1ano em Ciencias Natureza Professor Finalizado

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MATERIAL DE

APOIO PEDAGÓGICO
PARA APRENDIZAGENS

Ciências da Natureza
e suas Tecnologias
1º Ano Ensino Médio

Caderno do Professor(a) - 2º Bimestre 2024


GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE EDUCADORES
Governador do Estado de Minas Gerais
Romeu Zema Neto

Secretário de Estado de Educação


Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas

Secretária Adjunta
Geniana Guimarães Faria

Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica


Kellen Silva Senra

Superintendente da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de


Educadores
Weynner Lopes Rodrigues

Diretora da Coordenadoria de Ensino da EFE


Janeth Cilene Betônico da Silva

Produção de Conteúdo
Professores Formadores da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de
Educadores

Revisão
Equipe Pedagógica e Professores Formadores da Escola de Formação e Desenvolvimento
Profissional de Educadores

Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores


Av. Amazonas, 5855 - Gameleira, Belo Horizonte - MG
30510-000

2
a
MATERIAL DE APOIO
PEDAGÓGICO PARA
APRENDIZAGENS
MAPA 2024

MATERIAL PARA O(A) PROFESSOR(A)


Prezado(a) Professor(a),

No intuito de contribuir com o seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno com
muito carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já previsto em seu
planejamento. O presente caderno foi construído tendo por base os Planos de Curso 2024, que
foram elaborados a partir das competências e habilidades estabelecidas na BNCC e no CRMG a
serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as unidades escolares da rede pública de Minas
Gerais. Aborda os diversos componentes curriculares e para facilitar a leitura e manuseio foi
organizado de forma linear. Contudo, ao implementá-lo em sala de aula, você poderá recorrer
aos planejamentos de forma não sequencial, atendendo às necessidades pedagógicas dos
estudantes. É preciso atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são pré-requisitos, ou seja,
aqueles que foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que precisam ser retomados com
os estudantes para a construção do novo conhecimento em questão.
Como o principal objetivo deste material é o trabalho com o desenvolvimento de habilidades, este
caderno vem com o propósito de dialogar com sua prática e com o seu planejamento dentro das
habilidades básicas - aquelas que devemos assegurar que todos os nossos estudantes aprendam.
Destacamos ainda, que o livro didático continua sendo um instrumento eficiente e necessário,
principalmente por não anular o papel do professor de mediador insubstituível dentro dos
processos de ensino e de aprendizagem. Coracini[1] (1999) nos diz que “o livro didático já se
encontra internalizado no professor (...) o professor continua no controle do conteúdo e da forma
(...)”, reafirmando que, o que torna o livro didático e o que torna os Cadernos MAPA eficientes,
é justamente a maneira como o professor utiliza-os junto aos estudantes.

Desejamos a você, professor(a), um bom trabalho!

Equipe da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores

1. CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático. São Paulo: Pontes, 1999.

4
SUMÁRIO

BIOLOGIA.............................................................................................................7

TEMA DE ESTUDO: Ciclos Biogeoquímicos (Ciclo da Água)...................................... 7


TEMA DE ESTUDO: Ciclos Biogeoquímicos............................................................ 14
TEMA DE ESTUDO: A Química da Vida................................................................. 17
TEMA DE ESTUDO: Estrutura e morfologia celular................................................. 29
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 33

FÍSICA................................................................................................................35

TEMA DE ESTUDO: Aplicação dos vetores no cotidiano......................................... 35


TEMA DE ESTUDO: Que força é essa?.................................................................. 41
TEMA DE ESTUDO: Qual a função do movimento circular uniforme?....................... 47
TEMA DE ESTUDO: Que universo é esse?............................................................. 55
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 61

QUÍMICA............................................................................................................63

TEMA DE ESTUDO: Ligações Químicas................................................................. 63


REFERÊNCIAS.................................................................................................... 77

5
1º ANO
Ensino Médio
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA

REFERÊNCIA ANO DE ESCOLARIDADE ANO LETIVO


Ensino Médio 1º Ano 2024

ÁREA DE CONHECIMENTO COMPONENTE CURRICULAR


Ciências da Natureza e suas Tecnologias Biologia

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e
por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Fluxo de Matéria no Ecos- (EM13CNT105) Analisar os ciclos biogeoquímicos e interpretar os
sistema. efeitos de fenômenos naturais e da interferência humana sobre
esses ciclos, para promover ações individuais e/ ou coletivas que
minimizem consequências nocivas à vida.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Ciclos Biogeoquímicos (Ciclo da Água).


APRESENTAÇÃO

Professor(a), sabemos que a água é uma substância essencial para a sobrevivência dos seres vivos
e sua ausência dificulta a vida dos seres humanos, especialmente para aqueles que vivem em
regiões desertas ou enfrentam períodos de seca, como ocorre em partes do Nordeste brasileiro.
Embora a água pareça abundante nos rios, lagos, oceanos e lençóis freáticos subterrâneos, é
crucial lembrar que sua quantidade na Terra é limitada, não sendo criada, apenas transformada
entre os estados líquido, vapor e gelo.
Diversas cidades no Brasil surgiram nas proximidades de rios, enquanto outras, desprovidas de
rios, podem contar também com a presença de lagos, lagoas ou estão situadas às margens do
oceano Atlântico. Infelizmente, a maior parte desses corpos d’água urbanos no país encontra-se
contaminada devido ao despejo de esgotos domésticos e/ou industriais.
Preservar a qualidade da água torna-se cada vez mais vital e desafiador. Ao longo deste século,
será necessário empreender esforços significativos para proteger todas as fontes dessa riqueza em
escala global, visando o benefício da humanidade e de todas as formas de vida no planeta.
Conscientizar-se sobre o ciclo hidrológico é fundamental para que o estudante reconheça a
questão da água como uma questão que influencia sua vida e se veja como atuante na
manutenção e na melhoria da qualidade do recurso.

7
Nesta sequência de ensino, espera-se que os estudantes sejam capazes de representar o
ciclo da água utilizando o fenômeno dos rios voadores como questão central. A sequência de
ensino disponibilizada apresenta o fenômeno e explica a relação deste com a distribuição de
chuvas no Brasil, questão que preocupa a sociedade brasileira na atualidade.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO:

Organização da turma Grupos de 4 a 6 pessoas.

Recursos e providências Texto impresso: Fenômeno dos rios voadores.

Professor(a), inicie a sequência de ensino com a questão: “De onde vem a chuva que cai na sua
cidade?”. Neste momento, permita que os estudantes respondam à pergunta, registrando no quadro
termos-chave, se necessário, realize correções pontuais e/ou complemente ideias que ajudem
a incentivar a participação. Promova uma discussão com a turma permitindo que os
estudantes possam utilizar conhecimento prévio sobre a temática e construa junto á turma
hipóteses para explicar o fenômeno da formação de chuvas.
Após registrar as hipóteses, apresente para a turma o texto “Fenômeno dos Rios Voadores”.

TEXTO 1: FENÔMENOS DOS RIOS VOADORES (ícone clicável)

Organize a turma em grupos, de 4 a 6 estudantes e peça que eles façam a leitura e discutam o texto.
Se necessário, faça a leitura com a turma chamando a atenção para os pontos mais relevantes.
Após a leitura, solicite que cada grupo elabore um desenho que esquematize uma proposta do ciclo
da água utilizando apenas o texto fornecido e seus conhecimentos prévios sobre o assunto.

2º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso fornecido anteriormente.

Professor(a), neste momento, os estudantes deverão apresentar o esquema proposto do ciclo


da água, elaborado no momento anterior, utilizando as informações contidas no texto
fornecido. No texto, faltam alguns elementos do ciclo da água como a evaporação de rios e a
infiltração da água formando as águas subterrâneas. Nesse momento, espera-se que você,
professor(a), observe se os estudantes foram capazes de complementar esses elementos,
apresentando-os como

8
conhecimentos prévios. Para esta apresentação, os estudantes podem utilizar algum recurso
audiovisual.
Durante a apresentação sugerimos que questione os estudantes sobre os seguintes aspectos:
a) Do ciclo da água apresentado, qual(is) fonte(s) de água não é (são) apresentada(s) pelo texto?
b) Quais fatores influenciam o ciclo da água e a formação das chuvas?
Ao final da aula construa, em conjunto com a turma, um esquema do ciclo da água representando
os elementos apresentados pelo texto e pelos estudantes. Na figura 1 há uma sugestão de um
esquema de ciclo da água contendo as principais informações.

Figura 1 - Sugestão de ciclo da água construído

Fonte: (EPAL, 2024)

3º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Lousa e caneta.

Professor(a), agora que os estudantes tiveram oportunidade de conhecer sobre o ciclo da água,
eles podem avançar um pouco mais e reconhecer os impactos dos seres vivos, incluindo os seres
humanos neste ciclo. Utilize o texto abaixo para instigar os estudantes para este momento:

9
“O ciclo hidrológico, que geralmente é simplificado em evaporação, chuvas e reservatórios,
revela-se mais intrincado do que essa tríade inicialmente sugere. Embora a essência do ciclo
da água seja composta por esses elementos, diversos fatores desempenham papéis cruciais no
favorecimento das precipitações e na permeabilidade da chuva no solo.
Uma parte substancial do vapor d’água resulta da transpiração das plantas, especialmente das
florestas e matas, que desempenham um papel fundamental na facilitação da penetração da água
no solo. As raízes das plantas contribuem para a aeração do solo, enquanto suas copas reduzem
o impacto da água, permitindo uma penetração mais eficaz, evitando o escoamento superficial.
Nas áreas desmatadas, a água atinge o solo de forma mais intensa, escoando para os rios,
com uma pequena parcela sendo absorvida pelo solo. Isso resulta na não recarga de nascentes
e aquíferos, além de contribuir para o assoreamento dos rios, uma vez que a água da chuva
transporta sedimentos e resíduos sólidos.
O crescimento urbano desordenado, juntamente com a prática de impermeabilização do solo e a
eliminação da vegetação nas cidades, constitui outro fator impactante no ciclo da água. A falta de
árvores para favorecer a formação de chuvas e a impermeabilidade do solo levam a alagamentos,
com a água da chuva se misturando a esgoto e resíduos, resultando em poluição hídrica nos rios.”

Fonte: Texto adaptado Fonte: Texto adaptado - ADASA. Educação Científica e Ambiental, 2017.

Professor (a), a partir da leitura do texto, que pode ser feita de forma individual ou coletiva, peça
que os estudantes se dividam em grupos de três, quatro ou cinco integrantes, para que proponham
soluções para as questões associadas às diferentes formas que as interferências humanas afetam o
ciclo da água e como o estudante do Ensino Médio pode auxiliar na mitigação desta problemática.
Sugerimos que os grupos sejam divididos em estações de trabalho. Cada estação pode trabalhar em
torno de uma questão central:
- Crescimento urbano desordenado.
- Eliminação da vegetação nas cidades e no campo.
- Uso indiscriminado da água através de desperdício.
- Poluição de recursos hídricos.
Peça que os estudantes proponham soluções para o enfrentamento de cada questão. Ao final
do tempo de trabalho, previamente combinado, proponha que compartilhem suas ideias e
fomentem a discussão e o diálogo entre os grupos.

10
ANEXO

TEXTO 1: FENÔMENOS DOS RIOS VOADORES (ícone clicável)

Fenômeno dos Rios Voadores


Os rios voadores são “cursos de água atmosféricos”, formados por massas de ar carregadas de vapor
de água, muitas vezes acompanhados por nuvens, e são propelidos pelos ventos. Essas correntes
de ar invisíveis passam em cima das nossas cabeças carregando umidade da Bacia Amazônica para
o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Essa umidade, nas condições meteorológicas propícias como uma frente fria vinda do sul, por
exemplo, se transforma em chuva. É essa ação de transporte de enormes quantidades de vapor
de água pelas correntes aéreas que recebe o nome de rios voadores – um termo que descreve
perfeitamente, mas em termos poéticos, um fenômeno real que tem um impacto significante em
nossas vidas.
A floresta amazônica funciona como uma bomba d’água. Ela puxa para dentro do continente a
umidade evaporada pelo oceano Atlântico e carregada pelos ventos alíseos. Ao seguir terra adentro,
a umidade cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapotranspiração das árvores sob o sol
tropical, a floresta devolve a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor de água. Dessa
forma, o ar é sempre recarregado com mais umidade, que continua sendo transportada rumo ao
oeste para cair novamente como chuva mais adiante.
Propelidos em direção ao oeste, os rios voadores (massas de ar) recarregados de umidade – boa
parte dela proveniente da evapotranspiração da floresta – encontram a barreira natural formada pela
Cordilheira dos Andes. Eles se precipitam parcialmente nas encostas leste da cadeia de montanhas,
formando as cabeceiras dos rios amazônicos. Porém, barrados pelo paredão de 4.000 metros de
altura, os rios voadores, ainda transportando vapor de água, fazem a curva e partem em direção ao
sul, rumo às regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil e aos países vizinhos.
É assim que o regime de chuva e o clima do Brasil se deve muito a um acidente geográfico localizado
fora do país! A chuva, claro, é de suma importância para nossa vida, nosso bem-estar e para a
economia do país. Ela irriga as lavouras, enche os rios terrestres e as represas que fornecem nossa
energia.
O diagrama abaixo mostra os caminhos dos rios voadores.

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Por incrível que pareça, a quantidade de vapor de água evaporada pelas árvores da floresta
amazônica pode ter a mesma ordem de grandeza, ou mais, que a vazão do rio Amazonas (200.000
m3/s), tudo isso graças aos serviços prestados da floresta.
Estudos promovidos pelo INPA já mostraram que uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro
é capaz de bombear para a atmosfera mais de 300 litros de água, em forma de vapor, em um único
dia – ou seja, mais que o dobro da água que um brasileiro usa diariamente! Uma árvore maior, com
copa de 20 metros de diâmetro, por exemplo, pode evapotranspirar bem mais de 1.000 litros por
dia. Estima-se que haja 600 bilhões de árvores na Amazônia: imagine então quanta água a floresta
toda está bombeando a cada 24 horas!
Todas as previsões indicam alterações importantes no clima da América do Sul em decorrência da
substituição de florestas por agricultura ou pastos. Ao avançar cada vez mais por dentro da floresta,
o agronegócio pode dar um tiro no próprio pé com a eventual perda de chuva imprescindível para
as plantações.
O Brasil tem uma posição privilegiada no que diz respeito aos recursos hídricos. Porém, com o
aquecimento global e as mudanças climáticas que ameaçam alterar regimes de chuva em escala
mundial, é hora de analisarmos melhor os serviços ambientais prestados pela floresta amazônica
antes que seja tarde demais.

Obs. O termo “rios voadores” foi popularizada pelo prof. José Marengo do CPTEC.

Fonte: Texto adaptado - EDUCACIONAL. Expedição rios voadores: Brasil das águas. [S. l.], [2016]. Disponível em:
https://riosvoadores.com.br/educacional/. Acesso em: 13 mar. 2024.

13
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas relações
entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos
produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito
local, regional e/ou global.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Fluxo de Matéria no Ecos- (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de
sistema. dispositivos e de aplicativos digitais específicos, as transformações
e conservações em sistemas que envolvam quantidade de
matéria, de energia e de movimento para realizar previsões sobre
seus comportamentos em situações cotidianas e em processos
produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso
consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em
todas as suas formas.
(EM13CNT105) Analisar os ciclos biogeoquímicos e interpretar os
efeitos de fenômenos naturais e da interferência humana sobre
esses ciclos, para promover ações individuais e/ ou coletivas que
minimizem consequências nocivas à vida.

TEMA DE ESTUDO: Ciclos Biogeoquímicos.


