B. Aspectos Gerais Nas Condutas Das PA
B. Aspectos Gerais Nas Condutas Das PA
B. Aspectos Gerais Nas Condutas Das PA
CONDUÇÃO
DAS PATRULHAS
1º Ten Martins
OBJETIVOS
-Identificar generalidades relativas aos aspectos gerais na conduta das
patrulhas.
-Examinar os deslocamentos.
-Examinar a segurança.
-Examinar a navegação.
b. Apesar de a cadeia de comando ser o principal elemento de controle, as ordens podem ser transmitidas
diretamente do comandante a cada patrulheiro.
c. O comandante deve empregar todos os meios de comunicações disponíveis para exercer o controle da
patrulha.
e. Todos os patrulheiros devem estar atentos a cada gesto emitido. Além daqueles previstos em manuais,
outros poderão ser convencionados e ensaiados.
h. É conveniente que todos os participantes da missão assistam à Ordem à Patrulha. Deve-se, no entanto,
observar a compartimentação e a segurança das informações. Em todas as etapas da missão é fundamental
que todos os envolvidos conheçam perfeitamente suas possibilidades e limitações e executem ao menos um
ensaio em conjunto.
i. A patrulha deverá obedecer as prescrições rádio, a fim de que o tempo de transmissão seja o mínimo
necessário, dificultando as ações de guerra eletrônica do inimigo.
j. Com o propósito de diminuir o tempo de transmissão, pode ser empregado um código de mensagens pré-
estabelecidas, específico para a missão.
m. Empregar, sempre que possível, o sistema fio para obtenção de maior sigilo.
b. O apoio aéreo aproximado poderá ser fundamental para a sobrevivência das forças de
superfície (patrulhas) em momentos críticos das ações. Não se pode, em momento algum,
descartar a enorme contribuição que um ataque aéreo preciso traz às ações.Os pedidos de apoio
de fogo aéreo, devem incluir as seguintes informações:
(1) Exata localização do alvo;
(2) Descrição do alvo, com detalhes que permitam a seleção apropriada do armamento;
(3) Efeito desejado (interdição ou destruição);
(4) Localização da tropa amiga mais próxima do alvo (distância e azimute);
(5) Hora de ataque ao alvo;
(6) Significado tático; e
(7) Informações de controle especial, tais como: localização da patrulha quem orientará o avião.
(1) Em coluna
(a) É empregada quando o terreno não permite uma formação que
forneça maior segurança ou quando a visibilidade for reduzida (a noite, na selva,
com nevoeiro etc). Esta formação dificulta o desenvolvimento da patrulha à frente
ou à retaguarda e lhe proporciona pouca potência de fogo nessas direções. Por outro
lado, é uma formação que permite maior controle e maior velocidade de
deslocamento. Maior potência de fogo nos flancos e facilidades nas ações laterais
são também vantagens da formação em coluna.
(b) A distância entre os homens é determinada pelas condições de
visibilidade.
DESENVOLVIMENTO
f. ORGANIZAÇÃO PARA O MOVIMENTO
(2) Em linha
(a) É empregada por pequenas patrulhas ou escalões e grupos de
uma patrulha maior, para a transposição de cristas ou locais de passagem
obrigatória, sujeitos à observação ou ao fogo inimigo. É mais utilizada na
tomada do dispositivo, no assalto, durante a ação no objetivo ou para ação
imediata na contra-emboscada. Não deve ser utilizada para deslocamentos
longos.
(b) Proporciona, ainda, máximo volume de fogo à frente e boa
dispersão. Todavia, dificulta o controle e o sigilo nos maiores efetivos.
DESENVOLVIMENTO
f. ORGANIZAÇÃO PARA O MOVIMENTO
(3) Em losango
(a) É a formação que apresenta maiores vantagens quanto à segurança e
rapidez nos deslocamentos através campo. Facilita o controle dos homens,
as comunicações e proporciona um bom volume de fogos em todas as
direções.
(b) A segurança deve atuar a uma distância que permita a comunicação
por gestos entre o comandante e seus patrulheiros, devendo haver pelo
menos 2 (dois) patrulheiros para essa missão.
DESENVOLVIMENTO
g. PARTIDA E REGRESSO DAS LINHAS AMIGAS
a. Ligações
(1) Todas as ligações com a tropa amiga, em cuja área a patrulha atuará, são
de responsabilidade do comandante da unidade que a lança.
(2) O comandante da patrulha pode, no entanto, ligar-se com várias posições,
para coordenar os movimentos de saída e entrada de sua patrulha nestas áreas.
(3) As posições que geralmente exigem estas ligações e coordenações são os
postos de comando, postos de observação, postos avançados e a última posição amiga
por onde a patrulha passará.
b. Aproximação e contato
(1) A aproximação às posições de tropa amiga deve ser cautelosa,
considerando que antes de sua identificação, a patrulha é considerada tropa inimiga.
(2) Antes do contato, a patrulha realiza um "alto", enquanto o seu
comandante ou um patrulheiro por ele designado vai à frente, em segurança, para a
troca de senhas.
(3) A iniciativa e a segurança são fatores importantes a serem considerados
para esse evento.
