Ética Na Gestão Pública-Resultado
Ética Na Gestão Pública-Resultado
Ética Na Gestão Pública-Resultado
NA GESTĂO PÚBLICA I
Ética existencialista, ioi
Referências,zo7
Respostas, zi5
Sobrea autora, eu
Ao analisarmos neste capítulo os diferentes critérios éticos da
sociedade ocidental contemporânea, temosa relevante tarefa de
refletir sobreo estudo de alguns dos pensadores mais marcantes
desse período, denominado também deperíodo pós-moderno.
Cotl3tfÍtatldo II legiSlaÇão
Com foco na convivência adequadae justa,a Constituição
da República Federativa do Brasil de 9 (Brasil, ig88)
apresenta os princípios legaise necessários paraque os cida-
dãos brasileiros vivame convivam em harmoniae equilí-
brioà luz de seus preceitos. Portanto, considerando ser
imporcante ter presente suas determinações corno fonte
de pesquisa sobre direitose deveres do cidadão brasileiro,
sugerimos que esse documento seja sempre consultado.
BRASIL. Constituição. (1988). Diário Oficial da União, Brasí-
lia, DF, S out. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao,htm>. Acesso
em: 22 maio 2016.
Se você estiver interessado em aprofundar os estudos sobre
os temas tratados neste capítulo, sugerimosa leitura dos
seguintes textos:
4 s princípio da eficiência
Embora nãoesteja elencado entre os quatro princípios definidos
claramente na CF,o princípio da eficiência conjuga-se com os outros
princípiose está implícito nos incisose parágrafos dO art.i7. sendo
evidente sua importância no desenvolvimento dos atose ações do
Poder Público em qualquer de suas instâncias.
Esse princípio foi posteriormente anexado pela Emenda
COnStltuCional n.i9/'998, queo acrescentou ao roldos quatro prin-
cípios já consignadose enunciados no texto constitucional:
os contextos sociopolíticos.
segundoo princípio da boa-fé, tendo em vistaa realizaç.ao
do interesse da comunidadee fomentando sua participação
na realização das atividades da gestão pública, com vistas ao
bem comum dapopulação.
Princípio da motivação — De acordo com esse princípio,a
gestâo públicaé obrigadaa motivar todos os seus atos, pois,
conto geradora do ato público, representa os interesses da
coletividadee deve proceder em prol do bem-estar da popu-
lação atingida por tais atos. Como titular da gestão da res
,¢g p u blico, o gestor público est.a seiiipre obrigadoa isso, poisé
somente pela motivação (oreal motivo do atopúblico) queo
cidadão tem condições de saber seo Poder Públicoe o Estado
estão agindo em conforunidade cont os dispositivos da lei.
Essa motivação deve estender-se aos atos públicos de caráter
dis cricionárioe também aosde caráte
r vinculado, con forme
definem Meirelles (zoi5)e Di Pietro (voos). Prosseguem os
autores afirmarido quea falta de motivação, ou seja, da expIi-
citação aos interessados do real motivo do ato público pode
levarà invalidação do referido ato da administração pública,
não podendo esta falar em contraditórioe ampla defesa sem-
pre que venham a ocorrer âmbito do Poder Judiciário, pos-
síveis contestações sobrea efetividade do ato editado pelo
Poder Público.
Princípio da razoabilidade — Com ampla relação conto prin-
cípio da rnotivaçao, este corrobora queo Poder Públicot
obrigadoa mostrara pertinência de cada ato por eleedi-
tado e, por conseguinte,a correspondência deste cont as pre-
visões abstraídas da leie dos fatos concretos que, por sua
ocorrência,o justificame são trazidosà sua apreciação. Se
por ventura n3o ocorrer essa ampla correspondência,o ato
da administração pública pode não serrazoávele sofrer as
contestaçóes previsíveis em lei, não se ndo, portanto, corres-
pondentecont sua efetiva geração.
Princípio da proporcionalidade — No exercício da gestão
pública, os funcionários podem exigir dos cidadãos somente
o indispensávelà realização das suas atividades administra-
tivas com eficiênciae qualidade, sem extrapolar os limites de
bom sensoe profissionalismo.
Princípio da lealdade — Os funcionários, no exercício de suas
funções, devem agir de forma leal, solidária, colaborativae
cooperante, visando preservare assegurara efetividade deste
princípio em relação ao bem comum.
Princípio da integridade — Os funcionários devem agir com
carátere honestidade pessoal em prol da qualidade nos ser-
viços prestados pela administração pública, assegurando que
a integridade dos prestadores de serviços públicose dos seus
usuários seja preservada, sem preconceitos de qualquer natu-
reza,e garantindo, assim,a imparcialidade no atendimento
a todos os interessados.
