Curso 66162 Aula 05 Organizaçao Do Estado1

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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Sumário

Organização do Estado............................................................................................................................ 3

1 O Estado ....................................................................................................................................................... 3

2 A Federação .................................................................................................................................................. 5

2.1 - Características da federação: ............................................................................................................................... 5

2.2 - Classificação das federações: ............................................................................................................................... 8

3 A Federação Brasileira................................................................................................................................ 10

3.1 - União: ................................................................................................................................................................. 11

3.2 - Estados: .............................................................................................................................................................. 11

3.3 - Distrito Federal: .................................................................................................................................................. 16

3.4 - Municípios: ......................................................................................................................................................... 18

3.5 - Territórios Federais:............................................................................................................................................ 22

4 Alterações na estrutura da federação ........................................................................................................ 23

4.1 - Formação dos Estados: ....................................................................................................................................... 23

4.2 - Formação dos Municípios: .................................................................................................................................. 25

5 Vedações Federativas ................................................................................................................................. 27

6 Bens Públicos .............................................................................................................................................. 28

6.1 - Bens da União: .................................................................................................................................................... 28

6.2 - Bens dos estados: ............................................................................................................................................... 30

Repartição de Competências ................................................................................................................. 31

1 Repartição de competências e a federação brasileira ............................................................................... 31

2 Competências Exclusivas e Privativas da União ......................................................................................... 33

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3 Competências Comuns ............................................................................................................................... 46

4 Competência legislativa concorrente ......................................................................................................... 47

5 Competências dos Estados e do Distrito Federal ....................................................................................... 51

6 Competências dos Municípios .................................................................................................................... 52

Questões Comentadas .......................................................................................................................... 55

Lista de Questões.................................................................................................................................101

Gabarito ..............................................................................................................................................120

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02/12/2020

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

1 O ESTADO

A doutrina tradicional considera que os elementos constitutivos do Estado são o território, o povo
e o governo soberano. O território é a dimensão física sobre a qual o Estado exerce seus poderes; é
o domínio espacial (material) onde vigora uma determinada ordem jurídica estatal. O povo é a
dimensão pessoal do Estado, são os seus nacionais. O governo, por sua vez, é a dimensão política;
ele deve ser soberano, ou seja, sua vontade não se subordina a nenhum outro poder, seja no plano
interno ou no plano internacional.

“ à à à àE àM àG àF àF à à à o Estado é uma
associação humana (povo), radicada em base espacial (território), que vive sob o comando de uma
autoridade (poder) não sujeita a qualquer outra (soberana). 1

Os Estados possuem diferentes maneiras de se organizar, isto é, existem diferentes formas de


Estado. Forma de estado, ressalte-se, é a maneira pela qual o poder está distribuído no interior do
Estado; em outras palavras, ela ilustra a distribuição territorial do poder.

Assim, os Estados podem ser classificados em:

a) Estado unitário: Nesse tipo de Estado, o poder político está territorialmente centralizado.
Existe, aqui, a centralização política do poder. O poder está centralizado em um núcleo
estatal único, do qual se irradiam todas as decisões; no Estado unitário, só existe um centro
produtor de normas. Um exemplo de Estado unitário é Portugal. O Brasil, até a promulgação
da Constituição de 1891, também foi um Estado unitário.

Para que se possa ter governabilidade, admite-se, no Estado unitário, a descentralização


administrativa. É o que se chama de Estado unitário descentralizado administrativamente.
Nesse tipo de Estado, mantém-se a centralização política, mas a execução dos serviços
públicos e das políticas públicas é descentralizada.

1
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional, 38ª edição. Editora Saraiva, São Paulo, 2012,
pp. 75-76.

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Parte da doutrina reconhece, ainda, os chamados Estados regionais, dos quais seriam
exemplos Itália e Espanha.2 Estes seriam um modelo intermediário entre o Estado
unitário e o Estado federal. Neles, além da descentralização administrativa, parcela do
poder político também é descentralizada. São estados unitários descentralizados
administrativa e politicamente.

b) Estado federal: Nesse tipo de Estado, o poder político está territorialmente


descentralizado. Há várias pessoas jurídicas com capacidade política, cada uma delas dotada
de autonomia política. São vários os centros produtores de normas, permitindo-nos afirmar
que, no Estado federal, existe uma pluralidade de ordenamentos jurídicos.

O Brasil é um exemplo de Estado federal, possuindo como entes federativos a União, os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Todos eles são dotados de autonomia política,
que lhes é garantida pela Constituição Federal. Mais à frente, estudaremos em detalhes as
características de uma federação.

Há que se tomar cuidado para não confundir a federação com a confederação.

Na federação, há uma união indissolúvel de entes autônomos, que tem como fundamento uma
Constituição, a qual consagra e protege o pacto federativo contra violações. Assim, a federação não
pode ser desmantelada: não há direito de secessão.

A confederação não é uma forma de estado propriamente dita, mas sim uma reunião de Estados
soberanos. O vínculo é estabelecido entre esses Estados soberanos com base em um tratado
internacional, o qual pode ser denunciado (dissolvido). Ao contrário da federação, portanto, a
confederação se forma a partir de um vínculo dissolúvel. A confederação é uma referência histórica,
pois não existe nenhuma atualmente. Historicamente, cita-se como exemplo de Confederação os
EUA, entre os anos de 1781 a 1787.3

2
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional, 38ª edição. Editora Saraiva, São Paulo, 2012,
pp. 75-76.
3
CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional: Teoria do Estado e da Constituição, Direito Constitucional
Positivo, 16ª edição. Ed. Del Rey. Belo Horizonte, 2010.

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União indissolúvel
FEDERAÇÃO Os entes federados são autônomos
Tem como fundamento a constituição

União dissolúvel
CONFEDERAÇÃO Os entes federados são soberanos
Tem como fundamento um acordo internacional

Questão 1

(PC / DF 2015) A federação brasileira se compõe dos seguintes entes federativos: União,
estados, Distrito Federal, municípios e territórios.

Comentários:

Pegadinha! Os Territórios não são entes federativos. Questão errada.


Questão 2

(DPE / RO 2015) A Constituição da República Federativa do Brasil adotou, como forma de


Estado, a federação. A existência dessa federação é caracterizada pela subordinação dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios à União, nos termos da Constituição da República
Federativa do Brasil.

Comentários:

A relação que se estabelece entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não é
de subordinação. Não há que se falar em hierarquia entre os entes federativos. Questão errada.

2 A FEDERAÇÃO

2.1 - Características da federação:

A federação, conforme já afirmamos, tem como característica central, a descentralização do poder


político. Os entes federativos são dotados de autonomia política, que se manifesta por meio de 4
(quatro) aptidões:

a) Auto-organização: Os entes federativos têm competência para se auto-organizar. Os


estados se auto-organizam por meio da elaboração das Constituições Estaduais, exercitando

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o Poder Constituinte Derivado Decorrente. Os municípios também se auto-organizam, por


meio da elaboração das suas Leis Orgânicas. O Prof. Paulo Gonet chama o poder de auto-
organização dos estados de capacidade de autoconstituição.4

b) Autolegislação: Muitos autores entendem que a capacidade de autolegislação estaria


compreendida dentro da capacidade de auto-organização.5 No entanto, podemos considerá-
la uma capacidade diferente. Autolegislação é a capacidade de os entes federativos editarem
suas próprias leis. Em razão dessa característica é que podemos dizer que, numa federação,
há diferentes centros produtores de normas e, em consequência, pluralidade de
ordenamentos jurídicos.

c) Autoadministração: É o poder que os entes federativos têm para exercer suas atribuições
de natureza administrativa, tributária e orçamentária. Assim, os entes federativos elaboram
seus próprios orçamentos, arrecadam seus próprios tributos e executam políticas públicas,
dentro da esfera de atuação de cada um, segundo a repartição constitucional de
competências.

d) Autogoverno: Os entes federativos têm poder para eleger seus próprios representantes.
É com base nessa capacidade que os Estados elegem seus Governadores e os municípios, os
seus Prefeitos.

Os Estados se organizam sob a forma de uma federação por razões geográficas e culturais.6 Com
efeito, um Estado com território muito extenso possui, normalmente, grandes diferenças culturais
e de desenvolvimento, o que exige uma atuação estatal que não esteja preocupada somente com
os anseios nacionais (do todo), mas também com as idiossincrasias (peculiaridades) locais.

Dessa forma, o estabelecimento de um Estado federal tem como ponto de partida uma decisão do
Poder Constituinte. É a Constituição, afinal, que estabelecerá o pacto federativo e criará mecanismos
tendentes a protegê-lo. Na CF/88, essa decisão política se revela logo no art. 1º, caput, que dispõe
que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal.

Podemos afirmar que uma federação deve possuir as seguintes características: 7

4
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional, 6ª edição. Editora Saraiva, São Paulo, 2011. pp. 828.
5
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional, Ed. Juspodium, Salvador: 2013, pp. 429.
6
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional, 6ª edição. Editora Saraiva, São Paulo, 2011. pp. 832.
7
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo Editora
Atlas: 2010, pp. 636.

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a) Repartição constitucional de competências: Para que a ação estatal seja o mais eficaz
possível, cada ente federativo é dotado de uma gama de atribuições que lhe são próprias. A
repartição de competências entre os entes federativos é definida pela Constituição.

Ressalte-se que, no Estado federal, existe também uma repartição de rendas. Nesse sentido,
a CF/88 estabelece regras sobre o repasse aos Estados e Municípios de receitas oriundas dos
impostos federais. Segundo a doutrina, há que existir um equilíbrio entre competências e
rendas, de modo que não seria possível aos entes federativos executar suas atribuições sem
recursos financeiros suficientes para tanto.

b) Indissolubilidade do vínculo federativo: Em uma federação, não existe direito de


secessão; em outras palavras, os entes federativos estão ligados por um vínculo indissolúvel.

c) Nacionalidade única: Os cidadãos dos estados da federação possuem uma nacionalidade


única; não há nacionalidades parciais. Aquele que nasce em Minas Gerais, São Paulo ou
Pernambuco terá a nacionalidade brasileira.

d) Rigidez constitucional: Em um Estado federal, é necessário que exista uma Constituição


escrita e rígida, que proteja o pacto federativo. Isso decorre do fato de que é a Constituição
que estabelece o funcionamento da federação e, logo, somente poderá ser modificada por
um procedimento mais dificultoso e solene. Ressalte-se que, no Brasil, o princípio federativo
é uma cláusula pétrea e, portanto, não pode ser objeto de deliberação emenda constitucional
que tenda a aboli-lo.

Como decorrência da rigidez constitucional, existirá em um Estado federal um mecanismo de


controle de constitucionalidade das leis. Com isso, busca-se evitar que um ente federativo
invada a esfera de competência de outro.

e) Existência de mecanismo de intervenção: Conforme já estudamos, não há direito de


secessão em uma federação. Assim, atos que contrariem o pacto federativo darão ensejo à
utilização dos mecanismos de intervenção (intervenção federal ou estadual, dependendo do
caso). Por meio desse mecanismo, fica suprimida, temporariamente, a autonomia política de
um ente federativo.

f) Existência de um Tribunal Federativo: É necessário que exista um Tribunal com a


competência para solucionar litígios envolvendo os entes federativos. No Brasil, o STF atua
como Tribunal federativo ao processar e julgar, originariamente, as causas e os conflitos
entre a União e os Estados ou entre os Estados. Cabe destacar que o STF não julga os conflitos
envolvendo Municípios.

g) Participação dos entes federativos na formação da vontade nacional: Nas federações,


deve existir um órgão legislativo representante dos poderes regionais. No Brasil, esse órgão
é o Senado Federal, que representa os Estados e o Distrito Federal. Destaque-se que, na
federação brasileira, os Municípios não participam da vontade nacional.

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2.2 - Classificação das federações:

Não há homogeneidade entre as federações; ao contrário, cada uma delas possui características
peculiares. Isso levou a doutrina a estabelecer diferentes classificações para as federações:

a) Quanto à origem: As federações podem ser formadas por agregação ou por segregação
(desagregação).

No federalismo por agregação, a formação do Estado federal ocorre a partir da reunião de


Estados soberanos que o preexistiam. Exemplo histórico desse tipo de federação são os EUA,
que se formaram a partir da reunião das 13 Colônias. Diz-se que, nesse caso, houve um
movimento centrípeto (direcionado ao centro).

No federalismo por segregação, um Estado que antes era unitário se descentraliza


politicamente. Um exemplo desse tipo de federação é o próprio Brasil. Até 1891, o Brasil era
um Estado unitário. Com a Constituição de 1891, passamos a ter um Estado federal: as
províncias se tornaram estados membros e passaram a ser dotadas de autonomia política.
Diz-se que, nesse caso, a federação se formou a partir de um movimento centrífugo
(direcionado para fora).

b) Quanto à concentração de poder: As federações podem ser classificadas, quanto à concentração


de poder, em centrípetas ou centrífugas.

Na federação centrípeta, o poder está concentrado no centro; portanto, o governo central


detém a maior parte do poder. Assim, nesse tipo de federação, há maior concentração de
poder na União, em detrimento dos Estados. Destaque-se que as federações que se formaram
por um movimento centrífugo (por exemplo, o Brasil) têm uma tendência de serem
centrípetas quanto à concentração de poder.

Na federação centrífuga, o poder está mais concentrado na periferia; em outras palavras, as


entidades regionais detêm a maior parte do poder, a maior parte das competências.
Portanto, nesse tipo de federação, há uma grande descentralização, com menor
concentração do poder no governo central e ampliação dos poderes regionais. Ressalte-se
que as federações que se formaram por um movimento centrípeto (por exemplo, os EUA)
têm uma tendência de serem centrífugas, quanto à concentração de poder.

Existe, ainda, o federalismo de equilíbrio, assim chamado aquele em que se busca a


distribuição equitativa de poderes entre os governos centrais e regionais.

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c) Quanto ao equacionamento de desigualdades: As federações podem ser classificadas como


simétricas ou assimétricas.

Nas federações simétricas, há uma distribuição igualitária de competências e de receitas


entre os entes federativos; trata-se de modelo especialmente eficaz quando há
homogeneidade socioeconômica entre os entes federativos.

Nas federações assimétricas, por sua vez, há o reconhecimento de que existem disparidades
socioeconômicas entre os entes federativos; busca-se, portanto, por meio de políticas
públicas e opções feitas no texto constitucional, reduzir essas desigualdades. Embora exista
certa controvérsia doutrinária, o mais seguro para a prova é considerar que o Brasil é uma
federação assimétrica. Com efeito, há diversos dispositivos na CF/88 destinados a reduzir
desigualdades regionais. Cita-se, como exemplo, o art. 3º, III, que dispõe como objetivo
fundamental da RFB reduzir as desigualdades regionais.

d) Quanto à repartição de competências: Segundo esse critério, há dois tipos de federação:


federação dual (clássica) ou federação cooperativa (neoclássica).

Na federação dual, os entes federados possuem competências próprias, que são exercidas
sem qualquer comunicação com os demais entes. Cada um atua na sua esfera,
independentemente do outro.

Na federação cooperativa, os entes federados exercem suas competências em conjunto


com os outros. As competências são repartidas pela Constituição de modo a permitir a
atuação conjunta dos entes federativos. O Brasil adota um federalismo de cooperação; com
efeito, a CF/88 estabeleceu competências comuns a todos os entes federativos (art. 23) e
competências concorrentes entre a União, os Estados e o Distrito Federal (art. 24).

Questão 3-

(SEAP / DF 2015) A República Federativa do Brasil classifica-se como federação por


desagregação.

Comentários:

A federação brasileira formou-se por um movimento centrífugo (direcionado para fora), o que
caracteriza o federalismo por desagregação. O Brasil era um Estado unitário até a Constituição
de 1891, oportunidade em que se descentralizou politicamente. Questão correta.
Questão 4
(SEAP / DF 2015) Enquanto federação, a República Federativa do Brasil comporta o direito
de secessão por parte dos entes federados.

Comentários:

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O vínculo federativo é indissolúvel, ou seja, não há direito de secessão por parte dos entes
federados. Questão errada.
Questão 5

(Câmara dos Deputados 2014) Entre as características comuns do Estado Federal incluem-se
a representação das unidades federativas no poder legislativo central, a existência de um
tribunal constitucional e a intervenção para a manutenção da federação.

Comentários:

Todas essas são características de uma federação. Questão correta.

3 A FEDERAÇÃO BRASILEIRA

“ à à à à àCF à à à -administrativa da República Federativa do Brasil


compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos
àC àO àT à à à à à à à à à à
política.

Até a promulgação da CF/88, os Municípios não eram considerados entes federativos; com a
promulgação da atual Carta Magna, eles passaram a também ser dotados de autonomia política.
Com base nisso, a doutrina dominante reconhece que a federação brasileira é de 3º grau.8

Há que se dizer que autonomia difere de soberania. Os entes federativos (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios) são todos autônomos, isto é, são dotados de auto-organização,
autolegislação, autoadministração e autogoverno, dentro dos limites estabelecidos pela
Constituição Federal. Note-se que há um limitador ao poder dos entes federativos.

A soberania é atributo apenas da República Federativa do Brasil (RFB), do Estado federal em seu
conjunto. A União é quem representa a RFB no plano internacional (art. 21, inciso I), mas possui
apenas autonomia, jamais soberania.

O art. 18, § 1º, CF/88 determina que Brasília é a capital federal. Brasília não se confunde com o
Distrito Federal, ocupando apenas parte do seu território.

8
O Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho diz que o federalismo brasileiro é de 2º grau, apesar de reconhecer a
existência de 3 (três) ordem jurídicas. Segundo ele, haveria um grau da União para os Estados e outro grau, dos Estados
para os Municípios.

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3.1 - União:

A União é pessoa jurídica de direito público interno, sem personalidade internacional, autônoma,
com competências administrativas e legislativas enumeradas pela Carta Magna. É esse ente
federativo que representa a República Federativa do Brasil no plano internacional.

A União é o ente federativo que atua em nome da federação. No que diz respeito à sua competência
legislativa, pode editar leis nacionais (às quais se submetem todos os habitantes do território
nacional) ou leis federais (que alcançam apenas aqueles que estão sob a jurisdição da União, como
é o caso dos servidores públicos federais). Como exemplo de lei federal, citamos a Lei nº 8.112/90,
que trata do regime jurídico dos servidores públicos federais.

Segundo o art.18, § 2º, os Territórios Federais integram a União; eles não são dotados de autonomia
política, sendo considerados meras descentralizações administrativas. Por isso, são considerados
pela doutrina autarquias territoriais da União. Atualmente, não existe nenhum Território Federal.

3.2 - Estados: Parei Aqui 02/12/2020 03/12/2020

Os Estados-membros ou Estados federados9, assim como a União, são entes autônomos,


apresentando personalidade jurídica de direito público interno. São dotados de autonomia política
e, por isso, apresentam capacidade de auto-organização, autolegislação, autoadministração e
autogoverno.

O art. 25, da CF/88, dispõe sobre a capacidade de auto-organização e autolegislação dos Estados-
membros:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.

A auto-organização dos Estados-membros se manifesta por meio da elaboração de suas


Constituições, fruto do exercício do Poder Constituinte Derivado Decorrente pela atuação de suas
Assembleias Legislativas. Já a autolegislação ocorre pela edição de suas próprias leis, resultando da
atuação do legislador ordinário, também nas Assembleias Legislativas.

No exercício da sua capacidade de auto-organização e de autolegislação, isto é, ao elaborar suas leis


e Constituição, os Estados deverão obedecer aos:

a) Princípios constitucionais sensíveis: Esses princípios estão enumerados taxativamente


àC à à à VII à Oà à à à à à à à à à à à

9
Não confunda Estado federado (sinônimo de Estado-membro) com Estado federal (sinônimo de República Federativa
do Brasil). Os primeiros são parte do segundo.

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observância obrigatória, sob pena de intervenção federal, ou seja, caso contrariados,


provocam uma reação.10

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta e aplicação do mínimo
exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde.

b) Princípios constitucionais extensíveis: São normas de organização que a Lei Fundamental


estendeu a Estados-membros, Municípios e Distrito Federal.11 Encontram-se dispostos em
normas espalhadas pelo texto da Carta Magna. É o caso dos fundamentos e objetivos
fundamentais da RFB, por exemplo (art. 1º, I a V; art. 3º, I a IV e art. 4º, I a X, CF/88).

c) Princípios constitucionais estabelecidos: São normas espalhadas pelo texto da


Constituição que, além de organizarem a própria federação, estabelecem preceitos centrais
de observância pelos Estados-membros em sua auto-organização.12 Exemplo: arts. 27; 28, 37,
I a XXI, §§ 1º a 6º; 39 a 41, CF.

“ à à“TF à à à à à à àC àP à ontempla um elenco menos abrangente de


princípios constitucionais sensíveis, a denotar, com isso, a expansão de poderes jurídicos na esfera
das coletividades autônomas locais, o mesmo não se pode afirmar quanto aos princípios federais
extensíveis e aos princípios constitucionais estabelecidos, os quais, embora disseminados pelo
texto constitucional, posto que não é tópica a sua localização, configuram acervo expressivo de
limitações dessa autonomia local, cuja identificação até mesmo pelos efeitos restritivos que deles
decorrem impõe-se realizar (STF, Pleno, ADI no 216/PB, RTJ 146/388).

Para fixarmos melhor quais são os princípios constitucionais sensíveis, que tal um esquema?

10
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo
Editora Atlas: 2010, pp. 697.
11
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo
Editora Atlas: 2010, pp. 697.
12
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo
Editora Atlas: 2010, pp. 697

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Direitos da pessoa humana

Forma republicana, sistema representativo e regime democrático

Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a


Princípios proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
constitucionais públicos de saúde
sensíveis

Prestação de contas da administração pública, direta e indireta

Autonomia municipal

Os Estados também possuem capacidade de autogoverno, elegendo seus representantes nos


Poderes Legislativo e Executivo, os quais não terão qualquer vínculo de subordinação ao poder
central. A Constituição Federal também estabelece regras de organização para os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário estaduais.

O Poder Legislativo estadual é unicameral, sendo formado apenas pela Assembleia Legislativa. Esse
modelo é diferente do Poder Legislativo federal, que é bicameral, composto pelo Senado Federal e
pela Câmara dos Deputados.

Veja o que dispõe o artigo 27, §1º, da Carta Magna:

§ 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as


regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças
Armadas.

Os deputados estaduais são eleitos para mandatos de quatro anos, pelo sistema proporcional. Seu
à à à à à à à à à à àC àM

Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da


representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis,
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

O número de deputados estaduais será, então, o triplo dos deputados federais. Se um Estado-
membro possuir 10 deputados federais, ele terá por consequência 30 deputados estaduais (3 x 10).
No entanto, uma vez atingido o número de 36, serão acrescidos tantos quantos forem os
Deputados Federais acima de 12. Assim, caso um estado tenha 20 deputados federais, fazemos a
conta 36+(20-12), o que totaliza 44 deputados estaduais.

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No que se refere ao Poder Executivo estadual, destaca-se o art. 28 da Constituição:

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de


quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no
último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término
do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano
subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.

§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na


administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso
público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.

§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão


fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts.
37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

Observe que os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos secretários de Estado são


fixados por lei, a partir de projeto apresentado pela Assembleia Legislativa. Sujeita-se, portanto, a
veto do Governador. Seu valor serve como limite remuneratório (teto) no âmbito do Poder Executivo
estadual, exceto para os procuradores estaduais, cujo teto salarial será de 90,25% do subsídio de
Ministro do STF (CF, art. 37, XI).13

Mesmo diante dessa regra, os Estados-membros podem adotar um limite diverso para Legislativo,
Executivo e Judiciário, um teto único. É o que determina o art. 37, §12, da Constituição:

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados
e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições
e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

No que concerne ao Poder Judiciário, estabelece a Constituição que os Estados organizarão sua
Justiça à à à à à à à à à CF à áà C àM à
determina, ainda, que a competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a
lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça (art. 125, § 1º, CF/88).

13
O subsídio dos Defensores públicos estaduais também tem como teto remuneratório o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça.

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A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual,
constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo
grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo
militar seja superior a vinte mil integrantes (art. 125, § 3º, CF/88).

Além de auto-organização, autolegislação e autogoverno, os Estados possuem autoadministração.


Assim, são competentes para se administrarem, no exercício das atribuições definidas pela
Constituição.

Determina a Carta Magna que os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas
de interesse comum (art. 25, § 3º, CF/88). São, portanto, 3 (três) os requisitos para que os estados
atuem nesse sentido:

a) Lei complementar estadual;

b) Os municípios envolvidos devem ser limítrofes;

c) Finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de


interesse comum.

Mas, afinal, o que são microrregiões, regiões metropolitanas e aglomerados urbanos?

As regiões metropolitanas são formadas por um conjunto de Municípios cujas sedes se unem, com
certa continuidade urbana, em torno de um Município-polo. As microrregiões, por sua vez, são
formadas por Municípios limítrofes, sem continuidade urbana, com características homogêneas e
problemas administrativos comuns. Finalmente, os aglomerados urbanos são áreas urbanas cujos
Municípios apresentam tendência à complementaridade de suas funções, exigindo, por isso, um
planejamento integrado e uma ação coordenada dos entes públicos. É o caso da Baixada Santista,
por exemplo.

