Curso 66162 Aula 05 Organizaçao Do Estado1
Curso 66162 Aula 05 Organizaçao Do Estado1
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Aula 05
áULáà
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Sumário
Organização do Estado............................................................................................................................ 3
1 O Estado ....................................................................................................................................................... 3
2 A Federação .................................................................................................................................................. 5
3 A Federação Brasileira................................................................................................................................ 10
Lista de Questões.................................................................................................................................101
Gabarito ..............................................................................................................................................120
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02/12/2020
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
1 O ESTADO
A doutrina tradicional considera que os elementos constitutivos do Estado são o território, o povo
e o governo soberano. O território é a dimensão física sobre a qual o Estado exerce seus poderes; é
o domínio espacial (material) onde vigora uma determinada ordem jurídica estatal. O povo é a
dimensão pessoal do Estado, são os seus nacionais. O governo, por sua vez, é a dimensão política;
ele deve ser soberano, ou seja, sua vontade não se subordina a nenhum outro poder, seja no plano
interno ou no plano internacional.
“ à à à àE àM àG àF àF à à à o Estado é uma
associação humana (povo), radicada em base espacial (território), que vive sob o comando de uma
autoridade (poder) não sujeita a qualquer outra (soberana). 1
a) Estado unitário: Nesse tipo de Estado, o poder político está territorialmente centralizado.
Existe, aqui, a centralização política do poder. O poder está centralizado em um núcleo
estatal único, do qual se irradiam todas as decisões; no Estado unitário, só existe um centro
produtor de normas. Um exemplo de Estado unitário é Portugal. O Brasil, até a promulgação
da Constituição de 1891, também foi um Estado unitário.
1
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional, 38ª edição. Editora Saraiva, São Paulo, 2012,
pp. 75-76.
Parte da doutrina reconhece, ainda, os chamados Estados regionais, dos quais seriam
exemplos Itália e Espanha.2 Estes seriam um modelo intermediário entre o Estado
unitário e o Estado federal. Neles, além da descentralização administrativa, parcela do
poder político também é descentralizada. São estados unitários descentralizados
administrativa e politicamente.
Na federação, há uma união indissolúvel de entes autônomos, que tem como fundamento uma
Constituição, a qual consagra e protege o pacto federativo contra violações. Assim, a federação não
pode ser desmantelada: não há direito de secessão.
A confederação não é uma forma de estado propriamente dita, mas sim uma reunião de Estados
soberanos. O vínculo é estabelecido entre esses Estados soberanos com base em um tratado
internacional, o qual pode ser denunciado (dissolvido). Ao contrário da federação, portanto, a
confederação se forma a partir de um vínculo dissolúvel. A confederação é uma referência histórica,
pois não existe nenhuma atualmente. Historicamente, cita-se como exemplo de Confederação os
EUA, entre os anos de 1781 a 1787.3
2
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional, 38ª edição. Editora Saraiva, São Paulo, 2012,
pp. 75-76.
3
CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional: Teoria do Estado e da Constituição, Direito Constitucional
Positivo, 16ª edição. Ed. Del Rey. Belo Horizonte, 2010.
União indissolúvel
FEDERAÇÃO Os entes federados são autônomos
Tem como fundamento a constituição
União dissolúvel
CONFEDERAÇÃO Os entes federados são soberanos
Tem como fundamento um acordo internacional
Questão 1
(PC / DF 2015) A federação brasileira se compõe dos seguintes entes federativos: União,
estados, Distrito Federal, municípios e territórios.
Comentários:
Comentários:
A relação que se estabelece entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não é
de subordinação. Não há que se falar em hierarquia entre os entes federativos. Questão errada.
2 A FEDERAÇÃO
c) Autoadministração: É o poder que os entes federativos têm para exercer suas atribuições
de natureza administrativa, tributária e orçamentária. Assim, os entes federativos elaboram
seus próprios orçamentos, arrecadam seus próprios tributos e executam políticas públicas,
dentro da esfera de atuação de cada um, segundo a repartição constitucional de
competências.
d) Autogoverno: Os entes federativos têm poder para eleger seus próprios representantes.
É com base nessa capacidade que os Estados elegem seus Governadores e os municípios, os
seus Prefeitos.
Os Estados se organizam sob a forma de uma federação por razões geográficas e culturais.6 Com
efeito, um Estado com território muito extenso possui, normalmente, grandes diferenças culturais
e de desenvolvimento, o que exige uma atuação estatal que não esteja preocupada somente com
os anseios nacionais (do todo), mas também com as idiossincrasias (peculiaridades) locais.
Dessa forma, o estabelecimento de um Estado federal tem como ponto de partida uma decisão do
Poder Constituinte. É a Constituição, afinal, que estabelecerá o pacto federativo e criará mecanismos
tendentes a protegê-lo. Na CF/88, essa decisão política se revela logo no art. 1º, caput, que dispõe
que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal.
4
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional, 6ª edição. Editora Saraiva, São Paulo, 2011. pp. 828.
5
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional, Ed. Juspodium, Salvador: 2013, pp. 429.
6
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional, 6ª edição. Editora Saraiva, São Paulo, 2011. pp. 832.
7
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo Editora
Atlas: 2010, pp. 636.
a) Repartição constitucional de competências: Para que a ação estatal seja o mais eficaz
possível, cada ente federativo é dotado de uma gama de atribuições que lhe são próprias. A
repartição de competências entre os entes federativos é definida pela Constituição.
Ressalte-se que, no Estado federal, existe também uma repartição de rendas. Nesse sentido,
a CF/88 estabelece regras sobre o repasse aos Estados e Municípios de receitas oriundas dos
impostos federais. Segundo a doutrina, há que existir um equilíbrio entre competências e
rendas, de modo que não seria possível aos entes federativos executar suas atribuições sem
recursos financeiros suficientes para tanto.
Não há homogeneidade entre as federações; ao contrário, cada uma delas possui características
peculiares. Isso levou a doutrina a estabelecer diferentes classificações para as federações:
a) Quanto à origem: As federações podem ser formadas por agregação ou por segregação
(desagregação).
Nas federações assimétricas, por sua vez, há o reconhecimento de que existem disparidades
socioeconômicas entre os entes federativos; busca-se, portanto, por meio de políticas
públicas e opções feitas no texto constitucional, reduzir essas desigualdades. Embora exista
certa controvérsia doutrinária, o mais seguro para a prova é considerar que o Brasil é uma
federação assimétrica. Com efeito, há diversos dispositivos na CF/88 destinados a reduzir
desigualdades regionais. Cita-se, como exemplo, o art. 3º, III, que dispõe como objetivo
fundamental da RFB reduzir as desigualdades regionais.
Na federação dual, os entes federados possuem competências próprias, que são exercidas
sem qualquer comunicação com os demais entes. Cada um atua na sua esfera,
independentemente do outro.
Questão 3-
Comentários:
A federação brasileira formou-se por um movimento centrífugo (direcionado para fora), o que
caracteriza o federalismo por desagregação. O Brasil era um Estado unitário até a Constituição
de 1891, oportunidade em que se descentralizou politicamente. Questão correta.
Questão 4
(SEAP / DF 2015) Enquanto federação, a República Federativa do Brasil comporta o direito
de secessão por parte dos entes federados.
Comentários:
O vínculo federativo é indissolúvel, ou seja, não há direito de secessão por parte dos entes
federados. Questão errada.
Questão 5
(Câmara dos Deputados 2014) Entre as características comuns do Estado Federal incluem-se
a representação das unidades federativas no poder legislativo central, a existência de um
tribunal constitucional e a intervenção para a manutenção da federação.
Comentários:
3 A FEDERAÇÃO BRASILEIRA
Até a promulgação da CF/88, os Municípios não eram considerados entes federativos; com a
promulgação da atual Carta Magna, eles passaram a também ser dotados de autonomia política.
Com base nisso, a doutrina dominante reconhece que a federação brasileira é de 3º grau.8
Há que se dizer que autonomia difere de soberania. Os entes federativos (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios) são todos autônomos, isto é, são dotados de auto-organização,
autolegislação, autoadministração e autogoverno, dentro dos limites estabelecidos pela
Constituição Federal. Note-se que há um limitador ao poder dos entes federativos.
A soberania é atributo apenas da República Federativa do Brasil (RFB), do Estado federal em seu
conjunto. A União é quem representa a RFB no plano internacional (art. 21, inciso I), mas possui
apenas autonomia, jamais soberania.
O art. 18, § 1º, CF/88 determina que Brasília é a capital federal. Brasília não se confunde com o
Distrito Federal, ocupando apenas parte do seu território.
8
O Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho diz que o federalismo brasileiro é de 2º grau, apesar de reconhecer a
existência de 3 (três) ordem jurídicas. Segundo ele, haveria um grau da União para os Estados e outro grau, dos Estados
para os Municípios.
3.1 - União:
A União é pessoa jurídica de direito público interno, sem personalidade internacional, autônoma,
com competências administrativas e legislativas enumeradas pela Carta Magna. É esse ente
federativo que representa a República Federativa do Brasil no plano internacional.
A União é o ente federativo que atua em nome da federação. No que diz respeito à sua competência
legislativa, pode editar leis nacionais (às quais se submetem todos os habitantes do território
nacional) ou leis federais (que alcançam apenas aqueles que estão sob a jurisdição da União, como
é o caso dos servidores públicos federais). Como exemplo de lei federal, citamos a Lei nº 8.112/90,
que trata do regime jurídico dos servidores públicos federais.
Segundo o art.18, § 2º, os Territórios Federais integram a União; eles não são dotados de autonomia
política, sendo considerados meras descentralizações administrativas. Por isso, são considerados
pela doutrina autarquias territoriais da União. Atualmente, não existe nenhum Território Federal.
O art. 25, da CF/88, dispõe sobre a capacidade de auto-organização e autolegislação dos Estados-
membros:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
9
Não confunda Estado federado (sinônimo de Estado-membro) com Estado federal (sinônimo de República Federativa
do Brasil). Os primeiros são parte do segundo.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta e aplicação do mínimo
exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde.
Para fixarmos melhor quais são os princípios constitucionais sensíveis, que tal um esquema?
10
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo
Editora Atlas: 2010, pp. 697.
11
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo
Editora Atlas: 2010, pp. 697.
12
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo
Editora Atlas: 2010, pp. 697
Autonomia municipal
O Poder Legislativo estadual é unicameral, sendo formado apenas pela Assembleia Legislativa. Esse
modelo é diferente do Poder Legislativo federal, que é bicameral, composto pelo Senado Federal e
pela Câmara dos Deputados.
Os deputados estaduais são eleitos para mandatos de quatro anos, pelo sistema proporcional. Seu
à à à à à à à à à à àC àM
O número de deputados estaduais será, então, o triplo dos deputados federais. Se um Estado-
membro possuir 10 deputados federais, ele terá por consequência 30 deputados estaduais (3 x 10).
No entanto, uma vez atingido o número de 36, serão acrescidos tantos quantos forem os
Deputados Federais acima de 12. Assim, caso um estado tenha 20 deputados federais, fazemos a
conta 36+(20-12), o que totaliza 44 deputados estaduais.
Mesmo diante dessa regra, os Estados-membros podem adotar um limite diverso para Legislativo,
Executivo e Judiciário, um teto único. É o que determina o art. 37, §12, da Constituição:
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados
e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições
e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
No que concerne ao Poder Judiciário, estabelece a Constituição que os Estados organizarão sua
Justiça à à à à à à à à à CF à áà C àM à
determina, ainda, que a competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a
lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça (art. 125, § 1º, CF/88).
13
O subsídio dos Defensores públicos estaduais também tem como teto remuneratório o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça.
A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual,
constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo
grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo
militar seja superior a vinte mil integrantes (art. 125, § 3º, CF/88).
Determina a Carta Magna que os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas
de interesse comum (art. 25, § 3º, CF/88). São, portanto, 3 (três) os requisitos para que os estados
atuem nesse sentido:
As regiões metropolitanas são formadas por um conjunto de Municípios cujas sedes se unem, com
certa continuidade urbana, em torno de um Município-polo. As microrregiões, por sua vez, são
formadas por Municípios limítrofes, sem continuidade urbana, com características homogêneas e
problemas administrativos comuns. Finalmente, os aglomerados urbanos são áreas urbanas cujos
Municípios apresentam tendência à complementaridade de suas funções, exigindo, por isso, um
planejamento integrado e uma ação coordenada dos entes públicos. É o caso da Baixada Santista,
por exemplo.
Em 2013, o STF julgou Ação Direta de Inconstitucionalidade que versava sobre a criação da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro e a Microrregião dos Lagos. 14 Na oportunidade, o Tribunal
considerou que:
14
ADI 1.842, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe: 13.09.2013.
b) Oà interesse comum à à à à à à à à à à à
funções e serviços públicos supramunicipais. Como exemplo, cita-se o caso da atividade de
saneamento básico, que extrapola o interesse local.
c) Quando se cria uma região metropolitana, não há uma mera transferência de competências
para o Estado. Ao contrário, deve haver uma divisão de responsabilidades entre o Estado e
os Municípios. O poder decisório e o poder concedente (dos serviços públicos) não podem
ficar apenas nas mãos do Estado. Deve ser constituído um órgão colegiado responsável pelo
poder decisório e pelo poder concedente. A participação dos entes nesse órgão colegiado não
precisa ser paritária, desde que apta a prevenir a concentração do poder decisório no âmbito
de um único ente.
Questão 6
Comentários:
Comentários:
A natureza jurídica do Distrito Federal tem gerado algumas discussões. Alguns autores defendem
que ele tem natureza híbrida, por apresentar algumas características dos Estados e outras dos
Municípios. Para José Afonso da Silva, o Distrito Federal não é nem Estado nem Município. Já o STF
afirma que o Distrito Federal é um ente federativo com autonomia parcialmente tutelada pela
União.
No que se refere à autolegislação, o Distrito Federal apresenta uma característica peculiar: a ele são
atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios (CF, art. 32, §1º e 147).
Não se pode, porém, dizer que o Distrito Federal apresenta todas as competências legislativas dos
Estados-membros. Algumas não lhe foram estendidas, como é o caso, por exemplo, da competência
para dispor sobre sua organização judiciária, que é privativa da União (art. 22, XVII, CF).
Além disso, ao contrário dos Estados-membros, a competência para organizar e manter, no seu
âmbito, o Ministério Público, o Poder Judiciário, a polícia civil, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar é da União (CF, art. 21, XIII e XIV).
Outra peculiaridade do Distrito Federal é que, diferentemente do que ocorre com os demais entes
federados, não há previsão constitucional para alteração dos seus limites territoriais. Ressalta-se,
ainda, que, ao contrário dos Estados-membros, o Distrito Federal não pode ser dividido em
Municípios à à àCF
Além disso, não pode organizar nem manter o Judiciário nem o Ministério Público, nem as polícias
civil e militar e o corpo de bombeiros. Todos esses órgãos são organizados e mantidos pela União,
cabendo a ela legislar sobre a matéria. Nesse sentido, determina a Súmula Vinculante nº 39 que
compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar
e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal à
Questão 8
Comentários:
polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. Questão
correta.
3.4 - Municípios:
Os Municípios são entes autônomos, sendo sua autonomia alçada, pela Constituição Federal, à
condição de princípio constitucional sensível CF à à à VII à àE à à -se na
capacidade de auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração.
Segundo Alexandre de Moraes, pode-se dizer que o Município se auto-organiza por meio de sua Lei
Orgânica Municipal; autolegisla, por meio das leis municipais; autogoverna-se por meio da eleição
direta de seu Prefeito, Vice-Prefeito e vereadores sem qualquer ingerência dos Governos Federal e
Estadual; e, por fim, se autoadministra ao pôr em exercício suas competências administrativas,
tributárias e legislativas, diretamente conferidas pela Constituição Federal. 15
Nos Municípios, ao contrário do que acontece nos demais entes da federação, não há Poder
Judiciário. O Poder Legislativo, assim como nos Estados-membros, é unicameral.
No que diz respeito à auto-organização, determina a Carta da República que a Lei Orgânica do
município será votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois
terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos
nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado. Serão objeto da Lei Orgânica a organização
dos órgãos da Administração, a relação entre os Poderes, bem como a disciplina da competência
legislativa do Município.16
O poder de auto-organização dos Municípios é limitado pela Constituição Federal (art. 29, CF/88).
É apenas ela que fixará os parâmetros limitadores do poder de auto-organização dos Municípios.
Segundo o STF, tais limites não podem ser atenuados nem agravados pela Constituição do Estado.17
Compete à Lei Orgânica fixar o número de Vereadores, observados limites máximos definidos pela
Constituição, escalonados segundo o número de habitantes do Município. Nos Municípios com até
15 mil habitantes, por exemplo, o número máximo de Vereadores é 9 (nove); já nos Municípios com
mais de 8 milhões de habitantes, o número máximo de Vereadores é 55 (cinquenta e cinco).
15
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo
Editora Atlas: 2010, pp. 714.
16
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. São Paulo
Editora Atlas: 2010, pp. 714.
17
ADI 2.112 MC, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 11-5-2000, P, DJ de 18-5-2001.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que
a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição
do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos,
mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do
ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art.
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da
eleição;
(...)
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de
iniciativa da Câmara Municipal, observadoco que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II,
153, III, e 153, § 2º, I;
(...)
X- julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça
O Prefeito e Vice-Prefeito serão eleitos pelo sistema majoritário, para mandato de 4 (quatro) anos.
A eleição é realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos
que devem suceder. No caso de Municípios com mais de 200.000 eleitores, a eleição de Prefeito e
Vice-Prefeito ocorrerá pelo sistema majoritário de 2 turnos; caso o número de eleitores seja inferior
a 200.000, haverá apenas 1 (um) turno de votação.
Há duas importantes súmulas do STJ sobre esse assunto. A primeira delas é a Súmula 208, que
à à compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba
sujeita a prestação de contas perante órgão federal àáà à à à“ à à à à
à compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e
incorporada ao patrimônio municipal àá à à à“TJ à àP à à à àTribunal
de Justiça (e não pelo tribunal do júri) no caso de crimes dolosos contra a vida.