APRESENTAÇÃO
Professor(a), sabemos que, embora a maioria dos ecossistemas receba energia solar abundante,
os elementos químicos estão disponíveis em quantidades limitadas. Por isso, a vida depende da
reciclagem de elementos químicos essenciais. Quando um organismo morre, os átomos que compõem
o seu corpo retornam à atmosfera, à água ou ao solo pela ação dos decompositores. Ao liberar
nutrientes da matéria orgânica, a decomposição reabastece os níveis de nutrientes inorgânicos que
as plantas e outros autótrofos utilizam para formar sua nova matéria orgânica.
Os ciclos biogeoquímicos, portanto, envolvem fatores bióticos (seres vivos produtores, consumidores
e decompositores) e fatores abióticos como energia solar, solo, água. Esses ciclos podem ser
identificados em duas escalas principais: global e local. Elementos como carbono, oxigênio, enxofre
e nitrogênio, que se encontram em formas gasosas na atmosfera, participam principalmente de
ciclos globais. Por exemplo, átomos de carbono absorvidos por uma planta a partir do ar, na forma
de CO2, podem ter sido previamente liberados na atmosfera pela respiração de um organismo
em uma localidade distante. Em contrapartida, elementos como fósforo, potássio e cálcio, são
demasiadamente densos para existirem como gases na superfície terrestre, sendo geralmente
transportados como poeira. Nos ecossistemas terrestres, esses elementos passam por ciclos mais
localizados, sendo absorvidos pelas raízes das plantas e, posteriormente, retornando ao solo por
meio da ação dos decompositores.
Adicionalmente, esses elementos estão presentes na matéria prima de muitos objetos do cotidiano
e, por isso, possuem relação com outros temas de estudo associados à ecologia como
resíduos sólidos, consumo e descarte consciente, poluição e reciclagem.
Nesta sequência de ensino, espera-se que os estudantes compreendam a relação entre os
ciclos biogeoquímicos dos elementos, com a extração de matéria prima e a importância destes
elementos em sua vida.
Texto adaptado de (Campbell, 2022)

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DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Lousa e canetas.

Professor(a), inicie este momento apresentando aos estudantes uma “caixa de surpresa”, com
alguns objetos cuja produção se deu de maneira industrial, como: canudos, folhas de papel, lápis
grafite, caixa de fósforo, latas de refrigerante, sacolas plásticas, garrafas pets, cortes de tecido,
borracha, dentre outros. Para esta apresentação, siga os três passos descritos a seguir:

1) Sorteie um objeto e pergunte aos estudantes:


a) Qual é a matéria prima deste objeto?
b) Qual elemento químico compõe a matéria prima do objeto?
c) Ao ser descartado na natureza, esse objeto é decomposto com facilidade? Justifique sua
resposta.
d) Como o consumo consciente deste produto pode ajudar a reduzir os impactos ambientais?

Incentive a participação dos estudantes e anote algumas respostas no quadro.

2) Divida a sala em grupos de 4 a 6 estudantes e peça que cada grupo escolha um objeto,
sorteando-o da “caixa surpresa”.

3) Peça que respondam às mesmas perguntas respondidas para o primeiro objeto, orientando
que façam pesquisas utilizando fontes confiáveis, tais como: Brasil Escola, Revista Galileu, Guia
do Estudante, Google Acadêmico, Microsoft Academic, Khan Academy.

2º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Lousa e canetas.

Professor(a), realize uma roda de conversa para que os estudantes possam apresentar suas
pesquisas de forma organizada. Incentive o compartilhamento das pesquisas, exerça sua mediação,
mantendo o clima de sala de aula saudável para que os grupos se sintam seguros para realizar seus
compartilhamentos.
Ao longo das apresentações, professor(a), faça relações do que os estudantes falam com
a composição da matéria-prima do objeto com o ciclo biogeoquímico deste elemento. Por
exemplo: Folha de papel - composição: Carbono - realizar uma relação com o ciclo do carbono.

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Após a apresentação dos grupos em roda, professor(a), encaminhe o grupo para a próxima
tarefa: realizar o ciclo biogeoquímico do elemento químico que compõem a matéria-prima do
objeto utilizando esquema, um desenho ou recurso audiovisual.
œ Super dica!!! Certifique-se que os seguintes elementos serão contemplados: Carbono,
Oxigênio, Nitrogênio, Fósforo.

3º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Projetor de slides, se necessário.

Professor(a), neste momento os estudantes devem apresentar o ciclo biogeoquímico do elemento


químico do grupo para o coletivo. Faça a mediação, exerça sua presença pedagógica, de forma
que os estudantes se sintam confortáveis em sua apresentação e que você passe a se tornar
participante dela construindo junto o conhecimento.

4º MOMENTO:

Laboratório de informática em duplas ou sala de aula, a critério


Organização da turma
do professor

Recursos e providências Computador com acesso à internet por dupla.

Professor(a), inicie este momento com a seguinte situação problema: “Como os elementos químicos
chegam até os seres vivos?”
Oriente que os estudantes levantem hipóteses e escrevam no quadro. Você pode utilizar o mentimeter
(https://www.mentimeter.com/pt-BR) para produzir uma nuvem de palavras utilizando a mesma
questão.
O Mentimeter é uma plataforma de apresentações interativas em que os estudantes podem criar
apresentações, nuvens de palavras e responder questionários de forma interativa. O seu uso permite
um trabalho conjunto com a turma e faz com que os estudantes se sintam parte da construção do
trabalho realizado em sala de aula.
œ Super Dica: Utilize as hipóteses propostas para fazer a conexão com a Bioquímica.

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do
Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos
seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Composição Química dos (EM13CNT201) Analisar e discutir modelos, teorias e leis
Seres Vivos. propostas em diferentes épocas e culturas para comparar distintas
explicações sobre o surgimento e a evolução da Vida, da Terra e
do Universo com as teorias aceitas atualmente.

TEMA DE ESTUDO: A Química da Vida.

APRESENTAÇÃO

O desenvolvimento da Química nos séculos XIX e XX foi determinante para o desenvolvimento


da Biologia atual. Sem a base proporcionada pela Química, seria impossível penetrar no mundo
submicroscópico e descobrir como a célula funciona no nível molecular.
Para os biólogos, o desenvolvimento da Química foi essencial para desvendar a estrutura e o
funcionamento das células vivas. O ramo das ciências naturais que estuda a química da vida
é, atualmente, denominado Bioquímica.
A Bioquímica permitiu a descoberta da existência de milhares de substâncias diferentes em uma
única célula e das intrincadas redes de reações químicas das quais elas participam. A variedade
de moléculas reunidas no espaço microscópico de uma célula levou os cientistas a concluirem que
os seres vivos são os entes mais complexos e organizados do universo. E a vida caracteriza-se
exatamente pela complexidade e pela organização.

DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Quadro, lousa e pincel.

Professor(a), com o objetivo de dar visibilidade aos conhecimentos prévios dos estudantes, inicie
este momento realizando algumas perguntas: O que é vida? O que os seres vivos possuem em
comum? Quais as características comuns a todos os seres vivos? Incentive a participação dos
estudantes e anote as respostas no quadro de forma organizada. Procure não realizar correções
neste momento, uma vez que ele possui a finalidade de realizar um diagnóstico dos conhecimentos
prévios dos estudantes.
Agora, apresente as características dos seres vivos, a partir de uma exposição dialogada com os
estudantes. Ressalte os principais elementos químicos presentes na matéria viva e indique quais são
os principais componentes orgânicos e inorgânicos que compõem o corpo dos seres vivos.

17
2º MOMENTO:

Organização da turma A turma será organizada em 4 (quatro) grupos de 6 (seis)


estudantes.

Recursos e providências Roteiro Impresso (Um por grupo).

Professor(a), anuncie para os estudantes que eles terão a oportunidade de realizar atividades
práticas a partir de roteiros. Organize 4 estações de trabalho para aplicar a metodologia ativa de
aprendizagem Rotação por Estações. Em cada estação de trabalho, os estudantes poderão realizar
um experimento diferente e responder a questões de caráter investigativo.

ROTEIROS DE PRÁTICAS POR ESTAÇÃO (ícone clicável)

3º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Lousa, pincel e roteiros dos experimentos de cada estação.

Professor(a), proponha uma exposição dialogada com os estudantes, para falar a respeito dos
procedimentos, resultados e conclusões de cada uma das atividades experimentais realizadas nas
estações de trabalho no momento anterior. Na sequência, entregue para os estudantes “situações-
limite” para que eles possam responder, de maneira individual e entregar na próxima aula.

Situações-Limite: As situações-limite são aquelas que evidenciam os atos-limite,


representando os comportamentos humanos que expressam sua natureza de liberdade
e atividade, cujas ações promovem a transformação da realidade na qual estão
inseridos.

Essas questões terão como objetivo a aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo destas aulas
e serão utilizadas junto ao roteiro das atividades de experimentação como um dos instrumentos
avaliativos.
Sugestões de situações-limite
a) O que acontece com um ser humano se ficar exposto a um calor de mais de 40°C sem
hidratação por mais de dois dias? Justifique sua resposta.
b) Explique por que as dietas ricas em glicídios contribuem para o ganho de peso da
população.

18
c) Como a poluição causada por detergentes pode afetar os seres vivos de um rio? Justifique
relacionando com as diferentes formas que os detergentes atuam no corpo dos seres vivos.
d) O que pode acontecer com uma pessoa com febre alta por mais de dois dias? Justifique
sua resposta.

Sugestão: Professor(a), divida a lousa em 4 partes e escreva em cada campo do quadro os compostos
químicos: água, glicídios, lipídios e proteínas. Associe as questões sugeridas acima com o conteúdo
e com as questões trabalhadas nos roteiros.

4º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso.

Professor(a), para o fechamento do tema de composição química dos seres vivos, coloque a questão
problema: Como os elementos químicos chegam aos seres vivos? Faça relações com alimentação,
respiração, fotossíntese e cadeia alimentar utilizando uma aula expositiva dialogada.

19
ANEXO

ROTEIROS DE PRÁTICAS POR ESTAÇÃO (ícone clicável)

• ESTAÇÃO 01 – A ÁGUA E OS SERES VIVOS

Mais de 70% do peso do seu corpo é água, excluindo os minerais encontrados nos ossos. A água
é o principal componente de praticamente todos os organismos vivos, e a maior parte das reações
bioquímicas ocorre em ambiente aquoso. A água é uma substância com propriedades incomuns.
Nas condições presentes na Terra, a água existe como sólido, líquido e na forma de gás, e todas
essas formas são importantes para os sistemas vivos. A água permite que reações químicas ocorram
no interior dos organismos vivos, e é necessária para a formação de algumas estruturas biológicas.
Agora, você já parou para pensar o motivo da água ser tão importante para a vida? O que ela tem
de especial? Nesta estação, iremos explorar como a estrutura e as interações entre as moléculas
da água a tornam essencial para a vida.
Antes de iniciar os experimentos, procure responder á seguinte questão utilizando os
seus conhecimentos sobre o assunto:

Como uma árvore de 10 metros de altura consegue transportar água e sais minerais da raiz
até a sua folha mais alta?

EXPERIMENTO 01: MISTURA OU NÃO ?

Materiais Necessários:
; Água
; Óleo vegetal
; Talco
; Sal de cozinha
; Acetona
; Seringa
; Pipeta Pasteur
; Colher de sobremesa descartável
; Homogeneizador
; Copos descartáveis
; Marcador permanente (para identificação dos copos)

Procedimentos:
1. Com o auxílio da seringa distribua 50 ml de água em cada copo.
2. Adicione aos copos 1, 2, 3 e 4, respectivamente, 1 colher de sal de cozinha, 1 colher de
talco, 1 medida de pipeta Pasteur de óleo vegetal e 1 medida de pipeta Pasteur de acetona.
3. Identifique as substâncias adicionadas nos copos com o auxílio do marcador permanente.
4. Com o auxílio do homogeneizador, tente dissolver completamente cada uma das substâncias.
5. Registre os resultados na tabela abaixo:

20
Substância Hipótese a respeito da polaridade da
Solubilidade em água
adicionada substância, composto ou material

Copo 1

Copo 2

Copo 3

Copo 4

EXPERIMENTO 02: CONTRA O FLUXO

Materiais Necessários:
; Mistura colorida (água + corante alimentício)
; Óleo vegetal
; Copos descartáveis
; iras de papel
; Algodão hidrófilo
; Seringa
; Duas bandejas

Procedimentos:
1. Com o auxílio da seringa, distribua 100 ml da mistura colorida em dois copos.
2. Com o auxílio de outra seringa, distribua 100 ml de óleo vegetal em dois copos.
3. Coloque uma das tiras de papel dentro de um dos copos com a mistura colorida e outra tira
de papel dentro de um dos copos com óleo.
4. Faça o mesmo procedimento, agora com o algodão.
5. Espere 2 minutos e observe o que aconteceu.
6. Retire, cuidadosamente, os papéis e as tiras de algodão dos copos e coloque-as sobre as
bandejas.
7. Analise, criteriosamente, os papéis e as tiras de algodão.

O que aconteceu com as tiras de papel?


O que aconteceu com as tiras de algodão?

21
EXPERIMENTO 03: DE GOTA EM GOTA

Materiais Necessários:
; Água
; Pipeta Pasteur
; Detergente
; Moedas

Antes de começar, responda: quantas gotas você acha que consegue colocar sobre a
moeda antes que a água transborde?

Procedimentos:
1. Com o auxílio do conta-gotas ou da pipeta Pasteur pingue, uma a uma, gotas de água
sobre uma das moedas até que o líquido transborde, mantendo uma contagem cuidadosa do
número de gotas adicionadas.
2. Anote, no local indicado deste roteiro, o número de gotas que você conseguiu colocar sobre
a moeda antes que o líquido transbordasse.
3. Encoste levemente seu dedo no detergente e passe-o na superfície da outra moeda.
4. Repita o procedimento 1.
5. Anote, no local indicado neste roteiro, o número de gotas que você conseguiu colocar sobre
a moeda antes que o líquido transbordasse.

Anotando os resultados obtidos:

Quantas gotas você conseguiu colocar sobre a moeda antes que ela transbordasse?

Moeda sem detergente Moeda com detergente

• Na primeira moeda, você conseguiu acertar o número de gotas? Caso não, formule uma
hipótese para explicar o que você acha que aconteceu.
• Comparando os resultados obtidos, você acha que o detergente teve algum efeito sobre o
resultado? Procure explicar o resultado formulando uma hipótese para o ocorrido.

Observações:
Agora que você terminou os experimentos desta estação, faça o que se pede a seguir quando
faltarem 5 minutos para finalizar o tempo desta estação.
ƒ Descarte o líquido dos copos no balde, ao lado da sua estação.
ƒ Leve os conta-gotas ou pipeta Pasteur vazios para a mesa de apoio e substitua-os pelos
novos.
ƒ Organize os materiais na mesa, da mesma forma que os encontrou.

22
Discussão:
Após realizar os experimentos, responda à questão inicial desta estação. Como uma árvore de 10
metros de altura consegue transportar água e sais minerais da raiz até a sua folha mais alta?

Obs: Analise os experimentos e procure associar os resultados obtidos com a sua explicação para a
problemática.

• ESTAÇÃO 02 – GLICÍDIOS
Glicídios são um grande grupo de moléculas com composição atômica similar, mas que variam em
tamanho, propriedades químicas e funções biológicas. Também chamados de açúcares, carboidratos
ou hidratos de carbono, são moléculas orgânicas constituídas fundamentalmente por átomos de
carbono, hidrogênio e oxigênio. O termo açúcar costuma ser associado ao sabor doce, mas nem
todos os representantes desse grupo de substâncias são adocicados. Por isso, os cientistas preferem
usar o termo glicídio, que é mais genérico.
Os glicídios constituem a principal fonte de energia para os seres vivos e estão presentes em diversos
tipos de alimentos. Além de constituir a mais importante fonte de energia para os seres vivos, os
glicídios também desempenham papel relevante na estrutura corporal dos seres vivos. A celulose,
por exemplo, que forma a parede das células vegetais e dá sustentação ao corpo das plantas, é um
glicídio com função estrutural.
Agora, você já pensou a respeito da diversidade dos glicídios presentes em nosso cotidiano? Todo
carboidrato é doce? Por que você, ao fazer uma prova que exige grande esforço mental, sempre
leva uma barra de cereais ou uma barra de chocolates? Nesta estação, compararemos a diferença
de concentração de um determinado carboidrato em diferentes tipos de alimentos.
Antes de iniciar os experimentos, utilizando os seus conhecimentos sobre o assunto,
procure responder á seguinte questão:

Um corredor de maratona, ao fazer sua refeição antes de um importante evento, fará a


opção por um cardápio composto por frutas, carnes magras e leite ou por um cardápio
composto por pães, batata, arroz e massas?

