Avaliação Da Qualidade e Desempenho de Sistemas
Avaliação Da Qualidade e Desempenho de Sistemas
Avaliação Da Qualidade e Desempenho de Sistemas
CURITIBA
2017
ANDRÉ TSUYOSHI HIOKI
BRUNO CARAMURU AMARANTE
CURITIBA
2017
DEDICATÓRIA
Aos nossos pais e familiares pelo total apoio, incentivo e carinho por nossas
vidas.
Ao professor orientador, M.Sc. Vilson Roiz Gonçalves Rebelo da Silva, pelo
compromisso e disposição em nos orientar neste trabalho.
Aos professores que contribuíram para o desenvolvimento desse trabalho.
Aos amigos pelo apoio e incentivo em momentos difíceis.
Aos colegas do Departamento de Engenharia Elétrica que caminharam juntos
nesses anos do curso de graduação.
À Universidade Federal do Paraná por ter nos proporcionado um ensino de
excelência.
À empresa EGNEX por fornecer os dados referentes ao sistema fotovoltaico
do Departamento de Engenharia Elétrica.
À Superintendência de Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná pelo
fornecimento dos equipamentos e ferramentas.
À Lisiane Amarante pelo revisão e correção ortográfica deste trabalho.
“Para se ter sucesso, é necessário amar de verdade o que se faz. Caso
contrário, levando em conta apenas o lado racional, você simplesmente
desiste. É o que acontece com a maioria das pessoas”.
Steve Jobs
RESUMO
CRESESB – Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito
FV – Fotovoltaico
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 11
1.1 TEMA.............................................................................................................. 12
1.1.1 Delimitação do tema ................................................................................... 12
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ......................................................................... 12
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................... 13
1.3.1 Objetivos específicos .................................................................................. 13
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 14
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................... 14
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................... 17
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 19
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 19
2.1.1 Recursos solares ........................................................................................ 19
2.1.2 Instrumentos de medição ............................................................................ 24
2.1.3 Piroheliômetro ............................................................................................. 25
2.1.4 Efeito fotovoltaico ........................................................................................ 26
2.1.5 Componentes de um sistema fotovoltaico .................................................. 29
2.1.6 Aplicações de sistema fotovoltaicos............................................................ 40
2.1.7 Problemas que afetam o desempenho do sistema ..................................... 43
2.1.8 Indicadores de desempenho ....................................................................... 43
2.1.9 Retorno financeiro do sistema fotovoltaico ................................................. 45
2.2 NORMAS E REGULAMENTOS PARA SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ........ 47
3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 52
3.1 MATERIAIS .................................................................................................... 52
3.2 MÉTODOS ..................................................................................................... 55
3.2.1 Nível de aceitação dos requisitos por parte dos especialistas .................... 57
4 CONJUNTO DE RECOMENDAÇÕES ................................................................ 59
4.1 ITENS DO CONJUNTO DE RECOMENDAÇÕES ......................................... 59
4.1.1 PROJETO ................................................................................................... 59
4.1.2 INSTALAÇÃO ............................................................................................. 61
4.1.3 ELÉTRICA .................................................................................................. 65
4.1.4 SEGURANÇA E SAÚDE ............................................................................. 69
4.1.5 MANUTENÇÃO........................................................................................... 70
4.2 MODO DE UTILIZAÇÃO DO CONJUNTO DE RECOMENDAÇÕES ............. 74
4.3 VERIFICAÇÃO DA ACEITAÇÃO DO CONJUNTO DE RECOMENDAÇÕES
PELOS ESPECIALISTAS.......................................................................................... 74
5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 77
5.1 LABORATÓRIO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – UFPR ............................. 77
5.2 CARACTERISTICAS DO SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO .......... 78
5.3 PROCEDIMENTOS DE CAMPO .................................................................... 80
5.4 ESTAÇÃO METEREOLÓGICA DO INMET .................................................... 80
5.5 RESULTADOS ............................................................................................... 82
6 CONCLUSÕES .................................................................................................. 111
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 114
APÊNDICE I – IDEF0 COMPLETO ........................................................................ 120
APÊNDICE II – CONJUNTO DE RECOMENDAÇÕES .......................................... 121
APÊNDICE III – LISTA DE VERIFICAÇÕES RESPONDIDA A PARTIR DO ESTUDO
DE CASO ................................................................................................................ 137
ANEXO I – SIMULAÇÃO PVSYST ......................................................................... 143
ANEXO II – DIAGRAMA UNIFILAR DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ................... 146
11
1 INTRODUÇÃO
Uma das razões pela qual é possível haver vida no planeta Terra é a
existência da grande estrela do sistema solar, o Sol. O recurso energético que essa
estrela disponibiliza para os habitantes da Terra é inesgotável.
