Cartilha Cirurgia
Cartilha Cirurgia
Cartilha Cirurgia
Esta é uma iniciativa do GEDIIB para favorecer o acesso dos Médicos especialistas em DII e profissionais com atividades multidiciplinares, uma forma lúdica
de informar seus pacientes sobre aspectos decisivos das doenças. Este material foi produzido por médicos com o intuito de fornecer subsídios lúdicos para
especialistas explicarem as Doenças inflamatórias intestinais aos seus pacientes.
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Anatomia e fisiologia do
aparelho digestivo
Glândula
Essa figura representa parótida
funcionamento do intesti-
no delgado, grosso, reto e
canal anal4,5.
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Intestino delgado Jejuno: localiza-se entre o duodeno e o íleo, e
sua função é absorver os aminoácidos e lipí-
dios pré-digeridos pelo estômago e duodeno.
Duodeno: é a primeira porção e sua função é ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente,
realizar a junção do suco biliar ao alimento. transverso, descendente e a curva sigmoide)
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Reto
Esfíncter
externo
O reto
Canal anal
É a porção terminal do intestino grosso, situado
Músculo
esfincteriano entre o reto e o ânus, com um comprimento
interno de 2,5 a 4 cm. É cercado pelos esfíncteres
Músculo
esfincteriano
anais interno e externo4.
Mucosa retal externo
Vias de acesso:
Mucosa anal
1. Cirurgia aberta
Mucosa pectínea Canal
Epitélio escamoso anal É a técnica cirúrgica
onde se realiza a abor-
Borda anal
dagem da cavidade
Pele perianal
abdominal, através de
uma incisão (corte).
O reto é a parte final do intestino grosso, mede
cerca de 15 a 20 centímetros de comprimento. A extensão da incisão
pode ser variável de
Ele termina no canal anal e ânus, abertura acordo com a cirur-
inferior através da qual evacua-se o material gia a ser realizada e
sólido rejeitado pelo organismo4. também às condições clínicas do paciente.
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Tipos de anastomose (emenda):
Sutura
manual
Sutura
mecânica
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Abscesso Trajetos
perianal de fístula
2. Plicoma
Drenagem externa
do abscesso Sedenho
Troca dos sedenhos: podem ser mantidos por O que são? excessos de pele espessada que
longo prazo, como meses ou anos. A troca é habitualmente causam dificuldade para a
realizada a cada 4 a 6 semanas com o objetivo higiene.
de promover uma limpeza.
Indicações do tratamento cirúrgico: pode
Quando retirar: O momento da retirada e um ser realizada quando eles são sintomáticos,
tema controverso na literatura. como dificuldade para a higiene, desde que
a doença esteja controlada, ou seja, em
O importante que não tenha mais secreção remissão2.
perineal e que a inflamação no reto, tenha sido
controlada. O período médio para a retirada Exame Proctológico sob anestesia
dos sedenhos é de 7 meses, variando de 1
a 36 meses8. Tem como objetivo identificar trajetos fistulosos
secundários, assim como, abscessos.
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Em geral, é utilizado em associação com Indicações: estenose (estreitamento), fístulas,
exame de imagem (Ecografia trans-anal / e intratabilidade clínica.
Ressonância magnética)7.
Como é realizada: após a remoção do segmento
B. Cirurgias abdominais eletivas acometido, é realizada a anastomose (emenda)
entre o íleo residual e o cólon remanescente.
1. Ileocolectomia
Complicações: Precoces: infecção da ferida
O que é: é a ressecção do íleo terminal, ceco operatória, abscesso intra-abdominal, fístula/
e cólon direito. deiscência da anastomose (vazamento da
emenda). Tardias: estenose da anastomose,
hérnias incisionais, principalmente nas inci-
sões de cirurgias abertas7,9,10.
2. Colectomia parcial
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Como é realizada: após a remoção do seg-
mento acometido, é realizada a anastomose
(emenda) entre o íleo e o reto.
Segmento
a ser
removido Tipos: via aberta (laparotomia) ou por vídeo
(laparoscopia).
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4. Enterectomia da) entre os segmentos proximal e distal do
intestino delgado.
