Alfredo Lobito Ganga Mografia

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DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DAS ENGENHARIAS

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA.

ALFREDO LOBITO GANGA

PROPOSTA DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE


ELÉTRICA PARA UM CONSUMIDOR RESIDENCIAL

CAÁLA-2023
ALFREDO LOBITO GANGA

PROPOSTA DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE


ELÉTRICA PARA UM CONSUMIDOR RESIDENCIAL NO BAIRRO DO
CASSEQUE 3

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado ao


Departamento de Ensino e Investigação, das
Engenharias como requisito parcial à obtenção de
grau de Licenciatura, no Curso de Engenharia
Elétrica do Instituto Superior Politécnico da Caála.

Orientador: Eng° Junilson F.J Kaputo

CAÁLA - 2023
As pessoas sempre têm medo de mudanças, tiveram medo da
eletricidade quando foi inventada.

(Bil Gates)
Aos meus pais, família e amigos, pela constante
inspiração e apoio incondicional ao longo desta jornada.
Sem vocês, nada disso seria possível. Obrigado por
fazerem parte da minha caminhada
AGRADECIMENTOS

Gostaria de expressar minha profunda gratidão a Deus, cuja orientação e bênçãos


foram fundamentais em cada etapa desta jornada da minha monografia. Sua presença constante,
força e direção divina me sustentaram nos momentos mais desafiadores, e sou imensamente
grato por Sua graça e misericórdia ao longo deste percurso.

À minha amada esposa, você tem sido minha maior fonte de apoio e motivação. Sua
paciência, encorajamento incansável e amor incondicional foram verdadeiramente inspiradores.
Você esteve ao meu lado durante as noites de estudo, momentos de ansiedade e celebrações de
pequenas vitórias. Sou grato por ter você como minha parceira de vida e por compartilharmos
essa conquista juntos.

Aos meus filhos, vocês são minha luz e minha razão de ser. Sua compreensão e
flexibilidade diante das minhas ausências e momentos dedicados aos estudos foram notáveis.
Ver o sorriso de vocês e receber o amor de vocês me fortaleceu e me impulsionou a perseverar.
Vocês são minha maior motivação e inspiração.

Aos meus colegas de classe, vocês foram companheiros incríveis nessa caminhada
acadêmica. Juntos, enfrentamos desafios, trocamos conhecimento e aprendemos uns com os
outros. Agradeço pela colaboração, pelos debates enriquecedores e pela camaradagem que
cultivamos ao longo do curso. Cada interação com vocês contribuiu para o meu crescimento
pessoal e acadêmico.

Neste momento de conclusão, minha gratidão transborda em reconhecimento sincero


a cada uma das pessoas que estiveram ao meu lado. Seu apoio, compreensão e crença em mim
foram a base sobre a qual construí este trabalho. Sou profundamente grato por fazerem parte
desta conquista e por tornarem essa experiência acadêmica mais significativa e memorável.
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo principal de propor a implantação de um sistema
fotovoltaico conectado à rede elétrica para um consumidor residencial, visando a redução dos
gastos com energia proveniente da rede pública e o controle dos gastos energéticos. Para
alcançar esse objetivo, foram abordados diversos aspectos técnicos e práticos relacionados ao
sistema proposto. Inicialmente, foi discutido o funcionamento do inversor CC/CA, um
componente crucial no sistema fotovoltaico, responsável por converter a corrente contínua (CC)
gerada pelos painéis solares em corrente alternada (CA) utilizada na rede elétrica e nas
residências. Foram apresentados diferentes tipos de inversores disponíveis, suas características,
eficiência e a importância de selecionar o inversor adequado ao sistema proposto. Além disso,
foi dada ênfase à seleção adequada dos cabos de conexão, considerando fatores como a corrente
e a tensão envolvidas. Foram discutidas as características dos cabos, como resistência elétrica,
isolamento e durabilidade, para garantir uma conexão segura e eficiente entre os painéis solares,
o inversor e a rede elétrica. Outro ponto abordado foi o sistema de proteção do sistema
fotovoltaico. Foram apresentados os dispositivos e componentes essenciais para garantir a
segurança e o funcionamento adequado do sistema, incluindo dispositivos de proteção contra
surtos, disjuntores, dispositivos de proteção contra sobrecorrente e aterramento. Além disso a
análise dos diferentes tipos de painéis solares permitiu selecionar o mais adequado às
necessidades e condições do consumidor residencial. Através da proposta de implantação de
um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica, buscou-se não apenas reduzir os gastos com
energia proveniente da rede pública, mas também proporcionar um maior controle dos gastos
energéticos. Além dos benefícios financeiros, a utilização de energia solar contribui para a
redução da emissão de gases de efeito estufa, a preservação dos recursos naturais e a promoção
de um futuro mais sustentável. Em suma, esta monografia apresentou uma proposta abrangente
para a implantação de um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica em residências, com o
objetivo de reduzir os gastos com energia e permitir um controle mais eficiente dos gastos
energéticos.

Palavras Chaves: Energia solar fotovoltaica, Sistema fotovoltaico residencial, Geração


distribuída, Inversor solar, Sustentabilidade
ABSTRACT

This dissertation aimed to propose the implementation of a grid-connected photovoltaic system


for residential consumers, with the main objective of reducing expenses on energy from the
public grid and enhancing control over energy consumption. To achieve this objective, various
technical and practical aspects related to the proposed system were addressed. Initially, the
operation of the DC/AC inverter, a crucial component in the photovoltaic system responsible
for converting the direct current (DC) generated by the solar panels into alternating current
(AC) used in the electrical grid and households, was discussed. Different types of inverters
available, their characteristics, efficiency, and the importance of selecting the appropriate
inverter for the proposed system were presented. Furthermore, emphasis was placed on the
proper selection of connection cables, considering factors such as current and voltage involved.
The characteristics of the cables, such as electrical resistance, insulation, and durability, were
discussed to ensure a secure and efficient connection between the solar panels, the inverter, and
the electrical grid. Another point addressed was the protection system of the photovoltaic
system. Essential devices and components were presented to ensure the safety and proper
operation of the system, including surge protection devices, circuit breakers, overcurrent
protection devices, and grounding. Additionally, the analysis of different types of solar panels
allowed for the selection of the most suitable panel based on the residential consumer's needs
and conditions. Through the proposal of implementing a grid-connected photovoltaic system,
the aim was not only to reduce expenses on energy from the public grid but also to provide
greater control over energy consumption. Besides the financial benefits, the utilization of solar
energy contributes to the reduction of greenhouse gas emissions, preservation of natural
resources, and promotion of a more sustainable future. In summary, this dissertation presented
a comprehensive proposal for the implementation of a grid-connected photovoltaic system in
residential settings, with the objective of reducing energy expenses and enabling more efficient
control over energy consumption.

Keywords: Photovoltaic solar energy, Residential photovoltaic system, Distributed


generation, Solar inverter, Sustainability.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CC - Corrente Contínua

CA - Corrente Alternada

kWh - Quilowatt-hora

kWp - Quilowatt-pico

kW - Quilowatt

kW/m² - Quilowatt por metro ao quadrado

kWh/ano – Quilowatt por ano

m² - Metro ao quadrado

PV - Energia Fotovoltaica

W - Watts

Ah - Ampére-hora

ROI – Retorno do Investimento

P&D - Pesquisa e Desenvolvimento

ENDE – Empresa Nacional de Distribuição de Energia

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica Brasileira

MWh - Megawatt-hora
LISTA DE SÍMBOLOS

Ω - Ohm (unidade de resistência elétrica)

V - Volt (unidade de tensão elétrica)

m - Metro (unidade de comprimento)

kg - kilograma

S - Segundo (unidade de tempo)

Hz – Hertz (unidade de frequência)

°C - Grau Celsius (unidade de temperatura)

J - Joule (unidade de energia)

% - Porcentagem

∆ - Delta

π - Pi (matemática constante)

∑ - Somatório

μ - Micro
LISTA DE FIGURAS

Figura 1:Radiaçaõ Solar.. ......................................................... Erro! Indicador não definido.


Figura 2: Potencial Energético Solar em Angola ..................................................................... 19
Figura 3:Módulo fotovoltaico de silić io monocristalino (mono-Si)........................................ 21
Figura 4:Módulo fotovoltaico de silício policristalino (poli-Si). ............................................ 21
Figura 5 Módulo fotovoltaico de Silício amorfo. .................................................................... 22
Figura 6 Composiçaõ de um módulo fotovoltaico .................................................................. 23
Figura 7:Estrutura de sustentaçaõ K2 systems. ....................................................................... 25
Figura 8:String Box. ................................................................................................................ 27
Figura 9:Procedimentos e etapas de acesso. ............................................................................ 28
Figura 10 Configuração básica de um SFCR. .......................................................................... 30
Figura 11: Ilustração do comportamento do sol ao longo do ano no Huambo ....................... 37
Figura 12:STRINGBOX CC/ CA............................................................................................ 45
Figura 13:Diagrama esquemático do sistema fotovoltaico conectado à rede electrica ........... 47
Figura 14:Componentes de um sistema fotovoltaico .............................................................. 54
Figura 17: Tipologia de construção do Casseque 3 .................................................................. 55
Figura 18: Modelo de Distribuição elétrica do Casseque 3 ...................................................... 55
Figura 20:Fatura de consumo mensal ....................................................................................... 56
LISTA DE QUADROS
Tabela 1: Huambo Temperaturas mensais 2015 – 2023 .......................................................... 37
Tabela 2 Informações do módulo. ............................................................................................ 42
Tabela 3 inversor Grid-Tie Fronius Symo de 20,0KW. ........................................................... 43
Tabela 4: Resultados do dimensionamento .............................................................................. 44
Tabela 5: Tabela de Orçamento ................................................................................................ 47
Tabela 6: Quadro de atividades para conclusão da simulação ................................................. 53
ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14