No que se refere aos crimes de responsabilidade praticados pelo Prefeito Municipal, é importante
que os classifiquemos em próprios ou impróprios. Enquanto os primeiros são infrações político-
administrativas, cuja sanção corresponde à perda do mandato e à suspensão dos direitos políticos,
os segundos são verdadeiras infrações penais, apenados com penas privativas de liberdade. Os
crimes próprios deverão ser julgados pela Câmara Municipal, enquanto os crimes impróprios
Destaca-se, porém, que a Constituição Federal prevê a competência originária do Tribunal de Justiça,
salvo as exceções anteriormente mencionadas, apenas para o processo e julgamento das infrações
penais comuns contra o Prefeito Municipal. Não se admite a extensão interpretativa para se
considerar a existência de foro privilegiado para as ações populares, ações civis públicas e demais
ações de natureza cível. Essa proibição também vale para as ações de improbidade administrativa,
por ausência de previsão constitucional específica.
A Constituição prevê algumas hipóteses de crime de responsabilidade do Prefeito em seu art. 29-A,
§ 2º (rol exemplificativo): efetuar repasse que supere os limites definidos no artigo 29-A; não enviar
o repasse até o dia vinte de cada mês; ou enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei
Orçamentária.
7
Esquematizando:
Julgamento do
prefeito
A Constituição Federal não outorgou foro especial aos Vereadores perante o Tribunal de Justiça.
Contudo, segundo o STF, a Constituição do Estado pode fazê-lo, se o legislador constituinte
entender oportuno. A Carta Magna limitou-se a conceder-lhes inviolabilidade por suas opiniões,
palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município (CF, art. 29, VIII), a
chamada imunidade material.
No que se concerne ao subsídio dos vereadores, a Constituição determina, em seu artigo 29, VI, que
este será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente,
observado o que dispõe a Carta Magna, os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os
seguintes limites máximos:
Dispõe, ainda, a Carta Magna, em seu art. 29-A,0§ 1º, que a Câmara Municipal não gastará mais de
70% (setenta por cento) de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio
de seus Vereadores. Segundo o art. 29, VII, o total da despesa com a remuneração dos Vereadores
não poderá ultrapassar o montante de 5% (cinco por cento) da receita do Município.
Segundo o art. 29-A, § 3º, o Presidente da Câmara Municipal cometerá crime de responsabilidade
quando a Câmara Municipal gastar mais de 70% da sua receita com folha de pagamento.
Questão 9
(TRF 1a Região 2015) Não se considera o município entidade federativa, embora se reconheça
que ele dispõe de capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração.
Comentários:
(TCM / SP 2015) Lei orgânica municipal, como projeção da autonomia municipal, deve
disciplinar a organização municipal consoante os balizamentos estabelecidos pela
Constituição da República, não sendo possível que a Constituição Estadual o faça.
Comentários:
A Lei Orgânica é o instrumento por meio do qual o Município manifesta o seu poder de
auto-organização, sendo, portanto, projeção da autonomia municipal. A organização
municipal é matéria que cabe à Lei Orgânica, devendo observar as regras gerais
estabelecidas pela CF/88. A Constituição Estadual não pode versar sobre a organização
municipal, sob pena de violar o pacto federativo. Questão correta.
Questão11
(TCM / SP 2015) Nos Municípios com menos de 200 mil eleitores, a Lei Orgânica deve
definir se a eleição seguirá o sistema majoritário de um ou dois turnos.
Comentários:
Essa não é matéria de Lei Orgânica. A CF/88 estabelece que, nos municípios com mais de
200 mil eleitores, a eleição seguirá o sistema majoritária de 2 (dois) turnos. Questão
errada.
Apesar de não existir, atualmente, nenhum Território Federal, estes poderão ser criados a qualquer
tempo. Para a criação dos Territórios Federais, é necessária lei complementar. Apesar de não serem
entes federativos, os Territórios poderão ser divididos em Municípios.
O Poder Executivo nos Territórios Federais é chefiado pelo Governador, que não é eleito pelo povo.
O Governador do Território é nomeado pelo Presidente da República, com nome aprovado
previamente, por voto secreto, após arguição pública pelo Senado Federal. Compete
privativamente à União legislar sobre a organização administrativa dos Territórios (art. 22, XVII).
As contas do Governo do Território são submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do
Tribunal de Contas da União (TCU). Isso se deve à vinculação dos Territórios com a União; nos
Estados-membros da federação, as contas dos Governadores são submetidas à apreciação da
respectiva Assembleia Legislativa.
Sim, existe. O Poder Legislativo nos Territórios é exercido pela Câmara Territorial. Segundo o art.
33, §3º, CF/88, a lei disporá sobre as eleições da Câmara Territorial e sua competência legislativa. A
Câmara Territorial exercerá apenas a função típica de legislar; a função de controle externo da
administração dos territórios é exercida pelo Congresso Nacional, com o auxílio do TCU.
Cada um dos Territórios elege 4 Deputados Federais; trata-se, portanto, de número fixo, não
proporcional à população. Os Territórios, por não serem entes federativos, não elegem Senadores.
Isso se deve ao fato de que os Senadores são representantes dos Estados e do Distrito Federal;
permitir que os Territórios elegessem Senadores significaria, em certa medida, equipará-los aos
Estados.
O Poder Judiciário, nos Territórios Federais, é organizado e mantido pela União. Com efeito, a União
tem a competência privativa para organizar e manter o Poder Judiciário do Distrito Federal e
Territórios. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais
caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.
Assim como o Poder Judiciário, o Ministério Público, nos Territórios Federais, é organizado e
mantido pela União. Assim, temos o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) e o
MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios).
Existe, ainda, a Defensoria Pública dos Territórios, também organizada e mantida pela União.
Cuidado! Aqui, não há que se falar mais em Defensoria Pública do Distrito Federal e Territórios
(DPDFT). Isso porque, após a EC nº 69/2012, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) é
organizada e mantida pelo próprio Distrito Federal. Temos, então, dois órgãos diferentes: a
Defensoria Pública do DF (organizada e mantida pelo DF) e a Defensoria Pública dos Territórios
7
(organizada e mantida pela União).
Quando os Territórios tiverem mais de cem mil habitantes, além do Governador, haverá órgãos
judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos
federais. Em outras palavras, haverá representações do Poder Judiciário, do Ministério Público e da
Defensoria Pública nos territórios em que a população for maior do que 100.000 habitantes.
A federação é cláusula pétrea do texto constitucional, ou seja, não pode ser objeto de emenda
constitucional que seja tendente à sua abolição. Todavia, a federação poderá sofrer alterações em
sua estrutura. As alterações na estrutura dos Estados ocorrerá nos termos do art. 18, § 3º, CF/88:
A leitura do dispositivo supracitado nos permite afirmar que há 5 (cinco) diferentes tipos de
alteração na estrutura dos Estados:
E quais são os requisitos para que sejam realizadas essas alterações na estrutura dos Estados?
Após a manifestação favorável da população diretamente interessada, será necessária a oitiva das
Assembleias Legislativas dos estados interessados. Cabe destacar que a consulta às Assembleias
Legislativas é meramente opinativa, o que quer dizer que, mesmo que a Assembleia Legislativa for
desfavorável à mudança territorial, o Congresso Nacional pode editar a lei complementar que aprova
a subdivisão, incorporação ou desmembramento.
Consultada a população (mediante plebiscito) e feita a oitiva das Assembleias Legislativa, resta
apenas a edição de lei complementar, o que é um ato discricionário do Congresso Nacional. Esse é
o passo final para a alteração na estrutura dos Estados. Assim, em resumo, os requisitos para a
formação de Estados são os seguintes:
b) Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados (art. 48, VI, CF/88);
Observe que a formação dos Territórios obedece aos mesmos requisitos necessários para a
incorporação, subdivisão e desmembramento de Estado.
A formação de Municípios é regulada pelo art. 18, § 4º da Constituição, cuja redação foi dada pela
EC nº 15/1996:
De 1988 até 1996, a criação de Municípios era bem simples. As restrições não eram tão grandes e,
como consequência disso, multiplicaram-se os Municípios. Na tentativa de moralizar a criação de
Municípios, foi promulgada a EC nº 15/1996, cujas regras estão válidas até hoje.
Tendo em vista que, até hoje, o Congresso Nacional não editou lei complementar dispondo sobre o
período dentro do qual poderão ocorrer alterações na estrutura de Municípios, conclui-se que,
atualmente, esses entes federativos não podem ser criados. Aliás, esse impedimento existe desde
a promulgação da Emenda Constitucional nº 15/1996.
No entanto, a realidade foi diferente. Mesmo após a promulgação da EC nº 15/96, foram criados
à àM à àB à à áà à à à à Municípios putativos à à
existiam de fato, mas sua criação havia sido inválida, inconstitucional.
Como não poderia ser diferente, o STF foi chamado a apreciar o problema na ADIN nº 3.682/MT. Na
à àC à à à à àC àN à à à ensejo à conformação
e à consolidação de estados de incon . Foi atestada a inconstitucionalidade da
criação dos Municípios à T à à à à à à à “TFà à à à à à
Congresso Nacional; não poderia o STF, da noite para o dia, determinar a extinção de Municípios.
O Congresso Nacional editou, então, a Emenda Constitucional nº 57/2008, que convalidou os atos
de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até
31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado
à época de sua criação.
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5 VEDAÇÕES FEDERATIVAS
A Constituição estabelece, em seu art. 19, algumas vedações aos entes federados. São as chamadas
vedações federativas.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
No que se refere ao inciso I, observa-se que o Brasil é um Estado laico, leigo ou não confessional,
não adotando qualquer religião oficial. Entretanto, admite-se a colaboração de interesse público
com os cultos religiosos ou igrejas, na forma da lei. Seria o caso em que, após uma enchente, o
Município solicita a uma igreja que abrigue as pessoas desabrigadas por aquele desastre natural.
O inciso II veda que um ente da Federação recuse fé a documentos públicos produzidos por outro,
em virtude de sua procedência. Assim, a Receita Federal do Brasil não pode recusar fé a uma certidão
negativa de débito emitida pela Secretaria da Fazenda do Tocantins, por exemplo. Trata-se de uma
garantia que visa fortalecer o pacto federativo.
Finalmente, o inciso III acima também reforça o pacto federativo, ao vedar que os entes da
federação criem preferências entre si ou entre brasileiros, em função de sua naturalidade. Assim, é
vedado, por exemplo, que um concurso público estabeleça que somente os naturais de Minas Gerais
poderão concorrer a determinada vaga. Esse é o princípio da isonomia federativa.
Comentários:
6 BENS PÚBLICOS
O inciso I nos mostra que o art. 20, ao tratar dos bens da União, trouxe um rol exemplificativo. Isso
porque são bens da União os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos.
O inciso II trata das terras devolutas, que são terras públicas, ou seja, que não estão no nome de
nenhum particular. Existem terras devolutas da União e terras devolutas dos Estados. São bens da
União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental. Por outro lado, são bens dos
Estados as terras devolutas que não forem da União.
O inciso III trata do domínio hídrico. Serão rios federais aqueles que banhem mais de um Estado
(ex: Rio São Francisco, Rio Tocantins). Também são bens da União os rios que se estendam a
território estrangeiro ou dele provenham (ex; Rio Amazonas). Por outro lado, os rios que banham
apenas um Estado serão bens daquele Estado.
No inciso IV, verifica-se que as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes (fronteira) com outros
países são bens da União. Por outro lado, as ilhas fluviais e lacustres que não estejam em zonas
limítrofes serão bens dos Estados.
As ilhas oceânicas e costeiras são bens da União. No entanto, as ilhas costeiras, quando forem sede
de Município, não serão bens da União. Cita-se como exemplo a ilha em que está contido o
Município de Vitória. Essa ilha costeira não é bem da União, mas do próprio Município de Vitória.
O inciso VII trata dos terrenos de marinha, que também são bens da União. Apenas para que se
tenha uma noção, de forma bem grosseira, são terrenos de marinha aqueles que são adjacentes ao
litoral, 33 metros medidos para a parte da terra (ou seja, 33 metros para dentro do continente).
Segundo o STF, mesmo que os terrenos de marinha estejam situados em ilhas costeiras sede de
Municípios, eles serão bens da União.18 De modo mais simples, todos os terrenos de marinha serão
bens da União, inclusive aqueles situados em ilhas que sejam bens de Municípios.
O inciso VIII trata dos potenciais de energia hidráulica. Mesmo nos rios estaduais (que banham
apenas um Estado), os potenciais de energia hidráulica serão bens da União.
O inciso IX trata dos recursos minerais, inclusive os do subsolo. Suponha que um fazendeiro
descubra uma mina de ouro em suas terras. Esse ouro será, por incrível que pareça, um bem da
União. Cabe destacar que é assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
18
RE 636199/ES, Rel. Min. Rosa Weber, julgamento em 27.4.2017.
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia
hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento,
e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
Suponhamos, como exemplo, que seja encontrada uma mina de ouro em uma fazenda do Sr. João
da Silva, em Goiás. A propriedade da fazenda continuará sendo do Sr. João, embora o ouro
encontrado seja da União. Caso uma concessionária venha a explorar essa jazida, deverá pagar
royalties à União, proprietária dos recursos minerais. O produto da lavra (ouro extraído), entretanto,
será da concessionária.
O inciso X trata das cavidades naturais subterrâneas (grutas) e sítios arqueológicos e pré-históricos.
O inciso XI dispõe que as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União. A
à à à iz respeito ao tempo de ocupação, mas sim ao modo de ocupação
indígena. Segundo o STF, essas terras são bens da União, mas de usufruto exclusivo dos índios.
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
O Estado federal tem como uma de suas principais características, portanto, a existência de uma
repartição constitucional de competências: a Constituição Federal delimita as atribuições de cada
um dos entes federativos. Nesse sentido, a repartição constitucional de competências pode ser
considerada como um elemento fundamental da federação.
19
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Ed. Juspodium, Salvador, 2013, pp. 453.
O princípio da subsidiariedade, por sua vez, se baseia na lógica de que, sempre que for possível, as
questões devem ser resolvidas pelo ente federativo que estiver mais próximo da tomada de
decisões. Como exemplo, citamos as competências para dispor sobre transporte.
Na repartição horizontal, a Constituição outorga aos entes federativos competência para atuar em
áreas específicas, sem a interferência de um sobre o outro, sob pena de inconstitucionalidade. Esse
tipo de repartição de competências é característico dos Estados que adotam um federalismo dual
ou clássico.
Na repartição vertical, as competências serão exercidas em conjunto pelos entes federativos, que
irão, portanto, atuar de forma coordenada. Esse tipo de repartição de competências é característica
dos Estados que adotam um federalismo de cooperação ou neoclássico.
A repartição de competências na federação brasileira é, todavia, mais complexa do que isso. Ele é
estruturada da seguinte forma:
c) A CF/88 não lista as competências dos Estados. Por isso, diz-se que os Estados possuem
competência remanescente. As matérias que não foram atribuídas pela CF/88 à União ou aos
Municípios serão outorgadas aos Estados.
A doutrina considera que a repartição de competências pode ser alterada por emenda
constitucional, desde que essa alteração não represente uma ameaça tendente a abolir a forma
federativa de Estado (essa sim uma cláusula pétrea). Assim, apenas não seria válida uma emenda
constitucional que reduzisse de forma substancial a autonomia de um ou mais entes federados.
A União é o ente federativo que detém a competência para representar o Estado brasileiro no plano
internacional. Destaque-se que a soberania é atributo da República Federativa do Brasil; a União é
ente dotado de autonomia.
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
Esses três dispositivos estão relacionados à defesa nacional, cuja competência é exclusiva da União.
Com base nesse dispositivo, o STF decidiu que é inconstitucional lei estadual que autoriza a
utilização, pelas polícias civil e militar, de armas de fogo apreendidas à “ à àC à a
competência exclusiva da União para legislar sobre material bélico, complementada pela
competência para autorizar e fiscalizar a produção de material bélico, abrange a disciplina sobre a
destinação de armas apreendidas e em situação irregular à20
20
STF, ADIN 3258. Rel. Min. Joaquim Barbosa. 06.04.2005.
Com base no inciso VIII, o STF entende que é inconstitucional lei estadual que estabeleça a
obrigatoriedade de utilização, pelas agências bancárias, de equipamento que atesta a autenticidade
de cédulas.21 Ora, se a competência para a fiscalização das operações de natureza financeira é
competência exclusiva da União, não cabe aos Estados editar lei que estabeleça medida voltada para
essa finalidade.
O STF considera que, com base no inciso X, é constitucional a atribuição de monopólio do serviço
postal à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.22
A União tem competência privativa para legislar sobre telecomunicações. Com base nesse
entendimento, o STF considera que:
21
STF, ADIN 3515, Rel. Min. Cezar Peluso. 01.08.2011
22
STF, ADPF 46, Rel. Min. Eros Grau. 05.08.2009.
23
STF, ADIN 4083. Rel. Min. Carmen Lucia. 25.11.2010
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
Esse dois dispositivos são muito importantes e com grandes chances de serem cobrados em prova.
Com base neles, a doutrina entende que o Distrito Federal tem uma autonomia parcialmente
tutelada pela União.
A partir do inciso XIV, o STF editou a Súmula Vinculante nº 39, segundo à à compete
privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal à
Fiquem atentos, ainda, para o fato de que, desde a Emenda Constitucional nº 69/2012, a Defensoria
Pública do DF passou a ser organizada e mantida pelo próprio Distrito Federal.
24
STF, ADI 3959/SP. Rel. Min. Luís Roberto Barroso, 20.04.2016.
25
ADI 5356/MS. Rel. Min. Edson Fachin. rel. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio. Julgamento: 03.08.2016.
