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Acórdão Nº 1357905
EMENTA
1. Segundo o art. 833, IV, do Código de Processo Civil, são impenhoráveis os vencimentos, subsídios,
soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de
trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o disposto no § 2º do mesmo
artigo.
2. Os créditos oriundos do FGTS coadunam-se com a identificação de verba salarial, nos termos dos
artigos 2°, § 2° da Lei n.° 8.036/90, razão pela qual são impenhoráveis, salvo quando restar
comprovado que a verba executada possui natureza alimentar.
3. Ausente comprovação que a verba bloqueada em conta corrente possui natureza salarial, de forma a
incidir a impenhorabilidade prevista no art. 833, IV, do Código de Processo Civil, não há que se falar
em desconstituição da penhora.
RELATÓRIO
Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto por VALÉRIA DA
COSTA BASTOS da decisão que, nos autos do cumprimento de sentença requerido por UNIÃO SUL
BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E ENSINO (processo n.º 0733343-44.2018.8.07.0001), rejeitou a
impugnação, nos seguintes termos (id 85064350 dos autos de origem):
(...)
Intimada para comprovar a natureza salarial dos valores indicados como salário (ID 76215996), a
executada limitou-se a juntar o extrato analítico de conta vinculada ao FGTS na CEF (ID 77272435).
Decido.
Do cotejo dos autos, verifico que foi realizada via BACENJUD ordem de bloqueio no valor de R$
1.608,00 (ID 70624257) e reiterada a ordem em razão da “não-resposta” por meio de ofício (ID
70618118), reencaminhada sob ID 72268056.
A despeito da inércia da Caixa Econômica Federal para prestar informações acerca dos valores
penhorados nas contas da executada, em consulta as contas vinculadas ao presente feito, observo que
além do saldo capital de R$ 1.608,00 na conta nº 4000127405912, consta o saldo capital de R$
36.984,26, na conta nº 1000106253871, aplicado em 02/10/2020, o qual coincide com o valor sacado
da conta do FGTS da executada.
Quanto a quantia de R$ 1.608,00, bloqueada na conta do Banco do Brasil, verifico que a executada
não comprovou que se trata de verba salarial.
No que se refere às verbas das conta vinculada ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
ainda que possuam natureza salarial, não são absolutamente impenhoráveis, conforme fundamentação
a seguir.
O art. 789 do Código de Processo Civil preceitua que "o devedor responde com todos os seus bens
presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei".
Tais restrições estão, em grande parte, elencadas no art. 833 do CPC, que trata do regime das
impenhorabilidades; outras são decorrência da interpretação principiológica da Dignidade da Pessoa
Humana (a exemplo da impenhorabilidade de órteses e próteses que garantam a integridade física da
pessoa, medicamentos de uso pessoal etc.) e também da própria razoabilidade (a exemplo da
impenhorabilidade dos bens semoventes domesticados).
Observando as hipóteses do art. 833, o que se vislumbra, porém, é que a exceção transformou-se em
regra. A proteção dos bens do devedor é tamanha que poucas são as chances de o credor ver satisfeito
o seu direito.
O garantismo hiperbólico monocular, expressão adotada por Douglas Fischer, representa, no âmbito
do processo penal, a interpretação dos direitos fundamentais com vistas à proteção e satisfação
(exacerbada e desproporcional) apenas dos direitos dos acusados e/ou condenados, em detrimento dos
direitos coletivos e sociais.
Essa visão míope da garantia patrimonial, contudo, não é condizente com o sistema jurídico, pois o
direito do devedor não se sobrepõe ao do credor. Os interesses devem ser harmonizados, até mesmo
porque o credor tem "o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a
atividade satisfativa" (art. 4º do CPC) e "ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins
sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e
observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência" (art. 8º
do CPC).
Quanto às verbas salariais, Daniel Neves defende que "[a] justificativa para a impenhorabilidade
prevista no dispositivo legal ora comentado reside justamente na natureza alimentar de tais verbas,
donde a penhora e a futura expropriação significariam indevida invasão em direitos mínimos da
dignidade do executado, interferindo diretamente em sua manutenção, no que tange às necessidades
mínimas de habitação, transporte, alimentação, vestuário, educação, saúde etc." (Novo Código de
Processo Civil Comentado, 2016, p. 1.320).