Em 2013, o STF julgou Ação Direta de Inconstitucionalidade que versava sobre a criação da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro e a Microrregião dos Lagos. 14 Na oportunidade, o Tribunal
considerou que:

a) A criação de regiões metropolitanas depende da edição de lei complementar, sendo


compulsória a participação dos Municípios. Em outras palavras, a participação de Município
em região metropolitana não pode estar condicionada à prévia manifestação da respectiva

14
ADI 1.842, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe: 13.09.2013.

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Câmara dos Vereadores. A obrigatoriedade de participação dos Municípios em região


metropolitana e microrregião não viola a autonomia municipal.

b) Oà interesse comum à à à à à à à à à à à
funções e serviços públicos supramunicipais. Como exemplo, cita-se o caso da atividade de
saneamento básico, que extrapola o interesse local.

c) Quando se cria uma região metropolitana, não há uma mera transferência de competências
para o Estado. Ao contrário, deve haver uma divisão de responsabilidades entre o Estado e
os Municípios. O poder decisório e o poder concedente (dos serviços públicos) não podem
ficar apenas nas mãos do Estado. Deve ser constituído um órgão colegiado responsável pelo
poder decisório e pelo poder concedente. A participação dos entes nesse órgão colegiado não
precisa ser paritária, desde que apta a prevenir a concentração do poder decisório no âmbito
de um único ente.

Questão 6

(TCE/RJ 2015) A função pública do saneamento básico frequentemente extrapola o interesse


local e passa a ter natureza de interesse comum no caso de instituição de regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, motivo pelo qual, nessas hipóteses, é
constitucional a transferência ao Estado-membro do poder concedente de funções e serviços
públicos de saneamento básico.

Comentários:

Não se pode simplesmente transferir ao Estado-membro o poder concedente de funções e


serviços públicos de saneamento básico. Deve haver uma divisão de responsabilidades entre
o Estado e os Municípios. Questão errada.
Questão 7

(PRF 2014) Na Federação brasileira, a União é entidade soberana, enquanto os estados


membros e o Distrito Federal são entidades autônomas.

Comentários:

A União também é um ente federativo dotado de autonomia. A República Federativa do Brasil


é que possui soberania. Questão errada.

3.3 - Distrito Federal:

A natureza jurídica do Distrito Federal tem gerado algumas discussões. Alguns autores defendem
que ele tem natureza híbrida, por apresentar algumas características dos Estados e outras dos
Municípios. Para José Afonso da Silva, o Distrito Federal não é nem Estado nem Município. Já o STF

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afirma que o Distrito Federal é um ente federativo com autonomia parcialmente tutelada pela
União.

O Distrito Federal é ente federado autônomo e, como tal, dispõe de auto-organização,


autoadministração, autolegislação e autogoverno (CF, arts. 18, 32 e 34). A auto-organização do
Distrito Federal se manifesta por meio de Lei Orgânica, votada em dois turnos com interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos
à à à àC à à à àCF

No que se refere à autolegislação, o Distrito Federal apresenta uma característica peculiar: a ele são
atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios (CF, art. 32, §1º e 147).
Não se pode, porém, dizer que o Distrito Federal apresenta todas as competências legislativas dos
Estados-membros. Algumas não lhe foram estendidas, como é o caso, por exemplo, da competência
para dispor sobre sua organização judiciária, que é privativa da União (art. 22, XVII, CF).

Além disso, ao contrário dos Estados-membros, a competência para organizar e manter, no seu
âmbito, o Ministério Público, o Poder Judiciário, a polícia civil, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar é da União (CF, art. 21, XIII e XIV).

Já no que tange ao autogoverno, a eleição do Governador e do Vice-Governador segue as regras da


eleição para Presidente da República. A dos deputados distritais segue a regra dos deputados
estaduais.

Outra peculiaridade do Distrito Federal é que, diferentemente do que ocorre com os demais entes
federados, não há previsão constitucional para alteração dos seus limites territoriais. Ressalta-se,
ainda, que, ao contrário dos Estados-membros, o Distrito Federal não pode ser dividido em
Municípios à à àCF

Além disso, não pode organizar nem manter o Judiciário nem o Ministério Público, nem as polícias
civil e militar e o corpo de bombeiros. Todos esses órgãos são organizados e mantidos pela União,
cabendo a ela legislar sobre a matéria. Nesse sentido, determina a Súmula Vinculante nº 39 que
compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar
e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal à

Questão 8

(FUB 2015) A autonomia do Distrito Federal e sua organização político-administrativa têm


limitações constitucionais.

Comentários:

A autonomia do Distrito Federal é parcialmente tutelada pela União, ou seja, apresenta


limitações previstas na CF/88. Como exemplo, é competência da União organizar e manter a

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polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. Questão
correta.

3.4 - Municípios:

Os Municípios são entes autônomos, sendo sua autonomia alçada, pela Constituição Federal, à
condição de princípio constitucional sensível CF à à à VII à àE à à -se na
capacidade de auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração.

Segundo Alexandre de Moraes, pode-se dizer que o Município se auto-organiza por meio de sua Lei
Orgânica Municipal; autolegisla, por meio das leis municipais; autogoverna-se por meio da eleição
direta de seu Prefeito, Vice-Prefeito e vereadores sem qualquer ingerência dos Governos Federal e
Estadual; e, por fim, se autoadministra ao pôr em exercício suas competências administrativas,
tributárias e legislativas, diretamente conferidas pela Constituição Federal. 15

Nos Municípios, ao contrário do que acontece nos demais entes da federação, não há Poder
Judiciário. O Poder Legislativo, assim como nos Estados-membros, é unicameral.

No que diz respeito à auto-organização, determina a Carta da República que a Lei Orgânica do
município será votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois
terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado. Serão objeto da Lei Orgânica a organização
dos órgãos da Administração, a relação entre os Poderes, bem como a disciplina da competência
legislativa do Município.16

O poder de auto-organização dos Municípios é limitado pela Constituição Federal (art. 29, CF/88).
É apenas ela que fixará os parâmetros limitadores do poder de auto-organização dos Municípios.
Segundo o STF, tais limites não podem ser atenuados nem agravados pela Constituição do Estado.17

Compete à Lei Orgânica fixar o número de Vereadores, observados limites máximos definidos pela
Constituição, escalonados segundo o número de habitantes do Município. Nos Municípios com até
15 mil habitantes, por exemplo, o número máximo de Vereadores é 9 (nove); já nos Municípios com
mais de 8 milhões de habitantes, o número máximo de Vereadores é 55 (cinquenta e cinco).

15
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo
Editora Atlas: 2010, pp. 714.
16
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo
Editora Atlas: 2010, pp. 714.
17
ADI 2.112 MC, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 11-5-2000, P, DJ de 18-5-2001.

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Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que
a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição
do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos,
mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do
ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art.
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da
eleição;
(...)
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de
iniciativa da Câmara Municipal, observadoco que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II,
153, III, e 153, § 2º, I;
(...)
X- julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça

O Prefeito e Vice-Prefeito serão eleitos pelo sistema majoritário, para mandato de 4 (quatro) anos.
A eleição é realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos
que devem suceder. No caso de Municípios com mais de 200.000 eleitores, a eleição de Prefeito e
Vice-Prefeito ocorrerá pelo sistema majoritário de 2 turnos; caso o número de eleitores seja inferior
a 200.000, haverá apenas 1 (um) turno de votação.

O artigo 29, X da Constituição trata do julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça.


Considerando que o constituinte não foi muito claro nessa determinação, o STF entende que a
competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos se limita aos crimes de competência da
justiça comum estadual. Nos demais casos, a competência originária cabe ao respectivo tribunal de
segundo grau. Assim, em caso de crimes eleitorais, a competência será do Tribunal Regional
Eleitoral; nos crimes federais, a competência será do Tribunal Regional Federal.

Há duas importantes súmulas do STJ sobre esse assunto. A primeira delas é a Súmula 208, que
à à compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba
sujeita a prestação de contas perante órgão federal àáà à à à“ à à à à
à compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e
incorporada ao patrimônio municipal àá à à à“TJ à àP à à à àTribunal
de Justiça (e não pelo tribunal do júri) no caso de crimes dolosos contra a vida.

No que se refere aos crimes de responsabilidade praticados pelo Prefeito Municipal, é importante
que os classifiquemos em próprios ou impróprios. Enquanto os primeiros são infrações político-
administrativas, cuja sanção corresponde à perda do mandato e à suspensão dos direitos políticos,
os segundos são verdadeiras infrações penais, apenados com penas privativas de liberdade. Os
crimes próprios deverão ser julgados pela Câmara Municipal, enquanto os crimes impróprios

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deverão ser julgados pelo Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara de


Vereadores.

Destaca-se, porém, que a Constituição Federal prevê a competência originária do Tribunal de Justiça,
salvo as exceções anteriormente mencionadas, apenas para o processo e julgamento das infrações
penais comuns contra o Prefeito Municipal. Não se admite a extensão interpretativa para se
considerar a existência de foro privilegiado para as ações populares, ações civis públicas e demais
ações de natureza cível. Essa proibição também vale para as ações de improbidade administrativa,
por ausência de previsão constitucional específica.

A Constituição prevê algumas hipóteses de crime de responsabilidade do Prefeito em seu art. 29-A,
§ 2º (rol exemplificativo): efetuar repasse que supere os limites definidos no artigo 29-A; não enviar
o repasse até o dia vinte de cada mês; ou enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei
Orçamentária.
7
Esquematizando:

Crimes de competência da justiça comum Tribunal de Justiça

Desvio de verba sujeita a prestação de contas


Justiça Federal
perante órgão federal

Crimes eleitorais TRE

Julgamento do
prefeito

Crimes de responsabilidade próprios Câmara Municipal

Crimes de responsabilidade impróprios e


Tribunal de Justiça
crimes dolosos contra a vida

Ações populares, ações civis públicas e demais


ações de natureza cível, bem como Primeira Instância
improbidade administrativa

A Constituição Federal não outorgou foro especial aos Vereadores perante o Tribunal de Justiça.
Contudo, segundo o STF, a Constituição do Estado pode fazê-lo, se o legislador constituinte

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entender oportuno. A Carta Magna limitou-se a conceder-lhes inviolabilidade por suas opiniões,
palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município (CF, art. 29, VIII), a
chamada imunidade material.

No que se concerne ao subsídio dos vereadores, a Constituição determina, em seu artigo 29, VI, que
este será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente,
observado o que dispõe a Carta Magna, os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os
seguintes limites máximos:

De 10.001 a De 50.001 a De 100.001 a De 300.001 a Acima de


No de habitantes Até 10.000
50.000 100.000 300.000 500.000 500.000
Subsídio máximo do
vereador (% subsídio 20% 30% 40% 50% 60% 75%
deputados estaduais)

Dispõe, ainda, a Carta Magna, em seu art. 29-A,0§ 1º, que a Câmara Municipal não gastará mais de
70% (setenta por cento) de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio
de seus Vereadores. Segundo o art. 29, VII, o total da despesa com a remuneração dos Vereadores
não poderá ultrapassar o montante de 5% (cinco por cento) da receita do Município.

Segundo o art. 29-A, § 3º, o Presidente da Câmara Municipal cometerá crime de responsabilidade
quando a Câmara Municipal gastar mais de 70% da sua receita com folha de pagamento.

Questão 9

(TRF 1a Região 2015) Não se considera o município entidade federativa, embora se reconheça
que ele dispõe de capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração.

Comentários:

O Município é também um ente federativo. Ele dispõe de capacidade de auto -organização,


autogoverno e autoadministração. Questão errada.
Questão10

(TCM / SP 2015) Lei orgânica municipal, como projeção da autonomia municipal, deve
disciplinar a organização municipal consoante os balizamentos estabelecidos pela
Constituição da República, não sendo possível que a Constituição Estadual o faça.

Comentários:

A Lei Orgânica é o instrumento por meio do qual o Município manifesta o seu poder de
auto-organização, sendo, portanto, projeção da autonomia municipal. A organização
municipal é matéria que cabe à Lei Orgânica, devendo observar as regras gerais
estabelecidas pela CF/88. A Constituição Estadual não pode versar sobre a organização
municipal, sob pena de violar o pacto federativo. Questão correta.

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Questão11

(TCM / SP 2015) Nos Municípios com menos de 200 mil eleitores, a Lei Orgânica deve
definir se a eleição seguirá o sistema majoritário de um ou dois turnos.

Comentários:

Essa não é matéria de Lei Orgânica. A CF/88 estabelece que, nos municípios com mais de
200 mil eleitores, a eleição seguirá o sistema majoritária de 2 (dois) turnos. Questão
errada.

3.5 - Territórios Federais:

Os Territórios Federais integram a União, sendo considerados meras descentralizações


administrativas; a doutrina os chama, por isso, de autarquias territoriais da União. Portanto, eles
não são entes federativos e não possuem autonomia política.
c
Atualmente, não existe nenhum Território Federal. Com a CF/88, os territórios de Roraima e do
Amapá foram transformados em estados federados; por sua vez, o território de Fernando de
Noronha foi incorporado ao estado de Pernambuco.

Apesar de não existir, atualmente, nenhum Território Federal, estes poderão ser criados a qualquer
tempo. Para a criação dos Territórios Federais, é necessária lei complementar. Apesar de não serem
entes federativos, os Territórios poderão ser divididos em Municípios.

O Poder Executivo nos Territórios Federais é chefiado pelo Governador, que não é eleito pelo povo.
O Governador do Território é nomeado pelo Presidente da República, com nome aprovado
previamente, por voto secreto, após arguição pública pelo Senado Federal. Compete
privativamente à União legislar sobre a organização administrativa dos Territórios (art. 22, XVII).

As contas do Governo do Território são submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do
Tribunal de Contas da União (TCU). Isso se deve à vinculação dos Territórios com a União; nos
Estados-membros da federação, as contas dos Governadores são submetidas à apreciação da
respectiva Assembleia Legislativa.

Existe Poder Legislativo nos Territórios?

Sim, existe. O Poder Legislativo nos Territórios é exercido pela Câmara Territorial. Segundo o art.
33, §3º, CF/88, a lei disporá sobre as eleições da Câmara Territorial e sua competência legislativa. A
Câmara Territorial exercerá apenas a função típica de legislar; a função de controle externo da
administração dos territórios é exercida pelo Congresso Nacional, com o auxílio do TCU.

Cada um dos Territórios elege 4 Deputados Federais; trata-se, portanto, de número fixo, não
proporcional à população. Os Territórios, por não serem entes federativos, não elegem Senadores.
Isso se deve ao fato de que os Senadores são representantes dos Estados e do Distrito Federal;
permitir que os Territórios elegessem Senadores significaria, em certa medida, equipará-los aos
Estados.

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O Poder Judiciário, nos Territórios Federais, é organizado e mantido pela União. Com efeito, a União
tem a competência privativa para organizar e manter o Poder Judiciário do Distrito Federal e
Territórios. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais
caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

Assim como o Poder Judiciário, o Ministério Público, nos Territórios Federais, é organizado e
mantido pela União. Assim, temos o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) e o
MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios).

Existe, ainda, a Defensoria Pública dos Territórios, também organizada e mantida pela União.
Cuidado! Aqui, não há que se falar mais em Defensoria Pública do Distrito Federal e Territórios
(DPDFT). Isso porque, após a EC nº 69/2012, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) é
organizada e mantida pelo próprio Distrito Federal. Temos, então, dois órgãos diferentes: a
Defensoria Pública do DF (organizada e mantida pelo DF) e a Defensoria Pública dos Territórios
7
(organizada e mantida pela União).

Quando os Territórios tiverem mais de cem mil habitantes, além do Governador, haverá órgãos
judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos
federais. Em outras palavras, haverá representações do Poder Judiciário, do Ministério Público e da
Defensoria Pública nos territórios em que a população for maior do que 100.000 habitantes.

4 ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA DA FEDERAÇÃO

4.1 - Formação dos Estados:

A federação é cláusula pétrea do texto constitucional, ou seja, não pode ser objeto de emenda
constitucional que seja tendente à sua abolição. Todavia, a federação poderá sofrer alterações em
sua estrutura. As alterações na estrutura dos Estados ocorrerá nos termos do art. 18, § 3º, CF/88:

§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se


anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.

A leitura do dispositivo supracitado nos permite afirmar que há 5 (cinco) diferentes tipos de
alteração na estrutura dos Estados:

a) Fusão: Um Estado A se une a um Estado B, formando o Estado C. Com isso, há a formação


de um terceiro e novo ente federado, distinto dos anteriores e com personalidade própria.
Os Estados que lhe deram origem não mais existirão.

b) Incorporação: Um Estado A se incorpora ao Estado B, o qual continua a existir. O Estado A


deixa de existir e o território do Estado B aumenta. Perceba que, na incorporação, um dos

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entes federativos mantém a sua personalidade jurídica. Na história do Brasil, temos um


exemplo de incorporação. O Estado de Guanabara se incorporou ao Estado do Rio de Janeiro.

c) Subdivisão ou cisão: Um Estado A se subdivide, dando origem ao Estado B e C. O Estado A


deixa de existir, surgindo dois novos Estados (duas novas personalidades jurídicas). A
subdivisão de um Estado pode dar origem a novos Estados ou territórios. Existe proposta para
que o Maranhão seja subdivido em Maranhão do Sul e Maranhão do Norte. Esse seria um
bom exemplo de subdivisão.

d) Desmembramento-anexação: Ocorre quando um ou mais Estados cedem parte de seu


território para que este seja anexado ao território de outro Estado. Seria o caso, por
exemplo, em que o Estado A perde parcela do seu território, que é anexada ao território do
Estado B. Perceba que, nessa operação, não houve extinção de nenhum Estado. O Estado A
perdeu parte de seu território, mas continuou existindo.

e) Desmembramento-formação: Ocorre quando um ou mais Estados cedem parte de seu


território para que haja a formação de um novo ente. Foi o que aconteceu com Goiás,
quando este cedeu parte de seu território para a formação do estado do Tocantins. Perceba
que, nessa operação, não houve extinção de nenhum Estado. Goiás perdeu parte do seu
território, mas deu origem a um novo Estado-membro.

E quais são os requisitos para que sejam realizadas essas alterações na estrutura dos Estados?

De início, será necessário que se proceda à consulta às populações diretamente interessadas,


mediante a realização de um plebiscito. Caso a população seja desfavorável, a modificação
territorial será impossível. Já quando favorável, a decisão final sobre a modificação territorial é do
Congresso Nacional, pois este poderá editar ou não a lei complementar.

Na ADIN nº 2.650/DF, o STF considerou que se deve dar ao termo


população diretamente interessada à à à à à à à à à
incorporação ou subdivisão de Estado, deve ser consultada, mediante plebiscito, toda a população
do (s) Estado (s) afetado (s), e não apenas a população da área a ser desmembrada, incorporada ou
subdividida.

Após a manifestação favorável da população diretamente interessada, será necessária a oitiva das
Assembleias Legislativas dos estados interessados. Cabe destacar que a consulta às Assembleias
Legislativas é meramente opinativa, o que quer dizer que, mesmo que a Assembleia Legislativa for
desfavorável à mudança territorial, o Congresso Nacional pode editar a lei complementar que aprova
a subdivisão, incorporação ou desmembramento.

Consultada a população (mediante plebiscito) e feita a oitiva das Assembleias Legislativa, resta
apenas a edição de lei complementar, o que é um ato discricionário do Congresso Nacional. Esse é
o passo final para a alteração na estrutura dos Estados. Assim, em resumo, os requisitos para a
formação de Estados são os seguintes:

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a) Consulta prévia, por plebiscito, às populações diretamente interessadas;

b) Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados (art. 48, VI, CF/88);

c) Edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

Observe que a formação dos Territórios obedece aos mesmos requisitos necessários para a
incorporação, subdivisão e desmembramento de Estado.

4.2 - Formação dos Municípios:

A formação de Municípios é regulada pelo art. 18, § 4º da Constituição, cuja redação foi dada pela
EC nº 15/1996:

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por


lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão
de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da
lei.

De 1988 até 1996, a criação de Municípios era bem simples. As restrições não eram tão grandes e,
como consequência disso, multiplicaram-se os Municípios. Na tentativa de moralizar a criação de
Municípios, foi promulgada a EC nº 15/1996, cujas regras estão válidas até hoje.

E quais são os requisitos para a criação de Municípios?

São 5 (cinco) os requisitos para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios:

a) Edição de lei complementar federal pelo Congresso Nacional, fixando genericamente o


período dentro do qual poderá ocorrer a criação, incorporação, fusão e desmembramento de
municípios. Destaque-se que esta lei complementar até hoje não foi editada.

b) Aprovação de lei ordinária federal determinando os requisitos genéricos e a forma de


divulgação, apresentação e publicação dos estudos de viabilidade municipal;

c) Divulgação dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei


mencionada acima;

d) Consulta prévia, por plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos. O resultado do


plebiscito, quando desfavorável, impede a criação do novo Município. Por outro lado, caso
seja favorável, caberá à Assembleia Legislativa decidir se irá ou não criar o Município.

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e) Aprovação de lei ordinária estadual pela Assembleia Legislativa determinando a criação,


incorporação, fusão e desmembramento do(s) município(s). Trata-se de ato discricionário da
Assembleia Legislativa.

Tendo em vista que, até hoje, o Congresso Nacional não editou lei complementar dispondo sobre o
período dentro do qual poderão ocorrer alterações na estrutura de Municípios, conclui-se que,
atualmente, esses entes federativos não podem ser criados. Aliás, esse impedimento existe desde
a promulgação da Emenda Constitucional nº 15/1996.

No entanto, a realidade foi diferente. Mesmo após a promulgação da EC nº 15/96, foram criados
à àM à àB à à áà à à à à Municípios putativos à à
existiam de fato, mas sua criação havia sido inválida, inconstitucional.

Como não poderia ser diferente, o STF foi chamado a apreciar o problema na ADIN nº 3.682/MT. Na
à àC à à à à àC àN à à à ensejo à conformação
e à consolidação de estados de incon . Foi atestada a inconstitucionalidade da
criação dos Municípios à T à à à à à à à “TFà à à à à à
Congresso Nacional; não poderia o STF, da noite para o dia, determinar a extinção de Municípios.

O Congresso Nacional editou, então, a Emenda Constitucional nº 57/2008, que convalidou os atos
de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até
31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado
à época de sua criação.

(TJ-PR 2017) Segundo o STF, o desmembramento de município previsto na CF é norma de


eficácia contida.

Comentários:

O desmembramento de município é norma de eficácia limitada, uma vez que é necessária a


edição de lei complementar federal definindo o período dentro do qual podem ocorrer
alterações federativas envolvendo Municípios. Questão errada.

(TRE-SP 2017) No caso de desmembramento de Estado, não é necessária a consulta à


população do território remanescente, uma vez que a Constituição Federal exige apenas a
consulta da população diretamente interessada.

Comentários:

Na ADIN nº 2.650/DF, o STF considerou que se deve dar ao termo


população diretamente interessada à à à à à à à desmembramento,

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incorporação ou subdivisão de Estado, deve ser consultada, mediante plebiscito, toda a


população do (s) Estado (s) afetado (s), e não apenas a população da área a ser desmembrada,
incorporada ou subdividida. Questão errada.

(MPE / PR 2014) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se


para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.

Comentários:

É exatamente o que prevê o art. 18, § 3º, CF/88. Questão correta.

5 VEDAÇÕES FEDERATIVAS

A Constituição estabelece, em seu art. 19, algumas vedações aos entes federados. São as chamadas
vedações federativas.

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o


funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

No que se refere ao inciso I, observa-se que o Brasil é um Estado laico, leigo ou não confessional,
não adotando qualquer religião oficial. Entretanto, admite-se a colaboração de interesse público
com os cultos religiosos ou igrejas, na forma da lei. Seria o caso em que, após uma enchente, o
Município solicita a uma igreja que abrigue as pessoas desabrigadas por aquele desastre natural.

O inciso II veda que um ente da Federação recuse fé a documentos públicos produzidos por outro,
em virtude de sua procedência. Assim, a Receita Federal do Brasil não pode recusar fé a uma certidão
negativa de débito emitida pela Secretaria da Fazenda do Tocantins, por exemplo. Trata-se de uma
garantia que visa fortalecer o pacto federativo.

Finalmente, o inciso III acima também reforça o pacto federativo, ao vedar que os entes da
federação criem preferências entre si ou entre brasileiros, em função de sua naturalidade. Assim, é

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vedado, por exemplo, que um concurso público estabeleça que somente os naturais de Minas Gerais
poderão concorrer a determinada vaga. Esse é o princípio da isonomia federativa.

(TRT / MG 2015) As vedações constitucionais expressas impostas simultaneamente à União,


aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios alcançam o conceito de Estado laico; a
proibição de recusa de fé em documentos públicos e a proibição de distinções entre brasileiros
ou preferências entre si.

Comentários:

É o que estabelece o art. 19, incisos I, II e III, CF/88. Questão correta.

6 BENS PÚBLICOS

6.1 - Bens da União:

O art. 20 relaciona os bens da União:

Art. 20. São bens da União:


I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas;
as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de
Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental
federal, e as referidas no art. 26, II;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;

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XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

O inciso I nos mostra que o art. 20, ao tratar dos bens da União, trouxe um rol exemplificativo. Isso
porque são bens da União os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos.

O inciso II trata das terras devolutas, que são terras públicas, ou seja, que não estão no nome de
nenhum particular. Existem terras devolutas da União e terras devolutas dos Estados. São bens da
União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental. Por outro lado, são bens dos
Estados as terras devolutas que não forem da União.

O inciso III trata do domínio hídrico. Serão rios federais aqueles que banhem mais de um Estado
(ex: Rio São Francisco, Rio Tocantins). Também são bens da União os rios que se estendam a
território estrangeiro ou dele provenham (ex; Rio Amazonas). Por outro lado, os rios que banham
apenas um Estado serão bens daquele Estado.

No inciso IV, verifica-se que as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes (fronteira) com outros
países são bens da União. Por outro lado, as ilhas fluviais e lacustres que não estejam em zonas
limítrofes serão bens dos Estados.

As ilhas oceânicas e costeiras são bens da União. No entanto, as ilhas costeiras, quando forem sede
de Município, não serão bens da União. Cita-se como exemplo a ilha em que está contido o
Município de Vitória. Essa ilha costeira não é bem da União, mas do próprio Município de Vitória.

Os incisos V e Vi trata do domínio marítimo. O mar territorial e os recursos naturais da plataforma


continental e da zona econômica exclusiva são bens da União. Cita-se que na plataforma continental
há uma enorme riqueza, especialmente petróleo.

