois de consulta ao Sistema de Prestação de Contas Anual (SPCA), módulo consulta cadastro das contas anuais, por
meio do Sistema de Autenticação e Autorização da Justiça Eleitoral (ODIN), Portal SPCA, na página do Tribunal Superior Eleitoral - TSE (link:
http://inter01.tse.jus.br/spca/login/seleciona-prestador-contas.faces#bloqueio, não constar registro de utilização pelo Partido quanto
àemissão de recibos de doação de recursos recebidos, conforme demonstrativo anexo.
Acerca dos recursos do Fundo Partidário, assinala-se, após consulta ao Sistema de Prestação de Contas Anual (SPCA), módulo consulta
àprestação de contas do Diretório Nacional do Partido PCO, por meio do Sistema de Autenticação e Autorização da Justiça Eleitoral (ODIN),
Portal SPCA, no link: http://inter01.tse.jus.br/spca/pages/demonstrativo/recursos-distribuidos-partidario/pesquisar.faces#bloqueio, não
constar informação de repasse de cotas de recurso do Fundo Partidário ao Diretório Estadual sob análise”.
Os mencionados demonstrativos encontram-se nos IDs 4814770, 4814820 e 4814870.
Parecer do Procurador Regional Eleitoral no ID 4932770, pugnando pelo julgamento da prestação de contas como não prestadas, ante a
omissão dos representantes do órgão partidário, mesmo depois de serem devidamente intimados, com supedâneo no art. 45, IV, a, da
Resolução TSE nº 23.604/2019, além de serem cominadas as sanções previstas no art. 47 da Resolução TSE nº 23.604/2019 .
Éo relatório.
VOTO
O SENHOR JUIZ THIAGO MENDES DE ALMEIDA FÉRRER (RELATOR): Senhor Presidente, Senhores Juízes Membros desta Egrégia Corte, Senhor
Procurador Regional Eleitoral, Senhores Advogados e demais pessoas presentes,
Conforme relatado, trata-se de processo relativo a não apresentação de prestação de contas anual do diretório estadual do Partido da Causa
Operária –PCO, referente ao exercício financeiro de 2019 (ID nº 4225070).
Após certificação da ausência por parte da Secretaria Judiciária –SJ deste Regional, o Partido foi notificado através de seus representantes
legais, a Sra. MARIA DE LOURDES MELO –presidente do PCO no exercício 2019/2020 e o Sr. RENATO FARAC GALATA –tesoureiro do PCO no
exercício 2019/2020 (intimações e certidão nos IDs 4359970, 4360120, 4360170, 4360220 e 4360270); contudo, manteve-se inerte.
Na sequência, o parecer do órgão técnico (ID 4814720) apontou que o Partido:
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i. Não constar extrato de nenhuma instituição bancária para o Diretório Regional do Partido em questão;
ii. Não constar registro de utilização pelo Partido quanto àemissão de recibos de doação de recursos recebidos; e
iii. Não constar informação de repasse de cotas de recurso do Fundo Partidário ao Diretório Estadual sob análise.
A Procuradoria Regional Eleitoral (ID 4932770) manifestou-se pelo julgamento das contas como não prestadas, sustentando a cominação das
sanções previstas no art. 47 da Resolução TSE nº 23.604/2019, tendo a omissão do órgão partidário continuado, mesmo após ser intimado
para apresentar manifestação acerca dos referidos pareceres (IDs 4988970, 4989020, 4989070 e 4989120).
Examinando os autos, verifico que tanto a COCIN, quanto o MPE, agiram com acerto ao recomendarem o julgamento das contas como não
prestadas, diante da ausência de prestação de contas anual, no prazo estabelecido pela Resolução TSE nº 23.604/2019 (art. 4º, II e art. 28, II), a
seguir transcritos:
“Art. 4º Os partidos políticos, em todos os níveis de direção, devem:
V - remeter àJustiça Eleitoral, nos prazos estabelecidos nesta resolução, a prestação de contas anual, para que se dê ampla publicidade”.
“Art. 28. O partido político, em todas as esferas de direção, deve apresentar a sua prestação de contas àJustiça Eleitoral anualmente até 30 de
junho do ano subsequente, dirigindo-a ao:
II - Tribunal Regional Eleitoral, no caso de prestação de contas de órgão estadual definitivo ou comissão estadual provisória”. (Grifos nossos)
Jurisprudência desta Corte e dos demais Regionais no sentido de aplicar as sanções previstas na norma de regência, quando verificada a
ausência de prestação de contas por parte do órgão partidário, a saber:
“PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL. PARTIDO POLÍTICO. EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2018. NÃO APRESENTAÇÃO DAS CONTAS. OBRIGAÇÃO. NÃO
CUMPRIMENTO. INÉRCIA. RECEBIMENTO DE RECURSOS DE FONTES VEDADAS. RECOLHIMENTO AO TESOURO NACIONAL. RECEBIMENTO DE
RECURSOS DO FUNDO PARTIDÁRIO. DEVOLUÇÃO. CONTAS JULGADAS NÃO PRESTADAS. (...) 2. Citado o Partido para cumprir a obrigação de
prestar contas, deixando transcorrer o prazo sem a devida manifestação, émedida que se impõe o julgamento das contas como não prestadas,
nos termos do art. 52, §6º, VI, e art. 83, II, da Resolução TSE nº 23.553/2017 c/c art. 30, IV, da Lei nº 9.504/1997. 3. O Supremo Tribunal
Federal, no julgamento na ADI nº 6.032, em 05/12/2019, deu interpretação conforme a Constituição a este dispositivo para fixar que a sanção
de suspensão do registro ou a anotação do órgão partidário regional ou municipal não seja aplicada automaticamente como consequência da
decisão que julga as contas não prestadas, mas somente após decisão com trânsito em julgado, decorrente de procedimento específico de
suspensão de registro, nos termos do art. 28 da Lei nº 9.096/1995. 4. Suspensão do recebimento de recursos oriundos do Fundo Partidário,
enquanto não for regularizada a situação do partido político, e devolução integral de todos os recursos provenientes do Fundo Partidário que
lhe forem entregues, na forma do art. 48 da Resolução TSE nº 23.546/2017. 5. Contas julgadas não prestadas”.
(TRE-PI - PC: 060044680 TERESINA - PI, Relator: CHARLLES MAX PESSOA MARQUES DA ROCHA, Data de Julgamento: 25/08/2020, Data de
Publicação: DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Data 08/09/2020);
“PRESTAÇÃO DE CONTAS - PARTIDO POLÍTICO - EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2016 -NOTIFICAÇÃO DO PARTIDO - TRANSCURSO DO PRAZO SEM
MANIFESTAÇÃO -CONTAS JULGADAS NÃO PRESTADAS - SUSPENSÃO DO REPASSE DE NOVAS COTAS DO FUNDO PARTIDÁRIO ENQUANTO
PERDURAR A INADIMPLÊNCIA. 1 - O Partido Comunista Brasileiro - PCB/ES, apesar de devidamente citado para prestar suas contas de
campanha, permaneceu inerte, em total afronta ao disposto no art. 30, I, da Resolução TSE 23.464/2015. Àvista disso, mostra-se inequívoco o
julgamento das contas como não prestadas, com a imposição das penalidades previstas, mantendo-se, por consequência, a suspensão do
repasse de novas cotas do fundo partidário até que a agremiação cumpra o dever legal de prestar suas contas. 2 - Contas julgadas NÃO
PRESTADAS”.
(PRESTACAO DE CONTAS n 7263, RESOLUÇÃO n 143 de 20/08/2018, Relator (a) HELIMAR PINTO, Publicação: DJE - Diário Eletrônico da Justiça
Eleitoral do ES, Data 29/08/2018, Página 15);
“PRESTAÇÃO DE CONTAS. PARTIDO POLÍTICO. DIRETÓRIO REGIONAL. EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2008. VÍCIO NA REPRESENTAÇÃO
PROCESSUAL. UTILIZAÇÃO DE VALORES DE ORIGEM NÃO IDENTIFICADA. RECOLHIMENTO DA QUANTIA IRREGULAR AO TESOURO NACIONAL.
CONTAS JULGADAS NÃO PRESTADAS. Éobrigação dos partidos, em todas as esferas de direção, apresentar a sua prestação de contas àJustiça
Eleitoral, anualmente, até 30 de abril do ano subsequente. O julgamento das contas como não prestadas implica a proibição do recebimento
de recursos oriundos do Fundo Partidário até que seja regularizada a situação da agremiação. A transitoriedade da inadimplência depende
exclusivamente do respeito àobrigação legal de prestar contas. No caso dos autos, julgamento das contas do partido como não prestadas em
virtude de vício de representação. Apontada pela Secretaria de Controle Interno e Auditoria a utilização de recursos de origem não
identificada, em afronta ao art. 6º da Resolução TSE n. 21.841/04. Valor a ser recolhido ao Erário em obediência ao art. 14 da Resolução TSE n.
23.546/17. Contas julgadas não prestadas”.
(Prestação de Contas n 060044145, ACÓRDÃO de 19/12/2018, Relator (a) GERSON FISCHMANN, Publicação: DEJERS - Diário de Justiça
Eletrônico do TRE-RS); e
“PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL. PARTIDO DA MULHER BRASILEIRA - PMB/MT. EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2017. ENTREGA OBRIGATÓRIA ATÉ
O DIA 30 DE ABRIL DO ANO SEGUINTE. OMISSÃO DO ÓRGÃO PARTIDÁRIO E DE SEUS REPRESENTANTES LEGAIS. NOTIFICADOS A PRESTAR
CONTAS. PERMANECERAM OMISSOS. CONTAS JULGADAS NÃO PRESTADAS. APLICAÇÃO DAS SANÇÕES COMINADAS NO ART. 37-A, DA LEI
9.096/1995. 1. Nos termos do art. 32, da Lei n. 9.096/1995, o partido político está obrigado a enviar, anualmente, àJustiça Eleitoral, o balanço
contábil do exercício findo, até o dia 30 de abril do ano seguinte. 2. A falta de prestação de contas implicará a suspensão de novas cotas do
Fundo Partidário, até que seja regularizada a situação, consoante previsão contida no art. 37-A da Lei 9.096/1995. 3. Contas julgadas como não
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prestadas”.
(Prestação de Contas n 60007781, ACÓRDÃO n 27484 de 20/08/2019, Relator (a) SEBASTIÃO MONTEIRO DA COSTA JÚNIOR, Publicação: DEJE -
Diário de Justiça Eletrônico, Tomo 2998, Data 03/09/2019, Página 15). (Grifos nossos)
Em relação às sanções aplicáveis ao órgão partidário, o art. 47 da citada Resolução assim prevê:
“Art. 47. A decisão que julgar a prestação de contas não prestada acarreta ao órgão partidário:
I - a perda do direito ao recebimento da quota do Fundo Partidário, do Fundo Especial de Financiamento de Campanha; e
II - a suspensão do registro ou da anotação do órgão partidário, após decisão, com trânsito em julgado, precedida de processo regular que
assegure ampla defesa (STF ADI nº 6.032, julgada em 5.12.2019)”.
Ressalto, quanto ao tema, que nova redação do art. 73 da Resolução TSE nº 23.604/2019 postergou, por mais 90 (noventa) dias, o prazo
original de 180 (cento e oitenta) dias para que aquela Corte Superior disciplinasse a sanção prevista no inciso II do art. 47 supra.
Desta forma, continua vedada, até a edição da citada norma disciplinadora, a possibilidade de instauração de processo com o fim de aplicar a
sanção de suspensão do registro ou da anotação do Órgão Regional, não prestador das contas de exercício financeiro.
Feitas estas considerações, tendo em vista a ausência de prestação de contas anual e em consonância como os pareceres da Coordenadoria de
Controle Interno –COCIN e do Ministério Público Eleitoral, julgo NÃO PRESTADAS as contas do Diretório Regional do Partido da Causa Operária
–PCO/PI, referentes ao exercício financeiro de 2019, nos termos do art. 45, inciso IV, alínea “a”, da Resolução TSE nº 23.604/2019, ao passo
que determino a perda do direito ao recebimento de novas cotas do Fundo Partidário, enquanto perdurar a inadimplência, conforme art. 47,
inciso I, da mesma Resolução, cuja suspensão dos repasses já havia sido determinada no despacho ID 4685470.
Écomo voto, Senhor Presidente.
EXTRATO DA ATA
PRESTAÇÃO DE CONTAS Nº 0600319-11.2020.6.18.0000. ORIGEM: TERESINA/PI
Interessados: Partido da Causa Operária –PCO/PI, Maria de Lourdes Soares Melo e Renato Farac Galata
Relator: Juiz Thiago Mendes de Almeida Férrer
Decisão: ACORDAM os Membros do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, por unanimidade, JULGAR NÃO PRESTADAS as contas do Diretório
Regional do Partido da Causa Operária –PCO/PI, referentes ao exercício financeiro de 2019, na forma do voto do Relator.
Processo 0600394-50.2020.6.18.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ
GABINETE DE JUIZ MEMBRO DA CORTE
TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE (12135) - 0600394-50.2020.6.18.0000 - Bom Jesus - PIAUÍ REQUERENTE: CLEDJA MORENO BENVINDO
ADVOGADO: HENRIQUE FIGUEIREDO FONSECA COELHO - OAB/PI0009129A ADVOGADO: GIOVANA FERREIRA MARTINS NUNES SANTOS -
OAB/PI0003646 ADVOGADO: GEORGIA FERREIRA MARTINS NUNES - OAB/PI0004314 REQUERENTE: LUCAS FONSECA LUSTOSA ADVOGADO:
HENRIQUE FIGUEIREDO FONSECA COELHO - OAB/PI0009129A ADVOGADO: GIOVANA FERREIRA MARTINS NUNES SANTOS - OAB/PI0003646
ADVOGADO: GEORGIA FERREIRA MARTINS NUNES - OAB/PI0004314 REQUERENTE: MARCOS ANTONIO PARENTE ELVAS COELHO ADVOGADO:
HENRIQUE FIGUEIREDO FONSECA COELHO - OAB/PI0009129A ADVOGADO: GIOVANA FERREIRA MARTINS NUNES SANTOS - OAB/PI0003646
ADVOGADO: GEORGIA FERREIRA MARTINS NUNES - OAB/PI0004314 REQUERIDO: ALCINDO PIAUILINO BENVINDO ROSAL REQUERIDO:
NESTOR RENATO PINHEIRO ELVAS RELATOR: JUIZ TEÓFILO RODRIGUES FERREIRA
DESPACHO
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 52
Esclareço que a referida certidão deve indicar a data e horário da publicação da decisão atacada e do respectivo protocolo de
recursos/contrarrazões.