1.1 Problemática ..................................................................................................................... 15

1.2 Objetivos: .......................................................................................................................... 15

1.2.1 Objetivos Geral: ............................................................................................................. 15

1.2.2 Objetivos Especificos: .............................................................................................. 15

1.3. Delimitação do Tema ....................................................................................................... 15

1.3 Limitações .................................................................................................................... 16

1.2 Contribuição do Trabalho ............................................................................................... 16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 17

2.1 Fundamentos da Energia Solar ....................................................................................... 17

2.2 Sistema Fotovoltaico ......................................................................................................... 18

2.3 Potencial Energético Solar Em Angola ........................................................................... 19

2.4 Componentes Básicos De Sfcr ......................................................................................... 20

2.4.1. Módulos fotovoltaicos .............................................................................................. 20

2.4.2. Inversor CC/CA ....................................................................................................... 23

2.4.3. Cabos de conexão CC e CA; ................................................................................... 24

2.4.4. Suporte para apoio dos módulos fotovoltaicos; .................................................... 24

2.4.5. Dispositivos de conexão CC/CA.............................................................................. 25

2.4.5.1. Sistema de Proteção ............................................................................................. 26

2.5 Microgeração e minigeraçà o distribuída ....................................................................... 27

2.6 Funcionamento De Um Sistema Fotovoltaico Conectado À Rede ............................... 29

2.7 Vantagens da aderência do sistema conectado à rede ................................................... 30

2.8 Aspectos técnicos e normativos do sistema conectado à rede ....................................... 31

2.8.1. Interconexão com rede elétrica pública ................................................................. 32

3 METODOLOGIA................................................................................................................ 33

3.1 Caracterização da pesquisa ............................................................................................. 33


3.2 Procedimentos metodológicos .......................................................................................... 34

3.3 Coleta de dados ................................................................................................................. 34

4 DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................................... 35

5 PROPOSTA DE SOLUÇÃO .............................................................................................. 39

5.1 Caracterização da localização ......................................................................................... 39

6.1 Escolha do Módulo fotovoltaico ...................................................................................... 41

6.1.1. Resultados do dimensionamento do sistema conectado à rede .................... 44

6.1.2. String box .......................................................................................................... 44

6.1.3. Estrutura de suporte e fixação ........................................................................ 45

6.1.4. Condutores ........................................................................................................ 46

6.1.5. Medidor Bidirecional ....................................................................................... 46

6.1.6. Princípios de funcionamento ............................................................................... 46

6.2 Tabela Orsamental ........................................................................................................... 47

7 CONCLUÕES ...................................................................................................................... 48

8 RECOMENDAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 51

APÊNDICE ............................................................................................................................. 52

Apêndice 1 ............................................................................................................................... 52

Apêndice 2 ............................................................................................................................... 53

ANEXOS ................................................................................................................................. 54

Anexos 1 Modelos de Implementação ................................................................................... 54

9.2 Anexos 2 Caracterização da Zona ................................................................................... 55


1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, tem-se observado um interesse crescente pela busca de fontes de
energia renováveis e atraentes. Esse interesse é motivado pela preocupação com a economia de
recursos naturais e pelos impactos ambientais associados à geração de energia convencional.
Nesse contexto, a energia solar fotovoltaica tem se destacado como uma alternativa promissora
capaz de suprir a demanda energética de forma limpa e renovável. No setor residencial, o
consumo de energia elétrica representa uma parcela significativa do orçamento familiar. Muitos
consumidores têm buscado formas de reduzir os gastos com eletricidade proveniente da rede
pública, bem como de ter maior controle sobre o consumo de energia. Diante dessa demanda,
a instalação de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica tem se apresentado como uma
solução viável e sustentável, permitindo que os consumidores gerem parte ou a totalidade de
sua energia de forma independente.
Assim, o presente trabalho tem como objetivo realizar o dimensionamento de um
sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica para um consumidor residencial. O
dimensionamento adequado considerará aspectos técnicos, a fim de determinar os componentes
e a capacidade adequada do sistema fotovoltaico. Serão levados em conta a demanda energética
da residência e as condições climáticas da região. Além disso, serão analisados os benefícios
financeiros e ambientais fornecidos pela implementação desse sistema, bem como a viabilidade
econômica e os possíveis desafios relacionados à sua implantação. Também serão propostas
estratégias de controle e monitoramento dos gastos energéticos na residência, visando
maximizar a eficiência do sistema fotovoltaico e otimizar o consumo de energia.
Espera-se que este trabalho forneça informações relevantes e embasadas sobre o
dimensionamento de um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica para consumidores
residenciais, confiante para a disseminação e adoção da energia solar como uma opção
sustentável e econômica viável para a geração de eletricidade.

14
1.1 Problemática

Diante do cenário de aumento dos custos de energia elétrica provenientes da rede


pública e da necessidade de maior controle sobre o consumo de energia em residências.
Essa problemática destaca a preocupação com os altos custos de energia elétrica e a
busca por alternativas energéticas e energias para a geração de eletricidade em residências.
Objetivo do trabalho será abordar essa problemática por meio do dimensionamento adequado
de um sistema fotovoltaico conectado à rede, considerando aspectos técnicos e ecológicos, a
fim de reduzir os gastos com energia proveniente da rede pública e possibilitar um maior
controle sobre os gastos energéticos em uma residência.

1.2 Objetivos:

1.2.1 Objetivos Geral:

Propor um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica para um consumidor


residencial, visando a redução dos gastos com energia proveniente da rede pública e o controle
dos custos energéticos.

1.2.2 Objetivos Especificos:

1) Compreender o sistema fotovoltaico conectado a rede elétrica para um


consumidor residencial.
2) Calcular a capacidade adequada do sistema fotovoltaico, com o objetivo
de garantir o suprimento energético necessário e reduzir a dependência da rede pública.
3) Realizar uma análise econômica detalhada, a fim de avaliar a viabilidade
financeira da implementação do sistema.
4) Propor estratégias de controle e monitoramento dos custos energéticos
na residência, e maximizar a eficiência do sistema fotovoltaico.

1.3. Delimitação do Tema

Este trabalho se concen trará no dimensionamento de um sistema fotovoltaico


conectado à rede para um consumidor residencial, com o objetivo de reduzir os custos com a
energia proveniente da rede pública e controlar os gastos com energia. Serão considerados

15
aspectos técnicos, sanitários relacionados ao dimensionamento do sistema fotovoltaico, levando
em conta a demanda energética da residência e as condições climáticas da região.

No entanto, é importante ressaltar que este trabalho não abordará a instalação física do
sistema fotovoltaico, nem os aspectos detalhados de manutenção e operação. Além disso, a
análise econômica será focada na viabilidade financeira do investimento e não incluirá análises
de mercado ou estratégias de financiamento específicas.

1.3 Limitações

Este trabalho apresenta algumas restrições que devem ser consideradas. Em primeiro
lugar, o estudo se concentrará no dimensionamento de um sistema fotovoltaico conectado à
rede para um consumidor residencial específico, levando em conta a demanda energética dessa
residência e as condições climáticas da região em que está localizado. Portanto, os resultados e
experimentos podem não ser generalizáveis para outras residências com características
diferentes.
Além disso, o trabalho abordará aspectos relacionados à instalação física do sistema
fotovoltaico, como a seleção e a colocação dos painéis solares, a instalação dos inversores e
outros componentes do sistema. Da mesma forma, questões relacionadas à manutenção e
operação do sistema também estão além do escopo deste trabalho.

No que se refere à análise econômica, será focado principalmente na viabilidade


financeira do investimento na instalação do sistema fotovoltaico, considerando os custos de
aquisição e instalação, o retorno financeiro ao longo do tempo e período de retorno. Serão
abordadas análises de mercado específicas e estratégias de financiamento para implementação
do sistema

1.2 Contribuição do Trabalho

Este trabalho tem como principal contribuição fornecer um estudo abrangente sobre o
dimensionamento de um sistema fotovoltaico conectado à rede para um consumidor residencial,
com foco na redução dos gastos com energia proveniente da rede pública e no controle eficiente
dos gastos com energia. Através da análise de aspectos técnicos, técnicos e superiores, busca-
se fornecer informações relevantes e embasadas para orientar os consumidores residenciais na
tomada de decisão sobre a implantação de um sistema fotovoltaico.

16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta as informações dos sistemas geradores de energia solar


fotovoltaica funcionando sob o conceito de geração distribuída, descreve cada equipamento que
compõe o sistema, dimensionamento e o método utilizado para a viabilidade econômica do
projeto.

2.1 Fundamentos da Energia Solar

O sol pode ser considerado como um perfeito emissor de radiação a uma temperatura
aproximada 5.800K em sua superfície. Emite para a superfície terrestre uma potência media de
1,2 × 1017 𝑊, potência essa que se pudesse ser completamente aproveitada ao longo de uma
hora, seria capaz de satisfazer a demanda anual global, (/DIENSMANN, 2009).
Existem três tipos de radiação solar: radiação direta, radiação difusa e a albedo,
conforme apresentado na figura 1, (/DIENSMANN, 2009).

Figura 1: Radiação solar

Fonte: GONÇALVES (2013).

Ao penetrar na atmosfera, uma parte da radiaçaõ solar atinge diretamente a superfície


coletora, sem sofrer qualquer influência, sendo chamada de radiaçaõ direta. Outra parte é

17
absorvida e/ou espalhada por partículas em suspensaõ , como moléculas de ar e gotić ulas de
água. Da parcela espalhada, a que atinge a superfić ie coletora é chamada de radiaçaõ difusa.
Finalmente, a última parcela da radiaçaõ passível de aproveitamento é aquela que incide na
superfić ie após ser refletida pelo solo, chamada de albedo (GONÇALVES, 2013).
Geralmente, define-se potência por unidade de área pelo termo Irradiância (W/m2) e
energia por unidade de área pelo termo Irradiaçaõ (Wh/m2).