O inciso VII trata dos terrenos de marinha, que também são bens da União. Apenas para que se
tenha uma noção, de forma bem grosseira, são terrenos de marinha aqueles que são adjacentes ao
litoral, 33 metros medidos para a parte da terra (ou seja, 33 metros para dentro do continente).
Segundo o STF, mesmo que os terrenos de marinha estejam situados em ilhas costeiras sede de
Municípios, eles serão bens da União.18 De modo mais simples, todos os terrenos de marinha serão
bens da União, inclusive aqueles situados em ilhas que sejam bens de Municípios.

O inciso VIII trata dos potenciais de energia hidráulica. Mesmo nos rios estaduais (que banham
apenas um Estado), os potenciais de energia hidráulica serão bens da União.

O inciso IX trata dos recursos minerais, inclusive os do subsolo. Suponha que um fazendeiro
descubra uma mina de ouro em suas terras. Esse ouro será, por incrível que pareça, um bem da
União. Cabe destacar que é assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos

18
RE 636199/ES, Rel. Min. Rosa Weber, julgamento em 27.4.2017.

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Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da


exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica
e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou
zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

Para enriquecer nossos conhecimentos, reproduzirei o art. 176 da Carta Magna:

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia
hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento,
e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.

Suponhamos, como exemplo, que seja encontrada uma mina de ouro em uma fazenda do Sr. João
da Silva, em Goiás. A propriedade da fazenda continuará sendo do Sr. João, embora o ouro
encontrado seja da União. Caso uma concessionária venha a explorar essa jazida, deverá pagar
royalties à União, proprietária dos recursos minerais. O produto da lavra (ouro extraído), entretanto,
será da concessionária.

O inciso X trata das cavidades naturais subterrâneas (grutas) e sítios arqueológicos e pré-históricos.

O inciso XI dispõe que as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União. A
à à à iz respeito ao tempo de ocupação, mas sim ao modo de ocupação
indígena. Segundo o STF, essas terras são bens da União, mas de usufruto exclusivo dos índios.

6.2 - Bens dos estados:

Os bens dos estados estão no art. 26, da CF/88:

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,


neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

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REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS

1 REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS E A FEDERAÇÃO BRASILEIRA

Na federação, o poder político é descentralizado; os entes federados são dotados, portanto, de


autonomia política. E essa autonomia dos entes federativos pressupõe a existência de uma
repartição de competências.

O Estado federal tem como uma de suas principais características, portanto, a existência de uma
repartição constitucional de competências: a Constituição Federal delimita as atribuições de cada
um dos entes federativos. Nesse sentido, a repartição constitucional de competências pode ser
considerada como um elemento fundamental da federação.

O objetivo da repartição de competências na CF/88 é dividir o poder político entre os entes


federados de forma racional e equilibrada, garantindo o federalismo de equilíbrio entre União,
Estados, Distrito Federal e Municípios. Ao repartir competências entre os entes federativos, a
Constituição está harmonizando a convivência entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
bem como viabilizando o pacto federativo. 19

A repartição de competências é baseada em dois princípios: i) princípio da predominância do


interesse; e ii) princípio da subsidiariedade.

Segundo o princípio da predominância do interesse, a União cuidará das matérias de predominância


do interesse geral (nacional); aos Estados, caberão as matérias de interesse regional; e aos
Municípios, caberão as matérias de interesse local. Como exemplos da aplicação do princípio da
predominância do interesse, citamos os seguintes:

a) emissão de moeda: o interesse predominante é o nacional, logo, a competência é da União.

b) assegurar a defesa nacional: o interesse predominante é o nacional, logo, a competência é


da União.

c) fixação do horário de funcionamento de agências bancárias: como está em jogo o sistema


financeiro nacional, o interesse é geral e, portanto, a competência é da União.

d) fixação do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais: como o interesse é


local, a competência é dos Municípios.

19
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Ed. Juspodium, Salvador, 2013, pp. 453.

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O princípio da subsidiariedade, por sua vez, se baseia na lógica de que, sempre que for possível, as
questões devem ser resolvidas pelo ente federativo que estiver mais próximo da tomada de
decisões. Como exemplo, citamos as competências para dispor sobre transporte.

a) A exploração do transporte municipal é matéria de competência dos Municípios. Veja que


cada Município consegue regular satisfatoriamente o transporte urbano (municipal).

b) A exploração do transporte intermunicipal é matéria de competência dos Estados. Perceba


que um Município (sozinho) não consegue regular o transporte intermunicipal (o qual envolve
mais de um Município). Portanto, os entes federativos que conseguem cumprir
satisfatoriamente essa tarefa são os Estados.

c) A exploração dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de


passageiros é competência da União. Veja que um Estado (sozinho) não consegue regular
satisfatoriamente o transporte interestadual e internacional; só a União conseguirá fazê-lo.

União Matérias de interesse geral

Estados-membros Matérias de interesse regional


Repartição de
competências
Distrito federal Matérias de interesse regional e local

Municípios Matérias de interesse local

Na definição de José Afonso da Silva, competência à à à à à à à


entidade, órgão, ou agente do Poder Público para emitir decisões. Competências são as diversas
modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades estatais para realizar as suas

Há 2 (duas) técnicas de repartição de competências: i) repartição horizontal e; ii) repartição vertical.

Na repartição horizontal, a Constituição outorga aos entes federativos competência para atuar em
áreas específicas, sem a interferência de um sobre o outro, sob pena de inconstitucionalidade. Esse
tipo de repartição de competências é característico dos Estados que adotam um federalismo dual
ou clássico.

Na repartição vertical, as competências serão exercidas em conjunto pelos entes federativos, que
irão, portanto, atuar de forma coordenada. Esse tipo de repartição de competências é característica
dos Estados que adotam um federalismo de cooperação ou neoclássico.

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A Constituição Federal de 1988, ao repartir competências entre os entes federativos, utilizou as 2


(duas) técnicas. Ao definir as competências exclusivas e privativas da União, foi adotada a técnica
de repartição horizontal; por sua vez, ao estabelecer as competências comuns e as competências
concorrentes, resta caracterizada a repartição vertical. Por utilizar a repartição vertical de
competências, diz-se que o Brasil adota um federalismo de cooperação ou neoclássico.

A repartição de competências na federação brasileira é, todavia, mais complexa do que isso. Ele é
estruturada da seguinte forma:

a) A CF/88 enumera expressamente as competências da União (arts. 21 e 22). As


competências da União são exclusivas ou privativas. As competências exclusivas são
indelegáveis, caracterizando-se por serem administrativas (estão relacionadas à prestação de
serviços públicos pela União). Já as competências privativas são delegáveis, caracterizando-
se por serem legislativas.

b) A CF/88 enumera expressamente as competências dos Municípios. (art. 30).

c) A CF/88 não lista as competências dos Estados. Por isso, diz-se que os Estados possuem
competência remanescente. As matérias que não foram atribuídas pela CF/88 à União ou aos
Municípios serão outorgadas aos Estados.

d) A CF/88 estabelece competências comuns, que são de todos os entes federativos, em


conjunto. Utilizou-se, aqui, da técnica de repartição vertical de competências.

e) A CF/88 estabelece competências concorrentes entre a União, os Estados e o Distrito


Federal. Nas competências concorrentes, verticalmente repartidas, cabe à União estabelecer
as normas gerais e aos Estados e Distrito Federal a competência suplementar.

Questionamento importante que se deve fazer é sobre a possibilidade ou não de alteração da


repartição de competências por Emenda Constitucional. A repartição de competências é uma
cláusula pétrea?

A doutrina considera que a repartição de competências pode ser alterada por emenda
constitucional, desde que essa alteração não represente uma ameaça tendente a abolir a forma
federativa de Estado (essa sim uma cláusula pétrea). Assim, apenas não seria válida uma emenda
constitucional que reduzisse de forma substancial a autonomia de um ou mais entes federados.

2 COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS E PRIVATIVAS DA UNIÃO

As competências exclusivas e privativas da União estão enumeradas, respectivamente, no art. 21 e


art. 22 da Constituição Federal. Destaque-se que ambas são competências expressas (explícitas) no
texto constitucional.

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No art. 21, estão as chamadas competências exclusivas da União. Trata-se de competências de


natureza administrativa ou material, isto é, estão relacionadas à prestação (execução) de serviços
públicos pela União. São competências indelegáveis: mesmo diante da omissão da União, não
podem os demais entes federados atuar no âmbito dessas matérias.

Vejamos, a seguir, as competências exclusivas da União.

Art. 21. Compete à União:


I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;

A União é o ente federativo que detém a competência para representar o Estado brasileiro no plano
internacional. Destaque-se que a soberania é atributo da República Federativa do Brasil; a União é
ente dotado de autonomia.

II - declarar a guerra e celebrar a paz;

III - assegurar a defesa nacional;

IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

Esses três dispositivos estão relacionados à defesa nacional, cuja competência é exclusiva da União.

V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

O estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal compõem o chamado sistema


constitucional de crises. Trata-se de elementos de estabilização constitucional. O Presidente da
República é a autoridade competente para decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a
intervenção federal.

VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;

Com base nesse dispositivo, o STF decidiu que é inconstitucional lei estadual que autoriza a
utilização, pelas polícias civil e militar, de armas de fogo apreendidas à “ à àC à a
competência exclusiva da União para legislar sobre material bélico, complementada pela
competência para autorizar e fiscalizar a produção de material bélico, abrange a disciplina sobre a
destinação de armas apreendidas e em situação irregular à20

20
STF, ADIN 3258. Rel. Min. Joaquim Barbosa. 06.04.2005.

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VII - emitir moeda;

VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza


financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros
e de previdência privada;

Com base no inciso VIII, o STF entende que é inconstitucional lei estadual que estabeleça a
obrigatoriedade de utilização, pelas agências bancárias, de equipamento que atesta a autenticidade
de cédulas.21 Ora, se a competência para a fiscalização das operações de natureza financeira é
competência exclusiva da União, não cabe aos Estados editar lei que estabeleça medida voltada para
essa finalidade.

IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de


desenvolvimento econômico e social;

X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;

O STF considera que, com base no inciso X, é constitucional a atribuição de monopólio do serviço
postal à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.22

XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços


de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a
criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;

A União tem competência privativa para legislar sobre telecomunicações. Com base nesse
entendimento, o STF considera que:

a) É inconstitucional lei estadual ou distrital que proíba as empresas de telecomunicações de


cobrarem taxas para a instalação do segundo ponto de acesso à internet. 23

b) É inconstitucional lei estadual ou distrital que estabeleça a possibilidade de acúmulo das


franquias de minutos mensais ofertados pelas operadoras de telefonia, determinando a
transferência dos minutos não utilizados no mês de sua aquisição, enquanto não forem
utilizados, para os meses subsequentes.

21
STF, ADIN 3515, Rel. Min. Cezar Peluso. 01.08.2011
22
STF, ADPF 46, Rel. Min. Eros Grau. 05.08.2009.
23
STF, ADIN 4083. Rel. Min. Carmen Lucia. 25.11.2010

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c) É inconstitucional lei estadual que determina que as empresas telefônicas criem ou


mantenham um cadastro de assinantes interessados em receber ofertas de produtos ou
serviços.24

d) É inconstitucional lei estadual que obriga empresas de telefonia móvel a instalarem


equipamentos de bloqueio do serviço de celular em presídio. 25

XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:


a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos
de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

Nesse dispositivo, estão enumerados diversos serviços públicos da competência da União.


Destaque-se que todos eles poderão ser explorados diretamente pela União ou, então, por meio
de autorização, concessão ou permissão (exploração indireta).

XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;

Esse dois dispositivos são muito importantes e com grandes chances de serem cobrados em prova.
Com base neles, a doutrina entende que o Distrito Federal tem uma autonomia parcialmente
tutelada pela União.

A partir do inciso XIV, o STF editou a Súmula Vinculante nº 39, segundo à à compete
privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal à

Fiquem atentos, ainda, para o fato de que, desde a Emenda Constitucional nº 69/2012, a Defensoria
Pública do DF passou a ser organizada e mantida pelo próprio Distrito Federal.

24
STF, ADI 3959/SP. Rel. Min. Luís Roberto Barroso, 20.04.2016.
25
ADI 5356/MS. Rel. Min. Edson Fachin. rel. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio. Julgamento: 03.08.2016.

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XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e


cartografia de âmbito nacional;

XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas


de rádio e televisão;

XVII - conceder anistia;

Com base no inciso XVII, o STF considerou que a Lei da Anistia, que concedeu anistia àqueles que
cometeram crimes durante a época da ditadura, é constitucional. 26

Destaque-se que a concessão de anistia para crimes é competência da União; por outro lado, a
concessão de anistia para infrações administrativas de servidores públicos estaduais é competência
dos Estados.

XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,


especialmente as secas e as inundações;

XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de


outorga de direitos de seu uso;

XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento


básico e transportes urbanos;

XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;

XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

Com base no inciso XXII, a Polícia Federal é o órgão que executa os serviços de polícia marítima,
aeroportuária e de fronteiras.

XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer


monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os
seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos
e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;

26
ADPF 153, Rel. Min. Eros Grau. 29.04.2010

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c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de


radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;

XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem,


em forma associativa.

A União detém o monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento,


a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados.

...

No art. 22, estão as competências privativas da União. São competências legislativas, isto é, estão
relacionadas à edição de normas pela União. São competências delegáveis.

Vejamos, a seguir, as competências privativas da União.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho;

Há farta jurisprudência sobre esse dispositivo. Citamos, a seguir, as mais importantes para sua prova:

a) A União tem competência privativa para legislar sobre direito penal, inclusive sobre crimes
de responsabilidade à “ à à“ àV à à à a definição dos crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são
U

b) Segundo o STF, é inconstitucional a lei distrital ou estadual que disponha sobre condições
do exercício ou criação de profissão, sobretudo quando esta diga à segurança de trânsito.27
Assim, não pode uma lei estadual regulamentar a profissão de motoboy, uma vez que é
competência privativa da União legislar sobre direito do trabalho.

c) Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que limita o valor das quantias cobradas pelo
uso de estacionamento. A inconstitucionalidade da lei estadual se deve ao fato de que é
competência privativa da União legislar sobre direito civil.

27
ADI 3610. Rel. Min. Cezar Peluso. 01.08.2011

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d) Segundo o STF é inconstitucional lei estadual que dispõe sobre atos de juiz, direcionando
sua atuação em face de situações específicas28. Isso porque compete privativamente à União
legislar sobre direito processual.

e) Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que disciplina o valor que deve ser dado a
uma causa29. Novamente, a razão para isso é o fato de que a União tem competência privativa
para legislar sobre direito processual.

f) Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que impõe a obrigatoriedade da prestação


de serviço de segurança em estacionamento30. A inconstitucionalidade se deve ao fato de
que é competência privativa da União legislar sobre direito civil. Além disso, considera o STF
que, ao impor a obrigatoriedade do serviço de segurança para aqueles que operam
estacionamentos, há uma intromissão indevida do Estado na atividade econômica, violando
o princípio da livre iniciativa.

II - desapropriação;

III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

V - serviço postal;

VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;

VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;

VIII - comércio exterior e interestadual;

IX - diretrizes da política nacional de transportes;

X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;

Esses dispositivos poderão ser cobrados na prova em sua literalidade.

XI - trânsito e transporte;

28
ADI 2.257, Rel. Min. Eros Grau, j. 06.04.05, DJ de 26.08.05.
29
ADI 2.655, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 09.03.04, DJ de 26.03.04.
30
ADI 451/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 1º.8.2017

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A União tem competência privativa para legislar sobre trânsito e transporte. Logo, são
inconstitucionais:

a) lei estadual ou distrital que estabeleça a obrigatoriedade do uso de cinto de segurança;

b) lei estadual ou distrital que comine penalidades a quem seja flagrado em estado de
embriaguez na condução de veículo automotor;

c) lei estadual ou distrital que dispõe sobre instalação de aparelho, equipamento ou qualquer
outro meio tecnológico de controle de velocidade de veículos automotores nas vias públicas;

d) lei estadual ou distrital que torna obrigatório a qualquer veículo automotor transitar
permanentemente com os faróis acesos nas rodovias.

Muito cuidado na hora da prova!

É competência privativa da União LEGISLAR sobre trânsito e transporte.

É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios


estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;

XIV - populações indígenas;

XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;

XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de


profissões;

XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e


da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;

XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;

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XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;

Esses dispositivos poderão ser cobrados em prova na sua literalidade.

XX - sistemas de consórcios e sorteios;

Com base nesse dispositivo, o STF editou a Súmula Vinculante nº 2 à Éà à à à à à


normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive
bingos e loterias à

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e


mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;

XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;

XXIII - seguridade social;

XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

XXV - registros públicos;

XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

É preciso estarmos atentos para algumas pegadinhas que podem ser feitas pela banca examinadora:

a) É competência privativa da União legislar sobre seguridade social. No entanto, legislar sobre
previdência social é competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24).

b) É competência privativa da União legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. No


entanto, legislar sobre educação é competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito
Federal (art. 24).

Na ADI nº 4060/SC, o STF considerou que a competência legislativa concorrente do estado-membro


para dispor sobre educação e ensino (CF/88, art. 24, IX) autoriza a fixação, por lei estadual, do
número máximo de alunos em sala de aula. Assim, não há violação à competência privativa da
União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. 31

Por sua vez, na ADI nº 4167, o STF reconheceu a competência da União à à à normas
gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo

31
ADI 4060/SC, Rel. Min. Luiz Fux. Data de Julg: 25.02.2015.

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como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas


como instrumento de proteção mínima ao trabalhador àá à à à àáDI à à“TFà à
que é constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária
dos docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.

XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as


administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;

XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização
nacional;

XXIX - propaganda comercial.

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.

Sobre esses dispositivos, destacamos o seguinte:

a) As normas gerais de licitação e contratação são da competência privativa da União. No


entanto, normas específicas sobre licitação e contratos podem ser editadas pelos Estados.

b) Segundo o STF, é constitucional a lei municipal que veda a realização, em bens imóveis do
Município, de eventos patrocinados por empresas ligadas à comercialização de bebidas
alcóolicas e cigarros.32 Nesse caso, não há violação à competência privativa da União para
legislar sobre propaganda comercial, pois trata-se de uma restrição imposta à Administração
Pública municipal.

...

O art. 22 relaciona as matérias cuja iniciativa privativa é da União, ou seja, os demais entes federados
não podem legislar, mesmo diante da omissão da União. Entretanto, é possível que Estados e
Distrito Federal (jamais Municípios!) legislem sobre questões específicas (nunca gerais!) dessas
matérias, desde que a União lhes delegue tal competência por lei complementar. Nessa hipótese,
Estados-membros e Distrito Federal apenas podem fazer o que foi permitido pela União via
delegação legislativa, uma vez que a competência originária permanece exclusivamente dela, em
caráter pleno.

Além disso, caso haja a delegação legislativa, esta deverá contemplar todos os Estados-membros e
o Distrito Federal. Portanto, ao contrário da competência do art. 21 da CF, a competência do art. 22

32
RE 305470/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, Rel p/ o ac. Min. Teori Zavascki. 18.10.2016.

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é delegável. Na falta da delegação, é inconstitucional qualquer lei estadual ou do Distrito Federal


que disponha sobre as matérias do art. 22 da Constituição.

Destaca-se ainda que nada impede que a União retome, a qualquer momento, sua competência,
legislando sobre a matéria delegada. Isso porque a delegação não se confunde com renúncia de
competência. Como se disse anteriormente, a competência originária permanece sendo da União.

Para Alexandre de Moraes, a delegação de assuntos da competência legislativa privativa da União


aos Estados depende do cumprimento de três requisitos:

a) Requisito formal: a delegação deve ser objeto de lei complementar devidamente aprovada
pelo Congresso Nacional;

b) Requisito material: só poderá haver delegação de um ponto específico da matéria de um


dos incisos do art. 22 da CF/88, pois a delegação não se reveste de generalidade.

c) Requisito implícito: a proibição, constante do art. 19 da Carta Magna, de que os entes


federativos criem preferências entre si, implica que a lei complementar editada pela União
deverá delegar a matéria igualmente a todos os Estados, sob pena de ferir o pacto federativo.

Requisito formal Lei complementar

Requisito material Delegação de apenas um ponto da matéria

A lei deverá delegar a matéria igualmente entre todos os


Requisito implícito
estados

O Prof. José Afonso da Silva classifica a competência legislativa da União em 3 (três)


tipos:33

a) Competência para legislar sobre direito administrativo. Abrange, dentre outras, a


competência para legislar sobre desapropriação, requisições civis e militares, atividades
nucleares, serviço postal, defesa civil e política de crédito, câmbio e seguro.

33 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 35ª edição. Editora Malheiros, São Paulo, 2012. pp.
502-503.

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b) Competência para legislar sobre direito material, não administrativo, ou substancial.


Compreende a competência para legislar sobre direito civil, comercial, penal, político-
eleitoral (incluindo nacionalidade, cidadania e naturalização), agrário, marítimo,
aeronáutico, espacial, e do trabalho, populações indígenas, condições para o livre
exercício de profissões e seguridade social.

c) Competência para legislar sobre direito processual. Compreende a competência para


legislar sobre direito processual do trabalho, processual penal e processual civil.

(DPE-PR 2017) Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, por se tratar de


infração político-administrativa e não propriamente de crime, o chamado crime de
responsabilidade pode ser definido pela União, Estados e Distrito Federal, eis que a
competência legislativa é concorrente.

Comentários:

áà “ àV à à à à à a definição dos crimes de responsabilidade e o


estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência
legislativa privativa da União àP -se dizer, desse modo, que é competência privativa da
União legislar sobre direito penal, inclusive sobre crimes de responsabilidade.

(TJDFT 2015) Um estado da Federação editou lei que proíbe a contratação, pela
administração desse estado, de empresas de parentes de ocupantes de cargo de governador e
de secretário de Estado. Nesse caso, a lei editada é inconstitucional por violar a exclusividade
da União para legislar sobre licitações e contratos.

Comentários:

A União tem competência privativa para legislar sobre normas gerais de licitação e contratos
administrativos. Nada impede, todavia, que os estados editem leis sobre questões específicas
sobre licitações e contratos. Portanto, a lei mencionada na assertiva é plenamente compatível
com a CF/88. Questão errada.

(TJ / PB 2015) Na hipótese de uma lei estadual estabelecer restrições ao ingresso,


armazenamento e comercialização de produtos agrícolas importados no âmbito do estado-
membro, estará caracterizada invasão da competência privativa da União para legislar sobre
comércio exterior.

Comentários:

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É competência privativa da União legislar sobre comércio exterior (art. 22, VIII). Logo, uma lei
estadual que trate do tema estará invadindo competência da União. Questão correta.

(TJ / PB 2015) Caso um estado-membro inove a ordem jurídica ao editar lei que proíba às
empresas de telecomunicação a cobrança de taxa para a instalação do segundo ponto de
acesso à Internet, não haverá inconstitucionalidade, pois o estado terá agido no âmbito de sua
competência para legislar sobre proteção do consumidor.

Comentários:

O STF considera que é inconstitucional lei estadual ou distrital que proíba as empresas de
telecomunicações de cobrarem taxas para a instalação do segundo ponto de acesso à Internet.
Isso porque se trata de matéria da competência da União. Questão errada.

(TJ / PB 2015) É inconstitucional norma federal que reserve percentual mínimo de carga
horária dos docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse, visto que a
matéria é de interesse local, cuja definição deve atender a circunstâncias peculiares de cada
região.

Comentários:

De acordo com o Supremo Tribunal Federal, é constitucional a norma geral federal que reserva
o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos docentes da educação básica para dedicação
às atividades extraclasse. Questão errada.

(TCE / RJ 2015) É inconstitucional lei estadual que, no exercício da competência legislativa


para dispor sobre legislação e ensino, fixe número máximo de alunos em sala de aula, por se
tratar de norma geral afeta às diretrizes e bases da educação nacional.

Comentários:

É plenamente compatível com a CF/88 lei estadual que fixe o número máximo de alunos em
sala de aula. Segundo o STF, essa lei estadual não viola a competência privativa da União para
legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. Questão errada.

(FUB 2015) O constituinte brasileiro proibiu que a União delegasse aos estados e ao Distrito
Federal a competência para legislar sobre matérias de sua competência privativa.

Comentários:

A União poderá, mediante lei complementar, autorizar os Estados a legislarem sobre


questões específicas das matérias de sua competência privativa. É o que prevê o art. 22,
parágrafo único, da CF/88. Questão errada.

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3 COMPETÊNCIAS COMUNS

O art. 23 trata de competências comuns a todos os entes federativas. São competências de natureza
administrativa (material). Também é chamada de competência concorrente administrativa, paralela
ou cumulativa da União.

Vamos ler juntos o art. 23?

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar
o patrimônio público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras


de deficiência;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens


de valor histórico, artístico ou cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à


pesquisa e à inovação;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições


habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a


integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração


de recursos hídricos e minerais em seus territórios;

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XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Note que essas são matérias de competência administrativa de todos os entes da Federação, de
forma solidária, com inexistência de subordinação em sua atuação. Trata-se tipicamente de
interesses difusos, ou seja, interesses de toda a coletividade.

No que se refere à lei complementar prevista no parágrafo único do art. 23 da Constituição, nota-
se que esta tem como finalidade evitar conflitos e dispersão de recursos, coordenando-se as ações
dos entes federativos em prol de melhores resultados.

4 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE

O art. 24 trata da chamada competência concorrente, que se caracteriza por ser uma competência
legislativa. Vamos ler o artigo na íntegra?

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e
inovação;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

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§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a


estabelecer normas gerais.

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência


legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei


estadual, no que lhe for contrário.

A competência legislativa concorrente é atribuída à União, aos Estados e ao Distrito Federal (os
Municípios não foram contemplados!). A competência da União está limitada ao estabelecimento
de regras gerais. Fixadas essas regras, caberá aos Estados e Distrito Federal complementar a
legislação federal (é a chamada competência suplementar dos Estados-membros e Distrito Federal).