Teresina/PI, 14 de outubro de 2020.
Processo 0600283-37.2018.6.18.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PIAUÍ
GABINETE DE JUIZ MEMBRO DA CORTE
PRESTAÇÃO DE CONTAS (11531) - 0600283-37.2018.6.18.0000 - Teresina - PIAUÍ REQUERENTE: PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO
ADVOGADO: GUSTAVO ALVES MELO - OAB/PI7467 ADVOGADO: ANA CAROLINE BORGES VENTURA RIBEIRO - OAB/PI0012465A ADVOGADO:
JAMYLLE DE MELO PEREIRA - OAB/PI0013229 ADVOGADO: DIEGO ALENCAR DA SILVEIRA - OAB/PI0004709 ADVOGADO: FRANKCINATO DOS
SANTOS MARTINS - OAB/PI9210 ADVOGADO: DIMAS EMILIO BATISTA DE CARVALHO - OAB/PI6899 ADVOGADO: ALEXANDRE DE CASTRO
NOGUEIRA - OAB/PI3941 REQUERENTE: JOSE FRANCISCO PAES LANDIM ADVOGADO: ANA CAROLINE BORGES VENTURA RIBEIRO -
OAB/PI0012465A REQUERENTE: ANTONIO VENICIO DO O DE LIMA ADVOGADO: ANA CAROLINE BORGES VENTURA RIBEIRO - OAB/PI0012465A
REQUERENTE: BETANILDA DE SOUSA MONTEIRO ALVES REQUERENTE: JOSE MOACY LEAL RELATOR: JUIZ CHARLLES MAX PESSOA MARQUES
DA ROCHA
DESPACHO
Considerando o Parecer de Diligência acostado no ID 5299470, determino a intimação da agremiação partidária e dos agentes responsáveis
para que complementem as informações prestadas nos presentes autos, apresentando a documentação e demonstrativos solicitados no
aludido parecer, na forma do art. 36, §3º, I da Resolução TSE nº 23.604/2019.
Teresina/PI, 15 de outubro de 2020.
Pauta de Julgamento
A D E N D O À P A U T A D E J U L G A M E N T O Nº 99/2020
SERÁ(ÃO) JULGADO(S) NA SESSÃO JUDICIÁRIA ORDINÁRIA POR VIDEOCONFERÊNCIA DE SEGUNDA-FEIRA, 19 DE OUTUBRO DE 2020, A
PARTIR DAS 14 HORAS, O(S) SEGUINTE(S) FEITO(S), FICANDO MANTIDO O JULGAMENTO DOS PROCESSOS CONSTANTES DA PAUTA 99/2020,
PUBLICADA EM 15.10.2020:
RECURSO ELEITORAL Nº 0600025-51.2020.6.18.0034. ORIGEM: CASTELO DO PIAUÍ/PI (34ª ZONA ELEITORAL). RESUMO: RECUSO ELEITORAL -
PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA - CAMISAS COM FOTOGRAFIAS DE PRE-CANDIDATO - DIVULGAÇÃO DE NOME E NÚMERO EM REDES
SOCIAIS - IMPROCEDÊNCIA
Recorrente: Movimento Democrático Brasileiro - MDB, de Castelo do Piauí/PI
Advogado: Marcus Vinícius Santos Spíndola Rodrigues (OAB/PI: 12.276) e Cristiane Lima de Abreu (OAB/PI: 16.223)
Recorrido: Osmano Moura da Silva
Advogados: Anselmo Alves de Sousa (OAB/PI: 13.445) e Elayne Kallyne Braga da Silva Sobral (OAB/PI: 19.625)
Relator: Juiz Aderson Antônio Brito Nogueira
ATENÇÃO: O advogado que tiver interesse em participar da sessão, inclusive para fazer uso da palavra para sustentação oral e para esclarecer
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eventuais questões de fato, deverá encaminhar o pedido pelo Formulário disponível na página do TRE-PI na internet (http://www.tre-
pi.jus.br/servicos-judiciais/pautas-e-atas-das-sessoes/solicitacao-de-sustentacao-oral-para-as-sessoes-por-videoconferencia-1), com
antecedência mínima de 2 horas do início da sessão, quando receberá as instruções de acesso ao evento.
ZONAS ELEITORAIS
1ª Zona Eleitoral
Editais
JUSTIÇA ELEITORAL
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 54
5ª Zona Eleitoral
Portarias
Portaria - Zona Eleitoral Nº 10/2020 TRE/5A ZONA, de 16 de outubro de 2020
O Exmo. Juiz Eleitoral da 5ªZona/PI (Oeiras, Santa Rosa do Piauí e São João da Varjota.), Dr. Marcos Antonio Moura Mendes, no uso de
suas atribuições legais e na forma da lei etc.:
CONSIDERANDO o disposto no Art. 14 da Lei 6.091/74 (Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta dias antes do pleito, na sede de cada
Município, Comissão Especial de Transporte e Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos Diretórios Regionais dos Partidos Políticos
Nacionais, com a finalidade de colaborar na execução desta lei.);
CONSIDERANDO os arts. 30 a 32 da Resolução TSE 23.611/2019 (Dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2020).
CONSIDERANDO as indicações feitas pelos Diretórios Partidários regulares no(s) Município(s) de Oeiras, Santa Rosa do Piauí e São João da
Varjota.
RESOLVE:
Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação, a seguir relacionados:
I – Município 1: Oeiras
a) Iata Anderson Bezerra Canela
b) Gustavo Viana Rêgo
c) Raimundo Nonato Cassiano
d) Firmino Barroso Júnior
e) Gisleya Maria da Silva Alves
f) Derival de Abreu Gonzaga
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 55
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastrarão, até o dia 29/10/2020 às 10h, no Cartório Eleitoral, os veículos e motoristas que
atuarão nas rotas a serem definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação correspondente;
Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de eleitores,
ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão, e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da lei;
Art. 4º – O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado no dia 31/10/2020, através de Edital
publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral;
8ª Zona Eleitoral
Editais
JUSTIÇA ELEITORAL
O(A) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Netanias Batista de Moura, Juiz(Juíza) Eleitoral, da 8ª Zona Eleitoral - AMARANTE, no uso de suas atribuições,
faz saber aos interessados que foi protocolizado neste Cartório Eleitoral, o pedido de registro individual, do candidato abaixo relacionado,
para concorrer às Eleições de 2020, pelo COLIGAÇÃO UNIÃO E TRABALHO, no município de(o) AMARANTE.
Vice-prefeito
NÚMERO NOME OPÇÃO DE NOME N° PROCESSO
11 MATEUS VILARINHO DE MATEUS VILARINHO 06001258420206180008
MORAES
Nos termos do art. 3º da Lei Complementar n.º 64/90, c/c o Art. 34, §1º, I, II e III e § 2º da Resolução TSE n.º 23.609/2019, caberá a qualquer
candidato, partido político, coligação ou ao Ministério Público Eleitoral, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação deste edital,
impugnar, em petição fundamentada, o pedido de registro de candidatura.
No mesmo prazo, qualquer cidadão, no gozo de seus direitos políticos poderá dar notícia de inelegibilidade, nos termos do art.44 da referida
Resolução.
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 56
Sentenças
REQUERENTE: COLIGAÇÃO UNIÃO E TRABALHO 11-PP / 13-PT / 15-MDB / 22-PL, DIRETORIO MUNICIPAL DO PARTIDO DO MOVIMENTO
DEMOCRATICO BRASILEIRO DE AMARANTE, PARTIDO LIBERAL-AMARANTE - PI - MUNICIPAL, PARTIDO PROGRESSISTAS - AMARANTE - PI -
MUNICIPAL, DIRETORIO MUNICIPAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES PT NO MUNICIPIO DE AMARANTE
SENTENÇA
Trata-se de pedido de registro de candidatura do "COLIGAÇÃO UNIÃO E TRABALHO (PP, PT, MDB, PL)", para o cargo de prefeito e vice-prefeito,
no Município de AMARANTE.
Publicado o edital, decorreu o prazo legal sem impugnação.
Foram juntados os documentos exigidos pela legislação em vigor.
O Ministério Público Eleitoral manifestou-se favoravelmente ao deferimento do pedido.
É o relatório.Decido.
Foram preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado e não houve impugnação.
ISTO POSTO, DEFIRO o pedido de registro do "COLIGAÇÃO UNIÃO E TRABALHO (PP, PT, MDB, PL)", para concorrer às Eleições Municipais 2020
no município de AMARANTE.
Registre-se. Publique-se. Intime-se.
Trata-se de pedido de registro de candidatura do "Partido do Movimento Democrático Brasileiro", para o cargo de vereador, no Município de
AMARANTE.
Publicado o edital, decorreu o prazo legal sem impugnação.
Foram juntados os documentos exigidos pela legislação em vigor.
O Ministério Público Eleitoral manifestou-se favoravelmente ao deferimento do pedido.
É o relatório.Decido.
Foram preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado e não houve impugnação.
ISTO POSTO, DEFIRO o pedido de registro do "Partido do Movimento Democrático Brasileiro" para concorrer às Eleições Municipais 2020 no
município de AMARANTE.
Registre-se. Publique-se. Intime-se.
AMARANTE, 13 de Outubro de 2020.
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 57
SENTENÇA
Trata-se de pedido de registro de candidatura do "Partido dos Trabalhadores", para o cargo de vereador, no Município de AMARANTE.
Publicado o edital, decorreu o prazo legal sem impugnação.
Foram juntados os documentos exigidos pela legislação em vigor.
O Ministério Público Eleitoral manifestou-se favoravelmente ao deferimento do pedido.
É o relatório.Decido.
Foram preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado e não houve impugnação.
ISTO POSTO, DEFIRO o pedido de registro do"Partido dos Trabalhadores" para concorrer às Eleições Municipais 2020 no município de
AMARANTE.
SENTENÇA
Trata-se de pedido de registro de candidatura do "Partido Liberal", para o cargo de vereador, no Município de AMARANTE.
Publicado o edital, decorreu o prazo legal sem impugnação.
Foram juntados os documentos exigidos pela legislação em vigor.
O Ministério Público Eleitoral manifestou-se favoravelmente ao deferimento do pedido.
É o relatório.Decido.
Foram preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado e não houve impugnação.
ISTO POSTO, DEFIRO o pedido de registro do "Partido Liberal" para concorrer às Eleições Municipais 2020 no município de AMARANTE.
SENTENÇA
Trata-se de pedido de registro de candidatura do "Partido Progressistas", para o cargo de vereador, no Município de AMARANTE.
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 58
SENTENÇA
Trata-se de pedido de registro de candidatura do "Partido Social Democrático", para o cargo de vereador, no Município de AMARANTE.
Publicado o edital, decorreu o prazo legal sem impugnação.
Foram juntados os documentos exigidos pela legislação em vigor.
O Ministério Público Eleitoral manifestou-se favoravelmente ao deferimento do pedido.
É o relatório.Decido.
Foram preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado e não houve impugnação.
ISTO POSTO, DEFIRO o pedido de registro do "Partido Social Democrático" para concorrer às Eleições Municipais 2020 no município de
AMARANTE.
SENTENÇA
Trata-se de pedido de registro de candidatura do "Partido Verde", para o cargo de prefeito e vice-prefeito, no Município de AMARANTE.
Publicado o edital, decorreu o prazo legal sem impugnação.
Foram juntados os documentos exigidos pela legislação em vigor.
O Ministério Público Eleitoral manifestou-se favoravelmente ao deferimento do pedido.
É o relatório.Decido.
Foram preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado e não houve impugnação.
ISTO POSTO, DEFIRO o pedido de registro do "Partido Verde" para concorrer às Eleições Municipais 2020 no município de AMARANTE.
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 59
SENTENÇA
Trata-se de pedido de registro de candidatura do "Partido Social Democrático", para o cargo de prefeito e vice-prefeito, no Município de
AMARANTE.
Publicado o edital, decorreu o prazo legal sem impugnação.
Foram juntados os documentos exigidos pela legislação em vigor.
O Ministério Público Eleitoral manifestou-se favoravelmente ao deferimento do pedido.
É o relatório.Decido.
Foram preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado e não houve impugnação.
ISTO POSTO, DEFIRO o pedido de registro do "Partido Social Democrático" para concorrer às Eleições Municipais 2020 no município de
AMARANTE.
SENTENÇA
Trata-se de pedido de registro de candidatura do "Partido Verde", para o cargo de vereador, no Município de AMARANTE.
Publicado o edital, decorreu o prazo legal sem impugnação.
Foram juntados os documentos exigidos pela legislação em vigor.
O Ministério Público Eleitoral manifestou-se favoravelmente ao deferimento do pedido.
É o relatório.Decido.
Foram preenchidas todas as condições legais para o registro pleiteado e não houve impugnação.
ISTO POSTO, DEFIRO o pedido de registro do "Partido Verde" para concorrer às Eleições Municipais 2020 no município de AMARANTE.
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 60
9ª Zona Eleitoral
Editais
n 50 e 51/2020
O Excelentíssimo Senhor MARCUS KLINGER MADEIRA DE VASCONCELOS, Juiz Eleitoral, da 9ª Zona Eleitoral - FLORIANO, no uso de suas
atribuições, faz saber aos interessados que foi protocolizado neste Cartório Eleitoral, o pedido de registro em substituição, do candidato
abaixo relacionado, para concorrer às Eleições de 2020, pelo Partido Social Democrático (55 - PSD), no município de FLORIANO.
Nos termos do art. 3º da Lei Complementar n.º 64/90, c/c o Art. 34, §1º, II e III da Resolução TSE n.º 23.609/2019, caberá a qualquer
candidato(a), partido político, coligação ou ao Ministério Público Eleitoral, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação deste edital,
impugnar, em petição fundamentada, o(s) pedido(s) de registro de candidatura.