2.2 Sistema Fotovoltaico

SILVA, J. R. A energia solar fotovoltaica é baseada na conversão direta da


energia solar em eletricidade por meio do chamado efeito fotovoltaico.
Esse efeito é observado em materiais semicondutores, como o silício, que
compõem os painéis solares fotovoltaicos.

Quando a luz solar incide sobre os painéis solares, os fótons (partículas de luz)
transferem sua energia para os elétrons presentes no material semicondutor. Esse processo gera
uma diferença de potencial elétrico, originado em uma corrente elétrica contínua, (ALVES, D.
L.2016).
Os painéis solares fotovoltaicos são compostos por células solares, que são as unidades
básicas responsáveis pela conversão da luz solar em eletricidade. Cada célula solar é formada
por duas camadas de material semicondutor, uma com carga elétrica positiva (tipo p) e outra
com carga elétrica negativa (tipo n). Quando a luz solar incide na célula solar, os elétrons da
camada n são excitados e se movem para a camada p, criando uma corrente elétrica. Essa
corrente é coletada e conduzida por meio de contatos metálicos presentes nas células solares,
(ALVES, D. L.2016).
Os painéis solares fotovoltaicos são conectados em série ou em paralelo para formar
um sistema fotovoltaico. Dessa forma, a eletricidade gerada pelos painéis é conduzida para um
inversor, responsável por converter a corrente contínua em corrente alternada, que é utilizada
nas residências e pode ser injetada na rede elétrica pública. A energia solar fotovoltaica oferece
diversas vantagens, como ser uma fonte de energia limpa e renovável, não emitir gases de efeito
estufa durante a geração de eletricidade e permitir a geração distribuída, em que cada
consumidor pode produzir sua própria energia. Esses princípios básicos são fundamentais para
entender o funcionamento e o potencial da energia solar fotovoltaica como uma alternativa
sustentável e economicamente viável, (ALVES, D. L.2016).

18
2.3 Potencial Energético Solar Em Angola

Segundo o Ministério de Energia e Águas de Angola, o potencial energético solar em


Angola é bastante promissor devido às características geográficas e climáticas concordantes do
país. Angola possui uma localização privilegiada próxima à linha do Equador, o que significa
que recebe uma grande quantidade de radiação solar ao longo do ano. Além disso, o país possui
um clima predominantemente ensolarado, o que contribui para a viabilidade da energia solar,
(MINEA - Atlas, 2015).
O potencial energético solar em Angola pode ser aproveitado por meio da instalação
de sistemas de geração de energia solar fotovoltaica. Esses sistemas convertem a luz solar
diretamente em eletricidade usando células fotovoltaicas. Essa eletricidade pode ser utilizada
para residências alimentares, empresas, indústrias e até mesmo comunidades remotas. Diversas
regiões em Angola têm um grande potencial para a geração de energia solar. Por exemplo, as
províncias do sul, como Huíla, Namibe e Cunene, são particularmente adequadas para a
instalação de usinas solares devido ao alto nível de irradiação solar nessas áreas, (MINEA -
Atlas, 2015).
Figura 2: Potencial Energético Solar em Angola

Fonte:https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Angola_PVOUT_Photovoltaic-power-potential-map_lang-
PT_GlobalSolarAtlas_World-Bank-Esmap-Solargis.png

19
2.4 Componentes Básicos De Sfcr

Os componentes básicos de um Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede (SFCR) são:


I-Módulos fotovoltaicos;
II-Inversor CC/CA;
III-Cabos de Conexão;
IV-Suporte para apoio dos módulos fotovoltaicos;
V-Dispositivos de conexão CC/CA.

2.4.1. Módulos fotovoltaicos

O módulo fotovoltaico é composto por várias células fotovoltaica, essas células são
responsáveis pela conversão da luz incidente em eletricidade. Os materiais empregados na sua
construção são elementos semicondutores, em escala comercial, a maioria fabricada de silício,
devido a três fatores principais, (Barbosa S. T. G, 2021):
1) O silício não é tóxico;
2) É o segundo elemento mais abundante na natureza (sendo que o primeiro é o
oxigênio);
3) Possui uma tecnologia consolidada devido à sua utilização predominante no
ramo da microeletrônica.
O silício é apresentado em três formas construtivas: monocristalino, policristalino ou
multicristalino e amorfo.
A tecnologia monocristalina é a mais antiga e também a mais cara, por outro lado possui
uma eficiência maior, em torno de 14 a 21 %. As células são facilmente reconhecidas, possuem
uma cor uniforme indicando o silić io puro como apresentado na Figura 3 (PORTAL SOLAR,
2016).

20
Figura 3:Módulo fotovoltaico de silício monocristalino (mono-Si).

Fonte: (PORTAL SOLAR, 2016).

O painel solar monocristalino apresenta a mais alta eficiência dentre as tecnologias do


mercado, por ter uma maior eficiência, logo o módulo ocupa menos espaço para gerar a mesma
quantidade de energia elétrica das demais, a vida útil é acima dos 30 anos e tem maior
funcionalidade com pouca luz comparada com os policristalinos. A desvantagem do painel
monocristalino é o alto custo, (CC ENERGIA SOLAR. 2016).
Na tecnologia policristalino (Figura 4), os cristais de silício são fundidos em um bloco,
preservando a formação de múltiplos cristais. A diferença entre policristalino e monocristalino
é que o custo do policristalino é menor, porém sua eficiência também é menor, podendo variar
a uma faixa de 13,9 a 15,8 %, (NEOSOLAR, 2017).

Figura 4:Módulo fotovoltaico de silício policristalino (poli-Si).

Fonte: (NEOSOLAR, 2017).


21
A tecnologia silić io amorfo (Figura 5), difere das demais estruturas cristalinas por
apresentar alto grau de desordem na estrutura dos átomos. Apresenta uma absorção da radiaçaõ
solar na faixa do visível e seu uso em sistemas fotovoltaicos tem vantagens tanto nas
propriedades elétricas quanto no processo de produçaõ . O custo dessa tecnologia e o processo
de fabricaçaõ saõ baixos (CRESESB, 2016).
Por ser uma tecnologia de baixo custo, o silício amorfo apresenta baixa eficiência de
conversão (entre 5 % a 7 %) e há uma degradaçaõ nos primeiros meses de operaçaõ , afetando
sua vida útil (NASCIMENTO, 2004).

Figura 5 Módulo fotovoltaico de Silício amorfo.

Fonte: (CRESESB, 2016).

A Figura 6 apresenta a composição de um módulo fotovoltaico que possui uma


cobertura frontal de vidro temperado que serve de proteção e mantém o desempenho da
capacidade nominal do módulo durante sua vida útil. Os módulos estão sujeitos a suportarem
mudanças cíclicas de temperatura, testes de impacto de granizo, exposição de raios ultravioleta,
resistência contraventos, calor úmido, resistência a sombras parciais, teste de isolamento
elétrico, entre outros. O módulo é composto também por: célula fotovoltaica, cobertura
posterior: que serve também como proteção, estrutura de sustentação e caixa de conexões, (CC
ENERGIA SOLAR. 2016).

22
Figura 6 Composiçao
̃ de um módulo fotovoltaico

Fonte: (GEDAE, 2016).

As especificações técnicas disponibilizadas por um fabricante sobre um módulo


fotovoltaico são:
I-Modelo do módulo;
II-Potência máxima (Pmp);
IV-Tensão no ponto de potência máxima (Vmp);
V-Intensidade no ponto de potência máxima (Imp);
VI-Corrente de curto-circuito (Isc);
VII-Tensão a circuito aberto (Voc).
A orientação e inclinação dos módulos vai de acordo com a latitude da região a ser
instalada, porém, precisa ter um mínimo de inclinação de 15°, para autolimpeza. Na região de
Dourados – MS, por exemplo, a sua latitude é de 23°, logo sua inclinação será́ de 23° para o
Norte (PORTAL SOLAR, 2017).

2.4.2. Inversor CC/CA

SILVA, A. A conversão de energia solar em energia elétrica é


realizada por meio de dispositivos chamados células fotovoltaicas,
presentes nos painéis solares. Essas células são feitas de materiais
semicondutores, geralmente à base de silício, que possuem
propriedades especiais que permitem a geração de eletricidade
quando expostas à luz solar.

23
O inversor é um equipamento eletroeletrônico que tem como principal função exercer
a função de converter a corrente contínua em corrente alternada, no caso de sistemas conectados
à rede, tem a função de sincronizar o sistema com a rede pública. Sendo assim, quando houver
excedente de energia produzida pelo sistema on-grid o excedente será enviado à rede
convencional de distribuição. Dessa forma, o relógio medidor gira no sentido contrário e o
excedente é convertido em créditos para o consumidor (PEREIRA, 2019). Em sistemas
conectados à rede, a potência do inversor, vai definir a quantidade de potência injetada na rede.
O arranjo fotovoltaico que alimentará a entrada do inversor será dimensionado conforme a
potência de pico fornecida pelas placas. A potência de pico das placas é superior a potência do
inversor para prever as possíveis perdas (ALVES, 2016).
Os inversores interativos são bastante sofisticados e apresentam funcionamento
complexo, operando em sincronismo com a rede, ou seja, fornecendo valores de corrente,
frequência e tensão alternada o mais próximo possível dos da rede.
As especificações técnicas mais importantes dos inversores são seus limites
operacionais, seus requisitos para instalação, seus requisitos de segurança e seus requisitos de
manutenção.
Quando ocorre a falta do fornecimento energia na concessionária, o inversor desliga o
sistema automaticamente para não ocorrer o ilhamento. O principal motivo para que isso
aconteça está relacionado a segurança dos técnicos que trabalham nas redes de distribuição,
pois ao fazerem manutenção da rede, os técnicos podem receber descargas elétricas provocada
pelo sistema fotovoltaico de alguma residência que esteja ligado na concessionária,
ocasionando algum acidente, (PALUDO, 2014).