Apesar disso, a humanidade caminhou para o uso massivo de recursos não
renováveis e poluentes, como o carvão mineral utilizado nas máquinas a vapor do
século XVIII; o petróleo e gás natural consumido nas usinas termoelétricas para
geração de energia e o urânio usado nas usinas nucleares.
Na metade do século XX, marcado pelo crescimento industrial e o
consumismo, as consequências dos testes nucleares e a queima de combustíveis
fósseis tornaram-se alvos das principais discussões dos cientistas e ambientalistas.
O início histórico da internacionalização dos movimentos ambientalistas foi com a
Conferência das Nações Unidas para a Conservação e Utilização de Recursos, em
1949, e com a Conferência sobre Biosfera, realizada pela UNESCO, em Paris, 1968.
(BORGES; TACHIBANA, 2005). Porém, apenas com a crise do petróleo em 1973,
ocorreu uma reconsideração política internacional em relação aos combustíveis
fósseis, abrindo discussões e investimentos para busca de fontes alternativas de
energia. (FARIAS; SELLITTO, 2011).
Os sistemas fotovoltaicos foram uma das fontes alternativas de energia com
intensas pesquisas e investimentos após a crise do petróleo. (VALLÊRA; BRITO,
2006). Alguns dos motivos para sua escolha são: a utilização de energia solar - que é
renovável e abundante; não emissão de gases poluentes na atmosfera para geração
de energia elétrica e o fato de poderem ser utilizados tanto em locais com alta
densidade urbana como em locais remotos (por exemplo, regiões montanhosas).
Assim, com a evolução da tecnologia dos sistemas fotovoltaicos, tornou-se
possível a geração de energia elétrica nos pontos de consumo (ou centros de carga),
sem a necessidade de a energia ser transportada pelos sistemas de transmissão.
Dessa forma, os próprios consumidores podem gerar sua energia, e o excedente
podem injetar na rede de distribuição. Entretanto, é necessário o cumprimento de uma
série de requisitos para os sistemas FV estarem conectados à rede de distribuição.
Em função disso, tornou-se indispensável a avaliação e análise do desempenho
desses sistemas para garantir a qualidade, confiabilidade e continuidade no
fornecimento de energia elétrica.
12
1.1 TEMA
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
Entrada Saída
Mecanismos e
Ferramentas
FONTE: Adaptado de FIPS PUB 183 (1993).
para que a revisão da literatura fosse possível, pode-se citar as bibliotecas digitais do
IEEE, Elsevier e de universidades brasileiras, além do portal de periódicos CAPES.
As ferramentas para esta atividade foram softwares como Mendeley para
gerenciamento dos artigos e trabalhos, e Excel presente em todas as atividades. Já o
controle foi realizado através de palavras-chave, como: análise de sistemas
fotovoltaicos, desempenho de sistemas fotovoltaicos, avaliação de sistemas
fotovoltaicos, medição de desempenho de sistemas fotovoltaicos, energia solar,
energia renovável, sistema fotovoltaico e painéis fotovoltaicos. A Atividade 1 resultou
em 50 artigos e trabalhos acadêmicos, a partir de uma análise quantitativa.