No mesmo prazo e forma, qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos, poderá dar notícia de inelegibilidade, nos termos do art. 43 da
referida Resolução.
FLORIANO, 15 de Outubro de 2020.
O Excelentíssimo Senhor MARCUS KLINGER MADEIRA DE VASCONCELOS, Juiz Eleitoral, da 9ª Zona Eleitoral - FLORIANO, no uso de suas
atribuições, faz saber aos interessados que foi protocolizado neste Cartório Eleitoral, o pedido de registro em substituição, do candidato
abaixo relacionado, para concorrer às Eleições de 2020, pelo Partido Social Democrático (55 - PSD), no município de FLORIANO.
Nos termos do art. 3º da Lei Complementar n.º 64/90, c/c o Art. 34, §1º, II e III da Resolução TSE n.º 23.609/2019, caberá a qualquer
candidato(a), partido político, coligação ou ao Ministério Público Eleitoral, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação deste edital,
impugnar, em petição fundamentada, o(s) pedido(s) de registro de candidatura.
No mesmo prazo e forma, qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos, poderá dar notícia de inelegibilidade, nos termos do art. 43 da
referida Resolução.
FLORIANO, 15 de Outubro de 2020.
MARCUS KLINGER MADEIRA DE VASCONCELOS
Juiz da 9ª Zona Eleitoral
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 61
Editais
O(A) Exmo(a) Sr(a) Dr(a) ANTÔNIO GENIVAL PEREIRA DE SOUSA, Juiz(Juíza) da 19ª Zona Eleitoral, JAICÓS/PI, por força da Lei 9.504/97.
FAZ SABER a todos que virem o presente Edital ou dele tiverem conhecimento, aos Srs. Eleitores, Fiscais e Delegados de Partidos Políticos, e
aos demais interessados, que, nos termos do Art. 120 do Código Eleitoral(Lei nº4.737/65), tendo sido processadas mudanças na sua
composição, passam as abaixo relacionadas mesas ou funções eleitorais especiais, correspondentes ao mencionado Juízo, a ser integradas
pelos substitutos abaixo discriminados no pleito: ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020 - primeiro turno e segundo turno, se houver.
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 62
1º MESÁRIO - MRV 035269331520 ANATALIA DE LIMA SILVA 041383941503 ANA PAULA APARECIDA FERREIRA 1º
SECRETÁRIO - MRV 036339401570 JOÃO EDVAN BEZERRA 035269331520 ANATALIA DE LIMA SILVA
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 63
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 64
1º MESÁRIO - MRV 021541051511 VALDENIA DE CARVALHO PACHECO LIMA 037063321546 ADJANE MAYARA COSTA
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 65
PRESIDENTE DE MRV 040474261570 ANA PAULA DE PAIVA SILVA 040472651554 DANIEL GOMES DE SOUSA
1º MESÁRIO - MRV 032420131570 HOZIELDA VELOSO DIAS 040474261570 ANA PAULA DE PAIVA SILVA
2º MESÁRIO - MRV 039214571554 NOEME LUCILENE DIAS 032420131570 HOZIELDA VELOSO DIAS 1º
SECRETÁRIO - MRV 040474271554 CARLOS COSTA SILVA 039214571554 NOEME LUCILENE DIAS
Local de Votação: 1414 - UNIDADE ESCOLAR MUNICIPAL FRANCISCO LEAL DOS SANTOS
Seçao: 132 Substituído Substituto
Função Eleitoral Inscrição Nome Inscrição Nome PRESIDENTE DE MRV
031547861597 ROSANGELA DE SOUSA VELOSO 040986001546 EDUARDO DIAS COSTA
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 66
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 67
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 68
1º SECRETÁRIO - MRV 018067911538 MARIA GELSA DE CARVALHO SANTANA 025990081503 JOSÉ AILTON MACEDO VELOSO
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 69
AUXILIAR DE SERVIÇOS ELEITORAIS 348223650108 LUCAS BRAGA DA CRUZ 044146301520 JOSE EDUARDO
BARROS PAIVA
AUXILIAR DE SERVIÇOS ELEITORAIS 040470271503 MARCIELY MAIRA DE CARVALHO 043812741503 JUSCIEL DE
CARVALHO SOUSA
AUXILIAR DE SERVIÇOS ELEITORAIS 035330741503 FRANCISCA CARLA DOS SANTOS RODRIGUES 041386961554 KARINA COSTA
VELOSO
AUXILIAR DE SERVIÇOS ELEITORAIS 041385661570 WANDERLEY VELOSO 044148011511 LUCAS SOUSA DA
SILVA
AUXILIAR DE SERVIÇOS ELEITORAIS 042013041562 PATRICK WERLY CARVALHO COSTA 044710451538 MAYARA
EMANOELLY LEAL COSTA
AUXILIAR DE SERVIÇOS ELEITORAIS 040986001546 EDUARDO DIAS COSTA 043359811570 OZÉAS DA SILVA
COSTA AUXILIAR DE SERVIÇOS ELEITORAIS 038680471554 JARINA OLIVEIRA DE SOUSA 042194761589 YURI
OLIVEIRA FERREIRA
O referido éverdade. Lavrado no Cartório Eleitoral da 19ª Zona. Eu ANTÔNIO GENIVAL PEREIRA DE SOUSA Juiz(a) da 19ª Zona Eleitoral/PI.
Em 14 de outubro de 2020.
Editais
O Exmo Sr DR. LUÍS HENRIQUE MOREIRA RÊGO, Juiz da 24ª Zona Eleitoral, JOSÉ DE FREITAS/PI, por força da Lei 9.504/97.
FAZ SABER a todos que virem o presente Edital ou dele tiverem conhecimento, aos Srs. Eleitores, Fiscais e Delegados de Partidos Políticos, e aos
demais interessados, que, nos termos do Art. 120 do Código Eleitoral(Lei nº 4.737/65), tendo sido processadas mudanças na sua composição,
passam as abaixo relacionadas mesas ou funções eleitorais especiais, correspondentes ao mencionado Juízo, a ser integradas pelos substitutos
abaixo discriminados no pleito: ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020 – primeiro turno e segundo turno, se houver.
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estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 70
Local de Votação: 1139 - UNIDADE ESCOLAR GOVERNADOR PEDRO FREITAS - SEGUNDO GRAU
___________________________________________________________________
DR LUÍS HENRIQUE MOREIRA RÊGO
Juiz a 24ª Zona Eleitoral/PI
Portarias
O Exmo. Juiz Eleitoral da 24ªZona/PI, Dr. LUÍS HENRIQUE MOREIRA RÊGO, no uso de suas atribuições legais e na forma da lei etc.
CONSIDERANDO o disposto no art. 14 da Lei nº 6.091/74, o qual determina que a Justiça Eleitoral instalará, trinta dias antes do pleito, na sede
de cada Município, Comissão Especial de Transporte e Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos Diretórios Regionais dos Partidos
Políticos, com a finalidade de colaborar na execução desta lei; ;
CONSIDERANDO os arts. 30 a 32 da Resolução TSE 23.611/2019 (Dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2020);
CONSIDERANDO que o transporte gratuito de eleitores aos locais de votação deve ocorrer sob o controle e a responsabilidade deste Juízo e
que a legislação vigente estabelece regras e critérios para a requisição de veículos públicos e privados para o respectivo transporte, atribuindo
aos juízes de cada zona, observadas as peculiaridades locais, o cadastramento e a definição dos itinerários;
CONSIDERANDO as indicações feitas pelas Coligações e Diretórios Partidários regulares nos Municípios de José de Freitas/PI, sede deste Juízo
Eleitoral.
RESOLVE:
Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação, a seguir relacionados:
1 - ANTÔNIO CARLOS NEVES DA SILVA - Inscrição Eleitoral: 0400.5026.1520
2 - EDIMILSON ALVES VIANA - Inscrição Eleitoral: 0055.7694.1562
3 - FRANCISCO ALVES NUNES - Inscrição Eleitoral: 0179.5291.1538
4 - FRANCISCO DAS CHAGAS DA COSTA ARAÚJO - Inscrição Eleitoral: 0179.5291.1538
5 - MANOEL PEREIRA DAS NEVES - Inscrição Eleitoral: 0158.5063.1538
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 71
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastrarão, até o dia 14/11/2020 às 12 horas, no Cartório Eleitoral, os veículos e motoristas
que atuarão nas rotas a serem definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação correspondente;
Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de eleitores,
ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão, e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da lei;
Art. 4º – O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado até o dia 31/10/2020, através de
Edital publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral;
Art. 5º - Fica consignado que motoristas com habilitação vencida não podem transportar eleitores;
Art. 6º – Dentre os veículos públicos requisitados dar-se-á preferência aos ônibus, micro-ônibus, vans e assemelhados, tendo em vista serem
mais adequados às políticas de prevenção contra a COVID-19;
Art. 8° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, e serve como documento formal de instalação da Comissão Especial de
Transporte de Eleitores.
Intime-se o Ministério Público Eleitoral.
Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.
José de Freitas/PI, 16 de outubro de 2020.
Portarias
Portaria - Zona Eleitoral - 4 - 31A ZONA
O Dr. KELSON CARVALHO LOPES DA SILVA, MM. Juiz da 31ª Zona Eleitoral desta cidade e Comarca de Palmeirais, Estado do Piauí, no uso de
suas atribuições legais, etc...
RESOLVE:
I –DESDOBRAR, a JUNTA ELEITORAL desta 31ª Zona, que funcionará sob a sua presidência, de acordo o art. 38, §§1º e 3º, do Código Eleitoral,
em duas turmas com a composição designada ao final desta portaria. A presidência de cada turma caberá a um membro da Junta Eleitoral
previamente designado pelo egrégio Tribunal Regional Eleitoral, nos termos do Edital publicado no Diário da Justiça Eleitoral de nº 173/2020,
datado de 16/09/2020, pág. 462:
TURMA “1”
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TURMA “2”
PUBLIQUE-SE, E CUMPRA-SE.
Palmeirais/PI, 14/10/2020
Portarias
Portaria - Zona Eleitoral Nº 8/2020 TRE/32A ZONA, de 15 de outubro de 2020.
PORTARIA Nº 4/2020
INSTALAÇÃO DA COMISSÃO DE TRANSPORTE
A Exma. Juíza Eleitoral da 32ªZona/PI (Municípios Altos, Coivaras e Pau Darco do Piauí, Dr(a). Carmen Maria Paiva Ferraz Soares, no uso de
suas atribuições legais e na forma da lei etc.: CONSIDERANDO o disposto no Art. 14 da Lei 6.091/74 (Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta
dias antes do pleito, na sede de cada Município, Comissão Especial de Transporte e Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos
Diretórios Regionais dos Partidos Políticos Nacionais, com a finalidade de colaborar na execução desta lei.); CONSIDERANDO os arts. 30 a 32
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 73
da Resolução TSE 23.611/2019 (Dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2020) CONSIDERANDO as indicações feitas
pelas Coligações Partidárias regulares nos Municípios de Altos, Coivaras e Pau D ‘ arco do Piauí. CONSIDERANDO os eleitores deste Juízo
Eleitoral. RESOLVE:Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação a seguir relacionados:
I – ALTOS:
Diogo Mendes Rezende – Vice – Presidente
José Brasilino dos Santos Neto – (Presidente)
Fábio Alves
Cristino Inácio de Oliveira Júnior
II – PAU D’ ARCO DO PIAUÍ:
Francisco das Chagas Ferreira de Andrade(Presidente);
Pastor Carvalho(Vice-Presidente);
III – COIVARAS
Alipe Ribeiro da Silveira(Vice – Prefeito)
Sebastião Sepúlveda de Lavor(Presidente)
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastraram, até o dia 15/10/2020, 13h, no Cartório Eleitoral, os veículos e motoristas que
atuarão nas rotas definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação correspondente de motoristas e
veículos; Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de
eleitores, ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da
lei; Art. 4º – O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado no dia 21/10/2020, através de
Edital publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral; Art. 5° - Esta Portaria entra em vigor na data de
sua publicação. Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.Altos-PI, 15 de outubro de 2020. Dra. Carmen Maria Paiva Ferraz Soares,Juíza do Cartório
Eleitoral da 32ª ZE.
Portarias
O Exmo. Juiz Eleitoral da 33ªZona/PI, Dr. JOSÉ CARLOS DA FONSECA LIMA AMORIM, no uso de suas atribuições legais e na forma da lei etc.
CONSIDERANDO o disposto no Art. 14 da Lei 6.091/74 (Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta dias antes do pleito, na sede de cada
Município, Comissão Especial de Transporte e Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos Diretórios Regionais dos Partidos Políticos
Nacionais, com a finalidade de colaborar na execução desta lei.);
CONSIDERANDO os arts. 30 a 32 da Resolução TSE 23.611/2019 (Dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2020).
CONSIDERANDO as indicações feitas pelas Coligações e Diretórios Partidários regulares nos Municípios de Bom Princípio do Piauí, Buriti dos
Lopes, Caraúbas do Piauí e Caxingó.
RESOLVE:
Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação, a seguir relacionados:
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
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IV –Caxingó:
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastrarão, até o dia 14/11/2020 às 17 horas, no Cartório Eleitoral, os veículos e
motoristas que atuarão nas rotas a serem definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação
correspondente;
Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de eleitores,
ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão, e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da lei;
Art. 4º –O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado no dia 31/10/2020, através de Edital
publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral;
Art. 5º - Fica consignado que motoristas com habilitação vencida não podem transportar eleitores;
Art. 6º –O transporte será realizado por veículo afetado a órgão público, a partir de informações a serem oportunamente enviadas a esse Juízo
Eleitoral, e dentre os veículos públicos requisitados dar-se-á preferência aos ônibus, micro-ônibus, vans e assemelhados, tendo em vista serem
mais adequados às políticas de prevenção contra a COVID-19;
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Art. 8° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, e serve como documento formal de instalação da Comissão Especial de
Transporte de Eleitores.