2.4.3. Cabos de conexão CC e CA;


Os cabos são responsáveis pela interconexão de todos do demais componentes, para
cada parte do sistema, existe um cabo específico.
Em sistemas fotovoltaicos os condutores são dotados com proteção ultravioleta,
resistentes às intempéries, e sua seção suficiente para assegurar que a queda de tensão no
cabeamento seja inferior a 4%, conforme a norma IEC 60364-8-1.

2.4.4. Suporte para apoio dos módulos fotovoltaicos;

O suporte para apoio dos módulos fotovoltaicos desempenha um papel essencial na


instalação de sistemas de energia solar fotovoltaica. Esse suporte, também conhecido como
estrutura de montagem ou estrutura de suporte, é responsável por fixar e posicionar
24
corretamente os módulos solares, garantindo estabilidade, segurança e eficiência do sistema,
(URBANETZ, 2010).

Existem diferentes tipos de suportes disponíveis, variando de acordo com o tipo de


instalação, como telhado, solo ou estruturas flutuantes em corpos de água. Esses suportes são
projetados para acomodar diferentes configurações de módulos solares, como painéis
fotovoltaicos de silício cristalino ou filmes finos, e podem ser ajustáveis em termos de ângulo
de inclinação e orientação para otimizar a captura da radiação solar, (URBANETZ, 2010).

A manutenção regular dos suportes é essencial para garantir a integridade do sistema


ao longo do tempo. Isso pode incluir inspeções periódicas para identificar e corrigir quaisquer
problemas, como fixações soltas ou desgaste dos componentes, (URBANETZ, 2010).

Figura 7:Estrutura de sustentaçao


̃ K2 systems.

Fonte: (K2 SYSTEMS, 2016).

2.4.5. Dispositivos de conexão CC/CA.

O sistema de proteção conhecido como String Box é um componente importante em


instalações de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. A String Box é responsável por
garantir a segurança e proteção do sistema, tanto para os módulos fotovoltaicos quanto para os
componentes eletrônicos associados, (WINKENERGIA 2009).

25
2.4.5.1.Sistema de Proteção

Vários sistemas de proteção podem ser aplicados aos sistemas fotovoltaicos


conectados à rede (FCR), sendo alguns obrigatórios e outros opcionais. Os componentes de
proteção mais comuns são os disjuntores, aparelhos que isolam o sistema automaticamente caso
ocorra alguma sobrecarga ou curto-circuito, (WINKENERGIA 2009).

Módulos fotovoltaicos inteiros podem ser danificados permanentemente devido à


presença de sombra em alguma célula, o que provoca um superaquecimento do local. Uma
forma de contornar esse problema é através da utilização dos diodos de by-pass que desviam a
corrente da célula ou módulo sombreado. Esse dispositivo é, normalmente, montado na caixa
de conexão quando utilizado para contornar um módulo inteiro. Existem também os diodos de
bloqueio e os DPS. O primeiro é utilizado nas fileiras de módulos em série, para evitar que um
módulo sombreado transforme a fileira inteira em uma carga. Já o DPS é um sistema que
protege o painel fotovoltaico em caso de surtos de tensão, devido a descarga atmosférica,
(WINKENERGIA 2009).

Além disso, os dispositivos de proteção contra surtos são utilizados para minimizar os
danos causados por picos de tensão que podem ser gerados por descargas atmosféricas ou outros
choques na rede elétrica. Os dispositivos de monitoramento presentes na String Box permitem
o acompanhamento e a supervisão contínua do desempenho do sistema fotovoltaico. Eles
podem incluir medidores de corrente, medidores de tensão, dispositivos de monitoramento de
isolamento, entre outros. Esses dispositivos fornecem informações sobre o funcionamento do
sistema, permitindo a identificação precoce de possíveis problemas e facilitando a manutenção
e o diagnóstico de falhas, (WINKENERGIA 2009).

Em suma, o sistema de proteção String Box é essencial para garantir a segurança e o


desempenho adequado dos sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. Através de seus
componentes de proteção e monitoramento, a String Box desempenha um papel crucial na
prevenção de falhas e na proteção dos equipamentos, garantindo o funcionamento eficiente e
seguro do sistema solar, (WINKENERGIA 2009).

26
Figura 8:String Box.

Fonte: (SICES BRASIL, 2017)


O aterramento do sistema fotovoltaico é definido do lado CC dos condutores e
interligado ao lado CA do sistema e conectado ao aterramento do quadro geral de distribuição,
onde estará́ o SFCR, (ASSAIFE, 2013).

2.5 Microgeração e minigeração distribuída

Microgeração e minigeração distribuídas são conceitos relacionados à produção de


energia elétrica a partir de fontes renováveis, como solar, eólica, hídrica, biomassa, entre outras,
em pequena escala e próximos ao ponto de consumo. Esses sistemas permitem que os
consumidores gerem sua própria energia de forma descentralizada, atraindo sua dependência
das redes de distribuição convencionais, (URBANETZ, 2010).

A microgeração distribuída refere-se a sistemas de geração de energia elétrica com


capacidade instalada de até 75 kW (quilowatts). Esses sistemas são normalmente instalados em
residências, pequenos comércios, instituições públicas e pequenas motorizadas. Eles podem ser
compostos por painéis solares fotovoltaicos, aerogeradores, turbinas hidroelétricas de pequeno
porte, entre outros dispositivos. Já a minigeração distribuída refere-se a sistemas com
capacidade instalada acima de 75 kW e até 5 MW (megawatts). Esses sistemas são mais
comumente encontrados em empresas, fachadas de médio porte, propriedades rurais, edifícios
comerciais e empreendimentos de maior escala. Assim como na microgeração distribuída, a
fonte de energia pode variar de acordo com as características do local, como a disponibilidade
de radiação solar, (URBANETZ, 2010).

Os sistemas de microgeração e minigeração distribuídos são conectados à rede elétrica


existente, permitindo que a energia gerada seja utilizada localmente. Quando a geração excede
o consumo do local, o excedente é injetado na rede elétrica, e o consumidor pode receber
créditos ou compensar por essa energia excedente. Isso é conhecido como sistema de

27
compensação de energia, onde o consumidor pode utilizar esses créditos para abater o consumo
em momentos de menor geração, como durante a noite ou em períodos com menor incidência
solar ou ventos, (URBANETZ, 2010).

Esses sistemas oferecem uma série de benefícios, tanto para os consumidores quanto
para o sistema elétrico em geral. Para os consumidores, eles fornecem economia na conta de
energia, redução da dependência de fontes tradicionais de energia, aumento da autonomia
energética e possibilidade de contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa,
(SILVA, João Rodrigues.2020).

No entanto, é importante ressaltar que as regulamentações e políticas energéticas


podem estar sujeitas a atualizações e alterações ao longo do tempo. Portanto, é recomendável
verificar com as autoridades competentes, como o Ministério de Energia e Águas de Angola ou
a Empresa Nacional de Distribuição de Eletricidade (ENDE), para obter informações
atualizadas sobre a existência de normas ou regulamentações específicas relacionadas à geração
distribuída em Angola. Essas entidades podem fornecer orientações sobre as condições e
procedimentos para o acesso à microgeração e minigeração distribuída no país.

Em suma, a microgeração e minigeração distribuída representam uma forma


descentralizada e sustentável de produção de energia elétrica.

Figura 9: de acesso.

Fonte: (ANEEL, 2016).


28
2.6 Funcionamento De Um Sistema Fotovoltaico Conectado À Rede

O funcionamento de um sistema fotovoltaico conectado à rede, também conhecido


como sistema grid-tie, ocorre da seguinte forma, (Araújo, R. M., Pereira, E. B., & Filho, M. G.
2019):

I-Captação da energia solar: Os painéis solares fotovoltaicos são instalados no


telhado ou em uma área exposta à luz solar. Eles são compostos por células fotovoltaicas que
convertem a energia solar em energia elétrica. Quando os raios solares atingem as células
fotovoltaicas, ocorre o efeito fotovoltaico, gerando uma corrente elétrica contínua.

II-Inversor: A corrente elétrica gerada pelos painéis solares é uma corrente contínua
(CC), porém, a maioria das residências e edifícios utiliza corrente alternada (CA). Por isso, um
inversor é utilizado para converter a corrente contínua em corrente alternada, tornando-a
compatível com a rede elétrica da edificação.

III-Conexão à rede elétrica: O sistema fotovoltaico é conectado ao quadro de


distribuição elétrica da edificação, onde a eletricidade gerada pelos painéis solares é integrada
à rede elétrica pública. Assim, a energia produzida pelo sistema fotovoltaico é utilizada
diretamente pelos aparelhos e dispositivos elétricos da residência ou edifício.

IV-Medição bidirecional: Para sistemas fotovoltaicos conectados à rede, é comum a


utilização de um medidor bidirecional. Esse medidor registra tanto a energia consumida da rede
elétrica quanto a energia gerada pelo sistema fotovoltaico e injetada na rede. Dessa forma, é
possível medir a diferença entre o consumo e a geração de energia, podendo resultar em créditos
ou descontos na conta de energia elétrica.

