Elisio Kambinda Cipriano

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DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DAS ENGENHARIAS

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA.

ELISIO KAMBINDA CIPRIANO

DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA FOTOVOLTAÍCO PARA AS


COOPERATIVAS AGRÍCOLAS NO MUNICÍPIO DA CAÁLA

CAÁLA, 2023
ELISIO KAMBINDA CIPRIANO

DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA FOTOVOLTAÍCO PARA AS


COOPERATIVAS AGRÍCOLAS NO MUNICÍPIO DA CAÁLA

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado ao


Departamento de Ensino e Investigação, das
Engenharias como requisito parcial à obtenção de
grau de Licenciatura, no Curso de Engenharia
Elétrica do Instituto Superior Politécnico da Caála.

Orientador: Pedro Quessongo

CAÁLA, 2023
AGRADECIMENTOS

É com grande honra e prazer ser formado neste Instituto Superior Politécnico da Caála

de modo particular no munícipio da Caála onde estou a frequentar o meu primeiro curso de

Engenharia Eléctrica.

Em primeiro lugar agradeço a Deus que concedeu a vida e saúde, protetor de todos

nós, agradeço os meus familiares de forma particular os meus pais (Jorge Hossi Cipriano e

Mariana Pandassala Cafumbelo), amigos, e colegas pelo apoio que têm dado do início até ao

momento presente.

Agradeço a direção da instituição e o colectivo de docentes de modo particular ao

professor Pedro Quessongo que acompanhou pacientemente dedicando-se a este projeto, de

maneiras que concluísse com êxitos.


RESUMO

O desenvolvimento socioeconómico de uma determinada região é marcada por diversas


actividades, e a agricultura constitui uma forte aposta para o seu crescimento; mas para o seu
melhor aproveitamento há necessidade de se criar meios eficientes para o exercício desta
prática. E o determinado projecto vem apresentar meios alternativos para melhor execução e
tratamento dos campos agrícolas prevendo beneficiar juntamente as comunidades adjancentes
das respectivas cooperativas, isto é por meio do desenvolvimento de sistema fotovoltaico capaz
de fornecer energia elétrica necessária para alimentar bombas hidráulicas e demais circuitos
capazes de gerar desenvolvimento para as comunidades (como circuitos de iluminação,
circuitos de tomada para alimentação de aparelhos ou máquinas elétricas que facilitam o
quotidiano do homem no exercício das suas tarefas). Apegando-se no dimensionamento parao
correto funcionamento dos dispositivos do determinado sistema. Assim sendo com o
desenvolvimento do referido sistema, apegando-se em literaturas, entrevistas por meio de
visitas, análises (socioambiental, técnica, funcional), as alterações climáticas que têm se
verificado nos últimos anos, causadas por diversas situações, provocadas pelo homem ou não,
como o efeito estufa, espera-se que não cheguem a afetar de forma significativa na produção de
bens agrícolas (alimentos, frutos), animais, etc. Garantindo assim a vida por meio da segurança
alimentar, água para o consumo e energia elétrica para maior comodidade.

Palavra chave: Sistema Fotovoltaico.


ABSTRACT

The socioeconomic development of a given region is marked by diverse activities, and


agriculture constitutes a strong bet for its growth; but for its best use there is a need to create
efficient means to carry out this practice. And the specific project presents alternative means
for better execution and treatment of agricultural fields, with the aim of benefiting the adjacent
communities of the respective cooperatives, that is, through the development of a photovoltaic
system capable of supplying electrical energy necessary to power hydraulic pumps and other
circuits capable of generate development for communities (such as lighting circuits, socket
circuits for powering appliances or electrical machines that facilitate people's daily lives when
carrying out their tasks). Sticking to the sizing for the correct functioning of the devices of the
given system.Therefore, with the development of the aforementioned system, drawing on
literature, interviews through visits, analyzes (socio-environmental, technical, functional), the
climate changes that have occurred in recent years, caused by various situations, caused by man
or No, like the greenhouse effect, it is expected that they will not significantly affect the
production of agricultural goods (food, fruits), animals, etc. Thus guaranteeing life through food
security, water for consumption and electricity for greater convenience.

Keyword: Photovoltaic System.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SF - Sistemas Fotovoltaicos

A-Si - Silício Amorfo

MINEA – Ministério da Energia e Água

IMPP -corrente no ponto de máxima potência

MPTS- Pontos de potência máxima

W- Watt

K- Kilo

CES- Circuito Elétrico Simples

HSP-Horas de sol pleno

EEL- Energia elétrica

P- Potência Eléctrio

L= Energia ativa necessária diariamente

PFV- Potência do gerador ou do painel

Eh- Energia hidráulica

HTE- haltura total equivalente

hmc-altura manométrica corrigida

Ic- Corrente do controlador

Cm- Consumo médio mensal

Pm- Potência do painel fotovoltaico

Pe= Potência nominal do equipamento

Red- factor de redução da potência dos módulos fotovoltaico


Vsist- Tensão Nominal do sistema

Im- Corrente do painel Fotovoltaico

ht-Perda de carga nas tubulações

hc- Conexões

hd- Altura Dinâmica

hr- Altura do reservatório

Qmax- quantidade máxima disponivel

Nd-Número médio de horas diária de utilização do equipamento

Dm- Número médio de dias de utilização do equipamento por mês

Lcc- Quantidade de energia consumida diariamente em corrente contínua em determinado mês


(Wh/dia)

LCA- Quantidade de energia consumida diariamente em corrente alternada em determinado


mês (Wh/dia)
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: fontes de energia não renováveis ................................................................................ 6
figura 2: fontes de energia renováveis ........................................................................................ 7
figura 3:variação da declinação solar ao longo do ano. ............................................................ 10
figura 4:representação do zénite solar e altitude solarmodificado ........................................... 11
figura 5:representação da declinação solar ............................................................................... 12
figura 6:ilustração dos ângulos aw, β e γ .................................................................................. 13
figura 7:ilustração dos ângulos α e as ....................................................................................... 13
figura 8: atlas de angola de irradiação solar ............................................................................. 14
figura 9: ilustração do efeito fotovoltaico................................................................................. 20
figura 10:célula de silício monocristalino (esquerda) e policristalino (direita) ........................ 20
figura 11: células de filme fino ................................................................................................. 21
figura 12: módulos concentradores fotovoltaicos ..................................................................... 21
figura 13: configuração básica de sistema fotovoltaico conectado à rede ................................ 22
figura 14: configuração de sistema fotovoltaico com armazenamento para carga ca .............. 23
figura 15:ilustração de um sistema híbrido com geração fotovoltaica e eólica ........................ 24
figura 16:demonstração dos diferentes conceitos ..................................................................... 25
figura 17: símbolo elétrico de um módulo fotovoltaico ........................................................... 26
figura 18:uma curva característica i*v para determinada condição operativa .......................... 26
figura 19:uma curva característica i*v para determinada condição operativa .......................... 27
figura 20:gráfico para análise do fator de forma ...................................................................... 28
figura 21:ilustração do efeito da combinação série de módulos idênticos a e b ....................... 29
figura 22:ilustração do efeito da combinação paralelo de módulos idênticos a e b ................. 29
figura 23:gráfico p x v para diferentes irradiâncias extraída à temperatura de 45 ºc ............... 30
figura 24:gráfico i x v para diferentes irradiâncias extraída à temperatura de 45 ̊ c ................ 30
figura 25:gráfico p x v para diferentes temperaturas à irradiância de 1000 w/m2 ................... 31
figura 26:gráfico i x v para diferentes temperaturas à irradiância de 1000 w/m2 .................... 31
figura 27:banco de baterias do tipo gel ..................................................................................... 34
figura 28:reguladores de carga ................................................................................................. 36
figura 29:localização elétrica dos diodos de bloqueio e fusíveis em arranjos de sf ................. 38
figura 30:sistema fotovoltaico de bombeamento de água ........................................................ 41
figura 31:exemplo de sistema de bombeamento solar .............................................................. 42
figura 32: bomba submersa....................................................................................................... 44
figura 33: bomba de superfície ................................................................................................. 44
figura 34:irradiação solar mensal diária no município da caála ............................................... 47
figura 35:mapa iterativo da província do huambo .................................................................... 48
figura 36:diagrama unifilar do projecto .................................................................................... 61
figura 37:representação em 3 dimensões .................................................................................. 61
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Cooperativas Agrícolas No Município Da Caála ..................................................... 18
Tabela 2: Estudo de Projeção da Eficiência dos Módulos para os Próximos Anos ................. 22
Tabela 3: Levantamento da Demanda da Cooperativa ............................................................. 49
Tabela 4: cálculo do consumo residencial ................................................................................ 50
Tabela 5: Consumo Diário........................................................................................................ 51
Tabela 6: Consumo Médio Mensal ........................................................................................... 52
Tabela 7:Estimativa do consumo de água ................................................................................ 56
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 1
1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................................... 2
1.1.1 JUSTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................................................... 2
1.2 OBJECTIVOS ................................................................................................................................................... 3
1.2.1. OBJECTIVO GERAL ................................................................................................................................... 3
1.2.2. OBJECTIVO ESPECÍFICOS ........................................................................................................................ 3
1.3. CONTRIBUIÇÃO DO PROJECTO FINAL DE CURSO ............................................................................... 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................................................... 5
2.1 FONTES DE ENERGIA ................................................................................................................................... 5
2.2 TIPOS DE ENERGIA ....................................................................................................................................... 5
2.2.1 ENERGIAS NÃO RENOVÁVEIS ................................................................................................................ 5
2.2.2 ENERGIAS RENOVÁVEIS .......................................................................................................................... 6
2.3 O SOL COMO FONTE DE ENERGIA ............................................................................................................ 7
2.3.1 BREVE HISTÓRICO ..................................................................................................................................... 8
2.3.2 RECURSO SOLAR........................................................................................................................................ 8
2.3.7 ÂNGULOS ................................................................................................................................................... 12
2.3.8 RADIAÇÃO SOLAR DE ANGOLA ........................................................................................................... 13
2.3.9 ELECTRIFICAÇÃO RURAL E ENERGIA SOLAR .................................................................................. 15
2.4 A AGRICULTURA......................................................................................................................................... 16
2.4.1 EFEITOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS RENDIMENTOS ...................................................... 16
2.4.2 AGRICULTURA E A DEPENDÊNCIA ENERGÉTICA ........................................................................... 16
2.5 FAZENDAS .................................................................................................................................................... 17
2.6 COOPERATIVAS AGRÍCOLAS ................................................................................................................... 17
2.7 EFEITO FOTOVOLTAICO............................................................................................................................ 19
2.8 CLASSIFICAÇÃO DAS CÉLULAS FOTOVOLTAICAS ............................................................................ 20
2.8.1 SILÍCIO CRISTALINO ............................................................................................................................... 20
2.8.2 FILMES FINOS ........................................................................................................................................... 21
2.9 CONCENTRADOR FOTOVOLTAICO......................................................................................................... 21
2.10 CONFIGURAÇÕES BÁSICAS .................................................................................................................... 22
2.11 COMPONENTES DE SISTEMA FOTOVOLTAICO .................................................................................. 24
2.11.1 MÓDULOS FOTOVOLTAICOS .............................................................................................................. 24
2.11.2 DEMONSTRAÇÃO DOS DIFERENTES CONCEITOS .......................................................................... 26
2.11.3 INVERSOR ................................................................................................................................................ 31
2.11.4 BATERIAS ................................................................................................................................................ 33
2.11.5 REGULADORES/CONTROLADOR DE CARGA................................................................................... 35
2.11.6 DIODO DE BLOQUEIO............................................................................................................................ 36
2.11.7 DISSIPADOR DE CALOR ........................................................................................................................ 37
2.11.8 FUSÍVEIS DE FILEIRA (CORRENTE CONTÍNUA) .............................................................................. 37
2.11.9 DISJUNTORES .......................................................................................................................................... 38
2.11.10 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DE SURTOS (DPS) .......................................................................... 38
2.11.11 IMPACTOS AMBIENTAIS .................................................................................................................... 39
2.12 IRRIGAÇÃO ................................................................................................................................................. 40
2.12 SISTEMAS DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA........................................................................................... 40
2.13 TIPOS DE MOTOBOMBAS ........................................................................................................................ 42
3. PROCEDIMENTOS METÓDOLOGICOS ...................................................................................................... 45
4 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAÍCO ............................................................................ 47
5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO PROJECTO ................................................................................... 61
6 AVALIAÇÃO ECONÓMICA ........................................................................................................................... 62
7 DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ....................................................................................... 63
8 CONCLUSÕES .................................................................................................................................................. 64
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................... 65
APÊNDICES ......................................................................................................................................................... 67
ANEXOS ............................................................................................................................................................... 69
1. INTRODUÇÃO

A energia elétrica é uma das formas de energia que a humanidade mais utiliza na
atualidade, sendo indispensável para a sociedade, exercendo um papel fundamental para o
desenvolvimento econômico de um país. Diante disso, existe uma relação quase que linear entre
crescimento econômico e aumento de consumo de energia elétrica de um país, principalmente
para países desenvolvidos onde a distribuição de renda é menos desigual. (Santana, 2014, P.1).

Por isso torna-se indispensável o estudo e do correcto uso dos recursos naturais ligado
ao conceito de sustentabilidade que têm ganhado espaço principalmente no âmbito de geração
de energia elétrica com as chamadas fontes renováveis como uma forma de produção de energia
com menos impacto ambiental, social e cultural. Como: energia eólica (proveniente do vento),
energia hidráulica (proveniente das águas dos rios), energia maremotriz (proveniente dos mares
e oceanos), energia solar (proveniente do sol) que será abordado neste trabalho. E ainda existem
outras fontes de energia renováveis. (Santana, 2014, P.1).

A energia solar constitui uma forte aposta no nosso país, visto que Angola é um país
que beneficia da irradiação solar, ao longo de todo o território, durante quase todo o ano.