EXPERIMENTO: ONDE ESTÁ O AMIDO?

Materiais Necessários:
; Tintura de iodo ; Clara de ovo
; Pipeta Pasteur ; Leite
; Pratos descartáveis ; Farinha de trigo
; Colher descartável ; Amido de milho
; Batata ; Sal de cozinha
; Arroz (cru e cozido) ; Pão
; Peito de frango ; Sal
; Maçã ; Açúcar
; Banana ; Macarrão

23
Procedimentos:
1. Coloque os alimentos nos pratos descartáveis de maneira individual.
2. Com o auxílio da pipeta Pasteur adicione 3 gotas da tintura de iodo no sal de cozinha e no
amido de milho.
3. Observe a coloração das duas amostras e compare.
4. Com o auxílio da pipeta Pasteur, adicione cerca de 3 gotas da tintura de iodo em cada um
dos alimentos restantes.
5. Observe a alteração na coloração dos alimentos.
6. Compare as colorações obtidas.

Observações:
Agora que você terminou os experimentos desta estação, faça o que se pede a seguir quando
faltarem 5 minutos para finalizar o tempo desta estação.

ƒ Descarte o líquido dos copos no balde, ao lado da sua estação.


ƒ Leve os conta-gotas ou pipeta Pasteur vazios para a mesa de apoio e substitua-os pelos
novos.
ƒ Organize os materiais na mesa, da mesma forma que os encontrou.

Discussão:
Após realizar o experimento, responda à questão inicial desta estação. Um jogador de futebol ao
fazer sua refeição antes de um importante jogo fará a opção por um cardápio composto por frutas,
carnes magras e leite ou por um cardápio composto por pães, batata, arroz e massas?

Obs: Analise os experimentos e procure associar os resultados obtidos com a sua explicação para
a problemática.

• ESTAÇÃO 03 – LIPÍDIOS
O termo lipídio designa um grupo de compostos orgânicos, como óleos, ceras e gorduras, cuja principal
característica é a insolubilidade em água e a solubilidade em certos solventes orgânicos. Você já
deve ter observado que óleos e gorduras não se misturam à água; a razão dessa insolubilidade é que
as moléculas dos lipídios são consideradas apolares e, portanto, não têm afinidade pelas moléculas
polarizadas da água. São encontrados abundantemente em organismos animais e vegetais e atuam,
entre outras funções, como reserva de energia e componentes estruturais.
Agora, você já parou para pensar o motivo do óleo não se misturar à água? Por que utilizamos
óleo em determinados procedimentos na culinária, para extrair determinada cor ou gosto de um
tempero? Nesta estação, iremos explorar uma característica essencial dos lipídeos.
Antes de iniciar os experimentos, procure responder á seguinte questão utilizando os
seus conhecimentos sobre o assunto:

Por que lavar as mãos com água e sabão, além de importante, é mais eficiente quando
comparamos à lavagem utilizando apenas água?

24
EXPERIMENTO: EMULSIFICANDO A GORDURA

Materiais Necessários:
; Água (quente e fria)
; Seringa
; Copo descartável
; Óleo vegetal
; Colher descartável
; Detergente

Procedimentos:
1. Com o auxílio da seringa, adicione em um copo 50 ml de água fria e depois, no outro copo,
a água quente.
2. Com o auxílio de outra seringa, adicione 5 ml de óleo vegetal em cada um dos copos.
3. Com a colher, misture o conteúdo dos copos.
4. Observe.
5. Com o auxílio de outra seringa, adicione 2 ml de detergente em cada um dos copos.
6. Com a colher, misture o conteúdo dos copos.
7. Observe e compare os resultados.

Observações:
Agora que você terminou os experimentos desta estação, faça o que se pede a seguir quando
faltarem 5 minutos para finalizar o tempo desta estação.

ƒ Descarte o líquido dos copos no balde, ao lado da sua estação.


ƒ Leve os conta-gotas ou pipeta Pasteur vazios para a mesa de apoio e substitua-os pelos
novos.
ƒ Organize os materiais na mesa, da mesma forma que os encontrou.
Discussão:
Após realizar o experimento, responda à questão inicial desta estação. Por que lavar as mãos com
água e sabão, além de tão importante, é mais eficiente quando comparamos à lavagem utilizando
apenas água?
Obs: Analise os experimentos e procure associar os resultados obtidos com a sua explicação para a
problemática.

• ESTAÇÃO 04 – PROTEÍNAS

As proteínas possuem diversos papéis em nosso cotidiano. Proteínas são polímeros compostos por
resíduos de aminoácidos em diferentes proporções e sequências. As proteínas variam em tamanho,
desde pequenas (como o hormônio humano insulina, com apenas 51 resíduos de aminoácidos)
até gigantescas moléculas (como a proteína muscular titina, com cerca de 26.926 resíduos de
aminoácidos). As proteínas são compostas por uma ou mais cadeias polipeptídicas – polímeros não
ramificados (lineares) de resíduos de aminoácidos unidos por meio de ligações covalentes. Variações
na sequência de resíduos em cadeias polipeptídicas permitem a grande variedade de estrutura e
função das proteínas. Cada cadeia enovela-se em uma conformação tridimensional especificada pela
sequência de resíduos da cadeia.

25
A estrutura terciária de uma proteína descreve sua conformação tridimensional e é estabilizada por
ligações de hidrogênio, interações hidrofóbicas, atrações iônicas e, em algumas proteínas, pontes
dissulfeto. Em uma proteína, os grupos expostos na sua superfície conferem formato e grupos
químicos que podem interagir de modo específico com outras moléculas e íons. As forças que
estabilizam a estrutura secundária, terciária e quaternária de uma proteína a tornam vulnerável à
degradação por fatores ambientais.
Agora, você já parou para pensar sobre a grande diversidade de proteínas existente em nosso
corpo? Que a maior parte das enzimas é uma proteína? Que proteínas possuem um importante
papel biológico para a vida? Nesta estação, exploraremos como a estrutura espacial de uma proteína,
quando afetada, afeta sua função.
Antes de iniciar os experimentos, utilizando os seus conhecimentos sobre o assunto, procure
responder a seguinte questão:

Por que a febre alta é tão perigosa?

EXPERIMENTO 01: ALIMENTOS ESPUMANTES

Materiais Necessários:
; Fígado de boi (cozido e cru)
; Batata inglesa (cozida e crua)
; Água
; Peróxido de hidrogênio (água oxigenada) volume 10
; Suco de limão
; Água sanitária
; Seringa
; Copos descartáveis
; Marcador permanente (para identificação)

Procedimentos:
1. Com o marcador permanente, numere os copos de acordo com as substâncias descritas a
seguir:

Identificação do
Substâncias adicionadas
copo
Copo 1 Fígado cru
Copo 2 Fígado cru + 5 ml de suco de limão
Copo 3 Fígado cru + 25 ml de água sanitária
Copo 4 Fígado cozido
Copo 5 Fígado cozido + 5 ml de suco de limão
Copo 6 Fígado cozido + 25 ml de água sanitária
Copo 7 Batata crua + 25 ml de água

26
Identificação do
Substâncias adicionadas
copo
Copo 8 Batata crua + 25 ml de água + 5 ml de suco de limão
Copo 9 Batata crua + 25 ml de água + 25 ml de água sanitária
Copo 10 Batata cozida + 25 ml de água
Copo 11 Batata cozida + 25 ml de água + 5 ml de suco de limão
Copo 12 Batata cozida + 25 ml de água + 25 ml de água sanitária

2. Adicione as substâncias, na respectiva ordem, em cada um dos copos.


3. Com o auxílio de uma seringa, adicione 5 mL de peróxido de hidrogênio em cada um dos
copos.
4. Observe e compare.
5. Registre os resultados na tabela abaixo.

Identificação do
Substâncias adicionadas
copo

Copo 1

Copo 2

Copo 3

Copo 4

Copo 5

Copo 6

Copo 7

Copo 8

Copo 9

Copo 10

Copo 11

Copo 12

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Observações:
Agora que você terminou os experimentos desta estação, faça o que se pede a seguir quando
faltarem cinco minutos para finalizar o tempo desta estação.
ƒ Descarte o líquido dos copos no balde, ao lado da sua estação.
ƒ Leve os conta-gotas ou pipeta Pasteur vazios para a mesa de apoio e substitua-os pelos
novos.
ƒ Organize os materiais na mesa, da mesma forma que os encontrou.

EXPERIMENTO 02: ESTRAGOU?

Materiais Necessários:
; Ovo
; Leite
; Álcool
; Limão
; Seringa
; Prato descartável

Procedimentos:
1. Quebre o ovo, cuidadosamente, em um prato.
2. Com o auxílio de uma seringa adicione, aos poucos, 20 ml de álcool sobre o ovo.
3. Observe e anote os resultados.
4. Adicione o suco de meio limão ao leite.
5. Observe e anote os resultados.

Observações:
Agora que você terminou os experimentos desta estação, faça o que se pede a seguir, quando
faltarem cinco minutos para finalizar o tempo desta estação.

ƒ Descarte o líquido dos copos no balde, ao lado da sua estação.


ƒ Leve os conta-gotas ou pipeta Pasteur vazios para a mesa de apoio e substitua-os pelos
novos.
ƒ Organize os materiais na mesa da mesma forma que os encontrou.

Discussão:
Após realizar o experimento, responda à questão inicial desta estação. Por que a febre alta é tão
perigosa?

Obs: Analise os experimentos e procure associar os resultados obtidos com a sua explicação para
a problemática.

28
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do
Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos
seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Organização Celular. (EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação
da vida em seus diferentes níveis de organização, bem como as
condições ambientais favoráveis e os fatores limitantes a elas,
tanto na Terra quanto em outros planetas, com ou sem o uso de
dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT211MG) Analisar e discutir os processos que alteram
as propriedades coligativas, em especial as que interferem no
transporte por membrana celular, na temperatura e pressão de
líquidos e gases.

TEMA DE ESTUDO: Estrutura e morfologia celular.

APRESENTAÇÃO

Professor(a), agora que os estudantes já tiveram oportunidade de compreender a constituição


química dos seres vivos, é possível darmos continuidade ao conteúdo do 1° ano, introduzindo o
estudo das células. As células são estruturas funcionais dos seres vivos. Por isso é fundamental que
o estudante compreenda sobre a estrutura e funcionamento celular para conhecer melhor sobre
a dinâmica da vida. Iniciaremos com uma revisão sobre a morfologia celular e, neste momento,
é importante que os estudantes compreendam as diferenças entre os dois tipos de células
(procarióticas e eucarióticas) e os motivos pelos quais os vírus se distinguem dos demais seres
vivos quanto à constituição química e estrutural.
Os seres vivos podem ser classificados como procariontes ou eucariontes e o que os diferencia é o
tipo de célula e a complexidade. Apenas os seres unicelulares pertencentes aos domínios Bacteria
e Archaea são designados como procariontes, sendo “pro” associado a “antes” e “kary” a “núcleo”.
Já os animais, plantas, fungos, algas e protozoários são todos eucariontes, com “eu” indicando
“verdadeiro”, caracterizando-se por possuírem células eucariontes.
Dentre as estruturas que diferenciam os dois tipos de célula, destaca-se que as células procarióticas
possuem parede celular (maioria), ribossomos livres no citoplasma, DNA (geralmente circular), em
menor quantidade, com ausência de histonas, não separado do restante do citoplasma por uma
membrana nuclear. Os seres vivos que possuem esse tipo de célula são bactérias. Já as células
eucarióticas, possuem o DNA em maior quantidade, separado por um envoltório nuclear; ribossomos
e organelas membranosas como mitocôndria e cloroplastos, citoesqueleto, centríolos e lisossomos,
entre outras. Cada estrutura desempenha um papel fundamental para o funcionamento da célula.
Os seres vivos dotados deste tipo de célula são os fungos, protozoários e algas, plantas e animais.
Adicionalmente, é importante que o estudante compreenda que os vírus se distinguem dos demais
seres anteriormente citados por não possuírem a complexidade da estrutura celular, porém são
de extrema importância, pois participam dos diversos processos evolutivos envolvendo os demais
seres vivos, uma vez que são parasitas celulares obrigatórios. Os vírus são formados por um ácido
nucleico (DNA ou RNA), envolto por uma cápsula protéica chamada de capsídeo; e uma cauda que
normalmente está associada à infecção da célula.

29
Nesta sequência didática espera-se que o estudante compreenda a estrutura e morfologia celular.
Espera-se que o estudante diferencie os tipos celulares e sua organização para em sequências
futuras possa fazer relações com a fisiologia celular, bem como o agrupamento dos seres vivos nos
diferentes domínios.
Fonte: Texto adaptado - Rocha, 2018; Silva e Sasson, 2016.

DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Lousa e canetas.

Professor(a), neste momento utilize o texto acima como inspiração para um diálogo inicial e faça
uma revisão com a turma, para trabalhar os conceitos de células e as diferenças entre os seres
procariontes e eucariontes. Sugere-se utilizar uma tabela comparativa entre as células procarióticas
e eucarióticas para que as diferenças sejam melhores ressaltadas.
Sugestão de Tabela:

Características Célula Procariótica Célula Eucariótica

Eukarya: Algas, protozoários, fungos,


Domínios Bactéria e Archea
plantas e animais
Menor quantidade Maior quantidade
Ausência de histonas Associado a histonas,
DNA Geralmente circular Geralmente linear
Denominado de Compartimentalizado (envoltório nuclear)
nucleóide Localizado no núcleo
Membrana externa Membrana externa (plasmática) e
Membranas
(plasmática) membranas de algumas organelas

Parede Celular Presente (maioria) Presente (plantas)

Divisão Fissão Mitose e meiose

Fuso Mitótico Ausente Presente

Citoesqueleto Ausente Presente

Cílios e Flagelos Ausente Presentes

Livres no citoplasma e/ou aderidos ao


Retículo
Ribossomos Livres no citoplasma
Endoplasmático e à membrana externa do
envoltório nuclear

30
2º MOMENTO:

Organização da turma Grupo de no máximo 4 estudantes.

Recursos e providências Jogo “Cara a cara com a célula”.

Professor(a), utilize o lúdico na sala de aula voltada para a melhor compreensão dos conceitos e
para facilitar a memorização de nomes de estruturas fundamentais para a compreensão da citologia.
O jogo está disponível em: https://genoma.ib.usp.br/files/upload/6/manual-cara-a-cara-
cartasquadros.pdf e as cartas se encontram nas páginas 6 e 7 do arquivo.
Sugere-se o uso de dois baralhos por grupo e 1 baralho para o professor. Cada baralho é formado
por 14 cartas.