Com base no inciso XVII, o STF considerou que a Lei da Anistia, que concedeu anistia àqueles que
cometeram crimes durante a época da ditadura, é constitucional. 26
Destaque-se que a concessão de anistia para crimes é competência da União; por outro lado, a
concessão de anistia para infrações administrativas de servidores públicos estaduais é competência
dos Estados.
Com base no inciso XXII, a Polícia Federal é o órgão que executa os serviços de polícia marítima,
aeroportuária e de fronteiras.
26
ADPF 153, Rel. Min. Eros Grau. 29.04.2010
...
No art. 22, estão as competências privativas da União. São competências legislativas, isto é, estão
relacionadas à edição de normas pela União. São competências delegáveis.
Há farta jurisprudência sobre esse dispositivo. Citamos, a seguir, as mais importantes para sua prova:
a) A União tem competência privativa para legislar sobre direito penal, inclusive sobre crimes
de responsabilidade à “ à à“ àV à à à a definição dos crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são
U
b) Segundo o STF, é inconstitucional a lei distrital ou estadual que disponha sobre condições
do exercício ou criação de profissão, sobretudo quando esta diga à segurança de trânsito.27
Assim, não pode uma lei estadual regulamentar a profissão de motoboy, uma vez que é
competência privativa da União legislar sobre direito do trabalho.
c) Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que limita o valor das quantias cobradas pelo
uso de estacionamento. A inconstitucionalidade da lei estadual se deve ao fato de que é
competência privativa da União legislar sobre direito civil.
27
ADI 3610. Rel. Min. Cezar Peluso. 01.08.2011
d) Segundo o STF é inconstitucional lei estadual que dispõe sobre atos de juiz, direcionando
sua atuação em face de situações específicas28. Isso porque compete privativamente à União
legislar sobre direito processual.
e) Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que disciplina o valor que deve ser dado a
uma causa29. Novamente, a razão para isso é o fato de que a União tem competência privativa
para legislar sobre direito processual.
II - desapropriação;
V - serviço postal;
XI - trânsito e transporte;
28
ADI 2.257, Rel. Min. Eros Grau, j. 06.04.05, DJ de 26.08.05.
29
ADI 2.655, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 09.03.04, DJ de 26.03.04.
30
ADI 451/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 1º.8.2017
A União tem competência privativa para legislar sobre trânsito e transporte. Logo, são
inconstitucionais:
b) lei estadual ou distrital que comine penalidades a quem seja flagrado em estado de
embriaguez na condução de veículo automotor;
c) lei estadual ou distrital que dispõe sobre instalação de aparelho, equipamento ou qualquer
outro meio tecnológico de controle de velocidade de veículos automotores nas vias públicas;
d) lei estadual ou distrital que torna obrigatório a qualquer veículo automotor transitar
permanentemente com os faróis acesos nas rodovias.
É preciso estarmos atentos para algumas pegadinhas que podem ser feitas pela banca examinadora:
a) É competência privativa da União legislar sobre seguridade social. No entanto, legislar sobre
previdência social é competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24).
Por sua vez, na ADI nº 4167, o STF reconheceu a competência da União à à à normas
gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo
31
ADI 4060/SC, Rel. Min. Luiz Fux. Data de Julg: 25.02.2015.
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização
nacional;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.
b) Segundo o STF, é constitucional a lei municipal que veda a realização, em bens imóveis do
Município, de eventos patrocinados por empresas ligadas à comercialização de bebidas
alcóolicas e cigarros.32 Nesse caso, não há violação à competência privativa da União para
legislar sobre propaganda comercial, pois trata-se de uma restrição imposta à Administração
Pública municipal.
...
O art. 22 relaciona as matérias cuja iniciativa privativa é da União, ou seja, os demais entes federados
não podem legislar, mesmo diante da omissão da União. Entretanto, é possível que Estados e
Distrito Federal (jamais Municípios!) legislem sobre questões específicas (nunca gerais!) dessas
matérias, desde que a União lhes delegue tal competência por lei complementar. Nessa hipótese,
Estados-membros e Distrito Federal apenas podem fazer o que foi permitido pela União via
delegação legislativa, uma vez que a competência originária permanece exclusivamente dela, em
caráter pleno.
Além disso, caso haja a delegação legislativa, esta deverá contemplar todos os Estados-membros e
o Distrito Federal. Portanto, ao contrário da competência do art. 21 da CF, a competência do art. 22
32
RE 305470/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, Rel p/ o ac. Min. Teori Zavascki. 18.10.2016.
Destaca-se ainda que nada impede que a União retome, a qualquer momento, sua competência,
legislando sobre a matéria delegada. Isso porque a delegação não se confunde com renúncia de
competência. Como se disse anteriormente, a competência originária permanece sendo da União.
a) Requisito formal: a delegação deve ser objeto de lei complementar devidamente aprovada
pelo Congresso Nacional;
33 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 35ª edição. Editora Malheiros, São Paulo, 2012. pp.
502-503.
Comentários:
(TJDFT 2015) Um estado da Federação editou lei que proíbe a contratação, pela
administração desse estado, de empresas de parentes de ocupantes de cargo de governador e
de secretário de Estado. Nesse caso, a lei editada é inconstitucional por violar a exclusividade
da União para legislar sobre licitações e contratos.
Comentários:
A União tem competência privativa para legislar sobre normas gerais de licitação e contratos
administrativos. Nada impede, todavia, que os estados editem leis sobre questões específicas
sobre licitações e contratos. Portanto, a lei mencionada na assertiva é plenamente compatível
com a CF/88. Questão errada.
Comentários:
É competência privativa da União legislar sobre comércio exterior (art. 22, VIII). Logo, uma lei
estadual que trate do tema estará invadindo competência da União. Questão correta.
(TJ / PB 2015) Caso um estado-membro inove a ordem jurídica ao editar lei que proíba às
empresas de telecomunicação a cobrança de taxa para a instalação do segundo ponto de
acesso à Internet, não haverá inconstitucionalidade, pois o estado terá agido no âmbito de sua
competência para legislar sobre proteção do consumidor.
Comentários:
O STF considera que é inconstitucional lei estadual ou distrital que proíba as empresas de
telecomunicações de cobrarem taxas para a instalação do segundo ponto de acesso à Internet.
Isso porque se trata de matéria da competência da União. Questão errada.
(TJ / PB 2015) É inconstitucional norma federal que reserve percentual mínimo de carga
horária dos docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse, visto que a
matéria é de interesse local, cuja definição deve atender a circunstâncias peculiares de cada
região.
Comentários:
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, é constitucional a norma geral federal que reserva
o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos docentes da educação básica para dedicação
às atividades extraclasse. Questão errada.
Comentários:
É plenamente compatível com a CF/88 lei estadual que fixe o número máximo de alunos em
sala de aula. Segundo o STF, essa lei estadual não viola a competência privativa da União para
legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. Questão errada.
(FUB 2015) O constituinte brasileiro proibiu que a União delegasse aos estados e ao Distrito
Federal a competência para legislar sobre matérias de sua competência privativa.
Comentários:
3 COMPETÊNCIAS COMUNS
O art. 23 trata de competências comuns a todos os entes federativas. São competências de natureza
administrativa (material). Também é chamada de competência concorrente administrativa, paralela
ou cumulativa da União.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar
o patrimônio público;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
Note que essas são matérias de competência administrativa de todos os entes da Federação, de
forma solidária, com inexistência de subordinação em sua atuação. Trata-se tipicamente de
interesses difusos, ou seja, interesses de toda a coletividade.
No que se refere à lei complementar prevista no parágrafo único do art. 23 da Constituição, nota-
se que esta tem como finalidade evitar conflitos e dispersão de recursos, coordenando-se as ações
dos entes federativos em prol de melhores resultados.
O art. 24 trata da chamada competência concorrente, que se caracteriza por ser uma competência
legislativa. Vamos ler o artigo na íntegra?
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e
inovação;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
A competência legislativa concorrente é atribuída à União, aos Estados e ao Distrito Federal (os
Municípios não foram contemplados!). A competência da União está limitada ao estabelecimento
de regras gerais. Fixadas essas regras, caberá aos Estados e Distrito Federal complementar a
legislação federal (é a chamada competência suplementar dos Estados-membros e Distrito Federal).
Caso a União não edite as normas gerais, Estados e Distrito Federal exercerão competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Entretanto, caso a União posteriormente ao
exercício da competência legislativa plena pelos Estados e Distrito Federal edite a regra geral, ela
suspenderá a eficácia da lei estadual (veja que não se fala em revogação, mas em suspensão!)
apenas no que for contrária àquela. Ocorre, então, um bloqueio de competência, não podendo mais
o Estado legislar sobre normas gerais, como vinha fazendo.
Observa-se que a Carta Magna adotou o modelo de competência concorrente não cumulativa, em
que há repartição vertical, isto é, dentro de um mesmo campo material reservou as regras gerais à
União e deixou aos Estados a complementação. Na competência concorrente cumulativa (não
adotada pela Carta Magna), não há limites prévios para o exercício da competência, que pode ser
igualmente exercida por todos os entes federativos.
No modelo adotado pelo Brasil (competência concorrente não cumulativa), não pode a lei estadual
contrariar as normas gerais adotadas pela União, sob pena de inconstitucionalidade. Segundo o
STF, é inconstitucional lei estadual que amplia definição estabelecida por lei federal, em matéria de
competência concorrente.34 Não pode o Estado, ao editar norma específica, ir além do que lhe
permite a norma geral da União.
Nesse sentido, decidiu o STF que é inconstitucional lei estadual que dispõe sobre a obrigatoriedade
de informações nas embalagens dos produtos alimentícios comercializados no âmbito de Estado-
membro.35 á à à produção e consumo à à à à à à à àV à à
34
ADI 1.245, Rel. Min. Eros Grau. 26-8-2005.
35
ADI 750/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 3.8.2017
C à àD à àC à à à à à informações em embalagens de
produtos comercializados à à à ção estadual indevida.
Complementar
Supletiva
(TCU 2015) Compete privativamente à União legislar sobre direitos e garantias fundamentais.
Comentários:
Não se pode dizer que é competência privativa da União legislar sobre direitos fundamentais.
O art. 24 da Carta Magna prevê que vários direitos fundamentais são objeto da competência
legislativa concorrente entre União, Estados e Distrito Federal. Entre eles, encontram-se, por
exemplo, a educação, o ensino e a proteção à infância e à juventude.
(Instituto Rio Branco 2015) Compete à União manter relações com Estados estrangeiros,
declarar a guerra e celebrar a paz, mas se insere no âmbito da competência concorrente da
União, dos estados e do Distrito Federal assegurar a defesa nacional e permitir que forças
estrangeiras transitem por seus territórios.
Comentários:
Também é competência da União assegurar a defesa nacional (art. 24, IV) e permitir que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional (art. 21, IV).Questão errada.
(TRT 8a Região 2015) A responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens
e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico é de competência
concorrente da União, Estados e Distrito Federal e, por isso, inexistindo lei federal sobre
normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, independente de suas
peculiaridades.
Comentários:
Comentários:
Comentários:
Comentários:
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Essa técnica foi adotada originariamente pela Constituição norte-americana e, desde então, por
todas as Constituições brasileiras, por privilegiar a autonomia dos Estados-membros em relação à
União. Isso porque permite que a maior parte das competências seja dos Estados, uma vez que as
competências da União são listadas taxativamente, enquanto as dos Estados-membros são
indefinidas.
Entretanto, é errado afirmar que nenhuma competência dos Estados está expressa na Constituição.
A Carta Magna enumera isoladamente algumas competências dos Estados. Veja quais são as mais
cobradas em concursos, a partir da leitura das correspondentes normas constitucionais:
Art. 25, § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais
de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação;
Art. 25, § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes,
para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
Contudo, há exceções (competências estaduais que não foram atribuídas ao Distrito Federal). Os
Estados possuem competência para organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério Público,
polícia civil, polícia militar e corpo de bombeiros militar. No Distrito Federal, todas essas instituições
são organizadas e mantidas pela União.
Também é importante destacar que nem toda a competência residual foi atribuída aos Estados. Há
uma exceção: compete à União instituir os impostos residuais, não previstos na Constituição, desde
que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados
na Carta Magna. Trata-se da chamada competência residual tributária. Nesse caso, competirá à
União tanto legislar sobre o tema quanto exercer a capacidade tributária ativa.
As competências dos Municípios são listadas, em sua maior parte, no artigo 30 da Constituição. Nele,
há competências materiais (administrativas) e legislativas.
a) Competência exclusiva para legislar sobre assuntos de interesse local (CF, art. 30, I);
A competência administrativa dos Municípios autoriza sua atuação sobre matérias de interesse
local, especialmente sobre aquelas constantes dos incisos III a IX do art. 30 da Carta Magna.
Questão complexa é definir exatamente o que é ou não considerado interesse local. A jurisprudência
do STF já teve a oportunidade de se firmar em distintas situações relacionadas ao tema:
b) O STF considera que o Município é competente para, dispondo sobre a segurança de sua
população, impor a estabelecimentos bancários a obrigação de instalarem portas eletrônicas, com
detector de metais, travamento e retorno automático e vidros à prova de balas.
Entende, ainda, a Corte, que o Município pode editar legislação própria, com fundamento na
autonomia constitucional que lhe é inerente (CF, art. 30, I), com o objetivo de determinar, às
instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em favor dos usuários dos serviços
bancários (clientes ou não), equipamentos destinados a proporcionar-lhes segurança (tais como
portas eletrônicas e câmaras filmadoras) ou a propiciar-lhes conforto, mediante oferecimento de
instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou, ainda, colocação de bebedouros.
Não há, portanto, necessidade de que essa legislação municipal obedeça a diretrizes definidas em
lei federal ou estadual, dado que a competência para tratar do assunto é do Município ( AI
347.717-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 31-5-2005, Segunda Turma, DJ de 5-8-
2005.).
c) O STF entende que a fixação do horário de funcionamento das agências bancárias, por estar
relacionado ao sistema financeiro nacional, extrapola o interesse local. Portanto, não é de
competência dos Municípios.
d) Segundo o STF, o Município é competente para legislar sobre limite de tempo de espera em fila
dos usuários dos serviços prestados pelos cartórios localizados no seu respectivo território, sem que
isso represente ofensa à competência privativa da União para legislar sobre registros públicos.
Também entende a Corte que o Município possui competência para legislar sobre tempo de
atendimento em filas nos estabelecimentos bancários, tratando-se de assunto de interesse local, o
que não se confunde com a atividade-fim do banco.
f) É inconstitucional lei municipal que obriga ao uso de cinto de segurança e proíbe transporte de
menores de 10 anos no banco dianteiro dos veículos, por ofender à competência privativa da União
Federal para legislar sobre trânsito (CF, art. 22, XI).
Ao debater a aprovação da Súmula Vinculante nº 49, os Ministros do STF deixaram claro que esta
deveria ser encarada como um princípio geral, não devendo se aplicar a todos os casos. Nesse
sentido, o STF reconhece a constitucionalidade de lei municipal que fixa distanciamento mínimo
entre postos de revenda de combustíveis, por motivo de segurança.36
h) Segundo o STF, o Município é competente para legislar sobre meio ambiente, desde que haja
interesse local. A existência de interesse local deverá ser fundamentada pelo Município e poderá
resultar, inclusive, em legislação ambiental mais restritiva do que a União e dos Estados.37
(TJ / PB 2015) É constitucional lei municipal que fixe o horário de funcionamento das agências
bancárias e que disponha sobre o tempo máximo de permanência dos usuários nas filas, por
se tratar de matéria de interesse local.
Comentários:
Comentários:
É compet à àM à à à à à à à à à
coletivos municipais. Logo, houve invasão da competência municipal. Questão errada.
(TRF 2a Região 2014) A competência legislativa residual cabe aos Estados e aos Municípios,
em igualdade de condições.
Comentários:
A competência residual foi atribuída aos Estados (e não aos Municípios!) Questão errada.
36
RE 566.836, Rel. Min. Cármen Lúcia. 27.11.2008.
37
ARE 748206 AgR/SC, Rel Min. Celso de Mello, 14.03.2017
QUESTÕES COMENTADAS
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Comentários:
2. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Os estados podem prever foro por prerrogativa de função
aos vereadores, ressalvada a competência constitucional do tribunal do júri.
Comentários:
De fato, o STF entende que a Constituição Estadual pode conferir foro por prerrogativa de função
aos vereadores, ressalvada a competência constitucional do tribunal do júri. Questão correta.
3. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Não estará abarcado pela imunidade material o vereador que
ofender adversário político em entrevista em município diverso daquele no qual cumpre mandato.
Comentários:
De fato, a CF/88 conferiu aos vereadores inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato e na circunscrição do Município (CF, art. 29, VIII). Na situação proposta, o
vereador não está abarcado por essa imunidade material. Questão correta.
4. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Vereadores só poderão ser presos se em flagrante de crime
inafiançável.
Comentários:
Os Vereadores não gozam de qualquer imunidade formal. A Carta Magna apenas lhes atribuiu a
imunidade material, limitada à circunscrição do Município. Questão errada.
5. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Em regra, é vedado aos entes federados estabelecer aliança
com representantes de cultos religiosos ou igrejas.
Comentários:
Como regra geral, é vedado aos entes federativos estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes
relações de dependência ou aliança Admite-se, como exceção, a colaboração de interesse público.
Questão correta.
6. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Os recursos minerais, incluídos os do subsolo, são bens da
União.
Comentários:
Segundo o art. 20, IX, são bens da União os recursos minerais, inclusive os do subsolo. Questão
correta.
7. (CESPE / TRT 7a Região 2017) Segundo o texto constitucional, para que as unidades
federativas estaduais possam se desmembrar, são necessárias
b) a aprovação popular, mediante referendo nacional; e a edição de lei estadual pelo estado a ser
desmembrado.
Comentários:
As alterações federativas envolvendo Estados dependem de: i) consulta prévia, mediante plebiscito,
à população diretamente interessada e; ii) edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.
O gabarito é a letra A.