Pela facilidade de instalação dos sistemas fotovoltaicos e quanto a escolha das suas
configurações, pode-se instalar em localidades distantes dos centros urbanos (zonas rurais).
Pois muitas dessas populações estão localizadas sobre reservatórios de água de alta qualidade,
situados nos lençóis subterrâneos. A falta de conhecimentos e de recursos financeiros, aliada,
muitas vezes, à falta de energia, dificulta o acesso das mesmas a essa água, e os diversos
benefícios que a energia elétrica proporciona. (MINEA).

O uso de sistemas de bombeamento acionados com módulos fotovoltaicos é, hoje, uma


realidade. Existem milhares de sistemas em funcionamento nas mais remotas regiões do mundo.
Esses sistemas são eficientes, confiáveis, necessitam de pouca manutenção e resolveram o
problema de abastecimento de água dessas comunidades com um custo relativamente baixo.
(MINEA).

1
1.1. Descrição Da Situação Do Problema

A não maxificação da rede de distribuição de energia elétrica em Angola e as


constantes mudanças climáticas resultantes em seca, têm dificultado o quotidiano da população,
sobretudo na realização das suas actividades; e indiferentemente aos centros de produção
agrícolas, de forma substancial aos centros localizados na província do Huambo concretamente
no município da Caála, onde existe uma grande parte da população caracterizada pela prática
do cultivo como suas fontes de sustento. Resultando assim em fome, desespero, irrentabilidade.
Constituindo assim um problema de investigação identificado.

1.1.1 Justificação Do Problema

Em função do problema de investigação apresentado, torna-se indispensável


apresentar os mecanismos de resolução do seguinte modo:

Tendo em conta a grande importância que a chuva oferece ao desenvolvimento


agrícola, garantindo a qualidade no seu processo de formação e no resultado dos seus seus
produtos, a excasses desse bem (água) por meio da chuva, pode resultar em meios alternativos
para garantia de produtividade pois o sucesso da colheita depende da quantidade e qualidade de
água disponível para regar a plantação. Daí a importância de se desenvolver alternativas de
irrigação, visto que as chuvas acontecem de forma imprevisível e em apenas alguns períodos
do ano, e as plantas não esperam se a chuva demora cair, podendo morrer por falta de água.

E o desenvolvimento de um sistema fotovoltaico pode ser levada como uma forma de


combate a seca e garantia de continuidade de irrigação através de bombas hidráulicas, com
painéis com capacidade de pelo menos 16 kWp. Aumentando assim a produtividade, a
possibilidade de se plantar em períodos do ano em que não há ocorrência de chuvas e permitindo
ainda o fornecimento de energia elétrica as residências adjacentes as respectivas cooperativas,
garantindo maior comodidade aos respectivos residentes por meio dos benefícios da energia
elétrica.

2
1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral

O presente projecto final de curso tem como objectivo geral desenvolver um sistema
fotovoltaico de 16 kWp, para auxiliar as cooperativas agrícolas no município da Caála, na sua
produção.

1.2.2. Objectivo Específicos

1) Apresentar de forma teórica descrições acerca dos sistemas fotovoltaicos


e seu aproveitamento.
2) Dimensionar o sistema fotovoltaico para cooperativas agrícolas;
3) Desenvolver sistemas apropriados de irrigação nas respectivas
correspondentes agrícolas por meio de eletrobombas;
4) Distribuição de energia elétrica a população residente ao redor das
cooperativas.
5) Apresentar o seu respectivo funcionamento de forma simulada por meio
de soft wares como ETAP e PVsyst.

3
1.3. Contribuição Do Projecto Final De Curso

Pela importância que a chuva oferece ao desenvolvimento agrícola, garantindo a


qualidade no seu processo de formação e no resultado dos seus seus produtos, a excasses desse
bem (água) por meio da chuva, pode resultar em meios alternativos para garantia de
produtividade pois o sucesso da colheita depende da quantidade e qualidade de água disponível
para regar a plantação. Daí a importância de se desenvolver alternativas de irrigação, visto que
as chuvas acontecem de forma imprevisível e em apenas alguns períodos do ano, e as plantas
não esperam se a chuva demora cair, podendo morrer por falta de água.

E o devido projeto vem contribuir para o desenvolvimento das comunidades agrícolas


(cooperativas) e não só, por meio de sistemas fotovoltaicos capazes de ajudar no combate a
seca e garantia de continuidade de produção através de bombas hidráulicas capazes de serem
alimentadas pelos mesmos painéis com capacidade de pelo menos 16 kW. Aumentando assim
a produtividade e a possibilidade de se plantar em períodos do ano em que não há ocorrência
de chuvas. E permitindo ainda o fornecimento de energia elétrica as residências adjacentes as
respectivas cooperativas, garantindo maior comodidade aos respectivos residentes.

4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Fontes De Energia

A energia sempre teve um papel indispensável como base para o desenvolvimento do


ser humano, mesmo na forma mais elementar da utilização da biomassa, quando os ancestrais
descobriram o fogo. Embora seja clara a crescente dependência mundial de energia, seja por
convenções políticas ou necessidades económicas, o cenário mundial aponta para a necessidade
da adesão a fontes alternativas da geração de energia em contraponto à crise do petróleo e
problemas climáticos. Isto se deve ao fato dessas fontes apresentarem índice de degradação
ambiental considerado baixo, em relação às fontes mais utilizadas. (BIAZOTI, 2020, P.5

O intensivo uso de energia proveniente de combustíveis fósseis tem sido apontado


como a principal causa do efeito estufa e, consequentemente, pela elevação na temperatura do
planeta terra. Especialistas comprovam por um lado que os altos níveis de gás carbônico
presentes na atmosfera aumentaram a uma taxa elevada, por outro que as reservas de
combustíveis fósseis estão a diminuir. Para tentar diminuir essas emissões têm surgido diversas
alternativas de geração de energia limpa e renovável. Percebe-se, deste modo, que o
esgotamento de recursos essenciais para as atividades humanas, está cada vez mais próximo,
deste modo deve-se adotar políticas e atitudes mais sustentáveis. Gore (2006, Citado por
BIATOZI, 2020).

2.2 Tipos De Energia

2.2.1 Energias Não Renováveis


As energias não renováveis são caraterizadas pelo facto de quando se esgotam não
podem ser regeneradas, num curto espaço de tempo, incluindo-se as energias provenientes de
combustíveis fósseis e nucleares; (BIAZOTI, 2020, P.6).

Dois exemplos de turbinas que utilizam fontes não renováveis, são as térmicas e as
nucleares:
1) Turbinas térmicas podem ser instaladas em regiões próximas de
consumo para reduzir o custo com torres e linhas de transmissão, a operação com elevada
segurança e disponibilidade, menor tempo de construção e baixo custo por kW, além da
flexibilidade no acompanhamento da carga instalado o que favorece na redução de riscos e uma
grande competitividade no mercado caracterizadas. Sousa (2009, apud BIATOZI, 2020, p.6-
61).
5
2) Turbinas nucleares podem ser consideradas como as usinas mais
perigosas que existe sendo, por essa razão, motivo de discussão em qualquer lugar do planeta,
pois se ocorrer algum processo fora do planeado, as causas para os seres humanos e o ambiente
serão desastrosas. O descarte do material radioativo utilizado na produção energética também
gera problemas ao meio ambiente, sendo o custo dessa geração também demasiado alto.
Patterson (2007, citado por BIATOZI, 2020, p.6-61).

F IGURA 1: FONTES DE ENERGIA NÃO RENOVÁVEIS

Fonte: Google

2.2.2 Energias Renováveis


As energias renováveis são caraterizadas pelo facto de quando se esgotam podem ser
regeneradas, num curto espaço de tempo, incluindo-se à essas energias, temos a energia eólica
(utiliza energia dos ventos para girar um aero gerador), a hidroelétrica (proveniente do
armazenamento de água, usando sua energia potencial para movimentar turbinas), geotérmica
(obtida pelo calor do interior do planeta), ondomotriz (aproveitamento das ondas oceânicas), a
maremotriz (obtida energia pelas alterações das marés) e a biomassa (capaz de gerar energia
através de plantas e animais) e solar. (BIAZOTI, 2020, P.6).

Apesar dessas fontes apresentarem variações de geração durante o dia, mês, ano, isso
não se torna uma desvantagem significativa para a escolha dessas tecnologias (Pacheco, 2006).
Como essas fontes emitem gases de efeito estufa em quantidade bem menor quando comparada
às energias não renováveis, estas estão conseguindo uma boa inserção no mercado Mundial e
Brasileiro (Tolmasquim, Guerreiro, & Gorini, 2007). (Tolmasquim, Guerreiro e Gorini 2007,
citado por BIATOZI, 2020, p.6-61).

Angola aposta nas novas energias renováveis para levar mais e melhor energia aos
nossos cidadãos. Comprometidos com metas, mas acima de tudo com a vontade de criar as
6
condições necessárias – legislativas, regulatórias, de incentivo, financiamento, informação e
capacitação - para que o investimento público e privado nas novas energias renováveis de
Angola possa ser uma realidade a curto prazo.

F IGURA 2: FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS

Fonte: Google

2.3 O Sol Como Fonte De Energia

O Sol tem importância vital para os seres vivos, pois como fonte de calor é essencial
para a fotossíntese, processo pelo qual os vegetais transformam gás carbônico, água e calor em
glicose, que é absorvida por eles e a partir disso liberam oxigênio que é indispensável para a
sobrevivência da humanidade e dos animais. (Santana, 2014, P.6).

O planeta terra que recebe anualmente cerca de 1,5 x 1018 kWh de energia solar, o que
corresponde a 10.000 vezes o consumo mundial de energia para esse mesmo período, ou seja,
seria necessário utilizar apenas 0,01% desse recurso para atender a demanda global total de
energia, sem contabilizar, é claro, os impactos do uso dessa tecnologia. (Santana, 2014, P.6).

Essa mesma energia produzida pelo Sol anualmente corresponde aproximadamente a


queima de 2 x 1020 galões de gasolina e mais de 10 milhões de vezes a produção anual de
petróleo da terra. Também produziria na ordem de grandeza de cerca de 10 bilhões de vezes a
energia produzida pela hidrelétrica de Itaipu. (Santana, 2014, P.6).

O sol pode fornecer energia na forma de radiação e calor: a primeira através de Sistema
Fotovoltaico e a segunda por meio de Sistema Termosolar. Estas duas formas de energia são

7
capazes de produzir eletricidade, além do sistema de aquecimento de água chamada Solar-
Térmico. (SANTANA, 2014, P.6).

2.3.1 Breve Histórico


O aproveitamento da energia solar para produção direta de eletricidade teve início há
pouco mais de 160 anos quando, em 1839, o cientista francês Edmond Becquerel descobriu o
efeito fotovoltaico ao observar, em um experimento com uma célula eletrolítica (dois eletrodos
metálicos dispostos em uma solução condutora), que a geração de eletricidade aumentava
quando a célula era exposta à luz. A partir daí, foram estudados os comportamentos de diversos
materiais expostos à luz até que, no ano de 1954, Daryl Chapin, Calvin Fuller e Gerald Pearson
desenvolveram a primeira célula fotovoltaica de silício, com eficiência de 6%, capaz de
converter energia solar em eletricidade suficiente para alimentar equipamentos elétricos. No
ano de 1958, iniciou-se a utilização de células fotovoltaicas em aplicações espaciais e até hoje
essa fonte é reconhecida como a mais adequada para essas aplicações. (PINHO, 2014, p.37).

2.3.2 Recurso Solar

A energia solar representa a fonte permanente de energia mais abundante no planeta.


A energia solar intercetada pelo planeta anualmente é cerca de cinco mil vezes superior à soma
de todas as outras energias (energia nuclear terrestre, geotermal, gravitacional, etc). Da energia
solar extraterrestre – sob a forma de radiação – apenas um terço corresponde ao total da radiação
solar terrestre, sendo que dessa porção 70% incide nos oceanos. No entanto, os restantes 30%
que incidem em solo terrestre correspondem a uma quantidade de energia significativa.

2.3.4 Radiação E Distribuição Terrestre

Radiação é o efeito da propagação de energia sem que haja necessidade de um meio


material para que isso ocorra.

Irradiância é a quantidade de radiação instantânea ou mensurada por um curto tempo.

Irradiação é o acúmulo de irradiância por um determinado intervalo de tempo.

Em muitas literaturas, é comum o uso dos termos radiação e irradiação para designar
o mesmo significado. Neste trabalho serão utilizados os termos adequados.

8
A intensidade de radiação solar fora da atmosfera depende da distância entre o Sol e a
Terra durante o decorrer do ano que pode varia entre 1,47 × 108 Km (Periélio) e 𝟏, 𝟓𝟐 × 𝟏𝟎𝟖
Km (Afélio). Devido a este fato, a irradiação varia entre 𝟏. 𝟑𝟐𝟓𝑾/𝐦𝟐 e 𝟏. 𝟒𝟏𝟐𝑾/𝐦𝟐 . O
valor médio é designado por uma constante solar, 𝑬𝑶 = 𝟏. 𝟑𝟔𝟕𝑾/𝐦𝟐 , segundo dados recentes
da WMO (World Meterological Organizacionation).

2.3.5 Componentes De Radiação Solar

A luz solar que atinge a superfície terrestre é composto por uma componente direta,
difusa e devido ao albedo terrestre. A radiação direta vem, segundo a direção do sol, produzindo
sombras bem definidas em qualquer objeto. Já a radiação difusa, corresponde à parte da
radiação que sofreu, durante o percurso, diversos processos de difusão e reflexão suspensas na
atmosfera, o que acontece predominantemente em dias nublados. E por fim, a radiação devido
ao albedo terrestre, que corresponde à radiação refletida pela terra. (SANTANA, 2014, P.8).