DESENVOLVIMENTO
g. PARTIDA E REGRESSO DAS LINHAS AMIGAS
c. Inteligência
(1) O comandante deve transmitir informações sobre o efetivo, o eixo de
progressão e o horário provável de regresso da patrulha ao ponto amigo.
(2) O comandante da patrulha deve obter os últimos informes sobre a atuação
do inimigo, o terreno à frente, os obstáculos existentes, bem como verificar se todos
têm conhecimento da senha e contra-senha.
(3) No regresso, a patrulha transmite os dados de valor imediato a cada
posição amiga encontrada, alertando, inclusive, sobre a existência de elementos
amigos extraviados.
d. Ultrapassagem
(1) Caracteriza-se pelo desbordamento da posição amiga ou de passagem
através dela, dependendo das instruções recebidas e da existência de obstáculos ao
redor da posição.
(2) Um guia é imprescindível na ultrapassagem da posição, principalmente
quando existirem obstáculos.
DESENVOLVIMENTO
h. DESLOCAMENTOS
a. Durante os deslocamentos, todo patrulheiro deve se preocupar com a execução de três atividades
simultâneas: a progressão, a ligação e a observação.
(1) Na progressão
(a) Utilizar, sempre que possível, as cobertas e abrigos existentes.
(b) Manter a disciplina de luzes e ruídos.
(2) Na ligação
(a) Procurar manter o contato visual com seu comandante imediato.
(b) Ficar atento à transmissão de qualquer gesto ou sinal, para retransmiti-lo e/ou
executá-lo, conforme ocaso.
(3) Na observação
(a) Manter em constante observação o seu setor.
(b) O comandante da patrulha deve adotar medidas visando a estabelecer a
observação em todas as direções, inclusive para cima.
b. As ligações e as observações são também mantidas nos "altos", permitindo a rápida transmissão das
ordens e a manutenção da segurança.
c. O armamento deve ser conduzido em condições de pronto emprego, carregado, travado e empunhado
adequadamente.
d. Qualquer ruído deve ser aproveitado para a progressão, tais como, barulho provocado pela chuva, por
viaturas, por aeronaves, por fogos de artilharia,etc.
e. A patrulha deve se preocupar em não deixar vestígios que denunciem sua passagem. Em determinadas
situações, é necessário, até mesmo, apagar os rastros deixados.
DESENVOLVIMENTO
i. SEGURANÇA
a. Durante os deslocamentos
(1) As formações adequadas ao terreno, bem como a dispersão empregada em função da situação,
proporcionam à patrulha um certo grau de segurança durante o deslocamento.
(2) Cabe ao comandante da patrulha realizar um estudo constante do terreno para que possa
determinar, em tempo útil, o reconhecimento ou desbordamento de locais perigosos.
(3) A segurança à frente é proporcionada pela ponta da patrulha, cuja constituição varia de um
único esclarecedor até um grupo de combate, em função do efetivo.
(4) A distância entre a patrulha e a ponta é determinada pelo terreno, pelas condições de
visibilidade e pela necessidade de se manter o contato visual e o apoio mútuo.
(5) A ponta reconhece a área por onde a patrulha se deslocará por intermédio de seus
esclarecedores.
(6) Os esclarecedores da ponta devem manter o contato visual entre si e com a patrulha.
(7) Prever e executar o rodízio dos esclarecedores, principalmente nas patrulhas de longo alcance,
mantendo uma segurança eficiente.
(8) A segurança nos flancos é proporcionada com a distribuição de setores de observação a cada
homem da patrulha que não esteja em outras missões específicas de segurança à frente ou à
retaguarda e por elementos destacados, quando necessário.
(9) Escalar homens com a missão de observar para cima, sempre que o tipo de ambiente favorecer
uma atuação inimiga desta direção.
DESENVOLVIMENTO
i. SEGURANÇA
b. Nos "altos"
(1) Poderão ser efetuados diversos "altos" no deslocamento de uma patrulha para:
(a) Observar, escutar ou identificar qualquer atividade inimiga;
(b) Envio de mensagens, alimentação, descanso, reconhecimento ou a
orientação da patrulha.
(2) O comando de “congelar” implica em que todos os patrulheiros permaneçam imóveis,
observando e ouvindo atentamente a situação que se apresenta.
(3) Ao ser comandado “alto”, cada integrante da patrulha ocupa uma posição,
aproveitando as cobertas e abrigos existentes nas imediações.
(4) O "alto-guardado" é uma parada mais prolongada, durante a qual a patrulha adota
um dispositivo mais aberto e pode destacar elementos para ocupar posições dominantes.
c. No objetivo
(1) A segurança da patrulha, durante a ação no objetivo, é proporcionada pela correta
utilização dos grupos de segurança, dispostos de modo a isolar a área do objetivo e proteger a
ação do escalão de reconhecimento ou assalto.
(2) Em alguns casos, nas patrulhas de combate, os grupos de assalto, após executarem
sua missão, fornecem a proteção aproximada ao grupo que cumpre a tarefa essencial e a outros
que atuam no objetivo.