Comentários:
Os Municípios não são dotados de soberania, mas apenas de autonomia política. São regidos por Lei
Orgânica Municipal. O gabarito é a letra C.
Comentários:
A forma de Estado diz respeito à repartição territorial do poder. No Brasil, adotou-se a federação,
ou seja, o poder está territorialmente descentralizado. Todos os entes da federação são autônomos
e mantêm, entre si, um vínculo indissolúvel. O gabarito é a letra E.
10. (CESPE / TCE-PE 2017) Para que um estado federado institua regiões metropolitanas
constituídas por municípios limítrofes no âmbito de seu território, será necessária apenas a edição
de lei complementar estadual.
Comentários:
c) É permitido à União, mas vedados aos estados, recusar fé aos documentos públicos.
e) De acordo com a CF, o Distrito Federal unidade federada indivisível em municípios é a capital
federal do país.
Comentários:
Letra A: errada. Os municípios são entes da federação dotados de autonomia. Não se subordinam
aos estados em que se localizam.
Letra B: errada. Os estados federados não se subordinam à União. São dotados de autonomia.
Letra C: errada. A Constituição veda a todos os entes federados recusar fé aos documentos públicos
(art. 19, II, CF).
Letra D: correta. A Carta Magna veda aos entes federados estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público
(art. 19, I, CF).
Letra E: errada. A capital federal é Brasília, que não se confunde com o Distrito Federal.
c) o mar territorial.
e) os terrenos da marinha.
Comentários:
Para acertar a questão, o candidato deveria, num primeiro momento, excluir as alternativas
correspondentes a bens da União (letras A, C, D e E), nos termos do art. 20 da Constituição:
A letra B é a correta, por estar prevista no art. 26 da CF/88. Segundo esse dispositivo, incluem-se
entre os bens dos Estados:
13. (CESPE/ PGE-AM 2016) Embora, conforme a CF, a lei orgânica municipal esteja
subordinada aos termos da Constituição estadual correspondente, esta última Carta não pode
estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organização dos municípios.
Comentários:
14. (CESPE/ ANVISA 2016) Nos termos da CF, um ente federativo terá o direito de secessão,
isto é, de desagregar-se da Federação, seja em caso de crise institucional, seja por decisão da
população diretamente interessada, mediante plebiscito.
Comentários:
A forma federativa de estado é uma cláusula pétrea do texto constitucional. Assim, não há direito
de secessão na federação brasileira. Não pode o estado de Minas Gerais, por exemplo, declarar sua
independência e se separar do restante da federação. Questão errada.
38
ADI 2.112 MC , rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 11-5-2000, P, DJ de 18-5-2001.
15. (CESPE/ PGE-AM 2016) Em razão do princípio da autonomia política dos entes federativos,
estados e municípios não podem ser submetidos a disposições implícitas da CF, devendo
obediência, tão somente, às suas disposições expressas.
Comentários:
16. (CESPE/ ANVISA 2016) Apesar de não possuírem sua própria Constituição, os municípios,
em simetria com os estados, desempenham as funções dos Poderes Executivo, Judiciário e
Legislativo, em razão da autonomia administrativa estabelecida no texto da CF.
Comentários:
Comentários:
Segundo o STF, a expressão populações dos Municípios envolvidos abrange tanto a população do
território remanescente quanto aquela do território a ser desmembrado. A consulta plebiscitária,
portanto, é bastante ampla. Questão correta.
18. (CESPE / TCE-PA 2016) A fusão de dois municípios depende de consulta prévia, mediante
plebiscito, das respectivas populações, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
Comentários:
A fusão de Municípios depende de: i) realização de estudos de viabilidade municipal; ii) consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos e; iii) lei ordinária estadual.
Exige-se, ainda, edição de lei complementar federal fixando genericamente o período dentro do qual
poderá ocorrer a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. Questão correta.
19. (CESPE / TCE-PA 2016) O estado do Pará pode explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, não podendo a regulamentação da exploração
ocorrer por meio de medida provisória.
Comentários:
É competência dos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado. A regulamentação dessa exploração não pode ocorrer por meio de medida provisória.
Questão correta.
20. (CESPE / TCE-PA 2016) Os estados-membros, mediante lei ordinária específica, podem
instituir regiões metropolitanas, constituídas por agrupamentos de municípios, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Comentários:
A instituição de regiões metropolitanas deverá ser feita mediante a edição de lei complementar
estadual. Questão errada.
21. (CESPE / TRT 8a Região 2016) A forma de federalismo adotada no Brasil é conhecida como
federalismo de segregação e centrífugo, sendo os estados-membros dotados de autogoverno.
Comentários:
22. (CESPE / TRT 8a Região 2016) Cada uma das unidades integrantes da Federação brasileira
é ente autônomo e soberano, capaz de auto-organização, autolegislação, autogoverno e
autoadministração.
Comentários:
Os entes federativos não possuem soberania. São dotados apenas de autonomia política, que se
manifesta por meio de 4 (quatro) aptidões:
Questão errada.
23. (CESPE / TRE-PI 2016) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos, desde que haja aprovação da
população interessada, por referendo, e do Congresso Nacional, por lei aprovada por maioria
simples.
Comentários:
Segundo o art. 18, § 3o, da Constituição, os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais,
mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar. Questão errada.
24. (CESPE / TRE-PI 2016) Para que ocorra o desmembramento do território de um estado, é
necessário que a população da área a ser desmembrada e a população do território remanescente
sejam consultadas.
Comentários:
25. (CESPE / TRE-PI 2016) Cabe à União o exercício de atribuições da soberania do Estado
brasileiro, razão por que esse ente se confunde com o próprio Estado federal.
Comentários:
A soberania é atributo da República Federativa do Brasil, não da União. A União não se confunde
com o próprio Estado federal. Questão errada.
Comentários:
As competências administrativas e tributárias dos Municípios lhes são atribuídas pela Constituição
Federal. É a CF/88, afinal, quem define a repartição de competências entre os entes federativos.
Questão errada.
27. (CESPE / DPU 2016) O Congresso Nacional poderá editar lei complementar para a fusão
de dois estados em um novo, desde que as populações diretamente interessadas aprovem a fusão
mediante plebiscito.
Comentários:
A edição de lei complementar pelo Congresso Nacional é um dos requisitos para a fusão de dois
Estados, sendo fundamental a aprovação prévia das populações diretamente interessadas,
mediante plebiscito (art. 18, § 3o, CF). Questão correta.
28. (CESPE / TCE-PR 2016) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e devidamente
demarcadas são exemplos de bem dominial da União.
Comentários:
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI). No entanto, não
são classificadas como bens dominiais (ou dominicais).
Sobre o tema, vale destacar que os bens públicos podem ser de 3 (três) tipos diferentes:
a) Bens de uso comum: podem ser utilizados por todas as pessoas, em condições de igualdade.
Ex: praias, ruas e praças.
b) Bens de uso especial: são usados para uma finalidade específica, como a prestação de
serviços públicos. Ex: hospitais públicos e escolas públicas,
c) Bens dominicais: não têm uma finalidade específica. Ex: um prédio público que não tem uma
destinação específica.
Segundo a doutrina, as terras indígenas são bens de uso especial, uma vez que se destinam a uma
finalidade específica, qual seja a proteção às comunidades indígenas que nela habitam.
Questão errada.
29. (CESPE / TRE-RS 2015) Assim como a União e os estados-membros, os municípios regem-
se por Constituições próprias, que são consideradas a lei fundamental máxima de uma sociedade
local.
Comentários:
Os Municípios são regidos pelas Leis Orgânicas (e não por Constituições!). Questão errada.
30. (CESPE / TCE-RN 2015) Por possuírem autonomia política, os territórios federais têm sua
criação, transformação em estado ou reintegração ao estado de origem dependente da aprovação,
por plebiscito, da população diretamente interessada e da ratificação do Congresso Nacional.
Comentários:
Os Territórios Federais não são dotados de autonomia política, não se enquadrando como entes
federativos. A criação, transformação em estado ou reintegração ao estado de origem de Territórios
Federais deve ser regulada por lei complementar. Questão errada.
31. (CESPE / TCE-RN 2015) São bens dos estados-membros da Federação as terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Comentários:
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, CF/88). Questão
errada.
32. (CESPE / AGU 2015) Entre as características do Estado federal, inclui-se a possibilidade de
formação de novos estados-membros e de modificação dos já existentes conforme as regras
estabelecidas na CF.
Comentários:
33. (CESPE / MPOG 2015) São formas de governo a federação, a confederação e o governo
único.
Comentários:
34. (CESPE / MPOG 2015) Permite-se à União, aos estados e aos municípios colaborar com as
igrejas quando demonstrado o interesse público, na forma da lei.
Comentários:
Segundo o art. 19, I, CF/88, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público . Assim, embora o Estado seja laico, admite-se a colaboração de
interesse público dos entes federativos com as igrejas. Questão correta.
Comentários:
Os municípios também fazem parte da federação brasileira, sendo detentores de autonomia (art.
18, CF). Questão errada.
36. (CESPE/ DPE-RN - 2015) Os territórios federais, quando criados, elegerão um senador para
integrar o Congresso Nacional.
Comentários:
Os Territórios federais não elegem Senadores. Por outro lado, cada Território federal irá eleger o
número fixo de 4 (quatro) Deputados Federais. Questão errada.
Comentários:
38. (CESPE/Instituto Rio Branco 2014) A ordem constitucional brasileira não admite o
chamado direito de secessão, que possibilita que os estados, o Distrito Federal e os municípios se
separem do Estado Federal, preterindo suas respectivas autonomias, para formar centros
independentes de poder.
Comentários:
De fato, o ordenamento jurídico brasileiro não admite o direito de secessão. A forma federativa de
Estado é princípio fundamental da RFB, bem como cláusula pétrea. Questão correta.
39. (CESPE/TJ-CE 2014) São bens dos estados-membros os recursos minerais, inclusive os do
subsolo, localizados em seus respectivos territórios.
Comentários:
Os recursos minerais, inclusive os do subsolo, são bens da União, não dos Estados (art. 20, IX, CF).
Questão errada.
40. (CESPE/TJ-CE 2014) Com o advento da CF ficou proibida a criação de novos territórios
federais.
Comentários:
41. (CESPE/TJ-CE 2014) São bens dos municípios os sítios arqueológicos localizado sem seus
territórios.
Comentários:
Os sítios arqueológicos são bens da União (art. 20, X, CF). Questão errada.
42. (CESPE/ ANATEL 2014) A forma federativa de Estado adotada pela CF consiste na
descentralização política e na soberania dos estados-membros, os quais são capazes de se auto-
organizar mediante a elaboração de constituições estaduais.
Comentários:
Na federação brasileira, somente a República Federativa do Brasil é soberana. Os Estados, bem como
todos os demais entes da Federação, são apenas autônomos. Questão errada.
43. (CESPE/ ANTAQ 2014) São considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer
correntes de água em terrenos que sirvam de limites com outros países ou se estendam a território
estrangeiro ou dele provenham.
Comentários:
De acordo com o art. 20, III, CF/88, são bens da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água
em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países,
ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as
praias fluviais Questão correta.
Comentários:
45. (CESPE / Juiz Federal TRT 5ª Região 2013) Como o federalismo estabelecido na CF é
assimétrico, é conferido aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal, como entes federativos,
o direito de secessão.
Comentários:
O federalismo brasileiro é considerado assimétrico. No entanto, isso não faz com que os entes
federativos possuam o direito de secessão. Questão errada.
46. (CESPE / TJDFT 2013) Mesmo não sendo estado nem município, o Distrito Federal (DF)
possui autonomia, parcialmente tutelada pela União.
Comentários:
O Distrito Federal é um ente federativo dotado de autonomia. A doutrina considera que essa
doutrina é parcialmente tutelada pela União, que tem competência para organizar e manter o
Ministério Público, o Poder Judiciário, a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar
do DF. Questão correta.
47. (CESPE / TRE-MS - 2013) O Estado Federal brasileiro é concebido constitucionalmente como
a união indissolúvel dos estados, municípios e do Distrito Federal.
Comentários:
48. (CESPE / TRE-MS - 2013) A CF adotou como princípio da organização política brasileira a
dissolubilidade do vínculo federativo.
Comentários:
Pelo contrário! O pacto federativo é indissolúvel (art. 1º, CF). Questão errada.
Comentários:
50. (CESPE / CNPq - 2011) A União, os estados, os municípios e o Distrito Federal são entes
federativos, diferentemente dos territórios federais, que integram a União e não são dotados de
autonomia.
Comentários:
De fato, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal são entes federados, autônomos,
conforme dispõe o art. 18 da Constituição. Já os Territórios não são dotados de autonomia, sendo
meras descentralizações administrativas da União (art. 18, § 2º, CF). Questão correta.
51. (CESPE / ANATEL - 2012) A cidade de Brasília é a capital federal, sendo vedada pela
Constituição Federal a transferência da sede do governo federal para outra cidade.
Comentários:
De fato, Brasília é a capital federal. Entretanto, diferentemente do que diz o enunciado, é possível a
transferência da sede do governo federal para outra cidade (art. 48, VII, CF). Questão errada.
52. (CESPE / TJ-PI - 2012) O patrimônio da União é formado por bens indicados
exemplificativamente na CF, incluídas todas as ilhas fluviais e lacustres em zonas limítrofes com
outros países, praias marítimas e ilhas oceânicas e costeiras.
Comentários:
De fato, trata-se de um rol exemplificativo, como demonstra a expressão os que lhe vierem a ser
(art. 20, I, CF). O erro da questão é que nem todas as ilhas oceânicas e costeiras são bens
da União. Há exceções (art. 20, IV, CF). Questão errada.
53. (CESPE / TRE-MS - 2013) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios pertencem aos
estados nas quais se situam.
Comentários:
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, CF). Questão errada.
54. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os terrenos de marinha são bens dos municípios.
Comentários:
55. (CESPE / TCU - 2011) De acordo com a CF, a União e os estados-membros podem criar
regiões de desenvolvimento visando à redução das desigualdades regionais.
Comentários:
56. (CESPE / TCU - 2008) As riquezas minerais, como o petróleo, são bens da União.
Comentários:
57. (CESPE / Procurador Municipal de Natal - 2008) Os potenciais de energia hidráulica são bens
comuns da União e dos estados onde se encontrem.
Comentários:
Os potenciais de energia hidráulica são bens da União (art. 20, VIII, CF). Questão errada.
58. (CESPE / ABIN - 2008) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são de domínio das
comunidades indígenas.
Comentários:
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, CF). Questão errada.
59. (CESPE / ANTAQ - 2009) Considere a situação em que uma pessoa, ao cavar um poço
artesiano no sítio de sua propriedade, tenha encontrado uma reserva de gás natural. Nesse caso,
a reserva pertencerá à União, mas o proprietário terá, por força expressa de dispositivo
constitucional, direito a participação no resultado da lavra.
Comentários:
Reza o art. 176 da Constituição que as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de
exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade
do produto da lavra. Questão correta.
60. (CESPE / TRE-MS - 2013) O regime federal estabelecido pela CF concede autonomia aos
estados-membros, ou seja, auto-organização e normatização própria, autogoverno e
autoadministração.
Comentários:
61. (CESPE / TJ-RR - 2012) Compete à União, mediante lei complementar, instituir
microrregiões, com a finalidade de promover a redução das desigualdades regionais.
Comentários:
Determina a Carta Magna que os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções
públicas de interesse comum (art. 25, § 3º, CF/88). Questão errada.
62. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Espírito Santo é um órgão da União e, por isso, é subordinado
à Presidência da República.
Comentários:
63. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Poder Executivo do Espírito Santo é chefiado pelo governador
desse estado.
Comentários:
64. (CESPE / TJ-AL - 2012) Os municípios gozam de certa autonomia que permite, em função
das regras e princípios de autogoverno, contar com poderes Executivo e Legislativo eleitos pela
população, mas não com Poder Judiciário próprio.
Comentários:
65. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municípios têm autonomia administrativa, política e financeira,
mas não autonomia normativa.
Comentários:
66. (CESPE / TJ-PI - 2012) Compete às constituições estaduais fixar os subsídios dos prefeitos e
dos vice-prefeitos, de maneira a evitar anomalias e discrepâncias remuneratórias entre os
municípios de um mesmo estado-membro.
Comentários:
Determina o art. 29, V, da Constituição Federal que os subsídios dos prefeitos e dos vice-prefeitos
são fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal. Questão errada.
67. (CESPE / TJ-AL - 2012) As eleições para prefeito e vice-prefeito dos municípios com mais de
duzentos mil eleitores ocorrerão, necessariamente, em dois turnos, caso nenhum dos candidatos
alcance a maioria absoluta dos votos validamente emitidos no primeiro turno, aí computados os
votos em branco, mas não os nulos.
Comentários:
Não se computam nem os votos em branco nem os nulos (art. 29, II, c/c art. 77, § 2º, CF). Questão
errada.
68. (CESPE / DPE-AL - 2009) Os territórios, quando criados, podem ser divididos em municípios,
==c70c7==
aos quais não serão aplicadas as regras de regência dos demais municípios, já que estarão
inseridos em território federal, considerado como descentralização administrativa da União.
Comentários:
Os municípios têm sua autonomia garantida pela Constituição, mesmo que façam parte de um
Território. Questão errada.
Comentários:
70. (CESPE / ANATEL - 2012) Ao Distrito Federal é assegurada autonomia para organizar e
manter seu Poder Judiciário.
Comentários:
O Poder Judiciário do Distrito Federal é organizado e mantido pela União. Questão errada.
71. (CESPE / TJ-PI - 2012) De acordo com a CF, os territórios federais, uma vez criados, não
elegem representantes para o Senado Federal, mas sua população tem a prerrogativa de eleger
quatro deputados para representá-la na Câmara dos Deputados.
Comentários:
De fato, os Territórios não elegem senadores, mas sua população tem a prerrogativa de eleger
quatro deputados federais (CF, art. 45, § 2º). Questão correta.