Atenção às regras:
1. Para cada uma das equipes (ou jogadores) é fornecido um baralho completo.
2. Os estudantes sentam-se em lados opostos da mesa, isto é, as equipes ficam frente a frente.
3. O terceiro baralho é embaralhado pelo professor. A seguir, cada jogador/equipe retira (sem
deixar o adversário ver a figura!) uma carta.
4. O professor esclarece aos estudantes as regras do jogo, inclusive o tipo de pergunta que pode ser
feita. As regras que norteiam as perguntas a serem formuladas pelos jogadores devem ser
construídas coletivamente envolvendo professor e estudantes. Exemplos de perguntas para
orientar a discussão:
• É válido perguntar diretamente pelo nome do grupo escrito na parte inferior da carta?
• As perguntas devem ser feitas apenas sobre o que está escrito nas cartas ou os
estudantes poderão usar conhecimentos que vão além do que está escrito?
5. O desafio do jogo é descobrir qual a carta que está com o adversário. Para tanto, cada equipe
fará, na sua vez, uma pergunta que deverá ser respondida pela equipe adversária APENAS
com as palavras “SIM” ou “NÃO”.
6. As equipes decidem quem fará a primeira pergunta. A equipe oposta terá sempre o direito a
mais uma pergunta, de forma que as duas equipes tenham a mesma chance, independente
de qual equipe iniciou o jogo.
7. Quando um jogador/equipe entende que já sabe qual a figura que está nas mãos do adversário,
na sua vez, pode lançar um palpite falando o nome da figura (na parte superior da carta).
O jogador/equipe adversária confirma ou não o palpite emitido. Mas cuidado! Se estiver
enganado perderá o jogo!
8. Vence o jogo o jogador/equipe que primeiro descobrir o nome da figura que está nas mãos
do opositor.
9. As cartas sorteadas voltam para o baralho que está com o professor. São novamente
embaralhadas e sorteadas, iniciando-se, assim, uma nova partida.
10. Sugere-se que o jogo tenha a duração de aproximadamente 20 minutos - tempo suficiente
para um mínimo de 3 partidas.
11. Sugere-se que a primeira partida seja jogada apenas para compreensão das regras e
esclarecimento das dúvidas.
31
Professor (a), ao final do jogo encaminhe a turma para a próxima tarefa: Cada estudante
deverá construir, em casa, um modelo em três dimensões, utilizando massinha ou materiais
reutilizáveis de uma célula procariótica e uma célula eucariótica (livre escolha) e deverá
apresentar o seu modelo para a turma diferenciando os dois tipos de células de acordo com as
estruturas.
Escolha os estudantes que possam compartilhar com a turma o seu modelo construído de células
e durante a apresentação faça relações com a presença das estruturas com as suas
respectivas funções, a fim de conectar com o conteúdo trabalhado nas próximas sequências de
ensino abordadas no próximo caderno.

32
REFERÊNCIAS

ADASA. Educação Científica e Ambiental. Interferência do Homem no Ciclo da água,


Distrito Federal, 2017. Disponível em https://www.adasa.df.gov.br/images/sala_de_leitura/
MaterialPedagogico/Versao_Aprendizes/Em_Aprendizes/EM_4a_PUB_TEXTO3.pdf. Acesso em: 13
mar. 2024.
BACICH, Lilian e MORAN, José (Org). Metodologias ativas para uma educação inovadora:
uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
BERTO, C.C.; Constant Pires, F.C.; M.L.C. Carvalhal. Cara a Cara com a célula- Um jogo de
senha. São Paulo, 2010. Disponível em https://genoma.ib.usp.br/files/upload/6/manual-cara-a-
cara-cartasquadros.pdf. Acesso em: 13 mar. 2024.
BRAZ, Vinicius Aparecido et al.. . Anais do IX ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2023.
Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/102804. Acesso em: 13 mar. 2024.
CAMPBELL, NEIL A. - REECE, JANE B. - URRY, LISA A. - CAIN, MICHAEL L. - WASSERMAN, STEVEN
A. - MINORSKY, PETER V. - JACKSON, ROBERT B. Biologia de Campbell. 12 ed. São Paulo:
Artmed, 2022.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella (Organizadora). Metodologias Ativas: introdução. 1 edição.
São Paulo: FTD, 2016.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella (Organizadora). Metodologias Ativas: projetos
interdisciplinares. 1 edição. São Paulo: FTD, 2016.
EPAL- Grupo das Águas de Portugal. Ciclo Natural da Água. 2024. Disponível em https://www.
epal.pt/EPAL/menu/epal/comunica%C3%A7%C3%A3o-ambiental/ciclo-da-%C3%A1gua.
EXPEDIÇÃO RIOS VOADORES: BRASIL DAS ÁGUAS. Disponível em https://riosvoadores.
com.br/educacional/. Acesso em: 13 mar. 2024.
INSTITUTO AYRTON SENNA. Educação Integral para o século 21: O desenvolvimento
pleno na formação para a autonomia. 2018.
JÚNIOR, César da Silva; SASSON, Sezar; JUNIOR, Nelson Caldini. Biologia. 12. ed. São Paulo,
Saraiva, 2016.
KHAN ACADEMY. Células procariontes e eucariontes. [S. l.], 2024. Disponível em https://
pt.khanacademy.org/science/6-ano/vida-e-evolucao-6-ano/celulas-procariontes-e-eucariontes/a/
clulas-procariticas-e-eucariticas Acesso em: 13 mar. 2024.
MOREIRA, A.P.G; GUZZO, R.S.L. Situação-limite na educação infantil: contradições e
possibilidades de intervenção. São Paulo: Psicologia: Teoria e Prática, dez.2013.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais,
Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/
documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf.
Acesso em: 19 jan. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 19 jan. 2024.

33
ROCHA, Marla Piumbini [et al.] Atividades práticas em biologia celular [recurso eletrônico].
Pelotas, Ed. UFPel , 2018. 148
ROSSI-RODRIGUES, Bianca Caroline; GALEMBECK, Eduardo (org.). Biologia: aulas práticas. 1.
ed. Campinas: Eduardo Galembeck, 2012. 156 p.
SANTOS, Udson; RODRIGUES, Márcia Candeia; LIMA, Aureliana Tavares de (org.). Manual de
aulas experimentais para o ensino de biologia. São Paulo: Pimenta Cultural, 2021.

34
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA

REFERÊNCIA ANO DE ESCOLARIDADE ANO LETIVO


Ensino Médio 1º Ano 2024

ÁREA DE CONHECIMENTO COMPONENTE CURRICULAR


Ciências da Natureza e suas Tecnologias Física

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos
e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Vetores. (EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões
e estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e
interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais
para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações problema sob uma perspectiva científica.

PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Aplicação dos vetores no cotidiano.


APRESENTAÇÃO
Prezados professores, estamos no início do 2º bimestre e, segundo o plano de curso, damos início
à dinâmica, com o estudo de vetores.
Qual o sentido de estudar vetores?
Essa é uma pergunta recorrente em nossas salas de aula, não é mesmo? Para dirimir esta distância
entre o formalismo e a vida cotidiana, sugerimos que faça uma retomada de conteúdos com os
estudantes, procurando entender o que eles conhecem a respeito de grandezas vetoriais e sua
função.
Segundo a competência 3 das Ciências da Natureza, deve-se procurar solucionar problemas utilizando
os procedimentos tecnológicos que as ciências oferecem e, através deles, propor soluções para o
enfrentamento desses problemas. Dessa forma, entende-se que o uso de modelos que propiciem
esta análise deve ser favorecido com o intuito de adequar as demandas aos processos técnicos, o
que permite a extensão de seu uso para além das questões locais.
Os vetores são um tipo de modelo. Eles representam grandezas sobre as quais podemos indicar
dados como seu valor, sua direção e seu sentido de movimento. Segundo a habilidade EM13CNT301,
o uso de grandezas como as vetoriais pode permitir que o estudante seja capaz de elaborar
hipóteses, previsões e estimativas que possibilitem a interpretação do cotidiano.

35
O incremento das habilidades circunstanciais às científicas permite uma conjunção que agrega
significado ao objeto de conhecimento na vida do estudante. Nesse contexto, apresentar as
características das variáveis vetoriais pode ser um ótimo passo inicial.
Chamamos atenção aqui, professor, que as sugestões de procedimentos constantes neste
planejamento podem ser modificadas segundo a realidade de sua sala de aula. Os momentos
divididos a seguir são flexíveis e podem ser alterados de forma a atender sua escola de maneira
conveniente.

DESENVOLVIMENTO

1º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Texto impresso.
Recursos e providências Professor, o uso de metodologias, como a roda de conversa,
poderá ser uma iniciativa que frutifique bastante.

Vamos começar com a pergunta que foi feita a você:


• Pra que serve estudar vetores?
Vamos começar com uma roda de conversa:
Após colocar os estudantes em roda, instigue-os com imagens como as que estão abaixo. Peça
a eles que identifiquem direção e sentido do movimento de cada um dos objetos, sua trajetória
projetada, onde estão agindo as forças de sustentação, arrasto, atrito e qual será sua direção e seu
sentido para que haja movimento, equilíbrio, entre outras perguntas que julgar pertinentes.
Explique esses conceitos enquanto desenvolve a atividade com os estudantes. Pode ser interessante
colocar por escrito os conceitos no quadro antes de iniciar esse momento e ir grifando cada um
deles à medida que as respostas são formuladas.

Imagem 1 - Moto em movimento


Fonte: (Freepik, [2024])

36
Imagem 2 - Curvas na estrada

Fonte: (Pinheiro, 2020)


Imagem 3 - Vetores nas estruturas fixas

Fonte: (Adaptado de Na Engenharia, [2024])

Imagem 4 - Vetores nas construções


Fonte: (Werneck, 2022)

37
2º MOMENTO:

Grupos de pelo menos 4 estudantes dependendo da configuração


Organização da turma
da turma.

Recursos e providências Texto impresso.

Abaixo segue um experimento a ser realizado em sala de aula. Este experimento evidencia como as
grandezas vetoriais dependem de seu valor (módulo), sua direção e seu sentido.
Sugere-se que divida a turma em grupos de 4 estudantes e que, dois a dois, eles realizem
o experimento seguindo as orientações conforme o roteiro abaixo.

EXPERIMENTO: O DESAFIO DA CORDA (ícone clicável)

Professor, peça aos estudantes que respondam às questões propostas no item ideia do experimento
e acrescente outras que julgar interessantes. O objetivo é que eles percebam as componentes
vetoriais e consigam explicar sua função em vários momentos de seu cotidiano.
Não temos aqui a intenção de fazer um trabalho extenso, contendo cálculos de resultantes dos
vetores. A apresentação dos vetores, a existência deles e a sua manipulação é o objetivo final desta
prática.
Ao retornar para a sala de aula formalize o conteúdo de vetores e as operações vetoriais para
vetores com mesma direção, mesmo sentido e sentido oposto, e também aquela com direção e
sentido perpendiculares entre si. Estas são as operações vetoriais mais cobradas dos estudantes no
ensino médio, não haverá necessidade de grandes procedimentos matemáticos.
Sugere-se também a utilização do simulador PHET Simulations da Universidade do Colorado US.
Este simulador apresenta não somente o vetor como também as operações vetoriais. É bastante
interessante. Ele está disponível no link a seguir:https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/
vector-addition.

38
ANEXO

EXPERIMENTO: O DESAFIO DA CORDA (ícone clicável)


Objetivo
Mostrar que forças são grandezas físicas que dependem, além da intensidade, da direção e do
sentido da aplicação. Ou seja, forças são grandezas vetoriais.

Contexto
O peso é uma força de direção vertical e com sentido apontando para a Terra. Para anulá-lo,
todos sabemos que é preciso uma força com mesma direção e intensidade, porém com sentido
contrário. Não é possível anular o peso de outro modo. Por exemplo: você não consegue levantar
uma caixa na vertical com um empurrão na horizontal.

Idéia do experimento
Consiste em provar que não há como anular a força peso, uma força vertical, aplicando forças
horizontais. Durante o experimento é possível verificar isso. Temos um objeto pendurado por
uma corda na vertical V (veja o desenho abaixo) a uma corda H na horizontal. O objetivo é
deixar a corda maior H totalmente esticada em linha reta na horizontal abrindo os braços e
puxando-a pelas pontas. Prende-se um livro grosso à ponta da corda menor V , prende-se então
a outra ponta ao meio da corda maior H . Para que se tenha referência se a corda está esticada,
segura-se um barbante junto das pontas da corda. As pessoas são então desafiadas a esticar a
corda, de tal maneira, que ela encoste no barbante. Há como se fazer o experimento com
mais pessoas usando, desta vez, uma corda H maior, da ordem de uns dois e meio a três
metros de comprimento, de modo a servir como um cabo de guerra com uma pessoa de cada
lado da corda.
Será possível esticar a corda na horizontal? Não, pois o centro da corda é puxado em
duas dimensões: na vertical, pois o peso puxa-o para baixo, e na horizontal, pois a(s)
pessoa(s) o puxa(m) para os lados. Tenta-se estender a corda aplicando forças na
horizontal, mas para anular o peso (o responsável pela curvatura da corda) é preciso uma
força em sua direção, ou seja, na vertical. Se não houver nada puxando ou empurrando na
vertical para anular o peso, então a corda jamais vai alinhar.
Tabela do material

Item Observações

3 pedaços de corda: um de uns 50cm outro de dê preferência a uma corda de fácil manuseio,
1,5m e o terceiro de 3m e não mais do que um centímetro de diâmetro

dois pedaços de barbante: um de 1,5 e outro


de 3m

um livro grosso ou uma sacola com peso as massas que usamos foram da ordem de
equivalente 1,5Kg a 2,5Kg

39
Montagem
ƒ Amarre o livro na ponta da corda menor (de uns 50cm).
ƒ Amarre a outra ponta na metade da corda maior (de 1,5m para uma pessoa ou a de 3m para
duas pessoas).
ƒ Segure as pontas do barbante junto das pontas da corda maior.

Comentários
ƒ Ao fazer o experimento, segure o barbante por sobre a corda (como mostra o desenho)
ƒ Não importa quão pesado seja o objeto preso, a corda nunca se alinhará por completo, mas
quanto maior peso utilizado, mais evidente fica o fato.
ƒ O "quase alinhamento’’ acontece quando há uma pequena força vertical de torção na corda,
que portanto deve ser evitada. O alinhamento nunca será total.

Esquema de montagem

O DESAFIO DA CORDA. Projeto Experimentos de Física com Materiais do Dia-a-Dia - UNESP.


Bauru. [2024] Disponível em: https://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/mec17.htm.
Acesso em: 15 fev. 2024.

40
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos
e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e
por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
As Leis de Newton e (EM13CNT210MG) Reconhecer as leis da natureza, identificar suas
suas aplicações. ocorrências, avaliar suas aplicações em processos tecnológicos e
elaborar hipóteses de procedimentos para a exploração do Cosmos
Força Peso.
e do planeta Terra.
Força Normal.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões
Força de atrito. e estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e
Força de Tensão. interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais
para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
Sistema de blocos. situações problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos
contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos,
elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos,
códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes
linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação
(TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de
temas científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e
ambiental.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem
de temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes
mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência
dos argumentos e a coerência das conclusões, visando construir
estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
(EM13CNT306X) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas,
aplicando conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar
o uso de equipamentos e recursos, bem como comportamentos
de segurança, visando à integridade física, individual e coletiva,
e socioambiental, podendo fazer uso de dispositivos e aplicativos
digitais que viabilizem a estruturação de simulações de tais riscos,
conhecer as normas de segurança, o tratamento de resíduos e
reconhecer os equipamentos de proteção individual e coletivo,
inclusive a tecnologia aplicada nos mesmos.

TEMA DE ESTUDO: Que força é essa?

APRESENTAÇÃO

Olá professor(a)! Este planejamento tem o objetivo de desenvolver o conceito de força além de
facilitar a distinção dos diversos tipos de forças que se encontram ao nosso redor. As competências 2
e 3 das Ciências da Natureza envolvem a elaboração de argumentos que nos permitem fundamentar

41
as decisões éticas a respeito do planeta em que vivemos, avaliando a utilização do conhecimento
tecnológico e científico nas aplicações no mundo.
Podemos perceber que as soluções para problemas globais podem partir de conclusões vindas
de descobertas regionais. A construção de conhecimentos que facilitem identificar a ocorrência
de padrões naturais reconhecidos cientificamente e a c omunicação d estas d escobertas deve ser
estimulada. A leitura de textos que aguçam o imaginário dos estudantes, ativam as probabilidades
de haver construções mais consistentes de conceitos e sua aplicação no cotidiano.
Neste planejamento faremos o estudo das forças iniciando pelas leis de Newton. Isto porque,
frequentemente, essas leis oferecem uma estrutura fundamental para entender o comportamento
dos objetos em resposta às forças. As leis de Newton são amplamente aceitas e aplicáveis em várias
situações, proporcionando uma base sólida para explorar os princípios da dinâmica.