V-Integração com a rede elétrica: O sistema fotovoltaico conectado à rede funciona


de forma integrada com a rede elétrica pública. Durante o dia, quando a produção de energia
solar é maior do que o consumo da edificação, o excedente é injetado na rede, gerando créditos
de energia. À noite ou em períodos de menor geração solar, a edificação consome energia da
rede elétrica normalmente.

Esse funcionamento permite que a edificação utilize a energia solar como fonte
primária, espere a dependência da rede elétrica convencional e, consequentem ente, observe os
custos com energia elétrica. Além disso, o sistema fotovoltaico conectado à rede contribui para
a redução da emissão de gases de efeito estufa e sustentabilidade ambiental.

29
Figura 10 Configuração básica de um SFCR.

Fonte: Adaptado de Efeito Solar (2020).

2.7 Vantagens da aderência do sistema conectado à rede

CC ENERGIA SOLAR. As principais vantagens do sistema fotovoltaico on-grid são:

I-Economia de energia: O sistema fotovoltaico on-grid permite que você gere sua
própria eletricidade a partir do sol, reduzindo significativamente sua conta de energia elétrica.
A energia solar é uma fonte renovável e gratuita, o que contribui para economias a longo prazo.

II-Créditos de energia: Com um sistema on-grid, você pode gerar mais energia do
que consome em determinados momentos, como durante os dias ensolarados. O excedente de
energia pode ser injetado na rede elétrica e você recebe créditos de energia, que podem ser
utilizados para compensar o consumo em momentos de menor geração solar, como à noite.

III-Baixa manutenção: Os sistemas fotovoltaicos on-grid geralmente exigem pouca


manutenção. Após a instalação, eles operam de forma autônoma, sem a necessidade de
intervenção constante. A limpeza periódica dos painéis solares é recomendada para garantir
uma eficiência ideal.

IV-Contribuição para o meio ambiente: Ao utilizar a energia solar, você está


contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para a preservação do meio
ambiente. A energia solar é uma fonte limpa e renovável, o que ajuda a mitigar os impactos
negativos das fontes de energia tradicionais.

30
V-Valorização do imóvel: A instalação de um sistema fotovoltaico on-grid pode
aumentar o valor do seu imóvel. O uso de energia solar é cada vez mais valorizado, e os
compradores estão mais propensos a investir em imóveis sustentáveis e energeticamente
eficientes.

2.8 Aspectos técnicos e normativos do sistema conectado à rede

Aspectos técnicos e normativos são fundamentais no projeto e na instalação de um


sistema fotovoltaico conectado à rede. Esses aspectos garantem que o sistema esteja em
conformidade com as regulamentações vigentes e que funcione de maneira segura e eficiente.
Abaixo estão alguns pontos relevantes relacionados a esses aspectos:

I-Dimensionamento do sistema: O dimensionamento adequado do sistema


fotovoltaico é essencial para garantir que ele atenda à demanda energética da residência ou
edifício. Isso envolve calcular a potência necessária dos painéis solares, o tamanho adequado
do inversor e a capacidade de armazenamento, se houver.

II-Projeto elétrico: O projeto elétrico do sistema deve considerar aspectos como a


escolha do local para instalação dos painéis solares, a rota dos cabos de interligação, a proteção
contra sobretensões e curto-circuitos, além de outras medidas de segurança elétrica.

III-Normas e regulamentos: Em outros países existem normas e regulamentos


específicos que devem ser seguidos ao projetar e instalar um sistema fotovoltaico conectado à
rede. A realidade Angola ainda não dispõe de regulamentos ou normas para a implementar
projectos residenciais do gênero.

IV-Conexão à rede elétrica: O sistema fotovoltaico deve ser conectado à rede elétrica
de acordo com as diretrizes indiretas pelas concessões de energia. Isso pode envolver a
instalação de um medidor bidirecional, que registra a energia produzida e consumida, além de
possíveis contratos ou acordos de conexão.

V-Certificações e homologações: É importante que os componentes do sistema


fotovoltaico, como os painéis solares e o inversor, tenham como devidas certificações e
homologações. Isso garante que esses componentes atendam a padrões de qualidade, segurança
e eficiência energética.

VI-Manutenção e monitoramento: Um sistema conectado à rede também requer


manutenção regular, incluindo limpeza dos painéis solares, verificação dos cabos e conexões,

31
e monitoramento do desempenho do sistema. O monitoramento pode ser realizado por meio de
sistemas de monitoramento remoto que fornecem informações sobre a produção de energia e o
funcionamento do sistema.

2.8.1. Interconexão com rede elétrica pública

I-Requisitos técnicos: A interconexão com a rede elétrica pública requer o


cumprimento de requisitos técnicos específicos estabelecidos pelas concessionárias de energia
ou pelas autoridades reguladoras. Esses requisitos podem incluir especificações relacionadas à
proteção contra sobretensões, aterramento, sincronização de frequência, injeção de energia na
rede, entre outros.
II- Acordo de conexão: Geralmente, é necessário estabelecer um acordo de conexão
com a concessionária de energia para formalizar a interconexão do sistema fotovoltaico com a
rede elétrica pública. Esse acordo pode envolver termos e condições relacionados à operação,
manutenção, monitoramento, tarifação e responsabilidades das partes envolvidas.
III-Medição bidirecional: Para sistemas conectados à rede, é comum a instalação de
medidores bidirecionais, que registram tanto a energia consumida da rede quanto a energia
excedente gerada pelo sistema fotovoltaico e injetada na rede. Esses medidores permitem a
contabilização adequada da energia produzida e consumida, facilitando a compensação de
créditos ou o faturamento líquido, conforme as regras estabelecidas pela concessionária de
energia.
IV-Proteção contra desligamentos: Em caso de desligamento da rede elétrica
pública, como durante uma queda de energia, é necessário ter sistemas de proteção e
dispositivos de corte que garantam a segurança e evitem que o sistema fotovoltaico continue a
alimentar a rede, evitando riscos para os trabalhadores que realizam a manutenção da rede.
V-Normas e regulamentos: Existem normas e regulamentos específicos relacionados
à interconexão com a rede elétrica pública, que variam de acordo com o país e as legislações
locais. É fundamental conhecer e seguir essas normas, que podem abordar questões de
segurança, qualidade da energia, procedimentos de conexão, certificações dos equipamentos,
entre outros aspectos.

32
3 METODOLOGIA

Todos os procedimentos abaixo mencionados, foram extraídos dos cálculos e da


simulação desenvolvida na concepção do mesmo trabalho.

Dimensionamento do sistema: Com base no consumo médio de 157 kWh da


residência, foi realizado um estudo de viabilidade que permitiu determinar o tamanho do
sistema fotovoltaico necessário. Foram considerados fatores como a radiação solar média na
região (Huambo-Casseque 3) e a capacidade de geração dos painéis solares.

Instalação dos painéis solares: Os painéis solares serão fixados nos suportes de apoio,
em uma área que garante uma exposição adequada à luz solar. Estão conectados em paralelo
para garantir uma geração de energia mais estável e eficiente.

Conexão com a rede elétrica: O inversor CC-CA foi instalado para converter a
corrente contínua gerada pelos painéis solares em corrente alternada, que posteriomente foi
utilizada para alimentar a residência. O sistema está conectado à rede elétrica para permitir o
intercâmbio de energia com o consumo local.

Monitoramento e manutenção: Foram instalados dispositivos de medição e


monitoramento para monitorar o desempenho do sistema, como controladores de carga e
medidores de energia. Além disso, foi recomendado a realização regular de inspeções e
limpezas dos painéis solares para garantir a eficiência da geração de energia.

3.1 Caracterização da pesquisa

I-Tipo de pesquisa: A pesquisa foi de natureza aplicada, pois teve como objetivo
propor a apresentar a simulação da implementação de um sistema fotovoltaico conectado à rede
elétrica para um consumidor residencial, visando a redução dos gastos com energia proveniente
da rede pública e controle dos gastos energéticos.
II-Abordagem do problema: Foi adotada uma abordagem qualitativa e quantitativa,
considerando uma revisão bibliográfica, uma coleta de dados e uma análise dos resultados
obtidos.
III-Universo da pesquisa: O estudo foi direcionado aos consumidores residenciais
que desejam adotar a energia solar fotovoltaica como uma alternativa sustentável e econômica,
no bairro do Casseque 3.

33
3.2 Procedimentos metodológicos

I-Revisão Bibliográfica: Foi realizada uma pesquisa sobre os sistemas fotovoltaicos


conectados à rede elétrica, normas e regulamentações pertinentes, bem como estudos anteriores
relacionados ao tema. Foram utilizadas fontes de informação como livros, artigos científicos
periódicos, normas técnicas, relatórios técnicos e sites mantidos.

3.3 Coleta de dados

I-Pesquisa Documental: Foram observados normas e regulamentações técnicas


vigentes em Angola que regem a instalação e o funcionamento de sistemas fotovoltaicos
conectados à rede elétrica em residências.
II-Questionário: Foi desenvolvido um concentrado para colher dados sobre o perfil e
consumo energético dos consumidores residenciais interessados em adotar um sistema
fotovoltaico.
III-Análise dos Dados: Os dados coletados foram analisados qualitativa e
quantitativamente, utilizando técnicas como análise de conteúdo e estatística descritiva. Foi
avaliada a viabilidade técnica e econômica da implementação do sistema fotovoltaico.
IV-Projeto do Sistema Fotovoltaico: Com base nas informações transmitidas na
análise dos dados, foi elaborado uma simulação de um projeto do sistema fotovoltaico
conectado à rede elétrica, considerando aspectos como a capacidade de geração de energia, o
dimensionamento dos componentes e o cumprimento às normas técnicas vigentes.
V-Simulação do Desempenho: Foi realizada uma simulação computacional para
avaliar o desempenho do sistema fotovoltaico proposto em diferentes cenários, considerando
fatores como a irradiação solar, a orientação e inclinação dos painéis solares, e a variação do
consumo energético.