Questões Lacunas
de
Pesquisa Recursos
Autores Necessários
Revisão da Literatura Barreiras
Análise Quantitativa Trabalhos Análise Qualitativa
Acadêmicos Literatura
e Artigos Selecionada
(Análise
Objetivos Elementos
Atividade 1 Quantitativa) Atividade 2
Conceituais
Questões de
Lacunas Pesquisa
Resolvidas
Recursos
Necessários Resultados
Qualitativos e
Barreiras Conjunto de Quantitativos
Conjunto de Requisitos Estudo de Caso
Literatura Recomendações Validação
Selecionada do Método
Elementos Atividade 3 Atividade 4
Conceituais Avaliação de
Sistemas FV
2 REVISÃO DE LITERATURA
Refletida na
22,6% atmosfera
Refletida nas
22,7%
nuvens Absorvida
6,7%
nas nuvens e
atmosfera
Radiação
difusa Radiação
direta
Radiação
Refletida na
48% Superfície
Radiação solar absorvida na superfície (Albedo)
FONTE: Adaptado de NASA (2014).
2.1.2.1 Piranômetro
2.1.3 Piroheliômetro
FIGURA 10 – PIROHELIÔMETRO
Banda de condução
Banda proibida
< 3 eV > 6 eV
Banda de valência
fracamente ligado ao átomo de origem (FIGURA 12). Dessa forma, com pouca
energia, o elétron é deslocado para banda de condução. Na temperatura ambiente, a
energia térmica já é suficiente para esse deslocamento. No caso, o fósforo (P) é
chamado de impureza doadora de elétrons e denomina-se dopante N ou impureza N.
P P P B B B
Falta de
elétron
(lacuna)
P P P B B B
Elétron
em excesso
P P P B B B
Região P Região N
Zona de depleção
Silício policristalino
54%
Cristalin que domina o mercado com 84% da produção mundial. (OGOBOMO et. al,
2016).
A tecnologia de silício cristalino, também conhecida como a primeira geração
de células fotovoltaicas, pode ser dividida em dois tipos: sílicio monocristalino e
policristalino. (GTES, 2014). No primeiro tipo, o silício deve possuir um grau de pureza
de 99,9999% durante a etapa de fabricação. (EPE, 2012). O procedimento de
fabricação das células monocristalinas também é mais complicado e caro,
principalmente, se comparado a outros tipos de células, porém, apresenta o melhor
desempenho nas condições padronizadas de ensaio. (OGBOMO et. al, 2016).
As células de silício policristalino dominam o mercado e apresentam um
processo mais simples de fabricação, em que menos silício é desperdiçado e o
controle na etapa de fabricação é menos rigoroso quando comparado com o processo
de produção das células monocristalinas. (EPE, 2012). As células policristalinas
apresentam bom desempenho no geral, contudo, pelo maior número de imperfeições
no processo de fabricação sua eficiência é prejudicada. Os dois tipos de células,
podem ser visualizadas na FIGURA 15.
Eficiência da Eficiência do
Material
célula (%) módulo (%)
2.1.5.3 Inversor
fabricantes. Segundo GTES (2014), o que determina a eficiência dos inversores são
as perdas em condução e na comutação e, sobretudo, a temperatura ambiente - como
podemos visualizar na FIGURA 19, retirada das folhas de dados técnicos de um
inversor da empresa alemã SMA.
Tecnologia
centralizada
String de diodos Tecnologia de string Tecnologia de multi-string
Módulos FV
Tecnologia
módulo c.a.
2.1.5.5 Estrutura
2.1.8.1 Produtividade
𝐸(𝑘𝑊ℎ𝐴 ) (1)
𝑌𝐹 =
𝑃𝑛𝑜𝑚 (𝑘𝑊𝐷 )
𝐻(𝑘𝑊ℎ/𝑚²) (2)
𝑌𝑅 =
1𝑘𝑊/𝑚²
𝑌𝐹 (3)
𝑃𝑅 =
𝑌𝑅
45
𝑌𝐹 𝐸 (4)
𝐶𝐹 = =
8760 𝑃𝑛𝑜𝑚 ∗ 8760
Ano 0 1 2 3 ... 25
Receita Receita Receita ... Receita
Fluxo de
- Investimentos - Impostos - Impostos - Impostos ... -Impostos
caixa
- O&M - O&M - O&M ... - O&M
FONTE: Adaptado de ABINEE, (2015).