As componentes de radiação se distribuem da seguinte forma:

Quando incidente num qualquer recetor, a radiação solar pode ser dividida em três
principais componentes (Pereira e Oliveira, 2011, citado por OVELHA,p.6):

1) Radiação Direta: representa todos os raios solares que são recebidos pelo
recetor quando em linha reta com sol, ou seja, a que incide diretamente na
superfície. (OVELHA,p.6).
2) Radiação Difusa: diz respeito à luz solar recebida de forma indireta, ou seja,
que é proveniente da difração nas nuvens, nevoeiro, poeiras suspensas na
atmosfera, assim como de outros obstáculos atmosféricos. (OVELHA,p.6).

3) Radiação Refletida no Albedo: refere-se à radiação que é proveniente do solo


e com origem na reflexão da radiação incidente em nuvens e na superfície
terrestre. O termo albedo traduz-se como a razão entre a radiação refletida e a
incidente. (OVELHA,p.6).
Para além das componentes anteriormente referidas, pode ainda definir-se a radiação
de duas formas:

9
Radiação Solar Global ou (Horizontal) é composta por componentes direta e difusa
recebidas em superfície plana horizontal. (SANTANA, 2014, P.8).

Radiação Solar Total (ou Inclinada) é composta por componentes direta, difusa e de
albedo, recebidas em uma superfície plana com inclinação qualquer. (SANTANA, 2014, P.8).

2.3.6 Geometria Da Terra E Do Sol

A quantidade de radiação solar intercetada pela terra varia ao longo do ano, uma vez
que a distância entre a terra e o sol varia ao longo do ano, à medida que o planeta orbita a estrela,
sendo essa distância média sol-terra cerca de 1.496 × 1011 m. (Goswami, 2015, citado por
OVELHA, 2017, p.6)

Dada esta variabilidade, de forma a calcular corretamente a radiação insolar incidente


em qualquer superfície, torna-se necessário definir a localização exata do sol relativamente a
essa mesma superfície. Assim, pode definir-se, primeiramente, a declinação solar, 𝛿𝑠. Esta
representa o ângulo entre a linha sol-terra (através dos seus centros) e o plano do equador. A
declinação varia entre -23.45º e +23.45º (nos solstícios de inverno e verão, respetivamente),
sendo este valor 23.45º correspondente à inclinação da terra em relação a um eixo vertical,
associado à sua rotação diária. Para além disso, nos equinócios de primavera e de outono (21
de março e 21 de outubro, respetivamente), considera-se que 𝛿𝑠=0°. (Tidwell e Weir, 2016
citado por OVELHA, 2017, p.7).

F IGURA 3:VARIAÇÃO DA DECLINAÇÃO SOLAR AO LONGO DO ANO .

Fonte: Ovelha

10
A declinação corresponde, assim, ao valor associado à latitude a qual a radiação solar
incide diretamente segundo um eixo vertical ao meio dia solar para certo dia.

360×(284+𝑛)
𝛿𝑠(°)= 23.45°sin[ ]
365

onde n corresponde ao dia do ano, começando em n = 1 (1 de Janeiro) e acabando em


365.

De forma a determinar a radiação e produção de energia associada a instalações solares


em dada localização, é necessário determinar a posição exata do sol em relação a esse local. É,
então, conveniente assumir que a Terra se encontra fixa e descrever o movimento aparente do
sol num sistema de coordenadas terrestres e com a sua origem no local de interesse. (Goswami,
2015).

A posição aparente do sol pode ser descrita por dois ângulos: a altitude solar e o
azimute solar. A altitude solar, 𝛼, é o ângulo entre uma linha colinear com os raios solares e o
plano horizontal. O azimute solar, 𝑎𝑠, é o ângulo entre a direção Sul e a projeção da linha Sol-
Terra sobre a horizontal. Por convenção, o ângulo azimute assume valores negativos a este da
direção Sul e valores positivos a oeste, ou seja: 𝑎𝑠=0, em sul e varia entre os valores -90º e +90º
entre este e oeste, respetivamente. (Goswami, 2015)

O angulo zénite solar, z, é o ângulo formado entre o plano vertical e linha do sol e pode
ser calculado de acordo com a equação:

𝑧 (°)=90°− 𝛼

Figura 4:Representação do Zénite Solar e Altitude Solarmodificado

Fonte: OVELHA

11
2.3.7 Ângulos

O planeta terra, em seu movimento anual em torno do Sol, descreve em trajetória


elíptica um plano que é inclinado de aproximadamente 23,5° com relação ao plano equatorial.
A posição angular do Sol, ao meio dia solar, em relação ao plano do Equador (Norte positivo),
é chamada de declinação solar (δ) que varia de acordo com os seguintes limites: -23,5° ≤ δ ≤
23,5°. A declinação solar é representada pela figura 5.
F IGURA 5:REPRESENTAÇÃO DA DECLINAÇÃO S OLAR

Fonte:SANTANA (2014, p.9)

A soma da declinação solar com a latitude local determina a trajetória do movimento


aparente do Sol para um determinado dia em uma dada localidade na terra.

As relações geométricas entre os raios solares, que variam de acordo com o movimento
aparente do Sol, e a superfície terrestre, são descritas de vários ângulos que são definidos a
seguir:

Ângulo de incidência (γ): ângulo formado entre os raios do Sol e a normal de


superfície de captação.

Ângulo Azimutal da Superfície (aW): ângulo entre a projeção da normal à superfície


no plano horizontal e a direção Norte-Sul. O deslocamento angular tomado a partir do Norte
(projeção a direita do Norte) – 180° ≤ aW ≤ 180° (projeção a esquerda do Norte).

12
Ângulo Azimutal do Sol (aS): ângulo entre a projeção do raio solar no plano
horizontal e a direção Norte- Sul. Obedecendo a mesma convenção acima.

Altura Solar (α): ângulo compreendido entre o raio solar e a projeção do mesmo sobre
um plano horizontal.

Inclinação (β): ângulo entre o plano da superfície em questão e a horizontal.

Ângulo Horário do Sol ou Hora Angular (ω): deslocamento angular Leste-Oeste do


Sol, a partir do meridiano local e devido ao movimento de rotação da Terra. Assim, cada hora
corresponde a um deslocamento de 15º. Adota-se, como convenção, valores positivos na parte
da manhã, ao meio dia ω = 0 e valores negativos à tarde.

Ângulo Zenital (θz): ângulo formado entre os raios solares e a vertical (Zênite).

Alguns destes ângulos são representados nas figuras seguintes:

F IGURA 7:I LUSTRAÇÃO DOS ÂNGULOS Α E AS F IGURA 6:I LUSTRAÇÃO DOS ÂNGULOS AW, Β E Γ

Fonte: SANTANA (2014, p. 10) Fonte: SANTANA (2014, p.10)

2.3.8 Radiação Solar De Angola

Angola tem um elevado potencial de recurso solar, com uma irradiação global em
plano horizontal anual média compreendida entre 1.370 e os 2.100𝐾𝑤ℎ ∕ 𝑚2. Este é o maior
recurso renovável do país e o mais uniformemente distribuído e em que as variações numa
escala de dezenas a centenas de quilómetros não são assinaláveis, exceptuando algumas
situações pontuais como sítios junto à costa ou rios onde exista nevoeiro frequente, ou locais
altos próximos que provoquem sombreamentos significativos. (MINEA, 2015 P.36).
13
Este é o maior recurso renovável do país e o mais uniformemente distribuído e em que
as variações numa escala de dezenas a centenas de quilómetros não são assinaláveis,
exceptuando algumas situações pontuais como sítios junto à costa ou rios onde exista nevoeiro
frequente, ou locais altos próximos que provoquem sombreamentos significativos. A
variabilidade regional do recurso também é suficientemente conhecida, com por exemplo as
províncias do centro e sul de Angola tendo uma maior irradiação solar, conforme se pode
observar na figura seguinte. É o recurso mais fiável e constante ao longo do ano.
F IGURA 8: ATLAS DE ANGOLA D E I RRADIAÇÃO S OLAR

Fonte: MINEA (2015, P.37)

A energia solar constitui uma forte aposta, visto que Angola é um país que beneficia
da irradiação solar, ao longo de todo o território, durante quase todo o ano. A experiência e
sucesso do programa Aldeia Solar permite-nos estabelecer uma nova ambição: chegar a todas
as sedes de comuna que ficarão fora da rede até 2025. A maior irradiação no centro e sul do
país e os menores custos permitem ambicionar também projectos de maior dimensão que
alavanquem a construção de fábricas e soluções para levar a energia a partir do sol às zonas
rurais de Angola. (MINEA, 2015 P.3).

A tecnologia mais adequada para aproveitar o recurso solar em Angola é a produção


de electricidade através de sistemas fotovoltaicos, que podem variar desde sistemas individuais
de pequena escala, normalmente associados a baterias, a aplicações de média e grande escala
14
ligadas à rede. É a tecnologia de mais rápida instalação (prazos inferiores a 1 ano) e menor
custo de manutenção. (MINEA, 2015 P.3).
Acresce à produção de electricidade, um conjunto vasto de potencialidades e
aplicações da energia solar:

1) Aquecedores de ar e água solares para uso doméstico, comerciale


industrial.
2) Secadores solares para secagem, entre outros alimentos, de grãos, peixe,
frutos.
3) Sistemas associados a bombas de água para irrigação.
4) Construção de edifícios residenciais, comerciais e industriais tendo em
conta a energia solar passiva para minimizar o consumo de energia térmica.
5) Fogões solares como alternativa aos fogareiros a lenha nas zonas rurais.
6) Destiladores solares para obtenção de água potável a partir de água com
alto teor salino, com menor interesse para Angola.
7) Produção de frio para conservação de alimentos.

A energia solar fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta


da luz em eletricidade por meio do efeito fotovoltaico. A célula fotovoltaica é um dispositivo
fabricado com material semicondutor, é a unidade fundamental desse processo de conversão
energia.

2.3.9 Electrificação Rural E Energia Solar

As energias renováveis (como a energia solar) podem em muitos casos representar um


enorme papel na electrificação rural e na provisão de serviços básicos, essenciais para o
desenvolvimento socioeconómico de regiões isoladas. Como fazendas agrícolas que
normalmente encontram-se distantes em relação aos centros das cidades. (MINEA, 2015).
A energia solar assume-se como a fonte renovável mais abrangente, flexível e ajustada
quer para abastecer pequenas redes locais – com baterias ou em articulação com pequenos
geradores - , quer para sistemas individuais.

15
2.4 A Agricultura

A agricultura é uma prática econômica que consiste no uso dos solos para cultivo de
vegetais a fim de garantir a subsistência alimentar do ser humano, bem como produzir matérias-
primas que são transformadas em produtos secundários em outros campos da atividade
econômica. Trata-se de uma das formas principais de transformação do espaço geográfico,
sendo uma das mais antigas práticas realizadas na história. (wikipédia).

2.4.1 Efeitos Das Mudanças Climáticas Nos Rendimentos

As mudanças climáticas e a agricultura estão inter-relacionadas em escala global. O


aquecimento global afeta a agricultura por meio de mudanças nas temperaturas médias, chuvas
e extremos climáticos (como tempestades e ondas de calor); mudanças em pragas e doenças;
mudanças nas concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e ozônio troposférico ;
alterações na qualidade nutricional de alguns alimentos; e mudanças no nível do mar. O
aquecimento global já está afetando a agricultura, com efeitos distribuídos de forma desigual
pelo mundo. As mudanças climáticas futuras provavelmente afetarão negativamente a produção
agrícola em países de baixa latitude, enquanto os efeitos nas latitudes do norte podem ser
positivos ou negativos. O aquecimento global provavelmente aumentará o risco de insegurança
alimentar para alguns grupos vulneráveis, como os pobres. (Wikipédia).

2.4.2 AGRICULTURA E A DEPENDÊNCIA ENERGÉTICA

Desde a década de 1940, a produtividade agrícola aumentou dramaticamente, em


grande parte devido ao aumento do uso de mecanização intensiva em
energia, fertilizantes e pesticidas. A grande maioria dessa entrada de energia vem de fontes
de combustíveis fósseis. Entre as décadas de 1960 e 1980, a Revolução Verde transformou a
agricultura em todo o mundo, com a produção mundial de grãos aumentando significativamente
(entre 70% e 390% para trigo e 60% a 150% para arroz, dependendo da área
geográfica). conforme a população mundial dobrava de tamanho. A forte dependência de
produtos petroquímicos levantou preocupações de que a escassez de petróleo poderia aumentar
os custos e reduzir a produção agrícola. (Wikipédia).

A agricultura industrial depende dos combustíveis fósseis de duas maneiras


fundamentais: consumo direto na fazenda e fabricação de insumos utilizados na fazenda. O
consumo direto inclui o uso de lubrificantes e combustíveis para operar veículos e máquinas
16
agrícolas. O consumo indireto inclui a fabricação de fertilizantes, pesticidas e máquinas
agrícolas.

2.5 Fazendas

Uma fazenda é uma propriedade rural, que pode ser dado como um lugar, espaço, ou
sítio; geralmente composta por um imóvel e um terreno destinado à prática da agricultura e/ou
da pecuária.

Fazendas podem ser dirigidas por simples indivíduos, famílias, comunidades,


corporações ou companhias. Uma fazenda pode ser constituída por desde uma fração
de hectare até milhares de hectares. (Wikipédia).

2.6 Cooperativas Agrícolas

Com a tendência atual das grandes empresas e os mercados competitivos, o


pequeno produtor rural enfrenta uma série de dificuldades na hora de comercializar seus
produtos. É por isso que nascem as cooperativas agrícolas. Elas são soci edades de
agricultores que têm como objetivo dividir igualmente os lucros e as responsabilidades.
A importância das cooperativas agrícolas é que têm como pilar fundamental o
cooperativismo, esta associação busca ajudar em todo o processo de produção para a ssim
favorecer o crescimento do negócio. Embora tenha algumas desvantagens, estas
organizações se caracterizam pelas suas vantagens já que se focalizam nas necessidades
dos participantes.(Wikipédia).

