Felipe Moralles - A Teoria Crítica de Alexis de Tocqueville
Felipe Moralles - A Teoria Crítica de Alexis de Tocqueville
Felipe Moralles - A Teoria Crítica de Alexis de Tocqueville
Alexis de Tocqueville
Direção Editorial
Lucas Fontella Margoni
Comitê Científico
http://www.abecbrasil.org.br
A teoria crítica de Alexis de Tocqueville [recurso eletrônico] / Felipe Moralles e Moraes -- Porto Alegre, RS:
Editora Fi, 2019.
288 p.
ISBN - 978-85-5696-595-0
CDD: 100
Índices para catálogo sistemático:
1. Filosofia 100
Nota do autor
Introdução ................................................................................................... 13
1
TOCQUEVILLE, Alexis de. De la démocratie en Amérique, I (1835). In: ______________. Œuvres,
II, André Jardin (Org.). Paris: Gallimard, 1992, introduction, p. 9.
2
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico (1967). Trad. Sérgio Bath. São Paulo:
Martins Fontes, 2000, p. 202.
14 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
3
TOCQUEVILLE, Alexis de. Voyages en Angleterre et en Irlande (1833/35). In: ___________.
Œuvres, I, André Jardin (Org.). Paris: Gallimard, 1991, 7 juillet, p. 514.
4
Em carta endereçada ao tradutor Henry Reeve, escreve: “não tenho mais do que uma paixão, o
amor à liberdade a à dignidade humana” (TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre à Henry Reeve, 22 mars
1837. In: TOCQUEVILLE, Alexis de. Œuvres complètes d’Alexis de Tocqueville. Marie de
Tocqueville e Gustave de Beaumont (Ed.). Tome VI. Paris: Michel Lévy Frères, 1860, p. 67). Na já
citada carta a Louis Kergorlay enfatiza: “não tenho tradição alguma, não tenho partido algum, não
tenho causa alguma, senão a da liberdade e da dignidade humana; disso estou seguro”
(TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre au Comte Louis de Kergorlay, 15 décembre 1850. In: BEAUMONT
(Ed.). op. cit., VII, p. 264). Volta a se autodescrever anos mais tarde, em outros termos: "considero e
sempre considerei a liberdade como o primeiro dos bens; eu vejo nela uma das fontes mais fecundas
de virtudes viris e de grandes ações” (TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre à Madame Swetchine, 7
janvier 1856. In: BEAUMONT (Ed.), op. cit., VI, p. 307).
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5
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, introduction, p. 17
6
A interpretação de uma concepção de liberdade comum às obras de Hegel e Tocqueville foi sugerida
no seio da teoria crítica, embora pouco desenvolvida. A dissertação dedica-se a levar adiante essa
sugestão, cf. WELLMER, Albrecht. Freiheitsmodelle in der modernen Welt (1989). In:_______.
Endspiele: die unversöhnliche Moderne: Essays und Vorträge. 1. Aufl. Frankfurt am Main:
Suhrkamp, 1999, p. 26.
7
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Vorlesungen über die Philosophie der Geschichte (1837).
Stuttgart: Reclam, 1961, IV, 3, 2, p. 574.
8
HAYEK, Friedrich August von. The road to serfdom (1944). Bruce Caldwell (Ed.). Chicago:
University of Chicago Press, 2007, foreword to the 1956 american paperback edition, p. 46.
16 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
9
NOBRE, Marcos. Teoria crítica. Rio de Janeiro: Zahar, 2004, p. 9
10
WERLE, Denilson Luís. Introdução. In: _____. Justiça e democracia: ensaios sobre John Rawls e
Jürgen Habermas. São Paulo: Esfera Pública, 2008, p. 21 e 82.
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11
NOBRE, op. cit., 2004, p. 9-10.
12
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Grundlinien der Philosophie des Rechts oder Naturrecht und
Staatswissenschaft im Grundrisse (1821). Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1986, Vorrede, p. 28.
13
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, introduction, p. 3.
14
TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre à John Stuart Mill, 15 novembre 1839. In: BEAUMONT (Ed.), op.
cit., VI, p. 94; novamente se dirigindo ao amigo inglês, explicita: “partindo de noções que me
forneciam a sociedade americana e francesa, quis pintar os traços gerais das sociedades
democráticas, dos quais não existe ainda nenhum modelo completo” (TOCQUEVILLE, Alexis de.
Lettre à John Stuart Mill, 18 décembre 1840. In: BEAUMONT (Ed.), op. cit., VI, p. 108).
15
MÉLONIO, Françoise. Tocqueville and the french. Trans. Beth G. Raps. Charlottesville:
University Press of Virginia, 1998, p. 65.
18 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
16
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, introduction, p. 15.
17
TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre à John Stuart Mill, 10 novembre 1836. In: BEAUMONT (Ed.), op.
cit., VI, p. 65.
18
TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre au Comte Louis de Kergorlay, 18 octobre 1847. In: BEAUMONT
(Ed.), op. cit., V, p. 376-7; cf. DRESCHER, Seymour. Tocqueville’s comparative perspectives. In:
WELCH, Cheryl B. (Ed.). The cambridge companion to Tocqueville. Cambridge: Cambridge
University Press, 2006, p. 31.
19
TOCQUEVILLE, Alexis de. Democracy in America: historical-critical edition. Eduardo Nolla (Ed.).
Transl. James T. Schleifer. Indianapolis: Liberty Fund, 2010, foreword to the twelfth edition, p. 1374-
5; cf. ZETTERBAUM, Marvin. Alexis de Tocqueville (1963). In: STRAUSS, Leo; CROPSEY, Joseph
(Org.). História da filosofia política. Trad. Heloísa Gonçalves Barbosa. Rio de Janeiro: Forense
Universtária, 2013, p. 683.
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1
BERLIN, Isaiah. Two concepts of liberty (1958). In: ______. Liberty: incorporating four essays on
liberty. Henry Hardy (Ed.). Oxford: Oxford University Press, 2002, p. 168-9.
2
Ibid., p. 171.
3
Entre outros: LAMBERTI, Jean-Claude. La libertad y las ilusiones individualistas según Tocqueville
(1986). In: ROLDÁN, Darío (Ed.) Lecturas de Tocqueville. Madrid: Siglo XXI, 2007, p. 187;
LOSURDO, Domenico. A fenomenologia do poder: Marx, Engels, Tocqueville. Lua Nova, São Paulo,
n. 38, p. 43, dez. 1996; QUIRINO, Célia N. Galvão. Dos infortúnios da igualdade ao gozo da
liberdade: uma análise do pensamento político de Alexis de Tocqueville. São Paulo: Discurso
Editorial, 2001, p. 46 e 136; BROGAN, Hugh. Alexis de Tocqueville: o profeta da democracia
(2006). Trad. Mauro Pinheiro. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 344, 489 e 502; DIJN, Annelien de.
French political thought from Montesquieu to Tocqueville: liberty in a levelled society?
Cambridge: Cambridge University Press, 2008, p. 139; FRANCO, Lívia. Pensar a democracia com
Tocqueville (2012). São Paulo: Loyola, 2014, p. 183-5.
22 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
4
BERLIN, op. cit., 1958, p. 168-9.
5
Ibid., p. 212.
6
Ibid., p. 169.
7
Ibid., p. 170.
8
Ibid., p. 171.
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9
Ibid., p. 172.
10
Ibid.
11
Ibid., p. 166.
12
Ibid., p. 171.
13
Ibid., p. 175-6.
24 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
14
Ibid., p. 174.
15
Ibid., p. 176.
16
Ibid., p. 209.
17
Ibid., p. 210.
18
Ibid., p. 211.
19
Ibid., p. 168.
20
Ibid., p. 178.
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21
Ibid., p. 194.
22
Ibid., p. 180.
23
Ibid., p. 179.
24
Ibid., p. 191.
25
Ibid., p. 184-5.
26
Ibid., p. 204.
26 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
27
Ibid., p. 179.
28
Ibid., p. 199
29
Ibid., p. 212.
30
Ibid., p. 214.
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31
TOCQUEVILLE, Alexis de. De la démocratie en Amérique, II (1840). In: ______________. Œuvres,
II, André Jardin (Org.). Paris: Gallimard, 1992, I, 17, p. 589.
28 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
32
Bocage refere-se à paisagem típica do noroeste da França de pradarias onduladas e arborizadas.
33
MCPHEE, Peter. The french revolution: 1789-1799. Oxford: Oxford University Press, 2002, p. 110.
34
Ibid., p. 112 e 181.
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39
Entre outros: FURET, François. El nacimento de um paradigma: Tocqueville y el viaje a América
(1825-1831) (1984). In: ROLDÁN, Darío (Ed.) Lecturas de Tocqueville. Madrid: Siglo XXI, 2007, p.
54; LAMBERTI, in Lecturas, p. 173; KELLY, George Armstrong. The humane comedy: Constant,
Tocqueville and french liberalism. Cambridge: Cambridge University Press, 1992, p. 62, 79 e 231;
FRANCO, op. cit., 2012, p. 26-7.
40
TAYLOR, Charles. Hegel e a sociedade moderna (1979). Trad. Luciana Pudenzi. São Paulo:
Loyola, 2005, p. 93-5.
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41
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, IV, 6, p. 838.
42
MONTAIGNE, Michel de. Essais, Livre II (1582/88). Pierre Michel (Ed.). Paris: Gallimard, 1965, 16,
p. 372. O Démocratie faz expressa referência a esse capítulo dos ensaios (TOCQUEVILLE, op. cit.,
1840, II, 8, p. 636).
43
TOCQUEVILLE, Alexis de. L’ancien régime et la revolution (1856). In :___________. Œuvres, III,
André Jardin (Org.). Paris: Gallimard, 2004, III, 3, p. 195.
44
QUIRINO, op. cit., 2001, p. 46.
45
Ibid., p. 48, 52 e 127.
46
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 3, p. 59; id., op. cit., 1840, II, 1, p. 611.
32 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
47
HEGEL, op. cit., § 124 Anm.; id., op. cit., 1837, Einleitung, II, p. 66; WELLMER, op. cit., 1989, p.
39; HONNETH, Axel. Das Recht der Freiheit: Grundriß einer demokratischen Sittlichkeit.
Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2011, p. 58.
48
WHITE, Hayden. Meta-história: a imaginação histórica do século XIX (1973). Trad. José Laurênio
de Melo. São Paulo: EDUSP, 1992, p. 221, p. 25.
49
Ibid., p. 206-8.
50
Ibid., p. 216.
51
Ibid., p. 222.
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52
Ibid., p. 24.
53
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, introduction, p. 8.
54
VIANNA, Luiz Werneck. Lições da América: o problema do americanismo em Tocqueville. Lua
Nova, São Paulo, n. 30, p. 160, ago. 1993.
55
MONTESQUIEU, Charles-Louis de Secondat. De l’esprit des lois, I (1748). Paris: Garnier-
Flammarion, 1979, XVIII, 14 e 30.
56
GUIZOT, François. Histoire de la civilisation en Europe, depuis la chute de l'Empire romain
jusqu'à la Révolution française (1828/30). 18ème edition. Paris: Didier, 1881, p. 61-2. Esse foi o único
livro requisitado por Tocqueville durante a viagem aos Estados Unidos, em carta a Ernest de Chabrol
de 18 de maio de 1831 (NOLLA (Ed.), op. cit., 2010, p. 18a).
34 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
57
TOCQUEVILLE, Alexis de. État social et politique de la France avant et depuis 1789 (1836). In:
______________. Œuvres, III, André Jardin (Org.). Paris: Gallimard, 2004, II, p. 34.
58
Id., op. cit., 1833/35, 7 juillet, p. 514.
59
Id., op. cit., 1835, II, 5, p. 226.
60
Ibid., I, 2, p. 32-3 e 46; I, 5, p. 70.
61
Id., op. cit., 1840, IV, 4, 815-6.
62
Id., op. cit., 1835, II, 6, p. 274-5.
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63
CONSTANT, Benjamin. Princípios de política aplicáveis a todos os governos representativos e em
particular à Constituição atual da França (1815). In: QUIRINO, Célia N. Galvão (Ed.). Escritos de
política. Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 74.
64
Ibid., p. 57.
65
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, introduction, p. 7.
66
Id., op. cit., 1840, II, 1, 607 e 611.
67
Ibid., IV, 7, p. 848.
68
Ibid., IV, 8, p. 854.
69
QUIRINO, op. cit., 2001, p. 45.
36 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
70
Ibid., p. 47.
71
LEFORT, Claude. From equality to freedom: fragments of an interpretation of Democracy in
America (1986). In: _______. Democracy and political theory. Transl. David Macey. Cambridge:
Polity Press, 1988, p. 195; MANENT, Pierre. Guizot y Tocqueville frente a lo antiguo y lo nuevo
(1991). In: ROLDÁN, Darío (Ed.) Lecturas de Tocqueville. Madrid: Siglo XXI, 2007, p. 73; VIANNA,
op. cit., 1993, p. 174.
72
LEFORT, op. cit., 1986, p. 196.
73
Cf. MILL, John Stuart. De Tocqueville on Democracy in America, II (1840). In: ____. The collected
works of John Stuart Mill. John M. Robson (Ed.). Vol. XVIII. Toronto: University of Toronto Press,
1977, p. 156. Para ser mais preciso, a expressão teve origem na tradução para o francês como
“tyrannie des majorités” da passagem “oppressions of factious majorities” (HAMILTON, Alexander;
JAY, John; MADISON, James. The federalist: a commentary on the Constitution of the United States.
Robert Scigliano (Ed.). New York: Random House, 2000, No. 51, p. 335) citada e reproduzida no
Démocratie (TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 7, p. 299). Note-se que a tradução era do próprio
Tocqueville, pois a edição francesa dos artigos federalistas, que também foi utilizada por ele na época
(NOLLA (Ed.), op. cit., 2010, p. 1384), traduzia a expressão como “majorité factieuse” (HAMILTON,
Alexander; JAY, John; MADISON, James. Le fédéralist, ou collection de quelques écrits en faveur de
la Constitution proposée aux États-Unis de l’Amérique, par la Convention convoquée en 1787.
Buisson: Paris, 1792, p. 167).