A exceção prevista no §2º do art. 833 impõe um regime de penhorabilidade absoluta, isto é, ainda que
os custos de vida do devedor ultrapassem a quantia, a verba é passível de expropriação. O que for
inferior àquele valor deve ser objeto de averiguação, cabendo ao devedor apresentar em juízo os
comprovantes das despesas médias com a sua manutenção e com a de sua família.
Ademais, pela teleologia da norma é possível concluir que, se a verba salarial tem como objetivo a
manutenção das necessidades mínimas de habitação, transporte, alimentação, vestuário, educação,
saúde etc., quanto a estas despesas o regime da impenhorabilidade não pode ser oposto. Ou seja,
despesas com escolas, planos de saúde, aluguel, condomínio não estão sujeitos à alegação de
impenhorabilidade salarial.
Em suma, não existe crédito absolutamente impenhorável e o FGTS não comporá a renda futura do
devedor, mas é uma "poupança forçada", sendo possível o seu saque somente em casos previstos em
legislação específica.
Quanto à impenhorabilidade dos valores depositados na conta de FGTS, esta apenas se justifica se o
devedor se encontre em algumas das hipóteses previstas na legislação que permite o saque do
benefício e desde que o devedor se encontre em situação de anormalidade que exija a utilização
imediata (exemplo: desempregado e sem fontes de renda) ou premente (exemplo: empregado com
aviso-prévio de demissão) daquela verba. Nesta situação, estar-se-á garantindo o patrimônio mínimo
do devedor de forma adequada.
No presente caso, verifico que a executada é empregada do Banco do Brasil e reside em local nobre
nesta capital, bem como verifica-se que o saldo do FGTS está sendo recomposto a partir de novos
depósitos realizados em sua conta vinculada mensalmente.
Cumpre ressaltar ainda que o crédito exequendo nos presentes autos é oriundo do inadimplemento de
mensalidades escolares dos filhos da exequente, de forma que não é possível reconhecer a insurgência
de impenhorabilidade dos valores bloqueados eis que, uma vez revestidos de natureza salarial,
possuem justamente a finalidade de garantir o acesso da exequente e sua família a direitos essenciais,
nestes está incluído o direito à educação.
Assim, considerando que a executada não comprovou que a penhora realizada efetivamente o priva do
sustento familiar e que é de sua responsabilidade pessoal o adimplemento das obrigações assumidas,
rejeito a impugnação de ID 75114071.
Preclusa a oportunidade recursal intimem-se as exequentes para indicar conta de titularidade dos
efetivos destinatários do crédito principal e honorários, no prazo de 5 (cindo) dias.
(...)
Em suas razões recursais (ID 24585971), afirma que “ao tomar conhecimento da penhora realizada, a
agravante apresentou impugnação demonstrando a impenhorabilidade dos valores, por serem
provenientes do FGTS, demonstrando a impenhorabilidade pela juntada do Extrato Bancário emitido
pela própria Caixa Econômica Federal” (id 24585971 – pág. 4)
Defende que os valores do FGTS existentes em conta vinculada são absolutamente impenhoráveis, nos
termos do art. 2°, § 2°, da Lei 8.036/90.
Argumenta, ainda, que “o colendo Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que
somente o crédito de natureza alimentar pode mitigar a impenhorabilidade de saldo de conta
vinculada ao FGTS” (id 24585971 – pág. 9)
Ao fim, requer o deferimento do pedido de antecipação dos efeitos da tutela recursal, para que sejam
suspensos os efeitos da decisão agravada, e, no mérito, o provimento de seu recurso, para que seja
reformada a decisão agravada.
Por ocasião da apreciação do pedido liminar, indeferi o pedido de efeito suspensivo (id 24612980).
VOTOS
Conforme relatado, trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto por
VALÉRIA DA COSTA BASTOS da decisão que, nos autos do cumprimento de sentença requerido
por UNIÃO SUL BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E ENSINO (processo n.º
0733343-44.2018.8.07.0001), rejeitou a impugnação, nos seguintes termos (id 85064350 dos autos de
origem):
(...)
Intimada para comprovar a natureza salarial dos valores indicados como salário (ID 76215996), a
executada limitou-se a juntar o extrato analítico de conta vinculada ao FGTS na CEF (ID 77272435).
Decido.