Ainda neste planejamento, analisaremos as forças Peso, Normal e Atrito, demonstrando que
todas estão relacionadas à interação entre os objetos e as superfícies. Finalmente,
exploraremos as aplicações dessas forças em sistemas de blocos, demonstrando como as
forças, em geral, estão envolvidas em problemas de dinâmica.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso e livro para leitura.

A seguir, trago uma sugestão de leitura. O livro Isaac Newton e sua maçã, é uma biografia que
traz além das descobertas de Newton em um tom divertidíssimo, a oportunidade de saber o
quanto as pessoas conseguem superar obstáculos e saltar para o infinito reconhecimento.

Imagem 1 - Isaac Newton e sua maçã

Professor, utilize-se deste livro como leitura prévia em um projeto


com a metodologia sala de aula invertida, marcando sua leitura
para a data anterior ao início deste capítulo, podendo se apropriar
dos conhecimentos adquiridos através dele para prefaciar seu
capítulo sobre as leis da dinâmica.
Fonte: (Poskitt, 2001)

42
2º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, lousa, apresentação de slides.

Professor, o estudo de forças pode começar com uma linha do tempo que valoriza o crescimento
da ciência embasado em “ombros de gigantes”, como disse Newton. Segue aqui uma proposta de
texto que contrapõe filósofos de épocas distintas e que se complementam.

Aristóteles X Galileu.
Disponível em: https://www.mundovestibular.com.br/blog/aristoteles-x-galileu

As Leis de Newton possibilitam e constituem a base primária para compreensão dos comportamentos
estáticos e dinâmicos dos corpos materiais. Elas estabelecem os alicerces para a construção da
explicação da estática e da dinâmica dos corpos, mensurando as interações físicas e analisando
sobre o repouso ou o movimento de tais corpos.
Comece sua abordagem valorizando este viés e dê prosseguimento analisando as leis de forma a
demonstrar que são advindas das interações entre corpo e suas superfícies de contato.
Seria interessante explicar as três leis teoricamente, na ordem que julgar mais eficiente, sem que
trate de cálculos neste início. A demonstração da força Peso e da força Normal podem fazer parte
deste momento.
Utilize a distinção entre massa e Peso para dar início à explicação desta força.
Professor, partindo do estudo de queda livre, no MRUV e considerando a aceleração da gravidade
constante, você pode fazer uma relação entre a força gravitacional (Peso) sobre os corpos e a
2ª lei de Newton. Esta maneira permite que o estudante faça relacionamentos entre o que
está estudando e consiga formular ligações entre os conceitos. A partir disso, você pode
determinar a equação da força Peso. Em seguida. é possível estabelecer a força de reação da
força Peso em relação à superfície de contato onde o corpo se apoia (a força de reação Normal) e
fundamentar a 3ª lei de Newton.
Precisaremos destes conceitos para. efetivamente, determinar a resultante das forças e resolver
os sistemas de blocos.

3º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, lousa, apresentação de slides.

As forças de atrito a serem tratadas neste planejamento são três: a força de atrito estático, a força

43
de atrito estático máxima e a força de atrito cinético.
Pois bem, é interessante que em um único momento seja possível trabalhar as três forças para que
o estudante não fragmente seu processo de aprendizagem.
Professor, utilize-se da demonstração do crescimento do atrito com a ação de uma força paralela ao
deslocamento do objeto, para que o estudante perceba a transformação do atrito estático em atrito
estático máximo e finalmente em atrito cinético.
Veja um exemplo através da seguinte situação:
Um homem empurra uma caixa que está sobre uma superfície com atrito, conforme a figura abaixo.

Imagem 2 - Homem empurrando uma caixa

Fonte: (Adaptado de: Freepik, [2024])


Ele tenta mover a caixa fazendo uma força F1, mas a caixa permanece em repouso. Em seguida,
aumenta o valor da sua força para F2 esperando que a caixa se movimente, mas não foi suficiente.
Ela ainda permaneceu em repouso. O homem percebe que houve ali uma força de atrito, que
impede o movimento da caixa. Esta força é chamada de atrito estático. Seu valor será o mesmo da
força realizada pela pessoa, pois a caixa não se moveu. Deduz-se que a resultante de forças sobre
ela foi nula. Fe = F .
Então, o homem tenta pela terceira vez, fazendo uma força F3 superior às anteriores e percebe
que, a partir daquela força, a caixa entrará em movimento. Qualquer valor de força superior a F3
moverá a caixa. Esta força se chama de atrito estático máxima.
A partir do momento em que a caixa se move, passa a atuar nela a força de atrito cinético, diferente
da força de atrito estático, pois os coeficientes de atrito de um corpo em movimento sobre uma
determinada superfície são menores do que quando o corpo está em repouso.

Imagem 3 - Forças de atrito


Fonte: (Adaptado de Teixeira, 2024)

44
Desta maneira apresenta-se, em um único momento, todas as forças de atrito e suas nuances,
facilitando o trabalho para determinação da resultante das forças.
A força de atrito máxima, é chamada de femax é calculada pela equação femax = μ e . N.
A força de atrito cinética, é chamada de fc é calculada pela equação fc = μ c . N.
Os vídeos a seguir demonstram exatamente o que falamos através de uma experiência muito simples
que pode ser realizada em sala de aula. Será necessário apenas o uso de um dinamômetro e um
bloco de madeira. Coloca-se o bloco de madeira apoiado em uma de suas faces sobre uma
superfície (mesa) e prende-se a ele o dinamômetro. Então, deve-se lentamente puxar o
dinamômetro. É perceptível que os valores de força demonstrados no aparelho irão indicar as
diferenças das forças de atrito que atuam no bloco.

Força de atrito e a área de contato.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=a4DZ_yYKw68.

Força de atrito e a força de reação.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=88pngubrR0Y.

Professor, sugerimos também a utilização do site Phet simulations Colorado US. Ali existe uma
aplicação sobre as forças de atrito bastante intuitiva, que ajuda o estudante a formular bem o
conceito.

Atrito.
Disponível em: : https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/friction.

4º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, lousa, apresentação de slides.

A última parte deste planejamento é o trabalho com as forças de tensão e os sistemas de blocos.
Como já foram apresentadas as leis da dinâmica, as forças de tensão devem ser facilmente
relacionadas com o seu princípio fundamental - a 2ª lei de Newton.
Professor, procure demonstrar a força de Tensão com exercícios que sejam facilmente absorvidos.
Não temos aqui a intenção de desenvolver um formalismo matemático exagerado, mas, sim um
reconhecimento das forças que agem em cada um dos blocos a aquelas responsáveis por seu
movimento, isto é, a resultante.
Veja o exemplo a seguir:
Suponha a interação entre dois vagões de uma composição ferroviária representados pelos blocos
A e B desenhados a seguir. Neste desenho, considere a força de tensão nos engates representada
na corda que une os blocos. Considere o atrito entre os trilhos e os vagões da composição.

45
Imagem 4 - Sistema de blocos

Fonte: (Helerbrock, 2024)


Sendo as massas dos blocos, ma e mb e F, a força motora do conjunto, como determinar:
a) a resultante das forças que atuam sobre eles?
b) a aceleração do conjunto?
c) a tensão nos engates?

Respostas:
a) Iniciamos fazendo o diagrama de forças:
Imagem 5 - Diagrama de forças

Fonte: (Helerbrock, 2024)


Através do diagrama descobrimos que Pa = Na, Pb = Nb, Ta,b = Tb,a. A força resultante sobre o
conjunto será R = F - (fa+fb).
b) Para a determinação da aceleração do conjunto usamos a 2ª lei de Newton, com R sendo a
resultante das forças obtidas através do diagrama (R) e a massa total do sistema. R = m total . a.
c) Para determinar a tensão no engate escolhemos um dos blocos para calcular. Consideramos o
sentido de movimento do conjunto para determinar a resultante das forças. Usando a massa do
bloco escolhido e as forças que atuam nele encontra-se a tração sobre o engate (representado pela
corda), através da equação R = m . a.

Professor, temos no exemplo anterior, uma amostra de aplicação dos sistemas de blocos. A intenção
é que o estudante possa reconhecer as forças trabalhadas neste planejamento em ação em uma
situação real.
À medida que os vagões da composição ferroviária são acrescentados, maior vai se tornando a força
de tração, e para determiná-la corretamente foi necessário desenvolver esse raciocínio.
Ao acrescentarmos as forças de atrito a um sistema como o do exemplo anterior, considera-se a
força resultante de acordo com o diagrama de forças e as massas dos blocos que foram colocados
em movimento.
Sempre usamos o princípio fundamental da dinâmica em todas as situações.
Professor, depois da aplicação deste exemplo, faça a aplicação das atividades sugeridas no caderno
do estudante, verificando sua aprendizagem.

46
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos
para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos
e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e
por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Movimento Circular. (EM13CNT210MG) Reconhecer as leis da natureza, identificar suas
ocorrências, avaliar suas aplicações em processos tecnológicos e
elaborar hipóteses de procedimentos para a exploração do Cosmos
e do planeta Terra.
(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões
e estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e
interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais
para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos
contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos,
elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos,
códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes
linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação
(TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de
temas científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e
ambiental.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem
de temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes
mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência
dos argumentos e a coerência das conclusões, visando construir
estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.

TEMA DE ESTUDO: Qual a função do movimento circular uniforme?

APRESENTAÇÃO
Existem várias aplicações reconhecidas do movimento circular uniforme, como as rodas, as pás
giratórias e até as órbitas dos planetas em torno do Sol. Compreender este movimento ajuda a
desvendar vários fenômenos que o utilizam como base.
O movimento circular se encontra com as competências 02 e 03 quando elas pedem que se faça a
interpretação do funcionamento da dinâmica da vida, analisando e divulgando suas aplicações no
campo tecnológico. A aplicabilidade do movimento circular trouxe ao mundo tantas descobertas,
desde as funções da roda até a capacidade de exploração do Cosmos. A aquisição de habilidades
como essas ainda pode trazer muitos frutos.
Esta interpretação permite que o estudante consiga desenvolver o conceito e, principalmente, possa,
a partir dele, aplicar seu conhecimento com a possibilidade de desenvolvimento dele e do contexto
da comunidade em que está inserido.

47
Este módulo apresentará aplicações do MCU em bicicletas e em academias de ginástica. Acredita-se
que este assunto possa ser de grande interesse, o que ajuda na inserção do objeto de conhecimento
no contexto diário do estudante.

DESENVOLVIMENTO

1º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso.

Professor, faça um pequeno resumo contendo os principais elementos do movimento circular


uniforme, e a partir deles, trace um itinerário que permita o desenvolvimento da transmissão do
MCU.
Veja o exemplo a seguir.
Imagem 1 - Movimento circular uniforme

Fonte: (Arnaut, 2024)

Usando a figura acima podemos demonstrar as características:


1. A trajetória é uma circunferência. Logo, a distância percorrida pelo corpo é o seu comprimento
que é dado por C = 2 . π . R.
2. A velocidade do corpo é constante em módulo, tangente à trajetória circular e variável em direção

e sentido. Logo, à partir de D = v . t, teremos v = ev=


3. A aceleração tangencial é nula. Isto faz com que o movimento seja um movimento circular e
uniforme, onde a velocidade tangencial não se modifica.
4. A aceleração centrípeta é constante em módulo, perpendicular à velocidade tangencial e variável

em direção e sentido. Seu valor é dado por: a = .


5. A força centrípeta será determinada pela 2ª lei de Newton:

F = m . ac ⇒ Fc =

48
2º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Texto impresso, slides, projetores, materiais para o procedimento


Recursos e providências
experimental.

Professor, a seguir, sugere-se uma aplicação prática do MCU, para fazer em sua sala de aula.

APLICAÇÃO PRÁTICA DO MCU (ícone clicável)

Professor, esta sugestão também deve conter sua participação ativa. Construa questões que podem
ser respondidas em sua sala de aula, de acordo com sua comunidade escolar.
Quanto mais pertinentes as questões, mais o conteúdo fará sentido para os estudantes de sua
escola. Vamos?

3º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso.

Professor, após demonstrar os conceitos iniciais do MCU, chegou o momento de mostrar as


suas aplicações no cotidiano. Esta parte do planejamento, propõe o desenvolvimento das aplicações
do MCU em situações práticas, como por exemplo a sua transmissão quando através de diferentes
polias em bicicletas, em motores de carros, etc.
Veja a figura 02 a seguir. Este é o exemplo clássico da bicicleta.
Professor, que tal levar uma bicicleta para a sala e virar as rodas para cima de modo que possa
aproveitar o aspecto visual para a explicação? Quem sabe tem algum estudante aí que possa
emprestar a dele para tornar este momento mais interessante e agradável?
Imagem 2 - MCU na bicicleta
Fonte: (Júnior, 2022)

49
O ciclista faz uso da combinação de engrenagens “coroa e catraca” quando quer transmitir maior
velocidade à roda traseira, ou maior força a ela. Estas combinações consideram as relações de
proporcionalidade entre velocidade e frequência e ao raio da roda traseira.
As relações de proporcionalidade se dão devido ao acoplamento entre catraca e coroa ser feito
através da corrente da bicicleta, ou seja as polias são presas pela periferia - isto garante a mesma
velocidade linear a elas.
Após o momento de conhecimento da bicicleta, proponha uma discussão sobre o assunto
visando reduzir as dúvidas sobre o aprendizado em relação ao assunto. Após essa veri icação, é
interessante complementar a aula com exercícios de ixação.
A seguir, estão dois vídeos que trazem este assunto. Espero que aproveite.

Transmissão do MCU: pelo eixo e pela periferia.


Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1KGhqLtlEG9KpEy9w8VigMXypjOpSa
iVw/view.

Forças no MCU.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1Ck1Ily-clQOv0-
KJ8pyvRX3smm7yzicA/view.

50
ANEXO

APLICAÇÃO PRÁTICA DO MCU (ícone clicável)

Introdução Teórica

Primeira parte:

A resultante das forças que provocam em um corpo uma trajetória circular é chamada de força
centrípeta. A palavra centrípeta quer dizer “tender para o centro ou na direção do centro”.
Quando uma criança gira um barbante com uma lata na extremidade e o barbante se rompe, a lata
não poderá seguir a trajetória circular, pois o agente causador da força centrípeta foi extinto. Era o
barbante que transmitia a força necessária para colocar a lata em movimento circular.
As forças gravitacionais e elétricas também são causadoras de movimento circular. Logo podemos
concluir que a força centrípeta não é um novo tipo de força, e sim, uma outra forma de nomear a
resultante das forças que atua sobre o corpo e que possui direção radial.
Quando um automóvel faz uma curva, o atrito entre os pneus e o asfalto provoca a força centrípeta
necessária para o carro realizar a trajetória da curva. Se a força não for suficiente, o carro
permanecerá em movimento retilíneo ou não conseguirá realizar a curva adequada. Pilotos de avião
acrobáticos também sentem a força centrípeta quando fazem manobras conhecidas como loops.
Como a aceleração centrípeta é diretamente proporcional à velocidade de rotação, os aviões estão
sujeitos a aceleração de cerca de 49 m/s2 o que equivale a 5 vezes a aceleração da gravidade da
Terra, também chamada de g. A imagem 01 a seguir ilustra um piloto de caça sujeito a uma força
gravitacional de aproximadamente 5g.