Esta norma, assim como a NBR 16149, trata das características da interface
de conexão, desta vez voltada às especificações de procedimentos de verificação dos
equipamentos empregados na interface de conexão do sistema fotovoltaico com a
50
Assim como a NTC 901100, a NTC 905200 trata-se de uma norma técnica
local. Seu objetivo é fornecer as condições mínimas de acesso de fontes de geração
de energia elétrica incentivadas, como a solar fotovoltaica, através de unidades
consumidoras que pretendem participar do sistema de compensação de energia
elétrica, conforme estabelecido na Resolução normativa nº 482 da ANEEL. A norma
se aplica a unidades que possuem um sistema de geração autônomo que se enquadra
na categoria de micro e minigeração. A elaboração desta norma levou em
consideração critérios técnicos, de proteção e de segurança, bem como os
procedimentos apresentados no PRODIST.
52
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
FIGURA 27 – CAPACETE
FIGURA 28 – TRANSFERIDOR
FIGURA 29 – BÚSSOLA
• Piranômetro
Para os cálculos dos índices de desempenho foram utilizados os dados
fornecidos pelo INMET por meio do piranômetro termoelétrico, que mede a radiação
solar global a cada hora em unidades de kJ/m² no plano horizontal.
55
3.2 MÉTODOS
∑(𝑥 𝑥̅ )² (5)
𝑠2 =
(𝑛 1)
onde:
𝑠 2 é variância observada;
𝑥 é o valor atribuído a alternativa selecionada na pesquisa;
𝑥̅ é a média de todas as alternativas selecionadas;
𝑛 é o número de avaliações.
2
(𝐴2 1) (6)
𝜎 =
12
onde:
𝜎 2 é a variância esperada de uma distribuição uniforme;
𝐴 é número de alternativas para cada recomendação.
58
𝑟=1 (𝑠 2 /𝜎 2 ) (7)
4 CONJUNTO DE RECOMENDAÇÕES
4.1.1 PROJETO
4.1.2 INSTALAÇÃO
4.1.3 ELÉTRICA
Tempo (h)
𝐸 (9)
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 =
𝑃𝑛𝑜𝑚
onde,
𝐸 é a energia gerada no mês de referência em [𝑘𝑊ℎ𝐴 ];
𝑃 é a potência nominal do bloco gerador em [𝑘𝑊𝐷 ].
o Cálculo da produtividade de referência por meio da equação (10),
representando a relação entre a irradiação solar no plano dos módulos
ao longo do mês sob análise e a irradiância de referência do arranjo
fotovoltaico, sendo esta 1000 W/m².
𝐻 (10)
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 =
1000
onde 𝐻 é a irradiação solar no plano dos módulos ao longo do mês em
[𝑘𝑊ℎ/𝑚²].
o Cálculo da taxa de desempenho do sistema fotovoltaico, equação (11),
que é a relação entre a produtividade final e produtividade de referência.
67
A NR-10 (2014) veta que o local físico onde estão instalados os controles,
equipamentos de condicionamento de potência e instrumentos de medição,
(considerado, portanto, como local de serviços e instalação elétrica), seja utilizado
para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos.
70
4.1.5 MANUTENÇÃO
é necessário efetuar verificações periódicas das vegetações próximas dos painéis que
possam provocar sombreamento nos mesmos, e então, realizar a sua poda.
20. Peças e parafusos soltos nas estruturas de suporte dos módulos e das fixações
dos sensores.
25. Possui presença de poeira, fezes de pássaros e/ou detritos nos painéis
fotovoltaicos.
73
Especialistas
Recomendações
1 2 3 4 5 6
1 5 5 5 5 5 5
2 5 5 5 5 5 5
3 5 5 5 4 4 5
4 5 4 5 3 4 4
5 5 5 4 4 5 4
6 5 4 3 3 4 4
7 5 4 4 3 4 4
8 5 5 4 3 4 4
9 5 4 4 3 4 4
10 5 4 4 3 4 4
11 5 4 5 4 5 5
12 5 5 5 4 5 5
13 5 3 4 3 4 4
14 5 4 5 3 4 4
15 5 4 4 3 4 4
16 5 5 4 4 5 5
17 5 5 5 5 5 5
18 5 4 5 4 5 5
19 5 5 5 5 5 5
20 5 5 5 4 5 5
21 5 4 4 5 5 5
22 5 5 5 4 5 5
23 5 4 5 5 5 5
24 5 5 5 4 5 5
25 5 4 5 4 4 4
26 5 4 4 4 4 4
27 5 5 5 4 5 5
28 5 5 5 4 5 5
FONTE: Os autores (2017).