Caso a União não edite as normas gerais, Estados e Distrito Federal exercerão competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Entretanto, caso a União posteriormente ao
exercício da competência legislativa plena pelos Estados e Distrito Federal edite a regra geral, ela
suspenderá a eficácia da lei estadual (veja que não se fala em revogação, mas em suspensão!)
apenas no que for contrária àquela. Ocorre, então, um bloqueio de competência, não podendo mais
o Estado legislar sobre normas gerais, como vinha fazendo.

Observa-se que a Carta Magna adotou o modelo de competência concorrente não cumulativa, em
que há repartição vertical, isto é, dentro de um mesmo campo material reservou as regras gerais à
União e deixou aos Estados a complementação. Na competência concorrente cumulativa (não
adotada pela Carta Magna), não há limites prévios para o exercício da competência, que pode ser
igualmente exercida por todos os entes federativos.

No modelo adotado pelo Brasil (competência concorrente não cumulativa), não pode a lei estadual
contrariar as normas gerais adotadas pela União, sob pena de inconstitucionalidade. Segundo o
STF, é inconstitucional lei estadual que amplia definição estabelecida por lei federal, em matéria de
competência concorrente.34 Não pode o Estado, ao editar norma específica, ir além do que lhe
permite a norma geral da União.

Nesse sentido, decidiu o STF que é inconstitucional lei estadual que dispõe sobre a obrigatoriedade
de informações nas embalagens dos produtos alimentícios comercializados no âmbito de Estado-
membro.35 á à à produção e consumo à à à à à à à àV à à

34
ADI 1.245, Rel. Min. Eros Grau. 26-8-2005.
35
ADI 750/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 3.8.2017

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C à àD à àC à à à à à informações em embalagens de
produtos comercializados à à à ção estadual indevida.

Outro ponto de destaque é que a competência suplementar dos Estados-membros e do Distrito


Federal pode ser dividida em duas espécies: i) competência complementar e; ii) competência
supletiva. A primeira dependerá de existência prévia de lei federal, a ser especificada pelos Estados-
membros e pelo Distrito Federal. Já a segunda, surgirá quando da inércia da União em editar a lei
federal, permitindo aos Estados-membros e ao Distrito Federal exercerem a competência legislativa
plena, tanto para a edição de normas de caráter geral quanto de normas específicas.

Existência de lei federal geral

Complementar

Edição de leis específicas


COMPETÊNCIA
SUPLEMENTAR
Ausência de lei federal geral

Supletiva

Edição tanto de normas gerais quanto de específicas

(TCU 2015) Compete privativamente à União legislar sobre direitos e garantias fundamentais.

Comentários:

Não se pode dizer que é competência privativa da União legislar sobre direitos fundamentais.
O art. 24 da Carta Magna prevê que vários direitos fundamentais são objeto da competência
legislativa concorrente entre União, Estados e Distrito Federal. Entre eles, encontram-se, por
exemplo, a educação, o ensino e a proteção à infância e à juventude.

(Instituto Rio Branco 2015) Compete à União manter relações com Estados estrangeiros,
declarar a guerra e celebrar a paz, mas se insere no âmbito da competência concorrente da
União, dos estados e do Distrito Federal assegurar a defesa nacional e permitir que forças
estrangeiras transitem por seus territórios.

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Comentários:

Também é competência da União assegurar a defesa nacional (art. 24, IV) e permitir que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional (art. 21, IV).Questão errada.

(TRT 8a Região 2015) A responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens
e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico é de competência
concorrente da União, Estados e Distrito Federal e, por isso, inexistindo lei federal sobre
normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, independente de suas
peculiaridades.

Comentários:

De fato, é competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre


responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (art. 24, VIII). Se não houver lei federal, os
Estados poderão exercer a competência legislativa plena, mas o farão para atender a suas
peculiaridades. O erro da questão está em falar que a competência legislativa plena será
à àE à à à à àQ à à

(TJ / RR 2015) Na Constituição brasileira de 1988, competências comuns e concorrentes têm


natureza legislativa.

Comentários:

As competências comuns têm natureza material (administrativa) e as competências


concorrentes têm natureza legislativa. Questão errada.

(SEAP / DF 2015) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar


concorrentemente acerca de procedimentos em matéria processual.

Comentários:

É isso mesmo! É competência concorrente legislar sobre procedimentos em matéria processual


(art. 24, XI). Questão correta.

(MPE / SC 2014) Em matéria de competência comum legislativa, a superveniência de lei


federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

Comentários:

A competência comum é material, não legislativa. No âmbito da competência concorrente é


que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia de lei estadual, no
que lhe for contrária. Questão errada.

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5 COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL

A Constituição não lista taxativamente as competências dos Estados-membros, reservando-lhes a


chamada competência remanescente ou residual (art. 25, §1º, CF):

§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.

Essa técnica foi adotada originariamente pela Constituição norte-americana e, desde então, por
todas as Constituições brasileiras, por privilegiar a autonomia dos Estados-membros em relação à
União. Isso porque permite que a maior parte das competências seja dos Estados, uma vez que as
competências da União são listadas taxativamente, enquanto as dos Estados-membros são
indefinidas.

Entretanto, é errado afirmar que nenhuma competência dos Estados está expressa na Constituição.
A Carta Magna enumera isoladamente algumas competências dos Estados. Veja quais são as mais
cobradas em concursos, a partir da leitura das correspondentes normas constitucionais:

Art. 25, § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais
de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação;

Art. 25, § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes,
para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta
Constituição.

Destaca-se, ainda, que a Constituição atribui ao Distrito Federal as competências legislativas,


administrativas e tributárias reservadas aos estados e aos municípios (CF, art. 32, §1º).

Contudo, há exceções (competências estaduais que não foram atribuídas ao Distrito Federal). Os
Estados possuem competência para organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério Público,
polícia civil, polícia militar e corpo de bombeiros militar. No Distrito Federal, todas essas instituições
são organizadas e mantidas pela União.

Também é importante destacar que nem toda a competência residual foi atribuída aos Estados. Há
uma exceção: compete à União instituir os impostos residuais, não previstos na Constituição, desde
que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados
na Carta Magna. Trata-se da chamada competência residual tributária. Nesse caso, competirá à
União tanto legislar sobre o tema quanto exercer a capacidade tributária ativa.

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6 COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS

As competências dos Municípios são listadas, em sua maior parte, no artigo 30 da Constituição. Nele,
há competências materiais (administrativas) e legislativas.

Art. 30. Compete aos Municípios:


I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos
fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de
educação infantil e de ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e
a ação fiscalizadora federal e estadual.

A competência legislativa dos municípios subdivide-se em exclusiva e suplementar:

a) Competência exclusiva para legislar sobre assuntos de interesse local (CF, art. 30, I);

b) Competência suplementar, para suplementar a legislação federal ou estadual, no que


couber (CF, art. 30, II). Destaque-se que os Municípios poderão, inclusive, suplementar a
legislação federal ou estadual que trate de matéria afeta à competência concorrente. É o
caso, por exemplo, da legislação tributária municipal, que suplementa a legislação federal e
estadual.

A competência administrativa dos Municípios autoriza sua atuação sobre matérias de interesse
local, especialmente sobre aquelas constantes dos incisos III a IX do art. 30 da Carta Magna.

Questão complexa é definir exatamente o que é ou não considerado interesse local. A jurisprudência
do STF já teve a oportunidade de se firmar em distintas situações relacionadas ao tema:

a) Segundo o STF, o Município é competente para fixar o horário de funcionamento de


estabelecimento comercial (Súmula Vinculante nº 38, STF). Esse entendimento também abrange
drogarias, farmácias e plantões obrigatórios destes.

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b) O STF considera que o Município é competente para, dispondo sobre a segurança de sua
população, impor a estabelecimentos bancários a obrigação de instalarem portas eletrônicas, com
detector de metais, travamento e retorno automático e vidros à prova de balas.

Entende, ainda, a Corte, que o Município pode editar legislação própria, com fundamento na
autonomia constitucional que lhe é inerente (CF, art. 30, I), com o objetivo de determinar, às
instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em favor dos usuários dos serviços
bancários (clientes ou não), equipamentos destinados a proporcionar-lhes segurança (tais como
portas eletrônicas e câmaras filmadoras) ou a propiciar-lhes conforto, mediante oferecimento de
instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou, ainda, colocação de bebedouros.

Não há, portanto, necessidade de que essa legislação municipal obedeça a diretrizes definidas em
lei federal ou estadual, dado que a competência para tratar do assunto é do Município ( AI
347.717-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 31-5-2005, Segunda Turma, DJ de 5-8-
2005.).

c) O STF entende que a fixação do horário de funcionamento das agências bancárias, por estar
relacionado ao sistema financeiro nacional, extrapola o interesse local. Portanto, não é de
competência dos Municípios.

d) Segundo o STF, o Município é competente para legislar sobre limite de tempo de espera em fila
dos usuários dos serviços prestados pelos cartórios localizados no seu respectivo território, sem que
isso represente ofensa à competência privativa da União para legislar sobre registros públicos.
Também entende a Corte que o Município possui competência para legislar sobre tempo de
atendimento em filas nos estabelecimentos bancários, tratando-se de assunto de interesse local, o
que não se confunde com a atividade-fim do banco.

e) É constitucional lei estadual q à à à à à à nos transportes


coletivos intermunicipais. Já no caso de serviço de transporte local, a competência para dispor a
respeito é da legislação municipal.

f) É inconstitucional lei municipal que obriga ao uso de cinto de segurança e proíbe transporte de
menores de 10 anos no banco dianteiro dos veículos, por ofender à competência privativa da União
Federal para legislar sobre trânsito (CF, art. 22, XI).

g) Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de


estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. (Súmula Vinculante nº 49).
Seria o caso, por exemplo, de uma lei municipal que impede a existência de dois restaurantes em
uma mesma rua. Essa lei seria inconstitucional, por violar o princípio da livre concorrência.

Ao debater a aprovação da Súmula Vinculante nº 49, os Ministros do STF deixaram claro que esta
deveria ser encarada como um princípio geral, não devendo se aplicar a todos os casos. Nesse

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sentido, o STF reconhece a constitucionalidade de lei municipal que fixa distanciamento mínimo
entre postos de revenda de combustíveis, por motivo de segurança.36

h) Segundo o STF, o Município é competente para legislar sobre meio ambiente, desde que haja
interesse local. A existência de interesse local deverá ser fundamentada pelo Município e poderá
resultar, inclusive, em legislação ambiental mais restritiva do que a União e dos Estados.37

(TJ / PB 2015) É constitucional lei municipal que fixe o horário de funcionamento das agências
bancárias e que disponha sobre o tempo máximo de permanência dos usuários nas filas, por
se tratar de matéria de interesse local.

Comentários:

A fixação do horário de funcionamento de agências bancárias é matéria que extrapola o


interesse local, ou seja, lei municipal que tratar do assunto será inconstitucional. A matéria é
de competência da União, por se tratar de assunto relacionado ao sistema financeiro nacional.
Questão errada.

(TJ / PB 2015) Se a Constituição de determinado estado-membro reconhecer aos estudantes


o direito de pagar a metade da tarifa de transporte coletivo municipal, não haverá invasão da
competência municipal para legislar sobre o tema, por se tratar de benefício estabelecido em
Constituição estadual.

Comentários:

É compet à àM à à à à à à à à à
coletivos municipais. Logo, houve invasão da competência municipal. Questão errada.

(TRF 2a Região 2014) A competência legislativa residual cabe aos Estados e aos Municípios,
em igualdade de condições.

Comentários:

A competência residual foi atribuída aos Estados (e não aos Municípios!) Questão errada.

36
RE 566.836, Rel. Min. Cármen Lúcia. 27.11.2008.
37
ARE 748206 AgR/SC, Rel Min. Celso de Mello, 14.03.2017

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QUESTÕES COMENTADAS

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

1. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Da capacidade de auto-organização municipal decorre a


constatação de que o estado-membro não pode ingerir na autonomia organizatória do município,
o que confere a este a possibilidade de ordenar internamente, inclusive por meio de lei orgânica,
sem a necessidade de anuência do respectivo governo estadual.

Comentários:

Como todos os demais entes da federação, o município é dotado de auto-organização,


autolegislação, autoadministração e autogoverno, dentro dos limites estabelecidos pela
Constituição Federal. Desse modo, não precisa de anuência do governo estadual para se ordenar.
Questão correta.

2. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Os estados podem prever foro por prerrogativa de função
aos vereadores, ressalvada a competência constitucional do tribunal do júri.

Comentários:

De fato, o STF entende que a Constituição Estadual pode conferir foro por prerrogativa de função
aos vereadores, ressalvada a competência constitucional do tribunal do júri. Questão correta.

3. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Não estará abarcado pela imunidade material o vereador que
ofender adversário político em entrevista em município diverso daquele no qual cumpre mandato.

Comentários:

De fato, a CF/88 conferiu aos vereadores inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato e na circunscrição do Município (CF, art. 29, VIII). Na situação proposta, o
vereador não está abarcado por essa imunidade material. Questão correta.

4. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Vereadores só poderão ser presos se em flagrante de crime
inafiançável.

Comentários:

Os Vereadores não gozam de qualquer imunidade formal. A Carta Magna apenas lhes atribuiu a
imunidade material, limitada à circunscrição do Município. Questão errada.

5. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Em regra, é vedado aos entes federados estabelecer aliança
com representantes de cultos religiosos ou igrejas.

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Comentários:

Como regra geral, é vedado aos entes federativos estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes
relações de dependência ou aliança Admite-se, como exceção, a colaboração de interesse público.

Questão correta.

6. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Os recursos minerais, incluídos os do subsolo, são bens da
União.

Comentários:

Segundo o art. 20, IX, são bens da União os recursos minerais, inclusive os do subsolo. Questão
correta.

7. (CESPE / TRT 7a Região 2017) Segundo o texto constitucional, para que as unidades
federativas estaduais possam se desmembrar, são necessárias

a) a aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito; e a edição de lei


complementar pelo Congresso Nacional.

b) a aprovação popular, mediante referendo nacional; e a edição de lei estadual pelo estado a ser
desmembrado.

c) a aprovação da população diretamente interessada, mediante plebiscito ou referendo; e a edição


de emenda à Constituição Federal.

d) a aprovação popular, mediante referendo nacional; e a edição de resolução do Senado Federal.

Comentários:

As alterações federativas envolvendo Estados dependem de: i) consulta prévia, mediante plebiscito,
à população diretamente interessada e; ii) edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

O gabarito é a letra A.

8. (CESPE/ TRT 7a Região 2017) Conforme a CF, os municípios são

a) dotados de soberania no âmbito nacional.

b) regidos por constituição municipal.

c) regidos por lei orgânica municipal.

d) dotados de soberania no âmbito municipal

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Comentários:

Os Municípios não são dotados de soberania, mas apenas de autonomia política. São regidos por Lei
Orgânica Municipal. O gabarito é a letra C.

9. (CESPE/ PGE-SE 2017) Quanto à forma, o Estado brasileiro é classificado como

a) democrático, embasado no princípio da igualdade.

b) republicano, fundamentado na alternância do poder.

c) republicano, sendo essa forma protegida como cláusula pétrea.

d) Estado democrático de direito.

e) federativo, sujeito ao princípio da indissolubilidade.

Comentários:

A forma de Estado diz respeito à repartição territorial do poder. No Brasil, adotou-se a federação,
ou seja, o poder está territorialmente descentralizado. Todos os entes da federação são autônomos
e mantêm, entre si, um vínculo indissolúvel. O gabarito é a letra E.

10. (CESPE / TCE-PE 2017) Para que um estado federado institua regiões metropolitanas
constituídas por municípios limítrofes no âmbito de seu território, será necessária apenas a edição
de lei complementar estadual.

Comentários:

A criação de regiões metropolitanas depende da edição de lei complementar estadual. Segundo o


art. 25, § 3º, CF/88, os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas
de interesse comum Questão correta.

11. (CESPE / TRE-PE - 2017) Com referência à organização político-administrativa do Estado,


assinale a opção correta.

a) Os municípios são subordinados administrativamente aos estados em que estiverem localizados.

b) Do ponto de vista político-administrativo, os estados federados são subordinados à União.

c) É permitido à União, mas vedados aos estados, recusar fé aos documentos públicos.

d) É vedado a todos os entes da federação estabelecer cultos religiosos.

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e) De acordo com a CF, o Distrito Federal unidade federada indivisível em municípios é a capital
federal do país.

Comentários:

Letra A: errada. Os municípios são entes da federação dotados de autonomia. Não se subordinam
aos estados em que se localizam.

Letra B: errada. Os estados federados não se subordinam à União. São dotados de autonomia.

Letra C: errada. A Constituição veda a todos os entes federados recusar fé aos documentos públicos
(art. 19, II, CF).

Letra D: correta. A Carta Magna veda aos entes federados estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público
(art. 19, I, CF).

Letra E: errada. A capital federal é Brasília, que não se confunde com o Distrito Federal.

12. (CESPE / TRE-PE - 2017) Incluem-se entre os bens do Estado da federação:

a) os recursos minerais, inclusive os do subsolo.

b) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio.

c) o mar territorial.

d) os potenciais de energia hidráulica.

e) os terrenos da marinha.

Comentários:

Para acertar a questão, o candidato deveria, num primeiro momento, excluir as alternativas
correspondentes a bens da União (letras A, C, D e E), nos termos do art. 20 da Constituição:

Art. 20. São bens da União:


I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem
mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro
ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as
ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto
aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art.
26, II;

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V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;


VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

A letra B é a correta, por estar prevista no art. 26 da CF/88. Segundo esse dispositivo, incluem-se
entre os bens dos Estados:

I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste


caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

13. (CESPE/ PGE-AM 2016) Embora, conforme a CF, a lei orgânica municipal esteja
subordinada aos termos da Constituição estadual correspondente, esta última Carta não pode
estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organização dos municípios.

Comentários:

Na condição de entes federativos, os Municípios têm capacidade de auto-organização, que se


reflete na elaboração das Leis Orgânicas municipais. O poder de auto-organização dos Municípios é,
todavia, limitado pela Constituição Federal (art. 29, CF/88).

É unicamente a Constituição Federal que fixa os parâmetros limitadores do poder de auto-


organização dos Municípios. Segundo o STF, tais limites não podem ser atenuados nem agravados
pela Constituição do Estado.38 Questão correta.

14. (CESPE/ ANVISA 2016) Nos termos da CF, um ente federativo terá o direito de secessão,
isto é, de desagregar-se da Federação, seja em caso de crise institucional, seja por decisão da
população diretamente interessada, mediante plebiscito.

Comentários:

A forma federativa de estado é uma cláusula pétrea do texto constitucional. Assim, não há direito
de secessão na federação brasileira. Não pode o estado de Minas Gerais, por exemplo, declarar sua
independência e se separar do restante da federação. Questão errada.

38
ADI 2.112 MC , rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 11-5-2000, P, DJ de 18-5-2001.

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15. (CESPE/ PGE-AM 2016) Em razão do princípio da autonomia política dos entes federativos,
estados e municípios não podem ser submetidos a disposições implícitas da CF, devendo
obediência, tão somente, às suas disposições expressas.

Comentários:

No exercício da sua capacidade de auto-organização e de autolegislação, isto é, ao elaborar suas leis


e Constituição, os Estados deverão obedecer a várias disposições implícitas da CF. É o caso dos
princípios constitucionais extensíveis, normas espalhadas por todo o texto da Constituição e por ela
estendidas a Estados, Distrito Federal e Municípios. Exemplo: fundamentos e objetivos
fundamentais da RFB (art. 1º, I a V; art. 3º, I a IV e art. 4º, I a X, CF/88). Questão errada.

16. (CESPE/ ANVISA 2016) Apesar de não possuírem sua própria Constituição, os municípios,
em simetria com os estados, desempenham as funções dos Poderes Executivo, Judiciário e
Legislativo, em razão da autonomia administrativa estabelecida no texto da CF.

Comentários:

No âmbito municipal, não há Poder Judiciário. Questão errada.

17. (CESPE/ ANVISA 2016) Em caso de desmembramento de município, faz-se necessária


consulta por meio de plebiscito, tanto à população do território remanescente como, também, à
daquele a ser desmembrado.

Comentários:

Segundo o art. 18, § 4º, CF/88, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de


Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal,
e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei

Segundo o STF, a expressão populações dos Municípios envolvidos abrange tanto a população do
território remanescente quanto aquela do território a ser desmembrado. A consulta plebiscitária,
portanto, é bastante ampla. Questão correta.

18. (CESPE / TCE-PA 2016) A fusão de dois municípios depende de consulta prévia, mediante
plebiscito, das respectivas populações, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.

Comentários:

A fusão de Municípios depende de: i) realização de estudos de viabilidade municipal; ii) consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos e; iii) lei ordinária estadual.
Exige-se, ainda, edição de lei complementar federal fixando genericamente o período dentro do qual
poderá ocorrer a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. Questão correta.

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19. (CESPE / TCE-PA 2016) O estado do Pará pode explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, não podendo a regulamentação da exploração
ocorrer por meio de medida provisória.

Comentários:

É competência dos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado. A regulamentação dessa exploração não pode ocorrer por meio de medida provisória.
Questão correta.

20. (CESPE / TCE-PA 2016) Os estados-membros, mediante lei ordinária específica, podem
instituir regiões metropolitanas, constituídas por agrupamentos de municípios, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Comentários:

A instituição de regiões metropolitanas deverá ser feita mediante a edição de lei complementar
estadual. Questão errada.

21. (CESPE / TRT 8a Região 2016) A forma de federalismo adotada no Brasil é conhecida como
federalismo de segregação e centrífugo, sendo os estados-membros dotados de autogoverno.

Comentários:

A federação brasileira formou-se a partir de um movimento centrífugo uma vez que,


até 1891, o Brasil era um Estado unitário. Diz-se, portanto, que a federação brasileiro, quanto à
origem, formou-se por segregação. Questão correta.

22. (CESPE / TRT 8a Região 2016) Cada uma das unidades integrantes da Federação brasileira
é ente autônomo e soberano, capaz de auto-organização, autolegislação, autogoverno e
autoadministração.

Comentários:

Os entes federativos não possuem soberania. São dotados apenas de autonomia política, que se
manifesta por meio de 4 (quatro) aptidões:

a) auto-organização: poder de elaborar as Constituições Estaduais e Leis Orgânicas.

b) autolegislação: poder de elaborar as suas próprias leis.

c) autogoverno: poder de eleger seus próprios representantes.

d) autoadministração: poder de exercer suas atribuições de natureza administrativa, tributária


e orçamentária.

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Questão errada.

23. (CESPE / TRE-PI 2016) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos, desde que haja aprovação da
população interessada, por referendo, e do Congresso Nacional, por lei aprovada por maioria
simples.

Comentários:

Segundo o art. 18, § 3o, da Constituição, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais,
mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar. Questão errada.

24. (CESPE / TRE-PI 2016) Para que ocorra o desmembramento do território de um estado, é
necessário que a população da área a ser desmembrada e a população do território remanescente
sejam consultadas.

Comentários:

O desmembramento de um Estado depende de aprovação da população diretamente interessada,


através de plebiscito. A expressa diretamente abrange toda a população
do Estado afetado, ou seja, diz respeito tanto à população da área a ser desmembrada quanto à
população do território remanescente. Questão correta.

25. (CESPE / TRE-PI 2016) Cabe à União o exercício de atribuições da soberania do Estado
brasileiro, razão por que esse ente se confunde com o próprio Estado federal.

Comentários:

A soberania é atributo da República Federativa do Brasil, não da União. A União não se confunde
com o próprio Estado federal. Questão errada.

26. (CESPE / TRE-PI 2016) O município é dotado de capacidade de auto-organização e de


autoadministração, no exercício das competências administrativas e tributárias conferidas pela
constituição do estado no qual se localiza.

Comentários:

As competências administrativas e tributárias dos Municípios lhes são atribuídas pela Constituição
Federal. É a CF/88, afinal, quem define a repartição de competências entre os entes federativos.
Questão errada.

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27. (CESPE / DPU 2016) O Congresso Nacional poderá editar lei complementar para a fusão
de dois estados em um novo, desde que as populações diretamente interessadas aprovem a fusão
mediante plebiscito.

Comentários:

A edição de lei complementar pelo Congresso Nacional é um dos requisitos para a fusão de dois
Estados, sendo fundamental a aprovação prévia das populações diretamente interessadas,
mediante plebiscito (art. 18, § 3o, CF). Questão correta.

28. (CESPE / TCE-PR 2016) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e devidamente
demarcadas são exemplos de bem dominial da União.

Comentários:

As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI). No entanto, não
são classificadas como bens dominiais (ou dominicais).

Sobre o tema, vale destacar que os bens públicos podem ser de 3 (três) tipos diferentes:

a) Bens de uso comum: podem ser utilizados por todas as pessoas, em condições de igualdade.
Ex: praias, ruas e praças.

b) Bens de uso especial: são usados para uma finalidade específica, como a prestação de
serviços públicos. Ex: hospitais públicos e escolas públicas,

c) Bens dominicais: não têm uma finalidade específica. Ex: um prédio público que não tem uma
destinação específica.

Segundo a doutrina, as terras indígenas são bens de uso especial, uma vez que se destinam a uma
finalidade específica, qual seja a proteção às comunidades indígenas que nela habitam.

Questão errada.

29. (CESPE / TRE-RS 2015) Assim como a União e os estados-membros, os municípios regem-
se por Constituições próprias, que são consideradas a lei fundamental máxima de uma sociedade
local.

Comentários:

Os Municípios são regidos pelas Leis Orgânicas (e não por Constituições!). Questão errada.

30. (CESPE / TCE-RN 2015) Por possuírem autonomia política, os territórios federais têm sua
criação, transformação em estado ou reintegração ao estado de origem dependente da aprovação,
por plebiscito, da população diretamente interessada e da ratificação do Congresso Nacional.