Imagem 1 - Força g em um piloto de caça

peso-corpo-teste-centrifuga-video.htm. Acesso em: 27 fev. 24.


https://www.tecmundo.com.br/aviao/87332-piloto-suporta-9-
centrífuga. Tecmundo. [S. l.], 01 out. 2015. Disponível em:
PILOTO suporta 9 vezes o peso de seu corpo em teste da

Os astronautas, quando decolam em seus foguetes, estão sujeitos a altas acelerações. Por isso,
devem ser treinados para suportar acelerações das quais não estão habituados. Na decolagem de
um foguete espacial o piloto pode estar sujeito a acelerações que podem variar de 3g a 4g, enquanto
que na reentrada, se houver algum problema, pode chegar até 10g. Quando estamos em pé na
superfície da terra, experimentamos uma aceleração da gravidade com valor em média de 9,8 m/s2,
também chamada por 1g (uma gravidade), no sentido longitudinal, isto é, da cabeça para os pés.
Por outro lado, quando estamos deitados a direção da aceleração que sentimos é transversal, isto
é, no sentido da caixa torácica para as costas. É nessa direção que os astronautas são submetidos a
acelerações quando estão em suas espaçonaves. Imaginemos uma pessoa submetida a 1g em cima

51
de uma balança, ela iria ler no display, por exemplo, 70 kg. Se a mesma pessoa estiver em uma
demonstração aérea na qual é submetida a 5g, ela iria ler na mesma balança 350 kg.
Os treinamentos destes pilotos de caça é realizado em centrífugas que podem alcançar acelerações
de até 10g.
Estes equipamentos conforme os mostrados na imagem 02, giram em torno de um ponto fixo
produzindo acelerações que geram uma resposta inercial à aceleração centrípeta, imitando a força
G. As centrífugas humanas vêm sendo utilizadas na fisiologia aeroespacial desde a metade do século
20.
Imagem 2 - Centrífuga de teste para pilotos

GALANTE, Alexandre. O ‘Dynamic Flight Simulator’ do Gripen na Suécia.

www.aereo.jor.br/2019/11/03/o-dynamic-flight-simulator-do-gripen-na-
Poder aéreo. [S. l.], 3 de novembro de 2019 Disponível em: https://

suecia/. Acesso em: 27 fev. 2024.


Uma série de consequências fisiológicas acontecem no corpo da pessoa submetida a um aumento
repentino de peso, por isso os astronautas são treinados em aparelhos chamados de centrífugas.
Esses aparelhos possuem uma cabine ligada a um eixo de alguns metros na qual o astronauta é
posto em rotação. A aceleração aumenta até o desejado enquanto o astronauta treina técnicas
de respiração e concentração durante o teste. Com os trajes espaciais e o devido treinamento,
astronautas podem chegar a suportar acelerações de 9g.
Muitos programas de treinamento de astronautas atuais, incluindo os (aposentados) ônibus espaciais
da NASA, não utilizam mais centrífugas. O treinamento tem sido feito sobretudo em piscinas, pois
as forças G a que os astronautas são submetidos são menores em comparação aos primeiros
tempos da Astronáutica. Entretanto, novas naves podem demandar esse treinamento, novamente.
Atualmente o treinamento é feito na água, que é o melhor ambiente para treinar a movimentação
e trabalho em microgravidade.

Hewitt, Paul G. Conceptual Physics. 8 ed. Addison Wesley, 1997.


Tipler, Paul. Física para cientistas e engenheiros. V1 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 1994.

Segunda parte:
Laboratório de Física/Ciências – Construção de Sistema de Rotação
O objetivo desta atividade é construir um sistema simples de rotação que leve o aluno a refletir sobre
a influência da velocidade em um movimento circular e uniforme, bem como as forças atuantes no
corpo e a sua resultante.
Veja a imagem 03 a seguir. Pretende-se construir conforme o modelo para realizar o experimento

52
a seguir.
O professor deverá dispor para esta atividade em grupos de 5 alunos um kit com os seguintes
materiais:
- Um ralo de plástico – Qualquer diâmetro
- Fio de cobre (qualquer diâmetro) 1,20 metro
- Fio de náilon de varal para roupas – cerca de 15 cm
- Copo plástico - Exceto copo descartável

Imagem 3 - Sistema de rotação a ser confeccionado pelos alunos

BARÃO, Marcelo Tadeu .Pode girar? Efeitos da aceleração no Movimento Circular. Portal do professor.
[S. l.], 13 mai. 2013. Disponível em:http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=48264.
Acesso em: 27 fev. 2024.

Procedimento de Montagem:
- Faça três furos no ralo a cada 120°;
- Corte o fio de cobre em três pedaços de mesmo comprimento;
- Encaixe os pedaços nos furos do ralo;
- Com um alicate aperte cada fio, até amassá-lo ao ponto de que estes fiquem presos à base
do ralo;
- A outra extremidade dos fios deverão ser unidas de tal forma que se forme um arco;
- Com o fio de náilon forme um arco para fixar ao dedo para girar. Caso tenha uma bolinha de
madeira usada em artesanato, passe-a pelo fio de náilon também. Ao girar o sistema pela
bolinha de madeira, haverá maior firmeza na rotação.
Após a confecção do artefato, cada grupo de posse de um copo plástico com água, iniciará o
movimento circular com o sistema em alta velocidade de rotação. O objetivo da discussão é
representar o sistema de forças e velocidade, apresentando na força peso e normal a resultante
centrípeta que com a ação da velocidade linear deste movimento circular, a água “não cai”.
Para ter uma ideia do movimento, assista ao filme:

Centripetal Force - Cool Science Experiment


Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=yyDRI6iQ9Fw.

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Procedimento Experimental
- Deposite água sobre o copo plástico.
- Coloque o copo com água sobre o ralo plástico.
- Segure firmemente a bolinha de madeira, ou o fio de náilon.
- Inicie pequenos movimentos pendulares com o sistema, aumentando a cada período, a
amplitude da oscilação.
- Complete a volta do movimento circular, passando todo sistema sobre a cabeça. Daí a
importância do copo ser plástico. Caso haja algum acidente, ninguém se machucará.

Após a realização da experiência, o professor deverá instigar os alunos provocando o debate sobre
o movimento do sistema.
Por que a água permanece dentro do copo enquanto gira sobre a cabeça da pessoa?
Que tipo de força atua e onde esta força está atuando?
Nós sabemos que graças a velocidade do movimento circular, o copo com sua água, continua sob
a ação de seu peso. A diferença é que neste caso, a força peso fará papel de força centrípeta do
movimento.

Fonte: (PORTAL DO PROFESSOR, 2013)

54
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e
tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das
Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou
globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e
por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Cosmologia. (EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões
e estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e
Teoria do Big Bang.
interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais
Evolução das estrelas. para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de
situações problema sob uma perspectiva científica.
(EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos
contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos,
elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos,
códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes
linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação
(TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de
temas científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e
ambiental.
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem
de temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes
mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência
dos argumentos e a coerência das conclusões, visando construir
estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
(EM13CNT304X) Analisar e debater situações controversas sobre
a aplicação de conhecimentos da área de Ciências da Natureza
(tais como tecnologias do DNA, tratamentos com células tronco,
neurotecnologias, produção de tecnologias bélicas, estratégias
de controle de pragas, entre outros), com base em argumentos
consistentes, legais, éticos e responsáveis, distinguindo diferentes
pontos de vista.

TEMA DE ESTUDO: Que universo é esse?

APRESENTAÇÃO
A cosmologia, ramo da física que investiga a origem, evolução e estrutura do universo, é uma área
fascinante que tem conquistado cada vez mais espaço no currículo do ensino médio.
Compreender os fundamentos da cosmologia não apenas amplia nossa visão de mundo, mas
também estimula o pensamento crítico e o raciocínio científico dos estudantes.
Desde as antigas civilizações até os avanços científicos contemporâneos, a humanidade sempre
buscou desvendar os mistérios do cosmos e compreender nosso lugar nele. Nesta jornada de
descoberta, os estudantes são introduzidos a conceitos complexos, como a expansão do universo,
a formação das galáxias e as leis fundamentais da física que regem o cosmos.
Ao explorar tópicos que vão desde a teoria do Big Bang até as mais recentes observações
astronômicas, os estudantes são incentivados a questionar, investigar e analisar as evidências
que sustentam nossa
55
compreensão do universo.
A cosmologia no ensino médio não apenas nutre a curiosidade científica dos jovens, mas também os
prepara para enfrentar os desafios e oportunidades do século XXI, contribuindo para uma educação
mais completa e uma sociedade mais bem informada e consciente do seu lugar no cosmos.

DESENVOLVIMENTO
1º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, slides, projetores de slides, lousa.

Professor, sugere-se fazer um apanhado do conhecimento prévio dos estudantes sobre cosmologia,
visto que este tema é recorrente no ensino fundamental.
Uma linha do tempo é bastante agradável, visto que coloca os estudantes em conexão com os
conhecimentos historicamente abordados nos anos iniciais e que passarão agora por uma sequência
de aprimoramentos até alcançarem leis de Kepler e a gravitação de Newton.
Sugerimos aqui, uma linha do tempo simplificada do estudo da cosmologia desde a antiguidade
até Johannes Kepler:

I. Antiguidade: Civilizações antigas, como os babilônios, egípcios e gregos, desenvolvem


cosmologias baseadas em mitos e observações astronômicas rudimentares.
II. Século VI a.C.: Os gregos pré-socráticos, como Tales de Mileto e Pitágoras, propõem
explicações cosmológicas baseadas em princípios naturais e geométricos.
III. Séculos IV-III a.C.: Aristóteles desenvolve uma cosmologia geocêntrica, onde a Terra está no
centro do universo e os corpos celestes estão em esferas concêntricas ao seu redor.
IV. Século II a.C.: Hiparco de Nicéia desenvolve o primeiro sistema de coordenadas celestes e
cataloga as estrelas.
V. Século II d.C.: Cláudio Ptolomeu propõe o modelo geocêntrico mais elaborado, conhecido
como sistema ptolemaico, que influencia o pensamento cosmológico europeu até o
Renascimento.
VI. Século XVI: Nicolau Copérnico propõe o modelo heliocêntrico, colocando o Sol no centro do
sistema solar, desafiando a visão geocêntrica prevalecente.
VII. Século XVI: Tycho Brahe realiza observações astronômicas precisas, coletando dados que
seriam fundamentais para as teorias de Kepler e Newton.
VIII. Finais do século XVI e início do século XVII: Johannes Kepler formula as três leis do movimento
planetário, que descrevem as órbitas dos planetas em torno do Sol com base em elipses e
leis matemáticas.

Esta linha do tempo destaca os principais marcos no estudo da cosmologia desde a antiguidade até
Johannes Kepler, incluindo as principais figuras e teorias que moldaram a compreensão do cosmos
ao longo desse período.
É importante que os estudantes tenham seus conhecimentos formados sobre a perspectiva de que

56
houve uma série de pessoas que, antes de todos nós por aqui, estudaram profundamente a evolução
do cosmos, a formação dos sistemas planetários, e desenvolveram teorias que ano após ano, foram
sendo confirmadas, estabelecendo as leis fundamentais da física, fornecendo uma estrutura teórica
capaz de explicar o movimento dos corpos celestes.

2º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, slides, projetor de slides, lousa.

Uma segunda linha do tempo, a seguir, demonstra a continuação dos estudos em cosmologia,
fornecendo aos estudantes a sequência de novas descobertas e os novos horizontes traçados a
partir delas.

IX. Séculos XVII-XVIII: Isaac Newton desenvolve a lei da gravitação universal e os Princípios
Matemáticos da Filosofia Natural, fornecendo uma estrutura teórica para entender o
movimento dos corpos celestes.
X. Século XVIII: Pierre-Simon Laplace propõe a hipótese nebular, uma teoria sobre a formação
do sistema solar a partir de uma nuvem de gás e poeira.
XI. Século XIX: A teoria da relatividade de Albert Einstein revoluciona a compreensão do espaço-
tempo e da gravidade, influenciando profundamente a cosmologia.
XII. Década de 1920: Edwin Hubble descobre que o universo está se expandindo, observando o
desvio para o vermelho em galáxias distantes, fornecendo evidências cruciais para a teoria
do Big Bang.
XIII. Década de 1960: A descoberta da radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB) confirma
a teoria do Big Bang, fornecendo uma imagem do universo primordial.
XIV. Décadas de 1980-1990: Avanços na tecnologia de observação, como telescópios espaciais e
interferômetros, permitem estudos mais detalhados da cosmologia e da estrutura em larga
escala do universo.
XV. Década de 1990: A observação da aceleração da expansão do universo leva à proposição da
energia escura como uma força misteriosa que impulsiona essa expansão.
XVI. Século XXI: Avanços tecnológicos, como observatórios espaciais de última geração e
simulações computacionais avançadas, permitem uma compreensão mais profunda dos
fenômenos cosmológicos, possibilitando aos cientistas investigar e compreender ainda mais
os mistérios do universo, incluindo a formação de galáxias e de estruturas cósmicas, a
natureza da matéria escura e energia escura, e a busca por vida extraterrestre.

Professor, estabeleça esta sequência de acordo com o perfil dos seus estudantes, procure configurar
sua aula com o máximo de informações, porém também com o máximo de sentido para sua(s)
turma(s).
A construção do conhecimento pode gerar inúmeras possibilidades e esse tema é enorme.
Sugerimos que faça sua construção e divida a linha do tempo como preferir.

57
3º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, slides, projetor de slides, lousa, vídeo.

Professor, com a metodologia da sala de aula invertida, peça que seus estudantes assistam,
anteriormente à aula, ao vídeo cujo link está a seguir.
O Cosmos de Carl Sagan: https://vimeo.com/97682476. No vídeo apresentado pelo renomado
astrofísico Carl Sagan, somos levados a uma fascinante jornada através do tempo e do espaço,
explorando os mistérios e as teorias sobre a origem do universo. Com sua característica eloquência
e paixão pela ciência, Sagan nos convida a contemplar as proundezas do cosmos e a refletir sobre
a nossa própria existência neste vasto e misterioso universo.
Este vídeo complementa os conhecimentos dos estudantes, dando a eles a capacidade de interferir
positivamente na próxima atividade, que será realizada em sala de aula.
A seguir, sugere-se um texto sobre o conhecimento da cosmologia e os rumos da exploração espacial
para um futuro próximo. Trabalhe com seus estudantes, com uma roda de conversa ou um
debate, por exemplo, levando-os a questionar a respeito do tema, procure instigá-los a
conhecer mais sobre o assunto.

TEXTO 1: A VISÃO DE FUTURO PODE SER CRIADA AGORA! (ícone clicável)

Professor, estamos conduzindo aqui um trabalho teórico que facilite o entendimento das dimensões
do estudo da cosmologia. Pretende-se que o estudante se aproprie dessas dimensões de espaço e
conhecimento.
Após as leituras e as discussões, peça aos estudantes que respondam às seguintes questões
para consolidação:
Qual é a importância do vídeo de Carl Sagan na divulgação e compreensão da cosmologia para o
público em geral? Como você acha que os conceitos apresentados pelo astrônomo influenciaram a
percepção e o interesse das pessoas pela ciência do universo?
Peça aos estudantes que procurem novos cientistas, que possam incrementar seus estudos a esse
respeito. Sugerimos Neil deGrasse Tyson, que possui uma série muito completa sobre o estudo do
Cosmos. A série Cosmos - mundos possíveis está disponível no You tube com vários vídeos que
seriam ótimos complementos aos seu trabalho.
Professores, os objetos de conhecimento deste bimestre são muito grandes e podemos nos perder
dentro deles. Este MAPA tem a função de te orientar no desenvolvimento do seu trabalho. O
material foi cuidadosamente desenvolvido para seu tempo escolar, e ainda assim, oferece muitas
possibilidades de abordagem.
Nos encontramos no 3º bimestre.
Abraço e bom trabalho!