Do cotejo dos autos, verifico que foi realizada via BACENJUD ordem de bloqueio no valor de R$
1.608,00 (ID 70624257) e reiterada a ordem em razão da “não-resposta” por meio de ofício (ID
70618118), reencaminhada sob ID 72268056.
A despeito da inércia da Caixa Econômica Federal para prestar informações acerca dos valores
penhorados nas contas da executada, em consulta as contas vinculadas ao presente feito, observo que
além do saldo capital de R$ 1.608,00 na conta nº 4000127405912, consta o saldo capital de R$
36.984,26, na conta nº 1000106253871, aplicado em 02/10/2020, o qual coincide com o valor sacado
da conta do FGTS da executada.
Quanto a quantia de R$ 1.608,00, bloqueada na conta do Banco do Brasil, verifico que a executada
não comprovou que se trata de verba salarial.
No que se refere às verbas das conta vinculada ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
ainda que possuam natureza salarial, não são absolutamente impenhoráveis, conforme
fundamentação a seguir.
O art. 789 do Código de Processo Civil preceitua que "o devedor responde com todos os seus bens
presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei".
Tais restrições estão, em grande parte, elencadas no art. 833 do CPC, que trata do regime das
impenhorabilidades; outras são decorrência da interpretação principiológica da Dignidade da
Pessoa Humana (a exemplo da impenhorabilidade de órteses e próteses que garantam a integridade
física da pessoa, medicamentos de uso pessoal etc.) e também da própria razoabilidade (a exemplo da
impenhorabilidade dos bens semoventes domesticados).
Observando as hipóteses do art. 833, o que se vislumbra, porém, é que a exceção transformou-se em
regra. A proteção dos bens do devedor é tamanha que poucas são as chances de o credor ver
satisfeito o seu direito.
O garantismo hiperbólico monocular, expressão adotada por Douglas Fischer, representa, no âmbito
do processo penal, a interpretação dos direitos fundamentais com vistas à proteção e satisfação
(exacerbada e desproporcional) apenas dos direitos dos acusados e/ou condenados, em detrimento
dos direitos coletivos e sociais.
Essa visão míope da garantia patrimonial, contudo, não é condizente com o sistema jurídico, pois o
direito do devedor não se sobrepõe ao do credor. Os interesses devem ser harmonizados, até mesmo
porque o credor tem "o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a
atividade satisfativa" (art. 4º do CPC) e "ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins
sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e
observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência" (art. 8º
do CPC).
Quanto às verbas salariais, Daniel Neves defende que "[a] justificativa para a impenhorabilidade
prevista no dispositivo legal ora comentado reside justamente na natureza alimentar de tais verbas,
donde a penhora e a futura expropriação significariam indevida invasão em direitos mínimos da
dignidade do executado, interferindo diretamente em sua manutenção, no que tange às necessidades
mínimas de habitação, transporte, alimentação, vestuário, educação, saúde etc." (Novo Código de
Processo Civil Comentado, 2016, p. 1.320).
A exceção prevista no §2º do art. 833 impõe um regime de penhorabilidade absoluta, isto é, ainda que
os custos de vida do devedor ultrapassem a quantia, a verba é passível de expropriação. O que for
inferior àquele valor deve ser objeto de averiguação, cabendo ao devedor apresentar em juízo os
comprovantes das despesas médias com a sua manutenção e com a de sua família.
Ademais, pela teleologia da norma é possível concluir que, se a verba salarial tem como objetivo a
manutenção das necessidades mínimas de habitação, transporte, alimentação, vestuário, educação,
saúde etc., quanto a estas despesas o regime da impenhorabilidade não pode ser oposto. Ou seja,
despesas com escolas, planos de saúde, aluguel, condomínio não estão sujeitos à alegação de
impenhorabilidade salarial.
Em suma, não existe crédito absolutamente impenhorável e o FGTS não comporá a renda futura do
devedor, mas é uma "poupança forçada", sendo possível o seu saque somente em casos previstos em
legislação específica.
Quanto à impenhorabilidade dos valores depositados na conta de FGTS, esta apenas se justifica se o
devedor se encontre em algumas das hipóteses previstas na legislação que permite o saque do
benefício e desde que o devedor se encontre em situação de anormalidade que exija a utilização
imediata (exemplo: desempregado e sem fontes de renda) ou premente (exemplo: empregado com
aviso-prévio de demissão) daquela verba. Nesta situação, estar-se-á garantindo o patrimônio mínimo
do devedor de forma adequada.