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Você diz que pareceremos um dia à ralé que tem sobre seus olhos
[na Ásia]: é possível. Mas, antes que isso aconteça, seremos seus
mestres. Alguns milhões de homens que, há poucos séculos,
viviam quase sem abrigo dentro de florestas e pântanos serão,
antes de cem anos, os transformadores do globo em que habitam
e os dominadores de toda sua espécie. Não há anúncio mais
claramente antecipado nas visões da Providência.84
que as famílias nobres tenham sofrido uma redução de aproximadamente um terço de sua renda
média. Não puderam, também, evitar de pagar os impostos, que mais que triplicaram sobre suas
rendas em comparação com o período pré-revolucionário (MCPHEE, op. cit., 2002, p. 197). Isso não
impedia Tocqueville, por exemplo, de manter, na metade do século XIX, um empregado com a
função exclusiva de limpar suas botas e escovar suas roupas, embora já percebesse a sociedade
francesa como a mais democrática da Europa (Op. cit., 1850/51, II, 10, p. 861). As principais perdas
não foram no campo das desigualdades de renda e riquezas, que continuaram muito elevadas, mas
sim nos direitos judiciais e poderes políticos – das cortes senhoriais até aos parlaments –, bem como
no prestígio e deferência pela prática da igualdade legal. Uma erosão da “mística da nobreza...
mesmo quando os nobres sobreviveram à Revolução com as propriedades fundiárias intactas, suas
relações sociais com os demais submeteram-se a uma enorme mudança” (MCPHEE, op. cit., 2002, p.
198). Há estimativa de economistas de que, na segunda metade do século XIX, a concentração de
renda em França tenha variado entre 0,66 e 0,55 do índice Gini, semelhante aos piores índices
brasileiros, sob a ditadura militar. Depois da redemocratização, esse índice passou a variar, na
primeira metade do século XXI, entre 0,59 e 0,51, ainda muito superior aos dos países mais
democráticos do mundo contemporâneo (cf. MORRISSON, Christian; SNYDER, Wayne. The income
inequality of France in historical perspective. European Review of Economic History, Cambridge,
v. 4, p. 70, april 2000; BRASIL. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Renda -
desigualdade - coeficiente de Gini (1976-2014). Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br>.
Acesso em 04/01/2019). Quanto à desigualdade de riquezas, estima-se que os franceses 10% mais
ricos concentravam mais de 80% das riquezas nacionais durante o século XIX, em contraste com
pouco mais de 40% concentrados pelos brasileiros 10% mais ricos, em níveis semelhantes aos dos
países mais democráticos da contemporaneidade (cf. GARBINTI, Bertrand; GROUPILLE-LEBRET,
Jonathan; PIKETTY, Thomas. Accounting for wealth inequality dynamics: methods, estimates and
simulations for France (1800-2014). World Inequality Database, p. 25-6, dez. 2016. Disponível em:
<https://wid.world/>. Acesso em 05/01/2019; BENEDICTO, Marcelo; MARLI, Mônica. 10% da
população concentram quase metade da renda do país. Agência IBGE Notícias, 11/04/2018.
Disponível: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br>. Acesso em 05/09/2019).
90
CONSTANT, Benjamin. Da liberdade dos antigos comparada à dos modernos (1818). Trad. Loura
Silveira. Filosofia Política, Porto Alegre, n. 2, p. 21, 1985.
91
GUIZOT, François. Politique spéciale: de la monarchie française depuis la seconde restauration
jusqu’à la fin de la session de 1816, avec un supplément sur la session actuelle, par M. le comte de
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109
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 7, p. 281-2.
110
MONTAIGNE, op. cit., 1582/88, III, 2, p. 45.
111
NOLLA (Ed.), op. cit., p. 727-8b.
112
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, III, 9, p. 714.
113
Ibid., III, 11, p. 719 e III, 12, p. 728-9.
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114
Id., op. cit., 1835, II, 10, p. 416.
115
QUIRINO, op. cit., 2001, p. 103; AMIEL, op. cit., 2002, p. 47.
116
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 10, p. 418.
117
Ibid., p. 389-90, 393 e 450-1.
118
Ibid., I, 1, p. 28 e II, 10, p. 381-2; cf. GUIZOT, op. cit., 1828/30, p. 60; BENOÎT, Jean-Louis.
Tocqueville’s reflections on a democratic paradox. In: HENDERSON, Christine Dunn (Ed.)
Tocqueville’s voyages: the evolution of his ideas and their journey beyond his time. Indianapolis:
Liberty Fund, 2014, p. 286 e 296.
119
BOESCHE, op. cit., 2005, p. 114; BENOÎT, op. cit., 2014, p. 300-1.
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120
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 2, p. 58.
121
Cf. BÜCHNER, Georg. A morte de Danton (1834/35). Rio de Janeiro: Ediouro, 1985, p. 84.
122
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, introduction, p. 12.
123
NOLLA (Ed.), op. cit., 2010, editor’s introduction, xlviii; na já citada carta a Henry Reeve de 22
março de 1837, reforça: “as pessoas me atribuem alternativamente preconceitos democráticos ou
aristocráticos. Talvez eu tivesse esses ou aqueles, se eu tivesse nascido em outro século ou em outro
país. Mas o acaso de meu nascimento fez muito fácil defender-me de uns e outros. Eu vim ao mundo
ao fim de uma grande revolução que, depois de haver destruído o antigo estado, nada criou de
durável. A aristocracia já não existia mais e a democracia não existia ainda... Em uma palavra, eu
estava tão bem em equilíbrio entre o passado e o futuro que não me sentia natural e instintivamente
atraído nem em direção a um, nem a outro, e não precisei de grandes esforços para olhar
tranquilamente para os dois lados” (In: BEAUMONT (Ed.), op. cit., VI, p. 68-9).
124
TOCQUEVILLE, Alexis de. De la classe moyenne et du peuple (1847). In :___________. Œuvres, I,
André Jardin (Org.). Paris: Gallimard, 1991, p. 1121 note; id., op. cit., 1850/51, I, 5, p. 765;
46 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
125
Id., op. cit., 1835, introduction, p. 18.
126
MARX, Karl. Die Klassekämpfe in Frankreich 1848 bis 1850 (1850). In: ______; ENGELS,
Friedrich. Werke. Band 7. Berlin: Dietz Verlag, 1960, p. 10.
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127
CONSTANT, op. cit., 1815, VI, p. 63.
128
Id., op. cit., 1818, p. 9.
129
Ibid., p. 16.
130
Ibid., p. 10.
48 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
131
Ibid., p. 19.
132
TOCQUEVILLE, op. cit., 1856, II, 6, p. 105-6.
133
Id., op. cit., 1840, I, 4, p. 529.
134
Id., op. cit., 1833/35, 7 septembre, p. 456.
135
Id., op. cit., 1840, p. 529-30; id., op. cit., 1856, III, 1, p. 171.
136
Id., op. cit., 1850/51, II, 1, p. 780.
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137
MILL, op. cit., 1859, p. 219.
138
SIEDENTOP, Larry. Two liberal traditions. In: RYAN, Alan (Ed.). The idea of freedom: essays in
honour of Isaiah Berlin. Oxford: Oxford University Press, 1979, p. 156; GOYARD-FABRE, Simone. El
pensamiento político de Alexis de Tocqueville (1991). In: ROLDÁN, Darío (Ed.). Lecturas de
Tocqueville. Madrid: Siglo XXI, 2007, p. 32; QUIRINO, op. cit., 2001, p. 43-4; GUELLEC, Laurence.
The writer engagé: Tocqueville and political rhetoric. Transl. Arthur Goldhammer. In: WELCH,
Cheryl B. (Ed.). The cambridge companion to Tocqueville. Cambridge: Cambridge University
Press, 2006, p. 169; FRANCO, op. cit., 2012, p. 33.
139
MILL, op. cit., 1840, p. 156 .
140
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, introduction, p. 8.
50 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
141
CONSTANT, op. cit., 1815, VI, p. 64.
142
BERLIN, op. cit., 1958, p. 166-7.
143
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 3, p. 50 manuscrit; cf. GUIZOT, op. cit., 1828/30, p. 13-4.
144
Cf. FURET, in Lecturas, p. 52; MANENT, in Lecturas, p. 65.
145
GUIZOT, op. cit., 1828/30, p. 8-9 e 24-5.
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146
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, I, 3 e XIX, 4-5.
147
GUIZOT, op. cit., 1828/30, p. 11, 15 e 23.
148
Ibid., p. 10.
149
Ibid., p. 16-8.
150
Ibid., p. 22.
151
Ibid., p. 34.
152
TOCQUEVILLE, op. cit., 1833/35, 7 septembre, p. 450.
52 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
173
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, I, 20, p. 600-1.
174
Ibid., IV, 8, p. 853.
175
GRAY, John. Berlin’s agonistic liberalism. In: ____. Post-liberalism: studies in political thought.
London: Routledge, 1993, p. 65
176
Ibid., p. 67
56 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
177
Cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 1, p. 608.
178
GRAY, op. cit., 1993, p. 67.
179
MILL, op. cit., 1840, p. 191; sem o mesmo teor crítico cf. REIS, Helena Esser dos. Virtudes e vícios
da democracia. Philosophos, Goiânia, v. 11, n. 1, p. 118, jan./jun. 2006; BOESCHE, Roger. Preface.
In: _______. Tocqueville’s road map: methodology, liberalism, revolution and despotism. Lanham:
Lexington Books, 2008, p. 2-5.
180
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 2, p. 48.
181
Id., op. cit., 1840, avertissement, p. 510.
182
HEGEL, op. cit., 1837, Einleitung, II, p. 58.
Felipe Moralles e Moraes | 57
194
Ibid., p. 96-8.
195
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 9, p. 358.
196
ELSTER, op. cit., 2009, p. 97.
197
Por exemplo, quando menciona o estado social democrático nos EUA (TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I,
3, p. 50; id., op. cit., 1840, avertissement, p. 509) ou quando fala da semelhança entre o estado social dos
índios americanos com o dos antigos povos germânicos (id., op. cit., 1835, II, 10, p. 381).
198
Por exemplo, quando menciona a influência determinante das leis de sucessão na diferenciação
entre os Estados do Sul e do Norte dos EUA (ibid., I, 3, p. 52).
199
Por exemplo, quando reflete que, se costumes livre nos EUA fizeram livres as instituições políticas,
“em França, cabe às instituições políticas livres fazer os costumes” (TOCQUEVILLE, Alexis de. Cahier
portatif 3. In: ___________. Œuvres, I, André Jardin (Org.). Paris: Gallimard, 1991, p. 167).
200
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 2, p. 34.
60 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
201
Ibid., II, 10, p. 435; id., op. cit., 1840, III, 18, p. 750 note.
202
Ibid., p. 369.
203
Ibid., p. 371.
204
ELSTER, op. cit., 2009, p. 98; cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 10, p. 370 e 419-20.
205
Ibid., p. 79-80.
206
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 10, p. 402-3.
Felipe Moralles e Moraes | 61
1.2 Democracia
207
Cf. ELSTER, op. cit., 2009, p. 98.
208
Cf. MELVILLE, Herman. Benito Cereno (1856). In: ________. Contos de Herman Melville. Trad.
Olívia Krähenbühl. São Paulo: Cultrix, 1985, p. 86
209
Cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 10, p. 418.
210
Id., op. cit., 1850/51, I, 3, p. 753 e II, 9, p. 851; cf. TOCQUEVILLE, Alexis de. Discours prononcé le
27 janvier 1848 (1848). In :___________. Œuvres, I, André Jardin (Org.). Paris: Gallimard, 1991, p.
1126.
62 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
1.2.1 Estrutura
211
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, III, 1.
212
Cf. HONNETH, op. cit., 2011, p. 585.
213
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, III, 3.
214
Ibid., II, 1.
215
Ibid., V, 3.
Felipe Moralles e Moraes | 63
221
Id., op. cit., 1833/35, 2 août, p. 583
222
Id., op. cit., 1835, I, 8, p. 187-8.
223
Id., op. cit., 1836, II, p. 38.
224
Id., op. cit., 1835, II, 8, p. 313.
225
Id., op. cit., 1840, III, 21, p. 769.
Felipe Moralles e Moraes | 65
1.2.2 Princípio
226
Esse embate marcou os acontecimentos em França de 1789 até ao menos 1830, bem como os debates
nos EUA sobre a Constituição de 1787, que era acusada de dar demasiado poder político a classes
aristocráticas – seja pelo número reduzido de representantes na House of Representatives, seja pela
existência, composição e duração dos mandatos do Senate, diminuindo o poder político das assembleias
estaduais e classes populares, cf. FEDERAL FARMER, I e III; BRUTUS, I e III; CATO, V. In: BAILYN,
Bernard (Ed.). The debate on the constitution: federalist and antifederalist speeches, articles, and letters
during the struggle over ratification. Part One. New York: The Library of America, 1993, p. 164, 249-50,
259-61, 321 e 400; DEWITT, John. III. In: KETCHAM, Ralph (Ed.). The anti-federalist papers and the
conventional debates. New York: Signet Classics, 2003, p. 330-3.
227
MANENT, Pierre. Tocqueville, political philosopher. Transl. Arthur Goldhammer. In: WELCH,
Cheryl B. (Ed.). The cambridge companion to Tocqueville. Cambridge: Cambridge University
Press, 2006, p. 111.
228
CONDORCET, Marquis de Jean-Antoine-Nicolas de Caritat. Esquisse d’un tableau historique
des progrès de l’esprit humain (1793/94). Paris: J. Vrin, 1970, p. 194.
229
CONSTANT, Benjamin. De la perfectibilité de l’espèce humaine (1829). In: _______. Mélanges de
littérature et de politique, II. Louvain: F. Michel, 1830, p. 116.
66 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
230
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 3, p. 49.
231
Ibid., introduction, p. 7.
232
GUIZOT, op. cit., 1828/30, p. 209.
233
Ibid., p. 40-1.
234
TOCQUEVILLE, op. cit., 1856, II, 12, p. 155.
235
Cf. GUIZOT, op. cit., 1820, p. 138; TOCQUEVILLE, op. cit., 1836, I, p. 15.
236
TOCQUEVILLE, op. cit., 1850/51, I, 1, p. 728 e 732.