Em outras palavras, há muitas razões pelas quais os agricultores se unem nas


cooperativas agrícolas:

Melhor acesso aos mercados e suprimentos; Custo geral de produção menor;

Mitigação dos riscos; Sistema de gestão democrático

Sendo dos principais benefícios que os membros das cooperativas agrícolas procuram.
O único inconveniente de ser proprietário de uma cooperativa agrícola é compartilhar a
responsabilidade econômica.

17
2.6.1 Cooperativas Agrícolas No Município Da Caála
Caála é um município situado na província do Huambo, onde o fomento a agricultura
é bastante notório, tendo como maiores produtos de produção: feijão, batata rena e batata doce;
e o seu escoamento na sua maioria são feitos nas províncias de Benguela e Luanda.

E os seus maiores produtos são produzidos pelas respectivas cooperativas agrícolas


que constituem o sector agrícola deste município como:

T ABELA 1: C OOPERATIVAS AGRÍCOLAS N O M UNICÍPIO D A C AÁLA

Cooperativas Agrícolas (Caála)


Nome Localização
Cooperativa Kwatoko Aldeia de Kalenguele
Cooperativa Essivayo Aldeia de Lundandi Km 25
Cooperativa Muenho Wiyako Aldeia de Ngumbe Galileia
Cooperativa Tchissola Bairro Cemitério
Cooperativa Tchiquelengue Cantão Paula
Cooperativa Mangumbala Bairro Mangumbala
CooperativaLongueve Caiangala Aldeia Longueve
Cooperativa Bem Vindo a Caála Aldeia Vicassa
Cooperativa Progresso Sede Caála
Cooperativa Tchapesseka Aldeia Bumba Flor
Cooperativa Mama Mama
Cooperativa Ndongua Ndongua
Cooperativa Cassoco Cassoco
Cooperativa Ndanka Yessunga Cipiti
Cooperativa Tulupukila Catelenga Velha
Cooperativa Cayambo Km 25
Cooperativa Tuafetika Compão
Cooperativa Huambo Calunga Sede Caála
Cooperativa Joaquim Capango Sede Caála
Cooperativa Visseque Visseque
Cooperativa Chandenda Chandenda
Fonte: Administração Municipal da Caála (2023)

18
2.7 Efeito Fotovoltaico

Existem na natureza materiais classificados como semicondutores, que se caracterizam


por possuírem uma banda de valência totalmente preenchida por elétrons e uma banda de
condução totalmente “vazia” a temperaturas muito baixas.

O semicondutor mais usado é o Silício. Seus átomos formam uma rede cristalina,
formando quatro elétrons de ligação que se ligam aos vizinhos. Ao se adicionar átomo de
fósforo (dopante n), que é um átomo com cinco elétrons de ligação, haverá um elétron em
excesso e então, este fica “sobrando” e sua ligação com o átomo de origem, se torna fraca. Com
pouca energia térmica, este elétron se torna livre, indo para a banda de condução. (SANTANA,
2214, p.11).
Quando o semicondutor é dopado com boro, que é um átomo com três elétrons de
ligação, haverá falta de um eletrão para satisfazer as ligações com os átomos de Silício. Esta
falta de eletrão é denominada buraco ou lacuna, e ocorre que com pouca energia térmica, um
elétron de um sítio vizinho pode passar a esta posição fazendo com que o buraco se desloque.
Se, a partir do silício puro, forem introduzidos em uma metade, átomos de boro e em outra,
átomos de fósforo, será formada a chamada junção pn onde os elétrons livres passam a
preencher os buracos. Estas cargas aprisionadas formam um campo elétrico permanente que
dificulta a passagem de mais elétrons de n para o lado p até que nenhum elétron remanescente
consiga passar para o lado p. Se uma junção pn for exposta a fótons com energia maior que o
gap (margem de energia), ocorrerá a geração de pares elétron-lacunas; se isto acontecer na
região onde o campo elétrico é diferente de zero, as cargas serão aceleradas, gerando assim,
uma corrente através da junção; este deslocamento de cargas dá origem a uma diferença de
potencial ao qual se chama Efeito Fotovoltaico. Se duas extremidades do Silício forem
conectadas a um fio, haverá circulação de corrente. (SANTANA, 2014, p. 11).

19
F IGURA 9: I LUSTRAÇÃO DO E FEITO F OTOVOLTAICO

Fonte: SANTANA (2014. p.12)

2.8 Classificação Das Células Fotovoltaicas


As tecnologias fotovoltaicas podem ser classificadas como primeira geração (silício
mono e policristalino), segunda geração (silício amorfo e filme fino) ou terceira geração
(concentrador fotovoltaico). (SANTANA, 2014, p. 12).

2.8.1 Silício Cristalino


Historicamente, esse tipo de Silício é a mais usada e comercializada. A utilização do
silício cristalino na fabricação de células fotovoltaicas se divide em dois grupos: os monos e os
policristalinos.
Os monocristalinos são assim chamados por possuir uma estrutura homogênea em toda
sua extensão. Para fabricação de uma célula fotovoltaica desse grupo, é necessário que o silício
tenha 99,9999% de pureza. A obtenção desse tipo de silício é mais cara do que do silício
policristalino, porém tem-se maior eficiência na conversão. As técnicas de fabricação das
células policristalinas são distintas da fabricação das células monocristalinas e é requerido
menor gasto de energia e também menor rigor no controle do processo de fabricação.

FIGURA 10:CÉLULA DE SILÍCIO MONOCRISTALINO (ESQUERDA) E POLICRISTALINO ( DIREITA)

Fonte: Autor e SANTANA

20
2.8.2 Filmes Finos

As células de filmes finos são produzidas por meio de um processo de depósito de


camadas extremamente finas de material semicondutor. São revestidas de proteção mecânica,
como vidro e plástico. Os materiais semicondutores comercialmente utilizados na fabricação
dos filmes finos são Silício Amorfo (a-Si), Telureto de Cadmio ou Disseleneto de Cobre Índio
Gálio (CIGS). (SANTANA, 2014, p. 13).

Por serem depositados sobre diversos tipos de substratos de baixo custo (plásticos,
vidros e metais), os filmes finos constituem tecnologia de baixo custo. Quando comparado com
as formas cristalinas do silício, o gasto de energia na fabricação de células de filme fino é menor,
mas a eficiência na conversão da energia também é menor. Além disso, a eficiência de
conversão nessa tecnologia diminui mais acentuadamente logo nos primeiros meses após a
instalação, embora seja menos afetada por temperaturas mais elevadas. (SANTANA, 2014, p.
12).

F IGURA 11: C ÉLULAS DE F ILME F INO

Fonte: SANTANA (2014, p.13)

2.9 Concentrador Fotovoltaico


Essa tecnologia consiste em usar espelhos parabólicos para concentrador os raios solares em
uma área menor e, dessa forma, aumentar a eficiência da absorção de irradiação, utilizando
menor quantidade de Células Fotovoltaicas. A demonstração dessa tecnologia está na figura 12.
F IGURA 12: M ÓDULOS CONCENTRADORES FOTOVOLTAICOS

21
Fonte: SANTANA (2014,p.14)

Com novas tecnologias na fabricação e no tratamento dos materiais usados na


produção dos módulos, a tendência é que a eficiência dos módulos solares aumente no
decorrer dos anos.

As células fotovoltaicas são interligadas em série através de contatos metálicos e são


cobertas por um material transparente maleável para assegurar o isolamento entre as células e
para proteção contra agentes atmosféricos e tensões mecânicas. Com isso, forma-se um módulo
fotovoltaico que, por sua vez, pode ser conectado com outros módulos em série e/ou paralelo
formando um arranjo ou um Sistema Fotovoltaico.

T ABELA 2: E STUDO DE P ROJEÇÃO DA E FICIÊNCIA DOS MÓDULOS PARA OS P RÓXIMOS ANOS

Fonte: SANTANA (2014, p.15)

2.10 Configurações Básicas


Os Sistemas Fotovoltaicos (SF) podem ser classificados em sistemas interligados à
rede, autônomos e híbridos que, em geral, necessitam de algum tipo de armazenamento.

Um sistema interligado a rede é aquela em que toda energia produzida é injetada na


rede instantaneamente onde não há armazenamento de energia.

Figura 13: Configuração básica de sistema fotovoltaico conectado à rede

F ONTE : AUTOR

22
Para sistemas autônomos, existem várias configurações possíveis para alimentação de
carga, tais como:
Carga CC sem armazenamento de energia: Onde a energia elétrica é usada no
momento da geração por equipamentos que operam em corrente contínua (ex. sistema de
bombeamento de água com bombas de corrente contínua).

Carga CC com armazenamento de energia: É o caso que se deseja usar


equipamentos elétricos, em corrente contínua, independentemente de haver ou não geração
fotovoltaica instantânea. Para tal sistema, é comum o uso de controlador de carga a fim de
proteger as baterias de danos por sobrecarga ou descarga profunda de baterias para
armazenamento de energia.

Carga CA sem armazenamento de energia: É sistema cujo arranjo fotovoltaico é


conectado direto ao equipamento ou carga por meio de inversor.

Carga CA com armazenamento de energia: É um sistema semelhante ao CC com


armazenamento incluindo o inversor entre a carga, banco de baterias e controlador de carga.
Uma ilustração desse sistema segue na figura.

F IGURA 14: C ONFIGURAÇÃO DE S ISTEMA F OTOVOLTAICO COM ARMAZENAMENTO PARA


C ARGA CA

Fonte:PRETO (2014, p. 19)

Os Sistemas híbridos são aqueles que estando desconectados da rede elétrica, existem
mais de uma forma de geração de energia, como um gerador a diesel, turbinas eólicas, módulos
fotovoltaicos e outras. Uma imagem desse tipo de sistema é ilustrada na figura a seguir.

23
F IGURA 15:I LUSTRAÇÃO DE UM SISTEMA HÍBRIDO COM GERAÇÃO FOTOVOLTAICA E EÓLICA

Fonte: SANTANA (2014, p.17)

2.11 Componentes De Sistema Fotovoltaico


2.11.1 Módulos Fotovoltaicos

Os módulos fotovoltaicos são compostos por um conjunto de células solares que são
interconectadas entre si para o fim de transformação da energia proveniente da radiação solar
em Energia Elétrica.

As ligações das células estão diretamente relacionadas ao quanto se deseja de produção


de energia, corrente e tensão que o módulo deva atender ao projeto de fabricação.

As Ligações Séries de células produzem o acréscimo de Tensão de cada célula


mantendo a propriedade de Corrente CC de cada célula formando um circuito elétrico simples
(CES) do módulo.

As Ligações Paralelas das células produzem acréscimo de corrente de cada CES e


mantém o nível de tensão dos CES em paralelo envolvidas. Lembrando que, esses conceitos de
ligações série e paralelos se mantêm para um Sistema Fotovoltaico para uma determinada
quantidade de combinação série e paralelo de módulos fotovoltaicos formando o chamado
Arranjo Fotovoltaico.

As células apresentam espessuras muito reduzidas, necessitando de proteção contra


esforços mecânicos e fatores ambientais que, na maioria dos casos, é utilizado o vidro que
também assegura o isolamento elétrico entre as células e o meio externo evitando em parte
acidente com descargas elétricas.

24
O tipo de encadeamento, o formato das células, o encapsulamento das células, o tipo
do material da célula, dependem do fabricante e assim influenciam diretamente em suas
características elétricas.

Deve ser dada cuidadosa atenção à combinação série e/ou paralelos das células a serem
reunidas, devido às suas características elétricas, pois a incompatibilidade destas características
leva a módulos “ruins”, porque as células de maior fotocorrente e fotovoltagem dissipam seu
excesso de potência nas células de desempenho inferior comprometendo a eficiência global do
módulo fotovoltaico produzindo perdas.

O uso de Sistemas Fotovoltaicos cresce cada vez mais, mas ainda é comum o uso de
expressões de forma errônea, como por exemplo, a denominação de módulo como painel
fotovoltaico, sendo o painel constituído de um ou mais módulos e o módulo constituído de um
conjunto de células.

F IGURA 16:DEMONSTRAÇÃO DOS DIFERENTES CONCEITOS

F ONTE : BIAZOTI . (2020, P.9).

25
2.11.2 DEMONSTRAÇÃO DOS DIFERENTES CONCEITOS

O símbolo e/ou esquemático usado para módulo fotovoltaico é representado na figura


19. Embora ainda seja usado para outras configurações, cada vez mais o símbolo da figura
citada tem sido convencionalmente mais adotado para uso exclusivo de módulo fotovoltaico
em diagramas e layouts elétricos. (SANTANA,2014, p.19)

F IGURA 17: S ÍMBOLO ELÉTRICO DE UM MÓDULO FOTOVOLTAICO

Fonte:SANTANA (2014, p.19)

Esse símbolo elétrico ainda é usado para representar:

Uma Célula Solar; Uma Série de Células Solares

Uma Fileira de Módulos Fotovoltaicos ; Um Arranjo Fotovoltaico

Uma Planta Fotovoltaica


A potência realmente produzida pelo módulo pode ser encontrada através da curva
denominada curva característica I x V, em que para cada ponto o produto Corrente-Tensão
representa a potência gerada para aquela condição de operação conforme o exemplo da figura.
(SANTANA, 2014, p. 20).

F IGURA 18:UMA CURVA CARACTERÍSTICA I*V PARA DETERMINADA CONDIÇÃO


OPERATIVA

Fonte:SANTANA (2014, p.20)

26
O valor de Voc (open circuit voltage) representa o valor medido através de voltímetro,
por exemplo, entre os terminais positivo e negativo. E também o valor de Isc(short circuit
current) é medido, geralmente, por meio de um amperímetro conectado aos terminais do
módulo que corresponde a corrente de curto-circuito. (SANTANA,2014, p.20).