58
ANEXO

TEXTO 1: A VISÃO DE FUTURO PODE SER CRIADA AGORA! (ícone clicável)


Entender os novos rumos do estudo da cosmologia, da astronomia e da astrofísica traz um sentido
para o saber destes objetos de conhecimento.
A astrofísica e a astronomia desempenham papéis fundamentais na exploração e compreensão
do universo, desde os confins do espaço até os mistérios que permeiam nosso próprio sistema
solar. Ao longo dos séculos, esses campos científicos têm sido motores de descoberta e inovação,
impulsionando não apenas nossa compreensão do cosmos, mas também nossa capacidade de
explorar e habitar outros mundos.
No contexto terrestre, a astronomia tem sido essencial para a navegação, calendários precisos
e previsão de eventos celestes, além de fornecer insights sobre a evolução estelar, galáctica e
cósmica. Já a astrofísica, ao estudar as propriedades físicas e os fenômenos observados no universo,
permite-nos compreender as leis fundamentais da física em condições extremas e extraterrestres.
Ao olharmos para o futuro, a astrofísica e a astronomia desempenharão papéis cruciais em projetos
tanto dentro quanto fora do nosso planeta. Dentro da Terra, esses campos ajudarão a guiar o
desenvolvimento de tecnologias avançadas, como observatórios espaciais, telescópios de próxima
geração e instrumentação de vanguarda, que nos permitirão explorar ainda mais os confins do
universo.
A “nova corrida espacial” surge como uma e colaboração entre diversas nações, empresas privadas
e agências espaciais na exploração do espaço, especialmente no que diz respeito à busca por novos
mundos, planetas habitáveis e vida extraterrestre. Esse interesse renovado na exploração espacial
está sendo impulsionado por uma série de fatores, incluindo avanços tecnológicos, descobertas
científicas, aspirações humanas e motivações geopolíticas e econômicas. Veja alguns:

Ö Exploração planetária e busca por vida: Uma das principais áreas de foco da nova corrida
espacial é a exploração de planetas e luas dentro e além do nosso sistema solar. Missões
como as da NASA, ESA (Agência Espacial Europeia) e outras agências espaciais têm como
objetivo investigar lugares como Marte, Europa (lua de Júpiter) e Encélado (lua de Saturno),
procurando por evidências de vida passada ou presente.
Ö Colonização espacial: Empresas privadas como SpaceX, Blue Origin e outras estão investindo
em tecnologias e infraestrutura para possibilitar a colonização de outros mundos, como Marte
e a Lua. Essas iniciativas visam estabelecer assentamentos humanos permanentes além da
Terra, expandindo nossas fronteiras e reduzindo nossa dependência exclusiva deste planeta.
Ö Recursos espaciais: Além da exploração científica e da colonização, a nova corrida espacial
também envolve a busca por recursos minerais e energéticos no espaço. Asteroides e outros
corpos celestes podem conter quantidades significativas de metais preciosos, água e outros
recursos que poderiam ser explorados para benefício econômico e sustentabilidade no espaço.
Ö Cooperação internacional: Embora haja competição entre diferentes países e empresas,
também há um aumento na cooperação internacional na exploração espacial. Projetos como
a Estação Espacial Internacional (ISS) envolvem a colaboração de várias nações, e iniciativas
conjuntas estão sendo planejadas para futuras missões de exploração, como a Artemis da
NASA, que visa retornar astronautas à Lua com a participação de parceiros internacionais.

59
Ö Desafios e oportunidades: A nova corrida espacial apresenta uma série de desafios técnicos,
financeiros, éticos e políticos. No entanto, também oferece oportunidades emocionantes
para avançar nossa compreensão do universo, expandir nossos horizontes como espécie e
desenvolver tecnologias que podem beneficiar a humanidade como um todo, tanto no espaço
quanto na Terra.
A nova corrida espacial, como busca por novos mundos, representa uma fase emocionante e
dinâmica da exploração humana, com potencial para transformar profundamente nossa
compreensão do cosmos e nosso lugar nele. Os campos científicos da cosmologia não
apenas nos fornecerão conhecimentos fundamentais sobre os mundos que habitamos, mas
também
o nosexploração
futuro da ajudarão aespacial
moldar e da colonização interplanetária.

60
REFERÊNCIAS

ADIÇÃO DE VETORES. PHET Interactive Simulations. [S. l], 2024. Disponível em: https://phet.
colorado.edu/pt_BR/simulations/vector-addition. Acesso em: 19 fev. 2024.
ARNAUT, Júnia de Morais Ribeiro, Movimento circular uniforme. Belo Horizonte, 2024.
AS LEIS DE NEWTON. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, [s.
l.], 2024. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_de_Newton. Acesso em: 20 fev. 2024.
BARÃO, Marcelo Tadeu .Pode girar? Efeitos da aceleração no Movimento Circular. Portal
do professor. [S. l.], 13 mai. 2013. Disponível em:http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
fichaTecnicaAula.html?aula=48264. Acesso em: 27 fev. 2024.
FORÇA de atrito e a área de contato, [s. l.: s. n.], 17 de mai. de 2021. 1 vídeo (0,54 min).
Publicado pelo canal AZEHEB Laboratórios Educacionais. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=a4DZ_yYKw68. Acesso em: 08 mar. 2024.
FORÇA de atrito e a força de reação, [s. l.: s. n.], 17 de mai. de 2021. 1 vídeo (0,54 min).
Publicado pelo canal AZEHEB Laboratórios Educacionais. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=88pngubrR0Y. Acesso em: 08 mar. 2024.
FREEPIK. Homem empurrando uma caixa. [S. l.] 2010. Disponível em: https://br.freepik.com/
vetores-gratis/empresario-movendo-a-caixa-enquanto-o-competidor-mais-inteligente-empurra-a-
bola_18733190.htm#page=3&query=pushing%20box&position=22&from_view=keyword&track=a
is&uuid=90a44b42-53c2-4d92-b7a4-cc278ab13926. Acesso em: 20 fev. 2024.
FREEPIK. Moto em movimento. [S. l.] 2010. Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-gratis/
tiro-completo-adulto-andando-de-moto-legal_72296042.htm#query=moto&position=2&from_view
=keyword&track=sph&uuid=cea825cb-1fd7-46e3-b776-9ac0507675b. Acesso em: 15 fev. 2024.
GALANTE, Alexandre. O ‘Dynamic Flight Simulator’ do Gripen na Suécia. Poder aéreo. [S. l.],
3 de novembro de 2019 Disponível em: https://www.aereo.jor.br/2019/11/03/o-dynamic-flight-
simulator-do-gripen-na-suecia/. Acesso em: 27 fev. 2024.
HELERBROCK. R. Como resolver exercícios sobre as leis de Newton? Brasil Escola. [S. l.] 2024.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/como-resolver-exercicios-sobre-as-leis-
newton.htm. Acesso em 21 fev. 2024.
JÚNIOR, Joab Silas da Silva. Exercícios sobre transmissão do movimento circular. Mundo
Educação. [S. l.], 2022. Disponível em:https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/exercicios-
fisica/exercicios-sobre-transmissao-movimento-circular.htm. Acesso em: 28 fev. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais:
Ensino Médio. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais,
Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://acervodenoticias.educacao.mg.gov.br/images/
documentos/Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20do%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf .
Acesso em: 15 fev. 2024.
MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino médio. Escola de
Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2022.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em:15 fev. 2024.
NA ENGENHARIA. A Incrível Ponte Projetada por Leonardo Da Vinci. [S. l.], [2024].
Disponível em: https://naengenhariablog.blogspot.com/2017/01/a-incrivel-ponte-projetada-por-
leonardo.html. Acesso em: 15 fev. 2024.
O DESAFIO DA CORDA. Projeto Experimentos de Física com Materiais do Dia-a-Dia -
UNESP. Bauru. [2024] Disponível em: https://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/mec17.htm.
Acesso em: 15 fev. 2024.

61
PHET Interactive Simulations. Atrito. [S. l.], 2024. Disponível em: https://phet.colorado.edu/
pt_BR/simulations/friction. Acesso em: 24 fev. 2024.
PILOTO suporta 9 vezes o peso de seu corpo em teste da centrífuga. Tecmundo. [S. l.], 01 out.
2015. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/aviao/87332-piloto-suporta-9-peso-corpo-
teste-centrifuga-video.htm. Acesso em: 27 fev. 24.
PINHEIRO,M.J.S. Curvas Perfeitas:Uma busca constante de excelência seja nas ruas,
seja nas pistas. [S. l.], 2020. Disponível em: https://autoentusiastas.com.br/2020/06/curvas-
perfeita. Acesso em: 15 fev. 2024.
POSKITT, Kjartan. Isaac Newton e sua maçã. Cia. das Letras. São Paulo: 2001.
TEIXEIRA, M.M. Forças de atrito - Adaptada. Mundo educação. [S. l.], 2024 Disponível
em:https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forca-atrito.htm. Acesso em: 20 fev. 2024. .
WERNECK, G. BH de Niemeyer, uma obra em progresso. Estado de Minas. Belo Horizonte,
05 dez. 2022. Disponível em:https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2022/12/05/interna_
gerais,1429484/bh-de-niemeyer-uma-obra-em-progresso.shtml. Acesso em: 15 fev. 2024.

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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA

REFERÊNCIA ANO DE ESCOLARIDADE ANO LETIVO


Ensino Médio 1º Ano 2024

ÁREA DE CONHECIMENTO COMPONENTE CURRICULAR


Ciências da Natureza e suas Tecnologias Química

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Competência 1: Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base
nas relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que
aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem
as condições de vida em âmbito local, regional e/ou global.
Competência 2: Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra
e do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a
evolução dos seres vivos e do Universo, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento
científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e
linguagens próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem
demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a
públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias
digitais de informação e comunicação (TDIC).

OBJETO(S) DE HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
Ligações Químicas, Pola- (EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao
ridades da Moléculas, Ge- ambiente, considerando a composição, a toxicidade e a reatividade
ometria Molecular. de diferentes materiais e produtos, como também o nível de
exposição a eles, posicionando-se criticamente e propondo
soluções individuais e/ou coletivas para seus usos e descartes
responsáveis.
(EM13CNT201) Analisar e discutir modelos, teorias e leis
propostas em diferentes épocas e culturas para comparar distintas
explicações sobre o surgimento e a evolução da Vida, da Terra e
do Universo com as teorias científicas aceitas atualmente.
(EM13CNT202X) Analisar as diversas formas de manifestação
da vida em seus diferentes níveis de organização, bem como as
condições ambientais favoráveis e os fatores limitantes a elas,
tanto na Terra quanto em outros planetas, com ou sem o uso de
dispositivos e aplicativos digitais.
(EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar
a adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais,
cotidianas, arquitetônicas, tecnológicas, entre outras) e/ ou propor
soluções seguras e sustentáveis considerando seu contexto local
e cotidiano.

63
PLANEJAMENTO

TEMA DE ESTUDO: Ligações Químicas.

APRESENTAÇÃO
Prezado professor(a), conforme descrição e característica das habilidades de Ciências da Natureza
e suas Tecnologias, para o desenvolvimento da totalidade destas, é necessário o trabalho com os
objetos do conhecimento previstos para as três etapas do EM, e dos componentes curriculares
Química, Física e Biologia.
Portanto, a contribuição da Química neste caderno é feita através do estudo da teoria das ligações
químicas (EM13CNT201), tipos de ligações químicas associadas às propriedades dos materiais
(EM13CNT307), geometria molecular e interações intermoleculares e sua relação com a solubilidade
(EM13CNT202X). O conhecimento da teoria das ligações e dos tipos de substâncias e propriedades
contribuem significativamente para o desenvolvimento da habilidade EM13CNT104.
As estratégias metodológicas sugeridas envolvem atividades em grupo, que não só promovem o
desenvolvimento das habilidades cognitivas, mas também são benéficas para o crescimento das
competências socioemocionais dos estudantes.
Destacamos a importância da participação ativa dos estudantes na construção dos conhecimentos
apresentados, buscando superar um entendimento superficial e avançar para uma compreensão
mais profunda. Este movimento, inspirado na concepção pedagógica de Freire (1967), visa incentivar
o protagonismo estudantil e promover o desenvolvimento do letramento científico, conforme
defendido por Carvalho (2014).
Esperamos que este material seja útil em sua prática docente diária, auxiliando-o(a) no processo
de ensino-aprendizagem.

DESENVOLVIMENTO:

1º MOMENTO:

Organização da turma Grupos de 5 estudantes.

Recursos e providências Texto impresso, projetor de slides.

Prezado(a proessor(a, neste momento o objetivo principal é identificar o conhecimento prévio dos
estudantes sobre o tema ligações químicas e o reconhecimento de materiais e substâncias
formadas pelas ligações iônicas, moleculares e metálicas, inspirado em Godoy, Agnolo e Melo
(2020).
Inicie este momento utilizando a metodologia de rotina de pensamento, apresentando as imagens
a seguir como ponto inicial para discussão. Solicite aos estudantes que classifiquem os materiais/
substâncias das imagens em categorias (escolha critérios de classificação: como são produzidos,
propriedades químicas, físicas, usos, entre outros).
É de se esperar que haja confusão sobre o conceito de natural como sendo aquele alimento que
não possui “química”, que o estudante não associe o sal grosso com a sua obtenção nas salinas,
dentre
64
outras questões. Caso isto ocorra, explore esta oportunidade enfatizando que mesmo estes
produtos “possuem química”, pois são formados por átomos e moléculas, reforce a diferença
entre ligas metálicas, mistura de substâncias metálicas (chaves), substância iônica (sal grosso) e a
presença de carboidratos, água (substâncias moleculares) e íons metálicos na composição das
frutas.

IMAGENS: ALIMENTOS NATURAIS, SAL GROSSO E CHAVES (ícone clicável)

Após essa construção inicial com os estudantes, faça as seguintes perguntas para os grupos,
propiciando o tempo necessário para as respostas e incentivando o máximo de participações
possíveis.
1. O que significa Ligação? É possível que surja uma resposta ligando o conceito à união,
conexão ou aproximação.
2. O tipo de ligação existente entre diferentes tipos de átomos é o mesmo para todas as
moléculas? É possível que os estudantes, simplesmente, respondam NÃO. Incentive-os a
elaborarem as explicações para as respostas.
Após as discussões em grupo, reforce com os estudantes (anote no quadro ou peça para anotem em
seus cadernos) o conceito de ligação química, o que esta teoria explica e os três tipos de ligações:
iônicas, covalente e metálica.

2º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso, slides, projetor de slides, lousa, vídeo.

Caro(a Proessor(a, esta atividade prática, tem por objetivo verificar a condução ou não de corrente
elétrica em cada situação proposta, tendo em mente as propriedades dos materiais e as ligações
químicas existentes na formação destes materiais.
Ao trabalharmos a parte experimental na aula de química, estamos avançando para uma melhor
compreensão do modo de se fazer ciência, além de que estes experimentos têm o potencial de
estimular a curiosidade e o interesse de estudantes, permitindo que se envolvam em investigações
científicas e ampliem a capacidade de resolver problemas.
Será necessário organizar previamente o local da aula, o equipamento para a realização
do teste de condutividade pode ser produzido pelos grupos antecipadamente. A
montagem deste aparelho está representada abaixo. As diferentes soluções a serem
usadas estão listadas no próprio quadro de registro das observações que os estudantes
deverão preencher.

65
Imagem 1 - Dispositivo para testar a condutividade elétrica

Fonte: (Brasil Escola, 2024)


Distribua os grupos de acordo com as bancadas de trabalho, explique os objetivos desta atividade.
Coloque, previamente, os materiais a serem testados em recipientes separados e devidamente
identificados.
Oriente os estudantes sobre a utilização do equipamento de teste, encostando os eletrodos
nos objetos a serem testados. Manter os eletrodos paralelos e imersos quando forem testar uma
amostra líquida (o eletrodo deverá ser limpo após cada teste).
Repita o procedimento até todas as amostras serem testadas.
Após o teste de cada material, os estudantes deverão preencher o quadro de observações que será
utilizado para desenvolver a discussão dos resultados observados no próximo momento.

QUADRO DE OBSERVAÇÕES (ícone clicável)

3º MOMENTO:

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Conteúdo dos slides impressos para os estudantes e atividades


Recursos e providências
impressas, recurso multimídia.

Professor(a), neste momento você irá utilizar o experimento do momento anterior para trabalhar
com os estudantes as seguintes sentenças descritoras:

- Compreender o modelo de ligação iônica, molecular e metálica.