Felipe Moralles e Moraes | 67
245
A tese materialista da tradição marxista não se reduz à trivialidade de que as pessoas agem
frequentemente orientadas por interesses mundanos, nem à teorização sobre a conexão entre as
condições materiais e imateriais da existência (nesses sentidos, Tocqueville era certamente
materialista). A tese materialista da tradição marxista é que há uma relação necessária entre o modo
de produção capitalista e as múltiplas dimensões da sociedade moderna (Cf. MARX, Karl; ENGELS,
Friedrich. Die deutsche Ideologie: Kritik der neuesten deutschen Philosophie in ihren
Repräsentanten Feuerbach, B. Bauer und Stirner, und des deutschen Sozialismus in seinen
verschiedenen Propheten (1845/46). In: ______; ______. Werke. Band 3. Berlin: Dietz Verlag, 1958,
p. 37-8; MARX, Karl. Der achtzehnte Brumaire des Louis Bonaparte (1852). In: ______; ENGELS,
Friedrich. Werke. Band 8. Berlin: Dietz Verlag, 1960, p. 139; MARX, Karl. Das Kapital: Kritik der
politischen Ökonomie, Erster Band (1867). In: ______; ENGELS, Friedrich. Werke. Band 23. Berlin:
Dietz Verlag, 1962, p. 94). Todas relações sociais são momentos do processo de produção social,
porque emergem do modo de produção, nas palavras de Horkheimer: “a vida da sociedade é um
resultado da totalidade do trabalho nos diferentes ramos de profissão... os seus ramos, dentre eles a
ciência, não podem ser vistos como autônomos e independentes” (HORKHEIMER, Max. Teoria
tradicional e teoria crítica (1937). In: ___________ [et. al]. Textos escolhidos. Željko Lopaić e Otília
B. Fiori Arantes (Sel.). Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1975, p. 131). As críticas
mais recentes ao capitalismo como “modelo de subjetivação”, “way of life”, “forma de vida” ou
“forma da razão” (respectivamente, DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo:
ensaio sobre a sociedade neoliberal (2009). Trad. Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 17;
STREECK, Wolfgang. How to study contemporary capitalism? (2011) In: ______. How will
capitalismo end? Essays on a failing system. London: Verso, 2017, p. 204; JAEGGI, Rahel. O que há
(se de fato há algo) de errado com o capitalismo? Três vias de crítica do capitalismo (2013).
Cadernos de Filosofia Alemã, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 34, jul./dez. 2015; BROWN, Wendy. Undoing
the demos: neoliberalism’s stealth revolution. New York: Zone Books, 2015, p. 17), seguem essa
tradição, ao pressuporem um vínculo necessário entre o sistema econômico e todas dimensões
técnicas, culturais e políticas da sociedade moderna (DARDOT/LAVAL, op. cit., 2009, p. 31 e 384;
STREECK, op. cit., 2011, p. 203 ss.; JAEGGI, op. cit., 2013, p. 15; BROWN, op. cit., 2015, p. 30).
246
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifest der Kommunistischen Partei (1848). In: ______.
Werke. Band 4. Berlin: Dietz Verlag, 1959, p. 467.
247
Ibid., p. 472.
Felipe Moralles e Moraes | 69
248
Ibid., p. 473.
249
Ibid., p. 481.
250
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 3, p. 58.
251
Cf. MARX, op. cit., 1850, p. 27; TOCQUEVILLE, op. cit., 1850/51, II, 8, p. 838-9.
70 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
1.2.3 Objeto
255
NICOLETE, Roberta K. Soromenho. Quando a política caminha na escuridão: um estudo sobre
interesse e virtude n’A Democracia na América de Tocqueville. Dissertação de Mestrado.
Universidade de São Paulo. Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, São Paulo, 2012, p. 27.
256
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, XI, 5.
257
HAMILTON, No. 71, in The federalist, p. 458.
258
CONSTANT, op. cit., 1815, VIII, p. 70.
72 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
274
HABERMAS, op. cit., 1962, p. 91.
275
Cf. FLAUBERT, Gustave. A educação sentimental (1869). Trad. Adolfo Casais Monteiro. São
Paulo: Abril Cultural, 1985, p. 50, 170, 274 e 401.
276
STENDHAL. O vermelho e o negro (1830). Trad. Souza Júnior e Casemiro Fernandes. São Paulo:
Abril Cultural, 1981, p. 136.
277
HABERMAS, op. cit., 1962, p. 92-3.
278
Ibid., p. 96.
279
Ibid., p. 138-9.
280
TOCQUEVILLE, op. cit., 1833/35, 19 août, p. 425.
Felipe Moralles e Moraes | 75
281
Id., op. cit., 1840, I, 21, p. 605-6.
282
Ibid., II, 7, p. 633.
283
Id., op. cit., 1835, II, 6, p. 279.
284
HABERMAS, op. cit., 1962, p. 97-9.
285
Ibid., p. 115-6.
286
Ibid., p. 142.
76 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
287
Ibid., p. 323 [tradução de HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública:
investigações sobre uma categoria da sociedade burguesa. Trad. Denilson Luís Werle. São Paulo:
UNESP, 2011, p. 460].
288
MADISON, No. 49, in The federalist, p. 323.
289
CONSTANT, op. cit., 1815, XVII, p. 143.
290
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, I, 1, p. 514.
Felipe Moralles e Moraes | 77
291
POE, Edgar A. O homem das multidões (1840). In: ______. Ficção completa, poesia e ensaios.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.
292
TOCQUEVILLE, op. cit., 1850/51, II, 11, p. 877.
293
Id., op. cit., 1840, I, 2, p. 521; cf. ibid., IV, 2, p. 809.
294
Ibid., III, 26, p. 801 n.; cf. ibid. IV, 3, p. 814.
78 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
O mestre não diz mais: “Você pensará como eu, ou morrerá”; ele
diz “Você é livre de não pensar como eu; pode conservar sua vida,
seus bens; mas a partir de hoje você é um estrangeiro entre nós.
Você pode manter seus direitos civis, mas eles se lhe tornarão
inúteis; porque, se você concorre à escolha de seus cidadãos, eles
não a concederão, e, se você demandar sua estima, eles a
recusarão. Você permanecerá entre os homens, mas perderá seus
direitos de humanidade”.295
295
Id., op. cit., 1835, II, 7, p. 293-4.
296
Id., op. cit., 1840, III, 21, p. 779.
297
Ibid., I, 2, p. 521.
298
Ibid., p. 522.
299
Ibid., III, 5, p. 695.
300
Id., op. cit., 1835, II, 7, p. 293.
Felipe Moralles e Moraes | 79
305
CONSTANT, op. cit., 1815, XVII, p. 149.
306
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 3, p. 207.
307
Ibid., II, 4, p. 218.
308
MILL, op. cit., 1859, p. 254, 257 e 272; cf. RAWLS, John. Lectures on the history of political
philosophy (1994). Samuel Freeman (Ed.) Cambridge: Harvard University Press, 2007, p. 269 e
312-3.
Felipe Moralles e Moraes | 81
309
CONSTANT, op. cit., 1815, I, p. 13.
310
Id., op. cit., 1829, p. 118.
311
Id., op. cit., 1815, I, p. 16-7.
312
MILL, op. cit., 1859, p. 223 e 292; cf. RAWLS, op. cit., 1994, p. 286-7.
313
Ibid., p. 227 e 259.
314
HABERMAS, op. cit., 1962, p. 214.
315
Ibid., p. 211.
82 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
316
Ibid., p. 213.
317
Ibid., p. 223.
318
Ibid., p. 214-5.
319
Ibid., p. 297 e 307.
320
Cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 3, p. 210 ; id., op. cit., 1856, I, 3, p. 472 manuscrit.
321
Id., op. cit., 1840, III, 21, p. 780.
322
MILL, op. cit., 1859, p. 220 e 226.
Felipe Moralles e Moraes | 83
323
Cf. Ibid., p. 236-7, 246, 248, 265, 283-4, 286.
324
RIBEIRO, Renato Janine. Introdução: a política teatral. In: TOCQUEVILLE, Alexis de. Lembranças
de 1848: as jornadas revolucionárias em Paris. Trad. Modesto Florenzano. São Paulo: Companhia
das Letras, 1991, p. 10.
325
Cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1850/51, I, 1, p. 768-9; MARX, op. cit., 1850, p. 9.
326
Ibid., II, 7, p. 831 e III, 2, p. 901; cf. Id., op. cit., 1835, II, 10, p. 393 manuscrit.
327
MARX, op. cit., 1850, p. 70.
328
TOCQUEVILLE, op. cit., 1850/51, II, 7, p. 829.
329
MARX, op. cit., 1852, p. 197
84 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
330
HABERMAS, op. cit., 1962, p. 188-9.
331
HABERMAS, Jürgen. Faktizität und Geltung: Beiträge zur Diskurstheorie des Rechts und des
demokratischen Rechtsstaats. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1998, p. 368; HONNETH, op. cit.,
2011, p. 549.
332
HABERMAS, op. cit., 1962. p. 310-1 [na tradução brasileira id., op. cit., 2011, p. 445].
Felipe Moralles e Moraes | 85
333
Ibid., p. 327.
334
Ibid., p. 356.
335
HABERMAS, Jürgen. Noch einmal: Zum Verhältnis von Theorie und Praxis. In: ___________.
Wahrheit und Rechtfertigung: philosophische Aufsätze. Suhrkamp: Frankfurt am Main, 2004, p. 358.
336
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 6, p. 626-8.
337
HABERMAS, op. cit., 1962, p. 357.
86 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
343
Ibid., p. 270-1 e 426; ZETTERBAUM, op. cit., 1963, p. 691.
344
LOSURDO, op. cit., 1996, p. 38, 43 e 53; cf. MARX, op. cit., 1852, 153-4.
345
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 2, p. 32-3.
346
Ibid., II, 10, p. 382 ; id., op. cit., 1840, II, 1, p. 608.
88 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
347
Id., op. cit., 1836, II, p. 35.
348
Id., op. cit., 1856, II, 11, p. 153-4.
349
Id., op. cit., 1835, II, 6, p. 276; id., op. cit., 1840, III, 5, p. 697-8.
Felipe Moralles e Moraes | 89
350
Ibid., I, 5, p. 105.
351
Ibid., II, 6, p. 272.
352
Id., op. cit., 1840, IV, 7, p. 841.
90 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
353
Id., op. cit., 1835, I, 5, p. 78.
354
Id., op. cit., 1856, II, 11, p. 153, 1ère note.
Felipe Moralles e Moraes | 91
355
AMIEL, op. cit., 2002, p. 8; cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1836, I, p. 16; id., op. cit., 1840, III, 18, p. 747;
essa definição aproxima a aristocracia do conceito de facção, enquanto grupo de cidadãos que atua por
um interesse ou impulso passional comum contrário ao direito dos outros cidadãos ou ao interesse
permanente e global da comunidade. A principal vantagem de uma estrutura de governo bem construída
é, escreve Madison, “quebrar e controlar a violência das facções”. Não é sem razão, porém, que Tocqueville
prefere o conceito de aristocracia ao de facção, porque essa pode ser compostas tanto por uma minoria,
quanto pela maioria (Cf. MADISON, No. 10, in The Federalist, p. 53-4).
356
AMIEL, op. cit., 2002, p. 9 e 23; ELSTER, op. cit., 2009, p. 132; diz-se que a terminologia nem
sempre é consistente, pois se refere, por exemplo, à aristocracia, quando fala em nobreza: “uma
nação pode apresentar fortunas imensas e grandes misérias; se, porém, essas fortunas não chegam a
ser territoriais, veem-se no seio dela pobres e ricos; não existe, a bem dizer, a aristocracia”
(TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 2, p. 32).
357
BARANTE, Prosper Brugière. Des communes et de l’aristocratie. Paris: Librairie Française de
L’Advocat, 1821, p. 38-40 e 48-9.
358
TOCQUEVILLE, op. cit., 1856, II, 12, p. 160-1.
359
Ibid., II, 8, p. 119.
360
Ibid., II, 1, p. 78.
92 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
361
RICHELIEU, D’Armand du Plessis. Testament politique. Amsterdam: Henry Desbordes, 1688, III,
1, p. 156. Assim, ao contrário do que sugere Jon Elster (op. cit., 2009, p. 153-4), não se tratava de um
efeito acidental, mas de uma política intencional dos reis absolutistas (cf. BARANTE, op. cit., 1821, p.
7, 28 e 40).
362
TOCQUEVILLE, op. cit., 1836, I, p. 9; id., op. cit., 1856, II, 9, p. 125-6.
363
Cf. DUBY, Georges. As três ordens: ou o imaginário do feudalismo. Lisboa: Estampa, 1982, p. 44.
364
STENDHAL, op. cit., 1830, p. 364.
365
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 13, p. 569.
366
Id., op. cit., 1856, II, 1, p. 75-6.
367
Id., op. cit., 1836, I, p. 14.
Felipe Moralles e Moraes | 93
368
Ibid., p. 7; id., op. cit., 1856, II, 8, p. 121.
369
Id., op. cit., 1833/35, 21 août, p. 441.
370
Id., op. cit., 1856, II, 9, p. 126.
371
Ibid., p. 134.
94 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
372
Id., op. cit., 1833/35, 26 juillet, p. 554-6; cf. id., op. cit., 1856, II, 9, p. 122.
373
Id., op. cit., 1836, I, p. 11.
374
Id., op. cit., 1840, III, 2, p. 682.
375
Id., op. cit., 1833/35, 7 juillet, p. 512.
376
Ibid., 2 juillet, p. 503
Felipe Moralles e Moraes | 95
377
Id., op. cit., 1840, II, 20, p. 675.
378
Ibid., p. 673-4.
379
Id., op. cit., 1850/51, I, 1, p. 729.
96 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
380
Id., op. cit., 1840, II, 20, p. 674-5; cf. AMIEL, op. cit., 2002, p. 39; OFFE, Claus. Alexis de Tocqueville or
the tyranny of the middle class. In: ____. Reflections on America: Tocqueville, Weber and Adorno in the
United States (2004). Transl. Patrick Camiller. Cambridge: Polity, 2005, p. 24.
381
Id., op. cit., 1840, II, 20, p. 674.
382
Id., op. cit., 1850/51, II, 2, p. 786.
383
Id., op. cit., 1835, II, 5, p. 237-9.
Felipe Moralles e Moraes | 97
387
STREECK, Wolfgang. How will capitalismo end? (2014) In: ______. How will capitalismo end?
Essays on a failing system. London: Verso, 2017, p. 68-9.
388
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 8, p. 308.
389
Ibid., p. 303-9.
390
ROBESPIERRE, Maximilien. Sur les principes de morale politique qui doivent guider la
convention nationale dans l’administration intérieure de la republique (1793). In: VERMOREL, A.
(Ed.). Œuvres de Robespierre. Paris: F. Cournol, 1866, p. 301.
391
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 8, p. 310.
Felipe Moralles e Moraes | 99
392
Ibid., I, 2, p. 49-50.
393
Ibid., II, 8, p. 310; cf. id., op. cit., 1833/35, 3 septembre, p. 432.
100 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
401
Ibid., II, 8, p. 306-7.