No presente caso, verifico que a executada é empregada do Banco do Brasil e reside em local nobre
nesta capital, bem como verifica-se que o saldo do FGTS está sendo recomposto a partir de novos
depósitos realizados em sua conta vinculada mensalmente.
Cumpre ressaltar ainda que o crédito exequendo nos presentes autos é oriundo do inadimplemento de
mensalidades escolares dos filhos da exequente, de forma que não é possível reconhecer a
insurgência de impenhorabilidade dos valores bloqueados eis que, uma vez revestidos de natureza
salarial, possuem justamente a finalidade de garantir o acesso da exequente e sua família a direitos
essenciais, nestes está incluído o direito à educação.
Assim, considerando que a executada não comprovou que a penhora realizada efetivamente o priva
do sustento familiar e que é de sua responsabilidade pessoal o adimplemento das obrigações
assumidas, rejeito a impugnação de ID 75114071.
Preclusa a oportunidade recursal intimem-se as exequentes para indicar conta de titularidade dos
efetivos destinatários do crédito principal e honorários, no prazo de 5 (cindo) dias.
(...)
Em suas razões recursais (ID 24585971), afirma que “ao tomar conhecimento da penhora realizada,
a agravante apresentou impugnação demonstrando a impenhorabilidade dos valores, por serem
provenientes do FGTS, demonstrando a impenhorabilidade pela juntada do Extrato Bancário emitido
pela própria Caixa Econômica Federal” (id 24585971 – pág. 4)
Defende que os valores do FGTS existentes em conta vinculada são absolutamente impenhoráveis,
nos termos do art. 2°, § 2°, da Lei 8.036/90.
Argumenta, ainda, que “o colendo Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que
somente o crédito de natureza alimentar pode mitigar a impenhorabilidade de saldo de conta
vinculada ao FGTS” (id 24585971 – pág. 9)
Ao fim, requer o deferimento do pedido de antecipação dos efeitos da tutela recursal, para que sejam
suspensos os efeitos da decisão agravada, e, no mérito, o provimento de seu recurso, para que seja
reformada a decisão agravada.
Sem outras questões prejudiciais e/ou preliminares, passo ao exame do mérito recursal.
Dispõe o artigo 833, IV, do Código de Processo Civil, que são absolutamente impenhoráveis as verbas
salariais:
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;
§ 2° O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de
prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50
(cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8o, e
no art. 529, § 3°. (grifou-se)
Assim, o legislador quis proteger as verbas de caráter alimentar, destinadas à subsistência pessoal e
familiar do devedor, em consonância com o princípio de que a execução deve respeitar a dignidade
humana do executado.
Da mesma forma, os créditos oriundos do FGTS coadunam-se com a identificação de verba salarial,
portanto, absolutamente impenhoráveis, nos termos dos artigos 2°, § 2° da Lei n.° 8.036/90.
Art. 2º O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta lei e outros
recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a
assegurar a cobertura de suas obrigações.
Como já dito alhures, tais verbas, em regra, são impenhoráveis, mitigando-se tal regra apenas para
execução de verba de natureza alimentar, o que não é o caso dos autos, pois se trata de cumprimento
de sentença para satisfação de crédito decorrente do descumprimento de obrigação estabelecida em
contrato de ensino, razão pela qual as regras de impenhorabilidade não podem ser mitigadas.
(Acórdão 1305989, 07208827220208070000, Relator: NÍDIA CORRÊA LIMA, 8ª Turma Cível, data
de julgamento: 9/12/2020, publicado no DJE: 17/12/2020. Pág.: Sem Página Cadastrada.) (grifei)
No mesmo sentido, inclusive, já exarei voto em processo de minha relatoria, senão vejamos:
Exatamente por tratar-se a penhora de restrição a um direito fundamental, é preciso que sua aplicação
se submeta à análise das circunstâncias do caso concreto e, no presente caso, não restou demonstrada
a excepcionalidade prevista na legislação (artigo 833, § 2º, do Código de Processo Civil) apta a
desconstituir a proteção conferida aos créditos decorrentes do FGTS, razão pela qual deve prevalecer
a absoluta impenhorabilidade desta verba, relativizada apenas quanto à execução de alimentos, o que
não é o caso sob análise.
É como voto.
DECISÃO