Despachos
ATA Nº 6
Aos quatorze dias do mês de outubro do ano de dois mil e vinte (14/10/2020), às doze horas, no sentido de evitar aglomeração devido às
medidas preventivas de combate à Covid-19, foi realizada reunião virtual na modalidade on line, pela plataforma WEBEX, por meio do link:
https://cnj.webex.com/join/rostonio, para tratar acerca da propaganda eleitoral, sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Doutor
ROSTONIO UCHÔA LIMA OLIVEIRA, Juiz Eleitoral da 37ª Zona Eleitoral de Simplício Mendes/PI, presente a Excelentíssima Senhora Doutora
EMMANUELLE MARTINS NEIVA DANTAS RODRIGUES BELO, Promotora Eleitoral atuante nesta 37ª Zona/PI, comigo Francisca Aparecida Leite,
chefe do cartório, e o servidor requisitado José Francisco Alves de Sousa, Assistente I, presentes, os representantes das coligações/partidos
políticos dos municípios integrantes do Juízo Eleitoral da 37ª Zona/PI; no Município de Simplício Mendes/PI: representando a coligação a
“EXPERIÊNCIA FAZ A DIFERENÇA” (MDB, DEM, PTB, PSL, PL, REPUBLICANOS): Avelar de Sousa Lopes, Fabilson Araújo dos Santos (advogado)
Ruan Costa Borges e Claudi Pinheiro de Araújo (advogado); representando a coligação “SIMPLÍCIO MENDES NÃO PODE PARAR” (PSD, PDT, PP,
PT, PC do B): Fabiana Mendes de Oliveira Barbosa da Cruz (advogada) e Lourinaldo da Rocha Pita; no Município de Bela Vista do Piauí/PI,
representando a coligação “O POVO QUER A MUDANÇA” (PT, MDB): Edimá Luis de Sousa; representando o PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO
(PSD): Rafael da Costa Vieira (advogado); no município de Socorro do Piauí: representando a coligação “JUNTOS PARA O TRABALHO
CONTINUAR (PP/PL/MDB)”: José Jair dos Santos Ferreira; representando a coligação “JUVENTUDE E PROGRESSO (PSD/PT/PTB)“: Eduardo
Lobão Salim Coelho (advogado); presentes também, os representantes dos órgãos municipais de saúde: no município de Simplício Mendes:
Walfredo Augusto de Santana e o diretor municipal de vigilância sanitária Carlos Roberto; no município de Bela Vista do Piauí: Josimeire Soares
Almeida, os quais apresentaram estatística dos casos do covid-19 em cada município; os representantes dos órgãos municipais de saúde de
Socorro do Piauí: Maria Madalena da Silva e Noé Avelino só conseguiram se conectar no computador da Prefeitura, razão porque ficaram só
como ouvintes. Declarada aberta a reunião, fazendo uso da palavra, o MM. Juiz Eleitoral agradece a presença de todos, dando boas vindas aos
presentes, esclarecendo que o objetivo do encontro é para tratar de atos de propaganda eleitoral, como carreatas, comícios, reuniões e/ou
outras modalidades de propaganda, voltadas à responsabilidade social de todos os envolvidos no processo eleitoral, com adoção de medidas
preventivas à propagação da infecção pelo novo coronavírus – Covid-19, nos municípios de Simplício Mendes/PI, Socorro do Piauí/PI e Bela
Vista do Piauí/PI. Com o uso da palavra a Excelentíssima Senhora Promotora Eleitoral ressaltou que, para diminuir a possibilidade de contágio
e risco de contaminação do Covid-19, seria necessário a proibição de carreatas, comícios, reuniões com grande aglomeração de pessoas,
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 76
orientando que fossem usadas as redes sociais para fins de resguardar a saúde da população. Com a palavra, o MM. Juiz Eleitoral consultou os
representantes dos órgãos partidários dos três municípios supramencionados, acerca dessa proibição, os quais disseram concordar desde que
fossem autorizadas pequenas reuniões com até 100 pessoas. Os representantes da Coligação “EXPERIÊNCIA FAZ A DIFERENÇA” (MDB, DEM,
PTB, PSL, PL, REPUBLICANOS) sustentaram que a coligação da oposição já fez uma carreata, de modo que seria necessário, em razão da
isonomia, assegurar o direito à coligação também realizar uma carreata. A Coligação informou que concorda em não realizar comícios e
passeatas, bem como reuniões limitadas a 100 pessoas, resguardando-se o distanciamento mínimo. O MM. Juiz Eleitoral informou que as
coligações não estavam obrigadas a acordarem quanto aos termos da campanha, mas ressaltou a importância e responsabilidade dos
candidatos em minimizarem os riscos de contágio. Restou acordado entre os representantes das coligações dos Municípios de Bela Vista do
Piauí e Socorro do Piauí pela não realização de carreatas, passeatas, comícios e outros eventos semelhantes que promovam a aglomeração de
pessoas, que sejam difíceis de aferir o distanciamento social, autorizadas as pequenas reuniões com no máximo 100 pessoas, em locais que
seja possível resguardar o distanciamento social mínimo de dois metros entre participantes, com a finalidade de evitar a disseminação da
Infecção Humana pelo Coronavírus (COVID-19), recomendando a disponibilização de álcool 70º (gel ou líquido) para higienização das mãos,
exigência do uso de máscaras, proibição da permanência dos que não as usarem, orientação para que as pessoas evitem o contato físico direto
entre os presentes, ou seja, sem apertos de mãos, abraços e beijos, comuns nas campanhas eleitorais. Quanto ao Município de Simplício
Mendes - PI, acordaram as coligações pela não realização de comícios e passeatas, bem como reuniões com mais de 100 pessoas. Quanto as
carreatas, a questão restou pendente de deliberação. O Ministério Público ressaltou que em caso de inexistência de acordo neste ponto iria
continuar a ajuizar as ações que entender cabíveis. Ao final, tendo as partes livremente acordado com os termos de realização dos atos de
campanha eleitoral, o MM. Juiz Eleitoral o homologou, advertindo que o descumprimento das medidas acordadas nesta reunião ensejará ao
infrator a responsabilização civil e penal, pela eventual caracterização de crime contra a saúde pública, bem como interdição com o emprego
de força policial.
TERMOS DO ACORDO: Fica acordado entre todos os representantes dos órgãos partidários dos municípios de Socorro do Piauí/PI e Bela Vista
do Piauí/PI, que fica PROIBIDA a realização de carreatas, passeatas, comícios e quaisquer eventos que promovam a aglomeração de pessoas e
que sejam difíceis de aferir o distanciamento social. Fica acordado entre os representantes das coligações do Município de Simplício Mendes
que fica que fica PROIBIDA a realização de passeatas, comícios e quaisquer eventos que promovam a aglomeração de pessoas e que sejam
difíceis de aferir o distanciamento social. AUTORIZADO SOMENTE as pequenas reuniões com número máximo de 100 pessoas em locais que
seja possível resguardar o distanciamento social mínimo de dois metros, com cadeiras, disponibilização de álcool 70º (gel ou líquido) para
higienização das mãos, exigência do uso de máscaras, proibição da permanência dos que não as usarem, orientação para que as pessoas
evitem o contato físico direto entre os presentes, ou seja, sem apertos de mãos, abraços e beijos, comuns nas campanhas eleitorais.
Nada mais havendo a ser tratado, deram-se por encerrados os trabalhos. E, para constar, eu, _________________FRANCISCA APARECIDA
LEITE, Secretária da Reunião, lavrei a presente ata, autuei no Sistema Eletrônico de Informações – SEI, que depois de lida e achada conforme,
segue assinada pelo Excelentíssimo Senhor Juiz Eleitoral, o Doutor ROSTONIO UCHÔA LIMA OLIVEIRA, pela Senhora Doutora EMMANUELLE
MARTINS NEIVA DANTAS RODRIGUES BELO, Promotora Eleitoral, bem como pelos servidores deste cartório.
Editais
O(A) Exmo(a) Sr(a) Dr(a) LIDIANE SUÉLY MARQUES BATISTA, Juiz(Juíza) da 45ª Zona Eleitoral, BATALHA/PI, por força da Lei 9.504/97. FAZ
SABER a todos que virem o presente Edital ou dele tiverem conhecimento, aos Srs. Eleitores, Fiscais e Delegados de Partidos Políticos, e aos
demais interessados, que, nos termos do Art. 120 do Código Eleitoral(Lei nº 4.737/65), tendo sido processadas mudanças na sua composição,
passam as abaixo relacionadas mesas ou funções eleitorais especiais, correspondentes ao mencionado Juízo, a ser integradas pelos substitutos
abaixo discriminados no pleito: ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020 - primeiro turno e segundo turno, se houver.
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 77
1º MESÁRIO - MRV 038547171511 THIAGO SOARES BALTAR 023197531562 MARIA DA CONCEIÇÃO ALVES DE MESQUITA 2º MESÁRIO - MRV
042653591520 CAROLYNE CARVALHO CAXIAS 043866871554 DANIEL NUNES DOS SANTOS
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 78
2º MESÁRIO - MRV 024846831503 ARGILANO DE ALMEIDA MACHADO044494671503 ÉRICA MARIA SOBRINHO DE ALMEIDA 1º SECRETÁRIO -
MRV 035109541589 CINTHYA FONTINELE MELO 017344301511 JOAO MESSIAS MEDEIROS DE CARVALHO
1º SECRETÁRIO - MRV 024311211597 BERNARDINA ROSA ANANIAS 042297051520 CARLA CRISTINA CUNHA AMARAL
Seçao: 2 Substituído Substituto
Função Eleitoral Inscrição Nome Inscrição Nome 2º MESÁRIO - MRV 022279091511 ANGÉLICA DA CRUZ COSTA NUNES QUARESMA
040921521520 LUANA KELLY DA SILVA SOARES
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 79
PRESIDENTE DE MRV 021099451562 GILMAR CARVALHO DA SILVA 042651761503 ANTONIO NASCIMENTO CARVALHO 2º MESÁRIO - MRV
042651761503 ANTONIO NASCIMENTO CARVALHO 040923651570 SONIA MARIA CARVALHO DE ALMEIDA
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 80
Eu, Samir Batista Bezerra Torres, Chefe do Cartório da 45ª Zona Eleitoral/PI, digitei o presente edital.
Em 16 de outubro de 2020.
Editais
EDITAL Nº 029/2020
O(A) Exmo(a) Sr(a) Dr(a) DR JOÃO DE CASTRO SILVA, Juiz(Juíza) da 48ª Zona Eleitoral, ELESBÃO VELOSO/PI, por força da Lei 9.504/97.
FAZ SABER a todos que virem o presente Edital ou dele tiverem conhecimento, aos Srs. Eleitores, Fiscais e Delegados de Partidos Políticos, e
aos demais interessados, que, nos termos do Art. 120 do Código Eleitoral(Lei nº 4.737/65), tendo sido processadas mudanças na sua
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 81
composição, passam as abaixo relacionadas mesas ou funções eleitorais especiais, correspondentes ao mencionado Juízo, a ser integradas
pelos substitutos abaixo discriminados no pleito: ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020 - primeiro turno e segundo turno, se houver.
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 82
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 83
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 84
Portarias
PORTARIA Nº 006/2020
O Exmo. Juiz Eleitoral da 56ªZona/PI (Com sede em Simões), Dr. Clayton Rodrigues de Moura Silva, no uso de suas atribuições legais e na
forma da lei etc.:
CONSIDERANDO o disposto no Art. 14 da Lei 6.091/74 (Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta dias antes do pleito, na sede de cada
Município, Comissão Especial de Transporte e Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos Diretórios Regionais dos Partidos Políticos
Nacionais, com a finalidade de colaborar na execução desta lei.);
CONSIDERANDO os arts. 30 a 32 da Resolução TSE 23.611/2019 (Dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2020).
CONSIDERANDO as indicações feitas pelos Diretórios Partidários regulares nos Municípios de Simões, Caridade do Piauí e Curral Novo do Piauí
RESOLVE:
Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação, a seguir relacionados:
I – Simões:
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
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II – Caridade do Piauí:
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastrarão, no Cartório Eleitoral, os veículos e motoristas que atuarão nas rotas a serem
definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação correspondente;
Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de eleitores,
ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão, e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da lei;
Art. 4º – O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado no dia 31/10/2020, através de Edital
publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral;
Art. 5° - Esta Portaria entra em vigor com efeitos retroativos a partir do dia 16 de outubro de 2020.
Portarias
PORTARIA Nº 01/2020
O Exmo. Juiz(íza) Eleitoral da 58ªZona/PI (Monsenhor Gil.), Dr. Sílvio Valois Cruz Júnior, no uso de suas atribuições legais e na forma da lei
etc.:
CONSIDERANDO o disposto no Art. 14 da Lei 6.091/74 (Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta dias antes do pleito, na sede de cada
Município, Comissão Especial de Transporte e Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos Diretórios Regionais dos Partidos Políticos
Nacionais, com a finalidade de colaborar na execução desta lei.);
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estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
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CONSIDERANDO os arts. 30 a 32 da Resolução TSE 23.611/2019 (Dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2020).
CONSIDERANDO as indicações feitas pelos Diretórios Partidários regulares no(s) Município(s) de Monsenhor Gil, Curralinhos e Miguel Leão.
RESOLVE:
Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação, a seguir relacionados:
I – MONSENHOR GIL
II – MIGUEL LEÃO
III – CURRALINHOS
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastrarão, até o dia 21/10/2020 às 10h, no Cartório Eleitoral, os veículos e motoristas que
atuarão nas rotas a serem definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação correspondente;
Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de eleitores,
ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão, e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da lei;
Art. 4º – O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado no dia 31/10/2020, através de Edital
publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral;
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
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Editais
O Excelentíssimo Senhor GENECI BENEVIDES RIBEIRO, Juiz Eleitoral, da 62ª Zona Eleitoral - PICOS, no uso de suas atribuições, faz saber aos
interessados que foi protocolizado neste Cartório Eleitoral, o pedido de registro em substituição, do candidato abaixo relacionado, para
concorrer às Eleições de [ANO_ELEIÇÃO], pelo Partido Social Democrático (55 - PSD), no município de(o) GEMINIANO.