402
Ibid., p. 310.
403
Ibid., p. 305.
404
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, XI, 6.
102 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
405
Ibid.
406
HAMILTON, No. 81, in The Federalist, p. 524.
407
Id., No. 82, in The Federalist, p. 530-33.
408
Ibid., p. 534-5.
409
CONSTANT, op. cit., 1815, XI, p. 98.
Felipe Moralles e Moraes | 103
júri serve tanto como garantia contra uma aplicação opressora das
leis, quanto à educação moral do povo.410
Nessa tradição, Tocqueville destaca o caráter do júri como
fundamento das repúblicas democráticas, discernindo seu aspecto
político do judiciário. Não acredita que sua instituição seja uma
questão de boa ou má administração da justiça, de maior ou menor
capacidade de julgar, mas uma questão sobre quem possui o poder
político na sociedade: uma aristocracia ou o povo. Trata-se de uma
instituição de soberania, cujo aspecto judiciário não passa de
acessório. Mesmo que seja comum o jurado render-se às razões do
juiz, advogado ou promotor, é a autoridade da sociedade que ele
representa. “O homem que julga o criminoso é realmente o mestre
da sociedade. Porém, a instituição do júri coloca o povo ele
mesmo... sob o assento do juiz”.411 E os casos criminais não
encerram sua importância, pois neles os jurados ainda enxergam a
justiça longe de sua vida ordinária. Poucas pessoas conseguem se
ver como alvo de persecução criminal, mas todos sabem que
podem ter um processo civil. O júri civil expandia em muito os
hábitos de considerar as leis, direitos, justiça e equidade, pelo
contato com os argumentos dos advogados, inteligência e opiniões
dos juízes e mesmo paixões das partes; “e esses hábitos são
precisamente os que preparam melhor o povo para ser livre”. A
maior vantagem era servir como “escola gratuita e sempre aberta”,
na qual o povo adquire informação e conhecimento sobre assuntos
de governo, sem que a maioria transferisse, com isso, demasiado
poder para alguns poucos.412 É através do júri que a influência dos
juristas poderia servir como uma contrapeso ao governo popular,
sem colocar em perigo a própria estrutura democrática: “o júri,
410
Ibid., XIX, p. 163-5.
411
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 8, p. 311-3.
412
Ibid., p. 314-5; cf. FEDERAL FARMER, IV, in The debate, p. 279.
104 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
413
Ibid., p. 316-7.
414
Cf. Ibid., II, 4, p. 219.
415
Ibid., II, 5, p. 257-8.
416
Ibid., II, 6, p. 266-7; MILL, op. cit., 1859, p. 231.
417
Ibid., II, 10, p. 463.
Felipe Moralles e Moraes | 105
418
Ibid., II, 6, p. 265.
419
Ibid., p. 269.
420
Id., op. cit., 1836, II, p. 36.
421
Id., op. cit., 1835, II, 6, p. 273.
422
Ibid., II, 10, p. 396-7.
423
Ibid., p. 465.
106 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
429
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, I, 3, p. 526.
430
LAMBERTI, in Lecturas, p. 177; MANENT, in Lecturas, p. 72 ; id., in: The companion, p. 117;
REIS, Helena Esser dos. A verdade provisória da democracia: uma análise do pensamento ético-
político de Alexis de Tocqueville. Poliética, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 20, 2013.
431
TOCQUEVILLE, op. cit., 1836, II, p. 36.
432
Cf. FLAUBERT, op. cit., 1869, p. 184
108 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
433
ANTOINE, Agnès. Politique et religion chez Tocqueville. In: GUELLEC, Laurence (Org.).
Tocqueville et l’esprit de la démocratie. Paris: Sciences Po, 2005, p. 313.
434
Cf. TAYLOR, op. cit., 1979, p. 72.
435
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, III, 1, p. 680-1.
Felipe Moralles e Moraes | 109
436
Id., op. cit., 1835, II, 10, p. 412.
437
AMIEL, op. cit., 2002, p. 43.
438
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 5, p. 102-3.
439
Id., op. cit., 1840, II, 4, p. 616-7
440
GUELLEC, in The companion, p. 174; VILLA, in The companion, p. 223.
110 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
441
ELSTER, op. cit., 2009, p. 190
442
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 5, p. 103.
2
1
PETTIT, Philip. Republicanism: a theory of freedom and government. Oxford: Claredon Press,
1997, p. 19.
2
Entre outros: ARENDT, op. cit., 1963, p. 100; BOESCHE, Roger. Tocqueville on the tension between
commerce and citizenship (1988). In: _______. Tocqueville’s road map: methodology, liberalism,
revolution and despotism. Lanham: Lexington Books, 2008, p. 66; RAWLS, John. Political liberalism.
Expanded edition (1993). New York: Columbia University Press, 2005, p. 205 n. 37; AMIEL, op. cit., 2002,
p. 43; COHN, in A filosofia, p. 255-6; VILLA, in The companion, p. 235-6; WHITE, Stuart. Property-
owning democracy and republican citizenship. In: O’NEILL, Martin; WILLIAMSON, Thad (Ed.). Property-
owning democracy: Rawls and beyond. Oxford: Wiley-Blackwell, 2012, p. 139; COSTA, Marta Nunes.
Transformando a natureza humana: igualdade e liberdade política em Tocqueville. Agora: papeles de
filosofía, Santiago de Compostela, v. 34, n. 2, 2015.
3
PETTIT, op. cit., 1997, p. 129.
112 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
4
Ibid., p. 130.
5
Ibid., p. 5.
6
Ibid., p. 8.
7
Ibid., p. 30.
8
Ibid., p. 75-6 e 119.
Felipe Moralles e Moraes | 113
21
Ibid., p. 144.
22
Ibid., p. 62-3.
23
Ibid., p. 105.
24
Ibid., p. 58, 67-8 e 220.
116 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
25
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, VIII, 2-3.
26
ARENDT, Hannah. A promessa da política (1953). Jerome Kohn (Org.). Trad. Pedro Jorgensen Jr.
3. ed. Rio de Janeiro: Difel, 2010, p. 127.
Felipe Moralles e Moraes | 117
27
CONSTANT, Benjamin. De l'esprit de conquête et de l'usurpation, dans leurs rapports avec la
civilisation européenne (1814). 3ème edition. Paris: Le Normant, 1814, II, 3, p. 87-8 e 90.
28
Ibid., II, 2-3, p. 76-9 e 91-2.
29
Id., op. cit., 1815, I, p. 8.
30
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 9, p. 365.
118 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
38
MARX, op. cit., 1850, p. 114-6; id., op. cit., 1852, p. 196.
39
Ibid. p. 118; id., op. cit., 1852, p. 146, 161 e 197.
40
Cf. ELSTER, op. cit., 2009, p. 147-9; BOESCHE, Roger. Tocqueville and Marx: not opposites. The
Tocqueville Review, Toronto, v. 35, n. 2, p. 181-2, 2014.
41
HAYEK, op. cit., 1944, foreword to the 1956 american paperback edition, p. 48-9.
120 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
42
TOCQUEVILLE, op. cit., 1836, II, p. 27.
43
BROGAN, op. cit., 2006, p. 194 e 257-9.
44
BALZAC, Honoré de. Os jornalistas (1843). Trad. João Domenech. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2015, p. 49.
45
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 3, p. 58; cf. BROGAN, op. cit., 2006, p. 484. Na Assembleia
Constitucional de 1848, o liberal francês sustentou novamente o sistema de eleição direta para o
chefe do Executivo, o que era uma precaução republicana contra os candidatos dos partidos
monárquicos (JAUME, Lucien. Tocqueville y el problema del poder ejecutivo em 1848 (1991). In:
ROLDÁN, Darío (Ed.) Lecturas de Tocqueville. Madrid: Siglo XXI, 2007, p. 204 n. 37).
46
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 10, p. 460; cf. id., op. cit., 1840, I, 2, p. 522-3.
Felipe Moralles e Moraes | 121
47
ARENDT, op. cit., 1963, p. 215.
48
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, IV, 3, p. 812-4.
49
Ibid., IV, 2, p. 808-10.
122 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
50
Ibid., IV, 3, p. 812 e IV, 7, p. 844; id., op. cit., 1835, I, 5, p. 107.
51
Ibid., II, 2, p. 613; cf. AMIEL, op. cit., 2002, p. 23-4.
52
Id., op. cit., 1840, IV, 5, p. 826 note.
53
Ibid., IV, 3, p. 812.
Felipe Moralles e Moraes | 123
54
Id., op. cit., 1856, Avant-propos, p. 50 e II, 11, p. 152.
55
Id., op. cit., 1840, II, 9, p. 645-6.
56
Ibid., IV, 3, p. 812-3 note.
124 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
57
Ibid., IV, 5, p. 823-5 e 828-30; id., op. cit., 1835, II, 5, p. 240.
58
Ibid., III, 20, p. 766 e IV, 5, p. 830; id., op. cit., 1850/51, I, 3, p. 750; id., op. cit., 1856, II, 9, p. 130;
cf. MARX, op. cit., 1852, p. 150-1 e 202.
59
Cf. CONSTANT, op. cit., 1815, V, p. 46.
60
TOCQUEVILLE, op. cit., 1850/51, II, 3, p. 790.
Felipe Moralles e Moraes | 125
61
Id., op. cit., 1835, I, 5, p. 103-4.
62
Id., op. cit., 1840, IV, 6, p. 835 e 837.
63
Id., op. cit., 1835, I, 5, p. 101.
126 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
64
Id., op. cit., 1840, II, 14, p. 652-4; III, 19, p. 760-5 e III, 21, p. 781; cf. id., op. cit., 1856, III, 3, p. 195;
MARX, op. cit., 1852, p. 153-4 e 183.
65
Ibid., III, 22, p. 784-6.
66
VILLA, in The companion, p. 233
Felipe Moralles e Moraes | 127
74
Cf. HAYEK, op. cit., 1944, p. 156 e 165.
75
Cf. POLLOCK, Friedrich. State capitalism: its possibilities and limitations (1941). In: ARATO,
Andrew; GEBHARDT, Eike (Ed.). The essential Frankfurt school reader. New York: Continuum,
1982, p. 73.
76
Cf. MARX/ENGELS, op. cit., 1848, p. 466-7.
77
Cf. BRUTUS, IX-X, in The debate, p. 40-5 e 86-91.
78
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 4, p. 620; III, 21, p. 789.
Felipe Moralles e Moraes | 129
não chegavam a 15% dos habitantes do sexo masculino. Ademais, a coroa definia locais, momentos e
temas de discussão, resguardando a possibilidade de dissolução do conselho (GANNETT JR., Robert
T. Bowling ninepins in Tocqueville's township. The American Political Science Review,
Cambridge, v. 97, n. 1, p. 4 e 6, feb. 2003).
86
MILL, John Stuart. De Tocqueville on Democracy in America, II (1840). In: ____. The collected
works of John Stuart Mill. John M. Robson (Ed.). Vol. XVIII. Toronto: University of Toronto Press,
1977, p. 170.
87
BOESCHE, Roger. Le commerce: a newspaper expressing Tocqueville’s unusual liberalism (1983).
In: _______. Tocqueville’s road map: methodology, liberalism, revolution and despotism. Lanham:
Lexington Books, 2008, p. 208 n. 69; id., op. cit., 2014, p. 188.
88
MARX, Karl. Zur Kritik der Hegelschen Rechtsphilosophie (1843). In: ______; ENGELS, Friedrich.
Werke. Band 1. Berlin: Dietz Verlag, 1956, p. 232.
89
______. Zweiter Entwurf zum “Bürgerkrieg in Frankreich” (1871). In: ______; ENGELS, Friedrich.
Werke. Band 17. Berlin: Dietz Verlag, 1962, p. 595-7; cf. HABERMAS, op. cit., 1962, p. 222-3;
ARENDT, op. cit., 1963, p. 205; BOBBIO, Norberto. A teoria das formas de governo (1976). Trad.
Sérgio Bath. 4. Ed. Brasília: Universidade de Brasília, 1985, p. 172.
Felipe Moralles e Moraes | 131
90
Id., op. cit., 1852, p. 117; cf. MARX, Karl. Brief an Ludwig Kugelmann am 12. April 1871. In:
______; ENGELS, Friedrich. Werke. Band 33. Berlin: Dietz Verlag, 1966, p. 205.
91
Id., op. cit., 1843, p. 231-2.
92
Ibid., p. 292.
93
Cf. POGREBINSCHI, Thamy. O enigma da democracia em Marx. Revista Brasileira de Ciências
Sociais, São Paulo, v. 22, n. 63, p. 66, fev. 2007.
94
HABERMAS, op. cit., 1962, p. 223.
95
HABERMAS, Jürgen. A nova intransparência: a crise do Estado de Bem-Estar Social e o
esgotamento das energias utópicas (1985). Trad. Carlos Alberto Marques Novaes. Novos Estudos
CEBRAP, São Paulo, n. 18, p. 111, set. 1987.
132 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
96
ARENDT, Hannah. O sistema totalitário (1951). Lisboa: Dom Quixote, 1978, p. 387.
97
BOBBIO, Norbert. Marx e o Estado (1983). In: _______. Nem com Marx, nem contra Marx. Carlo
Violi (Org.). Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: UNESP, 2006, p. 164.
98
LEBRUN, Gérard. Esquecer Tocqueville? In: ______. Passeios ao léu: ensaios. São Paulo:
Brasiliense, 1983, p. 276.
99
Ibid., p. 278.
100
Entre outros: HABERMAS, op. cit., 1962, p. 229; OFFE, op. cit., 2004, p. 40; BROGAN, op. cit.,
2006, p. 438 e 544-5.
101
HAMILTON, No. 1, in The federalist, p. 5-6.
Felipe Moralles e Moraes | 133
102
Id., No. 70, in The federalist, p. 447-8.
103
Por exemplo, No. 3, 24, 41, 70, 74, in The federalist.
104
Id., No. 67 e 69, in The federalist, p. 430 e 439-447.
105
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 5, p. 98; I, 8, p. 129 e II, 7, p. 299.
106
Ibid., I, 5, p. 98-9 e I, 8, p. 139-40.
107
Ibid., p. 97.
108
Em carta endereçada a Eugène Stoffels, escreve: “o que eu quero é um governo central energético
dentro da esfera de sua ação. [...] Acredito que o poder central pode ser revestido de prerrogativas
muito grandes, ser energético e poderoso dentro de sua esfera e, ao mesmo tempo, as liberdades
provinciais serem bem-desenvolvidas” (TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre à Eugène Stoffels, 5 octobre
1836. In: BEAUMONT (Ed.), op. cit., V, p. 434).
134 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
109
Cf. HENRY, Patrick. I; DEWITT, III, in The anti-federalist, p. 208 e 330; BRUTUS, VII, in The
debate, p. 691; MARX, op. cit., 1852, p. 124; ARENDT, op. cit., 1963, p. 123 e 161.