- Identificar, a partir de fórmulas, substâncias iônicas, moleculares e metálicas.
- Reconhecer substâncias iônicas, moleculares e metálicas por meio de suas propriedades.
- Compreender o modelo de ligação iônica, covalente e metálica.
- Relacionar os constituintes das substâncias iônicas, moleculares e metálicas aos elementos
e sua posição na Tabela Periódica.

66
- Representar, a partir de fórmulas, substâncias iônicas, moleculares e metálicas.

É undamental que o estudante seja capaz de identificar substâncias iônicas, moleculares e metálicas
a partir de suas fórmulas químicas e reconhecer esses diferentes tipos de substâncias por meio de
suas propriedades características. Avaliar junto aos estudantes os resultados do experimento
com as diferentes soluções é oportuno para que eles façam conexões entre essas propriedades e
os modelos de ligação química.
Como há pouco tempo para o desenvolvimento de aulas expositivas que auxiliem a desenvolver
as habilidades desse planejamento, você pode otimizar a construção desse momento de discussão
utilizando a proposta de sala de aula invertida, oferecendo materiais de qualidade para o estudo
extraclasse.

ATIVIDADE 1 (ícone clicável)

Solicite aos estudantes que assistam previamente à aula em sala, as seguintes videoaulas do
programa Se Liga na Educação:

Ligação química I (vídeo aula).


Disponível em: https://youtu.be/e48JdwISJJQ.

Ligação química II (vídeo aula).


Disponível em: https://youtu.be/UqdUcsDK2Ws.

Discussão do resultado do experimento mão na massa


Proporcione um momento para que os grupos possam apresentar à turma os resultados obtidos no
experimento realizado anteriormente, de modo a dialogarem sobre a maneira como chegaram a tais
conclusões e, assim, apresentarem diferentes tipos de argumentação e expressão das observações,
ampliando a oportunidade de aprendizagem.
Certifique-se que os estudantes compreenderam que, para haver condução de corrente elétrica, é
necessária a presença de elétrons e íons, situação que ocorre nas substâncias iônicas dissolvidas em
água ou fundidas e nas ligações metálicas. As substâncias moleculares, por sua vez, são formadas
pelo compartilhamento de elétrons e não possuem íons na sua estrutura.

4º MOMENTO: ESTUDO DA POLARIDADE E DAS FORÇAS INTERMOLECULARES

Organização da turma À escolha do(a) professor(a).

Recursos e providências Texto impresso slide e tabela periódica.

Caro(a) professor(a), neste momento o estudo será para o desenvolvimento das seguintes sentenças
descritoras:

67
- Compreender a polaridade de moléculas.
- Reconhecer que, na constituição de substâncias moleculares, pode ocorrer o fenômeno
de polarização de cargas elétricas, em função da geometria molecular e do tipo de átomo
constitutivo da substância.
- Compreender o modelo de ligação covalente e interações intermoleculares.

Os objetos do conhecimento geometria molecular e interação intermolecular são muito importantes


na química, para a explicação de propriedades como as temperaturas de fusão e ebulição, solubilidade
e tensão superficial.
Como estratégia metodológica utilizada para trabalhar esses objetos do conhecimento, considerando
o número reduzido de aulas no bimestre, utilize a leitura coletiva dos textos a seguir, explicando os
parágrafos, explicando as figuras para os estudantes e orientando-os na resolução das atividades
que ajudam a verificar o desenvolvimento das sentenças descritoras.
Entregue uma cópia dos textos e atividades para cada estudante e, após a leitura coletiva dos
textos e a resolução das atividades, seguindo orientações a seguir, faça a prática utilizando balões
de aniversário.

TTEXTOS E ATIVIDADES (ícone clicável)

Prática com balões


Caro(a) Professor(a), pretende-se com esta atividade, demonstrar os modelos de arranjos de átomos
em uma molécula utilizando balões de aniversário. Aproveite para retomar o estudo sobre a valência
dos elementos de acordo com os grupos na tabela periódica. Explique ainda que é possível prever a
geometria de uma molécula utilizando um método relativamente moderno, elaborado pelos químicos
ingleses Nevil Sidgwick e Herbert Powell e aperfeiçoado divulgado pelo canadense Ronald Gillespie.
Trata-se do modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (às vezes abreviado
pela sigla de origem inglesa VSEPR, de valence-shell electron-pair repulsion) e que o objetivo da
atividade é a visualização espacial das diversas geometrias moleculares. Oriente os estudantes a
seguirem os procedimentos, preencherem a tabela e responderem o questionário final.
Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR)
Imagine se enchêssemos dois balões de gás (“bexigas” usadas em festas infantis), os amarrassem
pela boca e os soltássemos sobre o chão. Em que disposição geométrica eles iriam cair? E se
repetíssemos esse procedimento usando três e quatro balões?
Perceba, pelas imagens A, B e C, que os balões se afastam o máximo possível uns dos outros.
Unindo os seus centros imaginários, conseguiríamos um segmento de linha reta (veja a ilustração),
um triângulo equilátero (ilustração) e um tetraedro (ilustração).

68
Objetivo da prática: Construir modelo geométrico de algumas moléculas e compreender a teoria
da repulsão dos pares eletrônicos.

MATERIAL
10 balões de látex (usados em festas de aniversário).

PROCEDIMENTO
1. Encham dois balões e amarrem um ao outro pelas bocas. Soltem o conjunto sobre a mesa e
observem a disposição geométrica que adquire.
2. Encham três balões e amarrem uns aos outros pelas bocas. Soltem o conjunto sobre a mesa
e observem a disposição geométrica que adquire.
3. Encham quatro balões e amarrem uns aos outros pelas bocas. Soltem o conjunto sobre a
mesa e observem a disposição geométrica que adquire.

QUESTIONÁRIO
1. Considerando os arranjos que os conjuntos de balões adquiriram, o que vocês podem dizer
sobre a disposição geométrica dos balões?

MODELO DE TABELA A SER PREENCHIDA

Número de Desenhe a figura que representa a Nome da disposição


balões disposição geométrica dos balões geométrica dos balões
1
2
3
4

69
ANEXO

IMAGENS: ALIMENTOS NATURAIS, SAL GROSSO E CHAVES (ícone clicável)


Alimentos Naturais Sal grosso Chaves

Fonte:(Pxhere, 2024)
QUADRO DE OBSERVAÇÕES (ícone clicável)

MATERIAL ACENDEU TIPO DE MATERIAL

sim não (metálico, iônico, covalente)

Água de Torneira

Água Destilada

Sal de Cozinha

Açúcar (sacarose)

Solução de Sal de Cozinha

Solução de Açúcar.

Vinagre

Borracha

Detergente

Palha de aço

Limão

Manga

Papel Alumínio

70
ATIVIDADE 1 (ícone clicável)

Questão 1 Identifique o tipo de ligação química ou a interação intermolecular que está sendo
rompida ou formada em cada um dos processos a seguir:

A) mudanças de fase da água: líquido – vapor; líquido – sólido;


B) mudanças de fase do iodo: sólido – vapor; vapor – sólido;
C) fusão do ferro;
D) sublimação da naftalina;
E) fusão do cloreto de sódio.

Questão 2 Faça o que é pedido e, depois, responda às questões:

A) Relacione alguns materiais utilizados para fazer fios condutores de eletricidade.


B) Qual é a característica comum a esses materiais?
C) Como você̂ explica a condutividade elétrica desses materiais?

Questão 3 (UFF-RJ) O leite materno é um alimento rico em substâncias orgânicas, tais como
proteínas, gorduras, açúcares, e em substâncias minerais, como o fosfato de cálcio. Esses compostos
orgânicos têm como característica principal as ligações covalentes na formação de suas moléculas,
enquanto o mineral apresenta também a ligação iônica.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o conceito de ligação covalente:

A) A ligação ocorre somente em compostos orgânicos.


B) A ligação covalente se faz por transferência de elétrons entre metal e ametal.
C) A ligação covalente ocorre através da transferência de elétrons entre ametais.
D) A ligação covalente se faz pelo compartilhamento de elétrons entre metais.
E) A ligação covalente se faz através do compartilhamento de elétrons entre ametais e entre
ametais e hidrogênio.

Questão 4. Observe a ilustração a seguir e descreva de forma resumida quais os tipos de ligação
que ocorrem entre os átomos para formarem as substâncias, classificando-as em iônica, metálica
ou covalente.
Ligações químicas presentes em diferentes compostos
Fonte: (Tito e Canto, 2006)

71
TEXTOS E ATIVIDADES (ícone clicável)

TEXTO 1: REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DAS MOLÉCULAS


As moléculas são formadas por átomos unidos por ligações covalentes e podem apresentar, na
sua constituição, de dois a milhares de átomos. A distribuição dos átomos nas moléculas ocorre
em três dimensões e é responsável por muitas propriedades das substâncias. A fórmula estrutural
indica como os átomos estão ligados entre si e os tipos de ligação existentes, mas não representa a
distribuição no espaço, quer dizer, ela representa no plano as ligações sem indicar suas orientações.
Por isso, essa fórmula é também denominada fórmula estrutural plana.

Fórmula estrutural e geometria do metano

Fonte: (Química Cidadã,


p. 248 2016 In: Minas
Gerais)
A disposição espacial dos núcleos desses átomos irá determinar diferentes formas geométricas para
as moléculas e como as cargas elétricas são distribuídas. Quando a ligação covalente ocorre entre
átomos de mesma eletronegatividade, não ocorre formação de pólos. Portanto, essas ligações são
denominadas de apolares e formam moléculas apolares. Já na ligação covalente entre átomos de
eletronegatividade diferentes, ocorre o acúmulo de carga negativa em torno do átomo do elemento
de maior eletronegatividade. Essas ligações são chamadas de polares.

Exemplo de molécula polar

Fonte: (Química Cidadã, p. 253 2016 In:


Minas Gerais, 2021)

Fonte: (Minas Gerais, 2021)

TEXTO 2: IDENTIFICANDO A GEOMETRIA DAS MOLÉCULA E A SUA POLARIDADE


Uma das maneiras mais simples e mais usadas atualmente para prever a geometria de moléculas e
consequentemente a sua polaridade consiste na utilização da teoria da repulsão dos pares eletrônicos
da camada de valência. Essa teoria está baseada na ideia de que os pares eletrônicos ao redor de
um átomo central, quer estejam ou não participando das ligações, comportam-se como nuvens
eletrônicas que se repelem entre si, de forma a ficarem orientadas no espaço com a maior distância
angular possível. Para você visualizar melhor essa teoria, representaremos cada par eletrônico (2
elétrons de valência) ao redor de um átomo central como uma nuvem eletrônica de formato ovalado.
Fonte: (Minas Gerais, 2021)

72
Geometrias Moleculares

Fonte: (Usberco e Salvador, 2014)


Pode-se determinar a polaridade de uma molécula pelo vetor momento dipolar resultante (µr), isto é,
pela soma dos vetores de cada ligação polar da molécula, considerando a escala de eletronegatividade
(ver tabela periódica), que nos permite determinar a orientação dos vetores de cada ligação polar e
a geometria da molécula, que nos permite determinar a disposição espacial desses vetores. Exemplo
no quadro a seguir.
Fonte: (Minas Gerais, 2021)

73
Geometrias Moleculares e Vetores

Fonte: (Ciscato et al. 2016)


Outra maneira de determinar a polaridade da maioria das moléculas é estabelecer uma relação entre
o número de nuvens eletrônicas ao redor do átomo central A e o número de átomos iguais ligados
a ele.
• Nº de nuvens eletrônicas ao redor do átomo central = nº de átomos iguais ligados ao átomo
central ⇒ molécula apolar.
• Nº de nuvens eletrônicas ao redor dwo átomo central ≠ nº de átomos iguais ligados ao átomo
central ⇒ molécula polar.
Fonte: (Minas Gerais, 2021)

TEXTO 3: FORÇAS INTERMOLECULARES

A partir do conceito de polaridade é possível entender a natureza das forças que existem entre
as moléculas nas fases sólida, líquida e gasosa e que explicam propriedades como a interação e
solubilidade, pontos de fusão e ebulição e densidade. Apesar de as moléculas serem constituídas
por átomos neutros, que não perdem nem ganham elétrons, vimos que em muitas há existência de
dipolos elétricos permanentes e, como consequência, ocorrem interações elétricas entre elas. Essas
forças são de três

74
Forças de London ou
dipolo induzido dipolo ou dipolo -dipolo Ligação de Hidrogênio
induzido

Únicas existentes entre Esse tipo de força Ocorre mais comumente em


moléculas apolares e de intermolecular é característico moléculas que apresentam
gases nobres. Exemplos de de moléculas polares. átomos de hidrogênio
substâncias apolares: Exemplos de substâncias ligados a átomos de flúor,
Cl2, O2, CH4, F2. polares:HBr, HCl, CO. oxigênio e nitrogênio. Ex.:
H2O, NH3.

FORÇAS INTERMOLECULARES E TEMPERATURA DE FUSÃO E EBULIÇÃO

Quanto mais intensas as atrações intermoleculares, maiores serão as TF e TE.

FORÇAS INTERMOLECULARES E SOLUBILIDADE


Substâncias polares tendem a se dissolver em solventes polares.
Substâncias apolares tendem a se dissolver em solventes apolares.
Fonte: (Minas Gerais, 2021)

75
QUESTÃO 01- (Unifesp-SP) Na figura, são apresentados os desenhos de algumas geometrias
moleculares.

SO3, H2S e BeCl2 apresentam, respectivamente, as geometrias moleculares:


Dados: H (Z = 1); Be (Z = 4); O (Z = 8); Cl (Z = 17),

a) III, I e II b) III, I E IV c) III, II E I d) IV, I e II e) IV, II e I.

QUESTÃO 02- (Fuvest-SP) A figura mostra modelos de algumas moléculas com ligações covalentes
entre seus átomos.

Analise a polaridade dessas moléculas, sabendo que tal propriedade depende da:

I)diferença de eletronegatividade entre os átomos que estão diretamente ligados. (Nas moléculas
apresentadas, átomos de elementos diferentes têm eletronegatividades diferentes.)
II) Forma geométrica das moléculas.

Dentre essas moléculas, pode-se afirmar que são polares apenas

a) A e B. b) A e C. c) A, C e D. d) B, C e D. f) C e D.

QUESTÃO 03- Explique com suas palavras como as interações intermoleculares influenciam nas
propriedades das substâncias.

QUESTÃO 04- Com base nas informações sobre a geometria das moléculas, classifique as moléculas
a seguir em polares ou apolares e indique em que propriedade dos átomos e das moléculas você se
baseou para classificá-las: HBr, NH3 , H2 O, N2 , CCl4 .

76
REFERÊNCIAS

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2018. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc40_4/09-EQF-17-18.pdf. Acesso em: 22
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Acesso em: 06 mar. 2024.
FERREIRA, M. Modelos de ligações químicas: explicação das propriedades físicas das
substâncias. Porto Alegre: Ufrgs, 1998. 38 p. Disponível em: http://www.iq.ufrgs.br/aeq/html/
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Estudos Tutorados. 1º Ano Ensino Médio. 3º Bimestre. Escola de Formação e Desenvolvimento
Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2023. Disponível em: Disponível em:
https://docs.google.com/document/d/1cLQK-YHRNYCPMPyvv0g5VEFn-pwUlmSU/edit Acesso em
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FÓRMULA ESTRUTURAL E GEOMETRIA DO METANO: in. Química cidadã : volume 1 : química :
ensino médio, 1ª série / Wildson Luiz Pereira dos Santos (coord.). - 3. ed. - São Paulo : Editora AJS,
2016
FUKUI, Ana; et al. Ser protagonista: Ciências da natureza e suas tecnologias: composição
e estrutura dos corpos. 1. ed - São Paulo: Edições SM, 2020.
GEOMETRIAS MOLECULARES. In: USBERCO, João, SALVADOR, Edgard. Conecte Química, Vol 1, 2ª.
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GEOMETRIAS MOLECULARES E VETORES. In: CISCATO, C. A. M, et al. Química – Ensino médio.
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GODOY, L; AGNOLO, R. M. D; MELO, W. C. Multiversos: Ciências da natureza: Matéria,
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