5. Estenoplastias
Fístula
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deiscência da anastomose (vazamento da
emenda). Tardias: estenose da anastomose
com recidiva7,9,10,11.
O que é: é uma técnica cirúrgica utilizada para O que é: é uma técnica cirúrgica utilizada para
estenoses (estreitamentos). estenoses (estreitamentos).
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emenda). Tardias: estenose da anastomose C. Cirurgias abdominais de urgência
com recidiva12.
1. Colectomia parcial
Intestino Estoma
estenosado Bolsa
dividido ao
meio
Segmento a
ser removido
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Complicações: Precoces: infecção da ferida Como é realizada: após a remoção do local
operatória, abscesso intra-abdominal, fístula/ acometido, é realizada uma derivação intes-
deiscência da anastomose (vazamento da tinal (ostomia).
emenda). Tardias: estenose da anastomose,
hérnias incisionais13. Tipos: via aberta (laparotomia).
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Complicações: Precoces: infecção da ferida
operatória, abscesso intra-abdominal, fístula/
deiscência da anastomose (vazamento da
emenda). Tardias: estenose da anastomose,
hérnias incisionais7.
Ileostomia
em alça 2. Colectomia total e ileorreto anastomose
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Como é realizada: após a remoção do seg- Indicações: hemorragia maciça, obstrução,
mento acometido, é realizada a anastomose perfuração e megacólon tóxico
(emenda) entre o íleo e o reto.
Como é realizada: todo intestino grosso é
Complicações: Precoces: infecção da ferida removido. O reto pode ser exteriorizado na
operatória, abscesso intra-abdominal, fístula/ forma de fístula mucosa (ostomia) ou ser
deiscência da anastomose (vazamento da mantido fechado dentro da cavidade abdo-
emenda). Tardias: estenose da anastomose, minal, dependendo das condições clínicas
hérnias incisionais7. do paciente.
Situações especiais:
cólon a ser
removido 1. Estomas
A. Ostomia terminal
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Como é realizada: o segmento intestinal do
íleo é separado e é realizada uma abertura da
parede abdominal, para exteriorizar este seg-
mento. Após são realizados pontos de fixação7.
B. Ostomia em alça
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Ileostomia
recorrência endoscópica, evita o tratamento
excessivo desnecessário de pacientes de baixo
risco, mas pode permitir danos intestinais
permanentes que não podem ser revertidos,
retardando o início da terapia médica.
Intestino
delgado
(íleo) A recomendação para pacientes de alto risco
é manter terapia medicamentosa. Os estudos
neste tema indicam a utilização dos anti-TNF
ou tiopurinas como monoterapia, associado
Parede abdominal
ao antibiótico Metronidazol por 3 meses. Já
para os pacientes com baixo risco, controle
Complicações: necrose, retração, infecção, endoscópico a cada 6 a 12 meses13.
sangramento e edema, hérnia para-ostomal,
prolapso da ostomia, dermatites e estenose7. 3. Dilatações endoscópicas
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Orientações gerais aos pacientes submetidos a
procedimentos cirúrgicos:
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Autores:
Rogerio Saad-Hossne
Graduado pela UNESP, Mestre Doutor em Bases Gerais da Cirurgia e Cirurgia Experimental, Faculdade de Medicina
de Botucatu - UNESP. Livre-Docente pela Faculdade de Medicina de Botucatu -UNESP Professor Associado do Depar-
tamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP; Orientador nos cursos de Mestrado
e Doutorado, no Programa de Pós-Graduação Cirurgia e Medicina Translacional - UNESP.
Gilmara Pandolfo Zabot
Médica Coloproctologista formada pela PUCRS, membro Titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, mestre e
doutora em Clínica Cirúrgica pela PUCRS, membro do ECCO, membro Titular do GEDIIB, coordenadora do RS, capital
e região metropolitana, do GEDIIB.
Ornella Sari Cassol
Coloproctologista pós graduanda do Programa de Doutorado Medicina PUCRS, preceptora Programa Cirurgia Geral
UFFS – Hospital de Clínicas Passo Fundo, professora de Coloproctologia IMED, membro do ECCO, membro Titular
AGCP/SBCP/GEDIIB, coordenadora Estadual Interior RS do GEDIIB.
Ilustrações: Sérgio Tanaka
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