110
ARISTOTLE. Nicomachean ethics. In: BARNES, Jonathan (Ed.). The complete works of Aristotle,
II. Princeton: Princeton University Press, 1984, IV, 1126a7.
111
ARISTOTLE. Politics. In: BARNES, Jonathan (Ed.). The complete works of Aristotle, II.
Princeton: Princeton University Press, 1984, VIII, 1340b35-40.
112
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe (1513). Trad. Maurício Santana Dias. São Paulo: Companhia das
Letras, 2010, p. 58.
113
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, IV, 3.
114
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, IV, 7, p. 839-40.
Felipe Moralles e Moraes | 135
121
Ibid., 154-66.
122
Ibid., 169-76.
123
Ibid., 179-337.
124
Ibid., 310.
125
Ibid., IX.
Felipe Moralles e Moraes | 137
126
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 8, p. 636.
127
MONTAIGNE, op. cit., 1582/88, II, 16, p. 378.
128
Ibid., III, 9, p. 259.
129
Ibid., II, 16, p. 384.
138 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
130
Ibid., I, 22, p. 174.
131
ARENDT, op. cit., 1963, p. 76.
132
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 9, p. 331.
133
Entre outros: BOESCHE, op. cit., 1988, p. 66 e 69; MANSFIELD JR./WINTHROP, in The
companion, p. 84 e 97.; GOLDHAMMER, Arthur. Translating Tocqueville: the constraints of
classicism. In: WELCH, Cheryl B. (Ed.). The cambridge companion to Tocqueville. Cambridge:
Cambridge University Press, 2006, p. 155 e 159; KAHAN, op. cit., 2015, p. 3, 10, 61 e 69.
134
ARENDT, op. cit., 1963, p. 42.
135
BOESCHE, op. cit., 2006, p. 65.
Felipe Moralles e Moraes | 139
142
Id., op. cit., 1840, II, 8, p. 636.
143
Cf. ARENDT, op. cit., 1963, p. 159 e 170.
144
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, III, 14, p. 655.
145
Ibid., III, 13, p. 730; id., op. cit., 1833/35, 26 mai, p. 474.
146
ELSTER, op. cit., 2009, p. 26
147
FORST, op. cit., 1994, p. 95.
148
RAWLS, op. cit., 1993, p. 37-9 e 206.
Felipe Moralles e Moraes | 141
149
GAUCHET, in Lecturas, p. 87, 91 e 98.
150
ARENDT, op. cit., 1951, p. 43.
151
JAY, No. 2, in The federalist, p. 9; cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 10, p. 400 e 480
152
MADISON, No. 55, in The federalist, p. 359.
153
Cf. HABERMAS, op. cit., 1998, p. 165 e 395; HONNETH, op. cit., 2011, p. 544-5; WERLE, Denilson
Luís. Moral, política e direito: a concepção de política deliberativa em Jürgen Habermas. In: _____.
Justiça e democracia: ensaios sobre John Rawls e Jürgen Habermas. São Paulo: Esfera Pública,
2008, p. 124.
154
Sobre o enorme descrédito público de Constant, em razão do apoio oportunista ao governo de
cem dias de Napoleão, que provavelmente fez Tocqueville evitar referência a suas obras cf.
LAMBERTI, Jean-Claude. De Benjamin Constant a Alexis de Tocqueville. France forum, Paris, n.
203/4, p. 20, avril/mai 1983; KELLY, op. cit., 1992, p. 5 e 12-3.
142 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
155
NOLLA (Ed.), op. cit., 2010, editor’s introduction, lxvii.
156
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 8, p. 635.
157
SCHLEIFER, James T. Tocqueville’s Democracy in America reconsidered. In: WELCH, Cheryl B.
(Ed.). The cambridge companion to Tocqueville. Cambridge: Cambridge University Press, 2006,
p. 126.
158
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 9, p. 350.
159
NOLLA (Ed.), op. cit., 2010, p. 1142n.
160
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, I, 15, p. 573-4 e III, 21, p. 775 manuscrit.
Felipe Moralles e Moraes | 143
161
Ibid., I, 11, p. 559 e I, 13, p. 571.
162
Id., op. cit., 1835, II, 2, p. 199.
163
Id., op. cit., 1840, II, 8, p. 638.
164
Ibid., III, 22, p. 789.
144 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
177
Ibid., I, 7.
178
Ibid., I, 6.
179
Ibid., III, 1.
180
Ibid., III, 2.
181
CONSTANT, op. cit., 1818, p. 18.
182
Ibid., p. 11.
Felipe Moralles e Moraes | 147
183
Ibid., p. 13.
184
Ibid., p. 14-5.
185
Ibid., p. 15.
186
Ibid., p. 18.
187
Ibid., p. 19.
188
Ibid., p. 17.
148 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
189
ROUSSEAU, op. cit., 1762, I, 7.
190
HABERMAS, op. cit., 1998, p. 132.
191
LEBRUN, op. cit., 1980, p. 232.
192
Ibid., p. 234-6.
Felipe Moralles e Moraes | 149
193
HEGEL, op. cit., 1821, § 260.
194
FORST, op. cit., 1994, p. 143.
195
ROUSSEAU, op. cit., 1762, I, 8.
196
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre
os homens (1755). Trad. Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2014, p. 68.
197
ROUSSEAU, op. cit., 1762, II, 3.
150 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
204
TAYLOR, op. cit., 1979, p. 131.
205
HEGEL, op. cit., 1821, §§ 6 e 11-12.
206
Ibid., § 15 Zus.
207
id., op. cit., 1837, IV, 3, 3, p. 599.
208
HABERMAS, op. cit., 1998, p. 91.
152 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
209
ARENDT, Hannah. What is freedom? In: _______. Between past and future: six exercises in
political thought. New York: Viking Press, 1961, p. 164-5.
210
Id., op. cit., 1963, p. 101-2, 174 e 215.
211
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 7, p. 289.
212
RAWLS, op. cit., 1993, p. 205.
213
HABERMAS, Jürgen. Drei normative Modelle der Demokratie (1999). In: _________. Die Einbeziehung
des Anderen: Studien zur politischen Theorie. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1999, p. 283-4.
Felipe Moralles e Moraes | 153
217
MADISON, No.10, in The federalist, p. 54-5.
218
HAMILTON, No. 15, in The federalist, p. 91.
219
MADISON, No.10, in The federalist, p. 57.
220
Id., No. 76, in The federalist, p. 487.
221
CONSTANT, op. cit., 1818, p. 21.
222
Ibid., p. 21-2.
Felipe Moralles e Moraes | 155
223
Id., op. cit., 1815, IX, p. 87.
224
Id., op. cit., 1818, p. 23.
225
Ibid., p. 24.
156 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
226
Ibid., p. 25.
227
Id., op. cit., 1815, I, p. 7-8.
228
Ibid., V, p. 43-4.
229
Ibid., p. 47.
230
Ibid., p. 48-9.
Felipe Moralles e Moraes | 157
231
Ibid., IV, p. 77.
232
Ibid., p. 79.
233
Ibid., V, p. 42.
234
Ibid., p. 45-6.
235
NOLLA (Ed.), op. cit., 2010, p. 509a.
236
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 14, p. 654.
158 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
237
MILL, op. cit., 1840, p. 168.
238
Ibid., p. 159.
239
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, IV, 6, p. 838-9.
240
Ibid., II, 4, p. 618.
Felipe Moralles e Moraes | 159
248
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, XXVI, 9.
249
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 6, p. 272.
250
Cf. Ibid., II, 9, p. 365.
251
Id., op. cit., 1840, II, 17, p. 664.
Felipe Moralles e Moraes | 161
252
HABERMAS, Jürgen. Versöhnung durch öffentlichen Vernunftgebrauch. In: _________. Die
Einbeziehung des Anderen: Studien zur politischen Theorie. Suhrkamp: Frankfurt am Main, 1999, p. 76.
253
Ibid., p. 84-5.
162 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
254
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 5, p. 65; id., op. cit., 1840, II, 7.
Felipe Moralles e Moraes | 163
255
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, XI, 6.
256
Ibid., XI, 18
257
VERNIÈRE, Paul. Dois planos e duas leituras (1977). In: QUIRINO, Célia Galvão; SOUZA, Maria
Teresa Sadek R. de. (Org.). O pensamento político clássico: Maquiavel, Hobbes, Locke,
Montesquieu, Rousseau. São Paulo: T. A. Queiroz, 1980, p. 337.
258
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, II, 2 e XI, 6.
259
Ibid., XI, 9.
164 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
260
Ibid., II, 4.
261
Ibid., V, 11.
262
Ibid., XI, 4.
263
VERNIÈRE, in O pensamento, p. 308 e 311.
Felipe Moralles e Moraes | 165
264
CONSTANT, op. cit., 1815, IV, p. 36-8.
265
Ibid., V, p. 53.
266
Ibid., VI, p. 56-7.
267
Ibid., XVIII, p. 153.
268
Ibid., XIX, p. 164.
269
STENDHAL, op. cit., 1830, p. 477.
166 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
270
BOISSY D’ANGLAS, François-Antoine de. Discours préliminaire au projet de constitution, au
nom de la comission des onze dans la séance du 5 messidor, an 3. Leyde: Freres Murray, 1795, p. 31.
271
Ibid., p. 31-2.
272
Cf. DIJN, op. cit., 2008, p.132-5.
Felipe Moralles e Moraes | 167
273
GUIZOT, François. De la démocratie en France. Paris: Victor Masson, 1849, p. 2, 9 e 65, 71-85.
274
GUIZOT, François. Histoire des origines du governement représentatif en Europe (1820/22).
Paris: Didier, 1851, p. 107-9; id., op. cit., 1820, p. 201.
275
DIJN, op. cit., 2008, p. 117-20; cf. CONSTANT, op. cit., 1814, I, 13, p. 47-9; GUIZOT, op. cit.,
1828/30, p. 55-6 e 193-4.
276
BARANTE, op. cit., 1821, p. 1-12.
277
Ibid., p. 13-20.
168 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
284
MILL, op. cit., 1835, p. 63; id., op. cit., 1859, p. 305; id., op. cit., 1861, p. 534.
285
Ibid., p. 71-2.
286
Ibid., p. 72; id., op. cit., 1859, p. 269.
170 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
287
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 5, p. 222-4.
288
MILL, op. cit., 1835, p. 74; id., op. cit., 1840, p. 173; cf. MONTESQUIEU, op. cit., 1748, II, 2 e
MADISON No. 10, in The Federalist, p. 58-60.
289
Ibid., p. 76 e 86; cf. TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre au Comte Louis de Kergorlay, 29 juin 1831.
In: BEAUMONT (Ed.). op. cit., VII, p. 317.
290
Id., op. cit., 1861, p. 536.
291
HABERMAS, op. cit., 1962, p. 217.
Felipe Moralles e Moraes | 171
292
Ibid., p. 217-9.
293
Cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1850/51, II, 3, p. 789-90.
294
Entre eles: BROGAN, op. cit., 2006, p.270-1 e 347; DIJN, op. cit., 2008, 144 e 149; FRANCO, op.
cit., 2012, p. 184.
295
MÉLONIO, Françoise. Las tribulaciones del liberalismo em Francia (1996). In: ROLDÁN, Darío
(Ed.). Lecturas de Tocqueville. Madrid: Siglo XXI, 2007, p. 163-4.
296
TOCQUEVILLE, op. cit., 1856, II, 3, p. 91.
297
Id., op. cit., 1836, II, p. 27.
298
Id., op. cit., 1835, I, 3, p. 59.
172 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
povo designa aquele que faz a lei e aquele que a executa; constitui
ele mesmo o júri que pune as infrações à lei. As instituições não são
democráticas apenas no seu princípio, mas em todos os seus
desenvolvimentos...”299 Não só a maioria forma, pela manhã, a
opinião pública e dá origem aos representantes e às leis; aplica-as
ao meio-dia como eleitor dos juízes e como jurado; fá-las cumprir à
tarde por um executor eleito; ao escurecer, a força pública não se
diferencia da maioria armada.300 Quando da sua viagem, os EUA
passavam ainda pela revolução jacksoniana, marcada pela
supressão de “todas as ficções” que condicionavam os direitos
políticos.301 É o que surpreende ainda, depois de derrubadas
também as ficções de gênero e etnia, a instituição de plebiscitos e
referendos a cada eleição a respeito do salário mínimo, legalização
de drogas, porte de armas, aborto, alimentos transgênicos,
impostos. A radicalização do governo popular não confirmara os
temores dos antigos liberais. Eles pensavam que a democracia era
um lobo, quando não passa ainda de uma sombra.
Antes do Démocratie, as instituições da Inglaterra eram o
grande exemplo a ser seguido pelos liberais franceses. Lá passavam
longas temporadas, estudando sua organização e sistema políticos.
A população ridicularizava essa simpatia com apelidos como “Lord
Guizot”.302 Mereciam-no Montesquieu, Constant, Barante. Sem
dúvida, a proximidade geográfica com o departamento da Mancha
e os vínculos afetivos com amigos e a esposa Mary Motley permitia
que Tocqueville considerasse a Inglaterra sua “segunda pátria
intelectual”.303 Não se pode dizer, porém, que tivesse a mesma
fixação pelas instituições daquele país, como sustentam muitos
299
Ibid., II, 1, p. 193-4.
300
Ibid., II, 7, p. 290.
301
Ibid., I, 4, p. 62.
302
FLAUBERT, op. cit., 1869, p. 71.
303
TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre à M. Senior, 17 juillet 1851. In: BEAUMONT (Ed.), op. cit., VII, p.
270.
Felipe Moralles e Moraes | 173
304
Entre outros: WELLMER, op. cit., 1989, p.31-2; QUIRINO, op. cit., 2001, p. 51-2; BROGAN, op.
cit., 2006, p. 571-4.; ELSTER, op. cit., 2009, p. 186.
305
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 5, p. 239; II, 6, p. 268 e 273; II, 8, p. 313; id., op. cit., 1836, I, p.
25; id., op. cit., 1840, I, 3, p. 527; III, 2, p. 682-4; IV, 2, p. 810; cf. SIEDENTOP, in The idea, p, 167;
MÉLONIO, in Lecturas, p. 158; DRESCHER, in The companion, p. 25; FRANCO, op. cit., 2012, p.