34
4 DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Todos os dados apresentados abaixo, forma frutos de pesquisa de campo que


posteriormente foram levados para um simulador e deu-nos os resultados abaixo apresentados.

A instalação de um sistema fotovoltaico conectado à rede pública pode trazer diversos


benefícios, mas também está sujeita a algumas limitações. Abaixo estão algumas das principais
limitações encontradas na presente PFC:

I - Capacidade de conexão: A rede elétrica possui uma capacidade limitada para


aceitar a energia gerada pelos sistemas fotovoltaicos. Em algumas áreas, a capacidade de
conexão foi limitada, o que resultou em restrições ou custos adicionais para integrar o sistema
fotovoltaico à rede, o que nos levou a fazer uma divisão do bairro em 3 zonas.

Gráfico 1:Simulação capacidade de conexão por zonas

25% Zona 1
45%

30% Zona 2

Zona 3

Fonte: (Autor,2023)

II - Regulamentações e normas: A instalação de sistemas fotovoltaicos conectados à


rede está sujeita a regulamentações e normas específicas impostas pelas autoridades locais e
nacionais. O nosso país por ainda não possuir normas enquadradas a nossa realidade, chega a
ser meio complicado para alguns utentes aderirem a este serviço.

III - Investimento inicial: A instalação de um sistema fotovoltaico requer um


investimento inicial significativo, que chegou a ser uma barreira para alguns moradores da zona
em estudo quando lhes foi mostrada a proposta, e na divisão das zonas houve a seguinte
aceitação:

35
Gráfico 2:Simulação de aceitação do orçamento por zona

Zona 1
20%

53% Zona 2
27%
Zona 3

Fonte: (Autor,2023)

IV - Disponibilidade de espaço: A instalação de um sistema fotovoltaico requer espaço


adequado para a colocação de painéis solares. Nem todas as residências mostraram ter espaço
suficiente ou adequado para a instalação dos painéis, pois como viu-se na caracterização da
zona, o bairro do Casseque é um bairro em crescimento e o mesmo apresenta já alguma moradas
mais antigas, e a sua construção não possibilita a instalação devida do serviço.

Gráfico 3:Simulação da disponibilidade dos espaços nas residências

10% Zona 1
20%
Zona 2
70%

Zona 3

Fonte: (Autor,2023)

V - Variação na geração de energia: A geração de energia solar está sujeita a variações


ao longo do dia e em diferentes estações do ano. Isso pode resultar em flutuações na produção
de energia, afetando a previsibilidade e a estabilidade do fornecimento de energia para a rede
pública.

36
Figura 11: Ilustração do comportamento do sol ao longo do ano no Huambo

Fonte: http://hikersbay.com/climate/angola/huambo?lang=pt

VI - Impactos ambientais e regulamentações locais: O nosso país por não possuir


normas a 100% sobre tais sserviços, ainda não tem nenhuma restrição para a implementação
desse serviço na localização em estudo.

VII - Condições climáticas: As condições climáticas, como chuvas intensas, ou


ventos fortes, podem afetar a eficiência e a operação do sistema fotovoltaico, o que tornou-se
um grande problema para nós, nessa pesquisa, pois a proposta será para uma zona com bastante
chuva, mas conseguiu-se contornar tais dificuldades, como mostrado abaixo na proposta de
solução.

Tabela 1: Huambo Temperaturas mensais 2015 – 2023

Designção Ja Fe Ma Ab Ma Ju Jul Ag Se Ou No De

Dias de 20 18 14 18 8 0 0 0 0 0 11 23
Chuva
Fonte: http://hikersbay.com/climate/angola/huambo?lang=pt

37
Gráfico 4:Dias de chuva ao longo do ano na província do Huambo

25 23
20
20 18 18

14
15
11
10 8

5
0 0 0 0 0
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Fonte: (Autor,2023)

VIII - Manutenção e vida útil: Os sistemas fotovoltaicos requerem manutenção


regular para garantir o desempenho ideal. Além disso, eles têm uma vida útil limitada, o que
pode exigir substituições ou atualizações ao longo do tempo.

38
5 PROPOSTA DE SOLUÇÃO

A proposta deste trabalho consiste na implementação de um sistema fotovoltaico


conectado à rede elétrica para atendimento ao consumo residencial em Angola.

A utilização da energia solar fotovoltaica oferece uma alternativa sustentável e


economicamente viável, aproveitando o potencial energético solar promissor do país. Através
da instalação dos equipamentos proporcionais e da manutenção mantida do sistema, espera-se
reduzir a dependência da rede elétrica convencional e fornecer economia de energia ao
consumidor residencial.

5.1 Caracterização da localização

A província do Huambo é uma das 18 províncias de Angola e está localizada na região


central do país. Com uma rica história, paisagens diversas e uma população diversificada,
Huambo é uma das províncias mais importantes do país em termos culturais, econômicos e
políticos. A província do Huambo é conhecida por suas paisagens variadas, que vão desde
planaltos até vales e montanhas. A cidade do Huambo, também conhecida como Nova Lisboa
no passado, é a capital provincial e é o principal centro urbano da região. O Rio Okavango, um
importante curso d'água que atravessa a província, é uma fonte vital de recursos hídricos para
a população local e a agricultura.

O bairro do Casseque, localizado Município do Huambo, é uma comunidade com uma


rica história e cultura, no entanto, tem enfrentado desafios significativos ao longo dos anos. O
acesso à energia elétrica, em particular, foi um dos problemas mais prementes enfrentados pelos
moradores. Durante um período, a falta de infraestrutura elétrica adequada causou interrupções
frequentes no fornecimento de energia, impactando negativamente a qualidade de vida dos
residentes. As dificuldades no acesso à eletricidade afetaram tanto as atividades domésticas
quanto as oportunidades de desenvolvimento econômico na região.

A falta de infraestrutura adequada também contribuiu para um maior isolamento de


algumas partes do bairro, dificultando a mobilidade e a conectividade.

No entanto, ao longo do tempo, esforços têm sido feitos para enfrentar esses desafios.
O acesso à energia elétrica melhorou consideravelmente com investimentos em infraestrutura
e atualizações no sistema elétrico.

39
Características físicas: O bairro possui uma paisagem urbana com uma mistura de
estabelecimentos comerciais, residências, escolas, posto de saúde e posto policial. Suas ruas
variam de estreitas e sinuosas em áreas mais antigas a mais largas e planeadas em regiões mais
recentes, embora que não estejam em bom estado. As casas e edifícios refletem uma arquitetura
variada, com construções antigas e modernas coexistindo lado a lado. Algumas áreas do bairro
podem ter infraestrutura mais precária, enquanto outras desfrutam de melhorias recentes.

Economia: A economia do bairro é diversificada, com uma mistura de atividades


comerciais, industriais e agrícolas. Pequenos mercados e lojas locais são comuns, fornecendo
produtos e serviços para os moradores. Algumas áreas do Casseque podem ser conhecidas por
suas atividades industriais ou artesanais específicas. Além disso, a agricultura de subsistência
ainda desempenha um papel importante para alguns residentes.

Infraestrutura e serviços: Em termos de infraestrutura, o Casseque enfrenta desafios,


especialmente em áreas mais periféricas. O acesso a serviços essenciais, como água potável,
eletricidade, saneamento básico, saúde e educação, varia de acordo com a localização dentro
do bairro. Nos últimos anos, houve esforços para melhorar a infraestrutura e ampliar o acesso
aos serviços públicos.

40
6 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA CONECTADO A REDE ELÉCTRICA

Para dimensionar um sistema fotovoltaico deve-se conhecer a demanda energética do


local a ser instalado, que é possível ser encontradapor meio do consumo apontado na fatura de
energia da residência em questão. De acordo com dados disponibilizados pela Empresa de
Distribuição de Energia Eléctrica (ENDE), histórico de consumo (kWh), sendo a média do
consumo 2214,92 kWh/mês. Vale ressaltar que o consumo é referente ao ano de 2022.
Tabela 2 Irradiação solar do local.

Irradiação horizontal total Irradiação horizontal total


(kwh/m²/mês) (kwh/m²/dia)
Irradiação difusa horizontal

(kwh/m²/mês) Meses

81.06 Janeiro 171.4 5.71

74.59 Fevereiro 154.8 5.16

78.18 Março 161.5 5.38

61.05 Abril 162.6 5.42

43.98 Maio 184.1 6.13

32.80 Junho 176.4 5.88

37.03 Julho
185.4 6.18
44.51 Agosto 194.4 6.48

59.45 Setembro 181.8 6.06

76.32 Outubro 168.6 5.62

73.42 Novembro 159.6 5.32

84.72 Dezembro 162.4 5.41

747.10 Anual 2063.2 68.75

Fonte: Autor,2023.

6.1 Escolha do Módulo fotovoltaico

Para realizar os cálculos de dimensionamento deve-se atentar a escolha do módulo


fotovoltaico, logo para este dimensionamento o módulo escolhido tem potência de 325 Wp. Da
marca Canadian Solar modelo Maxpower CS6U-325P, sendo as suas especificações técnicas
dispostas na tabela 3.

41
Tabela 3 Informações do módulo.

Electrical Data | STC* CS6U-


325P
Máxima Potência (Pmax) 325 Wp
Tolerância 0% a + 5%
Tensão de Pico (Máxima 37,4 V
Potencia) (Vmpp)
Corrente de Pico (Impp) 8,96 A
Tensão em Circuito Aberto 45,8 V
(Voc)
Corrente de Curto-Circuito 9,54 A
(Isc)
Voltagem Máxima do Sistema 1000 V
Fonte: Autor, 2023.