DESENVOLVIMENTO
j. NAVEGAÇÃO
b. Procedimentos
(1) Seguir o planejamento evitando improvisações, manter um
estudo contínuo do terreno e empregar corretamente a equipe de navegação.
(2) O homem-ponto, normalmente, atua com os elementos que
fazem a segurança à frente.
(3) Os homens-passo, em condições normais, não se deslocam à
testa da patrulha.
(4) Todos os componentes devem memorizar o itinerário, os
azimutes e as distâncias.
DESENVOLVIMENTO
k. PONTO DE REUNIÃO
a. Generalidades
(1) É um local onde uma patrulha pode reunir-se e reorganizar-se.
(2) Os possíveis pontos de reunião são levantados durante o estudo na carta ou
reconhecimento e, uma vez definidos, devem ser do conhecimento de todos os integrantes da
patrulha.
(3) Um ponto de reunião deve ser de fácil identificação e acesso; permitir uma defesa
temporária e proporcionar cobertas e abrigos.
b. Tipos
(1) Pontos de reunião no itinerário (PRI) - estão situados ao longo dos itinerários de ida
e de regresso da patrulha.
(2) Ponto de reunião próximo do objetivo (PRPO) - é utilizado para complementar o
reconhecimento (reconhecimento aproximado) e liberar os grupos para o cumprimento da missão.
Nesse ponto, a patrulha pode reorganizar-se após realizar a ação no objetivo. Poderá existir mais
de um PRPO, caso a patrulha regresse por itinerário diferente.
c. Procedimento
(1) Havendo ação do inimigo e a consequente dispersão da patrulha entre dois pontos de
reunião sucessivos, os patrulheiros regressarão ao último ponto de reunião ou avançarão até o
próximo ponto de reunião provável, conforme estabelecido na Ordem à Patrulha.
(2) Na reorganização, serão tomadas as providências necessárias ao prosseguimento da
missão. Nesse caso, deve ser definido o tempo máximo de espera, ao término do qual o
patrulheiro mais antigo assume o comando e parte para o cumprimento da missão.
DESENVOLVIMENTO
l. AÇÕES EM ÁREAS PERIGOSAS E PONTOS CRÍTICOS
a. Conceituação
(1) Áreas perigosas e pontos críticos são aqueles obstáculos levantados no
itinerário que oferecem restrições ao movimento.
(2) Normalmente, nestes locais, a patrulha fica vulnerável aos fogos e/ou à
observação do inimigo.
b. Procedimentos gerais
(1) Levantar, durante o planejamento, as prováveis áreas perigosas e pontos
críticos, prevendo e transmitindo à patrulha a conduta a ser adotada ao atingi-los.
(2) Optar pelo desbordamento dessas áreas, quando isso for possível.
(3) Prever ou solicitar apoio de fogo para cobrir o movimento da patrulha.
(4) Realizar reconhecimentos e estabelecer a segurança.
(5) Realizar o “POCO” (Parar, Olhar, Cheirar e Ouvir).
DESENVOLVIMENTO
l. AÇÕES EM ÁREAS PERIGOSAS E PONTOS CRÍTICOS
c. Procedimentos particulares
(1) Estradas – Devem ser transpostas em curvas ou em trechos em que sejam mais estreitas e
possuam cobertas de ambos os lados. É necessário estabelecer segurança, executar um reconhecimento e definir
um ponto de reunião. A travessia deve ser rápida e silenciosa com toda a patrulha, por grupos ou individualmente,
de acordo com a situação.
(2) Clareiras – Devem ser desbordadas. Quando não for possível, é necessário agir da mesma forma
que na travessia de estradas.
(3) Pontes – Deve ser evitada a ultrapassagem. A patrulha só deve utilizar a ponte quando todos os
pontos que permitam a observação e o fogo sobre ela estiverem reconhecidos ou sobvigilância.
(4) Cursos d’água
(a) Antes da travessia de cursos d’água, deve ser reconhecida a margem de partida. Em
seguida, a patrulha entrará em posição e estará pronta para cobrir a margem oposta. Logo após, deve ser enviado
um grupo para reconhecer a outra margem e estabelecer segurança.
(b) No caso da utilização de embarcações, elas devem ser ocultadas nas margens.
(c) Existindo vau, a transposição deve ser rápida e realizada em pequenos grupos ou
individualmente. Na travessia a nado, o armamento e a munição devem ser conduzidos em balsas improvisadas.
(5) Casebres ou povoados – Sempre que houver necessidade de a patrulha passar pela proximidade de
casebres ou povoados, devem ser redobradas as prescrições relativas ao sigilo. É importante que a distância do
itinerário de desbordamento selecionado seja suficiente para que o deslocamento da patrulha não seja percebido.
(6) Desfiladeiros e locais propícios para emboscadas – Reconhecer antes da travessia. Caso a região
seja propícia à emboscada inimiga, os elementos da segurança de vanguarda e de flanco deslocar-se-ão a uma
distância maior.
(7) Obstáculos artificiais – Deve-se evitar a utilização de passagens e brechas já existentes que possam
estar armadilhadas, pois os obstáculos, normalmente, são agravados ou batidos por fogos.
DÚVIDAS?