72. (CESPE / MPS - 2010) De acordo com a CF, os territórios podem ser divididos em municípios.
Comentários:
De fato, a Constituição permite tal divisão (art. 33, § 1º). Questão correta.
73. (CESPE / TJ-AL - 2012) O Distrito Federal, assim como os territórios, não pode ser dividido
em municípios.
Comentários:
O DF não pode ser dividido em municípios, mas os territórios sim! Questão errada.
74. (CESPE / TJ-PI - 2012) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formar novos estados, mediante aprovação da
população diretamente interessada, por meio de plebiscito, estando o Congresso Nacional
vinculado ao resultado da consulta popular.
Comentários:
O resultado do plebiscito é vinculante apenas caso seja desfavorável, pois torna a modificação
territorial impossível. Já quando favorável, a decisão final sobre a modificação territorial é do
Congresso Nacional, pois este poderá editar ou não a lei complementar. Questão errada.
a) Na fusão, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formação de um novo estado,
o que implica perda da personalidade primitiva.
b) Na cisão, o estado subdivide-se em dois ou mais estados membros, com personalidades distintas,
mantendo o estado originário sua personalidade jurídica.
c) No desmembramento para a formação de novo estado, o estado originário perde sua identidade,
para formar um novo estado com personalidade jurídica própria.
Comentários:
Letra A: correta. Na fusão, os dois ou mais estados que se fundem dão origem a um novo, com
personalidade jurídica própria. Exemplo: se Tocantins e Goiás se fundirem, darão origem a um
terceiro Estado, com personalidade jurídica diferente daquelas dos estados de origem.
Letra B: errada. Na cisão, cada subdivisão forma um Estado com personalidade jurídica diferente da
primitiva. Exemplo: O Pará pode sofrer cisão e deixar de existir, surgindo dois novos estados, cada
um com personalidade jurídica própria.
O gabarito é a letra A.
76. (CESPE / MPS - 2010) Para a criação de um novo estado na Federação brasileira, é necessária
a realização de plebiscito nacional, de forma a garantir o equilíbrio federativo.
Comentários:
Não há necessidade de plebiscito nacional, mas apenas regional, para consulta às populações
diretamente interessadas. Questão errada.
77. (CESPE / MPU - 2010) Considere que determinado estado da Federação tenha obtido
aprovação tanto de sua população diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do
Congresso Nacional, por meio de lei complementar, para se desmembrar em dois estados
distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigência imposta pela Constituição para incorporação,
subdivisão, desmembramento ou formação de novos estados ou territórios federais.
Comentários:
Considerando que a oitiva das Assembleias Legislativas não tem caráter vinculante, foram
cumpridos todos os requisitos para a incorporação, subdivisão, desmembramento ou formação de
novos estados ou territórios federais. Questão correta.
78. (CESPE / Procurador Prefeitura de Boa Vista - 2010) Nas consultas plebiscitárias para
criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, deve-se consultar a população
dos territórios diretamente afetados pela alteração. Nesse caso, a vontade popular é aferida pelo
percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada.
Comentários:
A questão está correta. Fundamento: art. 18, § 4º, que acabamos de estudar.
Comentários:
A criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios devem ser feitos por lei ordinária
estadual, observados os requisitos previstos em lei ordinária federal. Questão errada.
Comentários:
81. (CESPE / TRT 10ª Região - 2013) A divisão político-administrativa interna da Federação
brasileira é imutável.
Comentários:
A Constituição permite que haja modificações na divisão político-administrativa interna da RFB, por
meio da formação de novos Estados, Territórios e Municípios ou de sua fusão ou incorporação de
uns pelos outros. Questão errada.
82. (CESPE / MPE-RN - 2009) É vedado à União, aos estados, ao DF e aos municípios estabelecer
cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles
ou seus representantes relações de dependência ou aliança.
Comentários:
A vedação à manutenção de relações ou alianças com os cultos religiosos ou igrejas não é absoluta.
A Constituição ressalva, na forma da lei, a colaboração de interesse público (art. 19, I, CF). Questão
errada.
83. (CESPE / MS 2013) Pelo princípio da isonomia federativa, é vedado à União, aos estados-
membros, ao Distrito Federal (DF) e aos municípios criar distinções entre os brasileiros, bem como
criar preferências entre si.
Comentários:
De fato, os entes federativos não podem criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. É
o princípio da isonomia federativa, que está prevista no art. 19, III, CF/88. Questão correta.
84. (CESPE / PC-BA 2013) Recusar fé aos documentos públicos inclui-se entre as vedações
constitucionais de natureza federativa.
Comentários:
Os entes federativos não podem recusar fé aos documentos públicos, conforme art. 19, II, CF/88.
Questão correta.
85. (CESPE / DEPEN 2013) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais,
mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, ficando
dispensada a atuação do Congresso Nacional.
Comentários:
86. (CESPE / PRF 2012) Um estado da Federação que possua cinquenta e um deputados
federais possuirá, necessariamente, setenta e seis deputados estaduais.
Comentários:
Questão errada.
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
87. (CESPE/ PGM Manaus 2018) No âmbito de sua jurisdição, compete ao município a fixação
do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, uma vez que se trata de assunto
de interesse local.
Comentários:
88. (CESPE / TRF 1a Região 2017) As peculiaridades de cada cidade determinam a competência
dos Municípios para fixar horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais e bancários.
Comentários:
2) O STF entende que a fixação do horário de funcionamento das agências bancárias, por estar
relacionado ao sistema financeiro nacional, extrapola o interesse local. Portanto, não é de
competência dos Municípios, mas sim da União.
Questão errada.
89. (CESPE / TRF 1a Região 2017) É competência comum da União, dos estados, dos municípios
e do Distrito Federal legislar sobre normas gerais de licitação para a administração pública direta.
Comentários:
É competência privativa da União legislar sobre normas gerais de licitação e contratação (art. 22,
XXVII). Questão errada.
90. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Compete privativamente à União legislar sobre
desapropriação.
Comentários:
De fato, é competência privativa da União legislar sobre desapropriação (art. 22, II, CF/88). Questão
correta.
91. (CESPE / DPU 2017) Os estados e os municípios podem legislar sobre responsabilidade por
dano ao meio ambiente.
Comentários:
92. (CESPE / TCE-PE 2017) A proteção ao meio ambiente é de competência comum da União,
dos estados, do DF e dos Municípios.
Comentários:
93. (CESPE / TRE-BA 2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988 e o entendimento
do Supremo Tribunal Federal, compete
b) aos estados legislar sobre as custas de serviços forenses enquanto inexistir lei federal que
disponha sobre normas gerais.
c) aos municípios litorâneos legislar sobre o uso de terrenos de Marinha que se encontrem em seu
território.
Comentários:
Letra A: errada. A criação de novo município se materializa mediante lei ordinária estadual.
Letra B: correta. É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre custas
dos serviços forenses (art. 24, IV, CF/88). Na ausência de lei federal de normas gerais, os Estados
adquirem competência legislativa plena sobre as matérias da competência concorrente.
Letra C: errada. Os terrenos de marinha são bens da União. Portanto, cabe à União legislar sobre o
uso desses terrenos.
Letra E: errada. É competência privativa da União legislar sobre direito eleitoral (art. 22, I, CF/88).
O gabarito é a letra B.
94. (CESPE/ Instituto Rio Branco 2017) Compete à União explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão, os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de estado ou território.
Comentários:
Trata-se de competência exclusiva da União prevista no art. 21, XII, da Constituição. Questão
correta.
95. (CESPE/ Instituto Rio Branco 2017) No âmbito da competência concorrente, seria
inconstitucional lei estadual que ampliasse, a critério do legislador estadual, definição
estabelecida por lei federal sobre determinada matéria.
Comentários:
A Carta Magna adotou o modelo de competência concorrente não cumulativa, em que há repartição
vertical. Nese modelo, dentro de um mesmo campo material, as regras gerais foram reservadas à
União e aos Estados coube complementá-las. Com fundamento nesse modelo, o STF considera
inconstitucional lei estadual que amplia definição estabelecida por texto federal, em matéria de
competência concorrente39. Questão correta.
96. (CESPE / TRE-PE - 2017) A respeito das competências dos entes federados, assinale a opção
correta.
a) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa
residual para atender às suas peculiaridades.
b) A eficácia de lei estadual vigente não será suspensa na hipótese de superveniência de lei federal
sobre normas gerais, mesmo que a lei federal traga disposições contrárias à lei estadual.
c) Compete privativamente à União zelar pela guarda da CF, das leis e das instituições democráticas.
d) A competência da União para legislar sobre normas gerais afasta a competência suplementar dos
estados.
Comentários:
Letra A: errada. No âmbito da competência legislativa concorrente, inexistindo lei federal sobre
normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades (art. 24, § 3o, CF).
Letra B: errada. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário (art. 24, § 4o, CF).
Letra C: errada. Trata-se de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios (art. 23, I, CF).
Letra D: errada. A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados (art. 24, § 2o, CF).
Letra E: correta. É o que determina o art. 24, § 1o, da Constituição. A competência da União está
limitada ao estabelecimento de regras gerais. Fixadas essas regras, caberá aos Estados e Distrito
Federal complementar a legislação federal (é a chamada competência suplementar dos Estados-
membros e Distrito Federal).
O gabarito é a letra E.
97. (CESPE/ PGE-AM 2016) No âmbito das competências concorrentes, lei federal sobre
normas gerais suspende a eficácia de lei estadual superveniente, no que esta lhe for contrária.
Comentários:
No âmbito da competência concorrente, a União é responsável por editar as normas gerais. Diante
da inércia da União, os Estados exercerão a competência legislativa plena, podendo editar as
normas gerais e as normas específicas.
Pois bem... Agora, suponha que o Estado de Minas Gerais, diante da inércia da União, editou uma
lei de normas gerais. A União resolveu se e, após isso, edita sua lei de normas gerais. O que
acontece?
Segundo a CF/88, a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrária. Vejam que isso é o oposto do que afirma o enunciado. Questão
errada.
98. (CESPE/ ANVISA 2016) Situação hipotética: O Estado de Minas Gerais editou norma geral
sobre matéria de competência concorrente, ante a ausência de norma geral editada pela União.
Todavia, meses depois, a União promulgou lei estabelecendo normas gerais acerca da matéria.
Assertiva: Nessa situação, a lei estadual terá sua eficácia suspensa naquilo que for contrária à lei
federal.
Comentários:
b) legislar sobre requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra.
Comentários:
Letra A: errada. É competência comum a todos os entes federativos estabelecer e implantar política
de educação para a segurança do trânsito (art. 23, XII, CF/88).
Letra B: correta. É competência privativa da União legislar sobre requisições civis e militares, em
caso de iminente perigo e em tempo de guerra.
Letra C: errada. É competência comum a todos os entes federativos cuidar da saúde e assistência
pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência (art. 23, II, CF/88).
Letra D: errada. É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre
organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil (art. 24, XVI, CF/88).
Letra E: errada. É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre
educação, ensino, pesquisa e inovação (art. 24, IX).
O gabarito é a letra B.
100. (CESPE / Agente PC-PE 2016) Com base no disposto na CF, assinale a opção correta acerca
da organização político-administrativa do Estado.
a) É da competência comum dos estados, do Distrito Federal e dos municípios organizar e manter as
respectivas polícias civil e militar e o respectivo corpo de bombeiros militar.
b) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal estabelecer normas gerais de organização das
polícias militares e dos corpos de bombeiros militares, assim como normas sobre seus efetivos, seu
material bélico, suas garantias, sua convocação e sua mobilização.
e) É facultado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios subvencionar cultos
religiosos ou igrejas e manter com seus representantes relações de aliança e colaboração de
interesse público.
Comentários:
Letra A: errada. É competência dos estados organizar a manter as polícias civil e militar e o respectivo
corpo de bombeiros. No entanto, pode-se dizer que:
b) Os Municípios não têm qualquer competência para organizar e manter as polícias civil e militar,
tampouco o corpo de bombeiros militar.
Letra B: errada. É competência privativa da União legislar sobre normas gerais de organização,
efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de
bombeiros militares (art. 22, XXI, CF/88).
Letra C: errada. Os territórios não são entes federativos e, portanto, não são dotados de autonomia
política.
Letra E: errada. É vedado aos entes federativos estabelecer cultos religiosos ou igrejas,
subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes
O gabarito é a letra D.
101. (CESPE / TCE-PA 2016) Compete privativamente à União legislar sobre direito civil,
comercial e financeiro.
Comentários:
A União tem competência privativa para legislar sobre direito civil e direito empresarial (comercial).
No entanto, é competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre direito
financeiro (art. 24, I, CF/88). Questão errada.
102. (CESPE / TJ-AM 2016) Tendo em vista que o direito à vida valor central do ordenamento
jurídico desdobra-se em direito à existência física e direito a uma vida digna, assinale a opção
correta.
b) Os serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, que constitui um
sistema único, organizado de forma centralizada.
c) O STF afastou a possibilidade de o SUS pagar por tratamento diferenciado oferecido a pessoa que
comprove necessitar de medida curativa ainda não incorporada ao sistema público, para evitar o
chamado efeito multiplicador que o precedente judicial poderia causar.
d) Constitui direito dos trabalhadores a assistência dos filhos e dependentes desde o nascimento até
cinco anos de idade em creches e pré-escolas mediante pagamento de contraprestação fixada em
lei.
e) É dever privativo da União desenvolver políticas públicas que visem à redução de doenças e outros
agravos.
Comentários:
Letra A: correta. Segundo o art. 196, CF/88, a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos
e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Letra B: errada. É princípio de organização do Sistema Único de Saúde (SUS) a descentralização, com
direção única em cada esfera de governo.
Letra C: errada. O STF entende que o Estado deverá concretizar o direito à saúde, sendo uma
obrigação o fornecimento de medicamentos.
Letra D: errada. É direito dos trabalhadores a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 anos de idade em creches e pré-escolas (art. 7º, XXV, CF/88).
Letra E: errada. O desenvolvimento de políticas públicas que visem à redução do risco de doenças e
de outros agravos não é competência privativa da União. É competência comum a todos os entes
federativos cuidar da saúde e assistência pública (art. 23, II, CF/88).
O gabarito é a letra A.
a) à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios legislar concorrentemente sobre direito
agrário.
Comentários:
Letra A: errada. Os Municípios não possuem competência concorrente. Legislar sobre direito agrário
é competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal.
Letra B: errada. É competência exclusiva da União elaborar e executar planos nacionais e regionais
de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social (art. 21, IX, CF/88).
Letra C: errada. É competência exclusiva da União explorar os serviços de radiodifusão (art. 21, XII,
alínea
Letra D: correta. É competência privativa da União legislar sobre desapropriação (art. 22, II, CF/88).
Letra E: errada. É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre direito
financeiro (art. 24, I, CF/88).
O gabarito é a letra D.
104. (CESPE / TRT 8a Região 2016) A competência da União e dos municípios é expressa, sendo
a competência dos estados remanescente ou residual.
Comentários:
105. (CESPE / TRE-PI 2016) Compete à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios
assegurar a defesa nacional.
Comentários:
É competência exclusiva da União assegurar a defesa nacional (art. 21, III, CF/88). Questão errada.
106. (CESPE / DPU 2016) No que se refere à proteção e à defesa da saúde, a União exerce
competência legislativa concorrente, cabendo-lhe o estabelecimento de normas gerais.
Comentários:
Trata-se, de fato, de competência legislativa concorrente à União, aos Estados e ao Distrito Federal,
nos termos do art. 24, XII, da CF/88. Vale a pena destacar que na legislação concorrente, a
competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Questão correta.
a) Lei estadual que dispuser sobre sistema de consórcios e sorteios não usurpará a competência da
União, pois se inserirá no âmbito da competência legislativa suplementar.
b) No exercício de sua competência para legislar sobre assuntos de interesse local, pode o município
editar lei municipal que discipline horário comercial e bancário para o atendimento ao público.
e) Lei complementar federal pode autorizar estados e municípios a legislar sobre questões
específicas de matérias de competência privativa da União.
Comentários:
Letra A: errada. A União tem competência privativa para legislar sobre sistemas de consórcios e
sorteios (art. 22, XX). Nesse sentido, o STF editou a Súmula Vinculante nº 02, que estabelece que
inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de
consórcios e sorteios, inclusive bingos e
Letra C: errada. A superveniência de lei federal de normas gerais suspende a eficácia de lei estadual
anterior, no que lhe for contrária.
Letra D: correta. É competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal legislar
sobre proteção ao meio ambiente (art. 24, VI). Os Municípios, embora não sejam detentores da
competência concorrente, também podem legislar sobre proteção ao meio ambiente. Farão isso no
exercício da competência suplementar. Segundo o art. 30, II, CF/88, compete aos Municípios
suplementar a legislação federal e estadual, no que couber.
Letra E: errada. Lei complementar pode autorizar apenas os Estados e o Distrito Federal a legislar
sobre matérias da competência privativa da União. Os Municípios não podem receber tal delegação.
O gabarito é a letra D.
Comentários:
Segundo o art. 23, XI, CF/88, é competência comum a todos os entes federativos registrar,
acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
minerais em seus territórios Questão correta.
109. (CESPE / TCE-PR 2016) Será constitucional lei estadual que discipline os crimes de
responsabilidade dos conselheiros do respectivo tribunal de contas, bem como o procedimento
de sua apuração e de seu julgamento.
Comentários:
A competência para legislar sobre direito penal, inclusive acerca de crimes de responsabilidade, é
privativa da União (art. 22, I). Questão errada.
110. (CESPE / TRE-RS - 2015) Assinale a opção correta em relação à organização do Estado.
a) Compete à União, aos estados e aos municípios legislar concorrentemente sobre direito eleitoral.
b) Nos municípios, é possível a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico da cidade
mediante a manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado do respectivo ente
federativo.
Comentários:
Letra A: errada. É competência privativa da União legislar sobre direito eleitoral (art. 22, I, CF).