26; KAHAN, op. cit., 2015, p. 176-7.
306
NOLLA (Ed.), op. cit., 2010, foreword to the twelfth edition, p. 1374.
307
Cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1833/35, 15 août, p. 422 ; 19 août, p. 428-9 ; 7 septembre, p. 456.
308
Ibid., 11 mai, p. 466.
309
Ibid., 8 juin, p. 478.
310
MILL, op. cit., 1840, p. 163 e 193.
311
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 7, p. 289; cf. MILL, op. cit., 1840, p. 189 e 196; FURET, in
Lecturas, p. 57.
174 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
triunfante no único país do mundo onde ela existe, onde ela pode
fundar até o presente, no mundo moderno, algo grande e
durável...”312 Alfineta Montesquieu, Guizot, Constant, Barante,
entre outros teóricos franceses que atiçavam a disposição
orgulhosa dos ingleses e eram cegos aos inúmeros preconceitos de
sua sociedade altamente hierarquizada.313 A democracia liberal era
o sucedâneo do transformismo inglês, ainda submetido à
preponderância da aristocracia.
Assim, mesmo no Ancien Régime, em que, por analisar
comparativamente a história do feudalismo europeu, o contraste é
feito majoritariamente entre França e Inglaterra, essa é elogiada
não por conservar costumes aristocráticos, mas por ser “o país da
descentralização.... Cada condado, cada cidade, cada comuna cuida
de seus próprios interesses”.314 Ela é colocada lado a lado dos
Estados Unidos, pois a township assemelhava-se à parish inglesa
medieval. Ambas contrastam com o centralismo administrativo
francês.315 A partir desses contrastes, pode-se montar um quadro
de soluções republicanas muito distintas sobre o que seria a
“educação” da democracia.
(i) Constant, Guizot, Barante, entre outros liberais
oitocentistas, queriam educar a democracia por meio de um
sistema político classista, em que a burguesia dominaria os poderes
intermediários existentes entre o monarca e a população. Sob o
reinado de Luís Filipe, lograram concentrar os três poderes nas
mãos de um número escasso de privilegiados, unidos em redor de
interesses semelhantes. Na própria definição desses apologistas do
governo misto, acabavam defendendo a tirania da burguesia.316
312
Id., op. cit., 1848, p. 1146.
313
Id., op. cit., 1833/35, 7 septembre, p. 452-4.
314
Ibid., p. 444.
315
DRESCHER, in The companion, p. 40-1; cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1856, II, 3, p. 93 e II, 7, p.
113.
316
TOCQUEVILLE, op. cit., 1850/51, I, 1, p. 730; cf. BLANQUI, op. cit., 1832, p. 47 ; MARX, op. cit.,
1852, p. 129-30.
Felipe Moralles e Moraes | 175
317
Ibid., p. 733 e 745-6.
318
MILL, op. cit., 1861, p. 539.
319
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 9, p. 352-3 ; cf. id., op. cit., 1856, III, 3, p. 188.
176 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
323
ROUSSSEAU, op. cit., 1762, III, 1.
324
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, IV, 7, p. 842.
325
Ibid., II, 1, p. 607-8.
178 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
326
Ibid., IV, 1, p. 807.
327
ARENDT, op. cit., 1963, p. 144-5.
328
MANENT, in Lecturas, p. 70 ; cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1850/51, II, 3, p. 795.
Felipe Moralles e Moraes | 179
329
Cf. MADISON, No. 10, 39 e 48, in The federalist, p. 58, 240 e 317; ARENDT, op. cit., 1963, p. 188 e 191.
330
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 4, p. 61.
331
Ibid., II, 9, p. 320; cf. ARENDT, op. cit., 1963, p. 74; JAUME, in Lecturas, p. 211; MÉLONIO, in
Lecturas, p. 166.
180 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
332
Id., op. cit., 1840, IV, 7, p. 842-3.
333
BLANQUI, op. cit., 1832, p. 46
334
HABERMAS, op. cit., 1962, Vorwort zur Neuauflage 1990, p. 20 e 34.
335
FORST, op. cit., 1994, p. 177.
Felipe Moralles e Moraes | 181
336
HABERMAS, op. cit., 1999, p. 283; cf. ARENDT, op. cit., 1963, p. 175.
337
Ibid., p. 277.
338
Cf. Ibid., p. 284.
182 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
6
Ibid., p. 29.
7
HEGEL, op. cit., 1837, Einleitung, III, p. 147.
8
Id., op. cit., 1821, § 21.
9
Ibid., § 128.
10
Id., op. cit., 1837, Einleitung, II, p. 59.
Felipe Moralles e Moraes | 187
quer dizer, como uma restrição dos sujeitos na qual eles não se
sentem restringidos pelos outros.11
O conceito de liberdade, explica Honneth, não poderia
enxergar nos outros indivíduos um obstáculo, mas sim uma pré-
condição para seus interesses e sua autodeterminação ética. Na
amizade, que é o paradigma da verdadeira liberdade, existe essa
clara complementaridade entre minha subjetividade e a do outro.12
A especificidade dessa forma de autorrestrição é que ela não
envolve um simples aperfeiçoamento moral dos interesses
individuais, já que experimenta os deveres como a própria
realização desses interesses. As limitações morais não são sentidas
como um obstáculo ou contrariedade às inclinações, carências e
finalidades pessoais, mas como seu próprio resultado e
incorporação social.13 O objeto de interesse tem a qualidade de ser
livre, porque a presença do outro permite essa experiência de
“estar consigo mesmo no outro”. Trata-se de um modelo
comunicativo identificável em padrões de interação livre.14
As concepções negativa e positiva da liberdade refletem em
dois momentos da realização do conceito. Os momentos são
denominados, por Hegel, de direito abstrato e moralidade. O
direito abstrato é o lugar inalienável de manifestação da
personalidade e do autointeresse do indivíduo enquanto
proprietário.15 Pode fazer ou não fazer, tomar ou não a posse,
fechar ou não o contrato, escolher pelo sim ou pelo não.16 A
indeterminação das permissões legais mantém em aberto um
movimento de negatividade, protesto, criatividade,
individualidade; um espaço que serve à emancipação individual,
11
Id., op. cit., 1821, § 7 Zus.
12
HONNETH, op. cit., 2011, p. 113.
13
Ibid., p. 227.
14
Id., op. cit., 2001, p. 27-8.
15
HEGEL, op. cit., 1821, § 66.
16
Ibid., § 119 Not.
188 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
17
WELLMER, op. cit., 1989, 39-40; HONNETH, op. cit., 2001, p. 59.
18
HEGEL, op. cit., 1821, § 110 Zus.
19
Ibid., § 132.
20
Ibid., § 94 Zus.
21
Ibid., § 107 Not.
22
Ibid., § 75 Anm.
23
Ibid., § 35 Zus.
24
HONNETH, op. cit., 2011, p.154-5.
Felipe Moralles e Moraes | 189
25
HEGEL, op. cit., 1821, § 35 Zus.
26
Ibid., § 108.
27
HONNETH, op. cit., 2011, p. 196-7.
28
Ibid., p. 208.
29
HEGEL, op. cit., 1821, § 135 Anm.
30
HONNETH, op. cit., 2011, p. 215.
31
HEGEL, op. cit., 1821, § 135 Anm.
190 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
32
Ibid., § 155.
33
HONNETH, op. cit., 2011, p. 148-50.
34
HEGEL, op. cit., 1821, § 36.
35
Ibid., § 81 Zus.
36
Ibid., § 104.
37
Ibid., § 71.
38
Ibid., § 112.
Felipe Moralles e Moraes | 191
39
HONNETH, op. cit., 2011, p. 193-4.
40
Ibid., p. 204.
41
HEGEL, op. cit., 1821, § 124 Not.
42
Ibid., § 141.
43
Ibid., § 72 Not.
44
Ibid., § 155.
45
HONNETH, op. cit., 2011, p. 223; id., op. cit., 2001, p. 57.
192 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
46
Ibid., p. 26.
47
Ibid., p. 113-5; id., op. cit., 2001, p. 45.
48
Ibid., p. 224; cf. HEGEL, op. cit., 1821, § 30.
49
Ibid., p. 86.
50
Ibid., p. 93.
51
Id., op. cit., 2001, p. 30-2.
Felipe Moralles e Moraes | 193
52
Id., op. cit., 2011, p. 115.
53
Ibid., p. 86.
54
HEGEL, op. cit., 1821, § 33 Zus.
55
Ibid., § 158.
56
Ibid., § 175.
194 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
57
Ibid., § 177.
58
Ibid., § 33 Zus.
59
Ibid., § 182.
60
Ibid., § 182 Zus.
61
Ibid., §§ 188-9.
Felipe Moralles e Moraes | 195
62
Ibid., § 199.
63
Ibid., § 192.
64
Ibid., § 199.
65
HONNETH, op. cit., 2011, p. 88, 363, 380-1.
66
Ibid., p. 361.
67
HEGEL, op. cit., 1821, § 185.
68
Ibid., § 191 Zus.
196 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
69
Ibid., § 192.
70
Ibid., § 193.
71
HONNETH, op. cit., 2011, p. 364-5.
72
HEGEL, op. cit., 1821, § 200.
73
Ibid., § 241.
Felipe Moralles e Moraes | 197
74
Ibid., § 244.
75
Ibid., § 238.
76
Ibid., § 245.
77
Ibid., §§ 240-1.
78
Ibid., § 229.
79
Ibid., § 230.
80
Ibid., § 236.
198 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
81
Ibid., § 238.
82
WELLMER, op. cit., 1989, p. 21-3.
83
HONNETH, op. cit., 2011, p. 367-8.
84
Ibid., p. 328-30.
Felipe Moralles e Moraes | 199
negativas tem que medir, então, até qual grau são compatíveis com
as exigências daquele prévio reconhecimento”.85
Nesses termos, pode-se entender, com Honneth, que a
sociedade civil não contém somente o rasgo de interesses
particulares, mas também modos de ampliação desses interesses:
melhorar a condição de vida no âmbito da polícia administrativa e
entrar em acordo no âmbito das corporações para uma prática
orientada aos fins gerais da sociedade.86 O Estado é o resultado
final de um processo de generalização das próprias orientações, de
um incremento gradual da própria personalidade.87 Exemplifica
Hegel: um inglês diz “nós somos aqueles que navegamos o oceano e
possuímos o comércio internacional, a quem pertence as Índias
Orientais e suas riquezas...”88 Não há puro interesse comum e
nacional, mas um interesse particular que se generaliza em meio a
outros e se ancora emocionalmente nas façanhas e bem-estar da
comunidade política. O indivíduo se apropria da classe dos
comerciantes e do destino geral da nação, no qual encontra algo
firme e no qual pode se incorporar. Nessa classe os indivíduos
podem reconhecer honra e fama.89 Essa confluência dos interesses
específicos do indivíduo com o geral que os contém e conserva
manifesta-se na disposição motivacional do patriotismo.90 No
cumprimento do dever patriótico, o indivíduo encontra “seu
próprio interesse, sua satisfação ou fatura, e para ele deve crescer
do seu comportamento no Estado um direito, por meio do qual a
coisa universal torna-se sua própria e específica coisa”.91 O
patriotismo consiste nessa afeição com o Estado, “porque ele
85
Ibid., p. 349.
86
Id., op. cit., 2001, p. 97-8.
87
Ibid., p. 99-100.
88
HEGEL, op. cit., 1837, Einleitung, III, p. 131.
89
Id., op. cit., 1821, § 124.
90
Ibid., § 268.
91
Ibid., § 261 Anm.
200 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
92
Ibid., § 289 Anm.
93
Ibid., § 260.
94
Ibid., § 260 Zus.
95
BOBBIO, op. cit., 1976, p. 158.
96
HONNETH, op. cit., 2011, p. 488 e 619.
Felipe Moralles e Moraes | 201
97
TAYLOR, op. cit., 1979, p. 109.
98
HEGEL, op. cit., 1821, § 185.
99
Ibid., § 256.
100
Ibid., § 274 Zus.
101
MARCUSE, op. cit., 1941, p. 163 e 165.
102
HONNETH, op. cit., 2001, p. 11 e 111.
202 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
103
HEGEL, op. cit., 1821, § 258.
104
Ibid., § 70 Zus.
105
Ibid., § 145 Zus.
106
Ibid., § 258 Zus.
107
TAYLOR, op. cit., 1979, p. 173.
108
Cf. HEGEL, op. cit., 1821, § 163 Zus.
109
HONNETH, op. cit., 2011, p. 302-5; id., op. cit., 2001, p. 112-3.
110
Ibid., p. 287.
111
Ibid., p. 117.
Felipe Moralles e Moraes | 203
112
HABERMAS, Jürgen. Der philosophische Diskurs der Moderne: zwölf Vorlesungen. Frankfurt
am Main: Suhrkamp, 1988, p. 54.
113
TAYLOR, op. cit., 1979, p. 174.
114
HEGEL, op. cit., 1821, § 273.
115
BOBBIO, op. cit., 1976, p. 154.
116
HEGEL, op. cit., 1821, § 281 Anm.
117
Ibid., §§ 301-3 Anm.
118
Ibid., §§ 306-9.
204 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
119
MARX, op. cit., 1843, p. 252.
120
HEGEL, op. cit., 1821, § 315.
121
HABERMAS, op. cit., 1962, p. 199.
122
HONNETH, op. cit., 2001, p. 122-3.
123
Ibid., p. 114-5.
124
Ibid., p. 80-5; id., op. cit., 2011, p. 147.
Felipe Moralles e Moraes | 205
125
Ibid., p. 86-7.