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Comentários:

Os Territórios Federais não são dotados de autonomia política, não se enquadrando como entes
federativos. A criação, transformação em estado ou reintegração ao estado de origem de Territórios
Federais deve ser regulada por lei complementar. Questão errada.

31. (CESPE / TCE-RN 2015) São bens dos estados-membros da Federação as terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios.

Comentários:

As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, CF/88). Questão
errada.

32. (CESPE / AGU 2015) Entre as características do Estado federal, inclui-se a possibilidade de
formação de novos estados-membros e de modificação dos já existentes conforme as regras
estabelecidas na CF.

Comentários:

A CF/88 prevê a possibilidade de alterações federativas envolvendo Estados e Municípios. Segundo


o art. 18, § 3º, CF/88, Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para
se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da
população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
. Questão correta.

33. (CESPE / MPOG 2015) São formas de governo a federação, a confederação e o governo
único.

Comentários:

São formas de governo a república e a monarquia. Questão errada.

34. (CESPE / MPOG 2015) Permite-se à União, aos estados e aos municípios colaborar com as
igrejas quando demonstrado o interesse público, na forma da lei.

Comentários:

Segundo o art. 19, I, CF/88, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público . Assim, embora o Estado seja laico, admite-se a colaboração de
interesse público dos entes federativos com as igrejas. Questão correta.

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35. (CESPE/ TRE-MT 2015) A organização político-administrativa da República Federativa do


Brasil compreende a União, os estados e o Distrito Federal, entes autônomos, excluídos os
municípios, por não possuírem constituição.

Comentários:

Os municípios também fazem parte da federação brasileira, sendo detentores de autonomia (art.
18, CF). Questão errada.

36. (CESPE/ DPE-RN - 2015) Os territórios federais, quando criados, elegerão um senador para
integrar o Congresso Nacional.

Comentários:

Os Territórios federais não elegem Senadores. Por outro lado, cada Território federal irá eleger o
número fixo de 4 (quatro) Deputados Federais. Questão errada.

37. (CESPE/CADE 2014) A organização político-administrativa da República Federativa do


Brasil compreende os entes da Federação, que possuem a tríplice capacidade da autonomia: auto-
organização, autogoverno e autoadministração.

Comentários:

De fato, a autonomia dos entes da federação se traduz em três aptidões: auto-organização,


autogoverno e autoadministração. Alguns autores acrescentam, ainda, a capacidade de
autolegislação a esse rol. Questão correta.

38. (CESPE/Instituto Rio Branco 2014) A ordem constitucional brasileira não admite o
chamado direito de secessão, que possibilita que os estados, o Distrito Federal e os municípios se
separem do Estado Federal, preterindo suas respectivas autonomias, para formar centros
independentes de poder.

Comentários:

De fato, o ordenamento jurídico brasileiro não admite o direito de secessão. A forma federativa de
Estado é princípio fundamental da RFB, bem como cláusula pétrea. Questão correta.

39. (CESPE/TJ-CE 2014) São bens dos estados-membros os recursos minerais, inclusive os do
subsolo, localizados em seus respectivos territórios.

Comentários:

Os recursos minerais, inclusive os do subsolo, são bens da União, não dos Estados (art. 20, IX, CF).
Questão errada.

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40. (CESPE/TJ-CE 2014) Com o advento da CF ficou proibida a criação de novos territórios
federais.

Comentários:

É possível a criação de territórios federais, obedecidos os requisitos que a Constituição estabelece


em seu art. 18, parágrafo terceiro: aprovação da população diretamente interessada, através de
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Questão errada.

41. (CESPE/TJ-CE 2014) São bens dos municípios os sítios arqueológicos localizado sem seus
territórios.

Comentários:

Os sítios arqueológicos são bens da União (art. 20, X, CF). Questão errada.

42. (CESPE/ ANATEL 2014) A forma federativa de Estado adotada pela CF consiste na
descentralização política e na soberania dos estados-membros, os quais são capazes de se auto-
organizar mediante a elaboração de constituições estaduais.

Comentários:

Na federação brasileira, somente a República Federativa do Brasil é soberana. Os Estados, bem como
todos os demais entes da Federação, são apenas autônomos. Questão errada.

43. (CESPE/ ANTAQ 2014) São considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer
correntes de água em terrenos que sirvam de limites com outros países ou se estendam a território
estrangeiro ou dele provenham.

Comentários:

De acordo com o art. 20, III, CF/88, são bens da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água
em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países,
ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as
praias fluviais Questão correta.

44. (CESPE / MS 2013) Os estados-membros se auto-organizam por meio do exercício de seu


poder constituinte derivado-decorrente, mas não estão obrigados a observar os princípios
federais extensíveis.

Comentários:

Os estados-membros exercem sua capacidade de auto-organização por meio da elaboração de sua


própria constituição, que é fruto do Poder Constituinte Derivado Decorrente. Na elaboração de suas
constituições, os estados-membros deverão observar os princípios constitucionais sensíveis, os

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princípios constitucionais extensíveis e, ainda, os princípios constitucionais estabelecidos. Questão


errada.

45. (CESPE / Juiz Federal TRT 5ª Região 2013) Como o federalismo estabelecido na CF é
assimétrico, é conferido aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal, como entes federativos,
o direito de secessão.

Comentários:

O federalismo brasileiro é considerado assimétrico. No entanto, isso não faz com que os entes
federativos possuam o direito de secessão. Questão errada.

46. (CESPE / TJDFT 2013) Mesmo não sendo estado nem município, o Distrito Federal (DF)
possui autonomia, parcialmente tutelada pela União.

Comentários:

O Distrito Federal é um ente federativo dotado de autonomia. A doutrina considera que essa
doutrina é parcialmente tutelada pela União, que tem competência para organizar e manter o
Ministério Público, o Poder Judiciário, a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar
do DF. Questão correta.

47. (CESPE / TRE-MS - 2013) O Estado Federal brasileiro é concebido constitucionalmente como
a união indissolúvel dos estados, municípios e do Distrito Federal.

Comentários:

É o que determina o art. 1º da Constituição Federal. Questão correta.

48. (CESPE / TRE-MS - 2013) A CF adotou como princípio da organização política brasileira a
dissolubilidade do vínculo federativo.

Comentários:

Pelo contrário! O pacto federativo é indissolúvel (art. 1º, CF). Questão errada.

49. (CESPE / TRT 10ª Região - 2013) Os municípios e os estados-membros da Federação


brasileira são dotados de personalidade de direito internacional.

Comentários:

A União, o Distrito Federal, os Estados-membros e os Municípios possuem personalidade jurídica de


direito público interno. Somente a RFB possui personalidade jurídica de direito internacional, por
ser soberana. Questão errada.

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50. (CESPE / CNPq - 2011) A União, os estados, os municípios e o Distrito Federal são entes
federativos, diferentemente dos territórios federais, que integram a União e não são dotados de
autonomia.

Comentários:

De fato, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal são entes federados, autônomos,
conforme dispõe o art. 18 da Constituição. Já os Territórios não são dotados de autonomia, sendo
meras descentralizações administrativas da União (art. 18, § 2º, CF). Questão correta.

51. (CESPE / ANATEL - 2012) A cidade de Brasília é a capital federal, sendo vedada pela
Constituição Federal a transferência da sede do governo federal para outra cidade.

Comentários:

De fato, Brasília é a capital federal. Entretanto, diferentemente do que diz o enunciado, é possível a
transferência da sede do governo federal para outra cidade (art. 48, VII, CF). Questão errada.

52. (CESPE / TJ-PI - 2012) O patrimônio da União é formado por bens indicados
exemplificativamente na CF, incluídas todas as ilhas fluviais e lacustres em zonas limítrofes com
outros países, praias marítimas e ilhas oceânicas e costeiras.

Comentários:

De fato, trata-se de um rol exemplificativo, como demonstra a expressão os que lhe vierem a ser
(art. 20, I, CF). O erro da questão é que nem todas as ilhas oceânicas e costeiras são bens
da União. Há exceções (art. 20, IV, CF). Questão errada.

53. (CESPE / TRE-MS - 2013) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios pertencem aos
estados nas quais se situam.

Comentários:

As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, CF). Questão errada.

54. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os terrenos de marinha são bens dos municípios.

Comentários:

Trata-se de bens da União (art. 20, VII, CF). Questão errada.

55. (CESPE / TCU - 2011) De acordo com a CF, a União e os estados-membros podem criar
regiões de desenvolvimento visando à redução das desigualdades regionais.

Comentários:

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Essa prerrogativa é apenas da União (art. 43, CF). Questão errada.

56. (CESPE / TCU - 2008) As riquezas minerais, como o petróleo, são bens da União.

Comentários:

Questão correta. Fundamento: art. 20, IX, CF.

57. (CESPE / Procurador Municipal de Natal - 2008) Os potenciais de energia hidráulica são bens
comuns da União e dos estados onde se encontrem.

Comentários:

Os potenciais de energia hidráulica são bens da União (art. 20, VIII, CF). Questão errada.

58. (CESPE / ABIN - 2008) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são de domínio das
comunidades indígenas.

Comentários:

As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, CF). Questão errada.

59. (CESPE / ANTAQ - 2009) Considere a situação em que uma pessoa, ao cavar um poço
artesiano no sítio de sua propriedade, tenha encontrado uma reserva de gás natural. Nesse caso,
a reserva pertencerá à União, mas o proprietário terá, por força expressa de dispositivo
constitucional, direito a participação no resultado da lavra.

Comentários:

Reza o art. 176 da Constituição que as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de
exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade
do produto da lavra. Questão correta.

60. (CESPE / TRE-MS - 2013) O regime federal estabelecido pela CF concede autonomia aos
estados-membros, ou seja, auto-organização e normatização própria, autogoverno e
autoadministração.

Comentários:

Como entes federados, os estados-membros possuem autonomia, ou seja, capacidade de


autoadministração, autogoverno e de normatização própria. Questão correta.

61. (CESPE / TJ-RR - 2012) Compete à União, mediante lei complementar, instituir
microrregiões, com a finalidade de promover a redução das desigualdades regionais.

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Comentários:

Determina a Carta Magna que os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções
públicas de interesse comum (art. 25, § 3º, CF/88). Questão errada.

62. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Espírito Santo é um órgão da União e, por isso, é subordinado
à Presidência da República.

Comentários:

O Espírito Santo é um ente da federação autônomo, sem qualquer subordinação à Presidência da


República. Questão errada.

63. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Poder Executivo do Espírito Santo é chefiado pelo governador
desse estado.

Comentários:

O Chefe do Executivo do Espírito Santo, como o de qualquer Estado da federação, é o Governador.


Questão correta.

64. (CESPE / TJ-AL - 2012) Os municípios gozam de certa autonomia que permite, em função
das regras e princípios de autogoverno, contar com poderes Executivo e Legislativo eleitos pela
população, mas não com Poder Judiciário próprio.

Comentários:

De fato, não há Poder Judiciário municipal. Questão correta.

65. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municípios têm autonomia administrativa, política e financeira,
mas não autonomia normativa.

Comentários:

Os municípios, como entes da federação, dispõem, também de autonomia normativa


(autolegislação). Questão errada.

66. (CESPE / TJ-PI - 2012) Compete às constituições estaduais fixar os subsídios dos prefeitos e
dos vice-prefeitos, de maneira a evitar anomalias e discrepâncias remuneratórias entre os
municípios de um mesmo estado-membro.

Comentários:

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Determina o art. 29, V, da Constituição Federal que os subsídios dos prefeitos e dos vice-prefeitos
são fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal. Questão errada.

67. (CESPE / TJ-AL - 2012) As eleições para prefeito e vice-prefeito dos municípios com mais de
duzentos mil eleitores ocorrerão, necessariamente, em dois turnos, caso nenhum dos candidatos
alcance a maioria absoluta dos votos validamente emitidos no primeiro turno, aí computados os
votos em branco, mas não os nulos.

Comentários:

Não se computam nem os votos em branco nem os nulos (art. 29, II, c/c art. 77, § 2º, CF). Questão
errada.

68. (CESPE / DPE-AL - 2009) Os territórios, quando criados, podem ser divididos em municípios,
==c70c7==

aos quais não serão aplicadas as regras de regência dos demais municípios, já que estarão
inseridos em território federal, considerado como descentralização administrativa da União.

Comentários:

Os municípios têm sua autonomia garantida pela Constituição, mesmo que façam parte de um
Território. Questão errada.

69. (CESPE / MPS - 2010) O DF acumula as atribuições referentes à competência legislativa


reservada aos estados e aos municípios.

Comentários:

É o que determina o art. 32, §1º da Constituição Federal. Questão correta.

70. (CESPE / ANATEL - 2012) Ao Distrito Federal é assegurada autonomia para organizar e
manter seu Poder Judiciário.

Comentários:

O Poder Judiciário do Distrito Federal é organizado e mantido pela União. Questão errada.

71. (CESPE / TJ-PI - 2012) De acordo com a CF, os territórios federais, uma vez criados, não
elegem representantes para o Senado Federal, mas sua população tem a prerrogativa de eleger
quatro deputados para representá-la na Câmara dos Deputados.

Comentários:

De fato, os Territórios não elegem senadores, mas sua população tem a prerrogativa de eleger
quatro deputados federais (CF, art. 45, § 2º). Questão correta.

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72. (CESPE / MPS - 2010) De acordo com a CF, os territórios podem ser divididos em municípios.

Comentários:

De fato, a Constituição permite tal divisão (art. 33, § 1º). Questão correta.

73. (CESPE / TJ-AL - 2012) O Distrito Federal, assim como os territórios, não pode ser dividido
em municípios.

Comentários:

O DF não pode ser dividido em municípios, mas os territórios sim! Questão errada.

74. (CESPE / TJ-PI - 2012) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formar novos estados, mediante aprovação da
população diretamente interessada, por meio de plebiscito, estando o Congresso Nacional
vinculado ao resultado da consulta popular.

Comentários:

O resultado do plebiscito é vinculante apenas caso seja desfavorável, pois torna a modificação
territorial impossível. Já quando favorável, a decisão final sobre a modificação territorial é do
Congresso Nacional, pois este poderá editar ou não a lei complementar. Questão errada.

75. (CESPE / OAB - 2010) No tocante às hipóteses de criação de estados-membros, previstas na


CF, assinale a opção correta.

a) Na fusão, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formação de um novo estado,
o que implica perda da personalidade primitiva.

b) Na cisão, o estado subdivide-se em dois ou mais estados membros, com personalidades distintas,
mantendo o estado originário sua personalidade jurídica.

c) No desmembramento para a formação de novo estado, o estado originário perde sua identidade,
para formar um novo estado com personalidade jurídica própria.

d) No desmembramento para a anexação de outro estado, a parte desmembrada constituirá novo


estado, com identidade própria.

Comentários:

Letra A: correta. Na fusão, os dois ou mais estados que se fundem dão origem a um novo, com
personalidade jurídica própria. Exemplo: se Tocantins e Goiás se fundirem, darão origem a um
terceiro Estado, com personalidade jurídica diferente daquelas dos estados de origem.

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Letra B: errada. Na cisão, cada subdivisão forma um Estado com personalidade jurídica diferente da
primitiva. Exemplo: O Pará pode sofrer cisão e deixar de existir, surgindo dois novos estados, cada
um com personalidade jurídica própria.

Letra C: errada. No desmembramento-formação, o estado perde parcela do seu território, que dá


origem a um novo estado. Fica mantida a personalidade jurídica do estado originário (é o conceito
da letra b). Foi o que aconteceu com Goiás, quando da origem do estado do Tocantins.

Letra D: errada. No desmembramento para a anexação de outro estado, a parte desmembrada


passará a fazer parte do Estado ao qual se anexou. Exemplo: o Pará pode perder parte de seu
território para o Tocantins, desmembrando-se para anexação de território a este último. Nesse caso,
tanto Pará quanto Tocantins continuarão a existir, mas a parte desmembrada fará parte do território
tocantinense.

O gabarito é a letra A.

76. (CESPE / MPS - 2010) Para a criação de um novo estado na Federação brasileira, é necessária
a realização de plebiscito nacional, de forma a garantir o equilíbrio federativo.

Comentários:

Não há necessidade de plebiscito nacional, mas apenas regional, para consulta às populações
diretamente interessadas. Questão errada.

77. (CESPE / MPU - 2010) Considere que determinado estado da Federação tenha obtido
aprovação tanto de sua população diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do
Congresso Nacional, por meio de lei complementar, para se desmembrar em dois estados
distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigência imposta pela Constituição para incorporação,
subdivisão, desmembramento ou formação de novos estados ou territórios federais.

Comentários:

Relembremos os requisitos estabelecidos pela Constituição para a formação de novos Estados ou


Territórios federais:

d) Consulta prévia, por plebiscito, às populações diretamente interessadas;

e) Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados;

f) Edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

Considerando que a oitiva das Assembleias Legislativas não tem caráter vinculante, foram
cumpridos todos os requisitos para a incorporação, subdivisão, desmembramento ou formação de
novos estados ou territórios federais. Questão correta.

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78. (CESPE / Procurador Prefeitura de Boa Vista - 2010) Nas consultas plebiscitárias para
criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, deve-se consultar a população
dos territórios diretamente afetados pela alteração. Nesse caso, a vontade popular é aferida pelo
percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada.

Comentários:

A questão está correta. Fundamento: art. 18, § 4º, que acabamos de estudar.

79. (CESPE / Procurador Municipal de Natal - 2008) A criação, a incorporação, a fusão e o


desmembramento de município devem ser feitos por lei estadual, observados os requisitos
previstos na CF.

Comentários:

A criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios devem ser feitos por lei ordinária
estadual, observados os requisitos previstos em lei ordinária federal. Questão errada.

80. (CESPE / TJ - RO 2013) O Congresso Nacional vincula-se a pronunciamento plebiscitário


quanto a transformação dos estados por incorporação entre si, por subdivisão ou
desmembramento, quer para se anexarem a outros, quer para formarem novos estados ou
territórios federais.

Comentários:

O Congresso Nacional não se vincula ao pronunciamento plebiscitário. Mesmo que o resultado do


plebiscito seja favorável à incorporação, subdivisão ou desmembramento, o Congresso poderá
decidir não editar a lei complementar. Questão errada.

81. (CESPE / TRT 10ª Região - 2013) A divisão político-administrativa interna da Federação
brasileira é imutável.

Comentários:

A Constituição permite que haja modificações na divisão político-administrativa interna da RFB, por
meio da formação de novos Estados, Territórios e Municípios ou de sua fusão ou incorporação de
uns pelos outros. Questão errada.

82. (CESPE / MPE-RN - 2009) É vedado à União, aos estados, ao DF e aos municípios estabelecer
cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles
ou seus representantes relações de dependência ou aliança.

Comentários:

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A vedação à manutenção de relações ou alianças com os cultos religiosos ou igrejas não é absoluta.
A Constituição ressalva, na forma da lei, a colaboração de interesse público (art. 19, I, CF). Questão
errada.

83. (CESPE / MS 2013) Pelo princípio da isonomia federativa, é vedado à União, aos estados-
membros, ao Distrito Federal (DF) e aos municípios criar distinções entre os brasileiros, bem como
criar preferências entre si.

Comentários:

De fato, os entes federativos não podem criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. É
o princípio da isonomia federativa, que está prevista no art. 19, III, CF/88. Questão correta.

84. (CESPE / PC-BA 2013) Recusar fé aos documentos públicos inclui-se entre as vedações
constitucionais de natureza federativa.

Comentários:

Os entes federativos não podem recusar fé aos documentos públicos, conforme art. 19, II, CF/88.
Questão correta.

85. (CESPE / DEPEN 2013) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais,
mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, ficando
dispensada a atuação do Congresso Nacional.

Comentários:

A atuação do Congresso Nacional, por meio da edição de lei complementar, é indispensável a


qualquer alteração na estrutura da federação. Questão errada.

86. (CESPE / PRF 2012) Um estado da Federação que possua cinquenta e um deputados
federais possuirá, necessariamente, setenta e seis deputados estaduais.

Comentários:

O número de deputados estaduais é o triplo do número de deputados federais e, atingido o número


de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. Assim,
temos a seguinte conta:

Número de Deputados estaduais = 3 x 12 + (51-12)

Numero de Deputados estaduais = 36 + 39 = 75 Deputados Estaduais.

Questão errada.

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REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS

87. (CESPE/ PGM Manaus 2018) No âmbito de sua jurisdição, compete ao município a fixação
do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, uma vez que se trata de assunto
de interesse local.

Comentários:

Segundo o STF, o Município é competente para fixar o horário de funcionamento de


estabelecimento comercial (Súmula Vinculante nº 38, STF). Esse entendimento também abrange
drogarias, farmácias e plantões obrigatórios destes. Questão correta.

88. (CESPE / TRF 1a Região 2017) As peculiaridades de cada cidade determinam a competência
dos Municípios para fixar horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais e bancários.

Comentários:

Há dois erros na questão:

1) O Município é competente para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial


(Súmula Vinculante nº 38, STF). As peculiaridades de cada cidade não influenciam na determinação
dessa competência.

2) O STF entende que a fixação do horário de funcionamento das agências bancárias, por estar
relacionado ao sistema financeiro nacional, extrapola o interesse local. Portanto, não é de
competência dos Municípios, mas sim da União.

Questão errada.

89. (CESPE / TRF 1a Região 2017) É competência comum da União, dos estados, dos municípios
e do Distrito Federal legislar sobre normas gerais de licitação para a administração pública direta.

Comentários:

É competência privativa da União legislar sobre normas gerais de licitação e contratação (art. 22,
XXVII). Questão errada.

90. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Compete privativamente à União legislar sobre
desapropriação.

Comentários:

De fato, é competência privativa da União legislar sobre desapropriação (art. 22, II, CF/88). Questão
correta.

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91. (CESPE / DPU 2017) Os estados e os municípios podem legislar sobre responsabilidade por
dano ao meio ambiente.

Comentários:

É competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal legislar sobre


responsabilidade por dano ao meio ambiente (art. 24, VIII, CF/88). Os Municípios, todavia, também
podem legislar sobre o tema, no exercício de sua competência suplementar (art. 30, II, CF/88).
Questão correta.

92. (CESPE / TCE-PE 2017) A proteção ao meio ambiente é de competência comum da União,
dos estados, do DF e dos Municípios.

Comentários:

É competência comum a todos os entes federativos proteger o meio ambiente e combater a


poluição em qualquer de suas formas (art. 23, VI, CF/88). Questão correta.

93. (CESPE / TRE-BA 2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988 e o entendimento
do Supremo Tribunal Federal, compete

a) à União legislar sobre a criação de novos municípios.

b) aos estados legislar sobre as custas de serviços forenses enquanto inexistir lei federal que
disponha sobre normas gerais.

c) aos municípios litorâneos legislar sobre o uso de terrenos de Marinha que se encontrem em seu
território.

d) aos estados-membros legislar sobre crimes de responsabilidade.

e) aos municípios legislar sobre questões específicas em matéria eleitoral.

Comentários:

Letra A: errada. A criação de novo município se materializa mediante lei ordinária estadual.

Letra B: correta. É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre custas
dos serviços forenses (art. 24, IV, CF/88). Na ausência de lei federal de normas gerais, os Estados
adquirem competência legislativa plena sobre as matérias da competência concorrente.

Letra C: errada. Os terrenos de marinha são bens da União. Portanto, cabe à União legislar sobre o
uso desses terrenos.

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Letra D: errada. A Súmula Vinculante nº 46 estabelece que definição dos crimes de


responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de
competência legislativa privativa da União

Letra E: errada. É competência privativa da União legislar sobre direito eleitoral (art. 22, I, CF/88).

O gabarito é a letra B.

94. (CESPE/ Instituto Rio Branco 2017) Compete à União explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão, os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de estado ou território.

Comentários:

Trata-se de competência exclusiva da União prevista no art. 21, XII, da Constituição. Questão
correta.

95. (CESPE/ Instituto Rio Branco 2017) No âmbito da competência concorrente, seria
inconstitucional lei estadual que ampliasse, a critério do legislador estadual, definição
estabelecida por lei federal sobre determinada matéria.

Comentários:

A Carta Magna adotou o modelo de competência concorrente não cumulativa, em que há repartição
vertical. Nese modelo, dentro de um mesmo campo material, as regras gerais foram reservadas à
União e aos Estados coube complementá-las. Com fundamento nesse modelo, o STF considera
inconstitucional lei estadual que amplia definição estabelecida por texto federal, em matéria de
competência concorrente39. Questão correta.

96. (CESPE / TRE-PE - 2017) A respeito das competências dos entes federados, assinale a opção
correta.

a) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa
residual para atender às suas peculiaridades.

b) A eficácia de lei estadual vigente não será suspensa na hipótese de superveniência de lei federal
sobre normas gerais, mesmo que a lei federal traga disposições contrárias à lei estadual.

c) Compete privativamente à União zelar pela guarda da CF, das leis e das instituições democráticas.

39 ADI 1.245, rel. min. Eros Grau, j. 6-4-2005, P, DJ de 26-8-2005.

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d) A competência da União para legislar sobre normas gerais afasta a competência suplementar dos
estados.

e) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas


gerais.

Comentários:

Letra A: errada. No âmbito da competência legislativa concorrente, inexistindo lei federal sobre
normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades (art. 24, § 3o, CF).

Letra B: errada. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário (art. 24, § 4o, CF).

Letra C: errada. Trata-se de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios (art. 23, I, CF).

Letra D: errada. A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados (art. 24, § 2o, CF).

Letra E: correta. É o que determina o art. 24, § 1o, da Constituição. A competência da União está
limitada ao estabelecimento de regras gerais. Fixadas essas regras, caberá aos Estados e Distrito
Federal complementar a legislação federal (é a chamada competência suplementar dos Estados-
membros e Distrito Federal).

O gabarito é a letra E.