As principais curvas que modelam o módulo fotovoltaico estão associadas a várias


condições operativas, mas as principais são irradiação solar e temperatura de operação. Dos
diversos pontos das curvas que modelam o módulo, existe um, em especial, denominado ponto
de potência máxima (MPP), do qual se obtêm a tensão no ponto de máxima potência (VMPP)
e a corrente no ponto de máxima potência (IMPP) onde é ilustrado na figura 19. (SANTANA,2014,
p.20).

F IGURA 19: UMA CURVA CARACTERÍSTICA I*V PARA DETERMINADA CONDIÇÃO OPERATIVA

F ONTE : SANTANA (2014, P .20)

Outros parâmetros importantes são:

 Fator de Forma (FF): É a grandeza que expressa quanto a curva característica I x V se


aproxima de um retângulo, pois quanto melhor a qualidade das células no módulo mais
próxima da forma retangular será a curva I x V.

𝐼𝑚𝑝𝑝 ∗ 𝑉𝑚𝑝𝑝
𝐹𝐹 =
𝐼𝑠𝑐 ∗ 𝑉𝑜𝑐

 A Eficiência do módulo é dada por:

27
𝐼𝑚𝑝𝑝 ∗ 𝑉𝑚𝑝𝑝
η=
𝐴 ∗ 𝐼𝑐

Onde:
A = área útil do módulo (m²)
IC = Luz incidente – Potência luminosa incidente (W/m²)

 Potência Máxima:

Pm = Impp x Vmpp

F IGURA 20:GRÁFICO PARA ANÁLISE DO F ATOR DE FORMA

Fonte: SANTANA(2014, p.21)

O chamado Arranjo dos Módulos pode ser conectado em ligações série e/ou paralelo,
dependendo da potência, tensão e corrente desejada. (SANTANA,2014, p.21).

O efeito da tensão e corrente devido às ligações série e/ou paralelo são os mesmos para
células, módulos ou painéis (Dispositivos Fotovoltaicos). Os efeitos são descritos abaixo para
combinações de dispositivos idênticos:

 Dispositivos Fotovoltaicos Conectados em Série: a conexão é feita de um terminal


positivo de um dispositivo a um negativo de outro e assim por diante. Seja V1, V2, ...Vn
tensões de cada dispositivo e a corrente I1,I2, ... In individuais, logo:

As tensões são adicionadas e a corrente é a mesma que de um único dispositivo:

28
V = V1 + V2 + ...+ Vn
I = I1 = I2 = ... = In

Seja dois módulos A e B idênticos conectados em série aos quais graficamente seus
efeitos da combinação são ilustrados na figura 21.

F IGURA 21: ILUSTRAÇÃO DO EFEITO DA COMBINAÇÃO SÉRIE DE MÓDULOS IDÊNTICOS A E B

Fonte: SANTANA (2014, p.22)

Dispositivos Fotovoltaicos Conectados em Paralelo: A conexão compreende


ligações de terminais positivos e terminais negativos juntos respectivamente. Seja V1, V2,...,Vn
tensões de cada dispositivo e a corrente I1, I2, ..., In individuais, logo:

As correntes são adicionadas e a tensão é a mesma que de um único dispositivo:


I = I1 + I2 + ... + In
V = V1 = V2 = ...= Vn
Sejam dois módulos A e B idênticos conectados em paralelo dos quais graficamente
seus efeitos da combinação são ilustrados na figura 22.

F IGURA 22: ILUSTRAÇÃO DO EFEITO DA COMBINAÇÃO PARALELO DE MÓDULOS IDÊNTICOS A E B

29
Fonte: SANTANA (2014, p.23)

O efeito da Irradiância e Temperatura para os dispositivos fotovoltaicos (células,


módulos e painéis) funcionam da seguinte forma:
 Para Irradiância Solar: A potência de saída é proporcional à quantidade
de irradiância solar, ou seja, quanto maior a irradiância direta, maior a corrente e
potência de saída gerada pelo módulo. Essas condições são ilustradas nas figuras 23 e
24 .

F IGURA 23: GRÁFICO P X V PARA DIFERENTES IRRADIÂNCIAS EXTRAÍDA À TEMPERATURA DE 45 ºC


DO BANCO DE DADOS DO SOFTWARE PVSYST

Fonte:SANTANA (2014, p.24)

F IGURA 24: GRÁFICO I X V PARA DIFERENTES IRRADIÂNCIAS EXTRAÍDA À TEMPERATURA DE


45 ̊ C DO BANCO DE DADOS DO SOFTWARE PVSYST

Fonte: SANTANA(2014, p.24)

Para a Temperatura: A potência de saída é inversamente proporcional ao aumento da


temperatura, ou seja, maior temperatura incorre num decréscimo de tensão e por consequência

30
também de potência de saída gerada pelo módulo e em menor escala do que os citados a de
corrente. Essas condições são ilustradas na figura 25.

F IGURA 25: GRÁFICO P X V PARA DIFERENTES TEMPERATURAS À IRRADIÂNCIA DE 1000 W/M2


DO BANCO DE DADOS DO SOFTWARE PVSYST

Fonte: SANTANA (2014, p.25)

F IGURA 26: GRÁFICO I X V PARA DIFERENTES TEMPERATURAS À IRRADIÂNCIA DE 1000 W/M2


DO BANCO DE DADOS DO SOFTWARE PVSYST

Fonte: SANTANA(2014, p.25)

2.11.3 Inversor

É um equipamento responsável pela conversão de Corrente Contínua (CC) em corrente


alternada (CA), também é chamado por vezes Conversor CC-CA e de forma mais restrita como
PCU – Power Conditioning Unit (Unidade Condicionadora de Potência). O inversor deve ser

31
projetado para dissipar o mínimo de potência, evitando perdas e deve produzir uma tensão com
baixo teor de harmônicos e em sincronismo com a rede elétrica a ser conectado e na mesma
frequência. (SANTANA, 2014, p.26).
Para aplicações de potência inferior a 5 kW, é recomendável o uso de inversores
monofásicos. Lembrando que, a escolha do inversor interfere no desempenho, confiabilidade e
custo do Sistema Fotovoltaico e em geral representa aproximadamente 10% do custo total de
um Projeto SF.

Existem, basicamente, dois tipos de inversores: os inversores de rede (também


chamados de Grid-Tie ou Grid-Conected) e os inversores autônomos (também chamado Stand-
Alone). Cada um é utilizado para um tipo de configuração do sistema: no primeiro caso o
sistema é conectado à rede, e no segundo para um sistema tipo autônomo. (SANTANA, 2014,
p.26).

Os inversores Grid–Conected transferem energia diretamente ao quadro de


distribuição elétrica ou a um transformador de distribuição, caso para um sistema de alta
potência.

Os Inversores Grid-Conected, por terem a capacidade de serem ligados à rede de


distribuição elétrica e fornecerem corrente elétrica a esta, têm aplicação em sistema de
Microgeração, permitindo que um utilizador particular, que além de um consumidor seja
também um produtor de energia elétrica. (SANTANA, 2014, p.26).

Os Inversores Grid-Conected fabricados atualmente possuem as seguintes funções: (


Conversão CC – CA, ajuste do ponto operacional do Inversor ao MPPT do Gerador
Fotovoltaico, registro de Dados Operacionais , Desconexão automática ou Manual da Rede,
Dispositivos de Proteção CA e CC: Proteção contra Sobrecargas; Proteção contra
Sobretensões; Proteção contra Troca de Polaridade ; Anti – Ilhamento Proteção contra
excessiva Elevação de Temperatura). (SANTANA, 2014, p.26).

Em alguns casos são utilizados inversores sem transformador, o que em geral reduz as
perdas na transformação, porém requerem um sistema de proteção mais completo.

32
Existem pouca variação de produção de energia para Inversores subdimensionados ao
Gerador Fotovoltaico. O percentual de potência dos inversores com relação ao SF é comumente
usado por projetistas na faixa de 85% até a potência nominal plena do Gerador Fotovoltaico.

Os Inversores Autônomos (tipo Stand-Alone) são utilizados em sistemas autônomos.


Normalmente, esses sistemas possuem banco de baterias que armazena energia produzida pelos
módulos fotovoltaicos. Por isso, esses inversores, além da conversão CA/CC, precisam tolerar
flutuações de tensão das baterias e proteger as baterias contra descarga profunda.
(SANTANA,2014, p.26).

A eficiência de conversão do inversor depende do método de conversão e filtragem


utilizadas para suavizá-la e eliminar os harmônicos indesejados, que resultam no processo de
conversão. Esta eficiência caracteriza perdas da conversão da corrente CC em CA que são
ocasionadas pelo transformador (nos que possuem), pelos comutadores eletrônicos, pelo
controlador e pelos dispositivos de registros operacionais. A eficiência de conversão é dada
pela relação:

Potência de Saída Efetiva Pac (da componente fundamental)


𝑛=
Potência de entrada efetiva Pdc

2.11.4 Baterias

Sabendo que a energia produzida através de sistemas fotovoltaicos e a energia


consumida não coincidem ao longo do dia, é necessário olhar para os sistemas de
armazenamento de energia como um aspeto fulcral na elaboração de um projeto do género. A
energia armazenada ao longo do dia pode ser usada nos períodos noturnos, ou quando for
necessário satisfazer um aumento inesperado de carga. Para possibilitar o armazenamento,
recorre-se normalmente a baterias de ácido de chumbo ou a baterias recarregáveis, isto para
armazenamentos de curta duração. Estas baterias têm boas características no que diz respeito à
relação qualidade/preço e podem assegurar quer correntes de carga elevadas quer correntes de
carga baixa, consoante o pretendido. Começam também a surgir baterias de níquel-cádmio,
hidreto metálico e de iões de lítio. (PRETO, 2014, P.23).

Existem vários tipos de acumuladores, como por exemplo:

33
• Baterias húmidas; • Baterias de gel; • Baterias estacionárias com placas tubulares; •
Baterias de bloco com placas positivas planas.

F IGURA 27:BANCO DE BATERIAS DO TIPO GEL

Fonte:Autor
Para classificar um acumulador, tem-se em atenção algumas características, sendo
elas: • Capacidade; • Tempo de descarga; • Tensão; • Energia específica; • Densidade específica;
• Densidade de potência; • Ciclos de vida; • Auto-Descarga; • Profundidade de descarga; •
Rendimento energético.

De todas as características apresentadas, destaca-se a capacidade, que corresponde à


máxima energia elétrica que a bateria pode fornecer durante o seu processo de descarga e até a
descarga estar completa, e perante umas dadas condições de descarga. (PRETO, 2014, P.24).

No que diz respeito à tensão, normalmente o seu valor é 12 V, sob a forma de 6 baterias
em série, ou 24 V com 12 células em série, isto para as baterias de ácido de chumbo (referência
na área).

O ciclo de vida de uma bateria corresponde ao número de vezes que bateria pode
carregar/ descarregar durante a sua vida útil. (PRETO, 2014, P.24).

Outro aspecto característico das baterias é a auto-descarga, que representa a


percentagem de descarga da bateria mesmo quando não é utilizada. Acaba por representar uma
descarga "natural".

34
Normalmente, uma bateria de ácido de chumbo apresentam um número de ciclos na
ordem dos 100 a 800, que equivale a um período entre 3 e 8 anos. Para baterias estacionárias,
tempo de vida útil é entre 10 e 15 anos.

2.11.5 Reguladores/Controlador De Carga

Os reguladores de carga assumem uma elevada importância nos sistemas


fotovoltaicos, isto porque são estes que são responsáveis por controlar a carga nas
baterias/acumuladores através da análise da tensão na mesma, sendo que também são
responsáveis por interromper o fornecimento às cargas externas isto quando se atinge o nível
de descarga máxima da bateria. O mesmo acontece quando se atinge o nível máximo de carga
da bateria. Por esta razão, sabe-se que o ciclo de vida útil das baterias está intimamente ligado
com o bom funcionamento dos reguladores. Cabe aos reguladores fazer um conjunto de tarefas,
sendo as principais as seguintes. (PRETO, 2014, p.24-25):

• Garantir ótima carga nos acumuladores; • Informação do estado da carga nos


acumuladores; • Proteção contra sobrecargas; • Proteção contra profundas descargas; • Proteção
contra descargas indesejáveis.

Existem três grandes tipos de reguladores, sendo eles os reguladores em série, paralelo
e os MPP (Maximum Power Point).

Nos reguladores série, os interruptores eletrónicos responsáveis pelo controlo estão em


série com o gerador fotovoltaico. Fazem o controlo da carga da bateria por análise da tensão na
mesma e interrompem o fornecimento às cargas quando a profundidade de descarga máxima é
atingida.

O princípio de funcionamento deste regulador consiste em interromper a entrega de


potência do módulo, através de um relé ou de um semicondutor quando se verifica o
aparecimento da tensão máxima de carga, fechando o circuito novamente quando ocorre um
decréscimo do valor da tensão para níveis aceitáveis. No entanto, as sucessivas oscilações “On-
Off” provocam também variações do valor da tensão em torno do valor da tensão máxima de
carga, assim como perdas energéticas, o que levou a que se desenvolvessem reguladores de

35
regulação constante para evitar o surgimento dessas perdas em reguladores série. (PRETO,
2014, p.24-25):

No caso dos reguladores em paralelo, estes são caracterizados pela colocação de um


dos interruptores eletrónicos de controlo em paralelo com o gerador fotovoltaico. Estes
reguladores controlam a carga da bateria através da aplicação de um curto-circuito momentâneo
ao gerador fotovoltaico. Este tipo de reguladores permitem que seja reduzida continuamente a
potência do módulo, desde que é atingida a tensão máxima de carga na bateria. A energia que
não é aproveitada é libertada sob a forma de calor, permitindo assim que os módulos possam
suportar as correntes de curto-circuito sem problema, sofrendo apenas um aquecimento de
temperatura adicional. Este tipo de regulador permite o curto-circuito do regulador à noite,
evitando assim correntes inversas no mesmo. Este tipo de método é o ideal para uma bateria
uma vez que contribui para uma melhor eficiência da mesma. (PRETO, 2014, p.24-25).