Candidato substituto: 55888 - MARIA ALVES FRANCISCA DE LIMA - MARIA ALVES Candidato Substituído: 55779 - MARIA CONCEIÇÃO DAS
MERCES - CONCEIÇÃO LERIANO
Nos termos do art. 3º da Lei Complementar n.º 64/90, c/c o Art. 34, §1º, II e III da Resolução TSE n.º 23.609/2019, caberá a qualquer
candidato(a), partido político, coligação ou ao Ministério Público Eleitoral, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação deste edital,
impugnar, em petição fundamentada, o(s) pedido(s) de registro de candidatura.
No mesmo prazo e forma, qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos, poderá dar notícia de inelegibilidade, nos termos do art. 43 da
referida Resolução.
Editais
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
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A Exma Sra Dra LUCIANA CLÁUDIA MEDEIROS DE SOUZA BRILHANTE, Juíza da 067ª Zona Eleitoral, MANOEL EMÍDIO/PI , por força da Lei nº
9.504/97,
FAZ SABER a todos os que virem o presente Edital ou dele tiverem conhecimento, aos Srs. Eleitores, Candidatos, Fiscais e Delegados de
Partidos Políticos, e aos demais interessados, que foram nomeadas as pessoas abaixo relacionadas, com os respectivos números dos títulos e
funções que desempenharão no pleito (ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020 - primeiro turno e segundo turno, se houver):
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Os motivos justos para recusa que tiverem os nomeados - da livre apreciação do Juiz - somente poderão ser alegados até 5 (cinco) dias
contados da nomeação, salvo se sobrevindos depois desse prazo.
Por outro lado, o nomeado que não comparecer ao local, em dia e hora determinados para a realização do pleito, sem justa causa apresentada
até 30 (trinta) dias após, incorrerá nas sanções previstas na legislação eleitoral.
E, para amplo conhecimento de todos os interessados, especialmente aos eleitores pertencentes à067ª Zona Eleitoral MANOEL EMÍDIO/PI, foi
publicado o presente edital no jornal oficial, onde houver, e, não havendo, em Cartório, contendo as nomeações feitas, ficando os
nomeados intimados a comparecerem no dia,hora e lugares designados.
Eu, LUCIANA CLÁUDIA MEDEIROS DE SOUZA BRILHANTE, Juíza da 067ª Zona Eleitoral, assino.
Em 15 de setembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por LUCIANA CLAUDIA
MEDEIROS DE SOUZA, Juiz Eleitoral, em 16/10/2020, às 10:02,
conforme art. 1º, §2º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
Editais
n 53 a 55/2020
O Exmo Sr. Dr. Raniere Santos Sucupira, Juiz da 071ª Zona Eleitoral, CAPITÃO DE CAMPOS/PI .
FAZ SABER a todos os que o presente Edital virem ou dele conhecimento tiverem, aos Srs. Eleitores, Candidatos, Fiscais e Delegados de
Partidos Políticos, e a quem interessar possa, a instalação das COMISSÕES DE TRANSPORTE DE ELEITORES DOS MUNICÍPIOS DE CAPITÃO DE
CAMPOS/PI, BOQUEIRÃO DO PIAUÍ/PI E COCAL DE TELHA/PI PARA AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2020, com fulcro art. 40 da Lei nº 6.091/74,
sendo a composição a seguinte: Capitão de Campos os nomeados são: Átila Vieira de Melo, CPF 003.660.493-30, Edilson Higino de
Vasconcelos, CPF 152.726.723-72, João Luiz Bona, CPF: 067.023.333-15, Manoel Luis Carvalho Teixeira, CPF: 787.754.423-53, para o município
de Cocal de Telha os senhores, Argeu Rangel Filho, CPF 535.786.358-04, Isaias Gomes de Sousa Júnior, CPF 603.814.153-76, Edvaldo Alves
Macedo, CPF 240.898.343-68, Antônio Costa Santos, CPF 354.099.163-87 e para o município de Boqueirão do Piauí os senhores, Francivaldo
Sales dos Santos, CPF: 044.274.013-17, José Vitor Filho, CPF: 337.234.945-87, José Mariano de Brito, CPF 761.440.543-91 e João Francisco
Gomes Pereira, CPF 837.163.863-91. E, para conhecimento de todos os interessados, especialmente aos eleitores pertencentes à 071ª Zona
Eleitoral, com sede em CAPITÃO DE CAMPOS/PI, será publicado o presente Edital no Diário de Justiça Eletrônica do Tribunal Regional Eleitoral
do Estado do Piauí e no Cartório Eleitoral, no lugar de costume.
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 90
O Dr. Raniere Santos Sucupira, Juiz Eleitoral da 71ª Zona Eleitoral do Piauí, por força do disposto no art. 63, §§ 2º e 4ª, da Resolução TSE nº
23.611/2019 TSE e art.6º § 2º Resolução TRE/PI Nº 390/2020).
CONVOCA os partidos políticos, as coligações, o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil para acompanhar o procedimento de
geração das mídias a que se refere o art. 63, § 2º , da Resolução TSE nº 23.611/2019 TSE e art.6º § 2º Resolução TRE/PI Nº 390/2020), dos
Municípios de Boqueirão do Piauí, Capitão de Campos e Cocal de Telha, que será realizada no dia 04 de novembro de 2020, às 08:00
horas(oito)horas, no Cartório Eleitoral da 71ª ZE, localizado na Rua Presidente Getúlio Vargas, S/N, Centro, cidade de Capitão de Campos,
Estado do Piauí.
E, para que ninguém possa alegar ignorância, mandou o MM. Juiz da 71ª Zona Eleitoral expedir o presente edital que será publicado no DJE e
afixado no lugar público de costume deste Cartório Eleitoral. Dado e passado nesta Cidade de Capitão de Campos, Estado do Piauí, aos
dezesseis dias do mês de outubro do ano de dois mil e vinte (16.10.2020). Eu,_______ José Roberto de Sousa Brito, Chefe de Cartório da 71ª
Zona Eleitoral, o digitei e subscrevi.
O Dr. Raniere Santos Sucupira, Juiz Eleitoral da 71ª Zona Eleitoral do Piauí, por força do disposto nos arts. 66 e 67, da Resolução TSE nº
23.611/2019 e art.8º da Resolução TRE/PI nº 390/2020.
CONVOCA os partidos políticos e as coligações, o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil para audiência de (1) Preparação e
Lacração das Urnas de Votação, Justificativa e Contingência, (2) Acondicionamento em Envelopes Lacrados dos Cartões de Memória de Carga e
de Votação para Contingência e (3) Verificação e Lacração de Urnas de Lona para as Eleições Municipais de 2020 na 71ª Zona Eleitoral e
(municípios de Boqueirão do Piauí, Capitão de Campos e Cocal de Telha), que será realizada no dia 05 de novembro de 2020, às 08:00
horas(oito)horas, no auditório do Fórum da Comarca de Capitão de Campos-PI, localizado na Avenida Santos Dumont, 335, bairro Centro,
cidade de Capitão de Campos, Estado do Piauí, sob a responsabilidade dos técnicos a seguir relacionados (art. 67, parágrafo único da
Resolução TSE nº 23.611/2019):
CRISLENE CARVALHO DE ALCÂNTARA
ERIC DYONNYS DO LIVRAMENTO
FRANCISCO RICARDO LOPES LIMA
JOSÉ ROBERTO DE SOUSA BRITO
MARIA DILMA DE ANDRADE GOMES CARVALHO
MARCOS BRENO ALCANTARA MARTINS
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 91
Portarias
O Exmo. Juiz Eleitoral da 71ª Zona/PI, composta pelos municípios de Boqueirão do Piauí, Capitão de Campos e Cocal de Telha, Dr. Raniere
Santos Sucupira, no uso de suas atribuições legais e na forma da lei etc.:
CONSIDERANDO o disposto no Art. 14 da Lei 6.091/74 (Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta dias antes do pleito, na sede de cada
Município, Comissão Especial de Transporte e Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos Diretórios Regionais dos Partidos Políticos
Nacionais, com a finalidade de colaborar na execução desta lei.);
CONSIDERANDO os arts. 30 a 32 da Resolução TSE 23.611/2019 (Dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2020).
CONSIDERANDO as indicações feitas pelos Diretórios Partidários regulares no(s) Municípios de Boqueirão do Piauí, Capitão de Campos e Cocal
de Telha.
CONSIDERANDO os eleitores indicados pelo juízo eleitoral.
RESOLVE:
Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação, a seguir relacionados:
I – Município de Boqueirão do Piauí:
a) João Francisco Gomes Pereira, CPF: 837.163.863-91
b) Francivaldo Sales dos Santos, CPF: 044.274.013-17
c) José Vitor Filho, CPF: 337.234.945-87
d) José Mariano de Brito, CPF 761.440.543-91
II – Município de Capitão de Campos:
a) Átila Vieira de Melo, CPF 003.660.493-30
b) Edilson Higino de Vasconcelos, CPF 152.726.723-72
c) João Luiz Bona, CPF: 067.023.333-15
d) Manoel Luis Carvalho Teixeira, CPF: 787.754.423-53,
III – Município de Cocal de Telha:
a) Edvaldo Alves Macedo, CPF 240.898.343-68
b) Antônio Costa Santos, CPF 354.099.163-87
c) Argeu Rangel Filho, CPF 535.786.358-04
d) Isaias Gomes de Sousa Júnior, CPF 603.814.153-76
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastrarão, até o dia 28/10/2020 às 10:00 h, no Cartório Eleitoral, os veículos e motoristas
que atuarão nas rotas a serem definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação correspondente;
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 92
Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de eleitores,
ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão, e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da lei;
Art. 4º – O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado no dia 31/10/2020, através de Edital
publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral;
Art. 5° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Intime-se o Ministério Público Eleitoral.
Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.
Capitão de Campos-PI, 15 de outubro de 2020.
__________________________
Raniere Santos Sucupira
JUIZ ELEITORAL DA 71ª ZE-PI
Portarias
O Exmo. Juiz Eleitoral da 83ª Zona/PI (Município de Paes Landim - PI), Dr. LEON EDUARDO RODRIGUES SOUSA, no uso de suas atribuições
legais e na forma da lei etc.:
CONSIDERANDO o disposto no Art. 14 da Lei 6.091/74 (Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta dias antes do pleito, na sede de cada
Município, Comissão Especial de Transporte e Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos Diretórios Regionais dos Partidos Políticos
Nacionais, com a finalidade de colaborar na execução desta lei.);
CONSIDERANDO os arts. 30 a 32 da Resolução TSE 23.611/2019 (Dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2020).
CONSIDERANDO que a indicação dos Membros de Diretórios Partidários regulares no Município de Paes Landim - PI, para participarem, da
referida comissão.
RESOLVE:
Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação, a seguir relacionados:
I –PAES LANDIM - PI
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 93
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastrarão, até o dia 28/10/2020 às 19:00h, no Cartório Eleitoral, os veículos e motoristas
que atuarão nas rotas a serem definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação correspondente;
Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de eleitores,
ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão, e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da lei;
Art. 4º –O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado no dia 31/10/2020, através de Edital
publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral;
Portarias
Nomeia os integrantes da Comissão Especial de Transportes desta 90ª Zona Eleitoral do Piauí para as Eleições Municipais 2020.
O EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. RAFAEL MENDES PALLUDO, JUIZ ELEITORAL DESTA 90ª ZONA ELEITORAL DO PIAUÍ, no uso de suas
atribuições legais e regulamentares,
Considerando o disposto no art. 14 da Lei 6.091/74 (Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta dias antes do pleito, na sede de cada Município,
Comissão Especial de Transporte e Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos Diretórios Regionais dos Partidos Políticos Nacionais,
com a finalidade de colaborar na execução desta lei.);
Considerando os arts. 30 a 32 da Resolução TSE 23.611/2019 (Dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2020);
Considerando as indicações feitas pelos Diretórios Partidários regulares nos Municípios de Conceição do Canindé e São Francisco de Assis do
Piauí,
RESOLVE:
Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação, a seguir relacionados:
I – Município 1: Conceição do Canindé/PI
a) José Francisco de Sousa
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 94
II – Município 2:
a) Carlito Gregório de Sousa
b) Gilvan Elísio Gomes
c) Marcelino Luís de Sousa
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastrarão, até o dia 23/10/2020, por e-mail, no Cartório Eleitoral, os veículos e motoristas
que atuarão nas rotas a serem definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação correspondente;
Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de eleitores,
ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão, e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da lei;
Art. 4º – O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado no dia 31/10/2020, através de Edital
publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral;
Art. 5° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Intime-se o Ministério Público Eleitoral.
Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.
Simplício Mendes/PI, 15 de outubro de 2020.
Portarias
Portaria - Zona Eleitoral - 5 - 92A ZONA
O Dr. Jorge Cley Martins Vieira, Juiz Titular da 92.ª Zona Eleitoral, Aroazes/PI, no uso de suas atribuições legais,
RESOLVE:
Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação, a seguir relacionados:
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastrarão, até o dia 28/10/2020 às 19:00 h, no Cartório Eleitoral, os veículos e motoristas
que atuarão nas rotas a serem definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação correspondente;
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 95
Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de eleitores,
ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão, e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da lei;
Art. 4º –O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado no dia 31/10/2020, através de Edital
publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral;
Editais
JUSTIÇA ELEITORAL
O Excelentíssimo Senhor José Osvaldo de Sousa, Juiz Eleitoral, da 94ª Zona Eleitoral - OEIRAS, faz saber aos interessados que foram
protocolizados neste Cartório Eleitoral, pelo(a) 11 - PP, o registro do(a) candidato(a) abaixo relacionado(a) em vaga remanescente, nos termos
do art. 10 § 5º da Lei n.º 23.609/2019, para concorrer às Eleições de 2020, no Município de COLÔNIA DO PIAUÍ.
Vereador
Nos termos do art. 3º da Lei Complementar n.º 64/90, c/c o Art. 34, §1º, II e III da Resolução TSE n.º 23.609/2019, caberá a qualquer
candidato, partido político, coligação ou ao Ministério Público Eleitoral, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação deste edital,
impugnar, em petição fundamentada, o pedido de registro de candidatura.
No mesmo prazo e forma, qualquer cidadão, no gozo de seus direitos políticos poderá dar notícia de inelegibilidade, nos termos do art.44 da
referida Resolução.