97. (CESPE/ PGE-AM 2016) No âmbito das competências concorrentes, lei federal sobre
normas gerais suspende a eficácia de lei estadual superveniente, no que esta lhe for contrária.

Comentários:

No âmbito da competência concorrente, a União é responsável por editar as normas gerais. Diante
da inércia da União, os Estados exercerão a competência legislativa plena, podendo editar as
normas gerais e as normas específicas.

Pois bem... Agora, suponha que o Estado de Minas Gerais, diante da inércia da União, editou uma
lei de normas gerais. A União resolveu se e, após isso, edita sua lei de normas gerais. O que
acontece?

Segundo a CF/88, a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrária. Vejam que isso é o oposto do que afirma o enunciado. Questão
errada.

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98. (CESPE/ ANVISA 2016) Situação hipotética: O Estado de Minas Gerais editou norma geral
sobre matéria de competência concorrente, ante a ausência de norma geral editada pela União.
Todavia, meses depois, a União promulgou lei estabelecendo normas gerais acerca da matéria.
Assertiva: Nessa situação, a lei estadual terá sua eficácia suspensa naquilo que for contrária à lei
federal.

Comentários:

No âmbito da competência legislativa concorrente, a superveniência de lei federal sobre normas


gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário (art. 25, § 4o, CF). Questão
correta.

99. (CESPE/ Agente PC-GO 2016) Compete privativamente à União:

a) estabelecer política de educação para segurança no trânsito.

b) legislar sobre requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra.

c) cuidar da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência.

d) legislar sobre organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil.

e) legislar sobre educação, ensino, pesquisa e inovação.

Comentários:

Letra A: errada. É competência comum a todos os entes federativos estabelecer e implantar política
de educação para a segurança do trânsito (art. 23, XII, CF/88).

Letra B: correta. É competência privativa da União legislar sobre requisições civis e militares, em
caso de iminente perigo e em tempo de guerra.

Letra C: errada. É competência comum a todos os entes federativos cuidar da saúde e assistência
pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência (art. 23, II, CF/88).

Letra D: errada. É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre
organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil (art. 24, XVI, CF/88).

Letra E: errada. É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre
educação, ensino, pesquisa e inovação (art. 24, IX).

O gabarito é a letra B.

100. (CESPE / Agente PC-PE 2016) Com base no disposto na CF, assinale a opção correta acerca
da organização político-administrativa do Estado.

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a) É da competência comum dos estados, do Distrito Federal e dos municípios organizar e manter as
respectivas polícias civil e militar e o respectivo corpo de bombeiros militar.

b) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal estabelecer normas gerais de organização das
polícias militares e dos corpos de bombeiros militares, assim como normas sobre seus efetivos, seu
material bélico, suas garantias, sua convocação e sua mobilização.

c) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os


estados, os territórios federais, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da
CF.

d) Os estados podem incorporar-se entre si mediante aprovação da população diretamente


interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de lei complementar.

e) É facultado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios subvencionar cultos
religiosos ou igrejas e manter com seus representantes relações de aliança e colaboração de
interesse público.

Comentários:

Letra A: errada. É competência dos estados organizar a manter as polícias civil e militar e o respectivo
corpo de bombeiros. No entanto, pode-se dizer que:

a) A competência para organizar é manter a Polícia Civil-DF, a Polícia Militar-DF e o Corpo de


Bombeiros Militar do DF é da União.

b) Os Municípios não têm qualquer competência para organizar e manter as polícias civil e militar,
tampouco o corpo de bombeiros militar.

Letra B: errada. É competência privativa da União legislar sobre normas gerais de organização,
efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de
bombeiros militares (art. 22, XXI, CF/88).

Letra C: errada. Os territórios não são entes federativos e, portanto, não são dotados de autonomia
política.

Letra D: correta. As alterações federativas envolvendo estados dependem do cumprimento dos


seguintes requisitos:

g) aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito;

h) edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

Letra E: errada. É vedado aos entes federativos estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes

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relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público


(art. 19, I, CF/88).

O gabarito é a letra D.

101. (CESPE / TCE-PA 2016) Compete privativamente à União legislar sobre direito civil,
comercial e financeiro.

Comentários:

A União tem competência privativa para legislar sobre direito civil e direito empresarial (comercial).
No entanto, é competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre direito
financeiro (art. 24, I, CF/88). Questão errada.

102. (CESPE / TJ-AM 2016) Tendo em vista que o direito à vida valor central do ordenamento
jurídico desdobra-se em direito à existência física e direito a uma vida digna, assinale a opção
correta.

a) O direito à saúde efetiva-se mediante ações distributivas e alocativas relacionadas à promoção,


proteção e recuperação da saúde.

b) Os serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, que constitui um
sistema único, organizado de forma centralizada.

c) O STF afastou a possibilidade de o SUS pagar por tratamento diferenciado oferecido a pessoa que
comprove necessitar de medida curativa ainda não incorporada ao sistema público, para evitar o
chamado efeito multiplicador que o precedente judicial poderia causar.

d) Constitui direito dos trabalhadores a assistência dos filhos e dependentes desde o nascimento até
cinco anos de idade em creches e pré-escolas mediante pagamento de contraprestação fixada em
lei.

e) É dever privativo da União desenvolver políticas públicas que visem à redução de doenças e outros
agravos.

Comentários:

Letra A: correta. Segundo o art. 196, CF/88, a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos
e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Letra B: errada. É princípio de organização do Sistema Único de Saúde (SUS) a descentralização, com
direção única em cada esfera de governo.

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Letra C: errada. O STF entende que o Estado deverá concretizar o direito à saúde, sendo uma
obrigação o fornecimento de medicamentos.

Letra D: errada. É direito dos trabalhadores a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 anos de idade em creches e pré-escolas (art. 7º, XXV, CF/88).

Letra E: errada. O desenvolvimento de políticas públicas que visem à redução do risco de doenças e
de outros agravos não é competência privativa da União. É competência comum a todos os entes
federativos cuidar da saúde e assistência pública (art. 23, II, CF/88).

O gabarito é a letra A.

103. (CESPE / TRT 8a Região 2016) De acordo com a CF, compete:

a) à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios legislar concorrentemente sobre direito
agrário.

b) aos estados elaborar e executar planos regionais de ordenação do território e de desenvolvimento


econômico e social.

c) aos municípios explorar diretamente serviços de radiodifusão.

d) à União legislar privativamente sobre desapropriação.

e) à União legislar privativamente sobre direito financeiro.

Comentários:

Letra A: errada. Os Municípios não possuem competência concorrente. Legislar sobre direito agrário
é competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal.

Letra B: errada. É competência exclusiva da União elaborar e executar planos nacionais e regionais
de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social (art. 21, IX, CF/88).

Letra C: errada. É competência exclusiva da União explorar os serviços de radiodifusão (art. 21, XII,
alínea

Letra D: correta. É competência privativa da União legislar sobre desapropriação (art. 22, II, CF/88).

Letra E: errada. É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre direito
financeiro (art. 24, I, CF/88).

O gabarito é a letra D.

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104. (CESPE / TRT 8a Região 2016) A competência da União e dos municípios é expressa, sendo
a competência dos estados remanescente ou residual.

Comentários:

O legislador constituinte, ao atribuir competências aos entes federativos, positivou expressamente


as competências da União e dos Municípios. As competências dos Estados, por outro lado, não foram
explicitadas na CF/88. A eles foram reservadas todas as competências que não foram atribuídas à
União e aos Municípios. É o que se chama de competência residual (ou remanescente). Questão
correta.

105. (CESPE / TRE-PI 2016) Compete à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios
assegurar a defesa nacional.

Comentários:

É competência exclusiva da União assegurar a defesa nacional (art. 21, III, CF/88). Questão errada.

106. (CESPE / DPU 2016) No que se refere à proteção e à defesa da saúde, a União exerce
competência legislativa concorrente, cabendo-lhe o estabelecimento de normas gerais.

Comentários:

Trata-se, de fato, de competência legislativa concorrente à União, aos Estados e ao Distrito Federal,
nos termos do art. 24, XII, da CF/88. Vale a pena destacar que na legislação concorrente, a
competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Questão correta.

107. (CESPE / TCE-PR 2016) Em relação à organização político-administrativa do Estado


brasileiro, assinale a opção correta.

a) Lei estadual que dispuser sobre sistema de consórcios e sorteios não usurpará a competência da
União, pois se inserirá no âmbito da competência legislativa suplementar.

b) No exercício de sua competência para legislar sobre assuntos de interesse local, pode o município
editar lei municipal que discipline horário comercial e bancário para o atendimento ao público.

c) Em matéria de competência legislativa concorrente, a superveniência de lei federal sobre normas


gerais revoga lei estadual anterior no que elas forem contrárias.

d) Em matéria de proteção ao meio ambiente, a competência legislativa concorrente entre a União


e os estados não afasta a competência do município para legislar sobre o assunto de forma
suplementar.

e) Lei complementar federal pode autorizar estados e municípios a legislar sobre questões
específicas de matérias de competência privativa da União.

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Comentários:

Letra A: errada. A União tem competência privativa para legislar sobre sistemas de consórcios e
sorteios (art. 22, XX). Nesse sentido, o STF editou a Súmula Vinculante nº 02, que estabelece que
inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de
consórcios e sorteios, inclusive bingos e

Letra B: errada. Segundo o STF, a fixação do horário de funcionamento de agências bancárias


extrapola o interesse local e está relacionada ao sistema financeiro nacional. Portanto, não pode o
Município legislar sobre essa matéria. Destaque-se, todavia, que o STF admite que os Municípios
legislem sobre horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais (Súmula Vinculante nº
38).

Letra C: errada. A superveniência de lei federal de normas gerais suspende a eficácia de lei estadual
anterior, no que lhe for contrária.

Letra D: correta. É competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal legislar
sobre proteção ao meio ambiente (art. 24, VI). Os Municípios, embora não sejam detentores da
competência concorrente, também podem legislar sobre proteção ao meio ambiente. Farão isso no
exercício da competência suplementar. Segundo o art. 30, II, CF/88, compete aos Municípios
suplementar a legislação federal e estadual, no que couber.

Letra E: errada. Lei complementar pode autorizar apenas os Estados e o Distrito Federal a legislar
sobre matérias da competência privativa da União. Os Municípios não podem receber tal delegação.

O gabarito é a letra D.

108. (CESPE / TCE-PR 2016) O registro, o acompanhamento e a fiscalização das concessões de


direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais, em seus respectivos territórios,
são de competência comum da União, dos estados, do DF e dos municípios.

Comentários:

Segundo o art. 23, XI, CF/88, é competência comum a todos os entes federativos registrar,
acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
minerais em seus territórios Questão correta.

109. (CESPE / TCE-PR 2016) Será constitucional lei estadual que discipline os crimes de
responsabilidade dos conselheiros do respectivo tribunal de contas, bem como o procedimento
de sua apuração e de seu julgamento.

Comentários:

A competência para legislar sobre direito penal, inclusive acerca de crimes de responsabilidade, é
privativa da União (art. 22, I). Questão errada.

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110. (CESPE / TRE-RS - 2015) Assinale a opção correta em relação à organização do Estado.

a) Compete à União, aos estados e aos municípios legislar concorrentemente sobre direito eleitoral.

b) Nos municípios, é possível a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico da cidade
mediante a manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado do respectivo ente
federativo.

c) A abolição da forma federativa de Estado é possível, mediante emenda constitucional proposta


por dois terços dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

d) O ordenamento jurídico constitucional brasileiro admite o direito de secessão, que se refere à


descentralização político-administrativa.

e) Em se tratando de competência legislativa concorrente, no caso de inexistir lei federal sobre


normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa plena, mas a superveniência de lei
federal sobre normas gerais revoga automaticamente a lei estadual sobre o tema.

Comentários:

Letra A: errada. É competência privativa da União legislar sobre direito eleitoral (art. 22, I, CF).

Letra B: correta. É o que prevê o art. 29, XIII, da Constituição.

Letra C: errada. A Carta Magna veda a deliberação de qualquer proposta de emenda constitucional
tendente a abolir a forma federativa de Estado. Trata-se de cláusula pétrea (art. 60, § 4o, I, CF).

Letra D: errada. Não se admite o direito à secessão no ordenamento jurídico constitucional brasileiro
(art. 1o c/c art. 60, § 4o, I, CF).

Letra E: errada. Em se tratando de competência legislativa concorrente, no caso de inexistir lei


federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa plena. Todavia,
diferentemente do que diz a questão, a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende
(e não revoga!) a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

O gabarito é a letra B.

111. (CESPE/ Procurador de Salvador/BA 2015) Com relação às competências dos municípios,
assinale a opção correta.

a) Cumpre aos municípios explorar os serviços locais de gás canalizado, sendo vedada a edição de
medida provisória para a sua regulamentação.

b) De acordo com a CF, não compete aos municípios suplementar a legislação federal ou a legislação
estadual.

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c) A competência dos municípios para legislar é residual, haja vista que será atribuição dos
municípios disciplinar aquilo que não seja constitucionalmente atribuído à competência da União ou
dos estados.

d) São inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo máximo de permanência em filas
de bancos comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela União.

e) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde que observada a legislação
estadual sobre a matéria.

Comentários:

Letra A: errada. Segundo o art. 25, § 2º, CF/88, cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida
provisória para a sua

Letra B: errada. Segundo o art. 30, II, CF/88, compete aos Municípios suplementar a legislação
federal e a estadual no que couber.

Letra C: errada. Os Estados é que possuem competência legislativa residual ou remanescente.

Letra D: errada. A Súmula Vinculante nº 49 estabelece que ofende o princípio da livre concorrência
lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em
determinada área Assim, uma lei municipal que crie obstáculos à instalação de empresas do
mesmo ramo em uma determinada área será inconstitucional.

Letra E: correta. É isso mesmo! Segundo o art. 30, IV, CF/88, compete aos Municípios criar, organizar
e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

O gabarito é a letra E.

112. (CESPE / TCE-RN 2015) No âmbito da competência legislativa concorrente, inexistindo lei
federal, os estados exercerão competência legislativa plena, mas eventual promulgação de lei
federal dispondo sobre normas gerais tem o efeito de suspender a eficácia da legislação estadual
sobre toda a matéria objeto da competência concorrente.

Comentários:

Se não existir lei federal, os estados irão exercer a competência legislativa plena. A superveniência
de lei federal sobre normas gerais irá suspender a eficácia da lei estadual, mas apenas no que lhe
for contrária. Questão errada.

113. (CESPE / TCE-RN 2015) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde
que observada a legislação estadual.

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Comentários:

É isso mesmo! Segundo o art. 30, IV, CF/88, compete aos Municípios criar, organizar e suprimir
distritos, observada a legislação estadual. Questão correta.

114. (CESPE/ TCE-RN 2015) Será constitucional lei estadual que estabeleça tramitação
prioritária, na justiça estadual, de processos judiciais que tenham como parte mulheres vítimas de
violência doméstica.

Comentários:

É competência privativa da União legislar sobre direito processual (art. 22, I, CF/88). Logo, não pode
lei estadual estabelecer tramitação prioritária de processos que tenham como parte mulheres
vítimas de violência doméstica. Essa lei padecerá de inconstitucionalidade formal. Questão errada.

115. (CESPE/ TCU 2015) Compete privativamente à União legislar sobre direitos e garantias
fundamentais.

Comentários:

As competências privativas da União estão previstas no artigo 22 da Constituição Federal. Dentre


elas, não se encontra a previsão para legislar sobre direitos e garantias fundamentais.

O artigo 24 da Carta Magna, por outro lado, prevê que vários direitos fundamentais são objeto da
competência legislativa concorrente entre União, Estados e Distrito Federal. Entre eles, encontram-
se, por exemplo, a educação, o ensino e a proteção à infância e à juventude.

Questão errada.

116. (CESPE/ TRE-MT 2015) Segundo a CF, lei complementar federal poderá autorizar os
estados-membros a legislarem em matéria de competência privativa da União.

Comentários:

É o que prevê o parágrafo único do art. 22 da Constituição. Questão correta.

117. (CESPE/ TRE-GO 2015) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito eleitoral e, no âmbito dessa legislação concorrente, a
competência da União está limitada ao estabelecimento de normas gerais.

Comentários:

Compete privativamente à União legislar sobre direito eleitoral (art. 22, I, CF), podendo lei
complementar autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas referentes a essa matéria.
Questão errada.

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118. (CESPE/ TRE-GO 2015) É competência privativa da União legislar acerca do direito
eleitoral.

Comentários:

Trata-se, de fato, de competência privativa da União (art. 22, I, CF). Questão correta.

119. (CESPE/ DPE-RN - 2015) No tocante às competências legislativas concorrentes, a


superveniência de norma suplementar específica proveniente de ente federativo local suspenderá
de pronto a eficácia de lei federal sobre normas gerais, no que esta lhe for contrária.

Comentários:

É o contrário. A superveniência de lei federal de normas gerais suspende a eficácia da lei estadual,
naquilo que lhe for contrária. Questão errada.

120. (CESPE/ IRBr Diplomata 2015) Compete à União manter relações com Estados
estrangeiros, declarar a guerra e celebrar a paz, mas se insere no âmbito da competência
concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal assegurar a defesa nacional e permitir que
forças estrangeiras transitem por seus territórios.

Comentários:

Essas competências não se inserem no âmbito da competência concorrente. Compete


exclusivamente à União assegurar a defesa nacional e permitir que forças estrangeiras transitem por
seus territórios (art. 21, III e IV, CF). Questão errada.

121. (CESPE/ IRBr Diplomata 2015) Além das competências legislativas remanescentes, a
Constituição Federal de 1988 enumerou algumas competências aos estados-membros, como, por
exemplo, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, por meio de lei
estadual.

Comentários:

De fato, não se pode afirmar que nenhuma competência dos Estados está expressa na Constituição,
ou seja, que todas as competências desses entes são residuais. A Carta Magna enumera
isoladamente algumas competências dos Estados. É o caso da competência para a criação, a
incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, por meio de lei estadual Questão
correta.

122. (CESPE/ ANTAQ 2014) Aos estados-membros da Federação compete explorar,


diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os portos marítimos, fluviais e
lacustres.

Comentários:

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Trata-se de competência da União, conforme previsão do art. 21, XII, da Constituição. Questão
errada.

123. (CESPE/ ANATEL 2014) Considere que determinado estado tenha editado norma geral
sobre matéria de competência concorrente, ante a ausência de normas gerais editadas pela União.
Nessa situação, se a União, posteriormente, editar lei estabelecendo normas gerais sobre a mesma
matéria, a referida lei estadual será suspensa, no que for contrária à lei federal.

Comentários:

O art. 24 da Constituição prevê que no âmbito da competência concorrente, inexistindo lei federal
sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades. Nesse caso, a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia
da lei estadual, no que lhe for contrário. Questão correta.

124. (CESPE / TCDF 2014) Não contrariaria a CF norma distrital que proibisse, com base no
princípio da isonomia, a cobrança pelo uso de estacionamento nos shopping centers situados no
DF, com vistas à promoção do lazer e da cultura, uma vez que o DF agiria, nessa situação, no
exercício da competência concorrente a ele conferida para legislar sobre direito urbanístico.

Comentários:

A cobrança pelo uso de estacionamento de veículos nos shopping centers é matéria de direito civil.
Considerando-se que é competência privativa da União legislar sobre direito civil, a mencionada lei
distrital é inconstitucional. Questão errada.

125. (CESPE / TCDF 2014) Não ofenderia a CF lei distrital que versasse sobre a concessão, aos
estudantes regulares do DF, de 50% de desconto no valor cobrado em ingressos para eventos
esportivos, culturais e de lazer, já que é concorrente, entre a União, os estados e o DF, a
competência para legislar sobre direito econômico.

Comentários:

A concessão de meia-entrada é considerada tema de direito econômico, que é competência


concorrente da União, Estados e Distrito Federal. Portanto, lei distrital que verse sobre a concessão
de meia-entrada a estudantes não ofende a CF/88. Questão correta.

126. (CESPE / TCDF 2014) A edição de normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos, em todas as modalidades, é competência privativa da União.

Comentários:

É competência privativa da União legislar sobre normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos. Questão correta.

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127. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) A competência para legislar sobre orçamento
pertence privativamente à União, cabendo aos estados e ao Distrito Federal editar normas sobre
aspectos específicos relacionados à questão orçamentária, desde que autorizados por lei
complementar federal.

Comentários:

A competência para legislar sobre orçamento é concorrente. Questão errada.

128. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) Se um estado da Federação editar norma que
proíba revista íntima em empregados de estabelecimentos situados em seu território, tal norma,
ainda que proteja a dignidade do trabalhador, será inconstitucional, pois tratará de matéria de
competência privativa da União.

Comentários:

A União tem competência privativa para legislar sobre direito do trabalho (art. 22, I) e sobre
organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões. Portanto,
a lei estadual mencionada é inconstitucional, por invadir competência da União. Questão correta.

129. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) A legislação sobre a proteção e defesa da saúde é,
conforme a CF, de competência tanto federal como estadual, na forma do que se entende como
competência concorrente.

Comentários:

Segundo o art. 24, XII, é competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal legislar
sobre previdência social, proteção e defesa da saúde. Questão correta.

130. (CESPE / Juiz Federal TRT 5ª Região 2013) No que se refere à repartição de competências,
a CF adotou exclusivamente a técnica da repartição horizontal.

Comentários:

A Constituição não adotou apenas a técnica da repartição vertical, mas também a da repartição
horizontal de competências. Questão errada.

131. (CESPE / TCDF 2013) A União, dentro do seu juízo discricionário, pode delegar, por meio
de lei específica, assuntos de sua competência legislativa privativa a determinado estado da
Federação, sem necessidade de estender essa delegação a todos os estados.

Comentários:

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Um requisito implícito para a delegação de competência privativa é o de que a lei complementar


editada pela União deverá delegar a matéria igualmente a todos os Estados, sob pena de ferir o
pacto federativo. Questão errada.

132. (CESPE / AFT 2013) Um estado-membro não pode editar norma específica de defesa do
consumidor, por se tratar, segundo a CF, de tema inserido na competência privativa da União.

Comentários:

Defesa do consumidor não é da competência privativa da União, mas sim da competência


concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal. Questão errada.

133. (CESPE / AFT 2013) Caso determinado estado-membro edite lei disciplinando o exercício
da atividade laboral de transporte de bagagens nos terminais rodoviários de sua jurisdição, ele
invadirá a competência privativa da União para legislar sobre direito do trabalho.

Comentários:

É competência privativa da União legislar sobre direito do trabalho. Logo, um estado-membro não
pode editar lei disciplinando o exercício da atividade de transporte de bagagens, sob pena de invadir
a esfera de atribuições da União. Questão correta.

134. (CESPE / Juiz Federal TRF 2ª Região 2013) Pertence privativamente à União a competência
para legislar sobre direito comercial, tributário e financeiro.

Comentários:

É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre direito tributário e
financeiro. Questão errada.

135. (CESPE / TRE-MS - 2013) Cabe aos estados-membros estabelecer, em forma associativa, as
áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem.

Comentários:

Trata-se de competência exclusiva da União (art. 21, XXV, CF). Questão errada.

136. (CESPE / TRT 10ª Região - 2013) Os estados possuem competência legislativa suplementar
em matéria de direito do trabalho, observadas as normas gerais estabelecidas pela União.

Comentários:

Compete privativamente à União legislar sobre direito do trabalho. Os Estados apenas poderão
legislar sobre questões específicas da matéria em caso de lei complementar nacional autorizadora.
Questão errada.

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137. (CESPE / STJ - 2012) O estado-membro que editar lei proibindo a cobrança de tarifa de
assinatura básica nos serviços de telefonia fixa e móvel agirá nos limites de sua competência, pois
a CF atribuiu à União e aos estados a competência para legislar concorrentemente sobre
telecomunicações.

Comentários:

Trata-se de competência privativa da União, conforme o art. 22, IV, da Constituição Federal. Questão
errada.

138. (CESPE / STJ - 2012) Lei estadual que reservar espaço para o tráfego de motocicletas em vias
públicas de grande circulação será constitucional, por tratar de tema inserido no âmbito da
competência legislativa dos estados-membros.

Comentários:

Compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte. Questão errada.

139. (CESPE / STJ - 2012) A existência de lei municipal que legisle sobre trânsito e que imponha
sanção mais gravosa que a prevista no Código de Trânsito Brasileiro é incompatível com a
Constituição Federal de 1988 (CF).

Comentários:

De fato, isso é incompatível com a CF, uma vez que esta determina que legislar sobre trânsito e
transporte é de competência privativa da União. Questão correta.

140. (CESPE / TRE-MS - 2013) Compete concorrentemente à União, aos estados e ao Distrito
Federal legislar sobre direito eleitoral.

Comentários:

Trata-se de competência privativa da União (art. 22, I, CF). Questão errada.

141. (CESPE / DPU - 2010). A elaboração de lei estadual que verse quanto à forma de como
poderá ocorrer a desapropriação

a) É viável, caso sejam atendidas determinadas condições, por se tratar de competência exclusiva
dos estados-membros.

b) É inviável, por se tratar de competência privativa dos estados membros.

c) É inviável, por se tratar de competência exclusiva dos municípios.

d) É viável, se atendidas determinadas condições, por se tratar de competência privativa da União.

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e) É viável, desde que atendidas determinadas condições, por se tratar de competência privativa dos
estados-membros.

Comentários:

A competência para legislar sobre desapropriação é privativa da União. Assim, a União legislará
sobre questões gerais, podendo delegar aos Estados e ao Distrito Federal competência para legislar
sobre questões específicas, devendo tal delegação ser feita por lei complementar. Assim, a
elaboração de lei estadual que disponha sobre questões específicas relacionadas à desapropriação
é viável, desde que atendidas essas condições. A letra D é o gabarito da questão.

142. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Ao legislar sobre normas gerais, a União, no que diz respeito à
sua competência, não deixa margem de atuação legislativa para os estados-membros, caso o
assunto tenha sido esgotado.