O consumo de energia elétrica do local em que se deseja em média é de 2.214,92


kWh/mês, a partir deste valor é possível determinar o consumo diário, por meio da equação 1:

𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 (𝑘𝑤ℎ/𝑚ê𝑠)


𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖𝑎𝑟𝑖𝑜(𝑘𝑤ℎ) = Equação 1
30

2214.92 𝑘𝑤ℎ/𝑚ê𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖𝑎𝑟𝑖𝑜(𝑘𝑤ℎ) = = 73,83𝑘𝑤ℎ/𝑑𝑖𝑎
30

A partir do consumo médio diário encontra-se a potência do sistema em quilowatt pico


(kWp) que é dada pela equação 2:

𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 (𝑘𝑤ℎ/𝑑𝑖𝑎)


𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑃𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑆𝐹𝐶𝑅 (𝑘𝑊𝑝) = × 1,25 Equação 2
𝐻𝑆𝑃 𝑀é𝑑𝑖𝑜 (𝑘𝑊ℎ/𝑚².𝑑𝑖𝑎)

73,83 (𝑘𝑤ℎ/𝑑𝑖𝑎)
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑃𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑆𝐹𝐶𝑅 (𝑘𝑊𝑝) = × 1,25
4,46 (𝑘𝑊ℎ/𝑚². 𝑑𝑖𝑎)

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑃𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑆𝐹𝐶𝑅 (𝑘𝑊𝑝) =15,2 kwp

É necessário conhecer também a energia que esse sistema irá gerar diariamente
(kWh/dia) com base na sua potência de pico do sistema e Horas de sol pico por dia (HSP)
médio:

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑎 (𝑘𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎) = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑆𝐹𝐶𝑅 × 𝐻𝑆𝑃 𝑀é𝑑𝑖𝑜 Equação 3

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑎 (𝑘𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎) = 15,2𝑘𝑤𝑝 × 4,46 = 68 𝑘𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎


A partir dos cálculos de consumo e geração de energia é possível encontra quantos
módulos serão necessários para o arranjo fotovoltaico do sistema a ser instalado, para isso,
considera-se:
𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑆𝐹𝐶𝑅(𝑘𝑤𝑝)
𝑁° 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 =
𝑃𝑚𝑎𝑥(𝐾𝑤𝑝)
42
15,2 𝑘𝑤𝑝
𝑁°𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 = = 47 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
325 𝑤𝑝
Com o número de módulos, podemos calcular a área a ser ocupadas pelos mesmos
módulos, de acordo com as especificações de dimensões do módulo escolhido (Tabela 1), por
meio da equação 4:

Á𝑟𝑒𝑎 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 = (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 × 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎) × 𝑁° 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 Equação 4


Á𝑟𝑒𝑎 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 = (1960 × 992) × 47 = 91,38𝑚²
Segue-se a escolha do inversor deve-se considerar que a sua potência seja igual ou
superior a potência instalada do SFCR (potência de pico) seguindo a análise a seguir.
(VILLALVA; GAZOLI, 2012; PINHO; GALDINO, 2014):
Para atender as demandas desse sistema, escolheu-se o inversor Grid-Tie Fronius
Symo de 20,0KW, sendo as suas especificações técnicas dispostas na Tabela 4.

Tabela 4 inversor Grid-Tie Fronius Symo de 20,0KW.

ESPECIFICAÇÕES
TÉCNICAS
ENTRADA CC SAÍDA CA
Potência fotovoltaica nominal: Potência CA Nominal: 20.000W
20.000W
Oversizing máximo Potência Máxima em CA:
20.000W
Potência fotovoltaica máxima Corrente Máxima em CA: 32ª
(kWp):30
Faixa de tensão: 200-1000V Saída nominal CA: 380V (Fase-
Fase) e 220V (Fase-Neutro) -
50/60Hz
Tensão máxima (Vcc): 1000V Conexão CA: Trifásica
Tensão mínima (Vcc): 200V
Faixa de operação MPPT
utilizável: 420-800
Tensão CC nominal de entrada:
200V
Corrente CC máxima p/ cada
MPPT: 49.5/40.5ª
Número de MPPTs independentes:
02
Fonte: Minha Casa Solar (2019).

Considerando que os 47 módulos fotovoltaicos estarão dispostos em duas strings


diferentes, cada uma ligada em entradas CCs independentes.

43
6.1.1. Resultados do dimensionamento do sistema conectado à rede

Feito o dimensionamento, foram encontrados os seguintes resultados para o


dimensionamento do sistema fotovoltaico conectado a rede para consumidor residencial no
bairro do casseque 3:

Tabela 5: Resultados do dimensionamento

Consumo Mensal (kWh/mês) 2214.92 kWh/mês

Consumo Diário (kWh/dia) 73,83 kwh/dia

Potência Pico do SFCR (kWp) 15,2 kWp

Energia Diária (kWh/dia) 68 kWh/dia

Energia Mensal (kWh/mês) 2.040 kWh/mês

Energia Anual (kWh/ano) 24.480 kWh/ano

Número de Módulos 47 módulos

Área ocupada pelos Módulos 91,38 m²

Fonte:Autor, 2023.

6.1.2. String box

A String Box, como mostrado na Figura 3, é o quadro de proteção e isolamento do


sistema fotovoltaico. Possui as seguintes dimensões: 320 (largura) x 260 (altura) x 140
(profundidade) mm. Serão incorporados aos circuitos CC (Corrente Contínua) e CA (Corrente
Alternada) os dispositivos de proteção do circuito para (STRING BOX CC+CA– PHB–2
STRINGS-1000V):

Corrente Contínua (CC):

 Fusíveis;

44
 DPS (Dispositivo de Proteção Contra Surto) para proteção contra descargas
atmosféricas;
 Chave Seccionadora de corte dos módulos fotovoltaicos (1000 Vcc/ 32 A).

Corrente Alternada (CA):

 DPS (Dispositivo de Proteção Contra Surto) para


proteção contra descargas atmosféricas;
 Disjuntor Bipolar (275 Vca/ 32 A).

Figura 12:STRINGBOX CC/ CA

Fonte: PHB Solar.

6.1.3. Estrutura de suporte e fixação

A instalação será equipada com uma estrutura baseada em perfis de alumínio e hookies
de aço galvanizado para evitar corrosão por conta de intempéries. Estas estruturas de apoio para
módulos fotovoltaicos são calculadas considerando-se o peso da carga do vento para a área em
questão, e a altitude da instalação. Os pontos de fixação para o módulo fotovoltaico são
calculados para uma perfeita distribuição do peso na estrutura, seguindo todas as
recomendações do fabricante (Estruturas Metálicas para Sustentação de Módulos Fotovoltaicos
em Telhados).
45
6.1.4. Condutores

Todos os condutores serão de cobre com proteção ultravioleta, resistentes às


intempéries, e sua seção será suficiente para assegurar que a queda de tensão no cabeamento
seja inferior a 4%, conforme a norma ABNT NBR 5410. O circuito entre a série de módulos
(string) e a entrada DC do inversor, será composto por cabos solares vermelho e preto
(respectivamente positivo e negativo) com seção de 4 mm².

6.1.5. Medidor Bidirecional

O sistema de medição de energia utilizado pelo usuário será do tipo bidirecional. Em


outras palavras, este medidor instalado na caixa de medição de entrada, será capaz de registrar
o consumo e a geração de energia excedente injetada na rede. Este medidor bidirecional
certificado pelo INMETRO é fornecido e instalado pela AMPLA, mediante emissão do Parecer
de Acesso.
Todos os objetos superacitados, encontram-se devidamente explicitos no vídeo
ilustrativo da proposta.

6.1.6. Princípios de funcionamento

A energia produzida pelos módulos em corrente contínua é enviada ao inversor, ligado


ao quadro geral de distribuição elétrica ou padrão de entrada da edificação, realizando a
conversão em corrente alternada para utilização das cargas existentes e o excedente da geração
será enviado à rede elétrica da concessionária por meio do medidor bidirecional, gerando-se
créditos de energia para utilização durante à noite ou meses posteriores. O medidor bidirecional
substitui o medidor convencional, onde mede a energia que o cliente consome da rede elétrica
e também a energia gerada em excesso pelo sistema fotovoltaico injetada na rede, ou seja, mede
a entrada e a saída de energia respectivamente.

46
Figura 13:Diagrama esquemático do sistema fotovoltaico conectado à rede electrica

Fonte: (Autor,2023)

6.2 Tabela Orsamental

Tabela 6: Tabela de Orçamento

EQUIPAMENTOS/SERVIÇOS Quantidade VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL


Paineis Fotovoltaicos 47 170.000.00 7.990.000
In versor 1 900.000 900.000
Cabos (cobre) 100 m 35.000 ___________
TOTAL 8.925.000kz

Fonte: Autor, 2023.

47
7 CONCLUSÕES

O presente estudo se propôs a investigar e propor um Sistema Fotovoltaico Conectado


à Rede (SFCR) como uma alternativa viável e sustentável para atender às demandas energéticas
de consumidores residenciais em Angola. Ao longo desta pesquisa, exploramos os fundamentos
da energia solar, identificamos o potencial energético solar no país e analisamos os
componentes essenciais de um SFCR. Além disso, investigamos a microgeração e minigeração
distribuída como soluções inovadoras para a expansão da energia solar no setor residencial. A
compreensão dos diferentes tipos de painéis solares e suas características nos permitiu
selecionar tecnologias adequadas para optimizar a captura de energia solar em diferentes
cenários. Aprofundamos nossos conhecimentos sobre o funcionamento do sistema fotovoltaico
conectado à rede e seus inúmeros benefícios, como a redução do impacto ambiental e a
economia na conta de energia elétrica.

