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COMUNICAÇÃO ORAL
VALORES E CINEMA:
uma análise dos filmes Pearl Harbor e Tempos Modernos
Introdução
Revisão de Literatura
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Professora especialista da rede estadual de educação do estado de Goiás. Mestranda no Programa de Pós-
Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias – MIELT (UEG).
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estar na lista dos meios de difusão cultural ou ideológica. Entretanto, com o passar dos anos
tornou-se evidente a importância histórica do cinema uma vez que tais imagens dinâmicas
proporcionavam a documentação mais fácil e fidedigna dos registros.
Não obstante, quando nos atentamos para a grandiosidade e importância que o cinema
adquiriu – tanto como objeto de estudo, quanto no nosso cotidiano – percebemos que
enquanto representação, o filme passa uma mensagem, mensagem esta não nula de
significado. “(...) todas as imagens e sons obtidos pelo registro técnico do real criam um
„efeito de realidade‟ imediato sobre o observador.” (Napolitano 2005).
Podemos enumerar que o cinema, se substancia de várias formas como técnica,
cultura, arte, divertimento, indústria, etc, e para examinar o cinema em relação a um contexto
dinâmico e enquanto prática social, Turner observa: “... o significado do filme não é
simplesmente uma propriedade de seu arranjo específico de elementos; seu significado é
produzido em relação a um público, e não independentemente”. (1997, p. 122).
Em todas as esferas da nossa vida2 atribuímos valor a determinados objetos,
sentimentos, atitudes, etc, em detrimento de outros que julgamos pouco ou sem importância,
deixando-os marginalizados. A aplicação de características qualitativas ou negativas a esses
mesmos objetos, sentimentos e atitudes em todo o âmbito social, se dá então de forma
exterior, como uma atribuição. A atribuição de valores, na maioria das vezes protagonizada
pela classe dominante, torna esse processo de valoração múltiplo, plural e não homogêneo,
pois por se tratar de um mecanismo intrínseco ao indivíduo e a classe social em que pertence
o mesmo sofre várias interpretações e nomeações.
Os valores não são atributos naturais dos seres, pois são atributos fornecidos a
eles pelos seres humanos e o fato de não haver consenso entre estes demonstra
isto. No entanto, as valorações que os seres humanos fornecem às coisas não são
consensuais devido à divisão social. As informações etnográficas sobre as
sociedades simples (indígenas, pré-históricas) nos deixam ver a existência de um
processo de valoração homogêneo, ao invés de um processo heterogêneo, tal
como nas sociedades divididas em classes sociais. (VIANA, 2007, p.11).
A cada sociedade distinta temos valores distintos. Por mais homogênea que uma
determinada sociedade pareça os valores estão presentes, pois eles como já foram
mencionados são intrínsecos ao ser humano. A edificação dos valores por serem produtos da
espécie humana e, por conseguinte da sua atuação sobre o aparelho social, atuam como
reflexo dos indivíduos e da malha social na qual operam. Hessen preconiza que “... todo
aquele que conhecer os verdadeiros valores e, acima de todos, os do bem, e que possuir uma
clara consciência valorativa, não só realizará o sentido da vida em geral, como saberá ainda
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Neste sentido, como indivíduos pertencentes à sociedade capitalista burguesa fragmentada em classes sociais.
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achar sempre a melhor decisão a tomar em todas as suas situações concretas”. (HESSEN,
1974, p. 23).
Os valores que são próprios a uma determinada expressão artística são impressos
inevitavelmente pelos agentes envolvidos no método de produção/reprodução de um filme, ou
seja, aqueles que atribuem valoração a obra, julgando-o como boa ou ruim ou como “cult” ou
“trash”, o fazem por que estão envoltos nas concepções valorativas classistas tidas como
potencialmente superiores e universais as demais. O filme tornou-se reflexo das ideologias,
dos costumes e dos interesses dominantes.
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Se os membros das camadas populares não dominam os conteúdos culturais, eles não podem fazer valer os seus
interesses, porque ficam desarmados contra os dominadores, que se servem exatamente desses conteúdos
culturais para legitimar e consolidar a sua dominação”. (SAVIANI, 2000, pg.60)
Tema: Pesquisa e Formação Profissional na Sociedade do Conhecimento
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Metodologia
Conclusão
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Referências
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