Letra C: errada. A Carta Magna veda a deliberação de qualquer proposta de emenda constitucional
tendente a abolir a forma federativa de Estado. Trata-se de cláusula pétrea (art. 60, § 4o, I, CF).
Letra D: errada. Não se admite o direito à secessão no ordenamento jurídico constitucional brasileiro
(art. 1o c/c art. 60, § 4o, I, CF).
O gabarito é a letra B.
111. (CESPE/ Procurador de Salvador/BA 2015) Com relação às competências dos municípios,
assinale a opção correta.
a) Cumpre aos municípios explorar os serviços locais de gás canalizado, sendo vedada a edição de
medida provisória para a sua regulamentação.
b) De acordo com a CF, não compete aos municípios suplementar a legislação federal ou a legislação
estadual.
c) A competência dos municípios para legislar é residual, haja vista que será atribuição dos
municípios disciplinar aquilo que não seja constitucionalmente atribuído à competência da União ou
dos estados.
d) São inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo máximo de permanência em filas
de bancos comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela União.
e) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde que observada a legislação
estadual sobre a matéria.
Comentários:
Letra A: errada. Segundo o art. 25, § 2º, CF/88, cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida
provisória para a sua
Letra B: errada. Segundo o art. 30, II, CF/88, compete aos Municípios suplementar a legislação
federal e a estadual no que couber.
Letra D: errada. A Súmula Vinculante nº 49 estabelece que ofende o princípio da livre concorrência
lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em
determinada área Assim, uma lei municipal que crie obstáculos à instalação de empresas do
mesmo ramo em uma determinada área será inconstitucional.
Letra E: correta. É isso mesmo! Segundo o art. 30, IV, CF/88, compete aos Municípios criar, organizar
e suprimir distritos, observada a legislação estadual.
O gabarito é a letra E.
112. (CESPE / TCE-RN 2015) No âmbito da competência legislativa concorrente, inexistindo lei
federal, os estados exercerão competência legislativa plena, mas eventual promulgação de lei
federal dispondo sobre normas gerais tem o efeito de suspender a eficácia da legislação estadual
sobre toda a matéria objeto da competência concorrente.
Comentários:
Se não existir lei federal, os estados irão exercer a competência legislativa plena. A superveniência
de lei federal sobre normas gerais irá suspender a eficácia da lei estadual, mas apenas no que lhe
for contrária. Questão errada.
113. (CESPE / TCE-RN 2015) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde
que observada a legislação estadual.
Comentários:
É isso mesmo! Segundo o art. 30, IV, CF/88, compete aos Municípios criar, organizar e suprimir
distritos, observada a legislação estadual. Questão correta.
114. (CESPE/ TCE-RN 2015) Será constitucional lei estadual que estabeleça tramitação
prioritária, na justiça estadual, de processos judiciais que tenham como parte mulheres vítimas de
violência doméstica.
Comentários:
É competência privativa da União legislar sobre direito processual (art. 22, I, CF/88). Logo, não pode
lei estadual estabelecer tramitação prioritária de processos que tenham como parte mulheres
vítimas de violência doméstica. Essa lei padecerá de inconstitucionalidade formal. Questão errada.
115. (CESPE/ TCU 2015) Compete privativamente à União legislar sobre direitos e garantias
fundamentais.
Comentários:
O artigo 24 da Carta Magna, por outro lado, prevê que vários direitos fundamentais são objeto da
competência legislativa concorrente entre União, Estados e Distrito Federal. Entre eles, encontram-
se, por exemplo, a educação, o ensino e a proteção à infância e à juventude.
Questão errada.
116. (CESPE/ TRE-MT 2015) Segundo a CF, lei complementar federal poderá autorizar os
estados-membros a legislarem em matéria de competência privativa da União.
Comentários:
117. (CESPE/ TRE-GO 2015) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito eleitoral e, no âmbito dessa legislação concorrente, a
competência da União está limitada ao estabelecimento de normas gerais.
Comentários:
Compete privativamente à União legislar sobre direito eleitoral (art. 22, I, CF), podendo lei
complementar autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas referentes a essa matéria.
Questão errada.
118. (CESPE/ TRE-GO 2015) É competência privativa da União legislar acerca do direito
eleitoral.
Comentários:
Trata-se, de fato, de competência privativa da União (art. 22, I, CF). Questão correta.
Comentários:
É o contrário. A superveniência de lei federal de normas gerais suspende a eficácia da lei estadual,
naquilo que lhe for contrária. Questão errada.
120. (CESPE/ IRBr Diplomata 2015) Compete à União manter relações com Estados
estrangeiros, declarar a guerra e celebrar a paz, mas se insere no âmbito da competência
concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal assegurar a defesa nacional e permitir que
forças estrangeiras transitem por seus territórios.
Comentários:
121. (CESPE/ IRBr Diplomata 2015) Além das competências legislativas remanescentes, a
Constituição Federal de 1988 enumerou algumas competências aos estados-membros, como, por
exemplo, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, por meio de lei
estadual.
Comentários:
De fato, não se pode afirmar que nenhuma competência dos Estados está expressa na Constituição,
ou seja, que todas as competências desses entes são residuais. A Carta Magna enumera
isoladamente algumas competências dos Estados. É o caso da competência para a criação, a
incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, por meio de lei estadual Questão
correta.
Comentários:
Trata-se de competência da União, conforme previsão do art. 21, XII, da Constituição. Questão
errada.
123. (CESPE/ ANATEL 2014) Considere que determinado estado tenha editado norma geral
sobre matéria de competência concorrente, ante a ausência de normas gerais editadas pela União.
Nessa situação, se a União, posteriormente, editar lei estabelecendo normas gerais sobre a mesma
matéria, a referida lei estadual será suspensa, no que for contrária à lei federal.
Comentários:
O art. 24 da Constituição prevê que no âmbito da competência concorrente, inexistindo lei federal
sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades. Nesse caso, a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia
da lei estadual, no que lhe for contrário. Questão correta.
124. (CESPE / TCDF 2014) Não contrariaria a CF norma distrital que proibisse, com base no
princípio da isonomia, a cobrança pelo uso de estacionamento nos shopping centers situados no
DF, com vistas à promoção do lazer e da cultura, uma vez que o DF agiria, nessa situação, no
exercício da competência concorrente a ele conferida para legislar sobre direito urbanístico.
Comentários:
A cobrança pelo uso de estacionamento de veículos nos shopping centers é matéria de direito civil.
Considerando-se que é competência privativa da União legislar sobre direito civil, a mencionada lei
distrital é inconstitucional. Questão errada.
125. (CESPE / TCDF 2014) Não ofenderia a CF lei distrital que versasse sobre a concessão, aos
estudantes regulares do DF, de 50% de desconto no valor cobrado em ingressos para eventos
esportivos, culturais e de lazer, já que é concorrente, entre a União, os estados e o DF, a
competência para legislar sobre direito econômico.
Comentários:
126. (CESPE / TCDF 2014) A edição de normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos, em todas as modalidades, é competência privativa da União.
Comentários:
É competência privativa da União legislar sobre normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos. Questão correta.
127. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) A competência para legislar sobre orçamento
pertence privativamente à União, cabendo aos estados e ao Distrito Federal editar normas sobre
aspectos específicos relacionados à questão orçamentária, desde que autorizados por lei
complementar federal.
Comentários:
128. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) Se um estado da Federação editar norma que
proíba revista íntima em empregados de estabelecimentos situados em seu território, tal norma,
ainda que proteja a dignidade do trabalhador, será inconstitucional, pois tratará de matéria de
competência privativa da União.
Comentários:
A União tem competência privativa para legislar sobre direito do trabalho (art. 22, I) e sobre
organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões. Portanto,
a lei estadual mencionada é inconstitucional, por invadir competência da União. Questão correta.
129. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) A legislação sobre a proteção e defesa da saúde é,
conforme a CF, de competência tanto federal como estadual, na forma do que se entende como
competência concorrente.
Comentários:
Segundo o art. 24, XII, é competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal legislar
sobre previdência social, proteção e defesa da saúde. Questão correta.
130. (CESPE / Juiz Federal TRT 5ª Região 2013) No que se refere à repartição de competências,
a CF adotou exclusivamente a técnica da repartição horizontal.
Comentários:
A Constituição não adotou apenas a técnica da repartição vertical, mas também a da repartição
horizontal de competências. Questão errada.
131. (CESPE / TCDF 2013) A União, dentro do seu juízo discricionário, pode delegar, por meio
de lei específica, assuntos de sua competência legislativa privativa a determinado estado da
Federação, sem necessidade de estender essa delegação a todos os estados.
Comentários:
132. (CESPE / AFT 2013) Um estado-membro não pode editar norma específica de defesa do
consumidor, por se tratar, segundo a CF, de tema inserido na competência privativa da União.
Comentários:
133. (CESPE / AFT 2013) Caso determinado estado-membro edite lei disciplinando o exercício
da atividade laboral de transporte de bagagens nos terminais rodoviários de sua jurisdição, ele
invadirá a competência privativa da União para legislar sobre direito do trabalho.
Comentários:
É competência privativa da União legislar sobre direito do trabalho. Logo, um estado-membro não
pode editar lei disciplinando o exercício da atividade de transporte de bagagens, sob pena de invadir
a esfera de atribuições da União. Questão correta.
134. (CESPE / Juiz Federal TRF 2ª Região 2013) Pertence privativamente à União a competência
para legislar sobre direito comercial, tributário e financeiro.
Comentários:
É competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal legislar sobre direito tributário e
financeiro. Questão errada.
135. (CESPE / TRE-MS - 2013) Cabe aos estados-membros estabelecer, em forma associativa, as
áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem.
Comentários:
Trata-se de competência exclusiva da União (art. 21, XXV, CF). Questão errada.
136. (CESPE / TRT 10ª Região - 2013) Os estados possuem competência legislativa suplementar
em matéria de direito do trabalho, observadas as normas gerais estabelecidas pela União.
Comentários:
Compete privativamente à União legislar sobre direito do trabalho. Os Estados apenas poderão
legislar sobre questões específicas da matéria em caso de lei complementar nacional autorizadora.
Questão errada.
137. (CESPE / STJ - 2012) O estado-membro que editar lei proibindo a cobrança de tarifa de
assinatura básica nos serviços de telefonia fixa e móvel agirá nos limites de sua competência, pois
a CF atribuiu à União e aos estados a competência para legislar concorrentemente sobre
telecomunicações.
Comentários:
Trata-se de competência privativa da União, conforme o art. 22, IV, da Constituição Federal. Questão
errada.
138. (CESPE / STJ - 2012) Lei estadual que reservar espaço para o tráfego de motocicletas em vias
públicas de grande circulação será constitucional, por tratar de tema inserido no âmbito da
competência legislativa dos estados-membros.
Comentários:
139. (CESPE / STJ - 2012) A existência de lei municipal que legisle sobre trânsito e que imponha
sanção mais gravosa que a prevista no Código de Trânsito Brasileiro é incompatível com a
Constituição Federal de 1988 (CF).
Comentários:
De fato, isso é incompatível com a CF, uma vez que esta determina que legislar sobre trânsito e
transporte é de competência privativa da União. Questão correta.
140. (CESPE / TRE-MS - 2013) Compete concorrentemente à União, aos estados e ao Distrito
Federal legislar sobre direito eleitoral.
Comentários:
141. (CESPE / DPU - 2010). A elaboração de lei estadual que verse quanto à forma de como
poderá ocorrer a desapropriação
a) É viável, caso sejam atendidas determinadas condições, por se tratar de competência exclusiva
dos estados-membros.
e) É viável, desde que atendidas determinadas condições, por se tratar de competência privativa dos
estados-membros.
Comentários:
A competência para legislar sobre desapropriação é privativa da União. Assim, a União legislará
sobre questões gerais, podendo delegar aos Estados e ao Distrito Federal competência para legislar
sobre questões específicas, devendo tal delegação ser feita por lei complementar. Assim, a
elaboração de lei estadual que disponha sobre questões específicas relacionadas à desapropriação
é viável, desde que atendidas essas condições. A letra D é o gabarito da questão.
142. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Ao legislar sobre normas gerais, a União, no que diz respeito à
sua competência, não deixa margem de atuação legislativa para os estados-membros, caso o
assunto tenha sido esgotado.
Comentários:
A questão está errada. Ao legislar sobre normas gerais, a União deixa aos Estados e ao Distrito
Federal a competência para complementar a legislação federal. A União não poderá esgotar o
assunto quando a competência for concorrente, pois invadiria a competência dos Estados, uma vez
que cabe a estes legislar sobre as questões específicas. Questão errada.
143. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) É competência exclusiva da União legislar sobre direito civil,
comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.
Comentários:
A competência da União para legislar sobre esses assuntos é privativa, não exclusiva. Fundamento:
art. 22, I, CF. Questão errada.
144. (CESPE / CNPq - 2011) De acordo com a CF, a competência para legislar sobre propaganda
comercial é privativa da União.
Comentários:
145. (CESPE / STM - 2011) Compete privativamente à União legislar sobre matéria de direito
penal, contudo, poderá ela, por meio de lei complementar, autorizar os estados-membros a
legislar sobre questões específicas dessa matéria, relacionadas na Constituição Federal de 1988.
Comentários:
Nesse caso, por ser esta competência privativa da União, esta poderá, por meio de lei
complementar, autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas da matéria (art. 22,
parágrafo único, CF). Questão correta.
146. (CESPE / TRT 21ª Região - 2010) Constitui competência concorrente entre União, estados e
Distrito Federal legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
Comentários:
Trata-se de competência privativa da União (art. 22, IV, CF). Questão errada.
147. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete concorrentemente à União, estados, Distrito Federal e
municípios legislar sobre águas.
Comentários:
Trata-se de competência privativa da União, conforme art. 22, IV, CF. Questão errada.
148. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete privativamente à União legislar sobre direito marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho.
Comentários:
149. (CESPE / TRT 17ª Região - 2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF atribuiu
à União a competência privativa para legislar sobre consórcios e sorteios, razão pela qual é
inconstitucional a lei ou ato normativo estadual que institua loteria no âmbito do estado.
Comentários:
Comentários:
É possível que Estados e Distrito Federal (jamais Municípios) legislem sobre questões específicas
(nunca gerais) dessas matérias, desde que a União lhes delegue tal competência por lei
complementar. Questão errada.
151. (CESPE / STM - 2011) No âmbito da legislação concorrente, a superveniência de lei federal
sobre matéria acerca de normas gerais revoga a legislação estadual existente.
Comentários:
No âmbito da legislação concorrente, a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende
(e não revoga!) a lei estadual existente. Questão errada.
152. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A superveniência de lei federal sobre normas gerais derroga a lei
estadual, no que lhe for contrária.
Comentários:
Reza a Constituição que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a lei estadual,
no que lhe for contrária (art. 24, § 4º, CF). Questão errada.
153. (CESPE / OAB - 2007) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for contrária.
Comentários:
154. (CESPE / PREVIC - 2011) Segundo a CF, compete privativamente à União legislar sobre
previdência social.
Comentários:
Trata-se de competência legislativa concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24,
XII, CF). Questão errada.
155. (CESPE / MPS - 2010) Compete à União, aos estados e ao DF legislar concorrentemente
sobre previdência social, proteção e defesa da saúde.
Comentários:
156. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A competência da União para legislar sobre normas gerais e
específicas não exclui a competência suplementar dos estados.
Comentários:
Determina o § 2º do art. 24 da Constituição que a competência da União para legislar sobre normas
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. Note que a competência da União, no
âmbito da legislação concorrente, limita-se às normas gerais (art. 24, § 1º, CF), o que torna a questão
errada.
157. (CESPE / OAB - 2007) No que se refere às competências legislativas de caráter concorrente,
os estados não exercerão competência legislativa plena, mesmo inexistindo lei federal.
Comentários:
Determina o art. 24, § 3º, da Constituição, que inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Questão errada.
158. (CESPE / STF - 2008) Compete à União legislar sobre direito processual, mas não sobre
procedimentos em matéria processual, o que seria de competência concorrente entre a União, os
estados e o DF.
Comentários:
De fato, é o que se depreende dos arts. 22, I, c/c art. 24, XI, da Constituição Federal. Questão correta.
159. (CESPE / SEFAZ-ES - 2009) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito tributário, financeiro e econômico, e educação, cultura e ensino.
Comentários:
De fato, todas essas matérias pertencem à competência legislativa concorrente da União, dos
Estados e do Distrito Federal (art. 24, I e IX, CF). Questão correta.
Comentários:
Reza a Constituição que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da
lei estadual, no que lhe for contrário. Não se tem, aqui, uma revogação, mas sim uma suspensão.
Desse modo, caso a lei federal superveniente seja revogada, a lei estadual voltará a ter eficácia
imediatamente. Questão errada.
161. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados-membros têm competência comum, não legislativa,
e residual ou reservada. Neste último caso, aos estados-membros estarão reservadas todas as
competências que não sejam vedadas a eles, ou seja, as que não forem de competência expressa
dos outros entes. Uma das competências expressamente reservadas aos estados-membros pela
CF é a de explorar os serviços locais de gás canalizado, mediante concessão, na forma da lei,
vedada a regulamentação da referida matéria por medida provisória.
Comentários:
De fato, os estados possuem competência residual, ou seja, a eles estão reservadas todas as
competências que não lhes foram vedadas pela Constituição. Isso não quer dizer que, no texto
constitucional, não existam competências expressas dos estados. Um exemplo de competência
expressa dos estados é a de explorar os serviços locais de gás canalizado. Questão correta.
162. (CESPE / ABIN - 2010) Os estados podem explorar diretamente, ou mediante permissão, os
serviços locais de gás canalizado e podem, inclusive, regulamentar a matéria por meio de medida
provisória.
Comentários:
O art. 25, § 2º, da Constituição, veda a regulamentação dessa matéria pelos Estados por meio de
medida provisória. Questão errada.
163. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados, autônomos que são, têm competência legislativa
própria, e a CF, assim como fez com os outros entes federados, dedicou artigo para enumerar,
taxativamente, as matérias de sua competência.