Os reguladores MPP têm um problema que ocorre no caso da tensão do gerador baixar.
Nesse caso (diminuição da radiação solar no gerador, por exemplo), os reguladores poderão
não permitir o aproveitamento da energia em produção no gerador fotovoltaico, uma vez que o
abaixamento da tensão e o deslocamento do ponto ótimo de funcionamento à máxima potência
(MPP) ficam fora do alcance do próprio regulador. Com o objetivo de continuar a aproveitar
essa energia, surge a necessidade de ter um regulador que estabeleça o funcionamento do
sistema no MPP, mantendo assim a tensão com valor superior ao da bateria para que esta
carregue.
F IGURA 28:REGULADORES DE CARGA

Fonte: PRETO

2.11.6 Diodo De Bloqueio

O diodo de bloqueio pode promover o desacoplamento de fileira de módulos ou de um


módulo individual, em caso de ocorrer um curto-circuito ou o sombreamento de uma fileira ou
36
de apenas um módulo na fileira. Nessa situação, as fileiras e/ou os módulos restantes poderão
continuar a funcionar sem serem perturbadas. (SANTANA, 2014, p.28).

Geralmente, para projetos aplica-se diodo de bloqueio para fileiras para não onerar o
projeto. Sem os diodos de bloqueio nas fileiras uma corrente inversa fluiria no sentido inverso
da fileira afetada a ponto de danificar o sistema fotovoltaico.

A tensão do diodo de bloqueio da fileira deve ser, obrigatoriamente, igual ao dobro da


tensão de circuito aberto (Voc) da fileira sob condições STC.

Durante a operação do sistema fotovoltaico, os diodos de bloqueio estão diretamente


polarizados. Isto permite que a corrente da fileira flua através dos diodos de bloqueio das fileiras
(normalmente são necessários dissipadores de calor). (SANTANA, 2014, p.29).

A circulação de corrente provoca perdas de potência nos diodos de 0,5 a 2,0 % e que
resulta na queda de tensão nos terminais do diodo de 0,5 a 1,0 V. Por esse motivo, nos sistemas
sombreados, a produção energética para sistemas que usem diodos de bloqueio, não é
significativamente maior à dos sistemas que não possuem diodos de bloqueio. As perdas devido
às correntes reversas podem ser compensadas pelas perdas originais pelas quedas da tensão aos
terminais do diodo. (SANTANA, 2014, p.29).

2.11.7 Dissipador De Calor

São dispositivos que têm por finalidade a proteção dos diodos de bloqueio de fileira
contra aumento de temperatura, devido à circulação de corrente de operação do SF e são
acoplados nos próprios diodos. (SANTANA, 2014, p.29).

2.11.8 Fusíveis De Fileira (Corrente Contínua)

Os fusíveis de fileira protegem os cabos contra sobrecargas e são concebidos para


funcionar em corrente contínua. Os diodos de bloqueio de fileira e fusíveis são aplicados ao
circuito dos arranjos. (SANTANA, 2014, p.29).

37
F IGURA 29: LOCALIZAÇÃO ELÉTRICA DOS DIODOS DE BLOQUEIO E FUSÍVEIS EM
ARRANJOS DE SF

Fonte: SANTANA

2.11.9 Disjuntores

O disjuntor é um dispositivo de manobra capaz de conduzir, estabelecer e interromper


correntes normais e anormais especificadas pelo sistema em determinado ponto operacional.
(SANTANA, 2014, p.30).
O disjuntor é capaz de:

1) Interromper de forma rápida a corrente de curto circuito (ICC);

2) Suportar a tensão do circuito em que está instalado com os contatos


abertos;

3) Suportar os efeitos do arco-elétrico, bem como os efeitos


eletromagnéticos, mecânicos do primeiro meio-ciclo da corrente de curto e os efeitos térmicos
da corrente estabelecida.

2.11.10 Dispositivos De Proteção De Surtos (Dps)

Sistemas fotovoltaicos geralmente se localizam nas partes externas de edifícios e


construções, por isso podem ser submetidos a uma descarga atmosférica direta.

A instalação de módulos fotovoltaicos em telhados não aumenta o risco de uma


descarga elétrica direta. Entretanto, o uso de Sistemas de Proteção contra Descarga Elétrica
38
continua sendo necessário e é a única forma prática de proteção contra os efeitos de uma
descarga elétrica promovida por um raio.

Sobretensões em sistemas fotovoltaicos não são originadas apenas de agentes


atmosféricos, sendo necessário considerar sobretensões, devido a mudanças na rede elétrica.
Estas mudanças são ocasionadas por manobras e/ou perturbações na rede e em menor escala
por acionamentos e desligamentos de equipamentos elétricos de grande porte conectados a ela.
Sobretensões podem ser prejudiciais tanto para os inversores quanto para os módulos
fotovoltaicos. (SANTANA, 2014, p.30).

Os efeitos indiretos de descargas atmosféricas podem ser atenuados pela adequada


utilização dos dispositivos de proteção contra surtos (DPS). Estes efeitos indiretos ocorrem
quando uma descarga atmosférica acontece nas proximidades de uma estrutura em que a
indução eletromagnética gera uma sobretensão nos condutores, sendo um grande perigo para
pessoas e equipamentos.

Que é um caso a ser considerado incomum no projecto, por se tratar de um sistema


isolado.

2.11.11 Impactos Ambientais


Todos os tipos de aproveitamento energético conhecidos causam, de uma forma ou de
outra, algum impacto ambiental, que deve ser considerado quando da escolha do tipo de
aproveitamento e de sua implantação. A alteração da paisagem é basicamente comum a todos
eles. Em relação às questões ambientais, pode-se afirmar que a tecnologia solar fotovoltaica
não gera qualquer tipo de efluentes sólidos, líquidos ou gasosos durante o processo de produção
da eletricidade, sendo seus impactos restritos ao visual e à ocupação de áreas. Trata-se de uma
tecnologia que não emite ruídos nem utiliza recursos naturais esgotáveis. Dentro desse tema,
há dois tópicos que ainda permanecem em discussão: a emissão de poluentes e gastos
energéticos durante o processo de fabricação dos módulos e as reais possibilidades de
reciclagem dos mesmos, depois de terminada sua vida útil.(PINHO, 2014, p.30).

No caso da energia solar os impactos podem ser considerados de menor escala ainda.
Os visuais vêm sendo contornados com o surgimento de tecnologias que integram os
equipamentos de geração às edificações. Outros impactos considerados, como os ocasionados
no processo de fabricação de células fotovoltaicas, são praticamente desprezíveis.

39
2.12 Irrigação
A irrigação é uma técnica milenar, sendo uma das mais antigas e utilizadas pelo
homem. É um método artificial pelo qual se calcula a quantidade de água aplicada na planta,
com o objetivo de suprir as necessidades hídricas totais ou suplementares da planta na falta de
chuva. (Rosa Maria de Deus de Sousa, Diógenes Costa Silva, Denis da Silva Costa, Erivaldo
Gomes de Vasconcelos, 2015, p.10)

A irrigação não deve ser considerada isoladamente para se garantir o sucesso da


produção. Apesar de ser uma técnica eficiente, deve ser acompanhada das demais práticas
agrícolas.( Ferreira, 2011, citado por Rosa Maria de Deus de Sousa, Diógenes Costa Silva,
Denis da Silva Costa, Erivaldo Gomes de Vasconcelos, 2015, p. 10).

Não se deve olhar para o processo de irrigação em separado, pois ele faz parte de um
conjunto de técnicas que garantem a produção viável das culturas propiciando um adequado
manejo dos recursos naturais. ( Ferreira, 2011, citado por Rosa Maria de Deus de Sousa,
Diógenes Costa Silva, Denis da Silva Costa, Erivaldo Gomes de Vasconcelos, 2015, p. 11).

Segundo Mantovani ( et al. 2006, citado por Rosa Maria de Deus de Sousa, Diógenes
Costa Silva, Denis da Silva Costa, Erivaldo Gomes de Vasconcelos, 2015, p.11), pelo conceito
antigo a irrigação era vista somente como uma técnica que visava basicamente a luta contra a
seca. Em visão mais atual, de acordo com Ferreira (2011, citado por Rosa Maria de Deus de
Sousa, Diógenes Costa Silva, Denis da Silva Costa, Erivaldo Gomes de Vasconcelos, 2015,
p.12) e do ponto de vista do agronegócio a irrigação é vista como uma estratégia para aumentar
os lucros, pois com a implementação dessa técnica é possível aumentar a produtividade e
consequentemente os lucros. Isso traz a possibilidade de se viver no campo de forma
sustentável, além de se criar novos empregos fixando ainda mais o homem no campo.

2.12 Sistemas De Bombeamento De Água

São sistemas projetados especificamente para bombeamento de água de poços, lagos


e rios. Uma característica deste tipo de sistema é que ele dispensa o armazenamento da energia
elétrica produzida pelos módulos fotovoltaicos já que se pode armazenar a água bombeada em
reservatórios. Nos períodos noturnos ou quando não há insolação, pode-se utilizar a água

40
armazenada em um reservatório elevado. O sistema de bombeamento solar dispensa a rede
elétrica e o motor Diesel, produzindo sua própria eletricidade. (ALVARENGA, p.2-3).

O sistema de bombeamento de água fotovoltaico é semelhante aos sistemas


convencionais, com a diferença básica que o acionamento do motor da bomba é feito por um
conjunto de módulos fotovoltaicos. A Figura 30 apresenta diagramas esquemáticos, mostrando
o funcionamento de sistemas deste tipo.

F IGURA 30: SISTEMA FOTOVOLTAICO DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA

Fonte: ALVARENGA

O gerador solar somente gera energia quando há radiação solar incidindo nas placas.
Como comumente não há baterias, a motobomba só funciona durante o dia, quando há
insolação. Não bombeia em períodos nublados, chuvosos. A quantidade de água que bombeia
depende também da posição do Sol em relação ás placas. Quando o dia está claro e sem nuvens
a vazão bombeada é máxima próximo ao meio dia, quando o Sol está a pino. No inicio da manhã
e no final da tarde pouca água é bombeada. Portanto a quantidade instantânea de água bombeada
varia de acordo com o nível de insolação naquele momento. O bombeamento na capacidade
máxima só ocorre durante alguns poucos momentos do dia. Por isso normalmente a presença
de um reservatório de água com volume adequado é normalmente necessária. E é também por
isso que se especifica a capacidade do sistema de bombeamento solar em m3 (ou litros) por dia
e não m3 (ou litros) por hora como nos sistemas convencionais. (ALVARENGA, p.3)

41
As aplicações mais importantes para o sistema de bombeamento solar estão nas
pequenas comunidades remotas distantes da rede elétrica, nos bebedouros para animais e na
irrigação de culturas de baixo consumo de água. A fonte de água tanto pode ser subterrânea
(poços tubulares ou cisternas) quanto superficial.
F IGURA 31: EXEMPLO DE SISTEMA DE BOMBEAMENTO SOLAR

Fonte: ALVARENGA

2.13 Tipos De Motobombas


O gerador solar gera em corrente continua. Para acionar uma motobomba de corrente
alternada é preciso instalar adicionalmente um inversor de frequência variável, pois a
motobomba vai trabalhar com maior ou menor rotação dependendo da quantidade de radiação
solar disponível. É diferente do que ocorre com uma motobomba ligada ao sistema elétrico de
50 Hz da rede de energia, que tem uma rotação praticamente constante. Existem motobombas
que já vem com este inversor de frequência embutido o que facilita a instalação.

Diferentes tipos de bombas podem ser utilizados com sistemas fotovoltaicos, podendo-
se dividi-las em dois tipos básicos: as bombas volumétricas e as bombas centrífugas.
(ALVARENGA, p.4).

As bombas volumétricas ou bombas de deslocamento positivo atuam por meio de um


pistão ou uma cavidade, movendo volumes constantes de água a cada ciclo. São muito
adequadas quando se quer bombear pequenos volumes de água a grandes alturas manométricas.
Sua eficiência aumenta com o aumento da altura manométrica (ver Fig. 31).

As bombas centrífugas são bombas rotativas, com pás girando em alta velocidade,
criando pressão e forçando o fluxo da água. São mais adequadas para grandes volumes de água

42
e pequenas alturas manométricas. Elas têm sido usadas para capacidades de bombeamento de
até 1.200 m3/dia e alturas manométricas até 5 a 6 metros. Elas são projetadas para pressões e
vazões específicas, reduzindo sua eficiência quando utilizadas fora dessa faixa de projeto.
Quanto maior é a sua rotação maior é o volume de água bombeada. (ALVARENGA, p.5).

Devido a essas características, as bombas centrífugas são mais sensíveis à variação da


radiação solar incidente nos módulos fotovoltaicos. Pequenos decréscimos de radiação solar
podem provocar grandes reduções no volume de água bombeado. Portanto, é muito importante
que seja escolhida criteriosamente a bomba mais adequada às circunstancias. (ALVARENGA,
p.5).
Existem dois tipos principais de bombas centrífugas: as submersíveis, que trabalham
dentro do poço (afogadas) e as de superfície, que aspiram a água através de um tubo de sucção
e a elevam para o reservatório. Estas não são recomendadas para alturas de sucção superiores a
6 metros.