Princípio da justiçae imparcialidade — Nos serviços prestados
pela administração pública, os funcionários devem tratar de
formajustae imparcial todos os cidadãos, atuando segundo
rigorosos princípios de neutralidadee isenção de preconcei-
tose privilégios.
Princípio da informaçãoe qualidade — No exercício de suas
funçõese atividades, os gestorese funcionários públicos devem
prestar informações e/ou esclarecimentos adequadose lide-
dignos, de forma clara, simples, compreensiva, rápida, sempre
que estes lhes sejam solicitados, proporcionando aos usuários
e aos governadoso acesso apropriadoa tais informações.
Princípio da competênciae responsabilidade — Os funcio-
nários devem agir de forma responsável, dedicadae crítica,
empenhando-se na valorização do interesse em prestar atendi-
mento àsdemandas pelos bense serviços públicos, de tal sorte
que seus beneficiários sejam atendidose entendidos como
osmaiores interessados, visando-se, assim, ao bem comum.
Como mencionamos, os cinco princípios ad ministrativos
consubstanciados nOaF° 37 da CF e na Emenda Constitucional
n. i9/i998 são complementados por esses princípios do segundo
grupo, que se encontram esparsa, porém devidamente apontados
em normas infraconstitucionais cjue regulamentama execuçãoe a
oferta de be nse serviços na gestão pública em todas as suas instân-
ciase esferas de atendimento.
Podemos considerar que, alcm de serem princípios legais, todos
eles apresentam cunhoé tico-moral, pois preceituam aspeetos
vinculados ao exercício adequado de uma função e/ou atividade
que vise ao betn comuni, pressuposto que enibasaa atividade política
formal queé exercida pelo gestor público — ou seja, pela atividade
no àmbito da pólis —, referente ao campo da vidae da a(ão públicas.
Complementando osconteúdos atéaqui expostos, ressaltamos
a consideração de Ber nardi (zoi z) sobrea Lei n.8.¢z9/›9sz (relativa
à improbidade administrativa) no que se refere ao fato de que vem
reforçar os princípios constitucionais da gestão pública, previstos
nO B£t 37 da C F: “assim, os agentes públicos de qualquer nível ou
hierarquia são obrigadosa velar pela estrita observáncia dos princí-
pios de legalidade, impessoalidade, moralidadee publicidade [e efi-
ciência]” (Bernardi, zoiz, p. ryo). Como afirma o autor,a citada lei
apresenta premissas que preservam o interesse coletivo sobre os
interesses individuais, revelando, assim, as garantias constitucionais
e infraconstitucionais que o legitimani.
Nesse contexto, devemos destacar que, embora mao haja ga ran-
tias constitucion aispara que os princípios administrativos de cunho
ético-moral sejam consideradose respeitados nos atose ações da
gestão pública, sua existência legal, mesmo quedeforma implícita,
revelao nível cm que uma sociedade apresenta seus avançose pro-
gressos moraise sociais.
Segundo Vázquez (i986),a relação existente entre os interesses
particularese os interesses coletivosé um dos índices determinan-
tes para revelar se essa mesma sociedade obteve progressos reais
no tocanteà sua eticidadee à moralidade pública, conto indicativo
precípuo de seu progresso moral.
Art. 5º [...]
XXXIII — todos têm direitoa receber dos órgãos públi-
cos informações de seu interesse particular, ou de inte-
resse coletivo ou geral, que seráo prestadas no prazo da
lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas
cujo sigilo seja imprescindível .a segurança da sociedade
e do Estado.
ConSultDndoO legi5l0ção
COftÉPfft Of*ĂftP4
ContaÊdOS dO capítulo.“
BA ZERMAN,M.;
T ENBRUN SEL,A,Antiético, en*
Descubra por que núo somos täoéticos quanto pensanios
e o que podenios fazera rcspeito. Rio de Janeiro: Elsevier,
2011. (ver p. 101-126)
PIVATO, P. S. Ëtica da alteridadc. In: OLI VEIRA, M. A.
de(Org.). Correntes fundamentais da ética contemporânea.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. (ver p. 79-98)
Apresentamos nossas considerações finais,
ALCANTARA,SA.,VENERAL,D.DimmzpÜ*d«Cu%ub=?=SaC‹o,
20Iã.
A LENCASTkO.M.S.C.
É tira cmgmsarial ne grMica. Curitiba:G bpex, 2010.
BA ZERMAN,M.H.;
TENBRUNSEL, A.E.AnciMico, <u* Dcscu+ra por
ue nio somos río+ticos uanro c nsanos c o ue o demos fiizcra res ico.
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., ftica no Renasritneriio
Prefácio, xii
Apresentação, xvi
Ética no Renascimento, 7z
Ética no mundo modernO, 75