5 ESTUDO DE CASO
Parâmetros SB 3600TL-21
Tensão máxima de entrada 750V
Entrada CC Tensão mínima de entrada 125V
Corrente máxima de entrada 30A
Potência aparente CA máxima 3680VA
Saída CA Tensão nominal CA 220V/230V/240V
Corrente máxima de saída 16A
Rendimento Rendimento máximo 97,0%
FONTE: SMA (2013).
Fornecedor Material
Escada extensível 9 m
Suinfra UFPR EPI de retenção de queda
Capacete
DELT UFPR Chave de acesso do laboratório
Transferidor
Pertencente aos Bússola
autores do Listas de verificações e procedimentos
trabalho Notebook
Smartphone/Câmera
FONTE: Os autores (2017).
(INMET) composta de vários sensores responsáveis pelo contínuo registro dos dados
meteorológicos da região. A localização do sistema fotovoltaico e da estação
meteorológica pode ser visualizada na FIGURA 36.
5.5 RESULTADOS
• PROJETO
• INSTALAÇÃO
Resposta: Sim.
11. O sistema fotovoltaico está não localizado numa região árida, semiárida,
costeira, litorânea, industrial ou com altos níveis de poluição atmosférica.
Resposta: Sim.
• ELÉTRICA
12. A partir de análises dos gráficos de geração de energia em função das horas
do dia não foi identificado padrões do efeito de sombreamento nos painéis
fotovoltaicos.
Resposta: Sim.
1,5
0,5
Tempo (h)
Como a energia gerada é superior a 150 kWh, todo valor referente a esta
demanda é revertido em desconto na conta de energia, com base na tarifa com
tributos inclusos. O excedente que é injetado na rede (TABELA 15) pode ser revertido
em créditos energéticos validos por 60 meses, com base na tarifa estabelecida pela
ANEEL sem a inclusão dos tributos.
A TABELA 16 apresenta a tarifa vigente nos meses sob análise, com tributos
e sem tributos.
A TABELA 17 apresenta os descontos na conta que seriam proporcionados a
partir do sistema de microgeração, se estivesse corretamente regularizado. Também
é apresentado os créditos obtidos pela suposta energia injetada todo mês na rede
elétrica da concessionária.
• SEGURANÇA E SAÚDE
Captor de raio
Telhado metálico
Fixação metálica
Continuação do
telhado metálico
Grade metálica
Cabo de aterramento
Ponto de conexão
Colocado
Escada para
acesso aos
painéis FV
12 cm.
• MANUTENÇÃO
(c)
(d)
25. Não possui presença de poeira, fezes de pássaros e/ou detritos nos painéis
fotovoltaicos.
Resposta: Sim.
109
6 CONCLUSÕES
correlação com o sistema fotovoltaico, algo proibido nas normas e regulamentos. Tal
situação também permitiu que pessoal não autorizado adentrasse no local onde se
encontravam as partes de controle do sistema, desligando-o de maneira acidental em
algumas situações, o que refletiu diretamente no desempenho do mesmo.
A simples inspeção do sistema, bastante presente nas recomendações
levantadas, ajudou a entender se algumas premissas foram consideradas no
momento da implementação do projeto por parte do responsável pela instalação,
como: características elétricas dos componentes, suas interligações, condições ideais
de funcionamento, acessibilidade dos dados de funcionamento, e configurações
físicas e geográficas do sistema. Estas, de acordo com os procedimentos de
avaliação, caracterizaram o sistema sob avaliação como adequado.