As bombas centrífugas e volumétricas podem ser acionadas tanto por motores de


corrente contínua quanto por motores de corrente alternada. A seleção do motor mais adequado
depende dos volumes de água envolvidos, das alturas manométricas, das características do poço
etc. Os critérios básicos são eficiência, preço, confiabilidade e disponibilidade. De maneira
geral, é a potência que determina o tipo de motor. (ALVARENGA, p.5).

Os motores de corrente contínua têm eficiência elevada e são compatíveis com a


natureza da eletricidade contínua gerada pelos módulos fotovoltaicos. Entretanto, seu custo
inicial é relativamente elevado. São mais usados em aplicações de menor potência, abaixo de
7.500 W.

Os motores de corrente alternada são mais indicados para potências maiores, mas têm
sido usados para todas as faixas de potência. São motores mais simples e baratos, mas exigem
a instalação de um inversor, de custo elevado, que transforme a corrente contínua gerada pelos
módulos em corrente alternada de frequência variável. O uso destes inversores permite uma
eficiência maior da bomba ao controlar a frequência da corrente alternada e, portanto, a rotação
da bomba e a vazão de água bombeada, de acordo com as condições de insolação.
(ALVARENGA, p.5).

43
F IGURA 32: BOMBA SUBMERSÍVEL FIGURA 33: BOMBA DE SUPERFÍCIE

Fonte: Google Fonte:Google

44
3. PROCEDIMENTOS METÓDOLOGICOS

Em termos metodológicos, foi de forma primordial apresentar uma abordagem sobre


o objeto declarado. Em seguida, foram realizados alguns estudos sobre as áreas que compõem
a energia solar fotovoltaica, que assegurarão, juntamente com o estudo relacionado com o título,
o enquadramento teórico deste trabalho. Foram descritos os dispositivos e componentes
elétricos para desenvolver o sistema ou um protótipo, pondo em prática a ideia trazida no
presente trabalho – desenvolvimento de um sistema fotovoltaíco em cooperativas agrícolas na
Caála. Deste modo foram utilizados métodos teóricos, empíricos, e prático por meio de soft
wares capazes de apresentar a simulação do projecto.
Os métodos teóricos que foram utilizados são:
Revisão da literatura: Foi utilizada para a criação de bases teóricas sólidas que
permitiram realizar uma abordagem lógica e segura dos fundamentos teóricos do presente
trabalho. O procedimento metodológico utilizado para a coleta de informações a respeito do
tema em questão caracteriza-se enquanto pesquisa bibliográfica. Tal atribuição dar-se-á por
meio da utilização de publicações realizadas por agentes dos setores energéticos e de energia
solar, bem como análises realizadas com base em documentos, artigos acadêmicos, além de
pesquisas relacionadas à legislação Angolana.
Síntese-Análise: foi utilizado para organizar e resumir os dados obtidos na entrevista
e os obtidos a partir da pesquisa bibliográfica, permitindo selecionar os dados relevantes para
este trabalho.
Os métodos empíricos que foram utilizados são:
Entrevista : Foi desenvolvida para a obtenção de informações, de formas a delinear
melhor quanto ao desenvolvimento de um sistema de geração de energia fotovoltaíca nas
correspondentes agrícolas no município da Caála, através da administração municipal da Caála
e por meio de questionários que foi respondido pelos trabalhadores ou cooperandos agrícolas.

Observação ou visitas: permitiu a obtenção de dados relacionados com a


caracterização do sistema, isso para o levantamento da demanda de produção para o projeto.
Análise socioambiental: Foi realizada por meio da revisão literária a demanda de
mercado, o potencial municipal de geração de energia solar fotovoltaica, os impactos
socioambientais, a sustentabilidade, bem como os principais incentivos dos sistemas
fotovoltaicos.

45
Análise técnica: Descrevi os sistemas fotovoltaicos, com base nas tecnologias
utilizadas, bem como a importância para as diferentes situações em que os sistemas serão
utilizados.

Análise Funcional: foi desenvolvida com o apoio de soft wares de simulação e


dimensionamento dos sistemas de geração de energia fotovoltaica, como PV Syst, ETAP.

O ETAP é um software de engenharia elétrica; um pacote para projeto orientado a


modelos, operação em tempo real e automação inteligente de sistemas de energia elétrica.

O PvSyst é um software de simulação para auxílio no dimensionamento de projetos


de sistemas fotovoltaicos com recursos de simulação, cálculo, emissão de relatório e
documentação técnica de sistemas fotovoltaicos de qualquer porte.

46
4 Dimensionamento Do Sistema Fotovoltaíco

Avaliação do recurso solar


F IGURA 34: IRRADIAÇÃO SOLAR MENSAL DIÁRIA NO MUNICÍPIO DA CAÁLA

Fonte:PVsyst

Tendo 6,29 KWh/m²/dia para o valor médio de irradiação solar tem-se:

6,29 [𝐾𝑊ℎ/𝑚²]𝑑𝑖𝑎
𝐻𝑆𝑃 = = 6,29 ℎ/𝑑𝑖𝑎 (1)
1[𝐾𝑊/𝑚²]

47
Localização:
O presente trabalho quanto a sua localização estará sendo desenvolvido nas cooperativas
agrícolas do município da Caála, província do Huambo.
F IGURA 35:MAPA ITERATIVO DA PROVÍNCIA DO HUAMBO

Fonte:PVsyst

Escolha da configuração:

O sistema fotovoltaico a ser desenvolvido terá uma configuração isolada, com


armazenamento de carga por meio de baterias, controlador de carga e cargas como motobomba,
aparelhos eletrodomésticos, lâmpadas, etc.

48
Levantamento da demanda e do consumo de energia

T ABELA 3: LEVANTAMENTO DA DEMANDA DA COOPERATIVA


Carga Potência Horas de Dias de Consum
(W) Utilizaçã utilizaçã o diário
o por dia o por (Wh)
semana
Rádio 5 × 8h × 7 ÷7 = 40
eléctrico
TV em cores 42 × 6h × 7 ÷7 = 252
14''
Liquidificado 213 × 1h × 4 ÷7 = 121,71
r
Lâmpadas 11×14 × 10 h × 7 ÷7 = 1540
Fluorescente lâm
Lâmpadas 100×2 × 10 h × 7 ÷7 = 2000
incandescente lâm
Geleira 2 67 × 24 h × 7 ÷7 = 1608
portas
Cafeteira 219 × 1h × 7 ÷7 = 219
elétrica
Bomba de 526,15 × 8h × 7 ÷7 = 4209,2
água 1/3 CV
Computador 63 × 5h × 5 ÷7 = 225
Modem de 8 × 4h × 5 ÷7 = 22,86
internet
Telefone sem 3 × 24 h × 7 ÷7 = 72
fio
Potência 1500,15 Consu diário tota = 10309.77
Total mo l
Fonte:Autor
Levando em consideração uma cooperativa com com um consumo de 10309,77 Wh e
fornecendo energia a 20 residências próximas a cooperativa com as respetivas cargas a cada

49
residência ( 1 rádio elétrico, 6 lâmpadas fluorescente, 13 TVs em cores 14'' corresponde uma
para cada uma residência, 13 cafeteiras elétricas distribuidas as residências, 20 telefones
correspondente a 18 residências, 2 computadores, 2 modem, 5 liquidificadores e 4 geleiras.

Realizando o cálculo da potência ligada ao consumo diário teremos:

TABELA 4: CÁLCULO DO CONSUMO RESIDENCIAL


Aparelho Potencia do aparelho (W) N° Potência (W)
Rádio 5 20 100
Lâmpada 11 120 1320
Fluorescente
TV 42 13 546
Cafeteira Elétrica 219 7 1533
Telefone 3 20 60
Computador 63 2 126
Modem 8 2 16
Liquidificador 213 5 1065
Geleira 35 4 140
Potencia Total = 4906 W

Fonte: Autor
Realizando o somatório da potência da cooperativa e das residências em volta temos:
1.500,15+4906=6.406,15 Wh. Que corresponde a potência a ser entregue com as
respectivas cargas; E tendo em conta o aumento populacional ou de agricultores na zona vamos
considerar um sistema de 15,7 kWp.

50
T ABELA 5: CONSUMO DIÁRIO

Carga Potência Horas de Dias de Consumo


(W) Utilização utilização diário
por dia por (Wh)
semana
Rádio 5×20 × 8h × 7 ÷7 = 800
eléctrico
TV em cores 42×13 × 6h × 7 ÷7 = 3.276
14''
Liquidificador 213×5 × 1h × 4 ÷7 = 608,57
Lâmpadas 11×120 × 10 h × 7 ÷7 = 13.200
Fluorescente
Geleira 1 35×4 × 24 h × 7 ÷7 = 3.360
porta
Cafeteira 219×7 × 1h × 7 ÷7 = 1533
elétrica
Computador 63×2 × 5h × 5 ÷7 = 450
Modem de 8×2 × 4h × 5 ÷7 = 45,71
internet
Telefone sem 3×20 × 24 h × 7 ÷7 = 1.440
fio
Potência 4906 Consumo diário total = 24.713,28
Total
Fonte: Autor (2023)
Realizando o somatório do consumo diário obtem-se:
10.309,77+24.713,28=35.023,05 Wh

O consumo médio mensal é calculado por meio da seguinte equação:

𝑃𝑒. 𝑁𝑑. 𝐷𝑚
𝐶𝑚 = (2)
1000

51
T ABELA 6: CONSUMO M ÉDIO M ENSAL
Aparelhos Potência média Dias estimados de Utilização média Consumo médio
Elétricos (W) uso (dia/mês) (h/dia) mensal (kWh/mês)
Rádio eléctrico 5 30 8h 1,2
TV em cores 14'' 42 26 6h 6.552
Liquidificador 213 22 2h 9.372
Lâmpadas 11 30 10 h 3,3
Fluorescente
Geleira 2 portas 67 30 24 h 46,08
Geleira de uma 35 30 24 h 25,2
porta
Cafeteira elétrica 219 30 1h 6,52
Bomba de água 710 30 8 h 170,4
1/3 CV
Computador 63 24 5h 7,56
Modem de 8 24 4h 0,768
internet
Telefone sem fio 3 30 24 2,16
Fonte:Autor

Dimensionamento da geração (Painel fotovoltaico)

Lcc Lca
𝐿 = (ηbatt) + (ηbat ηinv) (3)

6.623,57 28.399,48
𝐿=( ) + (86%×85%)
86%

𝐿 = 7701,82 + 38903,4
𝐿 = 46.605,22

𝐿𝑖
𝑃𝑚 = 𝑚𝑎𝑥 𝐻𝑆𝑃𝑖×𝑅𝑒𝑑1×𝑅𝑒𝑑2 (4)

52
46.605,22 46.605,22
𝑃𝑚 = =
5.88 × 0.71 × 0.9 3,757

Pm=12.404,9 Wp

Dimensionamento considerando o controlador de carga

Levando em consideração O Painel Solar Fotovoltaico da marca OSDA e modelo ODA450-36-


MH com a potência de 450W, obtem-se:

𝟏,𝟐×𝐕𝐬𝐢𝐬𝐭
𝑵°𝒎ó𝒅𝒖𝒍𝒐𝒔_𝒔é𝒓𝒊𝒆 = (5)
𝐕𝐦𝐩𝐓𝐦𝐚𝐱

𝟏,𝟐×𝟐𝟑𝟎𝐕
𝑵°𝒎ó𝒅𝒖𝒍𝒐𝒔_𝒔é𝒓𝒊𝒆 = 𝟒𝟏.𝟒

𝑵°𝒎ó𝒅𝒖𝒍𝒐𝒔𝒔é𝒓𝒊𝒆 = 𝟔, 𝟔 ≅ 𝟕

(6)
𝑷𝒎
𝑰𝒎 = 𝐕𝐬𝐢𝐬𝐭

𝟏𝟐. 𝟒𝟎𝟒, 𝟗
𝑰𝒎 =
𝟐𝟑𝟎

𝑰𝒎 = 𝟓𝟑, 𝟗 ≅ 𝟓𝟒𝑨
(7)
𝑰𝒎
𝑵°𝒎ó𝒅𝒖𝒍𝒐𝒔𝒑𝒂𝒓𝒂𝒍𝒆𝒍𝒐 =
𝑰𝒎𝒑

𝟓𝟒
𝑵°𝒎ó𝒅𝒖𝒍𝒐𝒔_𝒑𝒂𝒓𝒂𝒍𝒆𝒍𝒐 =
𝟏𝟎. 𝟖𝟕

𝑵°𝒎ó𝒅𝒖𝒍𝒐𝒔_𝒑𝒂𝒓𝒂𝒍𝒆𝒍𝒐 =4,96≅ 𝟓
Para os módulos em paralelo vamos considerar 5 unidades

53
Dimensionamento do banco de baterias

Para obtermos a quantidade de energia máxima vamos isolar a energia aparttir da


seguinte equação:
(8)
Lm=max12i=1 (Li)

𝐿𝑖
𝑃𝑚 = 𝑚𝑎𝑥
𝐻𝑆𝑃𝑖 × 𝑅𝑒𝑑1 × 𝑅𝑒𝑑2

Substituimos Li=Lmax

𝐿𝑚 = 𝑃𝑚 × 𝐻𝑆𝑃𝑚𝑎𝑥 × 𝑅𝑒𝑑1 × 𝑅𝑒𝑑2

𝐿𝑚 = 12.404,9 × 6,72 × 0,71 × 0.5


𝐿𝑚 = 29.593,12

Lm=max12i=1 (Li)
(9)
𝐿𝑚 × 𝑁
CBc20(wh) =
𝑃𝑑

29.593,12 × 2
CBc20(wh) =
50%
CBc20(wh) = 1183,72
(10)
CBc20
CBIc20(Ah) =
Vsist

1183,72
CBIc20(Ah) =
230

CBIc20(Ah) = 3

54
(11)
𝑁 = −0,48 × 𝐻𝑆𝑃𝑚𝑖𝑛 + 4,58
𝑁 = −0,48 × 5,88 + 4,85
𝑁 = 2,02

Determinação do número de baterias

(12)
𝐶𝐵𝐼
𝑁°𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 =
𝐶𝐵𝐼𝑏𝑎𝑡

514
𝑁°𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 =
200

𝑁°𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = 2,57 ≅ 3

(13)
Vsist
𝑁°𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑆é𝑟𝑖𝑒 =
Vbat

230
𝑁°𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑆é𝑟𝑖𝑒 =
12

𝑁°𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑆é𝑟𝑖𝑒 = 19,16

Dimensionamento do controlador de carga


(14)

𝐼𝑐 = 1,25 × 𝑁° 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠_𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 × 𝐼𝑠𝑐

𝐼𝑐 = 1,25 × 5 × 11,48
𝐼𝑐 = 71,75 ≅ 72𝐴

(15)
55
𝐼𝑐
𝑁° 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟_𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 =
𝐼𝑐𝑡𝑙

72
𝑁° 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟_𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 =
80

𝑁° 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟_𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = 0,9
Dimensionamento do inversor

Apegando-se na recomendação das literaturas consultadas quanto ao


dimensionamento do sistema fotovoltaico, o projecto estará funcionando com um inversor
trifáfico de 16 kW que corresponde a potência instalada.

