B.2.4 Ocupar Base de Patrulha - OK

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ESTADO-MAIOR GENERAL DAS FORÇAS

ARMADAS
MARINHA DE GUERRA DE MOÇAMBIQUE
FUZILEIROS NAVAIS
Manual da Escola de Fuzileiros Navais
ÁREA TTP de Patrulhas TITULO Ocupar base de patrulha
REFERÊNCIA Manual de infantaria de combate DATA 24JAN24
Fuzileiros são capazes de adotar os procedimentos a adotar aquando da ocupação de
OBJETIVO bases de patrulha.

1. Descrição de uma Base de Patrulha

a. Local de uso temporário na área de combate, a partir da qual o grupo de combate


executa ações de patrulha, reconhecimento, combate, assegura apoio logístico ou
proporciona ligação com os seus elementos e/ou comando.

b. Área onde uma patrulha se reorganiza e dá seguimento à missão.

c. O tempo de ocupação, normalmente, não deverá ultrapassar 48 horas, por medida de


segurança e sigilo.

d. As bases de patrulhas são ocupadas por patrulhas de escalão máximo, pelotão.

e. Geralmente, delas irradiam pequenas patrulhas.

f. As medidas de segurança e táticas prevalecem sobre as medidas administrativas.

g. As patrulhas não deverão utilizar a mesma base duas vezes.

2. Identificação do local da base de patrulha

a. Estudo da carta e fotografias aéreas.

b. A escolha na carta deve ser confirmada no terreno, antes da ocupação.

c. Prever outro local, como alternativo.

d. Na escolha do local, observar os seguintes aspetos:


1) Missão da patrulha;
2) Dissimulação e segurança do local;
3) Possibilidade do estabelecimento das comunicações necessárias;
4) Cobertura aérea;
5) Considerar o ambiente operacional, escolher um terreno seco e bem drenado e de
pouco valor tático.

3. Ocupação da base de patrulha

a. A ocupação da base de patrulha, normalmente segue a seguinte sequência:


1) Aproximação da potencial base de patrulha;
2) Reconhecimento da potencial base;
3) Ocupação da base;
4) Estabelecimento de um sistema de segurança;
5) Medidas administrativas;
6) Verificação das medidas;
7) Evacuação da base (na retirada da base de patrulhas, garantir que todos os vestígios
são limpos).
b. Aproximação, reconhecimento e ocupação:
1) Evitar zonas habitadas;
2) Observar ao máximo a disciplina de ruídos;
3) Aproveitar cuidadosamente o terreno;
4) A patrulha faz um alto numa posição coberta e abrigada, próxima do local escolhido
para a base. O ambiente operacional, deve permitir visualizar a base e o apoio mútuo
entre os elementos do reconhecimento e os que permanecem no alto;
5) O reconhecimento do local é efetuado pelo comandante da patrulha, pelos
comandantes de escalões e/ou grupos, e pelo operador de comunicações;
6) Após o reconhecimento, o comandante da patrulha desloca-se para o interior da base
e define o centro (PC) e o “ponto 12 horas”. O “ponto 12 horas” é definido por uma
referência que se destaque no ambiente. O ponto de entrada da base será o “ponto 6
horas” por analogia aos ponteiros do relógio;
7) Verificada a adequabilidade da base, o comandante manda os guias conduzir a
restante patrulha para a base de patrulhas. Do centro da base, o comandante designa
os setores para os grupos, utilizando-se analogia aos ponteiros do relógio;
8) Posteriormente, os comandantes subordinados reconhecem os seus setores,
verificam a sua situação no terreno e retornam para junto do comandante de patrulha,
que se encontra no centro da base;
9) A patrulha entra em coluna orientada pelos guias e segue para o PC, os comandantes
de grupo encaminham os seus grupos para o seu sector entrando pelo seu flanco
esquerdo;
10) No final, o comandante da patrulha e os chefes de grupo verificam e efetuam
alterações necessárias.

4. Vantagens e desvantagens de uma base de patrulha

a. Vantagens
1) Aumento da segurança do perímetro da base;
2) Diminuição da probabilidade do número de baixas quando esta for atacada;
3) Aumento da dispersão entre os grupos, consequentemente, diminuindo a
vulnerabilidade aos fogos de apoio do inimigo.

b. Desvantagens
1) Dificuldade da coordenação e controlo por parte do comandante da patrulha
(dependendo do escalão);
2) Inevitável aumento da atividade no local, facilitando o rastreamento por parte do
inimigo;
3) A dificuldade de delimitar os setores de tiro, pois os grupos encontram-se dispersos
(poderá ser mitigados com o uso de referências, naturais ou artificiais, para definição
de setores);
4) Dificuldade na manobra da patrulha em caso de contacto IN.
5. Estabelecimento do sistema de segurança da base de patrulha

a. Sistema de postos de vigilância e escuta (comandante deverá definir escalas, para


garantir segurança 360º, 24H, dando especial atenção às horas de amanhecer e
anoitecer, pois é a hora mais provável de contacto com o inimigo).

b. Para maior segurança e controle, deve ser utilizada somente uma saída e entrada para a
base.

c. O local é camuflado e guardado permanentemente e se possível, com uma arma de


emprego coletivo;

d. Determinar senhas, contrassenhas e sinais de reconhecimento;

e. Determinar as ações a realizar em caso de ataque, incluindo a evacuação da base sob


fogos inimigos;

f. Existindo armas coletivas na patrulha, o comandante define posições de tiro,


considerando as características do terreno, do inimigo e os seus acessos mais prováveis.

Assessor Técnico do Projeto 3 - CDD Comandante da Escola de Fuzileiros


Moçambique, Navais,

CTEN STFZ Fernandes Lázaro CMG FZ Franklim Kapesse

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