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 96
Portarias
O Exmo. Juiz Eleitoral da 94ªZona/PI (Municípios São Francisco do Piauí, São Miguel do Fidalgo, Cajazeiras do Piauí, Colônia do Piauí,
Dr. José Osvaldo de Sousa, no uso de suas atribuições legais e na forma da lei etc.:
CONSIDERANDO o disposto no Art. 14 da Lei 6.091/74 (Art. 14. A Justiça Eleitoral instalará, trinta dias antes do pleito, na sede de cada
Município, Comissão Especial de Transporte e Alimentação, composta de pessoas indicadas pelos Diretórios Regionais dos Partidos Políticos
Nacionais, com a finalidade de colaborar na execução desta lei.);
CONSIDERANDO os arts. 30 a 32 da Resolução TSE 23.611/2019 (Dispõe sobre os atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2020).
CONSIDERANDO as indicações feitas pelos Diretórios Partidários regulares nos Municípios de São Francisco do Piauí, São Miguel do Fidalgo,
Cajazeiras do Piauí, Colônia do Piauí.
RESOLVE:
Art. 1°- Nomear os integrantes da Comissão Especial de Transportes e Alimentação, a seguir relacionados:
Diário da Justiça Eletrônico - Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 97
Art. 2° - Os membros da Comissão de Transportes cadastrarão, até o dia 29/10/2020 às 10:00h, no Cartório Eleitoral, os veículos e motoristas
que atuarão nas rotas a serem definidas no quadro geral de percursos, devendo, ainda encaminhar a documentação correspondente;
Art. 3º - Somente os veículos cadastrados e identificados com a Faixa "A Serviço da Justiça Eleitoral" poderão realizar transporte de eleitores,
ficando os que não cumprirem esses requisitos, sujeitos a multa e apreensão, e seus condutores e proprietários sujeitos às penas da lei;
Art. 4º – O quadro geral de percursos, com as rotas, veículos e locais de chegada e partida será divulgado no dia 31/10/2020, através de Edital
publicado na sede do Cartório Eleitoral e Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral;
Despachos
DESPACHO
Ante a informação retro, INTIME-SE a parte, através do seu advogado constituído para que, querendo, realize o preenchimento de novo
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Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 98
formulário de Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) após a reabertura do cadastro que deverá ocorrer em 09/12/2020, objetivando a
regularização de sua situação.
Cumpra-se.
Após, arquive-se.
Aviso de Intimação
Processo 0600131-27.2020.6.18.0094
SENTENÇA
SENTENÇA
Vistos, etc;
Trata-se de REPRESENTAÇÃO ELEITORAL –Propaganda Irregular (fora de prazo) - envolvendo as partes acima, onde o representante alega
em síntese, que os representados Lúcia de Fátima Barroso Moura de Abreu Sá, José Gomes da Silva e Carmilson Soares de Sousa estariam
fazendo propaganda eleitoral extemporânea no município de Colônia do Piauí/PI; uma vez que no dia 19 de setembro do corrente ano,
promoveram uma carreata de motocicletas e ainda fizeram concentração política na Churrascaria Jamaica, com distribuição de bebidas
alcoólicas e de combustíveis e com solta de fogos que durou das 15:00h às 22:30h. Aduzem também que a campanha eleitoral só poderia
começar no dia 27 do corrente mês e ano, e mesmo assim, sabendo disso, os representados estariam divulgando em facebook propaganda
com o nome da pré-candidata a prefeita Lúcia Moura, pelo partido Progressista, sendo curtido pela referida pré-candidata e seus seguidores.
Pede a liminar para a retirada da propaganda, com a citação dos representados e encaminhamento ao Ministério Público, bem como
investigação para constatação da distribuição de bebida alcoólica e combustíveis de forma gratuita e ao final a condenação dos representados
na multa no seu mais elevado patamar.
Entendendo presentes os requisitos para a concessão da medida liminar antecipatória, a mesma foi deferida, no sentido de que fosse retirado
do perfil do representado CARMILSON seu perfil de mídia social –facebook –as divulgações de propaganda eleitoral vinculando os nomes de
pré-candidatos para as eleições municipais no ano de 2020, sob pena de multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais), sem prejuízo de demais
sanções.
Devidamente notificado para cumprimento da medida liminar antecipatória, o representado apresentou, através de advogado, um pedido
de reconsideração da liminar antecipatória, e em sua defesa, apresentaram contestação (Id nº 10009650), requerendo a improcedência da
representação. Alegam que não participaram dos eventos narrados na representação e deles só tomaram conhecimento após a ocorrência, e
ainda que os eventos foram de iniciativa espontânea da própria população e que neles não houve pedido explícito de voto. Sustentam não
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estar configurada propaganda eleitoral extemporânea e, ainda que tivesse havido pedido explicito de voto, não poderiam ser
responsabilizados ante a inexistência de prova de conhecimento prévio.
Revogada a liminar antecipatória, tendo em vista a perda do objeto; uma vez já ter se iniciado o período para realização da propaganda
eleitoral.
O Ministério Público, instado a se manifestar no feito, em seu parecer de fls., pede a procedência da representação, para que os
representados sejam condenados na multa, prevista em Lei, em razão da propaganda eleitoral irregular.
Autos conclusos para sentença.
DECIDO:
Art. 330. O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença:
I –quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato, não houver necessidade de produzir prova em
audiência.
No caso em apreço, a meu ver, entendo perfeitamente aplicável os dispositivos acima; uma vez que as provas já apresentadas pelas
partes são suficientes para um juízo de valor e proferimento da sentença de mérito na fase em que o feito se encontra, não necessitado de
dilação probatória.
Na verdade, a meu ver, assiste razão, em parte, ao representante e ao Ministério Público Eleitoral, em seu abalizado parecer, que passo a
utilizar parte para fundamentar este julgamento.
Éque realmente ficou comprovado nos autos, que no dia 19.09.2020, foi realizado pelas Ruas da Cidade de Colônia do Piauí/PI, uma
carreata com motos e com divulgação de jingle da campanha dos pré-candidatos a Prefeito e Viçe-Prefeito, Lúcia de Fátima Barroso Moura de
Abreu Sá e José Gomes da Silva, respectivamente, em carro de som, cujo vídeo gravado foi postado pelo representado CARMILSON SOARES DE
SOUSA e curtido por dezenas de pessoas como disse o Fiscal da Lei eleitoral e consta do prints e vídeos com áudio juntado aos autos com a
inicial, vinculando a divulgação ao representado Carmilson.
Sobre a divulgação de propaganda eleitoral antes do prazo previsto na Lei Eleitoral, o zeloso órgão do Ministério Público Eleitoral, em seu
abalizado parecer de fls., assim explica:
“... Em casos como o presente, inseridos no contexto da fase anterior ao período oficial de campanha, o tema propaganda eleitoral
suscita inicialmente a consideração de dois princípios basilares da democracia: de um lado, a liberdade de manifestação, inerente ao discurso
político; e, de outro, a igualdade de chances, oportunizando, a todos, os mesmos meios de promoção. Para equacionar essa questão, a
legislação tem em geral prestigiado a igualdade de chances. Com efeito, a Lei das Eleições tem proibido, desde sua redação original, a
propaganda eleitoral antes do último dia do prazo para registro das candidaturas.
De acordo com o novo calendário eleitoral, estabelecido após àEmenda àConstituição n.º 107/2020 (PEC que prorrogou as Eleições, em
razão da Pandemia do Coronavírus), só épermitida propaganda eleitoral após 26 de setembro de 2020, inclusive na internet (Lei n°
9.504/1997, arts. 36, caput, e 57-A).
Para evitar que a restrição àliberdade de manifestação comprometa, por via oblíqua, a igualdade de chances, o art. 36-A da Lei das
Eleições (Lei nº 9.504/97), com a redação introduzida pela Lei nº 13.165/2015, passou a permitir alguns atos de pré-campanha.
“Art. 36-A. Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção àpretensa
candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de
comunicação social, inclusive via internet:
I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão
e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de
conferir tratamento isonômico;
II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização
dos processos eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às eleições, podendo tais atividades
ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação intrapartidária;
III - a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que
participarão da disputa e a realização de debates entre os pré-candidatos;
IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se faça pedido de votos;
V - a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais;
VI - a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio
partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias.
VII - campanha de arrecadação prévia de recursos na modalidade prevista no inciso IV do §4º do art. 23 desta Lei.
§1º Évedada a transmissão ao vivo por emissoras de rádio e de televisão das prévias partidárias, sem prejuízo da cobertura dos meios de
comunicação social.
§2º Nas hipóteses dos incisos I a VI do caput, são permitidos o pedido de apoio político e a divulgação da pré-candidatura, das ações políticas
desenvolvidas e das que se pretende desenvolver.
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§3º O disposto no §2º não se aplica aos profissionais de comunicação social no exercício da profissão”.
Frise-se, contudo, que a propaganda eleitoral antecipada continua vedada, como consta expressamente do artigo 36 da Lei nº 9.504/97:
“Art. 36. A propaganda eleitoral somente épermitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição.
(...)
§3º A violação do disposto neste artigo sujeitará o responsável pela divulgação da propaganda e, quando comprovado o seu prévio
conhecimento, o beneficiário àmulta no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou ao equivalente ao
custo da propaganda, se este for maior.
(...)”.
Todavia, o art. 36-A, pelas razões acima expostas, excepciona da regra proibitiva do art. 36 os atos ali especificados. Nota-se, pois, que a
regra segue sendo a proibição de propaganda antecipada (art. 36), vedação essa que, entretanto, passou a ter exceções mais abrangentes,
notadamente quanto a seu conteúdo, mas não em relação a sua forma, como se demonstrará.
Portanto, não obstante se tenha ampliado, com a minirreforma eleitoral de 2015, os atos lícitos na pré-campanha –como meio de
promover a liberdade de manifestação –, estes não são ilimitados. De fato, tendo em vista o princípio da igualdade de chances, tais atos
sofrem ao menos três restrições no vigente Direito Eleitoral.
A primeira, a mais singela, extrai-se da leitura do caput do art. 36-A, isto é, está vedado, na pré-campanha, o pedido explícito de votos. A
violação dessa proibição do pedido explícito de voto, que soa até pueril àluz do que o restante do artigo permitiu, configura propaganda
eleitoral antecipada vedada e enseja a aplicação da multa.
Acerca da definição do que seja pedido explícito de voto, oportuno trazer a lume a lição do jurista José Jairo Gomes:
“Note-se que a regra do artigo 36-A apenas veda o "pedido explícito devoto" (caput). Pedido explícito, aqui, não se restringe ao pedido escrito,
podendo também ser compreendido como aquele evidenciado pela forma, características ou técnica empregada na comunicação. Para ser
explícito o pedido, não épreciso que se diga "peço o seu voto", "quero o seu voto", "vote em mim". Até porque, nem mesmo na propaganda
eleitoral regular esses modos de comunicar são normalmente empregados. Para ser explícito o pedido, basta que o propósito de pedir o voto
ressaia claramente da forma, da técnica de comunicação empregada, do conjunto da peça considerada e das circunstâncias em que o evento
ocorre”.(Original sem negrito).
Neste sentido, o TSE vem assentando que pedido explícito de voto pode ser identificado pelo uso de determinadas "palavras mágicas",
como "apoiem" e "elejam" (Ac.-TSE, de 14.11.2019, nos ED-AI nº 060003326).
Alguns juristas e magistrados advogam também a tese de que não há necessidade de pedido explícito de voto para que a prática da
propaganda antecipada fosse reconhecida. Isto porque a prévia exposição do nome do candidato já tem um viés eleitoral, facilitando a
assimilação do nome do pré-candidato ao eleitor. Pensar o contrário ésubestimar a inteligência dos publicitários, dos candidatos e dos
eleitores. Assim, para a caracterização da propaganda eleitoral antecipada basta que o conteúdo da propaganda induza o eleitor a concluir
que o aspirante a um cargo eletivo mereça seu voto, ressaltando que, nada obstante a reforma eleitoral instituída pela Lei nº 13.165/2015
adicionar ao art. 36-A a expressão “pedido explícito de voto”, não significaria, per si, que o pedido implícito deve ser tolerado.
A segunda restrição aos atos de pré-campanha, também extraída da interpretação sistemática da Lei das Eleições éa seguinte: aquilo que
évedado mesmo durante o período legal de campanha, por idêntica razão évedado na pré-campanha.
Assim, realizado o que évedado mesmo durante o período legal de campanha, há propaganda eleitoral antecipada proibida, com prejuízo
evidente àigualdade de chances, o que enseja a aplicação da multa prevista no art. 36, §3º, da Lei.
Por fim, a terceira restrição àpré-campanha eleitoral refere-se a gastos minimamente significativos. Com efeito, não se pode antecipar a
corrida eleitoral mediante a arrecadação e gastos de recursos sem controle algum: não há ainda CNPJ, conta bancária específica de
campanha, exigência de prestação de contas parcial ou final etc. Caso se admitissem gastos tais, fomentar-se-ia, por via oblíqua, as doações
de fontes vedadas, dado o total descontrole das finanças nessa fase de pré-campanha.
Afinal, seria absurdo permitir arrecadação e gastos em tal fase, de forma totalmente descontrolada. Quantos meses antes do período de
campanha futuros candidatos com acesso a grandes somas de dinheiro poderiam, p. ex., derramar pela cidade panfletos com “menção
àpretensa candidatura”, “exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos”, “exposição de plataformas e projetos políticos”, “divulgação
de posicionamento pessoal sobre questões políticas”, “pedido de apoio político e a divulgação da pré-candidatura, das ações políticas
desenvolvidas e das que se pretende desenvolver”, tudo nos exatos termos do art. 36-A da Lei das Eleições?
Não faria sentido algum estabelecer um período oficial de campanha de cerca de um mês e meio, todo regrado e controlado, e um
período anterior, ilimitado e totalmente descontrolado. A interpretação sistemática da Lei das Eleições não se compadeceria de tal conclusão.
Em suma, eis as vedações na pré-campanha que, uma vez infringidas, configuram propaganda antecipada proibida: a) pedido explícito de
voto; b) atos vedados mesmo durante a campanha; e c) gastos minimamente significativos feito por pré-candidatos ou terceiros, ressalvadas
as despesas feitas pelos partidos políticos nos exatos e específicos termos do art. 36-A da LE.
