Economia Empresarial. Carlos Sambo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 9

Disciplina: Economia Empresarial

Estrutura do mercado

Discente: Carlos Roque Sambo

Código de estudante˸ 21210165

Tutor: Prof. Luis Cipriano Quepe

Maputo, Março 2023


Índice

1. Introdução ........................................................................................................ 3

1.1. Objetivo geral: ............................................................................................. 3

1.1.1. Objetivos específicos: ........................................................................... 3

2. Estruturas de Mercado ..................................................................................... 4

3. Principais estruturas de mercado ................................................................. 4

4. Teoria da empresa............................................................................................ 4

4.1. Concorrência Perfeita .................................................................................. 4

4.2. Monopólio ....................................................................................................... 5

4.3. Oligopólios................................................................................................... 6

5. Concorrência monopolística ............................................................................ 7


1. Introdução
O grau de concorrência de um mercado depende de vários factores, entre os quais se
destacam:

 O número de vendedores de um produto,


 A facilidade de entrada e saída do mercado,
 O nível de informação partilhada pelos vendedores,
 Os custos de transacção, do controlo do preço.

Assim, o espectro da concorrência varia entre a concorrência perfeita num extremo e


o monopólio no outro, encontrando-se a meio deste espectro a concorrência monopolística e
o oligopólio, cujo grau de concorrência é variável dentro destas últimas estruturas do
mercado. No monopólio existe um elevado poder de determinação do preço desde que não
seja regulado pelo Estado.

É habitual dividir a estrutura do mercado em quatro principais modelos,


relativamente ao grau de concorrência que uma empresa enfrenta. Uma empresa actuando
em elevada concorrência comporta-se diferentemente de uma empresa que enfrenta pouca
ou nenhuma concorrência.

Deste modo, em termos teóricos, num extremo temos a concorrência perfeita onde
existe um grande número de empresas produzindo um produto padronizado, homogéneo. No
outro extremo temos o puro monopólio em cujo mercado existe apenas uma empresa que é
o único vendedor ou produtor de um bem. Como foi referido, existem mais dois modelos: a
concorrência monopolística e o oligopólio.

1.1.Objetivo geral:
 Descrever a estrutura do mercado

1.1.1. Objetivos específicos:


 Identificar os tipos do mercado
 Identificar as formas de mercado
 Explicar a teoria da empresa
2. Estruturas de Mercado
Os mercados de bens e serviços estão estruturados; de formas diferentes. As várias
estruturas são resultado da influência de alguns factores que, combinados, definem as
mesmas. Dentre os factores que determinam as estruturas de mercado, destaca-se:

a) O número de firmas; b) O tamanho ou dimensão das firmas; c) A extensão da


interdependência entre as firmas; d) A homogeneidade ou o grau de
heterogeneidade do produto das diferentes firmas; e) A natureza e o número dos
compradores; f) A extensão das informações que compradores e vendedores
dispõem dos preços das transacções de outros produtos; g) A habilidade das
firmas individuais para influenciar a procura do mercado por meio da promoção
do produto, melhoria na sua qualidade, facilidades especiais de comercialização
etc.; h) A facilidade, com que as firmas entram e saem da indústria.

3. Principais estruturas de mercado


Para analisar como as estruturas se comportam, estas são classificadas em modelos que
podem ser assim apresentados:

 Concorrência perfeita;
 Monopólio;
 Oligopólio;
 Concorrência monopolística.

4. Teoria da empresa
4.1.Concorrência Perfeita
A estrutura de mercado caracterizada por concorrência perfeita é uma concepção ideal,
porque os mercados altamente concorrenciais existentes, na realidade, são apenas
aproximações desse modelo, posto que, em condições normais, sempre parece existir
algum grau de imperfeição que distorce o seu funcionamento (Pinho e Vasconcellos,
1998).

O seu conhecimento é importante não só como estrutura ideal, que é empregada em


muitos estudos que procuram descrever o funcionamento económico de uma realidade
Complexa, como, também, pelas inúmeras consequências derivadas de suas hipóteses
que condicionam, o comportamento dos agentes económicos em diferentes mercados.
Uma estrutura de mercado descrita como de concorrência perfeita deve preencher todas
as seguintes condições:

Atomização: O número de agentes compradores e vendedores é de tal ordem que


nenhum deles possui condições para influenciar o mercado. A expressão de cada, um é
insignificante.

Homogeneidade: o bem o serviço, no mercado de produtos, o factor de produção,


no mercado de factores, é perfeitamente homogéneo. Nenhuma empresa pode diferenciar o
produto. O produto vindo de qualquerprodutor é um substituto perfeito do que é a ofertados
por quaisquer outros produtos.

Mobilidade: Cada agente comprador e vendedor atua independente de todos os


demais. A mobilidade é livre e não há quaisquer acordos entre os que participam do/no
mercado.

Permeabilidade: Não há quaisquer barreiras para entrada ou saída dos agentes que
atuam ou querem actuar no mercado. Barreiras técnicas, financeiras, legais, emocionais ou
de qualquer outra ordem não existem.

Preço limite: Nenhum vendedor de produto pode praticar preços acima daquele que
está estabelecido no mercado, resultante da livre actuação das forças de oferta e da procura.
Em contrapartida, nenhum comprador pode impor um preço abaixo dos de equilíbrio, o preço
limite é dada pelo mercado.

Extrapreço: Não há qualquer eficácia em formas de concorrência fundamentadas


em mecanismos extrapreço. A oferta de quaisquer vantagens adicionais, associável o produto
ou factor, não faz qualquer sentido. Essas características é subproduto da homogeneidade.