Ao analisarmos os aspectos técnicos e normativos do SFCR, destacamos a importância


de atender às regulamentações e normas estabelecidas pelas autoridades para garantir a
segurança, eficiência e confiabilidade do sistema. Reconhecemos que a busca por parcerias com
especialistas e fornecedores confiáveis é essencial para uma implementação bem-sucedida e
um funcionamento otimizado do sistema. Nossos resultados também apontam para a
necessidade de políticas governamentais consistentes e programas de incentivo para promover
o desenvolvimento sustentável e a adoção generalizada da energia solar no setor residencial. A
criação de políticas de apoio, subsídios e tarifas incentivadoras pode acelerar o crescimento do
mercado fotovoltaico, tornando-o mais acessível e atraente para os consumidores. Ademais,
enfatizamos a importância da educação e conscientização da sociedade sobre os benefícios da
energia solar e da implementação de sistemas fotovoltaicos conectados à rede. Campanhas
informativas, programas de treinamento e a disseminação de informações precisas são
essenciais para eliminar mitos e aumentar a confiança dos consumidores na tecnologia
fotovoltaica.

Em síntese, este estudo oferece uma proposta abrangente e embasada para a


implementação de um Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede para consumidores residenciais
em Angola. A convergência da energia solar com as necessidades energéticas do setor
residencial pode impulsionar o país em direção a um futuro mais sustentável, reduzindo a
dependência de fontes não renováveis e mitigando o impacto ambiental das atividades humanas.

48
Esperamos que este trabalho contribua para o avanço do conhecimento sobre energias
renováveis e estimule a implementação de projetos sustentáveis que promovam a transição
energética em direção a um futuro mais limpo e próspero para todos.

49
8 RECOMENDAÇÕES FINAIS

Ao seguir as recomendações abaixo mencionadas, os consumidores residenciais


poderão adotar uma solução ambientalmente amigável, reduzir seus custos com energia elétrica
e contribuir para a construção de uma sociedade mais sustentável.

1) Realizar uma avaliação detalhada do local de instalação: Antes de


implementar o sistema fotovoltaico, é crucial conduzir uma análise detalhada do local para
determinar a melhor orientação, inclinação e sombreamento para otimizar a captura de energia
solar.
2) Consultar profissionais especializados: Recomenda-se buscar a
orientação de profissionais especializados em energia solar e instalação de sistemas
fotovoltaicos. Especialistas podem auxiliar na escolha dos componentes adequados,
dimensionamento do sistema e garantir que todas as normas sejam cumpridas.
3) Verificar políticas de incentivo e subsídios: Em muitos países, existem
políticas de incentivo e subsídios para a implementação de sistemas fotovoltaicos, o que pode
reduzir significativamente os custos iniciais do projeto. É importante pesquisar e verificar a
existência desses programas.
4) Monitoramento e manutenção: Após a instalação do sistema, é essencial
estabelecer um plano de monitoramento e manutenção regular. Isso garantirá que o sistema
opere com eficiência ao longo do tempo e maximizará o retorno sobre o investimento.
5) Conscientização e educação: Promover a conscientização e a educação
sobre a energia solar e os benefícios dos sistemas fotovoltaicos conectados à rede é fundamental
para aumentar a adoção dessa tecnologia sustentável.

50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, P. M.; “Modelagem e Controle de Conversores Estáticos Fonte de Tensão


utilizados em Sistemas de Geração Fotovoltaicos conectados à Rede Elétrica de Distribuiçaõ ”.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Juiz de Fora, 2011.

ALVES, D. L. Apostila Geração Solar Fotovoltaica: Conceitos Básicos. Instituto Federal de


Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), 88 p., 2016. Disponível em:
https://docente.ifrn.edu.br/dennysalves/disciplinas/energia-solar-fv. Acesso em: 8 out. 2021.

Araújo, R. M., Pereira, E. B., & Filho, M. G. (2019). Análise econômica de um sistema
fotovoltaico conectado à rede para uma residência no Brasil. Revista Brasileira de Energia
Solar, 39 (2), 147-160.

ASSAIFE, B. M. “Aterramento e proteção de sistemas fotovoltaicos”. Trabalho de Conclusão


de Curso (TCC) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 2013.

Brasil. Agência Nacional de Energia Elétrica. (2019). Resolução Normativa nº 482/2012 -


Regulamenta o sistema de compensação de energia elétrica.

CC ENERGIA SOLAR. As principais vantagens do sistema fotovoltaico on-grid. Disponível


em: <URL>. Acesso em: 30 maio 2023

CC ENERGIA SOLAR. As principais vantagens do sistema fotovoltaico on-grid. Disponível


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CRESESB - CENTRO DE REFERÊNCIA PARA ENERGIA SOLAR E EÓLICA. Potencial


Solar. Disponível em: http://www.cresesb.cepel.br/index.php#data. Acesso em: 30 maio 2021.

MINISTÉRIO DE ENERGIA E ÁGUAS DE ANGOLA. Potencial energético solar em


Angola. Disponível em: http://www.minea.gov.ao. Acesso em: DD mês AAAA.

SILVA, João Rodrigues. Energia Solar Fotovoltaica: Fundamentos e Aplicações. 2ª ed. São
Paulo: Editora X, 20XX.

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Paulo: Editora X, 20XX.

URBANETZ, J.J. 2010. Sistemas Fotovoltaicos Conectados a Redes de Distribuição Urbanas:


Sua Influência na Qualidade da Energia Elétrica e Análise dos Parâmetros que Possam Afetar
a Conectividade. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis, SC. Disponível em:
https://fotovoltaica.ufsc.br/Teses/Tese_Jair_Urbanetz_Junior.pdf. Acesso: 24 de julh. de 2023.

VILLALVA, M. G.; GAZOLI, J. R. 2012. Energia Solar Fotovoltaica Conceitos e Aplicações:


Sistemas Isolados e Conectados à Rede. 1ª ed., Ed. Érica, Vol. 01. São Paulo-SP. 224p.
Disponível

WINKENERGIA. Energia solar (silício cristalino). Site 2009. Disponível em: http://www.
Winkenergia.com

51
APÊNDICE

Apêndice 1

Tem presente mais abaixo o questionário que nos guiou na elaboração desse PFC.
Qual é o seu nome?
Qual é o endereço da sua residência?
Qual é o seu e-mail de contato?
Qual é o número de telefone para contato?
Quantos moradores residem na casa?
Qual é o tipo de residência? (Casa, apartamento, sobrado, etc.)
Há quanto tempo você reside nessa residência?
Quanto você paga, em média, na sua conta de energia elétrica mensalmente?
Qual é a concessionária de energia elétrica que atende a sua região?
Você já possui conhecimento sobre sistemas fotovoltaicos? (Sim / Não)
Qual é o seu interesse em adotar um sistema fotovoltaico? (Economia de energia,
sustentabilidade, autonomia energética, etc.)
Quais são as suas expectativas em relação ao sistema fotovoltaico?
Já realizou alguma pesquisa ou consulta sobre sistemas fotovoltaicos? (Sim / Não)
Qual é o consumo médio de energia elétrica mensal da sua residência? (Em kWh)
Qual é a sua principal fonte de aquecimento de água? (Elétrico, gás, solar, etc.)
Há presença de aparelhos elétricos de alto consumo na residência? (Ar-condicionado,
aquecedor elétrico, chuveiro elétrico, etc.)
A residência possui algum tipo de sistema de aquecimento solar?
Você possui interesse em armazenar a energia excedente gerada pelo sistema fotovoltaico?
(Baterias ou sistema de compensação de energia)
Existe sombreamento significativo na área em que os painéis solares seriam instalados? (Sim /
Não)
Quais são as suas principais preocupações ou dúvidas em relação à adoção de um sistema
fotovoltaico?

52
Apêndice 2

Tabela 7: Quadro de atividades para conclusão da simulação

Duração
Etapa Descrição da Atividade Estimada

Levantamento de informações sobre sistemas


Pesquisa Preliminar fotovoltaicos e regulamentações locais 2 Semanas

Estudo do Software de Familiarização e aprendizado do software de


Simulação simulação 2 Semanas

Avaliação da viabilidade técnica e financeira do


Análise de Viabilidade projeto através de simulações 3 Semanas

Dimensionamento do sistema, seleção de


Elaboração do Projeto equipamentos e configurações para simulação 4 Semanas

Definição dos Parâmetros Definição dos parâmetros e condições iniciais para


de Simulação as simulações 2 Semanas

Simulações Realização das simulações computacionais 6 Semanas

Avaliação dos resultados obtidos nas simulações e


Análise de Resultados identificação de melhorias 3 Semanas

Documentação detalhada dos procedimentos e


Relatório de Simulação resultados das simulações 2 Semanas

Apresentação do Trabalho Preparação e apresentação do trabalho final 1 Semana

Revisões e Ajustes Revisão do trabalho e ajustes necessários 1 Semana

Fonte: Autor (2023)

53
ANEXOS

Anexos 1 Modelos de Implementação

Figura 14:Componentes de um sistema fotovoltaico

Fonte:https://www.neosolar.com.br/images/saiba-mais/energia_solar_fotovoltaica-off-grid.jpg

Figura 14 - Radiação Solar Média Mensal e Anual no Plano Inclinado na Cidade do

Huambo.

Fonte: Cressesb,CEPEL.

54
9.2 Anexos 2 Caracterização da Zona

Figura 15: Tipologia de construção do Casseque 3

Fonte: Autor (2023)

Figura 16: Modelo de Distribuição elétrica do Casseque 3

Fonte: Autor(2023)

55
Figura 17:Fatura de consumo mensal

Fonte: ENDE (2023)

56

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