Consigna-se que as restrições acima expostas foram albergadas pelo TSE no julgamento conjunto do AgRg no AI 9-24 e do AgRg no REspe
43-46, que se deu em sessão realizada no dia 26/6/18. De fato, conforme o voto vencedor, proferido pelo Ministro Luiz Fux, consoante por ele
lido em sessão, foram fixadas três diretrizes para a apreciação da existência ou não de propaganda eleitoral antecipada proibida:
1)o pedido explícito de votos, entendido em termos estritos, caracteriza a realização de propaganda antecipada irregular independentemente
da forma utilizada ou da existência de dispêndio de recursos;
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2)os atos publicitários não eleitorais, assim entendidos aqueles sem qualquer conteúdo direta ou indiretamente relacionados com a disputa,
consistem em indiferentes eleitorais, situando-se, portanto, fora da alçada desta Justiça especializada;
3)o uso de elementos classicamente reconhecidos como caracterizadores de propaganda, desacompanhado de pedido explícito de voto, não
enseja a irregularidade per se. Todavia, a opção pela exaltação de qualidades próprias para o exercício do mandato, assim como a divulgação
de plataformas de campanha ou plano de governo acarreta, sobretudo quando a forma de manifestação possua uma expressão econômica
minimamente relevante, obedecendo os seguintes ônus e exigências: a) impossibilidade de utilização de formas proscritas durante o período
oficial (OUTDOOR, brindes) se considerados com conteúdo eleitoral (ex. Se for uma comemoração do dia das crianças ou do dia das mães, não
tem conteúdo eleitoral nenhum); b) respeito ao alcance das possibilidades do “pré-candidato médio”, sendo que eventuais excessos serão
examinados sob o viés do abuso de poder econômico nos casos concretos[1]. (destaques nossos)
Em sintonia com esse magistério, passo a analisar detidamente os fatos narrados, sob a perspectiva de ambos os polos da representação,
e lastreado nos elementos de prova coligidos.
Compulsando os autos, verifico que o Representante fez juntar três vídeos (Ids nº 6255029, 6255035 e 6255036) colhidos durante a
suposta carreata. Juntou também prints do perfil do facebook do Representado Carmilson Soares de Sousa, no qual consta um vídeo da
aludida carreata. A defesa não contestou a autenticidade dos vídeos nem dos prints do perfil, pelo que devem ser reputados como fiel retrato
do que realmente ocorreu.
Também não há controvérsia acerca da data em que ocorreu a carreata (19.09.2020) e da data em que veiculado o vídeo respectivo no
perfil do facebook (20.09.2020), datas em que ainda não era permitida a propaganda eleitoral. A defesa não as negou.
Percebe-se que a carreata contou com a participação de grande quantidade de pessoas (provavelmente mais de uma centena, muitas
delas trajando camisas e bandeira azuis, cor que notoriamente identifica o Partido Progressista no Município) em veículos automotores que,
enfileirados, percorreram Ruas existentes na Sede da Cidade de Colônia do Piauí.
Os vídeos também revelam que um ou mais dos veículos que participaram da carreata executavam o seguinte jingle (mensagem musicada
que consiste em estribilhosimples e de curta duração, próprio para ser lembrado e cantarolado com facilidade): “pode correr, correr, o 11 vai
vencer! ". O vídeo publicado no perfil do Representado Carmilson Soares de Sousa retrata a carreata e o mesmo jingle que possui conteúdo
nitidamente eleitoral, haja vista que, embora não haja menção nominal a um pré-candidato, há referência expressa ao número do partido
progressista (que, conforme sabido, será o próprio número do candidato a prefeito) seguido da expressão “vai vencer”.
Nas circunstâncias concretas em que ocorreram a carreata e a execução do jingle ressoa claramente explicito o propósito de pedir o voto
não apenas dos participantes como da população em geral.
Ora, qual a finalidade de se expor, numa carreata realizada em período próximo ao pleito, um jingle, contendo o número que os pré-
candidatos a prefeito e vice-prefeito usarão nas urnas?
Nenhuma, senão a de divulgar desde logo a candidatura, fazendo-se conhecido, visando conquistar o eleitorado.
Tal conduta caracteriza propaganda extemporânea vedada pelo artigo 36 da Lei das Eleições, considerando as mudanças advindas da
Emenda Constitucional nº 107/2020.
Sabe-se que a realização de propaganda eleitoral antes do período permitido em lei acarreta o desequilíbrio do pleito, fazendo com que
os candidatos que deram início às campanhas antes, possam, indevidamente, obter vantagem sobre outros.
Nesta senda, o bem jurídico protegido pela norma invocada éa igualdade entre os participantes do certame.
Desta forma, o descumprimento do termo inicial estabelecido para o início da propaganda eleitoral, implica grave lesão ao Princípio da
Isonomia entre os Candidatos, colocando-os em situação de desigualdade e afetando o próprio processo eleitoral, o que não se admite.
No que toca àresponsabilidade em relação àcarreata e ao jingle nela veiculado, não há prova direta de que os representados dela tenham
participado. Todavia, há indícios veementes de que eles tinham prévio conhecimento de que o evento ocorreria.
Com efeito, a realização de uma carreata dessa magnitude demanda prévio planejamento, organização e sobretudo mobilização social.
Não se vislumbra possibilidade de que tão grande número de pessoas tenha se encontrado casualmente num mesmo local, data e horário e,
então, espontaneamente tenham decidido sair em carreata em apoio uma pré-candidatura ou a um partido político. Também não se afigura
crível que num Município do porte de Colônia do Piauí –cuja população urbana existente na Sede éde 2.644 pessoas (segundo o último Censo
do IBGE) –uma pessoa ou um grupo de pessoas consiga planejar, organizar e implementar uma grande carreata com finalidade eleitoral, sem
que os beneficiários (pré-candidatos e dirigentes do partido político) saibam previamente e anuam, menos ainda se uma dos beneficiários for
a atual Prefeita do Município e pré-candidata àreeleição. Soma-se a isso, o fato da carreata ter sido, planejada, organizada e realizada: a)
dias após os beneficiários terem sido indicados em convenção partidária como candidatos; b) em meio a peculiar situação de pandemia e em
manifesta afronta às normas legais sanitárias que recomendam o isolamento social.
A trágica situação que vive nossa população, ante uma pandemia há décadas não vista, torna especialmente reprovável a promoção de
evento de rua, com aglomeração de pessoas, a pretexto de promover futura candidatura. Tal circunstância, atrai-se a fixação de sanção acima
do mínimo legal.
Não restou comprovado que houve distribuição de bebidas e combustíveis aos participantes da referida carreata/motocada. Nesse ponto,
o próprio representante afirmou não ter a certeza, visto que menciona na inicial que tomou conhecimento da suposta distribuição por
comentários na Cidade, sem informar nome de qualquer pessoa que tenha recebido tais benesses. Trata-se de achismos traçados pelo
representante a partir de acontecimentos sobre os quais sequer cuidou de buscar evidências mínimas.
Quanto ao representado Carmilson Soares de Sousa, não há como imputar-lhe responsabilidade em relação àcarreata, haja vista que
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inexiste prova nem indício suficiente de que ele esteve presente ao ato, nem de que tenha concorrido, de qualquer modo, para sua realização
nem de que tenha se beneficiado.
Sem embargo disso, em relação àdivulgação de vídeo da carreata no perfil de seu facebook, a responsabilidade de Carmilson Soares de
Sousa resta plenamente evidenciada. E, quanto a essa divulgação, a representada Lúcia de Fátima Barrosa Moura de Abreu Sá (atual Prefeita
de Colônia do Piauí e Pré-Candidata àreeleição) também restou demonstrada,haja vista que o print do perfil revela que, no mesmo dia em que
postado o vídeo da carreata, ela curtiu essa postagem, que de resto também foi curtida por dezenas de pessoas...”.
No caso concreto, o “quê” da questão ésaber se ficou configurado distribuição de bebidas alcoólica e de combustível de forma gratuita,
com a realização de carreata com motos e a realização e divulgação de propaganda eleitoral fora do prazo e a participação de forma direta
e/ou indireta dos representados no ato.
Na verdade, a meu ver, não restou comprovado que houve distribuição de bebidas alcoólicas e combustíveis aos participantes da referida
carreata com a utilização de motos. Nesse ponto, o próprio representante afirmou não ter a certeza, visto que menciona na inicial que tomou
conhecimento da suposta distribuição por comentários na Cidade, sem informar nome de qualquer pessoa que tenha recebido tais benesses,
como disse o Ministério Público.
Apesar da realização da carreata com motos, com dezenas de participantes; a prova da participação direta e/ou indireta dos
representados, apesar de fortes indícios, como afirma o Ministério Público, não se mostra completa para um juízo de condenação, não há
comprovação do conhecimento prévio e nem da presença dos mesmos com a prática de atos que possa se ter como pedido de votos.
Já no que se refere àdivulgação de vídeo da carreata no perfil do facebook de responsabilidade de Carmilson Soares de Sousa, não há
dúvida de sua comprovação, de forma que já divulga propaganda eleitoral irregular, antes do prazo previsto em Lei, como se vê da prova
material juntada aos autos (vídeos), prova esta não contestada pelo representado.
No entanto, no que se refere àrepresentada Lúcia de Fátima Barrosa Moura de Abreu Sá, que naquele momento era ainda pré-candidata a
Prefeita, a meu ver, diferentemente do que entende o Ministério Público, mesmo que a referida representada tenha curtido no mesmo dia da
postagem, não se pode imputar àmesma a penalidade a ser aplicada ao representado Carmilson, responsável pela postagem; mesmo porque,
como diz o próprio Fiscal da Lei Eleitoral, o print do perfil revela que o vídeo da carreata, foi curtido pela mesma, bem como por dezenas de
pessoas.
No que se refere ao representado JOSÉ NETO GOMES DA SILVA, o mesmo nem écitado como que tenha sequer curtido a postagem.
Assim sendo não há dúvida do ato praticado pelo representado Carmilson Soares de Sousa ao divulgar propaganda eleitoral fora do prazo,
que o mesmo infligiu o disposto no 36, da Lei nº 9.504/97:
“Art. 36. A propaganda eleitoral somente épermitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição.
(...)
§3º A violação do disposto neste artigo sujeitará o responsável pela divulgação da propaganda e, quando comprovado o seu prévio
conhecimento, o beneficiário àmulta no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou ao equivalente ao
custo da propaganda, se este for maior.
Cite-se a EC nº 107/2020, que adia em razão da pandemia –covid19 –as eleições municipais de outubro de 2020 e os prazos eleitorais
respectivos.
(...)
IV –Após 26 de setembro para o início da propaganda eleitoral, inclusive na internet, conforme disposto nos arts. 36 e 57-A, da Lei nº
9.504, de 30 de setembro de 1997, e no caput do art. 240, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965.
ISTO POSTO, e considerando o que do mais consta dos autos, JULGO PROCEDENTE, em parte, a presente representação eleitoral por
propaganda eleitoral irregular, e CONDENO o representado CARMILSON SOARES DE SOUSA, já devidamente qualificado no feito, no
pagamento de multa nos limites mínimos do estabelecido no art. 36-A da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97), com a redação introduzida pela Lei
nº 13.165/2015 e considerando as mudanças advindas da Emenda Constitucional nº 107/2020, ou seja, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais). No que se refere aos outros representados LÚCIA DE FÁTIMA BARROSO MOURA DE ABREU SÁ e JOSÉ NETO GOMES DA SILVA, JULGO
IMPROCEDENTE a representação, por não haver prova suficiente da participação dos mesmos, no cometimento do ato caracterizador da
propaganda eleitoral fora de prazo previsto na Lei Eleitoral. Tudo de conformidade com os dispositivos legais acima citados e demais
ensinamentos doutrinários e jurisprudenciais concernente àespécie.
P.R.I.
Oeiras/PI, 15 de outubro de 2020.
[1] Transcrição de parte do voto proferido pelo Ministro Luiz Fux. Sessão disponível em . Os processos referidos foram julgados a partir de
1h32min
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Processo 0600085-38.2020.6.18.0094
SENTENÇA
Vistos, etc;
Trata-se de Representação por Propaganda Eleitoral Antecipada, impetrada pela Comissão Provisória Municipal do Progressista de Colônia do
Piauí/PI contra os pré-candidatos a Prefeito e Viçe-Prefeito no município de Colônia do Piauí/PI, eleições a de 2020 - Selindo Mauro Carneiro
Tapeti Segundo e Jardilene Alves do Nascimento, respectivamente.
Alega em resumo o representante que os representados, estavam realizando propaganda eleitoral antecipada ao promoverem divulgação de
jingle de campanha pelas redes sociais, notadamente pelo aplicativo WhatsApp, em data anterior ao permitido na Lei n.º 9504/97c/c
Resolução TSE nº 23.627/20, que a citada propaganda continha pedido expresso de voto.
Pede ao final a condenação dos representados no pagamento da multa prevista na Lei.
A representação veio acompanhada do Instrumento de Mandato, Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral do Partido Progressista,
documentos pessoais do Presidente do Partido e mídias com áudio.
Não houve pedido de liminar a ser apreciado.
Devidamente notificados, os Representados apresentaram contestação (Id nº 6920679), alegando, preliminarmente, a inépcia da inicial por
não indicação de prova de que músicas de campanha estejam sendo divulgadas em grupos de WhatsApp.
De mérito pedem a improcedência da representação, uma vez a inexistência de prova de divulgação das músicas de campanha, nem do prévio
conhecimento dos representados, nem de que tenha havido pedido expresso de voto.
Com vistas ao Ministério Público Eleitoral, após emitir abalizado parecer, o mesmo entendeu pela improcedência da representação; uma vez a
falta de provas que ensejasse uma condenação.
Autos conclusos para sentença. DECIDO:
Verifica-se pelo teor do artigo 330, I, do CPC, que o Juiz conhecerá do pedido, quando não houver necessidade de dilação probatória.
Art. 330. O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença:
I –quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato, não houver necessidade de produzir prova em
audiência.