Comentários:
164. (CESPE / TRT 21ª Região - 2010) No plano de suas atribuições administrativas e legislativas,
os estados federados exercem competências remanescentes, razão pela qual estão inseridos na
competência reservada dos estados-membros as atribuições que não constarem do rol de
competências da União e dos municípios e que não pertencerem à competência comum a todos
os entes federativos.
Comentários:
O enunciado traz uma excelente definição do que são as competências remanescentes ou residuais
dos Estados. Questão correta.
165. (CESPE / MPS - 2010) Compete privativamente à União explorar, diretamente ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, sendo vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação.
Comentários:
Trata-se de competência dos Estados, conforme art. 25, § 2º, da CF/88. Questão errada.
166. (CESPE / TRT 1ª Região - 2008) Pela teoria dos poderes remanescentes, a competência
legislativa da União decorre da exclusão dos assuntos taxativamente descritos na CF para os
estados, o DF e os municípios.
Comentários:
167. (CESPE / TRF 5ª Região - 2009) Para regulamentar a exploração direta, ou mediante
concessão, dos serviços locais de gás canalizado, pode ser utilizada pelos estados medida
provisória, desde que prevista a sua edição na respectiva constituição estadual.
Comentários:
A Constituição veda a utilização de medida provisória para tal fim (art. 25, § 2º). Questão errada.
Comentários:
169. (CESPE / STJ - 2012) Compete aos municípios a criação, a organização e a supressão de
distritos. Nesses três casos, devem ser observadas as orientações constantes em lei do município
correspondente.
Comentários:
Versa a Constituição (art. 30, IV) que compete aos Municípios criar, organizar e suprimir distritos,
observada a legislação estadual. Questão errada.
Comentários:
Determina o art. 30, II, da Constituição que os municípios dispõem de competência para
suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber. Questão errada.
Comentários:
Compete aos municípios suplementar tanto a legislação federal quanto a estadual, no que couber
(art. 30, II, CF). Questão errada.
172. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municípios não possuem competência suplementar em matéria
legislativa.
Comentários:
Possuem sim! Reza o art. 30 da Constituição que compete aos Municípios suplementar a legislação
federal e a estadual no que couber. Questão errada.
173. (CESPE / PREVIC - 2011) A CF reconhece aos municípios a competência para criar, organizar
e suprimir distritos, observada a legislação estadual.
Comentários:
174. (CESPE / TRF 5ª Região - 2009) Compete ao município manter, com a cooperação técnica e
financeira da União e do estado a que ele pertence, programas de educação infantil e de ensino
fundamental, bem como serviços de atendimento à saúde da população.
Comentários:
Comentários:
LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Da capacidade de auto-organização municipal decorre a
constatação de que o estado-membro não pode ingerir na autonomia organizatória do município,
o que confere a este a possibilidade de ordenar internamente, inclusive por meio de lei orgânica,
sem a necessidade de anuência do respectivo governo estadual.
2. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Os estados podem prever foro por prerrogativa de função
aos vereadores, ressalvada a competência constitucional do tribunal do júri.
3. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Não estará abarcado pela imunidade material o vereador que
ofender adversário político em entrevista em município diverso daquele no qual cumpre mandato.
4. (CESPE/ PGM Manaus 2018) Vereadores só poderão ser presos se em flagrante de crime
inafiançável.
5. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Em regra, é vedado aos entes federados estabelecer aliança
com representantes de cultos religiosos ou igrejas.
6. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Os recursos minerais, incluídos os do subsolo, são bens da
União.
7. (CESPE / TRT 7a Região 2017) Segundo o texto constitucional, para que as unidades
federativas estaduais possam se desmembrar, são necessárias
b) a aprovação popular, mediante referendo nacional; e a edição de lei estadual pelo estado a ser
desmembrado.
10. (CESPE / TCE-PE 2017) Para que um estado federado institua regiões metropolitanas
constituídas por municípios limítrofes no âmbito de seu território, será necessária apenas a edição
de lei complementar estadual.
c) É permitido à União, mas vedados aos estados, recusar fé aos documentos públicos.
e) De acordo com a CF, o Distrito Federal unidade federada indivisível em municípios é a capital
federal do país.
c) o mar territorial.
e) os terrenos da marinha.
13. (CESPE/ PGE-AM 2016) Embora, conforme a CF, a lei orgânica municipal esteja
subordinada aos termos da Constituição estadual correspondente, esta última Carta não pode
estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organização dos municípios.
14. (CESPE/ ANVISA 2016) Nos termos da CF, um ente federativo terá o direito de secessão,
isto é, de desagregar-se da Federação, seja em caso de crise institucional, seja por decisão da
população diretamente interessada, mediante plebiscito.
15. (CESPE/ PGE-AM 2016) Em razão do princípio da autonomia política dos entes federativos,
estados e municípios não podem ser submetidos a disposições implícitas da CF, devendo
obediência, tão somente, às suas disposições expressas.
16. (CESPE/ ANVISA 2016) Apesar de não possuírem sua própria Constituição, os municípios,
em simetria com os estados, desempenham as funções dos Poderes Executivo, Judiciário e
Legislativo, em razão da autonomia administrativa estabelecida no texto da CF.
18. (CESPE / TCE-PA 2016) A fusão de dois municípios depende de consulta prévia, mediante
plebiscito, das respectivas populações, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal.
19. (CESPE / TCE-PA 2016) O estado do Pará pode explorar diretamente, ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, não podendo a regulamentação da exploração
ocorrer por meio de medida provisória.
20. (CESPE / TCE-PA 2016) Os estados-membros, mediante lei ordinária específica, podem
instituir regiões metropolitanas, constituídas por agrupamentos de municípios, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
21. (CESPE / TRT 8a Região 2016) A forma de federalismo adotada no Brasil é conhecida como
federalismo de segregação e centrífugo, sendo os estados-membros dotados de autogoverno.
22. (CESPE / TRT 8a Região 2016) Cada uma das unidades integrantes da Federação brasileira
é ente autônomo e soberano, capaz de auto-organização, autolegislação, autogoverno e
autoadministração.
23. (CESPE / TRE-PI 2016) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos, desde que haja aprovação da
população interessada, por referendo, e do Congresso Nacional, por lei aprovada por maioria
simples.
24. (CESPE / TRE-PI 2016) Para que ocorra o desmembramento do território de um estado, é
necessário que a população da área a ser desmembrada e a população do território remanescente
sejam consultadas.
25. (CESPE / TRE-PI 2016) Cabe à União o exercício de atribuições da soberania do Estado
brasileiro, razão por que esse ente se confunde com o próprio Estado federal.
27. (CESPE / DPU 2016) O Congresso Nacional poderá editar lei complementar para a fusão
de dois estados em um novo, desde que as populações diretamente interessadas aprovem a fusão
mediante plebiscito.
28. (CESPE / TCE-PR 2016) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e devidamente
demarcadas são exemplos de bem dominial da União.
29. (CESPE / TRE-RS 2015) Assim como a União e os estados-membros, os municípios regem-
se por Constituições próprias, que são consideradas a lei fundamental máxima de uma sociedade
local.
30. (CESPE / TCE-RN 2015) Por possuírem autonomia política, os territórios federais têm sua
criação, transformação em estado ou reintegração ao estado de origem dependente da aprovação,
por plebiscito, da população diretamente interessada e da ratificação do Congresso Nacional.
31. (CESPE / TCE-RN 2015) São bens dos estados-membros da Federação as terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios.
32. (CESPE / AGU 2015) Entre as características do Estado federal, inclui-se a possibilidade de
formação de novos estados-membros e de modificação dos já existentes conforme as regras
estabelecidas na CF.
33. (CESPE / MPOG 2015) São formas de governo a federação, a confederação e o governo
único.
34. (CESPE / MPOG 2015) Permite-se à União, aos estados e aos municípios colaborar com as
igrejas quando demonstrado o interesse público, na forma da lei.
36. (CESPE/ DPE-RN - 2015) Os territórios federais, quando criados, elegerão um senador para
integrar o Congresso Nacional.
38. (CESPE/Instituto Rio Branco 2014) A ordem constitucional brasileira não admite o
chamado direito de secessão, que possibilita que os estados, o Distrito Federal e os municípios se
separem do Estado Federal, preterindo suas respectivas autonomias, para formar centros
independentes de poder.
39. (CESPE/TJ-CE 2014) São bens dos estados-membros os recursos minerais, inclusive os do
subsolo, localizados em seus respectivos territórios.
40. (CESPE/TJ-CE 2014) Com o advento da CF ficou proibida a criação de novos territórios
federais.
41. (CESPE/TJ-CE 2014) São bens dos municípios os sítios arqueológicos localizado sem seus
territórios.
42. (CESPE/ ANATEL 2014) A forma federativa de Estado adotada pela CF consiste na
descentralização política e na soberania dos estados-membros, os quais são capazes de se auto-
organizar mediante a elaboração de constituições estaduais.
43. (CESPE/ ANTAQ 2014) São considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer
correntes de água em terrenos que sirvam de limites com outros países ou se estendam a território
estrangeiro ou dele provenham.
45. (CESPE / Juiz Federal TRT 5ª Região 2013) Como o federalismo estabelecido na CF é
assimétrico, é conferido aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal, como entes federativos,
o direito de secessão.
46. (CESPE / TJDFT 2013) Mesmo não sendo estado nem município, o Distrito Federal (DF)
possui autonomia, parcialmente tutelada pela União.
47. (CESPE / TRE-MS - 2013) O Estado Federal brasileiro é concebido constitucionalmente como
a união indissolúvel dos estados, municípios e do Distrito Federal.
48. (CESPE / TRE-MS - 2013) A CF adotou como princípio da organização política brasileira a
dissolubilidade do vínculo federativo.
50. (CESPE / CNPq - 2011) A União, os estados, os municípios e o Distrito Federal são entes
federativos, diferentemente dos territórios federais, que integram a União e não são dotados de
autonomia.
51. (CESPE / ANATEL - 2012) A cidade de Brasília é a capital federal, sendo vedada pela
Constituição Federal a transferência da sede do governo federal para outra cidade.
52. (CESPE / TJ-PI - 2012) O patrimônio da União é formado por bens indicados
exemplificativamente na CF, incluídas todas as ilhas fluviais e lacustres em zonas limítrofes com
outros países, praias marítimas e ilhas oceânicas e costeiras.
53. (CESPE / TRE-MS - 2013) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios pertencem aos
estados nas quais se situam.
54. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os terrenos de marinha são bens dos municípios.
55. (CESPE / TCU - 2011) De acordo com a CF, a União e os estados-membros podem criar
regiões de desenvolvimento visando à redução das desigualdades regionais.
56. (CESPE / TCU - 2008) As riquezas minerais, como o petróleo, são bens da União.
57. (CESPE / Procurador Municipal de Natal - 2008) Os potenciais de energia hidráulica são bens
comuns da União e dos estados onde se encontrem.
58. (CESPE / ABIN - 2008) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são de domínio das
comunidades indígenas.
59. (CESPE / ANTAQ - 2009) Considere a situação em que uma pessoa, ao cavar um poço
artesiano no sítio de sua propriedade, tenha encontrado uma reserva de gás natural. Nesse caso,
a reserva pertencerá à União, mas o proprietário terá, por força expressa de dispositivo
constitucional, direito a participação no resultado da lavra.
60. (CESPE / TRE-MS - 2013) O regime federal estabelecido pela CF concede autonomia aos
estados-membros, ou seja, auto-organização e normatização própria, autogoverno e
autoadministração.
61. (CESPE / TJ-RR - 2012) Compete à União, mediante lei complementar, instituir
microrregiões, com a finalidade de promover a redução das desigualdades regionais.
62. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Espírito Santo é um órgão da União e, por isso, é subordinado
à Presidência da República.
63. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Poder Executivo do Espírito Santo é chefiado pelo governador
desse estado.
64. (CESPE / TJ-AL - 2012) Os municípios gozam de certa autonomia que permite, em função
das regras e princípios de autogoverno, contar com poderes Executivo e Legislativo eleitos pela
população, mas não com Poder Judiciário próprio.
65. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municípios têm autonomia administrativa, política e financeira,
mas não autonomia normativa.
66. (CESPE / TJ-PI - 2012) Compete às constituições estaduais fixar os subsídios dos prefeitos e
dos vice-prefeitos, de maneira a evitar anomalias e discrepâncias remuneratórias entre os
municípios de um mesmo estado-membro.
67. (CESPE / TJ-AL - 2012) As eleições para prefeito e vice-prefeito dos municípios com mais de
duzentos mil eleitores ocorrerão, necessariamente, em dois turnos, caso nenhum dos candidatos
alcance a maioria absoluta dos votos validamente emitidos no primeiro turno, aí computados os
votos em branco, mas não os nulos.
68. (CESPE / DPE-AL - 2009) Os territórios, quando criados, podem ser divididos em municípios,
aos quais não serão aplicadas as regras de regência dos demais municípios, já que estarão
inseridos em território federal, considerado como descentralização administrativa da União.
70. (CESPE / ANATEL - 2012) Ao Distrito Federal é assegurada autonomia para organizar e
manter seu Poder Judiciário.
71. (CESPE / TJ-PI - 2012) De acordo com a CF, os territórios federais, uma vez criados, não
elegem representantes para o Senado Federal, mas sua população tem a prerrogativa de eleger
quatro deputados para representá-la na Câmara dos Deputados.
72. (CESPE / MPS - 2010) De acordo com a CF, os territórios podem ser divididos em municípios.
73. (CESPE / TJ-AL - 2012) O Distrito Federal, assim como os territórios, não pode ser dividido
em municípios.
74. (CESPE / TJ-PI - 2012) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formar novos estados, mediante aprovação da
população diretamente interessada, por meio de plebiscito, estando o Congresso Nacional
vinculado ao resultado da consulta popular.
75. (CESPE / OAB - 2010) No tocante às hipóteses de criação de estados-membros, previstas na
CF, assinale a opção correta.
a) Na fusão, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formação de um novo estado,
o que implica perda da personalidade primitiva.
b) Na cisão, o estado subdivide-se em dois ou mais estados membros, com personalidades distintas,
mantendo o estado originário sua personalidade jurídica.
c) No desmembramento para a formação de novo estado, o estado originário perde sua identidade,
para formar um novo estado com personalidade jurídica própria.
76. (CESPE / MPS - 2010) Para a criação de um novo estado na Federação brasileira, é necessária
a realização de plebiscito nacional, de forma a garantir o equilíbrio federativo.
77. (CESPE / MPU - 2010) Considere que determinado estado da Federação tenha obtido
aprovação tanto de sua população diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do
Congresso Nacional, por meio de lei complementar, para se desmembrar em dois estados
distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigência imposta pela Constituição para incorporação,
subdivisão, desmembramento ou formação de novos estados ou territórios federais.
78. (CESPE / Procurador Prefeitura de Boa Vista - 2010) Nas consultas plebiscitárias para
criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, deve-se consultar a população
dos territórios diretamente afetados pela alteração. Nesse caso, a vontade popular é aferida pelo
percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada.
81. (CESPE / TRT 10ª Região - 2013) A divisão político-administrativa interna da Federação
brasileira é imutável.
82. (CESPE / MPE-RN - 2009) É vedado à União, aos estados, ao DF e aos municípios estabelecer
cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles
ou seus representantes relações de dependência ou aliança.
83. (CESPE / MS 2013) Pelo princípio da isonomia federativa, é vedado à União, aos estados-
membros, ao Distrito Federal (DF) e aos municípios criar distinções entre os brasileiros, bem como
criar preferências entre si.
84. (CESPE / PC-BA 2013) Recusar fé aos documentos públicos inclui-se entre as vedações
constitucionais de natureza federativa.
85. (CESPE / DEPEN 2013) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais,
mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, ficando
dispensada a atuação do Congresso Nacional.
86. (CESPE / PRF 2012) Um estado da Federação que possua cinquenta e um deputados
federais possuirá, necessariamente, setenta e seis deputados estaduais.
87. (CESPE/ PGM Manaus 2018) No âmbito de sua jurisdição, compete ao município a fixação
do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, uma vez que se trata de assunto
de interesse local.
88. (CESPE / TRF 1a Região 2017) As peculiaridades de cada cidade determinam a competência
dos Municípios para fixar horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais e bancários.
89. (CESPE / TRF 1a Região 2017) É competência comum da União, dos estados, dos municípios
e do Distrito Federal legislar sobre normas gerais de licitação para a administração pública direta.
90. (CESPE / TRF 1a Região 2017) Compete privativamente à União legislar sobre
desapropriação.
91. (CESPE / DPU 2017) Os estados e os municípios podem legislar sobre responsabilidade por
dano ao meio ambiente.
92. (CESPE / TCE-PE 2017) A proteção ao meio ambiente é de competência comum da União,
dos estados, do DF e dos Municípios.
93. (CESPE / TRE-BA 2017) De acordo com a Constituição Federal de 1988 e o entendimento
do Supremo Tribunal Federal, compete
b) aos estados legislar sobre as custas de serviços forenses enquanto inexistir lei federal que
disponha sobre normas gerais.
c) aos municípios litorâneos legislar sobre o uso de terrenos de Marinha que se encontrem em seu
território.
94. (CESPE/ Instituto Rio Branco 2017) Compete à União explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão, os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre
portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de estado ou território.
95. (CESPE/ Instituto Rio Branco 2017) No âmbito da competência concorrente, seria
inconstitucional lei estadual que ampliasse, a critério do legislador estadual, definição
estabelecida por lei federal sobre determinada matéria.
96. (CESPE / TRE-PE - 2017) A respeito das competências dos entes federados, assinale a opção
correta.
a) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os estados exercerão a competência legislativa
residual para atender às suas peculiaridades.
b) A eficácia de lei estadual vigente não será suspensa na hipótese de superveniência de lei federal
sobre normas gerais, mesmo que a lei federal traga disposições contrárias à lei estadual.
c) Compete privativamente à União zelar pela guarda da CF, das leis e das instituições democráticas.
d) A competência da União para legislar sobre normas gerais afasta a competência suplementar dos
estados.