Comentários:

A questão está errada. Ao legislar sobre normas gerais, a União deixa aos Estados e ao Distrito
Federal a competência para complementar a legislação federal. A União não poderá esgotar o
assunto quando a competência for concorrente, pois invadiria a competência dos Estados, uma vez
que cabe a estes legislar sobre as questões específicas. Questão errada.

143. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) É competência exclusiva da União legislar sobre direito civil,
comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.

Comentários:

A competência da União para legislar sobre esses assuntos é privativa, não exclusiva. Fundamento:
art. 22, I, CF. Questão errada.

144. (CESPE / CNPq - 2011) De acordo com a CF, a competência para legislar sobre propaganda
comercial é privativa da União.

Comentários:

É o que determina o art. 22, XXIX, da CF. Questão correta.

145. (CESPE / STM - 2011) Compete privativamente à União legislar sobre matéria de direito
penal, contudo, poderá ela, por meio de lei complementar, autorizar os estados-membros a
legislar sobre questões específicas dessa matéria, relacionadas na Constituição Federal de 1988.

Comentários:

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Nesse caso, por ser esta competência privativa da União, esta poderá, por meio de lei
complementar, autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas da matéria (art. 22,
parágrafo único, CF). Questão correta.

146. (CESPE / TRT 21ª Região - 2010) Constitui competência concorrente entre União, estados e
Distrito Federal legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.

Comentários:

Trata-se de competência privativa da União (art. 22, IV, CF). Questão errada.

147. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete concorrentemente à União, estados, Distrito Federal e
municípios legislar sobre águas.

Comentários:

Trata-se de competência privativa da União, conforme art. 22, IV, CF. Questão errada.

148. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete privativamente à União legislar sobre direito marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho.

Comentários:

É o que determina o art. 22, I, da CF. Questão correta.

149. (CESPE / TRT 17ª Região - 2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF atribuiu
à União a competência privativa para legislar sobre consórcios e sorteios, razão pela qual é
inconstitucional a lei ou ato normativo estadual que institua loteria no âmbito do estado.

Comentários:

É o que determina a súmula vinculante no 2 do STF: É inconstitucional a lei ou o ato normativo


estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e
Questão correta.

150. (CESPE / TJ-AL - 2012) É terminantemente vedado aos estados-membros e ao Distrito


Federal (DF) legislar sobre matérias inseridas no âmbito da competência legislativa privativa da
União.

Comentários:

É possível que Estados e Distrito Federal (jamais Municípios) legislem sobre questões específicas
(nunca gerais) dessas matérias, desde que a União lhes delegue tal competência por lei
complementar. Questão errada.

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151. (CESPE / STM - 2011) No âmbito da legislação concorrente, a superveniência de lei federal
sobre matéria acerca de normas gerais revoga a legislação estadual existente.

Comentários:

No âmbito da legislação concorrente, a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende
(e não revoga!) a lei estadual existente. Questão errada.

152. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A superveniência de lei federal sobre normas gerais derroga a lei
estadual, no que lhe for contrária.

Comentários:

Reza a Constituição que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a lei estadual,
no que lhe for contrária (art. 24, § 4º, CF). Questão errada.

153. (CESPE / OAB - 2007) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for contrária.

Comentários:

É o que determina o § 4º do art. 24 da Constituição Federal. Questão correta.

154. (CESPE / PREVIC - 2011) Segundo a CF, compete privativamente à União legislar sobre
previdência social.

Comentários:

Trata-se de competência legislativa concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24,
XII, CF). Questão errada.

155. (CESPE / MPS - 2010) Compete à União, aos estados e ao DF legislar concorrentemente
sobre previdência social, proteção e defesa da saúde.

Comentários:

É o que determina o art. 24, XII, da CF. Questão correta.

156. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A competência da União para legislar sobre normas gerais e
específicas não exclui a competência suplementar dos estados.

Comentários:

Determina o § 2º do art. 24 da Constituição que a competência da União para legislar sobre normas
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. Note que a competência da União, no

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âmbito da legislação concorrente, limita-se às normas gerais (art. 24, § 1º, CF), o que torna a questão
errada.

157. (CESPE / OAB - 2007) No que se refere às competências legislativas de caráter concorrente,
os estados não exercerão competência legislativa plena, mesmo inexistindo lei federal.

Comentários:

Determina o art. 24, § 3º, da Constituição, que inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Questão errada.

158. (CESPE / STF - 2008) Compete à União legislar sobre direito processual, mas não sobre
procedimentos em matéria processual, o que seria de competência concorrente entre a União, os
estados e o DF.

Comentários:

De fato, é o que se depreende dos arts. 22, I, c/c art. 24, XI, da Constituição Federal. Questão correta.

159. (CESPE / SEFAZ-ES - 2009) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito tributário, financeiro e econômico, e educação, cultura e ensino.

Comentários:

De fato, todas essas matérias pertencem à competência legislativa concorrente da União, dos
Estados e do Distrito Federal (art. 24, I e IX, CF). Questão correta.

160. (CESPE / TRE-MS - 2013) Em matéria de competência legislativa concorrente, a


superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a lei estadual, no que lhe for contrária.

Comentários:

Reza a Constituição que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da
lei estadual, no que lhe for contrário. Não se tem, aqui, uma revogação, mas sim uma suspensão.
Desse modo, caso a lei federal superveniente seja revogada, a lei estadual voltará a ter eficácia
imediatamente. Questão errada.

161. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados-membros têm competência comum, não legislativa,
e residual ou reservada. Neste último caso, aos estados-membros estarão reservadas todas as
competências que não sejam vedadas a eles, ou seja, as que não forem de competência expressa
dos outros entes. Uma das competências expressamente reservadas aos estados-membros pela
CF é a de explorar os serviços locais de gás canalizado, mediante concessão, na forma da lei,
vedada a regulamentação da referida matéria por medida provisória.

Comentários:

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De fato, os estados possuem competência residual, ou seja, a eles estão reservadas todas as
competências que não lhes foram vedadas pela Constituição. Isso não quer dizer que, no texto
constitucional, não existam competências expressas dos estados. Um exemplo de competência
expressa dos estados é a de explorar os serviços locais de gás canalizado. Questão correta.

162. (CESPE / ABIN - 2010) Os estados podem explorar diretamente, ou mediante permissão, os
serviços locais de gás canalizado e podem, inclusive, regulamentar a matéria por meio de medida
provisória.

Comentários:

O art. 25, § 2º, da Constituição, veda a regulamentação dessa matéria pelos Estados por meio de
medida provisória. Questão errada.

163. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados, autônomos que são, têm competência legislativa
própria, e a CF, assim como fez com os outros entes federados, dedicou artigo para enumerar,
taxativamente, as matérias de sua competência.

Comentários:

A competência legislativa dos estados-membros é residual ou reservada. Questão errada.


Fundamento: art. 25, §1º, CF.

164. (CESPE / TRT 21ª Região - 2010) No plano de suas atribuições administrativas e legislativas,
os estados federados exercem competências remanescentes, razão pela qual estão inseridos na
competência reservada dos estados-membros as atribuições que não constarem do rol de
competências da União e dos municípios e que não pertencerem à competência comum a todos
os entes federativos.

Comentários:

O enunciado traz uma excelente definição do que são as competências remanescentes ou residuais
dos Estados. Questão correta.

165. (CESPE / MPS - 2010) Compete privativamente à União explorar, diretamente ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, sendo vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação.

Comentários:

Trata-se de competência dos Estados, conforme art. 25, § 2º, da CF/88. Questão errada.

166. (CESPE / TRT 1ª Região - 2008) Pela teoria dos poderes remanescentes, a competência
legislativa da União decorre da exclusão dos assuntos taxativamente descritos na CF para os
estados, o DF e os municípios.

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Comentários:

A competência remanescente, no ordenamento jurídico brasileiro, é dos Estados, e não da União.


Questão errada.

167. (CESPE / TRF 5ª Região - 2009) Para regulamentar a exploração direta, ou mediante
concessão, dos serviços locais de gás canalizado, pode ser utilizada pelos estados medida
provisória, desde que prevista a sua edição na respectiva constituição estadual.

Comentários:

A Constituição veda a utilização de medida provisória para tal fim (art. 25, § 2º). Questão errada.

168. (CESPE / AUFC - 2009) No âmbito da organização federativa do Brasil, a competência


material residual é sempre de competência dos Estados.

Comentários:

O erro do enunciado é a palavra Há uma exceção: compete à União instituir os impostos


residuais, não previstos na Constituição, desde que sejam não cumulativos e tenham fato gerador
ou base de cálculo próprios dos discriminados na Carta Magna (competência residual tributária).
Questão errada.

169. (CESPE / STJ - 2012) Compete aos municípios a criação, a organização e a supressão de
distritos. Nesses três casos, devem ser observadas as orientações constantes em lei do município
correspondente.

Comentários:

Versa a Constituição (art. 30, IV) que compete aos Municípios criar, organizar e suprimir distritos,
observada a legislação estadual. Questão errada.

170. (CESPE / TJ-CE - 2012) Os municípios dispõem de competência para suplementar


exclusivamente a legislação estadual.

Comentários:

Determina o art. 30, II, da Constituição que os municípios dispõem de competência para
suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber. Questão errada.

171. (CESPE / TJ-RR - 2012) Os municípios dispõem de competência para suplementar a


legislação estadual, no que couber, mas não a legislação federal.

Comentários:

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Compete aos municípios suplementar tanto a legislação federal quanto a estadual, no que couber
(art. 30, II, CF). Questão errada.

172. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municípios não possuem competência suplementar em matéria
legislativa.

Comentários:

Possuem sim! Reza o art. 30 da Constituição que compete aos Municípios suplementar a legislação
federal e a estadual no que couber. Questão errada.

173. (CESPE / PREVIC - 2011) A CF reconhece aos municípios a competência para criar, organizar
e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

Comentários:

É o que dispõe o art. 30, IV da CF/88. Questão correta.

174. (CESPE / TRF 5ª Região - 2009) Compete ao município manter, com a cooperação técnica e
financeira da União e do estado a que ele pertence, programas de educação infantil e de ensino
fundamental, bem como serviços de atendimento à saúde da população.

Comentários:

É o que determina o art. 30, VI, da Constituição. Questão correta.

175. (CESPE / TJ-AL - 2012) Os municípios detêm a denominada competência legislativa


suplementar, podendo, portanto, suplementar, no que couber, tanto a legislação federal quanto
a estadual.

Comentários:

A competência legislativa dos municípios subdivide-se em exclusiva e suplementar: i) Competência


exclusiva para legislar sobre assuntos de interesse local (CF, art. 30, I); ii) Competência suplementar,
para suplementar a legislação federal ou estadual, no que couber (CF, art. 30, II). Questão correta.

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LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Da capacidade de auto-organização municipal decorre a
constatação de que o estado-membro não pode ingerir na autonomia organizatória do município,
o que confere a este a possibilidade de ordenar internamente, inclusive por meio de lei orgânica,
sem a necessidade de anuência do respectivo governo estadual.

2. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Os estados podem prever foro por prerrogativa de função
aos vereadores, ressalvada a competência constitucional do tribunal do júri.

3. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Não estará abarcado pela imunidade material o vereador que
ofender adversário político em entrevista em município diverso daquele no qual cumpre mandato.

4. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Vereadores só poderão ser presos se em flagrante de crime
inafiançável.

5. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Em regra, é vedado aos entes federados estabelecer aliança
com representantes de cultos religiosos ou igrejas.

6. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Os recursos minerais, incluídos os do subsolo, são bens da
União.

7. (CESPE / TRT 7a Região 2017) Segundo o texto constitucional, para que as unidades
federativas estaduais possam se desmembrar, são necessárias

a) a aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito; e a edição de lei


complementar pelo Congresso Nacional.

b) a aprovação popular, mediante referendo nacional; e a edição de lei estadual pelo estado a ser
desmembrado.

c) a aprovação da população diretamente interessada, mediante plebiscito ou referendo; e a edição


de emenda à Constituição Federal.

d) a aprovação popular, mediante referendo nacional; e a edição de resolução do Senado Federal.

8. (CESPE/ TRT 7a Região 2017) Conforme a CF, os municípios são

a) dotados de soberania no âmbito nacional.

b) regidos por constituição municipal.

c) regidos por lei orgânica municipal.

d) dotados de soberania no âmbito municipal

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9. (CESPE/ PGE-SE 2017) Quanto à forma, o Estado brasileiro é classificado como

a) democrático, embasado no princípio da igualdade.

b) republicano, fundamentado na alternância do poder.

c) republicano, sendo essa forma protegida como cláusula pétrea.

d) Estado democrático de direito.

e) federativo, sujeito ao princípio da indissolubilidade.

10. (CESPE / TCE-PE 2017) Para que um estado federado institua regiões metropolitanas
constituídas por municípios limítrofes no âmbito de seu território, será necessária apenas a edição
de lei complementar estadual.

11. (CESPE / TRE-PE - 2017) Com referência à organização político-administrativa do Estado,


assinale a opção correta.

a) Os municípios são subordinados administrativamente aos estados em que estiverem localizados.

b) Do ponto de vista político-administrativo, os estados federados são subordinados à União.

c) É permitido à União, mas vedados aos estados, recusar fé aos documentos públicos.

d) É vedado a todos os entes da federação estabelecer cultos religiosos.

e) De acordo com a CF, o Distrito Federal unidade federada indivisível em municípios é a capital
federal do país.

12. (CESPE / TRE-PE - 2017) Incluem-se entre os bens do Estado da federação:

a) os recursos minerais, inclusive os do subsolo.

b) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio.

c) o mar territorial.

d) os potenciais de energia hidráulica.

e) os terrenos da marinha.

13. (CESPE/ PGE-AM 2016) Embora, conforme a CF, a lei orgânica municipal esteja
subordinada aos termos da Constituição estadual correspondente, esta última Carta não pode
estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organização dos municípios.

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14. (CESPE/ ANVISA 2016) Nos termos da CF, um ente federativo terá o direito de secessão,
isto é, de desagregar-se da Federação, seja em caso de crise institucional, seja por decisão da
população diretamente interessada, mediante plebiscito.

15. (CESPE/ PGE-AM 2016) Em razão do princípio da autonomia política dos entes federativos,
estados e municípios não podem ser submetidos a disposições implícitas da CF, devendo
obediência, tão somente, às suas disposições expressas.

16. (CESPE/ ANVISA 2016) Apesar de não possuírem sua própria Constituição, os municípios,
em simetria com os estados, desempenham as funções dos Poderes Executivo, Judiciário e
Legislativo, em razão da autonomia administrativa estabelecida no texto da CF.

17. (CESPE/ ANVISA 2016) Em caso de desmembramento de município, faz-se necessária


consulta por meio de plebiscito, tanto à população do território remanescente como, também, à
daquele a ser desmembrado.

18. (CESPE / TCE-PA 2016) A fusão de dois municípios depende de consulta prévia, mediante
plebiscito, das respectivas populações, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.

19. (CESPE / TCE-PA 2016) O estado do Pará pode explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, não podendo a regulamentação da exploração
ocorrer por meio de medida provisória.

20. (CESPE / TCE-PA 2016) Os estados-membros, mediante lei ordinária específica, podem
instituir regiões metropolitanas, constituídas por agrupamentos de municípios, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

21. (CESPE / TRT 8a Região 2016) A forma de federalismo adotada no Brasil é conhecida como
federalismo de segregação e centrífugo, sendo os estados-membros dotados de autogoverno.

22. (CESPE / TRT 8a Região 2016) Cada uma das unidades integrantes da Federação brasileira
é ente autônomo e soberano, capaz de auto-organização, autolegislação, autogoverno e
autoadministração.

23. (CESPE / TRE-PI 2016) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos, desde que haja aprovação da
população interessada, por referendo, e do Congresso Nacional, por lei aprovada por maioria
simples.

24. (CESPE / TRE-PI 2016) Para que ocorra o desmembramento do território de um estado, é
necessário que a população da área a ser desmembrada e a população do território remanescente
sejam consultadas.

25. (CESPE / TRE-PI 2016) Cabe à União o exercício de atribuições da soberania do Estado
brasileiro, razão por que esse ente se confunde com o próprio Estado federal.

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26. (CESPE / TRE-PI 2016) O município é dotado de capacidade de auto-organização e de


autoadministração, no exercício das competências administrativas e tributárias conferidas pela
constituição do estado no qual se localiza.

27. (CESPE / DPU 2016) O Congresso Nacional poderá editar lei complementar para a fusão
de dois estados em um novo, desde que as populações diretamente interessadas aprovem a fusão
mediante plebiscito.

28. (CESPE / TCE-PR 2016) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e devidamente
demarcadas são exemplos de bem dominial da União.

29. (CESPE / TRE-RS 2015) Assim como a União e os estados-membros, os municípios regem-
se por Constituições próprias, que são consideradas a lei fundamental máxima de uma sociedade
local.

30. (CESPE / TCE-RN 2015) Por possuírem autonomia política, os territórios federais têm sua
criação, transformação em estado ou reintegração ao estado de origem dependente da aprovação,
por plebiscito, da população diretamente interessada e da ratificação do Congresso Nacional.

31. (CESPE / TCE-RN 2015) São bens dos estados-membros da Federação as terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios.

32. (CESPE / AGU 2015) Entre as características do Estado federal, inclui-se a possibilidade de
formação de novos estados-membros e de modificação dos já existentes conforme as regras
estabelecidas na CF.

33. (CESPE / MPOG 2015) São formas de governo a federação, a confederação e o governo
único.

34. (CESPE / MPOG 2015) Permite-se à União, aos estados e aos municípios colaborar com as
igrejas quando demonstrado o interesse público, na forma da lei.

35. (CESPE/ TRE-MT 2015) A organização político-administrativa da República Federativa do


Brasil compreende a União, os estados e o Distrito Federal, entes autônomos, excluídos os
municípios, por não possuírem constituição.

36. (CESPE/ DPE-RN - 2015) Os territórios federais, quando criados, elegerão um senador para
integrar o Congresso Nacional.

37. (CESPE/CADE 2014) A organização político-administrativa da República Federativa do


Brasil compreende os entes da Federação, que possuem a tríplice capacidade da autonomia: auto-
organização, autogoverno e autoadministração.

38. (CESPE/Instituto Rio Branco 2014) A ordem constitucional brasileira não admite o
chamado direito de secessão, que possibilita que os estados, o Distrito Federal e os municípios se

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separem do Estado Federal, preterindo suas respectivas autonomias, para formar centros
independentes de poder.

39. (CESPE/TJ-CE 2014) São bens dos estados-membros os recursos minerais, inclusive os do
subsolo, localizados em seus respectivos territórios.

40. (CESPE/TJ-CE 2014) Com o advento da CF ficou proibida a criação de novos territórios
federais.

41. (CESPE/TJ-CE 2014) São bens dos municípios os sítios arqueológicos localizado sem seus
territórios.

42. (CESPE/ ANATEL 2014) A forma federativa de Estado adotada pela CF consiste na
descentralização política e na soberania dos estados-membros, os quais são capazes de se auto-
organizar mediante a elaboração de constituições estaduais.

43. (CESPE/ ANTAQ 2014) São considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer
correntes de água em terrenos que sirvam de limites com outros países ou se estendam a território
estrangeiro ou dele provenham.

44. (CESPE / MS 2013) Os estados-membros se auto-organizam por meio do exercício de seu


poder constituinte derivado-decorrente, mas não estão obrigados a observar os princípios
federais extensíveis.

45. (CESPE / Juiz Federal TRT 5ª Região 2013) Como o federalismo estabelecido na CF é
assimétrico, é conferido aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal, como entes federativos,
o direito de secessão.

46. (CESPE / TJDFT 2013) Mesmo não sendo estado nem município, o Distrito Federal (DF)
possui autonomia, parcialmente tutelada pela União.

47. (CESPE / TRE-MS - 2013) O Estado Federal brasileiro é concebido constitucionalmente como
a união indissolúvel dos estados, municípios e do Distrito Federal.

48. (CESPE / TRE-MS - 2013) A CF adotou como princípio da organização política brasileira a
dissolubilidade do vínculo federativo.

49. (CESPE / TRT 10ª Região - 2013) Os municípios e os estados-membros da Federação


brasileira são dotados de personalidade de direito internacional.

50. (CESPE / CNPq - 2011) A União, os estados, os municípios e o Distrito Federal são entes
federativos, diferentemente dos territórios federais, que integram a União e não são dotados de
autonomia.

51. (CESPE / ANATEL - 2012) A cidade de Brasília é a capital federal, sendo vedada pela
Constituição Federal a transferência da sede do governo federal para outra cidade.

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52. (CESPE / TJ-PI - 2012) O patrimônio da União é formado por bens indicados
exemplificativamente na CF, incluídas todas as ilhas fluviais e lacustres em zonas limítrofes com
outros países, praias marítimas e ilhas oceânicas e costeiras.

53. (CESPE / TRE-MS - 2013) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios pertencem aos
estados nas quais se situam.

54. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os terrenos de marinha são bens dos municípios.

55. (CESPE / TCU - 2011) De acordo com a CF, a União e os estados-membros podem criar
regiões de desenvolvimento visando à redução das desigualdades regionais.

56. (CESPE / TCU - 2008) As riquezas minerais, como o petróleo, são bens da União.

57. (CESPE / Procurador Municipal de Natal - 2008) Os potenciais de energia hidráulica são bens
comuns da União e dos estados onde se encontrem.

58. (CESPE / ABIN - 2008) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são de domínio das
comunidades indígenas.

59. (CESPE / ANTAQ - 2009) Considere a situação em que uma pessoa, ao cavar um poço
artesiano no sítio de sua propriedade, tenha encontrado uma reserva de gás natural. Nesse caso,
a reserva pertencerá à União, mas o proprietário terá, por força expressa de dispositivo
constitucional, direito a participação no resultado da lavra.

60. (CESPE / TRE-MS - 2013) O regime federal estabelecido pela CF concede autonomia aos
estados-membros, ou seja, auto-organização e normatização própria, autogoverno e
autoadministração.

61. (CESPE / TJ-RR - 2012) Compete à União, mediante lei complementar, instituir
microrregiões, com a finalidade de promover a redução das desigualdades regionais.

62. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Espírito Santo é um órgão da União e, por isso, é subordinado
à Presidência da República.

63. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Poder Executivo do Espírito Santo é chefiado pelo governador
desse estado.

64. (CESPE / TJ-AL - 2012) Os municípios gozam de certa autonomia que permite, em função
das regras e princípios de autogoverno, contar com poderes Executivo e Legislativo eleitos pela
população, mas não com Poder Judiciário próprio.

65. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municípios têm autonomia administrativa, política e financeira,
mas não autonomia normativa.

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66. (CESPE / TJ-PI - 2012) Compete às constituições estaduais fixar os subsídios dos prefeitos e
dos vice-prefeitos, de maneira a evitar anomalias e discrepâncias remuneratórias entre os
municípios de um mesmo estado-membro.

67. (CESPE / TJ-AL - 2012) As eleições para prefeito e vice-prefeito dos municípios com mais de
duzentos mil eleitores ocorrerão, necessariamente, em dois turnos, caso nenhum dos candidatos
alcance a maioria absoluta dos votos validamente emitidos no primeiro turno, aí computados os
votos em branco, mas não os nulos.

68. (CESPE / DPE-AL - 2009) Os territórios, quando criados, podem ser divididos em municípios,
aos quais não serão aplicadas as regras de regência dos demais municípios, já que estarão
inseridos em território federal, considerado como descentralização administrativa da União.

69. (CESPE / MPS - 2010) O DF acumula as atribuições referentes à competência legislativa


reservada aos estados e aos municípios.

70. (CESPE / ANATEL - 2012) Ao Distrito Federal é assegurada autonomia para organizar e
manter seu Poder Judiciário.

71. (CESPE / TJ-PI - 2012) De acordo com a CF, os territórios federais, uma vez criados, não
elegem representantes para o Senado Federal, mas sua população tem a prerrogativa de eleger
quatro deputados para representá-la na Câmara dos Deputados.

72. (CESPE / MPS - 2010) De acordo com a CF, os territórios podem ser divididos em municípios.

73. (CESPE / TJ-AL - 2012) O Distrito Federal, assim como os territórios, não pode ser dividido
em municípios.

74. (CESPE / TJ-PI - 2012) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formar novos estados, mediante aprovação da
população diretamente interessada, por meio de plebiscito, estando o Congresso Nacional
vinculado ao resultado da consulta popular.
75. (CESPE / OAB - 2010) No tocante às hipóteses de criação de estados-membros, previstas na
CF, assinale a opção correta.

a) Na fusão, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formação de um novo estado,
o que implica perda da personalidade primitiva.

b) Na cisão, o estado subdivide-se em dois ou mais estados membros, com personalidades distintas,
mantendo o estado originário sua personalidade jurídica.

c) No desmembramento para a formação de novo estado, o estado originário perde sua identidade,
para formar um novo estado com personalidade jurídica própria.

d) No desmembramento para a anexação de outro estado, a parte desmembrada constituirá novo


estado, com identidade própria.

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76. (CESPE / MPS - 2010) Para a criação de um novo estado na Federação brasileira, é necessária
a realização de plebiscito nacional, de forma a garantir o equilíbrio federativo.

77. (CESPE / MPU - 2010) Considere que determinado estado da Federação tenha obtido
aprovação tanto de sua população diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do
Congresso Nacional, por meio de lei complementar, para se desmembrar em dois estados
distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigência imposta pela Constituição para incorporação,
subdivisão, desmembramento ou formação de novos estados ou territórios federais.

78. (CESPE / Procurador Prefeitura de Boa Vista - 2010) Nas consultas plebiscitárias para
criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, deve-se consultar a população
dos territórios diretamente afetados pela alteração. Nesse caso, a vontade popular é aferida pelo
percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada.

79. (CESPE / Procurador Municipal de Natal - 2008) A criação, a incorporação, a fusão e o


desmembramento de município devem ser feitos por lei estadual, observados os requisitos
previstos na CF.