Na parte elétrica, destaque para os indicadores de desempenho, muito
explorados no material desenvolvido, que aplicado ao estudo de caso comprovou que
seu desempenho é satisfatório, considerando as condições brasileiras de geração de
energia referente ao recurso solar disponibilizado. Durante quase todo o período em
que o sistema esteve sob análise, os indicadores apresentaram resultados dentro da
faixa esperada. Os momentos em que os indicadores não atingiram tais valores, foram
devido a situações atípicas, como desligamento do sistema ou condições climáticas
adversas.
Questões relacionadas ao aterramento também foram colocadas em pauta. O
sistema, embora com desempenho apreciável, foi falho em relação ao sistema de
proteção, pois os captores de raio instalados no telhado estavam inoperantes devido
a falta de interligação com a malha de aterramento. Estudos anteriores já
comprovaram a necessidade de instalação de um SPDA no local, porém, o que se
observa atualmente no local é uma sistemática irregular de aterramento. Destaque
negativo para os pontos de continuidade que foram pintados, oferecendo riscos a
instalação, uma vez que não proporcionam o contato elétrico aquedado.
O último tópico abordado no material desenvolvido foi referente às condições
de manutenção. A partir desse tópico foi possível concluir que o sistema apresenta as
condições ideais de operação, como: estrutura; cabos e conectores íntegros;
componentes elétricos não expostos a situações perigosas, como infiltração de água;
e nível de limpeza adequado. Por meio dos procedimentos de avaliação, referentes a
estes tópicos, também não foram observados problemas nas partes fundamentais do
sistema, como módulo e célula, que por sua vez estavam intactos.
113
REFERÊNCIAS
GREEN, M.A, et al. Solar cell efficiency tables (version 47). Progress in
Photovoltaics. Australia, v. 24, p. 3 – 11, 2015.
HE, F.; ZHAO, Z.; YUAN, L. Impact of inverter configuration on energy cost of grid-
connected photovoltaic systems. Elsevier: Renewable Energy. China, v. 41, p. 328–
335, 2011.
JANA, J.; SAHA, I.; BHATTACHARYA, K. D. A review of inverter topologies for single-
phase grid-connected photovoltaic systems. Elsevier: Renewable and Sustainable
Energy Reviews. India, v. 72, p. 1256 – 1270, 2016.
JU, F.; FU, X. Research on Impact of Dust on Solar Photovoltaic (PV) Performance.
IEEE: Electrical and Control Engineering (ICECE). China, p. 3061-3606, 2011.
PENG, J; LU, L; YANG, H. Review on life cycle assessment of energy payback and
greenhouse gas emission of solar photovoltaic systems. Elsevier: Renewable and
Sustainable Energy Reviews. China, v. 19, p. 255 – 274, 2012.
118
PEREIRA, E. B. et al. Atlas Brasileiro de Energia Solar. São José dos Campos,
2006. Disponível em: <http://ftp.cptec.inpe.br/labren/publ/livros/brazil_solar_atlas_R1
.pdf >. Acesso em: 14 abr. 2017.
SMA. Operating Manual Sunny boy 3000TL/ 3600TL/ 4000TL/ 5000TL. Disponível
em <http://files.sma.de/dl/15330/SB30-50TL-21-BE-en-11.pdf>. Acesso em: mai.
2017.
SMA. Technical Information: Temperature Derating for Sunny Boy and Sunny
Tripower, versão 1.3, 2013.
Questões de
Questões Lacunas Pesquisa
de Resolvidas
Pesquisa Recursos
Autores Necessários Resultados
Desenvolvimento de Qualitativos e
Revisão da Literatura Barreiras Conjunto de Quantitativos
Análise Quantitativa Trabalhos
Conjunto de Requisitos Estudo de Caso
Análise Qualitativa Recomendações
Acadêmicos Literatura Validação
e Artigos Selecionada do Método
(Análise
Objetivos Elementos Atividade 3 Atividade 4
Atividade 1 Quantitativa) Atividade 2
Conceituais Avaliação de
Sistemas FV
Bibliotecas Softwares Excel Software Excel Especialistas Excel Surveys Software Especialistas Sistema Excel
e Portais de Mendeley EndNote da Área Radiasol da Área Fotovoltaico
Pesquisa Engenharia
Elétrica UFPR
APÊNDICE I – IDEF0 COMPLETO
120
121