126
Ibid., p. 46. É claro que a interpretação de Honneth está longe de ser consensual. Ele enfatiza as
condições para a autorrealização do espírito subjetivo, em vez da autorrealização do espírito absoluto
(Ibid., p. 16). Para as interpretações tradicionais, as esferas sociais não visariam à realização
individual. A subjetividade do absoluto seria um instrumento da filosofia do sujeito para superação
da razão centrada no indivíduo. A verdadeira identidade do indivíduo seria servir como veículo da
vontade divina (cf. MARX, op. cit., 1843, p. 224; BOBBIO, op. cit., 1976, p. 119 e 181; TAYLOR, op.
cit., 1979, p. 103; HABERMAS, op. cit., 1988, p. 42). Todavia, ao longo da obra hegeliana, as provas
empíricas do movimento de efetivação do espírito coexistem com as ontológicas. Ainda que Hegel
não tome o ponto de partida individual, isso não lhe é refratário: afinal, foi a cristandade que chegou
à consciência de que a pessoa é livre como pessoa (Op. cit., 1837, Einleitung, II, p. 60). A leitura de
Honneth tenta pensar a teoria da liberdade sem pressupor a lógica hegeliana: o diagnóstico das
patologias sociais deixa de recorrer a um padrão ontológico e necessário (Op. cit., 2001, p. 12). A
ressalva a essa interpretação diz respeito à ênfase ao momento psicológico para a autorrealização
individual. A liberdade deveria ser vista como um tipo de confiança interna, que dá aos indivíduos
segurança para articular suas necessidades e colocar em uso seus talentos e individualidades
(HONNETH, Axel. Reconhecimento ou redistribuição? A mudança de perspectivas na ordem moral
da sociedade. In: SOUZA, Jessé; MATTOS, Patrícia (Org.). Teoria crítica no século XXI. São Paulo:
Annablume, 2007, p. 88). Essa perspectiva é totalmente rejeitada por outros intérpretes (cf.
MARCUSE, op. cit., 1941, p. 30; TAYLOR, op. cit., 1979, p. 103). Do ponto de vista da teoria crítica,
Nancy Fraser fez uma objeção contundente contra essa perspectiva psicologizante, argumentando
que, quando a falta de liberdade é identificada com distorções internas na autoconsciência do
oprimido, fica-se a um pequeno passo de culpar a vítima e acrescentar insulto à opressão, por
exemplo, imputando um dano psíquico aos submetidos ao racismo, machismo, etc. Em sentido
inverso, quando a falta de liberdade equivale a preconceitos nas mentes dos opressores, superá-la
parece requerer policiar suas crenças, o que é antiliberal e autoritário. A falta de reconhecimento não
pode ser entendida como afetando, em primeiro plano, a identidade pessoal, que é um apelo sectário
(FRASER, Nancy. Social justice in the age of identity politics: redistribution, recognition, and
participation. In: ______.; HONNETH, Axel. Redistribution or recognition? A political-
philosophical exchange. London/New York: Verso, 2003, p. 31-2). Assim, como vai reconhecer
Honneth em obra posterior, as condições de autorrealização devem ser vistas como do espírito
subjetivo e objetivo simultaneamente, isto é, sempre vinculadas a instituições e práticas sociais (Op.
cit., 2011, p. 9 e 157). Por isso, prefere-se interpretar a ideia de liberdade hegeliana, com Honneth,
como uma autorrealização individual com os outros, mas sem recair em uma interpretação
psicologizante.
206 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
3.1 Religião
127
WELLMER, op. cit., 1989, p. 26.
128
Id., op. cit., 1821, § 270.
Felipe Moralles e Moraes | 207
129
Ibid., § 270 Anm.
130
Id., op. cit., 1837, IV, 3, 1, p. 568-9. Nas palavras de Robespierre: “...a mola do governo popular na
revolução é, ao mesmo tempo, a virtude e o terror: a virtude sem a qual o terror é funesto; o terror,
sem o qual a virtude é impotente” (Op. cit., 1793, p. 301).
131
HEGEL, op. cit., 1837, IV, 3, 3, p. 597.
132
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 2, p. 41.
208 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
133
Ibid., p. 41-2.
134
Id., op. cit., 1840, II, 13, p. 648-9; cf. KAHAN, op. cit., 2015, p. 138-9.
135
Id., op. cit., 1856, I, 3, p. 62-3.
136
HEGEL, op. cit., 1821, § 136 Zus.
137
Ibid., § 138 Anm.
Felipe Moralles e Moraes | 209
o bem e ter uma boa intenção em uma ação é isso muito antes o
mal, na medida que o bem é somente desejado nessa abstração e,
com isso, a determinação dele é reservada ao arbítrio do sujeito”.138
A conquista dos menores inventos e dos mais simples princípios
políticos custaram o trabalho, quando não a vida, de milhares de
pessoas. Tudo isso esvanece na subjetividade, que se arroga a
tarefa de fundamentar séculos de operação da razão.139 É o que
Hegel denomina a doença da modernidade.140 Uma doença que faz
surgir, continua ele, “a saudade de uma objetividade, na qual o
homem se rebaixa a servo e à total dependência, para escapar da
tortura do vazio e da negatividade”. Os sujeitos modernos se
convertem a doutrinas autoritárias, porque acham sua
interioridade sem conteúdo e precisam agarrar algo firme – uma
raça, uma igreja, uma autoridade.141
Um diagnóstico semelhante oferece Tocqueville, associando
a subjetivação da ideia de liberdade às características da dominação
moderna. Para ele também não só a religião, mas toda forma de
pensar nas democracias de massa adquire um impulso ao
fundamentalismo.142 Esse fenômeno é explicado como resultado
das paixões por uniformidade, bem-estar e ordem. A paixão por
uniformidade favorece o método de procurar por verdades simples
e uniformes: “escapar ao espírito de sistema, ao jugo dos hábitos,
às máximas de família, às opiniões de classe e, até certo ponto, aos
preconceitos da nação... procurar sozinho e em si mesmo a razão
das coisas...” Ela dissolve as mediações do pensar, como as
mediações com o pensar dos predecessores: “cada um perde ali
facilmente o rastro das ideias de seus ancestrais, ou com elas não se
preocupa... cada um se fecha estreitamente em si mesmo e pretende
138
Ibid., § 140 Anm.
139
Ibid., § 138 Zus.
140
Ibid., § 138 Not.
141
Ibid., § 141 Zus.
142
MITCHELL, Joshua. Tocqueville on democratic religious experience. In: WELCH, Cheryl B. (Ed.).
The cambridge companion to Tocqueville. Cambridge: Cambridge University Press, 2006, p. 282.
210 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
143
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, I, 1, p. 513-4 e III, 21, p. 777-8.
144
Ibid., I, 5, p. 531 e III, 21, p. 778.
145
Ibid., I, 5, p. 532 e III, 21, p. 778-9, cf. id., op. cit., 1835, II, 4, p. 211; id., op. cit., 1850/51, I, 5, p.
763. Não parece coincidência que, em um de seus famosos prognósticos, Tocqueville associe a paixão
dos alemães por ideais abstratos, sem ocupação com suas consequências práticas, com uma
tendência à agitação pública por teorias racistas (TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre à Arthur de
Gobineau, 30 juillet 1856. Revue des Deux Mondes, 5e période, tome 40, 1907, p. 527).
146
Id., op. cit., 1856, II, 2, p. 185.
Felipe Moralles e Moraes | 211
147
POLANYI, op. cit., 1944, p. 298.
148
HEGEL, op. cit., 1821, § 270 Anm.
212 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
149
Id., op. cit., 1837, IV, 3, 3, p. 596.
150
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 9, p. 341-3; id., op. cit., 1840, I, 5, p. 533-4 e II, 12, p. 646-7.
Felipe Moralles e Moraes | 213
151
Ibid., p. 348; id., op. cit., 1856, III, 3, p. 180.
152
ANTOINE, in L’esprit, p. 306-7; cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1856, p. 341-8; id., op. cit., 1856, III,
2, p. 179.
153
SCHLEIFER, in The companion, p. 135.
154
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 2, p. 47-8 e II, 6, p. 276; id., op. cit., 1840, III, 8, p. 708-9.
155
Ibid., II, 9, p. 332.
156
Entre outros: ZETTERBAUM, op. cit., 1963, p. 697; BRIEY, Laurent de. Démocratie, religion et
pluralisme: de Tocqueville à Gauchet et retour. Revue Philosophique de Louvain, Louvain, 4ème
série, t. 104, n. 4, p. 744 e 754-5, 2006; FRANCO, op. cit., 2012, p. 77-81 e 84-5; KAHAN, op. cit.,
2015, p. 29, 72, 75 e 79-80 ; criticamente GAUCHET, in Lecturas, p. 95; GANNET JR., op. cit., 2003,
p. 8.
214 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
157
Cf. KAHAN, op. cit., 2015, p. 151.
158
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 9, p. 639
159
Id., op. cit., 1835, II, 9, p. 338; cf. id., op. cit., 1840, I, 5, p. 533; KELLY, op. cit., 1992, p. 83;
VILLA, in The companion, p. 238.
160
Ibid., p. 336.
Felipe Moralles e Moraes | 215
161
Cf. MIRANDA, Marcelo Sanches. A importância da religião para a democracia: um estudo a
partir da obra A Democracia na América, de Alexis de Tocqueville. Dissertação (Mestrado em
Filosofia). UFSC, Florianópolis, 2016, p. 73-83.
162
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 9, p. 639.
163
Ibid., II, 17, p. 662-5.
164
Ibid., II, 18, p. 642.
216 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
165
Ibid., I, 2, p. 519.
166
MCPHEE, op. cit., 2002, p. 111.
167
COHN, in A filosofia, p. 259.
168
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 9, p. 336.
169
Id., op. cit., 1840, II, 9, p. 639-40.
170
Ibid., I, 2, p. 518.
171
Ibid., p. 521; id., op. cit., 1835, II, 3, p. 210-1.
Felipe Moralles e Moraes | 217
172
Ibid., I, V, p. 532; id., op. cit., 1835, II, 3, p. 338-40.
173
Id., op. cit., 1835, II, 9, p. 354 note.
174
Id., op. cit., 1840, III, 13, p. 731.
175
PLATÃO, op. cit., 424e-425b, 435e e 561b-e.
176
Ibid., 427a-c.
218 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
177
OFFE, op. cit., 2004, p. 36; cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 9, p. 333-5.
178
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, p. I, 2, p. 47-8. A distinção entre objetivo de vida e maneira de viver
aparece em outro contexto, quando Tocqueville diferencia a relação das sociedades aristocráticas e
democráticas com o bem-estar material. Naquelas se tratava de uma maneira de viver desfrutada
pelos nobres sem esforço ou receio, a qual podiam orgulhosamente desprezar (e com o qual os
pobres mal podiam sonhar); nessas se tornou um objetivo de vida generalizado, mesmo que não o
único, ao qual todos ambicionam, seja pela possibilidade de o obter, seja pelo medo de o perder. O
objetivo de vida é um dos fins últimos dos indivíduos; a maneira de viver, um estado social (Op. cit.,
1840, II, 10, p. 641-3).
Felipe Moralles e Moraes | 219
179
Id., op. cit., 1840, II, 15, p. 660.
180
MILL, op. cit., 1859, p. 240 e 289.
181
FORST, op. cit., 1994, p. 324.
182
MARCUSE, op. cit., 1941, p. 202.
220 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
183
HABERMAS, Jürgen. Religion in der Öffentlichkeit. Kognitive Voraussetzungen für den
„öffentlichen Vernunftgebrauch“ religiöser und säkularer Bürger. In: ___________. Zwischen
Naturalismus und Religion: philosophische Aufsätze. 2. Aufl. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2013,
p. 136-7.
184
HEGEL, op. cit., 1821, §§ 249 e 255.
185
Ibid., §§ 251, 270 Anm., 288 e 290 Zus.
186
Ibid., § 201.
187
Ibid., § 206.
188
Ibid., § 207.
189
Ibid., § 253.
Felipe Moralles e Moraes | 221
190
Ibid., § 256.
191
Ibid., § 245.
192
Ibid., § 253 Anm.
193
Ibid., § 255.
194
Ibid., § 264.
195
Ibid., §§ 252 e 270 Anm.
196
Ibid., §§ 289 Anm. e 301 Anm.
197
MARX, op. cit., 1843, p. 248-9.
222 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
198
HEGEL, op. cit., 1821, § 41.
199
Ibid., § 49 Anm.
200
Ibid., § 49 Zus.
201
HABERMAS, op. cit., 1988, p. 49.
Felipe Moralles e Moraes | 223
202
MARX/ENGELS, op. cit., 1848, p. 463.
203
Ibid., p. 477.
204
Ibid., p. 472, 484 e 487.
205
Ibid., p. 482.
206
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 20, p. 674 ; cf. MARX, op. cit., 1852, p. 198.
224 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
207
Ibid., I, 1, p. 514.
208
Ibid., II, 2, p. 613-4; cf. AMIEL, op. cit., 2002, p. 23.
209
Ibid., II, 20, p. 674 e III, 18, p. 747; id., op. cit., 1836, I, p. 16.
210
ELSTER, op. cit., 2009, p. 114-5 e 127.
211
MARX, op. cit., 1852, p. 122-3.
212
ELSTER, op. cit., 2009, p. 126.
Felipe Moralles e Moraes | 225
213
MARX, op. cit., 1852, p. 123 e 140; cf. TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 7, p. 284-5; HEGEL, op.
cit., 1837, Einleitung, III, p. 145-6.
214
TOCQUEVILLE, op. cit., 1847, p. 1124.
215
MARX, op. cit., 1852, p. 122-3.
216
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, IV, 5, p. 833.
217
Id., op. cit., 1850/51, II, 1, p. 779 ; cf. TOCQUEVILLE, Alexis de. Rapport sur « La Démocratie en
Suisse ». In: ___________. Œuvres, I, André Jardin (Org.). Paris: Gallimard, 1991, p. 637.
226 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
218
Id., op. cit., 1840, III, 5, p. 694-6; cf. NOLLA (Ed.), op. cit., 2010, p. 700g.
219
Ibid., II, 10, p. 642-3.
220
REIS, op. cit., 2013, p. 6.
Felipe Moralles e Moraes | 227
221
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 3, p. 52-6. A respeito, contesta Hugh Brogan que as leis de
sucessão francesas seriam, já na época, mais igualitárias do que as estadunidenses, porque não
somente aboliram a primogenitura, mas também limitaram a expressão de vontade testamentária e
garantiram os mesmos direitos a todos os herdeiros (Op. cit., 2006, p. 184). De fato, ensinava
Montesquieu que se nos fosse permitido doar a quem quiséssemos, cada vontade particular
atrapalharia a disposição da lei de divisão igualitária da propriedade (Op. cit., 1748, V, 5). Ao se
conferir a todos os filhos igual parte na herança, não importa qual seja a riqueza, eles sempre serão
menos ricos que os pais e são levados a trabalhar como ele trabalhou (Ibid., V, 6). Apenas nas
monarquias seria boa a permissão de deixar a maioria dos bens para um só filho (Ibid., V, 9). A
contestação não é precisa, contudo, porque, embora a Convenção Nacional tivesse abolido o direito
de primogenitura e estabelecido a igual partilha, Napoleão modificou as leis de sucessões para
reestabelecer a autoridade paterna e a conservação do tamanho das terras. Uma porção considerável
foi deixada à livre disposição, a qual poderia ser direcionada para um só filho (MCPHEE, op. cit.,
2002, p. 200-1). De qualquer forma, Tocqueville não deixa de reconhecer que seu país começava a
sentir na primeira metade do século XIX os efeitos de uma legislação de sucessões mais democrática,
rompendo o espírito aristocrático de família e permitindo a divisão das terras (Op. cit., 1835, I, 3, p.