E o inversor escolhido para o projecto é o Inversor solar BG10KTR.

Estimativa do consumo de água

T ABELA 7:E STIMATIVA DO CONSUMO DE ÁGUA


Consumo humano Litros ⁄ (pessoa.dia)
Sobrevivência 5
Pequenas propriedades rurais 40-70
Grandes centros urbanos 100-400
Consumo animal Litros ⁄ (cabeça.dia)
Gado (leite) 70
Gado (corte) 40
Ovinos ⁄ caprinos 5
Cultivo Litros ⁄ (ha.dia)
Horta para subsistências 1000
Banana 460
Milho 50
Feijão 48
Amendoim 47
Cebola 45
Ervilha verde 68
Abacaxi 23
Fonte: PINHO, GALDINO

56
Levando a necessidade do sistema suprir o consumo de água de uma cooperativa com a criação
de animais; gado ( 16 animais), cabritos (14); e com uma horta voltada ao cultivo, criação de banana,
abacaxi e o fornecimento a uma comunidade rural de 16 pessoas ao redor da mesma cooperativa. A
demanda diária total seria:

𝑄 = (7 ×40+9×70+14×5+1000+460+23×230+16×70)
Q= 280+630+70+1000+460+5290+1120
Q= 8850 L/dia

Levando em consideração a margem do aumento populacional, vou considerar


10.000,00 L/dia.

Sabendo que 1000 L de água corresponde 1m3 a vazão calculada acima pode ser
expressa como 10 m3/dia.
A capacidae de armazenamento do sistema ou o tamanho do reservatório, deve ser
proporcional ao número de dias de autonomia solicitado pelo usuário, de forma análoga aos
sistemas para eletrificação.

Seguindo o exemplo anterior e considerando-se dois dias de autonomia, a capacidade


mínima do reservatório seria de 20.000 L.

Altura manométrica corrigida


(16)

ℎ𝑚𝑐 = ℎ𝑚 + ℎ𝑡 + ℎ𝑐

ℎ𝑚 = ℎ𝑟 + ℎ𝑑

hr= 2m; hd= 20m ℎ𝑚 = 2𝑚 + 20𝑚


hc= 1,371 ℎ𝑚 = 22𝑚

57
(17)
ℎ𝑚𝑐 = ℎ𝑚 + ℎ𝑡 + ℎ𝑐

ℎ𝑚𝑐 = 22𝑚 + 1,43𝑚 + 1,371𝑚

ℎ𝑚𝑐 = 24,80𝑚

F IGURA 35: P ERDA DE CARGA EM TUBULAÇÕES DE PVC

Fonte: PINHO E GALDINO

Fonte: PINHO E GALDINO


F IGURA 36: P ERDAS DE CARGA EM CONEXÕES

(18)
ℎ𝑑 − ℎ𝑒
𝐻𝑇𝐸 = ℎ𝑒 + ℎ𝑟 + ( )𝑄𝑚 + ℎ𝑡(𝑄𝑚) + ℎ𝑐(𝑄𝑚)
𝑄𝑚𝑎𝑥

20𝑚 − 3𝑚
𝐻𝑇𝐸 = 3 + 2 + ( ) 2,5m³/h + 1,43(2,5m³) + 1,371(2,5m³/h)
10m³

58
42,5𝑚4 /ℎ
𝐻𝑇𝐸 = 5𝑚 + ( ) + 3,58𝑚 + 3,4275𝑚/ℎ
10𝑚3

𝐻𝑇𝐸 = 16,26𝑚

F IGURA 37: E FICIÊNCIAS DE SBFV S

Fonte: PINHO e Galdino

Levando em consideração o cálculo da quantidade de água necessária, onde o volume


diário de 5.000 L/dia (ou 10 m3/dia) é necessário para atender uma demanda rural, e
considerando-se que a entrada do reservatório encontra-se a uma altura manométrica de 22 m
(hd=20 m e hr= 2 m), com 15 m de tubulação de 32 mm de diâmetro, uma válvula de retenção
e um joelho de 90°, pode-se calcular a altura manométrica corrigida. Para tal, faz-se necessário
estimar primeiramente uma vazão média, Qm, do SBFV, o que pode ser realizado com base nas
HSP. Considerando-se um dia médio anual com 6,29 HSP é possível estimar-se para a vazão
média diária o valor de 2.000 L/h, de modo a se obter o volume diária de 10.000 L
(19)
𝐿𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 𝐿𝑇𝑢𝑏𝑢𝑙𝑎çã𝑜 + 𝐿𝑣á𝑙𝑣𝑢𝑙𝑎 + 𝐿𝑗𝑜𝑒𝑙ℎ𝑜
𝐿𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 15𝑚 + 0,914 + 0,457
𝐿𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 16,371 𝑚

16,371
ℎ𝑚𝑐 = 1,43 × = 1,71 𝑚
20

A energia hidraulica será: (20)


𝑄
𝐸𝐻 = 𝑔 × ℎ𝑚𝑐 × 𝜌𝑎 ×
3600

59
𝐸𝐻 = 2,725 × 𝑄 × ℎ𝑚𝑐

𝐸𝐻 = 2,725 × 10 × 23,17
𝐸ℎ = 631,38
(21)

𝐸ℎ 631,38
𝐸𝐸𝐿 = → 𝐸𝐸𝐿 =
𝜂 0,15

𝐸𝐸𝐿 = 4209,2 𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎


Dividindo a potência pelo número de horas diárias de utilização obtem-se :
(22)
4209,2
𝑃= = 526,15𝑊
8

E a potência do painel fotovoltaico é dado por: (23)


𝐸𝐸𝐿
𝑃𝐹𝑉(𝑊𝑝) = 1,25 ×
𝐻𝑆𝑃

4209,2𝑊ℎ
𝑃𝐹𝑉 (𝑊𝑝) = 1,25 ×
6,29ℎ

𝑃𝐹𝑉 (𝑊𝑝) = 836,48 𝑊𝑝

60
5 Princípio De Funcionamento Do Projecto

F IGURA 36: DIAGRAMA UNIFILAR DO PROJECTO

Fonte:Autor

F IGURA 37:REPRESENTAÇÃO EM 3 DIMENSÕES

Fonte: Autor
61
6 Avaliação Económica

Lista dos componentes Custo Quantidade Custo

Painel Fotovoltaico Bifacial 150.000,00 KZ 35 5.250.000,00


de 450 W KZ
Bateria Solar Gel 12 V 250.000,00 KZ 35 8.750.000,00
KZ
Inversor Híbrido 4.191.210,00 KZ 1 5.000.000,00
KZ
Controlador de carga 1.500.000,00 KZ 1 1.500.000,00

Cabos, Lajes, Rack, 2.820.290,00 KZ 1 3.820.290,00


disjuntores, fusíveis, calhas, KZ
conectores
Bomba + inversor de 1.650.000,00 KZ 1 kit 1.650.000,00
frequência
Transporte 50.000,00 Kz

Custo de engenharia 2.650.000,00

Custo Total 9.361.000,00 KZ 28.650.00,000

ATT: Para sistema único de bombeamento fotovoltaico o seu custo estará variando em
função da capacidade de bombeamento. Que no caso do projeto apresentado estará em torno de
2.500.000,00 Kzs. Pois para o mesmo não torna-se tão necessário o uso de baterias e o
controlador de carga.

62
7 DESCRIÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Com base a execução do projeto obtive os seguintes resultados:6,29 KWh/m² de


irradiancia, com potência a instalar=16 kWp, formado por painel de módulos de 450 W,
composto por 24 módulos fotovoltaicos dos quais 7 em série e 5 em paralelo, com célula de
Silício monocristalino (PERC 144 células) com corrente máxima de 10,87 A, corrente de curto
circuito 11,47 para cada módulo, frequência de operação correspondente a 50 Hz, ocupando
uma área de de instalação de 10 m², com peso de 24 Kg com cabos solar de 4 mm² o qual
possuí a garantia de potência de 10 Anos 90%, 25 Anos 80%. Com um Inversor solar
BG10KTR, Bateria Solar GEL GE200-12, com bomba hidraulica de superfície de 836 Wp
capazes de atenderem uma determinada cooperativa no combate a seca e não só, isto tendo em
conta a demanda do exemplo supracitado no corpo do trabalho.

63
8 CONCLUSÕES

Com os estudos e a execução de forma simulada do referido projecto pude concluir


que o desenvolvimento de um sistema fotovoltaico é um meio ideal e capaz de desenvolver o
ambiente socioeconómico e ambiental de uma determinada região. Por tanto para a melhor
execução e o correcto funcionamento dos sistemas apresentados, a que se levar de forma
pormenorizada os estudos necessários tendo em conta as metodologias usadas e não só, de
maneiras que os mesmos estejam insusceptíveis de provocarem prejuízos ao homem e a
natureza. Daí a maxíma atenção deve se ter em conta ao dimensionar e escolher os dispositivos
que compõem os sistemas fotovoltaicos a serem desenvolvidos ou implementados.

É importante ressaltar que o desenvolvimento de um SF e das medidas de proteção


propostas deve ser realizada por profissionais qualificados e em conformidade com as normas
e regulamentos aplicáveis. A manutenção regular e a inspeção periódica do sistema são
essenciais para garantir o seu melhor funcionamento ao longo do tempo.

Com essa solução, as cooperativas agrícolas estarão preparadas para enfrentar os


desafios e minimizar os impactos ambientais como o efeito estufa, maximizando suas
produções e contribuindo para a confiabilidade e a segurança na produção agrícola, bem como
para o atendimento da demanda da população ao redor das cooperativas quanto ao fornecimento
de energia.

E assim realizado, tem-se um sistema fotovoltaico eficaz para atender os problemas


que aflingem a sociedade principalmente em zonas remotas em relação as cidades sobretudo
na solução quanto o combate a seca.

64
REFERÊNCIAS

ALER. Energias Renováveis em Angola - Relatório Nacional do Ponto de Situação.


Angola. 2022.

PRETO, RICARDO,J.M. Desenvolvimento de um sistema de produção de energia


autónomo.Faculdade de engenharia da universidade do Porto:dissertação.31 de julho de 2014.

https://eos.com/pt/blog/cooperativas-agricolas/

Agricultura. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura

SANTANA, F, S.PROJETO DE UM SISTEMA DE GERAÇÃO FOTOVOLTAICA


PARA A UFRJ. RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL:JULHO DE 2014.

ANGOLA. Ministério da Energia e Água.ATLAS E ESTRATÉGIA NACIONAL PARA AS


NOVAS ENERGIAS RENOVÁVEIS. Copyright @ Gesto Energia, S.A. 200/2015.04.

BRASIL.Ministério de Minas e Energia. Sistemas Híbridos: soluções Energéticas para a


Amazônia. Pinho, Barbosa,Pereira, Sousa, Blasques,Galhardo,Macêdo.Novembro, 2008.

PINHO, J.T; GALDINO,M.A.Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos.Rio de


janeiro:Revista.2014.

PWC.Liderança num futuro global:Agronegócio em Angola.2020.

ALVES,M,O,L..Energia solar: estudo da geração de energia elétrica através dos sistemas


fotovoltaicos on-grid e off-grid. Universidade Federal de Ouro Preto João Monlevade.Minas
Gerais.2019.

OVELHA Rui, M, R. Projeto, Dimensionamento e Instalação de Solução Fotovoltaica


numa moradia offgrid. Faculdade de Ciências:dissertação, 2017.

CAÁLA (Administração). Cooperativas Agricolas:Departamento da agricultura, água.


Relatório 2017-2023. 2023.

SOUSA, R. M; Silva.D.C; COSTA, D.S;VASCONCELOS,E.G; .IRRIGAÇÃO E


DRENAGEM PARA AGROPECUÁRIA. Brasília: Publicação, 2015.

PINHO,J.T; GALDINO,M.A; MANUAL DE ENGENHARIA PARA SISTEMA


FOTOVOLTAICOS. Rio de Janeiro, Março-2014.

BIAZOTI,L.C.VALORIZAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA DE UM PROJETO DE


ENERGIAS RENOVÁVEIS IMPLEMENTADO EM FAZENDA.Bragança:dissertaç

ão, outubro,2020.

65
ALVARENGA.BOMBEAMENTO DE ÁGUA COM ENERGIA SOLAR
FOTOVOLTAICA. Disponível em:www.solenerg.com.br

66
APÊNDICES

67
Relatório do PVSyst em função de alguns dados atribuído no projeto

68
ANEXOS

Estudo de campo na cooperativa progresso (Calenga) Produção de trigo

Cooperativa Progresso (Km 25) Banco de baterias

69
Diagrama Unifilar extraído no ETAP

70

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