No caso em apreço, a meu ver, entendo perfeitamente aplicável os dispositivos acima; uma vez que as provas já apresentadas pelas partes são
suficientes para um juízo de valor e proferimento da sentença de mérito na fase em que o feito se encontra, não necessitado de dilação
probatória.
A preliminar arguida pelos representados confunde-se com o próprio mérito da representação, o que passo a decidir.
O objeto da presente representação éa condenação dos representados no pagamento de multa, uma vez que os mesmos teriam feito
propaganda eleitoral, porque promoveram divulgação de jingle de campanha pelas redes sociais, notadamente pelo aplicativo WhatsApp, em
data anterior ao permitido na Lei n.º 9504/97c/c Resolução TSE nº 23.627/20.
Na verdade, a meu ver, assiste razão ao representado e ao Ministério Público, em seu abalizado parecer de fls.
Éque realmente a prova trazida para os autos éinsuficiente para ensejar uma condenação; uma vez que o acervo probatório consiste apenas
na juntada de duas mídias (Ids nº 5196222 e 5196223), onde contém somente a gravação em áudio do jingle supostamente de campanha dos
representados, que supostamente teriam sido divulgados de forma irregular, em grupos de WhatsApp.
Não foi apresentado nos autos pelo representante qualquer prova de que tal divulgação tenha ocorrido, visto que não consta nos autos prints
de conversas no WhatsApp, nome dos grupos em que ocorreu a divulgação ou de pessoa que teria recebido a mensagem como propaganda
antecipada.
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estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-pi.jus.br
Ano2020, Número 208 Teresina, sábado, 17 de outubro de 2020 Página 104
Mesmo na existência do áudio, não há como se comprovar o responsável pela sua produção/divulgação ou o prévio conhecimento dos pré-
candidatos beneficiados representados. E assim sendo, não há como aplicar a sanção prevista no §3º do art. 36 da Lei nº 9.504/97, aos
mesmos.
Não há prova suficiente de sua materialidade e sua autoria.
Nessa mesma linha entende o Fiscal da Lei Eleitoral em seu abalizado parecer de fls., que utilizo parte para fundamentar esta sentença.
Sobre a propaganda eleitoral, explica e opina o Ministério Público:
“... A propaganda eleitoral éaquela divulgada em época de eleições, em que se objetiva dar conhecimento ao público de determinada
candidatura a cargo eletivo e, por conseguinte, captar o voto do eleitor.
Acerca do início da propaganda eleitoral, a Lei n.º 9504/97 estabelece que esta somente será possível a partir do dia 15 de agosto do ano da
eleição. No ano de 2020, em razão da pandemia de COVID-19, a Emenda Constitucional 107, de 02 de julho de 2020, adiou as eleições
municipais, razão pela qual também foi modificado o termo inicial da propaganda.
Dessa forma, nos termos da Emenda Constitucional 107, bem como da Resolução TSE n.º 23.627, de 13 de agosto de 2020, a propaganda
eleitoral somente poderá ocorrer a partir do dia 27 de setembro de 2020.
Assim, qualquer ato de propaganda eleitoral que não se enquadre nas hipóteses admitidas pela legislação como ato de pré-candidatura,
configura propaganda antecipada. Vejamos o que dispõe a Lei sobre a prática de conduta tendente a caracterizar propaganda antecipada:
“Art. 36. A propaganda eleitoral somente épermitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição.
§1º Ao postulante a candidatura a cargo eletivo épermitida a realização, na quinzena anterior àescolha pelo partido, de propaganda
intrapartidária com vista àindicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor.
§2º No segundo semestre do ano da eleição, não será veiculada a propaganda partidária gratuita prevista em lei nem permitido qualquer tipo
de propaganda política paga no rádio e na televisão.
§2º Não será permitido qualquer tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão.
§3 A violação do disposto neste artigo sujeitará o responsável pela divulgação da propaganda e, quando comprovado o seu prévio
conhecimento, o beneficiário àmulta no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou ao equivalente ao
custo da propaganda, se este for maior.
No caso vertente, o jingle supostamente veiculado em data anterior àpermitida tem o seguinte conteúdo, em resumo: “Dia 15 de novembro,
Colônia do Piauí vota 22, Selendinho Prefeito de Colônia” e “Dia 15 de novembro, Colônia em peso é22! Vamos votar! ".
Sob esse prisma, apesar de conter no referido jingle, a meu sentir, expresso pedido de voto para os candidatos representados, deve-se
perscrutar: I) se comprovada a divulgação da propaganda; II) se veiculada em período vedado, ou seja, antes da data permitida pela norma
regente; III) se configurado o prévio conhecimento exigido; e IV) o meio (veículo) em que se deu a propagação.
Consoante já discorrido, a propaganda eleitoral nas eleições 2020 somente estaria permitida a partir de 27/09/2020. Dessa forma, ocorrendo
antes dessa data, teoricamente, poderia vir a ser classificada como propaganda antecipada ou extemporânea, ensejando possível aplicação
de sanção, nos termos do art. 36, §3º, da Lei nº 9.504/97.
Na espécie, o acervo probatório consiste apenas na juntada de duas mídias (Ids nº 5196222 e 5196223) que, em seu bojo, contém somente a
gravação em áudio do jingle supostamente de campanha dos representados, que supostamente teriam sido divulgados de forma irregular, em
grupos de WhatsApp. Observa-se que o representante não juntou qualquer prova de que tal divulgação tenha ocorrido, visto que não consta
nos autosprints de conversas no WhatsApp, nome dos grupos em ocorreu a divulgação ou de pessoa que teria recebido a mensagem como
propaganda antecipada.
Nesse contexto, não épossível assegurar que os áudios tenha sido ou esteja sendo divulgados ao público, bem como da sua autoria/produção
ou de quem seria(m) o(s) responsável(is) por tal divulgação, não restando, portanto, configurada a propaganda indigitada. Ante a fragilidade
da prova colacionada, não há como impor sanção aos representados.
Dispõe o art. 96, §1º da Lei nº 9.504/97, in verbis:
Art. 96 §1º As reclamações e representações devem relatar fatos, indicando provas, indícios e circunstâncias.
No mesmo sentido, éo disposto no art. 6º, da Resolução TSE nº 23.608/2019):
Art. 6º A petição inicial das representações, reclamações e pedidos de direito de resposta, subscrita por advogado ou por representante do
Ministério Público Eleitoral, deverá:
I - qualificar as partes e informar os endereços por meio dos quais será realizada a citação (CPC, art. 319, II);
II - relatar os fatos, indicando provas, indícios e circunstâncias (Lei nº 9.504/1997, art. 96, §1º).
Nesse diapasão, ainda que se admitisse que o áudio veiculado era o jingle apontado, sendo desconhecido o responsável pela sua
produção/divulgação ou o prévio conhecimento do pré-candidato beneficiado, não há como aplicar a sanção prevista no §3º do art. 36 da Lei
nº 9.504/97, que assim dispõe: “A violação do disposto neste artigo sujeitará o responsável pela divulgação da propaganda e, quando
comprovado o seu prévio conhecimento, o beneficiário àmulta no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais),
ou ao equivalente ao custo da propaganda , se este for maior".
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Editais
Edital - 53 - 97A ZONA
A Excelentíssima Senhora Doutora LUCICLEIDE PEREIRA BELO, Juíza da 97.ª Zona Eleitoral de Teresina/PI, por força da Lei nº 9.504/97 e da
Resolução TSE nº 23.611/2019.
FAZ SABER a todos os que virem o presente Edital ou dele tiverem conhecimento, aos Srs. Eleitores, Candidatos, Fiscais e Delegados de
Partidos Políticos, e aos demais interessados que, nos termos do art. 120 do Código Eleitoral (Lei Federal nº 4.737/65) e Resoluções TSE nº
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23.611/2019 e 23.625/2020, foram nomeados os eleitores constantes na relação abaixo como ADMINISTRADORES DE PRÉDIO, para atuarem
no apoio aos locais de votação desta 97.ªZE/PI, nas eleições de 15 e 29 de novembro de 2020, se houver segundo turno, tendo como
atribuições, dentre outras, apoio aos mesários, recolhimento do material de votação e na administração dos locais de votação das zonas
urbana e rural desta 97ªZE/PI.
DALVA LÚCIA DA SILVA LOPES 0065 2110 1503 LAURITA OLIVEIRA BRITO 0033 3481 1538
ALBÉRICO BENVINDO ROSAL 0012 1585 1503 BERNARDO FERREIRA DA CRUZ 0011 4820 1562
HENRIQUE BARBOSA COSTA 0087 6157 1546 DINA KARLA PLÁCIDO NASCIMENTO 0370 5421 1503
SAMA CÁSSIA AMORIM COSTA 0353 6362 1520 JANAINA KARLA DE SOUSA 0266 5309 1554
JOSELITA DE SOUSA SANTOS 0245 8779 1562 LEILA REGINA RIBEIRO DOS SANTOS 0216 0540 1589
KÉLCIA ALMEIDA CARNEIRO 0369 6908 1570 JOELMA LACERDA DE SOUSA 0583 7675 1155
E, para conhecimento de todos os interessados, expediu-se o presente edital, que será afixado no lugar de costume, bem como publicado no
Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral –DJE. Dado e passado nesta cidade de Teresina/PI, aos quinze dias do mês de outubro de dois
mil e vinte. Eu, (Conceição de Maria Barros Cruz), Chefe de Cartório da 97ª Zona, expedi o presente edital.
Em 15 de outubro de 2020.
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A Excelentíssima Senhora Doutora LUCICLEIDE PEREIRA BELO, Juíza da 97.ª Zona Eleitoral de Teresina/PI, por força da Lei nº 9.504/97 e da
Resolução TSE nº 23.611/2019.
FAZ SABER a todos que o presente Edital virem ou dele conhecimento tiverem, e a quem interessar possa que, nos termos da Lei nº 9.504/97 e
do Código Eleitoral, tendo sido processadas mudanças relativas às nomeações constantes do Edital nº 28/2020, ficam as eleitoras abaixo
relacionadas, com os respectivos títulos, nomeadas para atuarem no Apoio Logístico da 97ª Zona Eleitoral/PI, auxiliando os trabalhos
desenvolvidos pelo Cartório Eleitoral em razão das Eleições Municipais do corrente ano, tais como instalação das seções eleitorais, vistoria dos
locais de votação durante o(s) dia(s) de votação, recolhimento das memórias de resultado, das vias do boletim de urna, da zerésima e das
respectivas atas e demais documentos e materiais utilizados durante a votação, como também no cumprimento de outras atribuições a
critério deste Juízo Eleitoral:
E, para conhecimento de todos os interessados, expediu-se o presente edital, que será afixado no lugar de costume, bem como publicado no
Diário de Justiça Eletrônico da Justiça Eleitoral –DJE. Dado e passado nesta cidade de Teresina/PI, aos quinze dias do mês de outubro de dois
mil e vinte. Eu, (Conceição de Maria Barros Cruz), Chefe de Cartório da 97ª Zona, expedi o presente edital.
Em 15 de outubro de 2020.
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Aviso de Intimação
Processo 0600094-85.2020.6.18.0098
INVESTIGADO: INDETERMINADO
SENTENÇA
Vistos, etc.,
Trata-se de Inquérito Policial instaurado pela Polícia Federal/PI, a requerimento do Ministério Público Eleitoral, em desfavor de LUCIANE
FERREIRA DOS SANTOS, candidata a Governadora, nas Eleições Gerais/2018, visando apurar, em tese, a prática do delito previsto no art. 350
do Código Eleitoral (fraude para fins eleitorais), em razão da desaprovação das contas de campanha da referida candidata, no mencionado
pleito eleitoral.
Foram realizadas diligências, pela autoridade policial competente, visando instruir o presente feito, juntando-se, aos autos em epígrafe, cópia
da prestação de contas de campanha do investigado e analisada a documentação respectiva.
Em relatório às fls. 248/249, a autoridade policial concluiu que a irregularidade qu ensejou a desaprovação das contas de campanha da
Investigada não constitui fato penalmente relevante para caracterizar o ilícito tipificado no art. 350 do Código Eleitoral, encerrando as
investigações sem indiciamento.
Instado a se manifestar, o Ministério Público Eleitoral, por sua representante junto a esta 98ª ZE/PI, em parecer (ID 1715955), requereu o
arquivamento da presente peça, nos termos do art. 28 do Código de Processo Penal, por entender que a desaprovação de contas de
campanha, fato ensejador da instauração do Inquérito Policial, não constitui, de forma isolada, o delito tipificado no art. 350 do Código
Eleitoral, bem como por constatar a irrelevância criminal da conduta investigada, que não caracterizaria ilícito penal em face da Justiça
Eleitoral. Não haveria, portanto, elementos suficientes àcomprovação da incidência do tipo penal ora investigado (art. 350 do CE) ou para
justificar a continuidade da investigação.
Ressalva, contudo, a possibilidade de desarquivamento do Inquérito Policial e consequente propositura de Ação Penal, ante o surgimento de
novas provas (art. 18 do CPP e Enunciado da Súmula 524 do STF).
Éo relatório. Passo a decidir.
Cabe ao Ministério Público, na qualidade de titular absoluto da Ação Penal Pública, examinar os fatos noticiados e investigados, visando avaliar
a viabilidade de propositura da respectiva Ação.
O artigo 357, §1º, do Código Eleitoral e o artigo 28 do Código de Processo Penal permitem que o membro do Ministério Público requeira o
arquivamento da Peça de Informação quando não restar comprovada a prática dos fatos delituosos, objeto da investigação, sob pena de
constituir constrangimento ilegal a instauração de processo-crime contra fatos que, desde logo, evidenciem-se inexistentes ou não
configuradores da infração penal.
Constata-se da análise dos autos em epígrafe que, embora realizadas as diligências necessárias pela autoridade policial competente, não foram
encontrados indícios suficientes para caraterizar a prática do crime previsto no art. 350 do Código Eleitoral, razão pela qual ACOLHO o pedido
do Ministério Público Eleitoral e, com fulcro no art. 18 do Código de Processo Penal, aplicado subsidiariamente ao Código Eleitoral,
DETERMINO o ARQUIVAMENTO do presente Inquérito Policial, com as cautelas legais.
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OUTROS
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