Transparência: Por fim, o mercado é absolutamente transparente. Não há qualquer


agente que tenha informações privilegiadas ou diferentes daquelas que todos detêm. As
informações que possam influenciar o mercado são perfeitamente acessíveis a todos.

4.2.Monopólio
O monopólio situa-se em outro extremo. Essa estrutura se situa no extremo oposto
do da concorrência perfeita. As condições que caracterizam são:
Unicidade: Há apenas um vendedor, dominando inteiramente a oferta. Sob
monopólio, os conceitos de empresa e de atividade sobrepõem-se. A indústria monopolista
é constituída por uma única firma ou empresa.

Insubstitutibilidade: O produto da empresa monopolista não tem substituto. A


necessidade que ela atende não tem como ser igualmente satisfeita por qualquer similar ou
sucedâneo.

Barreira: A entrada de um novo concorrente no mercado monopolista é, no limite,


impossível. As barreiras de entrada são rigorosamente impedidas. Podem decorrer de
disposições legais, de direitos de exploração outorgado pelo poder público a uma única
empresa, do domínio de tecnologias de produção e de condições operacionais exigidas pela
própria atividade.

Poder: A expressão poder de monopólio é empregada para a caracteriza a situação


privilegiada em que se encontram com monopolista, quanto as duas importantes variáveis
do mercado preço e quantidades.

Extrapreço: Devido a seu pleno domínio sobre o mercado, os monopólios


dificilmente recorrem às formas convencionais de mecanismos extrapreço, para estimularou
desestimular comportamentos de compradores.

Opacidade: Os monopólios são, por definição, opacos. O acesso a informações sobre


fontes supridoras, processos de produção, níveis de oferta e resultados alcançados
dificilmente são abertos e transparentes. A empresa monopolista e caracteriza-se por ser
impenetrável.

4.3.Oligopólios
As estruturas oligopolistas não se caracterizam por fatores determinantes puros e
extremados. Os tipos possíveis, de fato, observadas na realidade são de alta variabilidade.
Em todas as características desta estrutura de mercado, os conceitos são mais flexíveis,
comparativamente aos casos extremados de concorrência perfeita e de monopólio.

a) O número de concorrentes: geralmente, é pequeno. Palavras como limitados, poucos,


alguns, vários, são empregadas para indicar o número de concorrentes nas estruturas
oligopolistas.
b) Diferenciação: outra característica de alta variabilidade se refere a fatores como
homogeneidade, substituibilidade e padronização dos produtos. Isto por que tanto podem
ocorrer oligopólios de produtos diferenciados, como de produtos não diferenciáveis.
c) Rivalização: tipicamente, os concorrentes que atuam sob condições de oligopólio são
fortes rivais entre si. Há casos até de rivalizações que transparecem campanhas
publicitárias e em práticas comerciais desviadas de padrões de ética e a lealdade. Mas,
no outro extremo, encontra-se também situações de oligopólio em que os concorrentes
se unem em acordos setoriais, todos respeitando rigorosamente as regras negociadas e
definidas.

5. Concorrência monopolística
Esta estrutura contém características que se encontram nas definições usuais de
mercados perfeitamente competitivos e monopolizados. Na concorrência monopolística, o
número de concorrentes é grande. O consumidor encontra facilmente substitutos, não
ocorrendo dessa forma à caracterização essencial do monopólio puro. As características
principais, desta estrutura de mercado são:

a) Competitividade: É elevado o número de concorrentes, com capacidade de


competição relativamente próximas.
b) Diferenciação: O produto de cada concorrente apresenta particularidades capazes de
distingui-lo dos demais e de criar um mercado próprio para ele.
c) Substitutibilidade: Embora cada concorrente tenha um produto diferenciado os
produtos de todos os concorrentes substituem-se entre si. Obviamente, a substituição
não é perfeita, mas é possível, conhecida e de fácil acesso.
d) Preço-prêmio: A capacidade de cada concorrente controlar o preço depende do grau
de diferenciação percebido pelo comprador. A diferenciação quando percebida e
aceita, pode dar origem a um preço- prêmio, gerando resultados favoráveis e
estimuladores.
e) Baixas barreiras: As barreiras de entrada em mercados monopolisticamente
competitivos tendem a ser baixas. Há relativa facilidade para ingresso de novas
empresas no mercado.
Considerações finais

Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não


existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas apenas os
chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu
custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra actividade)

Não existe um modelo geral de oligopólio, pois eles são muito diferentes entre si. O
modelo mais tradicional parte da maximização dos lucros pelo empresário, e neste caso a
RMg = CMg.

Oligopólio é caracterizado pela existência de empresas dominantes, elas têm o poder


de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas
relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de reação a alterações
de preços;

Concorrência imperfeita é caracterizada pelas muitas empresas, produzindo um dado


bem ou serviço; cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos
próximos; produtos “muito parecidos”; Produtos possuem diferenças reais ou por
convencimento dos consumidores; cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado
que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de escolha, de acordo com
sua preferência.
Referências Bibliografias

1. Baye, M. R. (2010). Economia de Empresa e Estratégia de Negócio. Porto

2. Carvalho, L. M. (2014). Microeconomia e Macroeconomia. Lisboa: Silabos;

3. Dallagnol, R. C. (2008). Economia para Administrção. Cascavel: FAC;

4. Nogami, O. (2012). Economia. Curitiba: IESDE;

5. Oliveira, C. M. (2008). Introdução a Economia: Microeconomia. Lisboa: ISLA;

Você também pode gostar