80. (CESPE / TJ - RO 2013) O Congresso Nacional vincula-se a pronunciamento plebiscitário


quanto a transformação dos estados por incorporação entre si, por subdivisão ou
desmembramento, quer para se anexarem a outros, quer para formarem novos estados ou
territórios federais.

81. (CESPE / TRT 10ª Região - 2013) A divisão político-administrativa interna da Federação
brasileira é imutável.

82. (CESPE / MPE-RN - 2009) É vedado à União, aos estados, ao DF e aos municípios estabelecer
cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles
ou seus representantes relações de dependência ou aliança.

83. (CESPE / MS 2013) Pelo princípio da isonomia federativa, é vedado à União, aos estados-
membros, ao Distrito Federal (DF) e aos municípios criar distinções entre os brasileiros, bem como
criar preferências entre si.

84. (CESPE / PC-BA 2013) Recusar fé aos documentos públicos inclui-se entre as vedações
constitucionais de natureza federativa.

85. (CESPE / DEPEN 2013) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais,
mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, ficando
dispensada a atuação do Congresso Nacional.

86. (CESPE / PRF 2012) Um estado da Federação que possua cinquenta e um deputados
federais possuirá, necessariamente, setenta e seis deputados estaduais.

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87. (CESPE/ PGM Manaus 2018) No âmbito de sua jurisdição, compete ao município a fixação
do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, uma vez que se trata de assunto
de interesse local.

88. (CESPE / TRF 1a Região 2017) As peculiaridades de cada cidade determinam a competência
dos Municípios para fixar horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais e bancários.

89. (CESPE / TRF 1a Região 2017) É competência comum da União, dos estados, dos municípios
e do Distrito Federal legislar sobre normas gerais de licitação para a administração pública direta.

90. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Compete privativamente à União legislar sobre
desapropriação.

91. (CESPE / DPU 2017) Os estados e os municípios podem legislar sobre responsabilidade por
dano ao meio ambiente.

92. (CESPE / TCE-PE 2017) A proteção ao meio ambiente é de competência comum da União,
dos estados, do DF e dos Municípios.

93. (CESPE / TRE-BA 2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988 e o entendimento
do Supremo Tribunal Federal, compete

a) à União legislar sobre a criação de novos municípios.

b) aos estados legislar sobre as custas de serviços forenses enquanto inexistir lei federal que
disponha sobre normas gerais.

c) aos municípios litorâneos legislar sobre o uso de terrenos de Marinha que se encontrem em seu
território.

d) aos estados-membros legislar sobre crimes de responsabilidade.

e) aos municípios legislar sobre questões específicas em matéria eleitoral.

94. (CESPE/ Instituto Rio Branco 2017) Compete à União explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão, os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de estado ou território.
95. (CESPE/ Instituto Rio Branco 2017) No âmbito da competência concorrente, seria
inconstitucional lei estadual que ampliasse, a critério do legislador estadual, definição
estabelecida por lei federal sobre determinada matéria.
96. (CESPE / TRE-PE - 2017) A respeito das competências dos entes federados, assinale a opção
correta.

a) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa
residual para atender às suas peculiaridades.

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b) A eficácia de lei estadual vigente não será suspensa na hipótese de superveniência de lei federal
sobre normas gerais, mesmo que a lei federal traga disposições contrárias à lei estadual.

c) Compete privativamente à União zelar pela guarda da CF, das leis e das instituições democráticas.

d) A competência da União para legislar sobre normas gerais afasta a competência suplementar dos
estados.

e) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas


gerais.

97. (CESPE/ PGE-AM 2016) No âmbito das competências concorrentes, lei federal sobre
normas gerais suspende a eficácia de lei estadual superveniente, no que esta lhe for contrária.
98. (CESPE/ ANVISA 2016) Situação hipotética: O Estado de Minas Gerais editou norma geral
sobre matéria de competência concorrente, ante a ausência de norma geral editada pela União.
Todavia, meses depois, a União promulgou lei estabelecendo normas gerais acerca da matéria.
Assertiva: Nessa situação, a lei estadual terá sua eficácia suspensa naquilo que for contrária à lei
federal.
99. (CESPE/ Agente PC-GO 2016) Compete privativamente à União:

a) estabelecer política de educação para segurança no trânsito.

b) legislar sobre requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra.

c) cuidar da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência.

d) legislar sobre organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil.

e) legislar sobre educação, ensino, pesquisa e inovação.

100. (CESPE / Agente PC-PE 2016) Com base no disposto na CF, assinale a opção correta acerca
da organização político-administrativa do Estado.

a) É da competência comum dos estados, do Distrito Federal e dos municípios organizar e manter as
respectivas polícias civil e militar e o respectivo corpo de bombeiros militar.

b) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal estabelecer normas gerais de organização das
polícias militares e dos corpos de bombeiros militares, assim como normas sobre seus efetivos, seu
material bélico, suas garantias, sua convocação e sua mobilização.

c) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os


estados, os territórios federais, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da
CF.

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d) Os estados podem incorporar-se entre si mediante aprovação da população diretamente


interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de lei complementar.

e) É facultado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios subvencionar cultos
religiosos ou igrejas e manter com seus representantes relações de aliança e colaboração de
interesse público.

101. (CESPE / TCE-PA 2016) Compete privativamente à União legislar sobre direito civil,
comercial e financeiro.
102. (CESPE / TJ-AM 2016) Tendo em vista que o direito à vida valor central do ordenamento
jurídico desdobra-se em direito à existência física e direito a uma vida digna, assinale a opção
correta.

a) O direito à saúde efetiva-se mediante ações distributivas e alocativas relacionadas à promoção,


proteção e recuperação da saúde.

b) Os serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, que constitui um
sistema único, organizado de forma centralizada.

c) O STF afastou a possibilidade de o SUS pagar por tratamento diferenciado oferecido a pessoa que
comprove necessitar de medida curativa ainda não incorporada ao sistema público, para evitar o
chamado efeito multiplicador que o precedente judicial poderia causar.

d) Constitui direito dos trabalhadores a assistência dos filhos e dependentes desde o nascimento até
cinco anos de idade em creches e pré-escolas mediante pagamento de contraprestação fixada em
lei.

e) É dever privativo da União desenvolver políticas públicas que visem à redução de doenças e outros
agravos.

103. (CESPE / TRT 8a Região 2016) De acordo com a CF, compete:

a) à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios legislar concorrentemente sobre direito
agrário.

b) aos estados elaborar e executar planos regionais de ordenação do território e de desenvolvimento


econômico e social.

c) aos municípios explorar diretamente serviços de radiodifusão.

d) à União legislar privativamente sobre desapropriação.

e) à União legislar privativamente sobre direito financeiro.

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104. (CESPE / TRT 8a Região 2016) A competência da União e dos municípios é expressa, sendo
a competência dos estados remanescente ou residual.

105. (CESPE / TRE-PI 2016) Compete à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios
assegurar a defesa nacional.

106. (CESPE / DPU 2016) No que se refere à proteção e à defesa da saúde, a União exerce
competência legislativa concorrente, cabendo-lhe o estabelecimento de normas gerais.
107. (CESPE / TCE-PR 2016) Em relação à organização político-administrativa do Estado
brasileiro, assinale a opção correta.

a) Lei estadual que dispuser sobre sistema de consórcios e sorteios não usurpará a competência da
União, pois se inserirá no âmbito da competência legislativa suplementar.

b) No exercício de sua competência para legislar sobre assuntos de interesse local, pode o município
editar lei municipal que discipline horário comercial e bancário para o atendimento ao público.

c) Em matéria de competência legislativa concorrente, a superveniência de lei federal sobre normas


gerais revoga lei estadual anterior no que elas forem contrárias.

d) Em matéria de proteção ao meio ambiente, a competência legislativa concorrente entre a União


e os estados não afasta a competência do município para legislar sobre o assunto de forma
suplementar.

e) Lei complementar federal pode autorizar estados e municípios a legislar sobre questões
específicas de matérias de competência privativa da União.

108. (CESPE / TCE-PR 2016) O registro, o acompanhamento e a fiscalização das concessões de


direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais, em seus respectivos territórios,
são de competência comum da União, dos estados, do DF e dos municípios.
109. (CESPE / TCE-PR 2016) Será constitucional lei estadual que discipline os crimes de
responsabilidade dos conselheiros do respectivo tribunal de contas, bem como o procedimento
de sua apuração e de seu julgamento.
110. (CESPE / TRE-RS - 2015) Assinale a opção correta em relação à organização do Estado.

a) Compete à União, aos estados e aos municípios legislar concorrentemente sobre direito eleitoral.

b) Nos municípios, é possível a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico da cidade
mediante a manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado do respectivo ente
federativo.

c) A abolição da forma federativa de Estado é possível, mediante emenda constitucional proposta


por dois terços dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

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d) O ordenamento jurídico constitucional brasileiro admite o direito de secessão, que se refere à


descentralização político-administrativa.

e) Em se tratando de competência legislativa concorrente, no caso de inexistir lei federal sobre


normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa plena, mas a superveniência de lei
federal sobre normas gerais revoga automaticamente a lei estadual sobre o tema.

111. (CESPE/ Procurador de Salvador/BA 2015) Com relação às competências dos municípios,
assinale a opção correta.

a) Cumpre aos municípios explorar os serviços locais de gás canalizado, sendo vedada a edição de
medida provisória para a sua regulamentação.

b) De acordo com a CF, não compete aos municípios suplementar a legislação federal ou a legislação
estadual.

c) A competência dos municípios para legislar é residual, haja vista que será atribuição dos
municípios disciplinar aquilo que não seja constitucionalmente atribuído à competência da União ou
dos estados.

d) São inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo máximo de permanência em filas
de bancos comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela União.

e) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde que observada a legislação
estadual sobre a matéria.

112. (CESPE / TCE-RN 2015) No âmbito da competência legislativa concorrente, inexistindo lei
federal, os estados exercerão competência legislativa plena, mas eventual promulgação de lei
federal dispondo sobre normas gerais tem o efeito de suspender a eficácia da legislação estadual
sobre toda a matéria objeto da competência concorrente.

113. (CESPE / TCE-RN 2015) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde
que observada a legislação estadual.

114. (CESPE/ TCE-RN 2015) Será constitucional lei estadual que estabeleça tramitação
prioritária, na justiça estadual, de processos judiciais que tenham como parte mulheres vítimas de
violência doméstica.

115. (CESPE/ TCU 2015) Compete privativamente à União legislar sobre direitos e garantias
fundamentais.

116. (CESPE/ TRE-MT 2015) Segundo a CF, lei complementar federal poderá autorizar os
estados-membros a legislarem em matéria de competência privativa da União.

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117. (CESPE/ TRE-GO 2015) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito eleitoral e, no âmbito dessa legislação concorrente, a
competência da União está limitada ao estabelecimento de normas gerais.

118. (CESPE/ TRE-GO 2015) É competência privativa da União legislar acerca do direito
eleitoral.

119. (CESPE/ DPE-RN - 2015) No tocante às competências legislativas concorrentes, a


superveniência de norma suplementar específica proveniente de ente federativo local suspenderá
de pronto a eficácia de lei federal sobre normas gerais, no que esta lhe for contrária.

120. (CESPE/ IRBr Diplomata 2015) Compete à União manter relações com Estados
estrangeiros, declarar a guerra e celebrar a paz, mas se insere no âmbito da competência
concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal assegurar a defesa nacional e permitir que
forças estrangeiras transitem por seus territórios.

121. (CESPE/ IRBr Diplomata 2015) Além das competências legislativas remanescentes, a
Constituição Federal de 1988 enumerou algumas competências aos estados-membros, como, por
exemplo, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, por meio de lei
estadual.

122. (CESPE/ ANTAQ 2014) Aos estados-membros da Federação compete explorar,


diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os portos marítimos, fluviais e
lacustres.

123. (CESPE/ ANATEL 2014) Considere que determinado estado tenha editado norma geral
sobre matéria de competência concorrente, ante a ausência de normas gerais editadas pela União.
Nessa situação, se a União, posteriormente, editar lei estabelecendo normas gerais sobre a mesma
matéria, a referida lei estadual será suspensa, no que for contrária à lei federal.

124. (CESPE / TCDF 2014) Não contrariaria a CF norma distrital que proibisse, com base no
princípio da isonomia, a cobrança pelo uso de estacionamento nos shopping centers situados no
DF, com vistas à promoção do lazer e da cultura, uma vez que o DF agiria, nessa situação, no
exercício da competência concorrente a ele conferida para legislar sobre direito urbanístico.

125. (CESPE / TCDF 2014) Não ofenderia a CF lei distrital que versasse sobre a concessão, aos
estudantes regulares do DF, de 50% de desconto no valor cobrado em ingressos para eventos
esportivos, culturais e de lazer, já que é concorrente, entre a União, os estados e o DF, a
competência para legislar sobre direito econômico.

126. (CESPE / TCDF 2014) A edição de normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos, em todas as modalidades, é competência privativa da União.

127. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) A competência para legislar sobre orçamento
pertence privativamente à União, cabendo aos estados e ao Distrito Federal editar normas sobre

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aspectos específicos relacionados à questão orçamentária, desde que autorizados por lei
complementar federal.

128. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) Se um estado da Federação editar norma que
proíba revista íntima em empregados de estabelecimentos situados em seu território, tal norma,
ainda que proteja a dignidade do trabalhador, será inconstitucional, pois tratará de matéria de
competência privativa da União.

129. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) A legislação sobre a proteção e defesa da saúde é,
conforme a CF, de competência tanto federal como estadual, na forma do que se entende como
competência concorrente.

130. (CESPE / Juiz Federal TRT 5ª Região 2013) No que se refere à repartição de competências,
a CF adotou exclusivamente a técnica da repartição horizontal.

131. (CESPE / TCDF 2013) A União, dentro do seu juízo discricionário, pode delegar, por meio
de lei específica, assuntos de sua competência legislativa privativa a determinado estado da
Federação, sem necessidade de estender essa delegação a todos os estados.

132. (CESPE / AFT 2013) Um estado-membro não pode editar norma específica de defesa do
consumidor, por se tratar, segundo a CF, de tema inserido na competência privativa da União.

133. (CESPE / AFT 2013) Caso determinado estado-membro edite lei disciplinando o exercício
da atividade laboral de transporte de bagagens nos terminais rodoviários de sua jurisdição, ele
invadirá a competência privativa da União para legislar sobre direito do trabalho.

134. (CESPE / Juiz Federal TRF 2ª Região 2013) Pertence privativamente à União a competência
para legislar sobre direito comercial, tributário e financeiro.

135. (CESPE / TRE-MS - 2013) Cabe aos estados-membros estabelecer, em forma associativa, as
áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem.

136. (CESPE / TRT 10ª Região - 2013) Os estados possuem competência legislativa suplementar
em matéria de direito do trabalho, observadas as normas gerais estabelecidas pela União.

137. (CESPE / STJ - 2012) O estado-membro que editar lei proibindo a cobrança de tarifa de
assinatura básica nos serviços de telefonia fixa e móvel agirá nos limites de sua competência, pois
a CF atribuiu à União e aos estados a competência para legislar concorrentemente sobre
telecomunicações.

138. (CESPE / STJ - 2012) Lei estadual que reservar espaço para o tráfego de motocicletas em vias
públicas de grande circulação será constitucional, por tratar de tema inserido no âmbito da
competência legislativa dos estados-membros.

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139. (CESPE / STJ - 2012) A existência de lei municipal que legisle sobre trânsito e que imponha
sanção mais gravosa que a prevista no Código de Trânsito Brasileiro é incompatível com a
Constituição Federal de 1988 (CF).

140. (CESPE / TRE-MS - 2013) Compete concorrentemente à União, aos estados e ao Distrito
Federal legislar sobre direito eleitoral.
141. (CESPE / DPU - 2010). A elaboração de lei estadual que verse quanto à forma de como
poderá ocorrer a desapropriação

a) É viável, caso sejam atendidas determinadas condições, por se tratar de competência exclusiva
dos estados-membros.

b) É inviável, por se tratar de competência privativa dos estados membros.

c) É inviável, por se tratar de competência exclusiva dos municípios.

d) É viável, se atendidas determinadas condições, por se tratar de competência privativa da União.

e) É viável, desde que atendidas determinadas condições, por se tratar de competência privativa dos
estados-membros.

142. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Ao legislar sobre normas gerais, a União, no que diz respeito à
sua competência, não deixa margem de atuação legislativa para os estados-membros, caso o
assunto tenha sido esgotado.

176. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) É competência exclusiva da Un(CESPE / TRE-BA 2017) De acordo
com a Constituição Federal de 1988 e o entendimento do Supremo Tribunal Federal, compete

a) à União legislar sobre a criação de novos municípios.

b) aos estados legislar sobre as custas de serviços forenses enquanto inexistir lei federal que
disponha sobre normas gerais.

c) aos municípios litorâneos legislar sobre o uso de terrenos de Marinha que se encontrem em seu
território.

d) aos estados-membros legislar sobre crimes de responsabilidade.

e) aos municípios legislar sobre questões específicas em matéria eleitoral.

143. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) É competência exclusiva da União legislar sobre direito civil,
comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.

144. (CESPE / CNPq - 2011) De acordo com a CF, a competência para legislar sobre propaganda
comercial é privativa da União.

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145. (CESPE / STM - 2011) Compete privativamente à União legislar sobre matéria de direito
penal, contudo, poderá ela, por meio de lei complementar, autorizar os estados-membros a
legislar sobre questões específicas dessa matéria, relacionadas na Constituição Federal de 1988.

146. (CESPE / TRT 21ª Região - 2010) Constitui competência concorrente entre União, estados e
Distrito Federal legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.

147. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete concorrentemente à União, estados, Distrito Federal e
municípios legislar sobre águas.

148. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete privativamente à União legislar sobre direito marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho.

149. (CESPE / TRT 17ª Região - 2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF atribuiu
à União a competência privativa para legislar sobre consórcios e sorteios, razão pela qual é
inconstitucional a lei ou ato normativo estadual que institua loteria no âmbito do estado.

150. (CESPE / TJ-AL - 2012) É terminantemente vedado aos estados-membros e ao Distrito


Federal (DF) legislar sobre matérias inseridas no âmbito da competência legislativa privativa da
União.

151. (CESPE / STM - 2011) No âmbito da legislação concorrente, a superveniência de lei federal
sobre matéria acerca de normas gerais revoga a legislação estadual existente.

152. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A superveniência de lei federal sobre normas gerais derroga a lei
estadual, no que lhe for contrária.

153. (CESPE / OAB - 2007) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for contrária.

154. (CESPE / PREVIC - 2011) Segundo a CF, compete privativamente à União legislar sobre
previdência social.

155. (CESPE / MPS - 2010) Compete à União, aos estados e ao DF legislar concorrentemente
sobre previdência social, proteção e defesa da saúde.

156. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A competência da União para legislar sobre normas gerais e
específicas não exclui a competência suplementar dos estados.

157. (CESPE / OAB - 2007) No que se refere às competências legislativas de caráter concorrente,
os estados não exercerão competência legislativa plena, mesmo inexistindo lei federal.

158. (CESPE / STF - 2008) Compete à União legislar sobre direito processual, mas não sobre
procedimentos em matéria processual, o que seria de competência concorrente entre a União, os
estados e o DF.

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159. (CESPE / SEFAZ-ES - 2009) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito tributário, financeiro e econômico, e educação, cultura e ensino.

160. (CESPE / TRE-MS - 2013) Em matéria de competência legislativa concorrente, a


superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a lei estadual, no que lhe for contrária.

161. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados-membros têm competência comum, não legislativa,
e residual ou reservada. Neste último caso, aos estados-membros estarão reservadas todas as
competências que não sejam vedadas a eles, ou seja, as que não forem de competência expressa
dos outros entes. Uma das competências expressamente reservadas aos estados-membros pela
CF é a de explorar os serviços locais de gás canalizado, mediante concessão, na forma da lei,
vedada a regulamentação da referida matéria por medida provisória.

162. (CESPE / ABIN - 2010) Os estados podem explorar diretamente, ou mediante permissão, os
serviços locais de gás canalizado e podem, inclusive, regulamentar a matéria por meio de medida
provisória.

163. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados, autônomos que são, têm competência legislativa
própria, e a CF, assim como fez com os outros entes federados, dedicou artigo para enumerar,
taxativamente, as matérias de sua competência.

164. (CESPE / TRT 21ª Região - 2010) No plano de suas atribuições administrativas e legislativas,
os estados federados exercem competências remanescentes, razão pela qual estão inseridos na
competência reservada dos estados-membros as atribuições que não constarem do rol de
competências da União e dos municípios e que não pertencerem à competência comum a todos
os entes federativos.

165. (CESPE / MPS - 2010) Compete privativamente à União explorar, diretamente ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, sendo vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação.

166. (CESPE / TRT 1ª Região - 2008) Pela teoria dos poderes remanescentes, a competência
legislativa da União decorre da exclusão dos assuntos taxativamente descritos na CF para os
estados, o DF e os municípios.

167. (CESPE / TRF 5ª Região - 2009) Para regulamentar a exploração direta, ou mediante
concessão, dos serviços locais de gás canalizado, pode ser utilizada pelos estados medida
provisória, desde que prevista a sua edição na respectiva constituição estadual.

168. (CESPE / AUFC - 2009) No âmbito da organização federativa do Brasil, a competência


material residual é sempre de competência dos Estados.

169. (CESPE / STJ - 2012) Compete aos municípios a criação, a organização e a supressão de
distritos. Nesses três casos, devem ser observadas as orientações constantes em lei do município
correspondente.

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170. (CESPE / TJ-CE - 2012) Os municípios dispõem de competência para suplementar


exclusivamente a legislação estadual.

171. (CESPE / TJ-RR - 2012) Os municípios dispõem de competência para suplementar a


legislação estadual, no que couber, mas não a legislação federal.

172. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municípios não possuem competência suplementar em matéria
legislativa.

173. (CESPE / PREVIC - 2011) A CF reconhece aos municípios a competência para criar, organizar
e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

174. (CESPE / TRF 5ª Região - 2009) Compete ao município manter, com a cooperação técnica e
financeira da União e do estado a que ele pertence, programas de educação infantil e de ensino
fundamental, bem como serviços de atendimento à saúde da população.

175. (CESPE / TJ-AL - 2012) Os municípios detêm a denominada competência legislativa


suplementar, podendo, portanto, suplementar, no que couber, tanto a legislação federal quanto
a estadual.

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GABARITO
1. CORRETA 41. ERRADA 81. ERRADA
2. CORRETA 42. ERRADA 82. ERRADA
3. CORRETA 43. CORRETA 83. CORRETA
4. ERRADA 44. ERRADA 84. CORRETA
5. CORRETA 45. ERRADA 85. ERRADA
6. CORRETA 46. CORRETA 86. ERRADA
7. LETRA A 47. CORRETA 87. CORRETA
8. LETRA C 48. ERRADA 88. ERRADA
9. LETRA E 49. ERRADA 89. ERRADA
10. CORRETA 50. CORRETA 90. CORRETA
11. LETRA D 51. ERRADA 91. CORRETA
12. LETRA B 52. ERRADA 92. CORRETA
13. CORRETA 53. ERRADA 93. LETRA B
14. ERRADA 54. ERRADA 94. CORRETA
15. ERRADA 55. ERRADA 95. CORRETA
16. ERRADA 56. CORRETA 96. LETRA E
17. CORRETA 57. ERRADA 97. ERRADA
18. CORRETA 58. ERRADA 98. CORRETA
19. CORRETA 59. CORRETA 99. LETRA B
20. ERRADA 60. CORRETA 100. LETRA D
21. CORRETA 61. ERRADA 101. ERRADA
22. ERRADA 62. ERRADA 102. LETRA A
23. ERRADA 63. CORRETA 103. LETRA D
24. CORRETA 64. CORRETA 104. CORRETA
25. ERRADA 65. ERRADA 105. ERRADA
26. ERRADA 66. ERRADA 106. CORRETA
27. CORRETA 67. ERRADA 107. LETRA D
28. ERRADA 68. ERRADA 108. CORRETA
29. ERRADA 69. CORRETA 109. ERRADA
30. ERRADA 70. ERRADA 110. LETRA B
31. ERRADA 71. CORRETA 111. LETRA E
32. CORRETA 72. CORRETA 112. ERRADA
33. ERRADA 73. ERRADA 113. CORRETA
34. CORRETA 74. ERRADA 114. ERRADA
35. ERRADA 75. LETRA A 115. ERRADA
36. ERRADA 76. ERRADA 116. CORRETA
37. CORRETA 77. CORRETA 117. ERRADA
38. CORRETA 78. CORRETA 118. CORRETA
39. ERRADA 79. ERRADA 119. ERRADA
40. ERRADA 80. ERRADA 120. ERRADA

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121. CORRETA 140. ERRADA 159. CORRETA


122. ERRADA 141. LETRA D 160. ERRADA
123. CORRETA 142. ERRADA 161. CORRETA
124. ERRADA 143. ERRADA 162. ERRADA
125. CORRETA 144. CORRETA 163. ERRADA
126. CORRETA 145. CORRETA 164. CORRETA
127. ERRADA 146. ERRADA 165. ERRADA
128. CORRETA 147. ERRADA 166. ERRADA
129. CORRETA 148. CORRETA 167. ERRADA
130. ERRADA 149. CORRETA 168. ERRADA
131. ERRADA 150. ERRADA 169. ERRADA
132. ERRADA 151. ERRADA 170. ERRADA
133. CORRETA 152. ERRADA 171. ERRADA
134. ERRADA 153. CORRETA 172. ERRADA
135. ERRADA 154. ERRADA 173. CORRETA
136. ERRADA 155. CORRETA 174. CORRETA
137. ERRADA 156. ERRADA 175. CORRETA
138. ERRADA 157. ERRADA
139. CORRETA 158. CORRETA

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