97. (CESPE/ PGE-AM 2016) No âmbito das competências concorrentes, lei federal sobre
normas gerais suspende a eficácia de lei estadual superveniente, no que esta lhe for contrária.
98. (CESPE/ ANVISA 2016) Situação hipotética: O Estado de Minas Gerais editou norma geral
sobre matéria de competência concorrente, ante a ausência de norma geral editada pela União.
Todavia, meses depois, a União promulgou lei estabelecendo normas gerais acerca da matéria.
Assertiva: Nessa situação, a lei estadual terá sua eficácia suspensa naquilo que for contrária à lei
federal.
99. (CESPE/ Agente PC-GO 2016) Compete privativamente à União:
b) legislar sobre requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra.
100. (CESPE / Agente PC-PE 2016) Com base no disposto na CF, assinale a opção correta acerca
da organização político-administrativa do Estado.
a) É da competência comum dos estados, do Distrito Federal e dos municípios organizar e manter as
respectivas polícias civil e militar e o respectivo corpo de bombeiros militar.
b) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal estabelecer normas gerais de organização das
polícias militares e dos corpos de bombeiros militares, assim como normas sobre seus efetivos, seu
material bélico, suas garantias, sua convocação e sua mobilização.
e) É facultado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios subvencionar cultos
religiosos ou igrejas e manter com seus representantes relações de aliança e colaboração de
interesse público.
101. (CESPE / TCE-PA 2016) Compete privativamente à União legislar sobre direito civil,
comercial e financeiro.
102. (CESPE / TJ-AM 2016) Tendo em vista que o direito à vida valor central do ordenamento
jurídico desdobra-se em direito à existência física e direito a uma vida digna, assinale a opção
correta.
b) Os serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, que constitui um
sistema único, organizado de forma centralizada.
c) O STF afastou a possibilidade de o SUS pagar por tratamento diferenciado oferecido a pessoa que
comprove necessitar de medida curativa ainda não incorporada ao sistema público, para evitar o
chamado efeito multiplicador que o precedente judicial poderia causar.
d) Constitui direito dos trabalhadores a assistência dos filhos e dependentes desde o nascimento até
cinco anos de idade em creches e pré-escolas mediante pagamento de contraprestação fixada em
lei.
e) É dever privativo da União desenvolver políticas públicas que visem à redução de doenças e outros
agravos.
a) à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios legislar concorrentemente sobre direito
agrário.
104. (CESPE / TRT 8a Região 2016) A competência da União e dos municípios é expressa, sendo
a competência dos estados remanescente ou residual.
105. (CESPE / TRE-PI 2016) Compete à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios
assegurar a defesa nacional.
106. (CESPE / DPU 2016) No que se refere à proteção e à defesa da saúde, a União exerce
competência legislativa concorrente, cabendo-lhe o estabelecimento de normas gerais.
107. (CESPE / TCE-PR 2016) Em relação à organização político-administrativa do Estado
brasileiro, assinale a opção correta.
a) Lei estadual que dispuser sobre sistema de consórcios e sorteios não usurpará a competência da
União, pois se inserirá no âmbito da competência legislativa suplementar.
b) No exercício de sua competência para legislar sobre assuntos de interesse local, pode o município
editar lei municipal que discipline horário comercial e bancário para o atendimento ao público.
e) Lei complementar federal pode autorizar estados e municípios a legislar sobre questões
específicas de matérias de competência privativa da União.
a) Compete à União, aos estados e aos municípios legislar concorrentemente sobre direito eleitoral.
b) Nos municípios, é possível a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico da cidade
mediante a manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado do respectivo ente
federativo.
111. (CESPE/ Procurador de Salvador/BA 2015) Com relação às competências dos municípios,
assinale a opção correta.
a) Cumpre aos municípios explorar os serviços locais de gás canalizado, sendo vedada a edição de
medida provisória para a sua regulamentação.
b) De acordo com a CF, não compete aos municípios suplementar a legislação federal ou a legislação
estadual.
c) A competência dos municípios para legislar é residual, haja vista que será atribuição dos
municípios disciplinar aquilo que não seja constitucionalmente atribuído à competência da União ou
dos estados.
d) São inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo máximo de permanência em filas
de bancos comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela União.
e) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde que observada a legislação
estadual sobre a matéria.
112. (CESPE / TCE-RN 2015) No âmbito da competência legislativa concorrente, inexistindo lei
federal, os estados exercerão competência legislativa plena, mas eventual promulgação de lei
federal dispondo sobre normas gerais tem o efeito de suspender a eficácia da legislação estadual
sobre toda a matéria objeto da competência concorrente.
113. (CESPE / TCE-RN 2015) Compete aos municípios criar, organizar e suprimir distritos, desde
que observada a legislação estadual.
114. (CESPE/ TCE-RN 2015) Será constitucional lei estadual que estabeleça tramitação
prioritária, na justiça estadual, de processos judiciais que tenham como parte mulheres vítimas de
violência doméstica.
115. (CESPE/ TCU 2015) Compete privativamente à União legislar sobre direitos e garantias
fundamentais.
116. (CESPE/ TRE-MT 2015) Segundo a CF, lei complementar federal poderá autorizar os
estados-membros a legislarem em matéria de competência privativa da União.
117. (CESPE/ TRE-GO 2015) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito eleitoral e, no âmbito dessa legislação concorrente, a
competência da União está limitada ao estabelecimento de normas gerais.
118. (CESPE/ TRE-GO 2015) É competência privativa da União legislar acerca do direito
eleitoral.
120. (CESPE/ IRBr Diplomata 2015) Compete à União manter relações com Estados
estrangeiros, declarar a guerra e celebrar a paz, mas se insere no âmbito da competência
concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal assegurar a defesa nacional e permitir que
forças estrangeiras transitem por seus territórios.
121. (CESPE/ IRBr Diplomata 2015) Além das competências legislativas remanescentes, a
Constituição Federal de 1988 enumerou algumas competências aos estados-membros, como, por
exemplo, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, por meio de lei
estadual.
123. (CESPE/ ANATEL 2014) Considere que determinado estado tenha editado norma geral
sobre matéria de competência concorrente, ante a ausência de normas gerais editadas pela União.
Nessa situação, se a União, posteriormente, editar lei estabelecendo normas gerais sobre a mesma
matéria, a referida lei estadual será suspensa, no que for contrária à lei federal.
124. (CESPE / TCDF 2014) Não contrariaria a CF norma distrital que proibisse, com base no
princípio da isonomia, a cobrança pelo uso de estacionamento nos shopping centers situados no
DF, com vistas à promoção do lazer e da cultura, uma vez que o DF agiria, nessa situação, no
exercício da competência concorrente a ele conferida para legislar sobre direito urbanístico.
125. (CESPE / TCDF 2014) Não ofenderia a CF lei distrital que versasse sobre a concessão, aos
estudantes regulares do DF, de 50% de desconto no valor cobrado em ingressos para eventos
esportivos, culturais e de lazer, já que é concorrente, entre a União, os estados e o DF, a
competência para legislar sobre direito econômico.
126. (CESPE / TCDF 2014) A edição de normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos, em todas as modalidades, é competência privativa da União.
127. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) A competência para legislar sobre orçamento
pertence privativamente à União, cabendo aos estados e ao Distrito Federal editar normas sobre
aspectos específicos relacionados à questão orçamentária, desde que autorizados por lei
complementar federal.
128. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) Se um estado da Federação editar norma que
proíba revista íntima em empregados de estabelecimentos situados em seu território, tal norma,
ainda que proteja a dignidade do trabalhador, será inconstitucional, pois tratará de matéria de
competência privativa da União.
129. (CESPE / Câmara dos Deputados 2014) A legislação sobre a proteção e defesa da saúde é,
conforme a CF, de competência tanto federal como estadual, na forma do que se entende como
competência concorrente.
130. (CESPE / Juiz Federal TRT 5ª Região 2013) No que se refere à repartição de competências,
a CF adotou exclusivamente a técnica da repartição horizontal.
131. (CESPE / TCDF 2013) A União, dentro do seu juízo discricionário, pode delegar, por meio
de lei específica, assuntos de sua competência legislativa privativa a determinado estado da
Federação, sem necessidade de estender essa delegação a todos os estados.
132. (CESPE / AFT 2013) Um estado-membro não pode editar norma específica de defesa do
consumidor, por se tratar, segundo a CF, de tema inserido na competência privativa da União.
133. (CESPE / AFT 2013) Caso determinado estado-membro edite lei disciplinando o exercício
da atividade laboral de transporte de bagagens nos terminais rodoviários de sua jurisdição, ele
invadirá a competência privativa da União para legislar sobre direito do trabalho.
134. (CESPE / Juiz Federal TRF 2ª Região 2013) Pertence privativamente à União a competência
para legislar sobre direito comercial, tributário e financeiro.
135. (CESPE / TRE-MS - 2013) Cabe aos estados-membros estabelecer, em forma associativa, as
áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem.
136. (CESPE / TRT 10ª Região - 2013) Os estados possuem competência legislativa suplementar
em matéria de direito do trabalho, observadas as normas gerais estabelecidas pela União.
137. (CESPE / STJ - 2012) O estado-membro que editar lei proibindo a cobrança de tarifa de
assinatura básica nos serviços de telefonia fixa e móvel agirá nos limites de sua competência, pois
a CF atribuiu à União e aos estados a competência para legislar concorrentemente sobre
telecomunicações.
138. (CESPE / STJ - 2012) Lei estadual que reservar espaço para o tráfego de motocicletas em vias
públicas de grande circulação será constitucional, por tratar de tema inserido no âmbito da
competência legislativa dos estados-membros.
139. (CESPE / STJ - 2012) A existência de lei municipal que legisle sobre trânsito e que imponha
sanção mais gravosa que a prevista no Código de Trânsito Brasileiro é incompatível com a
Constituição Federal de 1988 (CF).
140. (CESPE / TRE-MS - 2013) Compete concorrentemente à União, aos estados e ao Distrito
Federal legislar sobre direito eleitoral.
141. (CESPE / DPU - 2010). A elaboração de lei estadual que verse quanto à forma de como
poderá ocorrer a desapropriação
a) É viável, caso sejam atendidas determinadas condições, por se tratar de competência exclusiva
dos estados-membros.
e) É viável, desde que atendidas determinadas condições, por se tratar de competência privativa dos
estados-membros.
142. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Ao legislar sobre normas gerais, a União, no que diz respeito à
sua competência, não deixa margem de atuação legislativa para os estados-membros, caso o
assunto tenha sido esgotado.
176. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) É competência exclusiva da Un(CESPE / TRE-BA 2017) De acordo
com a Constituição Federal de 1988 e o entendimento do Supremo Tribunal Federal, compete
b) aos estados legislar sobre as custas de serviços forenses enquanto inexistir lei federal que
disponha sobre normas gerais.
c) aos municípios litorâneos legislar sobre o uso de terrenos de Marinha que se encontrem em seu
território.
143. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) É competência exclusiva da União legislar sobre direito civil,
comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.
144. (CESPE / CNPq - 2011) De acordo com a CF, a competência para legislar sobre propaganda
comercial é privativa da União.
145. (CESPE / STM - 2011) Compete privativamente à União legislar sobre matéria de direito
penal, contudo, poderá ela, por meio de lei complementar, autorizar os estados-membros a
legislar sobre questões específicas dessa matéria, relacionadas na Constituição Federal de 1988.
146. (CESPE / TRT 21ª Região - 2010) Constitui competência concorrente entre União, estados e
Distrito Federal legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
147. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete concorrentemente à União, estados, Distrito Federal e
municípios legislar sobre águas.
148. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete privativamente à União legislar sobre direito marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho.
149. (CESPE / TRT 17ª Região - 2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF atribuiu
à União a competência privativa para legislar sobre consórcios e sorteios, razão pela qual é
inconstitucional a lei ou ato normativo estadual que institua loteria no âmbito do estado.
151. (CESPE / STM - 2011) No âmbito da legislação concorrente, a superveniência de lei federal
sobre matéria acerca de normas gerais revoga a legislação estadual existente.
152. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A superveniência de lei federal sobre normas gerais derroga a lei
estadual, no que lhe for contrária.
153. (CESPE / OAB - 2007) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for contrária.
154. (CESPE / PREVIC - 2011) Segundo a CF, compete privativamente à União legislar sobre
previdência social.
155. (CESPE / MPS - 2010) Compete à União, aos estados e ao DF legislar concorrentemente
sobre previdência social, proteção e defesa da saúde.
156. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A competência da União para legislar sobre normas gerais e
específicas não exclui a competência suplementar dos estados.
157. (CESPE / OAB - 2007) No que se refere às competências legislativas de caráter concorrente,
os estados não exercerão competência legislativa plena, mesmo inexistindo lei federal.
158. (CESPE / STF - 2008) Compete à União legislar sobre direito processual, mas não sobre
procedimentos em matéria processual, o que seria de competência concorrente entre a União, os
estados e o DF.
159. (CESPE / SEFAZ-ES - 2009) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre direito tributário, financeiro e econômico, e educação, cultura e ensino.
161. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados-membros têm competência comum, não legislativa,
e residual ou reservada. Neste último caso, aos estados-membros estarão reservadas todas as
competências que não sejam vedadas a eles, ou seja, as que não forem de competência expressa
dos outros entes. Uma das competências expressamente reservadas aos estados-membros pela
CF é a de explorar os serviços locais de gás canalizado, mediante concessão, na forma da lei,
vedada a regulamentação da referida matéria por medida provisória.
162. (CESPE / ABIN - 2010) Os estados podem explorar diretamente, ou mediante permissão, os
serviços locais de gás canalizado e podem, inclusive, regulamentar a matéria por meio de medida
provisória.
163. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados, autônomos que são, têm competência legislativa
própria, e a CF, assim como fez com os outros entes federados, dedicou artigo para enumerar,
taxativamente, as matérias de sua competência.
164. (CESPE / TRT 21ª Região - 2010) No plano de suas atribuições administrativas e legislativas,
os estados federados exercem competências remanescentes, razão pela qual estão inseridos na
competência reservada dos estados-membros as atribuições que não constarem do rol de
competências da União e dos municípios e que não pertencerem à competência comum a todos
os entes federativos.
165. (CESPE / MPS - 2010) Compete privativamente à União explorar, diretamente ou mediante
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, sendo vedada a edição de medida
provisória para a sua regulamentação.
166. (CESPE / TRT 1ª Região - 2008) Pela teoria dos poderes remanescentes, a competência
legislativa da União decorre da exclusão dos assuntos taxativamente descritos na CF para os
estados, o DF e os municípios.
167. (CESPE / TRF 5ª Região - 2009) Para regulamentar a exploração direta, ou mediante
concessão, dos serviços locais de gás canalizado, pode ser utilizada pelos estados medida
provisória, desde que prevista a sua edição na respectiva constituição estadual.
169. (CESPE / STJ - 2012) Compete aos municípios a criação, a organização e a supressão de
distritos. Nesses três casos, devem ser observadas as orientações constantes em lei do município
correspondente.
172. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municípios não possuem competência suplementar em matéria
legislativa.
173. (CESPE / PREVIC - 2011) A CF reconhece aos municípios a competência para criar, organizar
e suprimir distritos, observada a legislação estadual.
174. (CESPE / TRF 5ª Região - 2009) Compete ao município manter, com a cooperação técnica e
financeira da União e do estado a que ele pertence, programas de educação infantil e de ensino
fundamental, bem como serviços de atendimento à saúde da população.
GABARITO
1. CORRETA 41. ERRADA 81. ERRADA
2. CORRETA 42. ERRADA 82. ERRADA
3. CORRETA 43. CORRETA 83. CORRETA
4. ERRADA 44. ERRADA 84. CORRETA
5. CORRETA 45. ERRADA 85. ERRADA
6. CORRETA 46. CORRETA 86. ERRADA
7. LETRA A 47. CORRETA 87. CORRETA
8. LETRA C 48. ERRADA 88. ERRADA
9. LETRA E 49. ERRADA 89. ERRADA
10. CORRETA 50. CORRETA 90. CORRETA
11. LETRA D 51. ERRADA 91. CORRETA
12. LETRA B 52. ERRADA 92. CORRETA
13. CORRETA 53. ERRADA 93. LETRA B
14. ERRADA 54. ERRADA 94. CORRETA
15. ERRADA 55. ERRADA 95. CORRETA
16. ERRADA 56. CORRETA 96. LETRA E
17. CORRETA 57. ERRADA 97. ERRADA
18. CORRETA 58. ERRADA 98. CORRETA
19. CORRETA 59. CORRETA 99. LETRA B
20. ERRADA 60. CORRETA 100. LETRA D
21. CORRETA 61. ERRADA 101. ERRADA
22. ERRADA 62. ERRADA 102. LETRA A
23. ERRADA 63. CORRETA 103. LETRA D
24. CORRETA 64. CORRETA 104. CORRETA
25. ERRADA 65. ERRADA 105. ERRADA
26. ERRADA 66. ERRADA 106. CORRETA
27. CORRETA 67. ERRADA 107. LETRA D
28. ERRADA 68. ERRADA 108. CORRETA
29. ERRADA 69. CORRETA 109. ERRADA
30. ERRADA 70. ERRADA 110. LETRA B
31. ERRADA 71. CORRETA 111. LETRA E
32. CORRETA 72. CORRETA 112. ERRADA
33. ERRADA 73. ERRADA 113. CORRETA
34. CORRETA 74. ERRADA 114. ERRADA
35. ERRADA 75. LETRA A 115. ERRADA
36. ERRADA 76. ERRADA 116. CORRETA
37. CORRETA 77. CORRETA 117. ERRADA
38. CORRETA 78. CORRETA 118. CORRETA
39. ERRADA 79. ERRADA 119. ERRADA
40. ERRADA 80. ERRADA 120. ERRADA