55; cf. id., op. cit., 1833/35, 7 septembre, p. 455). Ao tempo da revolução de 1848, o gosto da
propriedade já havia tomado a maior parte da população rural, o que a levou a se opor fortemente ao
228 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
proletariado urbano. Ele inclusive ironiza que, porque os pequenos proprietários de terra franceses
viviam endividados, se os revolucionários tivessem prometido, em lugar da abolição da propriedade
dos meios de produção, a abolição das dívidas, não teriam atraído contra si a numerosa classe dos
camponeses (Op. cit., 1850/51, II, 4, p. 798-9 e II, 5, p. 809; cf. MARX, op. cit., 1852, p. 201).
222
ELSTER, op. cit., 2009, p. 185.
223
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 17, p. 663 e II, 19, p. 669-70.
224
ELSTER, op. cit., 2009, p. 15-6.
225
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, III, 18, p. 752-3; por honra entende a “regra particular fundada sobre
um estado particular com a qual um povo ou classe distribui elogios ou reprovações” (Ibid., p. 746).
226
Id., op. cit., 1835, II, 6, p. 281.
227
Ibid., II, 5, p. 237.
Felipe Moralles e Moraes | 229
228
OFFE, op. cit., 2004, p. 19.
229
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, III, 5, p. 691.
230
Ibid., II, 20, p. 674.
231
MARX, op. cit., 1848, p. 465.
230 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
232
TOCQUEVILLE, op. cit., 1836, I, p. 17; cf. MILL, op. cit., 1840, p. 176.
233
Cf. TOCQUEVILLE, Alexis de. Mémoirs sur le paupérisme (1835/37). In: ___________. Œuvres, I,
André Jardin (Org.). Paris: Gallimard, 1991, p. 1162-3; HONNETH, op. cit., 2011, p. 416-7
234
Ibid., p. 1168-73; cf. id., op. cit., 1833/35, 3 septembre, p. 433.
235
Ibid., p. 1174; cf. id., op. cit., 1833/35, 1er-4 septembre, p. 437-8.
Felipe Moralles e Moraes | 231
236
FRANCO, op. cit., 2012, p. 133-8.
237
TOCQUEVILLE, op. cit., 1833/35, 8 juin et 7 septembre, p. 457 e 479.
232 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
238
POLANYI, op. cit., 1944, p. 102-4 e 122-4.
239
Ibid., p. 103, 110-1 e 117-21.
240
Ibid., p. 149-50.
241
Ibid., p. 127.
242
MARX, op. cit., 1848, p. 482-3.
Felipe Moralles e Moraes | 233
243
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835/37, p. 1178 ; cf. POLANYI, op. cit., p. 126-7.
244
BOESCHE, op. cit., 1983, p. 193 e 198.
245
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835/37, p. 1180-3.
246
Id., op. cit., 1833/35, 8 juin et 11 juillet, p. 480 e 521-2.
234 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
247
Id., op. cit., 1835/37, p. 1184.
248
Id., op. cit., 1836, I, p. 24-5.
249
Id., op. cit., 1835/37, p. 1183-4.
250
Ibid., p. 1187-94.
Felipe Moralles e Moraes | 235
251
POLANYI, op. cit., 1944, p. 98.
252
Ibid., p. 161.
253
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, III, 21, p. 494.
254
POLANYI, op. cit., 1944, p. 94 e 291-3.
255
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 3, p. 56-7.
236 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
256
QUIRINO, op. cit., 2001, p. 65. Na Assembleia Nacional de 1848, inseriu-se Tocqueville na articulação
política para garantir educação pública à disposição de todos (CHABOT, Sonia. Éducation civique,
instruction publique et liberté de l’enseignement dans l’œuvre d’Alexis de Tocqueville. In: GUELLEC,
Laurence (Org.). Tocqueville et l’esprit de la démocratie. Paris: Sciences Po, 2005, p. 244).
257
TOCQUEVILLE, op. cit., 1856, III, 4, p. 202.
258
Id., op. cit., 1835, introduction, p. 9.
259
ELSTER, op. cit., 2009, p. 167.
260
TOCQUEVILLE, op. cit., 1856, III, 4, p. 202.
Felipe Moralles e Moraes | 237
261
Id., op. cit., 1835/37, I, p. 1164; cf. id., op. cit., 1835, I, 2, p. 45.
262
Id., op. cit., 1856, III, 4, p. 202.
263
Id., op. cit., 1840, II, 13, p. 651; cf. ELSTER, op. cit., p. 118-20.
264
Ibid., III, 26, p. 801 note.
238 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
265
FRANCO, op. cit., 2012, p. 30.
266
GAUCHET, in Lecturas, p. 133 e 137.
267
TOCQUEVILLE, Alexis de. Fragments pour une politique sociale. In: BENOÎT, Jean-Louis;
KESLASSY, Eric (Org.). Textes économiques: anthologie critique. Ville de Saguenay: Classiques des
sciences sociales, 2009, p. 163.
268
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, V, 5.
Felipe Moralles e Moraes | 239
269
HAYEK, op. cit., 1944, p. 84.
270
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 2, p. 201; id., op. cit., 1840, II, 4, p. 619.
271
Ibid., II, 5, p. 230-1.
272
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, V, 3 e VII, 2.
273
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 5, p. 223; id., op. cit., 1840, II, 3, p. 615 e IV, 3, p. 813.
240 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
274
Id., op. cit., 1840, IV, 3, p. 813 manuscrit; cf. ELSTER, op. cit., 2009, p. 69.
275
ELSTER, op. cit., 2009, p. 3.
276
TOCQUEVILLE, op. cit., 1833/35, 29 juin, p. 492.
Felipe Moralles e Moraes | 241
277
PINZANI, Alessandro; REGO, Walquiria Leão. Vozes do bolsa família: autonomia, dinheiro e
cidadania. 2. ed. São Paulo: UNESP, 2014, p. 24-6.
278
Ibid., p. 194 e 236.
279
Ibid., p. 28.
280
Ibid., p. 27.
242 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
286
PINZANI/LEÃO, op. cit., 2014, p. 130.
287
Ibid., p. 148.
288
Ibid., p. 41.
289
Ibid., p. 94.
290
Ibid., p. 128.
291
Ibid., p. 123.
292
Ibid., p. 202.
244 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
293
Ibid., p. 65 e 73.
294
Ibid., p. 102.
295
Ibid., p. 94-5.
296
Ibid., p. 95-6.
297
Ibid., p. 184 e 217.
Felipe Moralles e Moraes | 245
298
Ibid., p. 215-7.
299
Ibid., p. 48.
300
Ibid., p. 201.
301
Ibid., p. 185.
246 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
302
Ibid., p. 141.
303
Ibid., p. 191.
304
Ibid., p. 17.
305
Ibid., p. 143 e 191.
306
Ibid., p. 224-5.
Felipe Moralles e Moraes | 247
3.3 Associações
307
Ibid., p. 153.
308
Ibid., p. 167 e 176.
309
Ibid., p. 221.
248 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
310
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, II, 7, p. 631
311
NOLLA (Ed.), op. cit., 2010, p. 1026b.
312
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835/37, p. 1187-8.
313
Id., op. cit., 1840, II, 5, p 623.
314
MILL, op. cit., 1859, p. 305.
315
MARX, op. cit., 1867, p. 92-3; id., op. cit., 1894, p. 828.
316
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 4, p. 213.
Felipe Moralles e Moraes | 249
317
Ibid., p. 213-4.
318
Id., op. cit., 1840, II, 7, p. 629.
319
Id., op. cit., 1835, I, 5, p. 64-5.
320
Ibid., I, 2, p. 31.
321
Ibid., I, 2, p. 43-4.
322
Ibid., I, 5, p. 65.
250 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
323
Id., op. cit., 1840, II, 2, p. 612.
324
GOLDHAMMER, in The companion, p. 148.
325
ARENDT, op. cit., 1963, p. 68.
326
FRANCO, op. cit., 2012, p. 48-9.
327
SIEDENTOP, in The idea, p. 166; FORST, op. cit., 1994, p. 176.
328
LAMBERTI, in Lecturas, p. 183.
Felipe Moralles e Moraes | 251
329
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, IV, 1, p. 807 e IV, 6, p. 834.
330
Cf. WELLMER, op. cit., 1989, p. 15-9.
331
QUIRINO, op. cit., 2001, p. 75.
252 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
332
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 4, p. 213 e 217; cf. MILL, op. cit., 1859, p. 226.
333
Cf. SIEDENTOP, in The idea, p. 154; SIEDENTOP, Larry. Inventing the individual: the origins of
western liberalism. Cambridge: Harvard University Press, 2014, p. 62-3 e 337-8.
334
CONSTANT, op. cit., 1814, II, 7, p. 110 note.
335
Cf. HAYEK, op. cit., 1944, p. 102; RAWLS, op. cit., 1993, introduction, xvi.
Felipe Moralles e Moraes | 253
336
TOCQUEVILLE, op. cit., 1856, II, 9, p. 134.
337
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, IX, 1.
338
Ibid., VIII, 16 e 19.
339
HEGEL, op. cit., 1821, § 278 Anm.
254 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
340
Ibid., § 286 Anm.
341
Ibid., § 279.
342
Ibid., § 272.
343
Ibid., § 272 Zus.
344
Ibid., § 275
Felipe Moralles e Moraes | 255
345
Ibid., § 290 Zus.
346
MONTESQUIEU, op. cit., 1748, XI, 4.
347
Ibid., XI, 6.
348
Ibid., IX, 1.
349
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 8, p. 177; cf. MADISON, No. 39, in The federalist, p. 243-5.
256 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
350
FORST, op. cit., 1994, p. 1876
351
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 8, p. 180-3.
352
Ibid., I, 8, p. 192.
353
Cf. FRANCO, op. cit., 2012, p. 96-7.
Felipe Moralles e Moraes | 257
354
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 5, p. 74.
355
Ibid., p. 105-6.
356
Ibid., p. 73-5.
357
Ibid., p. 105.
358
Ibid., I, 8, p. 183.
258 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
359
Ibid., II, 6, p. 269-71; cf. id., op. cit., 1840, III, 18, p. 749.
360
Ibid., I, 5, p. 105; cf. MILL, op. cit., 1840, p. 182.
361
MÉLONIO, Françoise. Nations et nationalismes. In: GUELLEC, Laurence (Org.). Tocqueville et
l’esprit de la démocratie. Paris: Sciences Po, 2005, p. 355.
362
TOCQUEVILLE, Alexis de. Lettre à Madame Swetchine, 20 octobre 1856. In: BEAUMONT (Ed.),
op. cit., VI, p. 347-8.
363
ARON, Raymond. Tocqueville retrouvé (1979). In: GUELLEC, Laurence (Org.). Tocqueville et
l’esprit de la démocratie. Paris: Sciences Po, 2005, p. 36.
Felipe Moralles e Moraes | 259
364
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, II, 10, p. 462.
365
Id., op. cit., 1840, I, 5, p. 530.
366
Id., op. cit., 1835, I, 5, p. 107; cf. MILL, op. cit., 1835, p. 63.
367
BACOT, Guillaume. L’apport de Tocqueville aux idées décentralisatrices (1995). In: GUELLEC,
Laurence (Org.). Tocqueville et l’esprit de la démocratie. Paris: Sciences Po, 2005, p. 230-4;
FRANCO, op. cit., 2012, p. 157.
368
TOCQUEVILLE, op. cit., 1835, I, 5, p. 65.
260 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
369
Id., op. cit., 1833/35, 11 juillet, p. 523.
370
Id., op. cit., 1840, II, 4, p. 620.
371
Id., op. cit., 1850/51, II, 5, p. 812
Felipe Moralles e Moraes | 261
372
Id., op. cit., 1835, II, 9, p. 320; cf. DEWITT, John, Essay II, in The anti-federalist, p. 197.
373
STENDHAL, op. cit., 1830, p. 221 e 488.
374
WELLMER, op. cit., 1989, p. 31.
375
Ibid., p. 34.
262 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
376
Ibid., p. 50-2.
377
Ibid., p. 53.
Conclusão
2
MARX, Karl. Zur Kritik der Hegelschen Rechtsphilosophie: Einleitung. In: ______; ENGELS,
Friedrich. Werke. Band 1. Berlin: Dietz Verlag, 1956, p. 380.
3
Id., op. cit., 1845, Thesen 1, 11.
4
MARX/ENGELS, op. cit., 1848, p. 488-9 ; MARX, op. cit., 1852, p. 141.
5
MARX, op. cit., 1843, p. 266.
6
HORKHEIMER, op. cit., 1937, p. 139.
7
MARCUSE, Herbert. One-dimensional man: studies in the ideology of advanced industrial society
(1964). 2. ed. Routledge: London/New York, 1991, p. 261.
8
JAEGGI, Rahel. Repensando a ideologia. Civitas, Porto Alegre, v. 8, n. 1, p. 156-7, jan./abril 2008.
Felipe Moralles e Moraes | 265
9
Id., op. cit., 2013, p. 29.
10
MARX, op. cit., 1850, p. 14.
11
MARX/ENGELS, op. cit., 1848, p. 472.
12
MARX, Karl. Lohn, Preis und Profit (1865). In: ______; ENGELS, Friedrich. Werke. Band 16.
Berlin: Dietz Verlag, 1962, p. 152.
13
MARCUSE, Herbert. Teoría y praxis. In: _________. Calas en nuestro tiempo. Trad. Pedro
Madrigal. 2. ed. Barcelona: Icaria, 1983, p. 48.
266 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
21
MARX/ENGELS, op. cit., 1848, p. 465.
22
TOCQUEVILLE, op. cit., 1840, IV, 8, p. 850.
23
Id., op. cit., 1835, II, 6, p. 274; id., op. cit., 1840, I, 13, p. 570; id., op. cit., 1856, III, 2, p. 180.
24
Id., op. cit., 1833/35, 7 septembre, p. 449.
268 | A teoria crítica de Alexis de Tocqueville
27
TOCQUEVILLE, op. cit., 1850/51, I, 4, p. 754-5
Felipe Moralles e Moraes | 271
28
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